Pdca
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ISSN 1809-6212
RESUMO: O presente estudo configura-se como pesquisa bibliográfica, com finalidade exploratória, ou seja,
proporcionar maiores informações sobre o assunto investigado, quanto aos procedimentos, está fundamentado e
desenvolvido provido de fontes documentais atualizadas, ou seja, livros e artigos científicos, e tem como
objetivo propor a implantação do método PDCA para a gestão de projetos em empresas de pequeno e médio
porte. Em pleno século XXI, as empresas deste porte, ainda enfrentam problemas com mecanismos de controles
e organização de seus processos, gerando um anseio na classe de Executivos e/ou Diretores. Este modelo permite
que a empresa, reavalie seus processos internos, identificando e corrigindo atividades desnecessárias e que não
agregam valor, desta forma, adquire-se um aprendizado gradativo em equipe com todos envolvidos no projeto,
desenvolvendo assim, uma maturidade profissional. Durante seu desenvolvimento, percebe-se que o método é
benevolente, mas é necessário cautela para garantir o sucesso da implantação deste mecanismo.
ABSTRACT: The present study appears as literature with an exploratory purpose , is , to provide better
information on the subject investigated , and about the procedures, is based and developed provided with
updated documentary sources , is books and scientific articles, and has aimed at proposing the implementation of
PDCA for project management in small and medium-sized enterprises method. In the XXI century, companies of
this size , still face problems with control mechanisms and organization of their processes , generating a class of
longing in Officers and / or Directors . This model allows the company to reassess its internal processes ,
identifying and correcting unnecessary activities that do not add value and thus acquires a gradual learning with
all staff involved in the project , thus developing a professional maturity . During its development , it can be seen
that the method is benevolent , but caution is needed to ensure the successful implementation of this mechanism .
1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
agrava-se quando estas estão na sua grande maioria, ou em sua totalidade, desalinhadas, sem
finalidades, ou sem relevância, de outro lado, os saberes desunidos, divididos,
compartimentados e, por outro lado, as realidades ou problemas cada vez mais complexos, e
sem solução, gerando um anseio na classe de Executivos e/ou Diretores.
Neste contexto, o presente artigo tem por finalidade, realizar revisões bibliográficas
através de fontes documentais, e discutir a importância do método PDCA e propor a
implantação deste modelo, para a gestão de projetos em empresas de pequeno e médio porte.
Desta forma, passa-se a tratar da fundamentação teórica do estudo no próximo capítulo.
2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
a) a primeira consiste em definir o que se quer, com a finalidade de planejar o que será
feito. Esse planejamento envolve a definição de objetivos, estratégias e ações, os quais devem
ser claramente quantificáveis (metas);
b) a segunda consiste em definir quais os métodos que serão utilizados para se atingir
os objetivos traçados.
Segunda Fase: D (Do = Executar) Caracteriza-se pela execução do que foi planejado
e, da mesma forma que a primeira fase, está dividida em duas etapas:
Quarta Fase: A (Action = Agir) Esta fase consiste em agir, ou melhor, fazer as
correções necessárias com o intuito de evitar que a repetição do problema venha a ocorrer.
Podem ser ações corretivas ou de melhorias que tenham sido constatadas como necessárias na
fase anterior. Envolve a busca por melhoria contínua até se atingir o padrão, sendo que essa
busca da solução dos problemas, por sua vez, orienta para: a necessidade de capacitação; o
preenchimento das lacunas de conhecimento (CHOO, 2003, apud Dr. POSSANAI Osmar,
2013, p. 4) necessário à solução do problema, propiciando a criação de novos conhecimentos
e a atualizações do padrão. O fluxo PDCA está demonstrado abaixo de uma forma sintética,
conforme Figura 1.
Figura 1. CICLO DE DEMING OU CICLO PDCA (2005, apud Dr. POSSANAI Osmar, 2013, p. 4).)
A utilização do Ciclo PDCA envolve várias possibilidades, podendo ser utilizado para
o estabelecimento de metas de melhoria provindas das diretrizes da alta administração, com o
objetivo de coordenar esforços de melhoria contínua, enfatizando que cada programa de
melhoria deve começar com um planejamento cuidadoso (definir uma meta), resultar em
ações efetivas, em comprovação da eficácia das ações, para enfim, obter os resultados da
melhoria que garantem a sobrevivência da empresa.
RACI, Getúlio Vargas, v.8, n.18, Jul./Dez. 2014. ISSN 1809-6212
O Ciclo PDCA é projetado para ser usado como um modelo dinâmico. A conclusão de
uma volta do ciclo irá fluir no começo do próximo ciclo, e assim sucessivamente. Seguindo
no espírito de melhoria de qualidade contínua, o processo sempre pode ser reanalisado e um
novo processo de mudança poderá ser iniciado.
A organização orientada para tais métodos está surgindo como a forma organizacional
dominante para o século XXI. As organizações somente poderão obter o alinhamento e o
desempenho necessários num ambiente de competição global e mudança permanente se
conseguirem se focar nos seus processos. O futuro vai pertencer às empresas que consigam
explorar o potencial da centralização nos seus processos. (GONÇALVES,1997, apud Ferreira,
Ailton da Silva, 2013, p. 3).
Embora o PDCA seja o método mais difundido, seu uso deve ser visto com cautela.
Smith (1998, apud Fonseca, Augusto V. M da, 2006, p. 5) salienta que, em geral, as pessoas
tendem a ir aplicando métodos e técnicas ao invés de pensarem sobre a solução de problemas
em si. Isto pode ocorrer devido à urgência para obtenção de resultados ou aos treinamentos
que enfatizam os métodos e técnicas, inclusive porque aprender e aplicar estes métodos e
técnicas é mais simples e prático do que pensar solidamente para a compreensão e solução de
problemas da qualidade. No próximo capítulo demonstraremos à primeira etapa do ciclo
PDCA, a etapa PLAN (PLANEJAR).
A fase PLAN do ciclo PDCA é subdividido em cinco etapas, as quais são elencadas a
seguir, segundo Campos (2004, apud Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 5):
1. Identificação do problema;
2. Estabelecer meta;
3. Análise do fenômeno;
5. Plano de ação.
Esta etapa é definida como DO, tendo como melhor tradução para o idioma português
o termo EXECUTAR. Nesta, todas as metas e objetivos traçados na etapa anterior,
devidamente formalizados em um plano de ação, deverão ser postos em prática de acordo com
a filosofia de trabalho de cada organização.
Essa etapa somente será viável se houver a existência de um plano de ação bem
estruturado. Por outro lado, um plano de ação não atingirá seu objetivo caso não seja colocado
em prática. A etapa DO permite que o plano de ação seja praticado de forma gradual,
organizada, em uma escala gradual, permitindo maior eficácia das medidas a serem tomadas.
Para que esse módulo apresente a eficiência desejada, Campos (2004, apud
Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 18) subdivide o mesmo em duas etapas principais: a etapa
de Treinamento e a etapa de Execução da Ação.
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A segunda etapa da fase DO consiste em executar o plano de ação proposto. Uma vez
amplamente divulgado e ciente da compreensão de todos os envolvidos, o plano (ou planos)
de ação poderá (ão) ser colocado(s) em prática. Para tanto, durante a execução do plano de
ação, deve-se efetuar verificações periódicas no local em que as ações estão sendo efetuadas,
a fim de manter o controle e eliminar possíveis dúvidas que possam ocorrer ao longo da
execução. Todas as ações e os resultados bons ou ruins devem ser registrados com a data em
que foram tomados, para alimentar a etapa seguinte do ciclo PDCA (etapa CHECK) (Campos,
2004, apud Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 19).
Cabe ressaltar que as ações pertinentes a treinamento de equipe devem ser executadas
em primeiro plano, para que os funcionários possam estar devidamente preparados para a
execução das ações posteriores ao treinamento. Um funcionário não treinado (e,
conseqüentemente, não preparado) dificilmente realizará de forma eficaz alguma ação contida
no plano.
Para que a equipe possa manter um controle mais eficiente das ações descritas no
plano de ação, deve-se atentar aos itens de Verificação e Controle do processo.
Através da medição regular e adequada dos itens de controle, os mesmos poderão estar
locados no gerenciamento da rotina ou poderão estar sendo gerados quando uma nova meta
for estipulada, a empresa poderá contar com um controle mais exato das medidas propostas
no plano de ação. Todos esses itens de controle geram no processo itens de verificação, os
quais podem ser definidos, segundo Campos (2004, apud Nascimento, Adriano F. G, 2011, p.
20), como medidores do desempenho dos componentes do processo. Ou seja, os itens de
verificação atuam sobre as causas (incidem sobre o processo). O mesmo autor define os
componentes desse processo como sendo:
• equipamentos: tendo como itens de verificação o tempo de parada por mês, número
de paradas, tempo médio entre falhas, etc.;
Segundo Campos (2004, apud Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 21), cada item de
controle deve ter um ou mais itens de verificação relacionados com ele. Desse modo, deve-se
monitorar constantemente os itens de verificação a fim de se garantir o domínio sobre os itens
de controle. Portanto, “existe um relacionamento causa-efeito entre os itens de controle
(efeitos) e os itens de verificação (causas)” (Campos, 1996, apud Nascimento, Adriano F. G,
2011, p. 21).
O terceiro módulo do ciclo PDCA é definido como a fase de verificação das ações
executadas na etapa anterior (DO). Essa fase irá se basear nos resultados das ações
procedentes da fase de planejamento, e devido a esse fato, todas as ações deverão ser
monitoradas e formalizadas adequadamente na fase EXECUTAR, para que a verificação dos
resultados na fase em questão possa ser realizada da maneira mais eficaz possível, sendo que,
na maioria dos casos, as empresas possuem sistemas de follow up1 padronizados, a fim de
relatar todos os resultados obtidos com as ações pré-estipuladas.
Nessa fase algumas questões que devem ser levantadas, a fim de analisar criticamente
as ações tomadas na fase anterior. Essas questões podem ser elencadas como: qual a eficácia
das ações frente aos objetivos iniciais; qual o grau de desvio das ações estipuladas
inicialmente, e se os mesmos foram aceitáveis e eficazes para se atingir os objetivos; o(s)
problema(s) detectado(s) pode(m) ser superado(s); as ações tomadas foram eficazes o
suficiente para se estabelecer um padrão?
Para que essas questões sejam analisadas de forma organizada, Melo (2001, apud
Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 21) propõe subdividir essa etapa em 3 fases: comparação
dos resultados, listagem dos efeitos secundários e verificação da continuidade ou não do
problema. Desse modo, a etapa em questão é sistematizada para sustentar uma confirmação da
efetividade da ação.
1
Follow up – significa ir atrás de uma resposta para algo que foi solicitado; buscar um retorno
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efetuada na fase anterior (através dos relatórios de follow up) a fim de verificar a efetividade
das ações e o grau de redução dos resultados indesejáveis.
A segunda fase dessa etapa de verificação, segundo Melo (2001, apud Nascimento,
Adriano F. G, 2011, p. 21), compreende a listagem dos efeitos secundários. As ações
executadas na etapa anterior podem provocar efeitos secundários positivos ou negativos à
organização.
A verificação da continuidade ou não do problema deve ser a terceira fase dessa etapa
de verificação. Segundo Melo (2001, apud Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 21), quando o
resultado da ação é tão satisfatório quanto o esperado, a organização deve certificar-se de que
todas as ações planejadas foram implementadas de acordo com o plano inicial. Caso
contrário, quando os efeitos indesejáveis continuam a ocorrer, mesmo após a execução das
ações planejadas, significa que a solução apresentada foi falha.
Neste último caso, o ciclo PDCA deve ser reiniciado, a fim de que novas ações
possam ser discutidas para que as causas desse problema possam ser, de fato, bloqueadas e
solucionadas. Em caso positivo, comprovando-se a eficácia das ações tomadas, a equipe
estará apta a realizar o último módulo do ciclo PDCA, o módulo ACT (ATUAR).
As ações nessa fase devem ser baseadas nos resultados positivos obtidos na fase
anterior, CHECK, na expectativa de padronizar essas ações para serem utilizadas em outras
ocasiões semelhantes.
executar tal tarefa, “quando” a mesma deve ser executada, “onde” deve ser executada,
“como” deve ser executada, e principalmente, “por que” essa tarefa deve ser executada, sendo
que esses itens deverão permear todas as atividades incluídas ou alteradas nos padrões já
existentes.
Ainda com relação a esses padrões, Andrade (2003, apud Nascimento, Adriano F. G,
2011, p. 22) cita os seguintes aspectos a serem respeitados pela empresa no processo de
elaboração dos seus padrões:
• o documento a ser redigido deve estar na forma mais simples possível, a fim de
evitar falhas de interpretação pelos usuários desse documento. O padrão deve ter o
menor número de palavras possível e ser colocado em forma simples, de fácil
entendimento e manuseio. Recomenda-se a colocação de idéias em forma de itens,
bem como o uso de tabelas, Figuras, fluxogramas ou quaisquer outros meios que
auxiliem o entendimento;
• o padrão deve ser passível de cumprimento, ou seja, padrões que não equivalem à
situação atual da organização podem ser inúteis. Os padrões têm que expressar o
domínio tecnológico da empresa. Nesse sentido, todo o conhecimento técnico e
administrativo deve fluir para os padrões como forma de ser utilizado pelos operadores
para o benefício de todos;
O formato dos padrões pode ser apresentado de dois modos, segundo Moura (1997,
apud Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 22):
Quanto aos funcionários da empresa, cabe certificar-se de que todos estão aptos a
executar o novo procedimento operacional padrão. E, finalmente, esses padrões devem ser
acompanhados regularmente a fim de verificar o cumprimento do padrão. Para Melo (2001,
apud Nascimento, Adriano F. G, 2011, p. 23), a empresa deve evitar que um problema
resolvido reapareça devido à degeneração no cumprimento dos padrões.
O ciclo PDCA chega em sua fase final no módulo ACT. É nessa fase que se deflagra a
necessidade de se iniciar um dos processos mais importantes, e, atualmente, mais discutidos
para uma organização: o processo de Melhoria Contínua.
Tal processo pode ser executado, como citado anteriormente, utilizando o Método de
Melhorias PDCA. A partir do momento que uma organização obtém seus padrões de
excelência, estes deverão sofrer contínuas mudanças, a fim de melhorá-los cada vez mais,
evidenciando o processo de Melhoria Contínua, e mantendo a competitividade associada
aqueles padrões.
3 – METODOLOGIA
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caracterizado por estudar concentradamente um único caso. Sendo este tipo de estudo
escolhido por pesquisadores que necessitam aprofundar conhecimento acerca de certo
especifico.
4 – RESULTADO DA PESQUISA
Desta forma, a figura 2, objetiva ilustrar o clico PDCA para melhorias de forma
sintetizada, dividida em quatro etapas, onde algunas encontram-se subdivididas em etapas
secundárias, e que devem ser conduzidas ou seguidas rigorosamente na seqüência
demonstrada para garantia de seu sucesso.
Figura 2- Clico PDCA para melhorias de forma sintetizada, dividida em quatro etapas.
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O ciclo PDCA busca a solução dos problemas baseado nos fatos, causas e efeitos, de
forma detalhada, com objetivo mitigador e apresentando ao final medidas planejadas. A
seguir é apresentado um fluxograma das etapas do PDCA, e o objetivo de cada uma delas. A
Figura 3, demonstra o fluxograma das etapas do PDCA, conforme retirado da fonte citada
abaixo.
Desta forma, dispor o mapa do fluxo PDCA acima demonstrado, contribui para
realização de anotações, substituindo os conceitos descritos nas etapas secundárias por
questões práticas, ou seja, problemas do dia a dia que queremos resolver, desta forma esta
documentação auxilia na padronização dos processos internos, tornando sua aplicação
eficiente.
5 – CONSIDEREÇÕES FINAIS
Desta forma o PDCA é uma ferramenta que auxilia na organização nos processos de
gestão de projetos. E para garantir o sucesso da implantação destes mecanismos, é preciso
certificar os seguintes tópicos:
4º Querer mudar.
Na grande maioria dos casos, onde há esta necessidade de mudança, percebe-se que o
problema a ser trabalhado são as pessoas envolvidas nos processos, devido à resistência de
uma mudança, a forma de trabalhar, ou seja, mexer em áreas de conforto, pessoas
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despreparadas que estão em uma área de conforto, amparados por um “poder” que julgam ter,
ou até mesmo pelo tempo de serviço, outorgam o direito de achar que já fizeram o suficiente
pela organização, exigindo mais produtividade dos subordinados, para suprir a baixa
produção dos demais colegas, profissionais estes, por muitas vezes mais preparados e
qualificados que o próprio gerente ou gestor, e isto gera desgaste, um sufoco no ambiente de
trabalho, devido as pessoas não saberem diferenciar o ambiente profissional do ciclo de
amizade, fator este muito comum, principalmente em empresas familiares, sejam elas de
pequeno ou médio porte.
6 - REFERENCIAS
FONSECA, Augusto V. M.; MIYAKE, Dario I. Uma análise sobre o cliclo PDCA como um
método para solução de problemas de qualidade. Fortaleza: Ed. Enegep, 2006.
PACHECO, Ana P. R.; SALLES, Bertholdo W.; GARCIA, Marcos A.; Dr. POSSAMAI,
Osmar O Ciclo PDCA na Gestão do Conhecimento: Uma Abordagem Sistêmica.
Florianópolis: UFSC, 2013.
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