Psicologia Aplicada A Enfermagem
Psicologia Aplicada A Enfermagem
Psicologia Aplicada A Enfermagem
A ENFERMAGEM
.LAYME REBECA BARBOSA L.LUSTOSA
ENFERMEIRA ESPECIALISTA EM SAÚDE PÚBLICA
MÓDULO I
• Uma pessoa não pode ou não deve perder sua dignidade e direitos como pessoa porque
está doente.
• Qualquer doença altera a atuação interpessoal e social do indivíduo e tanto maior será
essa alteração conforme for o valor físico, emocional e intelectual que a doença
representa para o paciente e seus familiares, sem esquecer que o hospital poderá
minimizar ou exacerbar tal alteração.
• A base da profissão de um profissional da saúde deve ser a crença no valor da pessoa
através do respeito ao atendimento das necessidades básicas do paciente .
SERÁ NECESSÁRIO SEMPRE:
• As pessoas são muito variadas. Diferem quanto ao tamanho, religião, sexo, idade,
inteligência e educação. Diferem ainda quanto às características sociais, econômicas e
morais.
• A individualidade é o resultado de características biológicas ou herdadas (hereditárias) e
é ainda influenciada pelo meio ambiente onde vivem. Na realidade o que faz uma pessoa
ser aquilo que é resulta da combinação dos fatores herdados e do seu meio ambiente.
• Fatores relacionados com a aparência física são geralmente considerados herdados.
• A não se que haja trauma cefálico ou doença, o intelecto e a altura são determinados biologicamente.
• A não ser que haja tratamento medicamentoso ou raios luminosos externos, a cor da pele também é
predeterminada.
• A não ser que haja ferimento ou operação plástica, a forma do nariz e orelhas é predeterminada.
• Características ambientais:
• O meio ambiente abrange muitas influências.
• O meio químico pré-natal: drogas, nutrição e hormônios
• O meio químico pós-natal: oxigênio e nutrição
• Cada ser humano é
diferente, pois cada
um traz diferentes
experiências de
vida, e, portanto, é
emocional,
intelectual e
socialmente
diferente dos
demais.
• DIFICULDADE NO RELACIONAMENTO
• Saber como as pessoas desenvolvem as ideias e quais são as suas necessidades é fundamental para a
formação de um bom profissional da área de saúde; mas é igualmente fundamental que este profissional se
conheça muito bem. O profissional da área de saúde interage com pessoas diferentes umas das outras. A
maior dificuldade em lidar com essas pessoas – médicos, enfermeiras, parentes dos doentes e os próprios
pacientes .
Qual a solução para esse problema?
• A melhor solução é estar bem consciente da própria maneira de agir, como pessoa, da reação dos outros às
suas iniciativas e continuar a ganhar experiência nesses aspectos.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA AS
PROFISSÕES?
• a. Procurar entender as necessidades do individuo e sociedade e estratégias para supri-
las e preveni-las,
• b. Estudar o papel da inteligência emocional; Orientar, selecionar e identificar métodos e
técnicas para uma vida melhor,
• c. Identificar distúrbios, falhas e procurar meios de saná-los ou amenizá-los.
• d. Trabalhar relacionamento intrapessoal e interpessoal,
• e. Identificar perfil, potencial, treiná-los e acompanhá-los.
RELAÇÃO DA PSICOLOGIA COM A ENFERMAGEM
• Há duas correntes na área da saúde que se deve conhecer para responder esta questão: a
primeira que trata o doente como um paciente passivo e vê a doença como um fator
único que pode ser retirada com medicamentos e procedimentos e a segunda corrente
que percebe que além de apresentar sintomas da doença, o paciente possui problemas
sociais, econômicos, pessoais, psicológicos que se influenciam e que contribui para o
surgimento de novas doenças.
• Para melhor compreender a forma de agir, pensar e sentir humano o aparelho psíquico
foi dividido por Freud em sistemas e o conteúdo mental em níveis de consciência, assim
como procurou entender o papel dos sonhos em nossas vidas.
APARELHO PSÍQUICO
• Segundo Freud, a personalidade é composta por três grandes sistemas: o id, o ego e o
superego.
• a. ID – É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos inconscientes
que impulsionam o organismo. Há duas formas de instintos: o da vida, tais como fome,
sede, sexo, etc.; e os da morte, que representam a forma de agressão. O id não tolera
tensão e utiliza o prazer para descarregá-la.
• b. EGO – O ego opera pelo princípio da realidade, isto é pelo que a nossa realidade
considera correta. Para satisfazer o id, o ego pensa, percebe, planeja, decidi.
• c. SUPEREGO – É o representante das normas e valores sociais que foram transmitidas
pelos pais através de castigos e recompensas impostos á criança.
• As principais funções do superego são:
• a. inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela
perfeição. O componente psicológico e o superego o componente social.
APRENDIZAGEM
Nosso comportamento quando adultos é em grande parte determinado pelo que aprendemos nos
primeiros anos de vida. Toda aprendizagem se relaciona com a adaptação a novas situações e
problemas. Existem muitas formas de aprendizagem :Condicionamento ,erro, imitação ou por
observação .
• Consciência
• Para Freud um conteúdo mental pode estar em um dos três níveis de consciência: consciente, pré-
consciente e inconsciente.
• Consciente – inclui tudo aquilo que estamos conscientes em um determinado tempo. Pré-
consciente (ou subconsciente) – se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis a
qualquer momento para o perfeito funcionamento da mente.
• Inconsciente – são elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis á consciência e que
podem vir à tona num sonho, num ato falho. O tempo não altera tudo o que está guardado no
inconsciente.
NOÇÕES DE PSICOPATOLOGIA
Enfa.Layme Rebeca Barbosa L.Lustosa
• A divisão entre o normal e o patológico é tênue, entretanto, a normalidade possui 3 características
importantes: a flexibilidade, a alegria e a autoestima.
1-A flexibilidade para o novo, para a mudança, para uma nova maneira de ser, não querer ser o dono da
verdade são traços de normalidade. Na patologia ocorre a rigidez, no sentido de que a pessoa acha que sabe
tudo, não aceita o novo.A rigidez é um traço patológico.
II-A alegria é característica de pessoas sãs e a melancolia de pessoas doentes. Essa alegria pode ser psíquica
e/ou corporal. Na pessoa deprimida falta a alegria.
III-Autoestima geralmente esta diminuída em processos patológicos
É importante frisar que para ser patológico, o comportamento deve ser uma constante na vida da pessoa.
NEUROSE
• A pessoa neurótica reconhece que está doente, embora não possa associar seus sintomas com um conflito
emocional óbvio. Ele permanece em contato com a realidade. Pode continuar a adaptar-se socialmente
porque a pessoa neurótica não gosta da realidade que vive, mas se adapta a ela da sua maneira.
• Neurose obsessiva-compulsiva
• Neurose histérica
• Neurose fóbica / síndrome do pânico
• Neurose hipocondríaca
• a.1.) Neurose obsessiva-compulsiva
A pessoa com personalidade obsessiva é excessivamente asseada, pontual e de confiança. Ela costuma conferir
tudo o que faz muitas vezes (rituais). Não gosta de mudança e fica contrariada com qualquer alteração em sua
rotina.
▪ a.2.) Neurose histérica
A pessoa com personalidade histérica é diferente. Ela precisa sentir que é o centro das atenções. Um pequeno
desprezo será encarado como um insulto mortal, uma palavra impensada tornar-se-á uma declaração de amor
ou prova de que não é mais amada.
a.3.) Neurose fóbica/ Síndrome do Pânico
Uma das principais angústias do homem é o medo de ficar só, o medo da solidão.
A neurose fóbica se caracteriza pelo medo excessivo e evitação de algum objeto normalmente inofensivo.
• a.4.) Neurose hipocondríaca
Caracteriza-se pela preocupação com doenças imaginárias e outros sintomas corporais.
PSICOSE
• O psicótico tem maior comprometimento psíquico. É o verdadeiro doente mental .
• A pessoa psicótica tem sua personalidade inteiramente distorcida pela doença. Aceita seus sintomas como
reais e a partir deles passa a reconstruir seu ambiente, recriando um mundo que somente ele pode
reconhecer, tem delírios e alucinações diversas (distúrbios de percepção).
• psicótico não aceita a realidade, por isso cria uma nova realidade para viver. Torna-se incapaz de continuar
seu trabalho ou até mesmo de viver com a família porque seu senso de autopreservação fica seriamente
perturbado.
• Os pacientes psicóticos são os mais difíceis de tratar, pois têm um ressentimento em relação à pessoa que
cuida dele, devido à autoridade que essa pessoa representa. São persuasivos e manipuladores, porém podem
ser amáveis e racionais.A melhor atitude a adotar é manter uma firmeza amistosa.
• b.1) Esquizofrenia
• Esquizofrenia é a dupla personalidade ou personalidade múltipla.
• A pessoa com personalidade esquizoide é tímida, acanhada e "fechada". É emocionalmente fria, incapaz de se
relacionar e formar amizades profundas. Frequentemente é excêntrica em seus hábitos e leva uma vida
própria, à parte das outras pessoas.
• É também característica dos esquizofrênicos possuírem: comportamentos bizarros ou estranhos; o
isolamento, pois têm dificuldade de socialização; dificuldades sexuais como a dificuldade de ereção tendo
satisfação pela masturbação ou pela humilhação, agressão e mágoa a pessoa com quem está tendo relações
sexuais. Faz muitas generalizações, como por exemplo: "Todos os homens não prestam", "Todas as mulheres
traem". É irônico, debochado, busca um ponto fraco da pessoa para atacar. É rígido, de pouca brincadeira e
quando brinca é através da ironia.
• b.2) Paranoia
• A pessoa com personalidade paranoide é desconfiada de todos e o delírio mais constante é o delírio de
perseguição. Ela é sensível e também lhe falta senso de humor. Tem uma ideia superior de suas próprias
habilidades, sendo difícil trabalhar com ela, pois é rígida e inadaptável.Tem poucos amigos.
• b.3) Psicose maníaco-depressiva (PMD)
• A pessoa com PMD vive episódios de depressão com mania, ou seja, períodos de abatimento e
desinteresse e outros de alegria contagiante e superatividade. Riscos a suicídio.
IDENTIFICAÇÃO DE IDEIAS SUICIDAS NOS
PACIENTES:
"Se a pessoa em crise receber ajuda adequada, isto é, um tipo de ajuda que lhe permita pensar sobre o
problema e chegar a algumas conclusões sobre soluções alternativas aceitáveis, a experiência pode levar a
novos níveis de adaptação mais amadurecida", Beland, em 1979.
Quando a pessoa está doente há elementos tanto de angústia como de medo, que se manifestam das mais
variadas formas e geralmente iguais àqueles que aprenderam a enfrentar durante os perigos da vida. Há
pacientes que expressam verbalmente seus temores, outros negam sua existência; alguns reagem com
hostilidade, outros choram, e assim por diante.
O profissional de saúde tendo conhecimento de que a reação de uma pessoa é geralmente resultado de
experiências anteriores, deverá identificar suas necessidades, respostas à doença e tratamento e conservar
a identidade pessoal do paciente chamando-o pelo nome
COMUNICACAO:O COMO INSTRUMENTO BÁSICO NO
CUIDAR HUMANIZADO EM ENFERMAGEM AO PACIENTE
HOSPITALIZADO
• A internacao hospitalar é percebida como sendo uma experiencia desagradavel por quem
a vivencia, uma vez que é permeada pelo medo do desconhecido, pela utilizacao de
recursos tecnologicos, muitas vezes invasivos e dolorosos, pelo uso de uma linguagem
tÈcnica e rebuscada que aumenta a ansiedade do ser doente no que tange a seu quadro
patologico, pela inquietacao em estar em um ambiente estranho de estruturas rÌgidas que
o descaracteriza, partilhando o mesmo espaco fisico com pessoas fora de seu convivio
familiar e ainda pela preocupacao com sua evolucao clinica
• A enfermagem, como profissao da area de saude que permanece mais tempo ao lado do cliente, tendo como
objeto de trabalho o cuidado que procura estabelecer vÌnculo, promover o encontro, construir relacoes e
conhecer o outro, deve ser uma facilitadora na promocao da saude e do bem-estar bio-psicosocioespiritual e
emocional do cliente, conduzindo-o as melhores formas de enfrentamento do processo de doenca e
hospitalizacao.