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Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.5, n.1, p. 54-68, jan./jun. 2018. ISSN 2448-2080

LUDOTERAPIA: O USO DE BRINQUEDOS CANTADOS NO


PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO INFANTIL

Lucia Costa
[email protected]

RESUMO

Este artigo aborda o uso de brinquedos cantados no processo terapêutico a partir do que a
literatura cientifica evidencia sobre o quanto esse recurso pode ser essencial ao processo
terapêutico de crianças para ajudá-las a melhorar a interação com o mundo que a cerca e
consigo mesmo. A questão/problema do estudo busca saber de que modo a utilização dos
brinquedos musicados, no processo terapêutico, pode influenciar os diferentes aspectos da
formação do indivíduo, incluindo as dimensões humana, física, social e cognitiva. Por isso, a
hipótese do estudo afirma que a riqueza de experiências com os brinquedos e,
consequentemente, com as atividades baseadas nesse recurso constituirá o banco de dados de
imagens culturais utilizados nas situações interativas. Os objetivos do estudo consistem em
compreender a eficácia dos brinquedos cantados no processo terapêutico, além de se
descrever as ações terapêuticas que podem ser colocadas em pratica pelo psicólogo com base
nos brinquedos musicados. A metodologia do estudo baseou-se na revisão da literatura com
foco em autores que se reportam à centralidade do tema no contexto da Psicologia Infantil e
da Ludoterapia. Após o estudo, inferiu-se que a realização de um trabalho terapêutico, com
base nesse recurso, requer um projeto pessoal maior do profissional quanto à sua proposta,
além de um envolvimento efetivo quanto às mudanças para se adaptar às necessidades da
criança, bem como de um maior investimento em recursos lúdicos avançados, pois, durante o
desenvolvimento desse estudo, detectou-se que apesar da eficácia dos brinquedos cantados no
processo terapêutico, atividades baseadas nesses expedientes ainda não são utilizadas com a
frequência necessária o que poderia apresentar maior resolutividade para o trabalho
desenvolvido junto à criança atendida pelo psicólogo infantil.

Palavras-chave: Brinquedos cantados. Lúdico. Intervenção. Psicologia.

ABSTRACT

This article discusses the use of toys sung in the therapeutic process from which the scientific
literature evidences how much this resource can be essential in the therapeutic process of
children to help them to improve the interaction with the world that surrounds it and with
itself. The question / problem of the study seeks to know how the use of musical toys in the
therapeutic process can influence the different aspects of the formation of the individual,
including the human, physical, social and cognitive dimensions. Therefore, the hypothesis of
the study states that the wealth of experiences with toys, and consequently with activities
based on this resource, will constitute the database of cultural images used in interactive
situations. The objectives of the study are to understand the effectiveness of toys sung in the
therapeutic process, as well as to describe the therapeutic actions that can be put into practice
by the psychologist based on the musical toys. The methodology of the study was based on a
review of the literature focusing on authors who report on the centrality of the theme in the
context of Child Psychology and “Ludoterapia”. After the study, it was inferred that the
accomplishment of a therapeutic work based on this resource requires a greater personal
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project of the professional regarding its proposal, besides an effective involvement in the
changes to adapt the needs of the child, in addition to greater investment in advanced play
resources, because during the development of this study it was detected that despite the
effectiveness of the toys sung in the therapeutic process, activities based on these dossiers are
still not used with the necessary frequency which could present greater resolution for the work
developed with the child attended by the child psychologist.

Keywords: Sung toys. Playful. Intervention. Psychology.

1 INTRODUÇÃO

Observam-se em livros, artigos publicados, e nas mais variadas instituições (escolas,


creches, centros de reabilitação, consultórios) que as práticas com atividades lúdicas no Brasil
estão sendo desenvolvidas constantemente. Porém alguns jogos e brinquedos infantis
precisam ser investigados e explorados por pesquisadores da área da Psicologia e da
Educação, no sentido de verificar com maior rigor metodológico, as consequências desses
recursos e seus conteúdos, estabelecendo parâmetros que possam ser utilizados para nortear o
seu uso pelas crianças, parâmetros esses transmissíveis pelos componentes da família e
profissionais dos mais diversos campos que lidam diariamente com crianças.
A infância passa, hoje, por um processo de mudança quanto aos desafios enfrentados
pelo mundo contemporâneo. Diante de tantas dificuldades, muitos profissionais que lidam
com o processo terapêutico têm feito esforços para utilizar recursos ou instrumentos que
visam ajudar crianças a ter um desenvolvimento sadio e equilibrado. Em decorrência desse
quadro, é necessário conhecer as mudanças terapêuticas que podem favorecer as crianças, no
sentido de torná-las mais propensas a enfrentar desafios, sejam esses educacionais, morais,
psicológicos, uma vez que os fatores que influenciam seu comportamento e desenvolvimento
são os mais variados possíveis.
Diante do exposto, o brincar surge como uma atividade que contribui para que o
profissional em Psicologia Infantil avalie e faça intervenções adequadas com o uso dos
brinquedos cantados. Nesse sentido, é necessário que o Psicólogo seja proativo no sentido de
apresentar a criança, no processo terapêutico, o maior número de recursos possíveis capazes
de auxiliar a criança superar desafios e estar pronta para lidar com o meio em que vive de uma
forma produtiva e satisfatória.
Tomando como base essa premissa, faz-se necessário direcionar esse artigo a todos os
profissionais no campo da Psicologia para que busquem otimizar ações que, de fato,
estabeleça uma aprendizagem que contemple o desenvolvimento de habilidades e
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competências das crianças, não só no campo cognitivo, mas afetivo, cultural, histórico. É com
base nessa condição que o processo terapêutico com base na utilização dos brinquedos
cantados surge como uma estratégia capaz de auxiliar no desenvolvimento do individuo e seu
equilíbrio psicológico e emocional.
Em razão desses pressupostos, pode-se afirmar que o estudo possui relevância para o
curso, uma vez que será possível contribuir para que o conhecimento a respeito do tema seja
ampliado e aprofundado a ponto de estimular outros acadêmicos a dar continuidade ao debate
em torno do assunto, tornando-o um dos aspectos importantes que o psicólogo deve dar
atenção no desenvolvimento de seu trabalho cotidiano.
Para a academia a abordagem da temática também se justifica, pois é necessário
produzir literatura atualizada para que pesquisadores tenham a disposição material relevante a
ser utilizado em outros estudos voltados para a utilização da Ludoterapia no processo
psicoterapêutico infantil.
Finalmente, a elaboração e divulgação do trabalho beneficiam a sociedade, uma vez
que, ao tomar conhecimento do conteúdo, a comunidade passa a compreender que a formação
e o desenvolvimento da criança passam por questões que precisam ser debatidas de modo a
favorecer a aquisição do conhecimento a respeito dos processos que desencadeiam sua
compreensão do mundo e a aquisição da autonomia.
Assim, a questão/problema que norteia o estudo busca saber: O uso de brinquedos
cantados pode contribuir no processo psicoterapêutico infantil? Como hipótese, pressupõe-se
que os brinquedos cantados tornam-se recursos apropriados no processo terapêutico infantil,
porque combinam prazer, ludicidade e criatividade, estimulando a criança a se mostrar
receptiva ao trabalho do Psicólogo.
Os objetivos do estudo consistem em compreender a eficácia dos brinquedos cantados
no processo psicoterapêutico infantil; descrever a origem e desenvolvimento da ludoterapia na
prática psicoterapêutica; apontar as dificuldades que o psicólogo enfrenta para utilizar os
brinquedos cantados no processo psicoterapêutico infantil e apresentar os brinquedos cantados
e suas variadas formas de utilização pelo psicólogo na prática terapêutica.

2 MÉTODOS

A pesquisa é de natureza qualitativo-descritiva, com embasamento na pesquisa


bibliográfica, explicitando as concepções de diferentes autores sobre o uso dos brinquedos
cantados no processo psicoterapêutico. "Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz
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acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação


teórica do estudo" (FORTE, 2006, p. 22), utilizando-se livros, revistas, artigos científicos e
periódicos, o que permite o aprofundamento sobre o estudo.
A pesquisa bibliográfica seja desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído de livros, artigos científicos, teses e dissertações. A principal vantagem deste tipo
de pesquisa reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos
(GIL, 1999). Richardson (1999, p. 80), mencionava que "os estudos que empregam uma
metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar
a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por
grupos sociais".
Para situar a discussão, consideram-se os estudos de alguns autores que se fazem
fundamentais no embasamento deste estudo que contribuem significativamente com estudos e
propostas relacionados a tal fenômeno. Logo após a seleção e obtenção das obras, em número
suficiente, para a realização da pesquisa, seguiu-se a leitura dos mesmos para a obtenção de
respostas ao problema proposto. A leitura do material seguiu uma ordem, proposta, por Gil
(2002), em que se desenvolveu uma leitura exploratória, que tem como objetivo verificar o
quão útil esse conteúdo é para a pesquisa. Logo após, iniciou-se a leitura seletiva, onde
determinou-se o material, que de fato interessou ao estudo.

3 RESULTADOS

3.1 LUDICIDADE

Na atualidade, constitui um consenso, nos meios acadêmicos, que o lúdico


(brincadeiras, jogos e brinquedos) é essencial para o desenvolvimento da personalidade das
crianças (SANTOS, 2011).
Sobre a forma adequada dos profissionais lidarem com os recursos lúdicos nas
instituições, na rotina diária, Placco (2013, p. 14), exorta “entendo que um local com os mais
variados recursos lúdicos, principalmente o brinquedo, poderia, com facilidade, ampliar as
possibilidades interdisciplinares e terapêuticas inseridas nos brinquedos e brincadeiras”.
Entende-se que, com base nessa observação, jogos, brinquedos e brincadeiras são
imprescindíveis à vida das crianças por promover o desenvolvimento físico, mental, social,
cultural, e também às habilidades de comunicação, expressão corporal e oral da criança. Por
se acreditar que as atividades lúdicas são importantes no desenvolvimento da criança,
psicólogos que lidam diariamente com criança devem estar prontos a intervir
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terapeuticamente não podendo ficar alheios ao brinquedo, ao jogo, às brincadeiras, pois tais
atividades são o veículo do crescimento da criança, possibilitando-a explorar o mundo,
descobrir-se, entender-se e posicionar-se em relação a si mesma e à sociedade de uma forma
natural. Segundo Santos (2012), um dos aspectos que marcam a infância é o brinquedo, e este
é para a criança aquilo que o trabalho é para o adulto, isto é, sua principal atividade.
Portanto, os jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo das crianças, já
que o brincar está presente na humanidade desde tempos imemoriais. Para Didonet (2014), o
brincar antecede à humanidade, “pois os animais também brincam, embora o ser humano, ser-
de-cultura, brinque diferente”. Desde os povos primitivos já eram desenvolvidas essas práticas
na forma de dança, música, pesca, caça e lutas.
Na contemporaneidade, vários teóricos de renome buscaram compreender e difundir
suas descobertas em relação às fases de desenvolvimento da criança. Entre estes um dos mais
importantes foi Piaget. Este teórico ofereceu grande contribuição com sua teoria construtivista
e dedicou-se a estudar os jogos e brincadeiras, chegando a estabelecer uma classificação deles
de acordo com a evolução das estruturas mentais que são: jogos de exercício – 0 a 2 anos –
sensório-motor; jogos simbólicos – 2 a 7 anos – pré-operatório; jogos de regras - a partir de 7
anos (PICONEZ, 2012)
Compreende-se que esse conhecimento sobre a evolução das estruturas mentais da
criança, de acordo com cada faixa etária, quando, aplicado ao contexto de uso dos brinquedos,
possibilita àquele que os utilizam junto à criança conhecer algo a mais do ser em
desenvolvimento: aquilo que não está dado simplesmente pela estrutura cognitiva, mas que se
insere no seu mundo subjetivo.
Na realidade, esse conhecimento amplia a ação do profissional que lida
terapeuticamente com a criança, na medida em que possibilita ao profissional psicólogo ou
terapeuta infantil, estabelecer uma sequência lógica e sistematizada de intervenções
psicológicas que resultam em transformações progressivas no comportamento da criança no
decorrer do processo terapêutico de modo a subsidiar a adoção de outros procedimentos para
melhorar o comportamento infantil (MOURA; VENTURELLI, 2014).
Atualmente, profissionais que trabalham no campo do desenvolvimento infantil
analisam várias teorias para seguirem seu trabalho. É importante que se faça um breve
comentário sobre Piaget, que diz que o brincar deve obedecer alguns estágios. Verderi (2012,
p. 55) cita:

a) Brincar sensório-motor (nascimento até 2 anos): neste estágio o bebê, apresenta


um tipo de funcionamento intelectual inteiramente prático, vinculado à ação.
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b) Brincar Simbólico (2 a 6 anos): que corresponde ao estágio pré-operacional em


que a criança começa a entrar no mundo dos símbolos, é capaz de reproduzir música
que alguém cantou e de reconhecer objetos. As crianças usam a imaginação.
c) Grupo de Jogos com regras (6 aos 12 anos): estágio das operações concretas. A
criança descobre uma série de regras para interagir com o mundo.

Pode-se compreender a importância de destacar que a sociedade, hoje, encontra-se


numa época quando a criança não tem mais liberdade de brincar como antigamente, nas ruas,
nas praças, seja por falta de espaços, seja por falta de segurança nos espaços disponíveis. De
acordo com Santos (2012), o desenvolvimento social das crianças é um assunto importante e
deve ser tratado de forma adequada, pois a criança que vive em comunidade adquire valores
de grupo. Neste ponto, a brincadeira tem participação especial.
Para criança, a brincadeira é a melhor maneira de se comunicar, um meio para
perguntar e explicar, um instrumento que ela tem para se relacionar com outra criança. Para
Marinho (2012, p. 31), a presença do amor e da agressão nas brincadeiras infantis
correspondem às tentativas de descoberta do eu da criança. Portanto, o amor e a agressão são
componentes de um todo na formação da sua personalidade. Além de ser uma extensão
indefinida de conhecimento sobre o mundo externo, é através do lúdico que a criança também
pode conviver com seus sentimentos internos.
A maioria dos adultos mostra-se capaz de expressar sob a forma verbal seus
sentimentos, frustrações e angústias, no entanto, a criança, por ainda não ter facilidade
cognitiva e verbal, utiliza os brinquedos como palavras, portanto, como linguagem. Entende-
se, então que o brincar é uma forma de atividade complexa, que envolve a criança física,
mental, social e emocionalmente, revelando os seus sentimentos, experiências e reações a
essas mesmas experiências (desejos, receios, percepção de si própria, entre outros) (HOMEM,
2010).

3.2 BRINQUEDOS CANTADOS: UMA INTERFACE DA LUDICIDADE

Os brinquedos representam elementos que estimulam a criança a se situar no mundo, a


partir da ampliação de seus aspectos cognitivos, emocionais e psicológicos. Sendo assim, se o
jogo é utilizado pela criança pelo simples prazer de brincar ou ainda se a criança se apropria
de qualquer material investindo um sentido lúdico, o brinquedo se torna um fim em si mesmo.
No entanto, é preciso ressaltar que os brinquedos criados pelo mundo adulto, concebido
especialmente para brincadeiras infantis, não passam de meros objetos se a criança não pode
manipulá-los ou utilizá-los como suporte da brincadeira (VERDERI, 2012).
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Em complemento a isso, Kishimoto (2012), explica que o brinquedo visto como um


recurso importante, desenvolve e educa de maneira prazerosa. Possui fins educacionais e
terapêuticos remetendo-nos para a relevância desse material em situações de aprendizagem e
de desenvolvimento infantil. A relevância de brinquedos como indispensáveis à criação da
situação imaginária revela que esse aspecto só se desenvolve quando se dispõe de
experiências que se reorganizam na mente da criança.
Por isso, é comum afirmar que a riqueza de experiências com os brinquedos e,
consequentemente, com a atividade de brincar, constituirá o banco de dados de imagens
culturais utilizados nas situações interativas. Dispor de tais imagens é fundamental para
instrumentalizar a criança para a sua socialização, aprendizagem e a superação de eventuais
dificuldades de natureza emocional ou psicológica.
Em se tratando especificamente dos brinquedos cantados é possível afirmar que a
literatura científica evidencia o quanto esse recurso pode ser essencial no processo terapêutico
de crianças para ajudá-las a melhorar a interação com o mundo que a cerca e consigo mesma,
uma vez que a música tem o poder de ajudar a criança a interagir com o meio que a cerca,
estimulando-a inclusive a estabelecer uma comunicação corporal com o mundo externo.
Por exemplo, Verderi (2012) explica que o brinquedo cantado é um meio de propor a
criança o estímulo ao movimento do corpo, seja mediante à expressão vocal, às palavras, às
frases que podem ser cantadas tanto pelo adulto quanto pela própria criança remetendo um ou
outro a cantigas do passado ou melodias mais atuais. Por fazerem parte da cultura musical,
independente da época, são facilmente reconhecíveis pelo indivíduo, posto que foram
transmitidas de geração a geração, ganhando inclusive muita repercussão na sociedade por
causa do que se convencionou denominar de tradição oral.
Quando se utiliza em conjunto o brinquedo com a música, então tem-se o cenário
propicio para ajudar uma criança a superar desafios, a enfrentar problemas relacionados a
personalidade ou a aprendizagem. Os brinquedos cantados, assim, podem influenciar de
forma positiva diferentes aspectos da formação do indivíduo, incluindo as dimensões humana,
física, social e cognitiva.
Percebe-se também que os brinquedos cantados, por sua origem e desenvolvimento,
são vistos, por muitos estudiosos, como um recurso completo do ponto de vista terapêutico,
pois une canto ou dança, ou mesmo ambos simultaneamente, utilizando um brinquedo
especifico como suporte que represente concretamente o teor da música, além de possibilitar
ao profissional que lida com os processos terapêuticos recursos que são essenciais para dar
apoio emocional e psicológico à criança (ZOBOLI, 2013).
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Um desses meios consiste na análise do conteúdo (letras) é parte integrante dos


brinquedos cantados. Estas, em consonância com a orientação do profissional, motivam as
crianças a utilizar sua motricidade ampla, o equilíbrio, o ritmo, a lateralidade. Além disso, nos
aspectos cognitivos, tanto o conteúdo quanto as coreografias possibilitam a criança dar vazão
a sua criatividade, imaginação e à atenção a tudo aquilo que acontece ao seu redor.
Os brinquedos cantados são ferramentas adequadas para que se trabalhem processos
terapêuticos e educacionais junto às crianças. Porém, é necessário admitir que sua utilização
em campos do conhecimento, como a Psicologia, é recente, mas com comprovada eficácia
principalmente pela sua simplicidade (BASTOS, 2014).
Por isso, apesar de todos os recursos tecnológicos existentes para avaliar os
processos terapêuticos em crianças, os brinquedos cantados se sobressaem como uma
alternativa simples, fácil de trabalhar e rápida no sentido de criar uma identificação com a
criança. Paiva (2010, p.75), é bem objetivo ao dizer que “Os Brinquedos Cantados falam à
alma da criança e concorrem para uma intensificação dos sentimentos de amor, participação e
respeito”.
Como parte essencial dos brinquedos cantados, a música vem desempenhando, ao
longo da história, um importante papel no desenvolvimento do ser humano, seja no aspecto
moral, seja no campo social, contribuindo para a aquisição de hábitos e valores indispensáveis
ao exercício de cidadania. Bastos (2012) informa que a palavra música vem do grego –
“Mousikê” – e designava, juntamente com a poesia e a dança, a “Arte das Musas”. O ritmo,
denominador comum das três artes, fundia-as numa só. Como nas demais civilizações antigas,
os gregos atribuíam aos deuses sua música, definida como uma criação e expressão integral
do espírito, um meio de alcançar a perfeição.
O reconhecimento do valor formativo e terapêutico da música fez com que surgissem,
no decorrer dos séculos, as primeiras iniciativas com o uso do canto. Assim, a música requer
uma instrução que ultrapassa o caráter puramente estético; torna-se um recurso indispensável,
um objeto de maestria, proporciona a medida dos valores éticos, tornando-se um meio de
obter “sabedoria” (LIMA, 2013).
De forma progressiva, “mousikê” passou a abranger tudo o que concernia ao cultivo
da inteligência, assim como “gymnastike” resume tudo quanto se referia ao desenvolvimento
físico, ao movimento e ao trabalho com o corpo, principalmente com o uso da ginástica.
Receberam experiências musicais não significavas, portanto, envolviam primariamente a
escuta e assimilação das cantigas elaboradas e difundidas nos grupos familiares e sociais
(PALHARES, 2012).
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Segundo Barbosa (2012), a música pode ajudar o indivíduo no sentido de contribuir,


principalmente, para que a criança esteja aberta a novos conhecimentos, tornando possível
que ocorra o desenvolvimento cognitivo mais profundo.
Além disso, a experiência musical é vista por Platão como pré-requisito ao
conhecimento e à superação de dificuldades intimas, que sem a base da cultura musical se
aprofundaria. Por isso, ele reconhecia a primazia da música sobre as outras artes, uma vez
que, a seu ver, são o ritmo e a harmonia os que mais fundo penetram no íntimo da alma, e os
que dela se apoderam com mais força, infundindo-lhe e comunicando-lhe uma atitude nobre
(JAEGER, 2016).
Portanto, é visível a contribuição dos brinquedos cantados nos processos terapêuticos
uma vez que se pode observar, como já dito, visível melhoria por parte das crianças que
passam por algum tipo de experiência negativa, mas que mantiveram contato com a música,
seja ela educação musical propriamente dita ou simplesmente quando o profissional utiliza-se
da música para auxiliar no processo terapêutico (SILVA, 2010).

4 DISCUSSÃO

Para se utilizar os brinquedos cantados, no processo terapêutico, é importante que se


considere sua centralidade na atenção e cuidado dispensados às crianças que necessitam da
intervenção de um profissional como o Psicólogo. Mas antes de discorrer sobre esse
atendimento é necessário entender que a atividade do brincar terapêutico tem constituído
elemento de pesquisa de diferentes segmentos teóricos que ora convergem, ora divergem
quanto à forma em que devem ser usados os brinquedos cantados.
No processo terapêutico, entende-se o brinquedo cantado como um recurso
potencializador da criança, além de contribuir para que sejam facilitados tanto a observação
quanto o atendimento da criança, uma vez que, revelam-se experiências do indivíduo
marcadas por muitos significados. Ao mesmo tempo, Parsons (2011), afirma que o lúdico se
torna necessário para compreender a realidade psíquica e pode auxiliar na resolução de
conflitos daquele que se submete ao processo terapêutico. Campos também destaca que a
observação do brincar permite que o psicólogo entenda melhor o funcionamento de seu
paciente.
Quando se trata de compreender o processo terapêutico com o uso dos brinquedos
cantados é importante que se reconheça que sempre haverá uma relação, um “feedback”, entre
a criança e o profissional, sendo que o brinquedo constitui o objeto de atenção dos dois.
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Nessas situações, o imaginário entra em ação, pois torna as relações mais ou menos próximas,
podendo ser expressas como forma de acesso aos conflitos. Nessa perspectiva, o brincar
associado ao cantar é considerado como um meio de promover a relação da criança com seu
inconsciente tornando-o pronto para evidenciar suas alegrias suas tristezas, seus desejos e
angústias.
Sendo assim, é importante refletir a respeito das contribuições da atividade com os
brinquedos cantados mediante à perspectiva terapêutica. Para entender isso é essencial
recorrer a Winnicott (2012) que, com sua obra “O Brincar e a Realidade”, estabeleceu
parâmetros realistas em relação às possibilidades que o brinquedo tem de tornar as
experiências da criança muito mais enriquecedoras.
Não se deve ficar indiferente ao fato que os brinquedos utilizados no processo
terapêutico, especialmente quando apresentam-se com características musicais, podem
auxiliar a manter sob controle atitudes agressivas, ajudar a manter o equilíbrio da criança
evitando-se a ansiedade, facilitar o contato com seus pares, realizar a integração da
personalidade, para que o contato verbal com os outros ocorra de forma inteligível. Além
disso, o uso dos brinquedos cantados pode favorecer muito a compreensão dos aspectos
referentes aos objetos transicionais (PARSONS, 2011).
A respeito disso, é importante compreender, também, que os brinquedos cantados
transportam a criança a um imaginário que a auxilia a estabelecer correlações entre a
realidade e os conteúdos musicais. Conti e Souza (2010, p. 80), explicam que os brinquedos
cantados podem assumir características de elementos reais, porém, transformam-se em
instrumentos para o controle de acontecimentos que geram traumas.
Desse modo, o brinquedo passa a assumir uma importância estratégica para vivenciar
situações prazerosas e doloridas que a criança não tem possibilidade, por si mesma, de
reproduzir no mundo concreto
Ciente disso, o profissional que utiliza os brinquedos cantados precisa entender que
existem modalidades diversificadas para se atender uma criança no contexto terapêutico. Mas
isso deve ser determinado a partir de uma avaliação inicial feita junto a criança. O objetivo
principal será, então, o de identificar os problemas ou necessidades daquela criança e dos
elementos que aprofundam sua dificuldade, levando em consideração sempre seu nível de
aprendizagem e sua faixa etária, sua vivência familiar e/ou social, além de variáveis genéticas,
culturais, familiares, psicológicas (PARSONS, 2011).
Uma vez que se tenha certeza da dificuldade da criança, o profissional deve saber
reconhecer a extensão em que aquilo está afetando a aprendizagem ou as relações que o
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indivíduo estabelece com aqueles que fazem parte do seu cotidiano. Para que se conheça
então até que ponto isso está interferindo em sua vida. Para isso, existem critérios que o
psicólogo deve levar em consideração. Esses indicadores seriam capazes de orientar o
profissional para prestar o devido apoio à criança, dando destaque ao processo terapêutico
com os brinquedos cantados.
Schimidt e Nunes (2014) informam que é necessário analisar alguns fatores para que
se utilize adequadamente os brinquedos cantados na prática terapêutica com crianças. Entre
eles pode-se mencionar o tipo de brinquedo ou brincadeira que podem evidenciar a maneira
como o ego vai demonstrar a função simbólica que sistematiza a atividade de brincar. Além
disso, a personificação atribuída ao brinquedo deve ser levada em consideração, bem como a
motricidade, a criatividade e a capacidade simbólica que é evidenciada no ato de brincar.
Com base nesses critérios, o profissional estará preparado para atender adequadamente
na medida em que novos aspectos e mudanças estruturais surgem com base na ação do
terapeuta e com base nos brinquedos cantados. Desse modo, levando-se em conta a
necessidade da introdução dos brinquedos cantados no processo terapêutico, enquanto uma
linguagem legítima de desenvolvimento, torna-se imprescindível a formulação e efetivação de
propostas que transformem em conhecimento prático e acessível aos profissionais diretamente
responsáveis por utilizar os brinquedos cantados ao realizar o atendimento de crianças, ou
seja, os psicólogos e todos aqueles interessados em compreender a ludicidade enquanto
recurso eficiente e mediador, nas interações com indivíduos de diferentes faixas etárias na
infância (ALVES, 2010).
Por esse motivo é de suma importância que, no ambiente onde a criança é atendida,
exista um espaço rico em atividades com brinquedos cantados e um ambiente que seja um
reflexo do ambiente social. Esse ambiente com recursos materiais suficientes e uma atmosfera
social é que permitirá à criança comprovar ter uma formação sólida (CONTI; SOUZA, 2010).
Os materiais do ambiente onde se desenvolve um processo terapêutico com o uso dos
brinquedos cantados podem consistir em objetos já elaborados ou em outros produzidos pelas
próprias crianças. Assim, a utilização de uma bola, de um bastão, de cones ou mesmo de
brinquedos eletrônicos pode ajudar a criança a desenvolver-se cognitivamente, culturalmente
com base em atividades significativas fundamentadas nos brinquedos cantados.
A iniciativa de usar os brinquedos cantados e essencial para consolidar o processo
terapêutico marcadamente lúdico, mais resolutivo, principalmente, no que se refere à
superação de traumas ou mesmo de perdas afetivas que a criança porventura tenha provado.
Apesar de se reconhecer a importância das atividades terapêuticas é comum que muitos
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psicólogos ou psicoterapeutas não considerem a possibilidade de trabalhar com a ludo terapia


no cotidiano da prática profissional. Por isso, acredita-se que a utilização mais frequente de
brinquedos cantados no atendimento de crianças facilitaria e dinamizaria o trabalho ludo
terapêutico (CONTI; SOUZA, 2010).
Uma vez que os brinquedos cantados constituem um suporte que agrega a
possibilidade de se trabalhar com vários conhecimentos de forma interativa e construtiva,
compreende-se que esses recursos de interação-ação são próprios não somente da atividade
terapêutica, mas da identidade social, cultural e lúdica. Com a utilização regular e frequente
dos brinquedos cantados, a criança pode dispor de forma rotineira, livre e criativa de
diferentes meios de acesso à brincadeira. Com isso, o ambiente onde acontece o atendimento
terapêutico pode possibilitar o auxílio psicológico mais pleno aos pacientes (CONTI;
SOUZA, 2010).
O desenvolvimento da criança extrapola os limites do uso de brinquedos cantados,
mas as possibilidades que estes recursos oferecem são significativos. Neste aspecto: brincar
de forma espontânea, escolher livremente tanto os brinquedos quanto os parceiros é
transformar o espaço. Enfim, construir seu mundo através dos brinquedos associados à
música.
Segundo Schimidt e Nunes (2014), a atividade de brincar vai impulsionando a
criança para o que se denomina de zona de desenvolvimento proximal onde existe um
empenho para projetar ações que extrapolam o mundo concreto, incentivando-a a alcançar
objetivos posteriores. É por isso que é comum a afirmação de que os brinquedos cantados
incentivam o desenvolvimento infantil.
De fato, uma proposta terapêutica que seja centrada na criatividade, na imaginação e
na capacidade de encantar, centrada principalmente nos brinquedos cantados, pode auxiliar na
articula de diversas emoções destacando-se uma convivência em que a tolerância às
diferenças seja a regra. Mediante o processo terapêutico com brinquedos cantados reforça-se o
encontro humano, sendo que cada momento passa a ser singular, subjetivo e prazeroso.
Trabalhar com brinquedos cantados é um importante meio de ajudar a criança a ganhar
autonomia, enfatizar suas conquistas e ajudá-la a superar eventuais desafios que para os
adultos podem ser considerados incompreensíveis.
Finalmente, as atividades com brinquedos cantados têm sido reconhecidas como um
recurso terapêutico que estimula o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões
(cognitiva, afetiva, social, cultural). Por isso é comum que se recomende a utilização dessa
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metodologia para auxiliar no aprimoramento de diversas capacidades da criança e como parte


intrínseca do dia a dia das pessoas com diferentes utilidades.

5 CONCLUSÃO

Os brinquedos cantados tornam-se, na atualidade, recursos propícios para consolidar


um trabalho terapêutico coroado de êxito, unindo prazer, ludicidade e criatividade, uma vez
que a criança passa a se mostrar receptiva ao trabalho do Psicólogo, o que equivale dizer que
o profissional deve ser favorável à inserção dessa estratégia terapêutica no cotidiano de sua
prática.
Destaca-se que a realização de um trabalho com base nos brinquedos cantados requer
um projeto pessoal maior do profissional quanto a sua proposta, considerável envolvimento
quanto às mudanças necessárias para se adaptar às necessidades da criança, além de maior
investimento nos recursos mais avançados, pois durante o desenvolvimento do estudo de
revisão da literatura, detectou-se que, apesar da eficácia dos brinquedos cantados no processo
terapêutico, atividades baseadas nos recursos lúdicos ainda não são implementadas de forma
mais frequente.
A hipótese levantada fora confirmada, pois o estudo de revisão da literatura tornou
claro que os brinquedos cantados tornam-se recursos apropriados no processo terapêutico
infantil, uma vez que combinam prazer, ludicidade e criatividade, estimulando a criança a se
mostrar receptiva ao trabalho do Psicólogo.
Os objetivos do estudo também foram alcançados, já que foi possível compreender a
eficácia dos brinquedos cantados no processo psicoterapêutico infantil, além de se ter obtido
sucesso em descrever a origem e desenvolvimento da ludo terapia na prática psicoterapêutica,
além de se perceber que os brinquedos cantados em suas variadas formas podem ser
plenamente utilizados pelo psicólogo na prática terapêutica para se obter êxito no atendimento
às crianças de 5 a 10 anos de idade.
Para concluir, é importante considerar que os brinquedos cantados podem ser
utilizados como elementos de ilustração prática que referenda a teoria, podendo inclusive
desafiar as crianças durante o transcorrer do processo terapêutico, proporcionando inclusive
agregar outros conhecimentos como a observância de regras, a transparência no diálogo, a
promoção de vínculos de amor e afeto, a confiança, bem como a adesão a valores como o
companheirismo, a afetividade, a disciplina e o compartilhamento de experiências.
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Entretanto para que isso se concretize e necessário que outros trabalhos acadêmicos
sejam elaborados e divulgados ajudando outros pesquisadores a trilhar caminhos possíveis no
contexto da ludo terapia para auxiliar crianças no processo de desenvolvimento global. Além
disso, a própria revisão da literatura indica a necessidade de se buscar a capacitação
profissional contínua, investindo sempre em recursos diferenciados para atender ao público
infantil

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