Aula 3 - Sinais Vitais

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SINAIS VITAIS

PROFª ENFª LUCIANA BURYL


SINAIS VITAIS
O exame inicial de uma paciente compreende a
aferição de diferentes sinais que vão demonstrar, de
uma forma geral, o estado clínico do paciente naquele
instante. Esses sinais são conhecidos como sinais
vitais.
Sinais vitais são um conjunto de medidas,
observações ou monitorizações úteis no diagnóstico e
acompanhamento da evolução e das condições clinicas do
paciente. Alterações dos sinais vitais ocorrem em
problemas respiratórios, circulatórios, neurológicos,
endócrino-metabólicos, emocionais, infecciosos, trauma,
intervenções terapêuticas ou cirurgias diversas.
SINAIS VITAIS
São considerados sinais vitais (SSVV):
 Pressão arterial (PA)
 Frequência cardíaca (FC)
 frequência respiratória (FR)
 temperatura axilar (Tax)
A Dor e a oximetria de pulso passaram a ser
considerados também, um dado vital, devido sua necessidade
de avalição frequente e a disponibilidade de oxímetros de pulso.

No serviço de urgência e emergência, tanto pré ou intra


hospitalar, o paciente é muito instável, necessitando o controle e
a avaliação desses sinais repetidamente. Geralmente, os sinais
vitais são verificados simultaneamente.
MATERIAIS UTILIZADOS PARA VERIFICAÇÃO
DOS SINAIS VITAIS:
 Bandeja
 Algodão
 Álcool 70%
 Relógio com ponteiros de segundos
 Estetoscópio
 Esfigmomanômetro
 Termômetro
 Oxímetro
TÉCNICA PARA VERIFICAÇÃO DOS SINAIS
VITAIS:
 Reunir todo material necessário na bandeja;
 Identificar-se ao paciente e identificar o paciente (nome
completo e data de nascimento);
 Fazer uso de EPIs como luvas, óculos, máscara quando
necessário;
 Higienizar o material com algodão e álcool;
 Realizar a medida dos sinais vitais e registrá-lo
imediatamente.
PR E S S ÃO A R T E R I A L (PA)
P RESSÃO A R T E R I A L (PA)

É a pressão que o sangue exerce dentro das


artérias, de acordo com a contração do ventrículo
esquerdo (sístole-pressão sistólica) e relaxamento de
mesmo (diástole-pressão diastólica.
Sua unidade de medida é milímetros de mercúrio
(mmHg).
Valores de referência para adultos:
Nomenclatura Valor em mmHg
Normotensão 120 x 80 a 140 x 90
Hipotensão < 90 x 60
Hipertensão >140 x 90
PR E S S ÃO A R T E R I A L (PA)
Técnica para aferição da Pressão Arterial
 Explicar ao paciente o procedimento;
 Deixá-lo o mais confortável possível;
 Expor o membro a ser verificado, sem roupas;
 Colocar o esfigmomanômetro adequado e ajustado no membro;
 Verifique pulso radial;
 Insufle o esfigmomanômetro. Quando não sentir mais o pulso
radial, insufle mais 30mmHg;
 Solte lentamente o esfigmomanômetro com o estetoscópio
posicionado da artéria braquial.
 Interpretação: Primeiro som após o início da desinsuflação
indica a pressão sistólica, quando esse som desaparece, a
última batida antes desse desaparecimento, indica a pressão
diastólica.
FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC)
A frequência cardíaca, geralmente, é verificada por
palpação do pulso cardíaco. Sua unidade de medida é
bpm – batimento cardíaco por minuto. O pulso radial é o
mais utilizado para verificar a FC, podendo, ainda, ter
algumas outras escolhas como artéria braquial, femoral e
carótida.
Valores de referência da Frequência Cardíaca em
adultos
Nomenclatura Valor em bpm
Normocardia Entre 60 a 100
Bradicardia <60
Taquicardia >100
Técnica para aferição da Frequência
Cardíaca
 Explicar ao paciente o procedimento;
 Deixá-lo o mais confortável possível;
 Expor o membro a ser verificado, sem
roupas;
 Colocar os dedos médio e indicador
sob o pulso;
 Utilizar o relógio de ponteiros de
segundo para verificar por 1 minuto.
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR)
Este sinal vital deve ser verificado sem que o
paciente tenha consciência do que o profissional está
fazendo. É verificado pela expansão torácica. A unidade
de medida é mrpm – movimentos respiratórios por minuto.

Valores de referência da Frequência Respiratória


Nomenclatura Valor em mrpm
Eupneia Entre 12 a 20
Bradpneia <12
Taquipneia >20
Técnica para aferição da Frequência
Respiratória
 Verifique sem que o paciente perceba, para não alterar
padrões;
 Deixá-lo deitado em decúbito dorsal;
 Verifique os movimentos de expansão do tórax por 1
minuto, com auxílio do relógio de ponteiros de segundo.
T E M P E R A T U R A AXILAR (Tax)
De acordo com Oliveira (2016), este sinal vital é um
parâmetro clínico importante, sobretudo porque a febre é um
sinal de alarme essencial no diagnóstico de infecção. A
unidade de medida da temperatura é ºC - graus Célsius.

Valores de referência da Temperatura Auxiliar


Nomenclatura Valor em ºC
Normotermia Entre 36 e 37,4
Hipotermia Igual ou inferior a 36
Febricula Entre 37,5 a 37,7
Estado febril Entre 37,8 a 38
Febre Entre 38 a 39
Pirexia Entre 39 a 40
Hipertermia Acima de 40
Técnica para aferição da Temperatura
Axilar
 Explicar ao paciente o procedimento;
 Deixá-lo o mais confortável possível;
 Posicionar o termômetro na axila do paciente e
aguardar o aviso sonoro de término.
DOR
A dor, em suas diversas apresentações, é a queixa
principal mais frequente entre os pacientes que procuram
os serviços de saúde. É considerada o 5º sinal vital, pela
sua grande importância no bem estar do paciente. Cuidar e
avaliar o sofrimento das pessoas é uma das funções da
enfermagem.
A dor é um sinal muito subjetivo, pois é
quantificada segundo informações do paciente. Para
avaliar a dor em adultos utiliza-se uma escala visual
analógica numerada e colorida.
Interpretação da Escala da dor
Classificação Valor absoluto
 Dor leve 0 – 2
 Dor moderada 3 – 7
 Dor intensa 8 - 10
Técnica para aferição do nível de dor
 Explicar ao paciente o procedimento;
 Deixá-lo o mais confortável possível;
 Orientar o paciente sobre a escala;
 Solicitar que mensure sua dor sendo “0
 Zero” sem dor e “10 - Dez” uma dor insuportável.

De acordo com a classificação da dor, o alívio da


mesma é realizado conforme protocolos de cada
instituição. Pode ser feito com medicamentos ou técnicas
de conforto.
SATURAÇÃO D E OXIGÊNIO (SpO2)
Pela disponibilidade de oxímetros de pulso e
importância de sua medida, a saturação de oxigênio é o 6º
sinal vital. A oximetria de pulso, mede, de forma contínua o
percentual de hemoglobina do sangue que está saturada de
oxigênio.
Os valores de saturação de oxigênio são relacionados
com a idade do paciente e com o seu histórico de saúde.
Exemplo: Um paciente com DPOC (doença pulmonar
obstrutiva crônica) possui uma saturação mais baixa.
Utiliza-se a percentagem (%) como unidade de medida.
Num paciente em condições normais, o valor de referência é
de 94% a 100%. Sua variação deve ser avaliada conforme a
clínica, o estado do paciente que está sendo atendido.
Técnica para aferição da Saturação de
Oxigênio (SpO2)
 Explicar ao paciente o procedimento;
 Deixá-lo o mais confortável possível;
 Considerar perfusão e temperatura do membro
escolhido;
 Posicionar o oxímetro de pulso no leito ungueal, com a
luz infravermelha sob a unha, sem esmaltes coloridos

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