Manual de Iniciação - Goalball
Manual de Iniciação - Goalball
Manual de Iniciação - Goalball
INICIAÇÃO AO
ESPORTE PARALÍMPICO
GOALBALL
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Este Manual de Iniciação ao Esporte Paralímpico do Goalball Seja bem-vindo, ilustre amigo do movimento paralímpico brasileiro, a
é um material produzido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e este manual de iniciação ao universo do desporto adaptado. A equipe
dirigido pela Academia Paralímpica Brasileira. do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) preparou este compêndio
introdutório com o intuito de reforçar a promoção e aumentar o
fomento da prática esportiva para pessoas com deficiência.
Mizael Conrado
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro
AUTORES AGRADECIMENTOS
RICARDO APARECIDO DE OLIVEIRA Agradeço ao Comitê Paralímpico Brasileiro, à Academia
Graduado em Educação Física, licenciatura ple- Paralímpica, à Coordenação de Esporte Escolar Paralímpico, à
na, pela Universidade Camilo Castelo Branco. Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais
Atuou como coordenador nacional de goalball (CBDV) e aos técnicos da seleção brasileira de goalball masculina
(2009-CBDC), auxiliar técnico da seleção femi- e feminina; pelas contribuições e oportunidade de desenvolver um
nina de goalball (2013-CBDV) e técnico de equi- trabalho prático, teórico e descritivo.
pes com tricampeonato da Copa Brasil da mo-
dalidade (2005/2011/2012). Atualmente trabalha como professor da CONTRIBUIÇÃO
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e como professor
de goalball da Escola Paralímpica de Esportes do Comitê Paralímpi- Academia Paralímpica Basileira - professor Décio Calegari,
co Brasileiro. professor Ivaldo Brandão Vieira, professor José Fernandes Filho.
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SUMÁRIO 10 - Origem da bola .................................................................... 41
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29 - Caça ao tesouro ................................................................. 64
34 - Agilidade defensiva............................................................ 70
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HISTÓRIA DO
GOALBALL
O esporte para pessoas com deficiência é uma ferramenta
favorável à socialização, pois a convivência diária com atletas e
técnicos, e as viagens realizadas para competições, possibilitam
Imagem da atleta da seleção brasileira,
Gleyce Priscila, em posição de expectativa. a interação social e a possibilidade de criar vínculos de amizade
Foto: Alexandre Schneider.
(LABRONICI, 2000; OLIVEIRA et al., 2013).
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A quadra é marcada com barbante e fita para que os atletas ganizar a modalidade nos Jogos Paralímpicos e Parapan-America-
sintam o relevo e possam se localizar. Há locais específicos para nos (IBSA, 2010).
os atletas se posicionarem e aguardarem o arremesso do adver-
sário. A bola utilizada durante o jogo possui um guizo, permitindo Em termos de competições internacionais, os Jogos Para-
que os atletas se orientem por meio do som emitidoe possibili- límpicos é o mais importante evento da modalidade. A segunda
tando identificar a sua localização (VELASCO et al., 2017). A bola competição internacional mais importante é o Campeonato Mun-
deve ser arremessada rente ao solo ou tocar em pontos especí- dial de Goalball, realizado em ciclos de quatro anos. Além dessas
ficos da quadra antes de chegar à equipe adversária. Caso essa principais competições, existem ainda outras importantes com-
regra não seja observada, a equipe é punida e sofrerá uma penali- petições internacionais como: Parapan-Americano e Mundial de
dade (um pênalti onde se enfrentam um atacante e um defensor). Cegos da IBSA (IBSA, 2010).
No Brasil, a modalidade teve seu início na década de 1980 (AL- Espoo Estados Estados
2014 Brasil Finlândia Rússia Turquia
MEIDA et al., 2008; MATARUMA et al., 2005). Em 1982, a Inter- Finlândia Unidos Unidos
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O goalball é classificado em B1, B2 e B3, do qual a letra B
“blind” significa “cego” em português, e a classificação visual para
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REGRAS BÁSICAS HIGH BALL: Esse comando é utilizado quando o ata-
cante não obedece a regra que determina que a bola deve to-
car o solo pelo menos uma vez na área de lançamento (linha de
6m), depois de ser lançada pelo jogador; ou seja, ao sair da sua
Vamos destacar algumas regras básicas para determinar o mão. O comando paralisa a jogada e a equipe infratora sofrerá
bom entendimento e a realização do jogo, desde que não inter- uma penalidade.
firam profundamente no objetivo e na lógica da modalidade.
TEN SECONDS (10”): O “ten seconds” acontece quan-
Podemos dividi-las em dois grupos: as infrações (transgres- do o jogador demora mais de 10 segundos para arremessar a
são da regra de jogo que ocasionarão a perda da posse de bola) bola em direção ao adversário, caracterizando uma penalidade.
e as faltas (que ocasionarão a penalidade máxima = pênalti) A contagem dos dez segundos inicia desde o controle de bola,
(GOMES; TOSIM, 2016). passando pela execução do lançamento, até a transposição da
bola no meio da quadra.
A explanação nas aulas sobre as regras são importantes para
a conduta na formação da criança quanto ao aprendizado dos EYESHADES: Qualquer ação realizada com um toque
valores éticos do esporte, devendo ser introduzidas no cotidiano na venda (óculos de proteção) sem autorização prévia do árbitro.
aos poucos, de acordo com a sequência pedagógica para que Infração também punida com penalidade.
possam tomar decisões futuras sobre suas ações nos jogos; pois
as mesmas estarão ligadas as jogadas e prescritas nos jogos de NOISE: O “noise” acontece quando a equipe que está
goalball (ALMEIDA, 2008). com a posse de bola, ao arremessar, faz algum tipo de barulho
que poderá atrapalhar a equipe adversária, ocasionando uma pe-
nalidade. Acontece também quando há algum barulho externo
PLAY: O “play” é o comando utilizado sempre que for excessivo, sendo dado um comando de “noise”, para interrupção
dado início à partida, seja para início ou reinício do tempo ou no do jogo, até que cesse o barulho.
caso de ocorrer algum contratempo durante o jogo. No momento
em que o árbitro disser “play”, os jogadores reservas, técnico e a OBS.: Lembrando que as regras do goalball são regidas pela In-
torcida devem manter silêncio. ternational Blind Sports Federation (IBSA), que elegeu a língua
inglesa como padrão para a uniformização dos comandos.
OUT: Comando executado para informar ao aluno que a
bola saiu da área de jogo.
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ENTENDA O METODOLOGIA
GOALBALL ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO E
PROPOSTAS METODOLÓGICAS
São dois times de três jogadores em quadra e, no máximo, três na
reserva. O objetivo é fazer com que a bola, arremessada com as mãos
rasteiramente, como no boliche, toque as linhas pré-determinadas, A iniciação no goalball segue uma didática respeitando as eta-
até o gol adversário. pas do desenvolvimento motor para a modalidade. Desta forma
exigir resultados imediatos seja um risco, principalmente para
Os jogadores devem estar totalmente alunos cegos ou com baixa visão, podendo causar um trauma por
vendados, para não obterem vantagem uma bolada ou um choque entre companheiros de equipe.
sobre um adversário cego.
Planejar atividades de acordo com a maturidade de cada
Os atletas ficam restritos a uma criança será essencial para o aprendizado da modalidade, pois
área de 6m da quadra que defen- para se chegar ao domínio de habilidades desportivas, é neces-
dem, de modo que não há qual- sário um longo processo; onde as experiências com as habilida-
quer contato entre os oponentes. des básicas (movimentos fundamentais) são de fundamental im-
portância (TANI et al., 1998, p. 70).
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credibilidade ao professor em relação ao aluno; ou seja, culmi- ELEMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS
nando com o esforço do indivíduo de concluir uma tarefa (DE
ROSE JR et al., 2002). O goalball é uma modalidade esportiva desenvolvida espe-
cificamente para pessoas com deficiência visual. É baseado nas
ORIENTAÇÃO AUDITIVA E TÁTIL: Sendo uma mo- percepções auditivas, táteis e na orientação espacial, caracte-
dalidade coletiva, o goalball é jogado em quadra coberta, em piso riza-se como uma atividade dinâmica, interessante e especial
de paviflex (ou similar) e a lógica do jogo consiste em arremessar (CONDE, 2019).
a bola com as mãos contra o gol adversário. A bola deve ser lan-
çada junto ao solo, de forma que os guizos internos produzam São três jogadores em cada equipe, que lançam a bola, ro-
sons capazes de indicar a direção da bola, permitindo que os lando no piso da quadra, para tentar fazer o gol. A outra equipe
atletas vendados do outro lado consigam identificar a trajetória tenta impedir o gol com os três jogadores deitando-se no piso
da bola (NASCIMENTO, 2012). para realizar a defesa da bola lançada pelo adversário. O jogo
é disputado de tempos de doze minutos com três minutos de
Portanto nos trajetos, e principalmente no espaço das aulas, a intervalo, e vence o jogo a equipe que conseguir o maior número
orientação auditiva deve ser bem definida e objetiva, narrando o de gols (NASCIMENTO, 2006).
espaço físico do desenvolvimento das aulas, bem como os mate-
riais a serem utilizados; explicitando o ambiente, e a proximidade Vale salientar que, segundo a Base Nacional Comum Curri-
do cenário de um possível jogo, permitindo que o aluno construa cular – MEC (BNCC, 2010), os esportes escolares estão classi-
um mapa mental do ambiente da atividade (ALMEIDA, 2008). ficados de acordo com a sua cultura corporal, segundo a lógica
interna de funcionamento; e assim no âmbito escolar o goalball,
SEGURANÇA NAS AULAS: Poder apresentar uma juntamente com outros esportes, recebe a classificação e no-
modalidade de maneira gradativa, seja quanto aos elementos menclatura de esporte de “quadra dividida”, conforme seu eixo
técnicos básicos (diferentes intensidades de arremessos), seja temático esporte (caracterizadas por volear, arremessar, lançar
com os materiais utilizados, como bolas adaptadas (tamanhos ou rebater um objeto em direção a setores da quadra adversá-
diferentes e pesos variados), e/ou jogos reduzidos, observando ria ou meta, como exemplo: voleibol, peteca, tênis de campo e
principalmente ações de mudanças no espaço, oferecendo no- mesa, badminton, goalball, pelota basca, squash, espirobol etc.).
vas orientações aos participantes por meio de questões propos- As técnicas defensiva e ofensiva são utilizadas durante todo o
tas como: Onde estou? Para onde quero ir? e Como vou chegar jogo, sendo fundamental conhecer como elas são realizadas.
ao meu objetivo? (ALMEIDA, 2008).
A técnica defensiva é a forma correta de se posicionar para o
ato da defesa e as respectivas movimentações que possibilitarão
evitar o gol adversário e recuperar a posse da bola.
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A segunda ação é a movimentação prévia, que corresponde A orientação em quadra depende principalmente do domínio
ao comportamento dos alunos antes do lançamento, que consis- da “área de orientação” (linha de 3m distante da trave, delimitada
te em identificar o posicionamento ofensivo adversário, deslo- lateralmente por 9m) e contribui para que as pessoas com defici-
cando o corpo lateralmente para uma nova fase de expectativa, ência visual se localizem de forma segura e independente.
em relação à direção da bola.
O jogador identifica determinados pontos da quadra (traves,
Por fim, a terceira fase é finalização/impacto, na qual o de- demarcações de posições dos jogadores e linhas da quadra), per-
fensor encontra-se deitado lateralmente, cotovelos estendidos cebendo o ambiente que o cerca, estabelecendo relações cor-
acima da linha do ombro de forma a proteger o rosto, pernas porais, espaciais e temporais com esse novo ambiente por meio
um pouco afastadas e também estendidas, com perna superior dos sentidos remanescentes.
ligeiramente voltada para frente, com a musculatura tensionada,
rosto ligeiramente voltado para trás entre os braços, bem como o Dessa forma, a “mobilidade” é desenvolvida de forma prática,
corpo deverá estar ligeiramente à frente para facilitar o controle possibilitando ao aluno se mover e reagir aos estímulos internos
da bola, caso o defensor recupere sua posse. ou externos, em equilíbrio estático ou dinâmico. A mobilidade
será executada com ações seguras e propiciará a evolução mo-
A técnica ofensiva consiste na forma correta de lançar a bola tora necessária para a realização dos exercícios técnicos, melho-
à meta adversária, executando os movimentos característicos rando sua orientação em quadra (ALMEIDA, 2008).
que determinam a nomenclatura do arremesso e têm por objeti-
vo fazer o gol. Também ressaltamos a importância do fundamento técnico
do passe, como sendo a técnica de entregar a bola ao compa-
Está dividida em empunhadura da bola, que corresponde nheiro para uma ação ofensiva. Esta estratégia é muito utilizada
à fase preparatória: o aluno encontra-se em pé, concentrado, nos jogos para confundir o adversário, pois o adversário imagina
de frente para a equipe adversária, pernas ligeiramente sepa- a bola sendo lançada de um lado e ela acaba sendo lançada de
radas, segurando a bola com a mão do braço que irá realizar outra posição.
o arremesso.
Para execução desse fundamento o receptor e o passador
Na sequência ele inicia o deslocamento do corpo, fase de combinam e/ou treinam um código sonoro, sempre atentos à “re-
progressão ou evolução: o aluno inicia seu movimento com a gra dos dez segundos (ten seconds)”.
perna esquerda (primeiro passo), elevando o braço que se-
gura a bola para frente do corpo, em seguida realizará o se- A técnica, por utilizar grande parte desse tempo, precisa ser
gundo passo com a perna direita, levando o braço que segura ensinada/treinada constantemente, pois deve haver uma sinto-
a bola para trás do corpo. nia entre os jogadores para que a ação seja efetiva (CAMAR-
GO, 2012).
Finaliza o movimento com a alavanca, que é o arremesso pro-
priamente dito. O aluno executa o terceiro passo com a perna es-
querda, inclinando o tronco à frente, alavancando o braço direito
que segura a bola de trás para frente através de um movimento
pendular, soltando-a paralelamente ao piso (rasteira); acontecen-
do neste momento a fase mais importante do arremesso, que é a
soltura da bola (CAMARGO, 2012; TOSIM, 2016).
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ATIVIDADES
De acordo com as aulas Escola Paralímpica de Esportes do
Comitê Paralímpico Brasileiro e segundo as orientações de
(NASCIMENTO, 2006), as atividades de iniciação ao goalball fo-
ram elaboradas seguindo uma sequência pedagógica de acordo
com a maturidade dos alunos, exercitando técnicas ofensivas e
defensivas, chegando a situação de jogo, utilizando jogos reduzi-
dos e recreativos, até chegar aos jogos com as regras oficiais.
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1. ORIENTAÇÃO ESPACIAL 2. PERCEPÇÃO AUDITIVA E TÁTIL
Material: quadra, bola pequena com guizo e trave. Material: quadra, bola pequena com guizo e trave.
Variação: estimular que o companheiro chame outro aluno Variação: após a progressão dos alunos, estimular um lançamen-
com o barulho produzido pelo guizo, para familiarização desse som to característico de cada aluno em direção ao chamado do professor.
característico da bola de goalball.
Dica: poderemos usar uma bola envolvida com papel celofane
Dica: podemos utilizar barbante esticado com cones para a ou sacola plástica.
simulação da trave.
Referência: Atividade desenvolvida na Escola Paralímpica de Esportes (CPB).
Referência: Atividade desenvolvida na Escola Paralímpica de Esportes (CPB).
Figura 1 - Orientação espacial. Aluno de pé, cego, fazendo o reconhecimento da baliza de goalball com as
Figura 2 - Percepção auditiva. Aluna utilizando óculos Figura 2.1 - Percepção tátil. Aluna utilizando óculos de
mãos. Foto: Ale Cabral.
de proteção, está agachando em direção a uma bolinha proteção, levantando e segurando a bolinha rosa com
rosa com guizo que está à sua frente. Foto: Ale Cabral. guizo em sua mão esquerda. Foto: Ale Cabral.
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Figura 3.3 - Seis alunos vendados, dispostos
separadamente na área de orientação de pé,
simulando o arremesso por baixo das pernas.
3. MANEJO DE CORPO Figura 3.4 - Seis alunos vendados, dispostos
separadamente na área de orientação de pé,
simulando o arremesso de frente.
Fotos: Marcello Zambrana.
Figura 3 - Imagem corporal. Em primeiro plano, sete bolas separadas em colunas na parte neutra da quadra, em segundo plano sete
alunos em pé, de mãos dadas de frente para as bolas. Foto: Ale Cabral. Executar giro no sentido horário e anti-horário a partir de uma
posição estática, como estando de frente para uma das traves e
virar de costas para a mesma (Fig. 3.5 e 3.6).
Objetivo: manejo de corpo (imagem e esquema corporal).
Figura 3.5 - Seis alunos vendados, dispostos separadamente na área de orientação de pé, realizando saltos para cima.
Figura 3.6 - Seis alunos vendados, dispostos separadamente na área de orientação de pé, realizando saltos com giro.
Fotos: Ale Cabral.
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Figura 3.10 - Esquema corporal. Duas alunas vendadas, dispostas na área de movimentação, uma na ala direita e uma no centro, em
posição de expectativa com elástico preso entre as duas. Foto: Ale Cabral.
Figura 3.7 - Sete alunos vendados, dispostos separadamente perto da baliza, realizam corrida para frente. Figura 3.8 - Sete alunos Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Livro Bas-
vendados, dispostos separadamente na linha de 6 metros, estão agachados tocando a mão na linha em alto relevo. Na frente deles
7 bolas. Fotos: Ale Cabral.
quete Metodologia do Ensino.
Figura 3.9 - Três alunas vendadas, dispostas na área de orientação, uma na ala direita, uma no centro e uma na ala esquerda, em Figura 3.11 - Seis alunos vendados, dispostos na área de orientação, deitados lateralmente, segurando os joelhos flexionados próxi-
posição de expectativa com elásticos presos entre as alunas. Foto: Ale Cabral. mo ao tronco. Figura 3.12 - Seis alunos vendados, dispostos na área de orientação, deitados lateralmente estão simulando a posição
de defesa final. Fotos: Ale Cabral.
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Figura 4.3 - Sustentar. Três alunos de pé, dispostos separadamente na área de orientação seguram a
bola com as duas mãos e braços estendidos acima da cabeça. Foto: Marcello Zambrana.
4. MANEJO DE BOLA
Procedimento/Descrição/Estratégia: é um fundamento
que tem como objetivo melhorar a habilidade geral do aluno no Figura 4.4 - Quicar. Aluno de
pé vendado aguarda bolinha
contato com a bola nas diversas possibilidades de movimentos com amarela com guizo quicar à sua
frente. Foto: Ale Cabral.
a mesma, como rolar, tocar, quicar, segurar, lançar, enfim, permitir
o manuseio nos diversos planos do corpo, criando intimidade com
a bola.
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Exercícios dinâmicos de condução de bola: levar e
devolver (Fig. 4.7), jogar e pegar (Fig. 4.8 e 4.9), movimentos
preparatórios e balanceio da bola, alavanca em progressão (Fig.
4.10 a 4.12).
Figura 4.10 - Movimento preparatório. Dois
alunos de pé, seguram a bola de goalball
Variação: na sequência dos exercícios, incluir a bola de com os braços estendidos, um aluno com
os braços para frente e o outro para cima
goalball, em exercícios específicos, de modo gradativo. Foto: Ale Cabral.
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5. PERCEPÇÃO AUDITIVA 6. PERCEPÇÃO AUDITIVA
Material: quadra, bola com guizo, barbante e fita. Material: bolas com tamanhos e sons variados.
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7. ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE 8. DESENVOLVIMENTO DA DIREÇÃO
Figuras 7, 7.1, 7.2 e 7.3 - Orientação e mobilidade. Figura 7 - Aluno vendado, de pé, apoia a mão esquerda na parte superior da
baliza, com o tronco virado para a lateral da quadra (ala direita). Figura 7.1 - Aluno vendado, de pé, apoia a mão esquerda na parte Figura 8.1 - Três direções básicas (alvo). Sete alunos, seis dispostos na área de orientação em posição de expectativa
superior central da baliza, com o tronco virado à frente. Figura 7.2 - Aluno vendado, na ala esquerda, coloca a mão direita na linha enquanto um aluno arremessa bola na direção deles. Foto: Ale Cabral.
em alto relevo. Figura 7.3 - Aluno vendado, na ala direita em posição de expectativa. Fotos: Marcello Zambrana.
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9. PASSES 10. ORIGEM DA BOLA
Figura 10 - Execução do passe. Alunos sentados em círculo jogam a bola um para o outro. Foto: Ale Cabral.
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11. PERCEPÇÃO AUDITIVA E TÁTIL 12. PREPARAÇÃO PARA A ALAVANCA DO LANÇAMENTO
Figura 12 - Apoio. Aluno agachado com o Figura 12.1 - Rolamento. Aluno agachado com Figura 12.2 - Finalização. Aluno agachado com
joelho direito no solo e a mão direita atrás da o joelho direito no solo e com a mão direita o joelho direito no solo e o braço direito à
bola de goalball. Foto: Ale Cabral. empurra a bola de goalball. Foto: Ale Cabral. frente do rosto, finalizando o movimento.
Foto: Ale Cabral.
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13. POSICIONAMENTO DEFENSIVO INDIVIDUAL
Figura 12.3 - Elevação. Aluno
agachado com o joelho direito Objetivo: posicionamento defensivo individual (3 fases).
no solo e com a bola na mão
direita atrás do corpo, iniciando
o movimento de arremesso
frontal. Foto: Ale Cabral. Material: bola, barbante e fita.
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14. DESLIZE DEFENSIVO
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15. PERCEPÇÃO AUDITIVA E DEFESA INDIVIDUAL
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16. JOGO REDUZIDO INICIAL 17. JOGO REDUZIDO SEQUENCIAL
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Livro Goal- Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Livro Goal-
ball: Invertendo o jogo da inclusão. ball: Invertendo o jogo da inclusão.
Figura 17 - Jogo reduzido 2x2. Quatro alunos estão divididos em duplas, cada dupla em uma
lateral da quadra (6m), jogam entre si. Foto: Ale Cabral.
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18. JOGO COLETIVO 19. PERCEPÇÃO AUDITIVA
Variação: pode-se também executar essa formatação de Variação: pode aqui executar o “joguinho das regras”, soman-
modo reduzido, diminuindo a quadra em 3m, diminuindo o padrão do pontos à equipe que comete menos infrações; ou que saiba
trave a trave. respondê-las.
Dica: ainda não cobrar os alunos sobre regras de penalida- Dica: perguntar sempre ao aluno que cometeu a infração se o
des e infrações, salientar pode ser importante, mas sem uma co- mesmo sabe o que ocorreu, como conceito e procedimento; bem
brança excessiva. como a consequência da penalidade.
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Livro Goal- Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Livro Goal-
ball: Invertendo o jogo da inclusão. ball: Invertendo o jogo da inclusão.
Figura 18 - Jogo coletivo. Alunos na quadra de goalball disputando uma partida com o time da esquerda arremessando.
Foto: Ale Cabral.
Figura 19 - Regras básicas. Alunos na quadra de goalball disputando uma partida com o
ala esquerda fazendo um arremesso frontal. Foto: Ale Cabral.
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20. JOGO DO QUARTETO 21. POSICIONAMENTO INDIVIDUAL
Variação: proporcionar uma nova apresentação da disposi- Variação: pode-se realizar rodízios horários e anti-horários.
ção dos atletas, e trabalhar os 3 direcionamentos básicos nessa fase
de iniciação; sendo apresentado apenas como alvo, as direções (di- Dica: importante explicar para o aluno a proximidade que está da
reita, centro e esquerda). lateral referente à sua posição e ao braço de arremesso correspondente.
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Manual de
Dica: Você pode, desta formação, partir para o aumento de Orientação para Professores de Educação Física (CPB-2006).
jogadores, posicionando-os em pontos estratégicos, para o bom de- Figura 21.1 - Duplas. Quatro alunos divididos em duas duplas, cada dupla em uma
senvolvimento da defesa sem risco de choques entre os jogadores Figura 21 - Trios. Três alunos realizando movimento de defesa na área de
orientação, próximos a linha de 3m. Foto: Ale Cabral.
lateral da quadra, estando três em posição de expectativa e um ajoelhado pronto
para o arremesso. Foto: Ale Cabral.
e, assim, possibilitar uma participação maior dos alunos quanto a
cobertura e comunicação.
Figura 20 - Jogo do quarteto. Quatro alunos estão dispostos Figura 20.1 - Aluno realizando uma defesa, no detalhe na
na área de orientação, um em cada posição, em finalização de posição do “quarteto”. Foto: Ale Cabral. Figura 21.2 - Rodízio dos trios. Aluno de pé, realiza um arremesso frontal, Figura 21.3 - Rodízio das duplas. Dois alunos, um de frente para o outro, estando um
defesa; aguardando a chegada da bola oficial. Foto: Ale Cabral. observado por seus dois companheiros de equipe. Foto: Ale Cabral. arremessando para frente com o joelho no chão na direção do aluno que aguarda
em posição de expectativa. Foto: Ale Cabral.
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22. SISTEMAS DEFENSIVOS INICIAIS 23. UTILIZAÇÃO DO ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Variação: poderá ser feito um desafio de sistemas, e alter- Variação: executar jogos com a devida autorização para me-
nância conforme um certo número de arremessos durante o pró- xer no óculos de proteção ou venda de pano, aplicando a devida
prio jogo. regra de toque nos óculos sem permissão.
Dica: explicar algumas vantagens e desvantagens entre os sis- Dica: essa aula pode ser adequada com o tempo de sua es-
temas táticos, como a falta de cobertura, os espaços deixados pela colha, conforme a progressão da turma, e principalmente para os
falta de compactação e dificuldades para recomposição defensiva. alunos com baixa visão. Caso não possua os óculos de proteção
nacional ou internacional, poderá utilizar uma venda feita de pano
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes do Manual para Entre- (Fig. 23.2).
nadores de Goalbal.
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Manual de
Orientação para Professores de Educação Física (CPB, 2006).
Figura 22 - Defesa triângulo Figura 23 - Óculos de proteção. Aluno ajeita óculos de Figura 23.1 - Manuseio do óculos. Alunos sentados
(pivô avançado). Três alunos em proteção oficial com as mãos. Foto: Ale Cabral. ajeitam seus óculos de proteção. Foto: Ale Cabral.
posição de expectativa na área de
orientação. Foto: Ale Cabral.
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24. MOVIMENTAÇÃO PRÉVIA 25. ORIGEM E ALVO
Figura 25 - Arremessos
paralelos e diagonais. Alunos
distribuídos em três colunas na
Figura 24 - Origem do som. área de orientação, arremessam
Alunos em posição de expectativa. a bola na direção do professor.
Foto: Ale Cabral. Foto: Ale Cabral.
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26. JOGO RECREATIVO ESPECÍFICO 27. GOALBALL ALVO
Objetivo: jogo recreativo específico (“fugi-fugi”). Objetivo: goalball alvo (fundamento ofensivo - arremesso).
Material: marcações e bolinhas com guizo. Material: quadra, bola, cones, material reciclado, “joão teimo-
so” e trave.
Procedimento/Descrição/Estratégia: no espaço do goal-
ball disponibilizado para os alunos, posicionar os mesmos na lateral Procedimento/Descrição/Estratégia: os participantes se-
da quadra (ou uma das marcações de quadra = linha de 3m) para rão posicionados em colunas ou em pontos estratégicos (origem)
atravessarem para o outro lado (ou linha demarcatória oposta a (Fig. 27), distribuídos de acordo com o número de participantes, po-
cada 3m), com deslocamentos no solo (tipo arrastão). Sendo que sicionando-se de frente para seu respectivo cone à 9m de distância.
um aluno de posse de uma minibola com guizo será o pegador (Fig. Ao sinal do professor o primeiro aluno (Fig. 27.1) de cada coluna exe-
26), que pergunta: “quem é que pega?” – e os alunos respondem: cutará um arremesso com a bola de goalball em direção ao seu res-
“fugi-fugi”; sendo neste momento que se inicia o deslocamento, e a pectivo cone, tentando acertá-lo (Fig. 27.2) e retorna ao final da sua
tentativa do pegador interceptar os alunos que tentam atravessar coluna. Assim, quando todos os alunos de suas respectivas colunas
para a outra lateral (Fig. 26.1). (Obs.: na sequência pedagógica desse arremessarem, será feita a contagem de acertos de cada coluna.
jogo, acrescentamos a barreira dos pegadores; que quando forem
pegos, devem ficar no local de posse de uma bolinha também, para Variação: possibilitar a experimentação de várias origens, esti-
a orientação auditiva). mulando a mobilidade na “área de orientação e lançamento”.
Variação: possibilitar a experimentação de várias origens, esti- Dica: para essa atividade serão utilizadas cinco bolas de go-
mulando a mobilidade na “área de orientação e lançamento”. alball, e cinco cones, ou material similar. Organizar a disputa com
pontuação progressiva (mexeu, tirou do lugar, derrubou). Variar as
Dica: sempre que possível passar o feedback para os alunos formas de arremesso (de frente, de costas, rasteira, quicada). Possi-
quanto ao seu êxito e bom auxílio com a bolinha com guizo para a bilitar também adaptações para a faixa etária sub-10 (Fig. 27.3 e 27.4).
devida orientação do pegador.
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) da Carpeta del
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) da brincadeira Goalball.
convencional pega-pega.
Figura 27 - Posicionamento dos alunos para a atividade. Alunos divididos em 2 grupos perto da baliza tentam acertar com um
arremesso um cone ou isopor a sua frente. Foto: Ale Cabral.
Figura 26 - Pegador
e alunos na posição inicial. Alunos (bub-10)
sentados sobre a linha de 3m, de frente para um
aluno que está sobre a linha central segurando uma
bolinha com guizo. Foto: Ale Cabral.
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28. PACMAN SONORO
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29. CAÇA AO TESOURO 30. QUEIMADA SENTADO
Objetivo: caça ao tesouro (percepção tátil e auditiva). Objetivo: queimada sentado (fundamento defensivo - deslo-
camento).
Material: quadra, bolinhas com guizo e sacolinhas plástica.
Material: bola, óculos de proteção ou venda de pano e mar-
Procedimento/Descrição/Estratégia: utilizaremos um es- cações.
paço similar a quadra oficial de goalball, com marcações adaptadas
formando um campo demarcatório para deslocamento dos alunos Procedimento/Descrição/Estratégia: duas equipes fica-
(Fig. 29). O objetivo da atividade é localizar as bolinhas com gui- rão uma de frente para a outra (Fig. 30), a uma distância de 9m, deli-
zo, que estarão dispostas em pontos variados da quadra (Fig. 29.1), mitadas por linhas paralelas. Essas linhas serão utilizadas como limi-
sobre as linhas em alto-relevo. Ao sinal do professor os alunos po- tes de distância entre as equipes para a tentativa de queima, e para
derão deslocar-se pelas linhas (Fig. 29.2), procurando o máximo de fugir da bola que virá proveniente de um arremesso rasteiro. Todos
bolinhas que localizarem (Fig. 29.3), e assim, terminará a atividade os alunos de uma equipe que fujam da bola deverão estar sentados
quando todas as bolinhas forem localizadas. ou em posição de defesa (Fig. 30.1). Ao comando de queima, um alu-
no de posse de bola vai rolar a bola em direção à equipe contrária
Variação: possibilitar a experimentação de várias origens, es- (Fig. 30.2), e os alunos da equipe, ao perceberem a aproximação
timulando a mobilidade na “área de orientação e lançamento”. da bola deverão deslocar o corpo para o lado direito ou esquerdo,
fugindo da mesma (Fig. 30.3). Os alunos queimados permanecem no
Dica: para esta atividade é importante a utilização da venda jogo, mas a cada queima a equipe soma seu ponto.
(óculos de proteção). Formação por duplas deverá ser estimulada
para facilitar a localização de acordo com a deficiência. Variação: possibilitar a experimentação de várias origens, es-
timulando a mobilidade na “área de orientação e lançamento”.
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Livro Educa-
ção de Corpo Inteiro.
Dica: para essa atividade é importante a utilização da venda
(óculos de proteção).
Figura 29 - Campo demarcatório. Em destaque,
bolinha azul com guizo em cima da linha em alto
relevo. Foto: Ale Cabral.
Referência: Adaptada para a Escola Paralímpica de Esportes (CPB) do Livro Educa-
ção de Corpo Inteiro.
Figura 29.1 - Localização das bolinhas. Aluno venda-
do e de joelhos procura bolinha com guizo, que está
bem próxima. Foto: Marcello Zambrana.
Figura 29.3 - Contagem das bolinhas. Alu- Figura 30 - Alunos em posição de expectativa na zona neutra observam a bola ao centro da quadra. Foto: Ale Cabral.
nos sentados em círculo contam as bolinhas
com guizo que acharam. Foto: Ale Cabral.
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31. GOALBALL GIGANTE
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32. PASSE NA MÃO 33. LOSANGO DEFENSIVO
Figura 32.2 - Execução do arremesso. Figura 33.1 - Lançamento da bola para a defesa
Três alunos na área de orientação. Com imediata. Quatro alunos estão dispostos na área de
a posse da bola, ala esquerda se prepara 6m, em forma de losango, e passam a bola um para
para arremessar. Foto: Ale Cabral. o outro no sentido horário; onde um aluno executa o
movimento de defesa. Foto: Ale Cabral.
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34. AGILIDADE DEFENSIVA
fesa. [Exemplo: partindo da posição “em pé e de costas” (Fig. 34), ir iniciando a posição de defesa. Foto: Ale Cabral.
Referência: Atividade desenvolvida na Escola Paralímpica de Esportes (CPB). Figura 34.2 - Partindo da posição de joelhos. Três alunas vendadas, estão ajoelhadas na área de orientação. Foto: Ale Cabral.
Figura 34 - Partindo da posição de costas. Três alunos estão dispostos na área de orientação
em pé, de costas para a foto e de frente para a baliza. Foto: Ale Cabral. Figura 34.3 - Partindo da posição de costas. Três alunos estão dispostos na área de orientação sentados,
e com as mãos na nuca, de frente para a baliza. Foto: Ale Cabral.
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35. JOGO DO BOBINHO 36. PENALIDADES
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Figura 36.4 - Posição inicial.
Aluno vendado, em posição
Figura 36 - Posição inicial. de expectativa de pé.
Aluna vendada, em posição Foto: Marcello Zambrana.
de expectativa de pé.
Foto: Ale Cabral.
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37. ADEQUAÇÃO DEFENSIVA
Figura 37.3 - Sequência adaptada para a categoria sub-10. Aluno (sub-10) vendado, em posição de expectativa,
sentado entre dois bonecos infláveis. Foto: Marcello Zambrana.
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38. JOGO DE TORBALL 39. JOGO DO RODÍZIO
Dica: após, estimularemos um jogo com esta dinâmica, para Figura 39 - Formação inicial. Três alunos posicionados na área
de orientação em posição de expectativa. Foto: Ale Cabral.
que possam adequar seus arremessos (Fig. 38.1), e como disputa
colocaremos como regra que após um toque no barbante será co-
brada uma penalidade.
Figura 38 - Arremessos rasteiros por baixo do barbante Figura 39.1 - Ala esquerdo indo para o pivô. Ala direita, de pé, caminhando em
com guizos. Alunos distribuídos em 2 grupos com 3, direção a ala esquerda, tocando a mão esquerda na baliza. Foto: Ale Cabral.
cada grupo em uma linha de frente para o outro. Um
aluno agacha para pegar a bola, que passa por baixo
do barbante esticado acima da linha central.
Foto: Ale Cabral. Figura 39.2 - Pivô indo para ala direita. Pivô, de pé, trocando de
posição utilizando a baliza como referência. Foto: Ale Cabral.
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40. ORIGEM X ALVO
Figura 40.2 - Desafios passados aos alunos. Seis alunos divididos em 2 colunas com 3 cada. Os primeiros de cada coluna fazem o arremesso frontal. Foto: Ale Cabral.
Figura 40 - Arremessos orientados. Seis alunos divididos em 2 colunas com 3 cada. Os primeiros de
cada coluna empurram a bola para frente. Foto: Ale Cabral.
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MODELO DE
PLANO DE AULA
Imagem da atleta Victoria Amorim da seleção
brasileira realizando um arremesso por baixo
das pernas. Foto: Daniel Zappe.
Exemplo/modelo: contendo os 5 blocos de conteúdos que
formalizam a base da iniciação esportiva aplicada na Escola de
Esportes Paralímpicos, na modalidade goalball, com algumas das
ações necessárias para o desenvolvimento do jogo (Legenda: PI
= parte inicial, PP = parte principal e PF = parte final).
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1. EMPUNHADURA DO LANÇAMENTO COM
BRAÇO SEMIFLEXIONADO (FIG. 1.1): movimento que
ERROS COMUNS NA inicia a ação ofensiva, e faz com que tenhamos uma ala-
vanca de lançamento apropriada na sua finalização (Fig. 1).
CORRETO
ERRADO
Figura 2 - Braço. Aluno fazendo o movimento correto Figura 2.1 - Corpo. Aluna fazendo o movimento incorreto
de apoio da bola, somente com as mãos e punho. Foto: de apoio da bola, apoiando a mesma no tronco. Foto:
Ale Cabral. Ale Cabral.
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3. FICAR COM PERNAS PARALELAS (FIG. 3.1) 4. PASSE PARA O COMPANHEIRO DE MODO
PARA FINALIZAR O LANÇAMENTO TIPO ALAVANCA: RASTEIRO (FIG. 4.1): é fundamental que o passe, prin-
importante que o aluno já comece a familiarizar-se com cipalmente abaixado, seja executado pelo passador com
a nomenclatura da “perna de apoio” (Fig. 3), fundamental a bola saindo de uma pequena altura das mãos (Fig. 4), e
para paradas bruscas, equilíbrio e sustentação corporal; não rolando, produzindo assim uma trajetória quicada e
lembrando que essa perna sempre será aquela contrária facilitando a localização do receptor.
ao seu braço de lançamento.
ERRADO
CORRETO
CORRETO
ERRADO
Figura 4 - Quicada. Aluna fazendo o movimento correto Figura 4.1 - Rolando. Aluno fazendo o movimento incorreto para
para realizar o passe, segurando a bola no alto com as realizar o passe, apoiando as mãos sobre a bola que está no
mãos. Foto: Ale Cabral. solo. Foto: Ale Cabral.
CORRETO ERRADO
Figura 5 - Passador x receptor. Aluna sentada batendo palmas Figura 5.1 - Receptor x passador. Aluna sentada com a bola de
para chamar o aluno sentado à sua frente, que está com a iniciação em suas mãos apoiado no solo não executa o passe
bola nas mãos, pronto para executar o passe corretamente. corretamente; pois não responde ao chamado do aluno sentado
Foto: Ale Cabral. à sua frente batendo palmas. Foto: Ale Cabral.
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6. CORRER OU MOVIMENTAR-SE PARA QUAL- 7. DEITAR À PRIMEIRA BATIDA DA BOLA NÃO
QUER LADO SEM TER CERTEZA DE SUA ORIGEM EXECUTANDO A “MOVIMENTAÇÃO PRÉVIA” (FIG.
(FIG. 6.1): como a modalidade goalball possui marcações 7.1): o aluno deve começar a familiarizar-se com a diferença
táteis (fita e barbante), além da trave e os próprios com- entre a reposição de bola (feita pelo árbitro ou professor) e
panheiros que nos orientam no espaço de jogo; é funda- o trajeto da bola executada pelo lançador e, assim, perce-
mental que o aluno se oriente por esses estímulos so- ber qual a origem da bola e orientar-se para o devido sen-
noros e táteis, sempre de frente para o adversário (Fig. tido que a bola está percorrendo (Fig. 7), e somente nesse
6), principalmente para sua segurança, evitando choques momento deverá tentar interceptá-la com a fase defensiva
desnecessários e para a determinação inicial de sua ori- de finalização (corpo estendido em decúbito lateral).
gem e alvo.
Figura 6 - Posição de expectativa. Dois alunos na posição correta de orientação na área de movimentação, um em casa ala.
Foto: Ale Cabral.
CORRETO ERRADO
Figura 7 - Bola lançada. Aluno com o corpo completamente Figura 7.1 - Bola acionada. Aluna com joelhos e cotovelos
estendido e protegendo o rosto, realizando o movimento flexionados, realizando o movimento incorreto de defesa,
CORRETO correto de defesa, aguardando o impacto da bola. Foto: com a bola em sua direção. Foto: Ale Cabral.
Ale Cabral.
ERRADO
CORRETO
Figura 6.1 - Posição aleatório. Dois alunos sem orientação pela área de movimentação se posicionam de forma incorreta.
Foto: Ale Cabral.
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8. DEIXAR DEDOS VOLTADOS PARA O IMPAC- 10. APÓS IMPACTO DA BOLA NÃO PROCURAR
TO DA BOLA (FIG. 8.1) AO ESTENDER BRAÇOS APÓS A MESMA: ao iniciar o aprendizado muitas das crianças
A FASE DE FINALIZAÇÃO DA DEFESA: esse erro pre- pensam que já executaram a defesa (Fig. 10.1), pelo fato da
cede a questão da segurança em primeiro lugar, pois a mesma não ter passado pelo sistema defensivo; porém, é
palma das mãos deverá estar voltada para o impacto da de fundamental importância que a criança comece a ser
bola (Fig. 8), evitando lesões na iniciação do aprendizado acionada para a procura da bola (Fig. 10), facilitando a pos-
dessa ação defensiva; em posterior ação de extensão dos se da mesma, e propiciando mais tempo para o lançamen-
braços para sequência da finalização. to dentro da regra dos “dez segundos” (ten seconds).
CORRETO
Figura 8 - Palma da mão voltada para impacto. Aluno com o Figura 8.1 - Dedos voltados para impacto. Aluno com os braços Figura 10 - Deslocamento. Aluno se levanta após contato Figura 10.1 - Estático. Aluna continua na sua posição após
corpo completamente estendido e dedos esticados e firmes, estendidos à frente do corpo, realizando o movimento incorre- de defesa com a bola afim de encontrá-la a frente, reali- contato de defesa com a bola, não procurando a, realizan-
realizando o movimento correto de defesa com as mãos. Foto: to de defesa, que está com dedos voltados para o impacto da zando a ação correta. Foto: Ale Cabral. do a ação incorreta. Foto: Ale Cabral.
Ale Cabral. bola. Foto: Marcello Zambrana.
CORRETO
ERRADO
Figura 9 - Posição de atenção. Aluna realizando o movi- Figura 9.1 - Posição sem apoio das mãos. Aluno realizando o
mento de expectativa corretamente, colocando as mãos movimento de expectativa incorretamente, colocando um dos
apoiadas ao solo, na frente do corpo. Foto: Ale Cabral. braços apoiado ao joelho. Foto: Ale Cabral.
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Após um ano da Escola Paralímpica de Esportes vimos a
consolidação de um trabalho onde pesquisamos, planejamos,
executamos e reavaliamos ações próprias da modalidade. Mas
no início já tínhamos uma pergunta formulada: “Quais as vanta-
gens de uma criança com deficiência visual praticar a modalida-
de de goalball”?
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Com todo esse trabalho prático desenvolvido por meio Todo esse processo de ensino-aprendizagem na atividade
dos exercícios aplicados (planos de aula) aos alunos do proje- física proposta pelo programa de iniciação esportiva busca
to, chegamos à conclusão que teríamos que desenvolver outras oportunizar o direito ao erro, com aplicabilidade dos exercícios
ferramentas para manifestar nossa observação quanto à efetiva mais simples até alguns mais complexos, de acordo com a faixa
evolução dos mesmos. Esse questionamento culminou com a ela- etária do seu desenvolvimento motor, com recursos e materiais
boração de fichas individuais que registram o desenvolvimento adaptados nos mais diversos estilos de ensino, dentro da par-
do aluno para a possível indicação dos mesmos para a turma T II ticularidade de cada pessoa com deficiência, sem restrição de
de aperfeiçoamento. alcance ao seu sucesso motor.
Mas um dado importante que constatamos no projeto é tam- Para que possamos identificar o talento motor que poderá
bém o ganho social desses participantes, que se envolvem em se tornar o talento esportivo, estaremos cumprindo nosso com-
festivais das modalidades e nos circuitos escolares, que demons- promisso profissional e contribuindo para que o CPB cumpra sua
tram uma integração entre os alunos, cada qual com sua defici- missão: “promover o esporte paralímpico da iniciação ao alto ren-
ência, juntamente com a participação dos familiares. Sendo mais dimento, e a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade”.
uma ferramenta de desenvolvimento não só motora como pesso-
al para sua vida diária; seja escolar, familiar ou social.
Nesse contexto eu me vejo hoje, após exercer a função de Imagem do atleta Leomon Moreno, da
seleção brasileira, que segura uma bola
técnico por equipes de São Paulo e auxiliar da seleção nacional de goalball. Foto: Douglas Magno.
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REFERÊNCIAS DE ROSE JR, D. et al. Esporte e atividade física na infância e
adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre:
BIBLIOGRÁFICAS
Artmed, 2002.
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NASCIMENTO, D.F. do; CAMARGO, W.X. de. Sequenciando
fundamentos táticos do goalball para professores-técnicos de
educação física adaptada: os sistemas de defesa. Cadernos de
Formação RBCE, p. 79-95, set. 2012.
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Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro e
da Academia Paralímpica Brasileira
Mizael Conrado
Vice-presidente
Yohansson do Nascimento
Superintendente
Nelson Hervey
Colaboração
José Fernandes Filho, Luciana Gobbis, Daniel Brito
Filipe Lopes Barboza, Lucas Gabriel dos Santos Borba,
Silvana Cristina de Souza e Soraia Cabral
Projeto Gráfico
Rafaela Costa
Diagramação
Thaysa Torres
Fotos
Arquivo CPB (Alessandra Cabral, Alexandre Schneider,
Daniel Zappe, Douglas Magno, Marcello Zambrana, Marco
Antônio Teixeira e Washington Alves) e Divulgação
Revisão
TranscritoJá
João Paulo Casteleti de Souza
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