Atividade 1 - Gabriel Gomes

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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

UnED Maracanã
Graduação
Professor: Julio Carvalho

GABRIEL DE SOUSA GOMES

ESTABILIDADE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA

ATIVIDADE 1 – RESUMO DE MÁQUINAS SÍNCRONAS

Rio de Janeiro
12/08/2021
ATIVIDADE 1 – RESUMO DE MÁQUINAS SÍNCRONAS

Relatório apresentado ao CEFET/RJ, como


requisito de obtenção de nota avaliativa para a
disciplina de Acionamentos Elétricos.

Professor: Julio Carvalho

Rio de Janeiro
12/08/2021
Sumário
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 4
PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO ................................................................................................................ 4
POTÊNCIA ATIVA E REATIVA ............................................................................................................ 4
DIAGRAMA FASORIAL ....................................................................................................................... 6
CURVA DE CAPABILIDADE ................................................................................................................ 7
MODELO DA MÁQUINA EM DQ (DOIS EIXOS) .................................................................................. 7
EQUAÇÕES DE TENSÃO DA MÁQUINA DE PÓLOS SALIENTES .................................................. 10
EFEITOS TRANSITÓRIOS E SUBTRANSITÓRIOS........................................................................... 11
CORRENTES DE CURTO CIRCUITO ................................................................................................ 12
INTRODUÇÃO
O relatório apresenta de maneira geral um resumo teórico acerca do
princípio de máquinas síncronas através de tópicos estabelecidos.

PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO
A máquina síncrona é composta basicamente pelo rotor e estator.
No estator da máquina temos o enrolamento de armadura trifásico que são
os enrolamentos distribuídos neste estator. O rotor contém um enrolamento
de campo que é alimentado através de corrente contínua. As máquinas
síncronas podem ser de duas formas: pólos lisos e pólos salientes. As
máquinas de pólos salientes são comumente utilizadas em hidrelétricas
com uma velocidade de rotação relativamente inferior. As máquinas de
pólos lisos apresentam uma velocidade síncrona mais elevada, voltado
para termelétricas,
O estator da máquina é alimentado com corrente trifásica, onde
serão induzidas as tensões através das bobinas. E o rotor alimentado com
corrente contínua (campo). Um campo magnético é criado devido a
circulação de corrente nas bobinas do estator.
As máquinas síncronas são basicamente máquinas de corrente
alternada onde a frequência da tensão induzida e a velocidade possuem
uma relação constante. Podendo operar tanto quanto motor quanto
gerador. O termo “síncrono” se dá devido à igualdade entre as frequências
(elétrica e angular), devido o rotor girar na mesma velocidade do campo
magnético do rotor criado através do estator por uma corrente alternada
trifásica alimentada, trabalhando em sincronismo através do acoplamento
magnético.

POTÊNCIA ATIVA E REATIVA


A potência ativa (P), medida em watt (W), é o valor médio da potência
instantânea que flui entre dois pontos de um determinado circuito elétrico
em um período de tempo determinado. Também chamada de potência
média, potência útil, ou ainda, potência realizadora de trabalho, pois
representa a potência transformada em calor ou em trabalho no circuito
elétrico e pode vir a ser obtida através da seguinte expressão da potência
ativa P como sendo o valor médio da variação temporal da potência p(t)
como:

𝑇
2 𝑇
1 1
𝑃 = ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = 𝑉. 𝐼. cos θ
𝑇 𝑇
20 0

O cosseno do ângulo θ recebe o nome de fator de potência.

O ângulo θ representa a diferença de fase entre tensão eficaz e


corrente eficaz, e é também o ângulo da impedância do circuito quando as
grandezas senoidas são representadas por fasores. A variação desse
ângulo se dá entre -90º (quando a tensão está atrasada de 90º em relação
à corrente, também chamado de circuito capacitivo) e +90º (quando a
tensão está adiantada de 90º em relação à corrente, também chamado de
circuito puramente indutivo). A expressão acima também mostra a
importância da definição do ângulo θ, visto que nos permite somente obter
o módulo do ângulo θ, já que pela função cosseno ser par, temos a
resultante cos θ = cos(−θ). Num simples cálculo algébrico, podemos
verificar que nesses casos extremos, temos que a potência ativa absorvida
pelo circuito é nula, pois:

𝑃𝑐𝑎𝑝 = 𝑉. 𝐼. cos(−90°) = 𝑃𝑖𝑛𝑑 = 𝑉. 𝐼. cos(+90°) = 0

Ressalta-se também o caso em que o ângulo θ = 0, resultando em


tensão e corrente em fase, ou simplesmente circuito puramente resistivo.
Neste caso, a potência instantânea nunca é negativa, em que toda a
energia recebida pela rede é dissipada.
A potência reativa (Q), medida em volt-ampère reativo (Var), possui
uma relação natural com a potência ativa (P), através da linearidade da
potência ativa através do fator de potência (cosseno do ângulo θ entre
elas). Porém, com os valores eficaz de tensão e corrente e potência ativa
para um determinado passivo, não é possível determinar sua natureza
característica (indutiva ou capacitiva), faltando alguma informação
quantitativa para tal determinação. Essa determinação é a chamada
potência reativa (Q), expressada por:

𝑄 = 𝑉. 𝐼. sin θ

A partir da expressão acima, verifica-se que a potência reativa


absorvida por um circuito indutivo é positiva (θ > 0), absorvendo assim
potência reativa (Q > 0), por outro lado, a potência reativa que é absorvida
por um circuito capacitivo é negativa (θ < 0), gerando assim potência reativa
(Q > 0). Importante salientar, que as expressões “absorvendo” e “gerando”
tem caráter linguístico para melhor compreensão do tema. Veremos mais
a frente a importância de um circuito capacitivo, onde a potência reativa
associada a um capacito podendo ser visto como um gerador de potência
reativa afim de apurar o fator de potência industrial.

DIAGRAMA FASORIAL
A partir de um circuito equivalente de máquinas síncrona e seus
parâmetros, é possível traçar o diagrama fasorial para a operação da
máquina tanto como gerador quanto motor. Considerando a tensão terminal
(V) como referência, um gerador alimentando uma carga de caráter indutivo
definida por uma corrente Ia apresente o seguinte diagrama fasorial.
Para o funcionamento da máquina síncrona como gerador, ocorre a
defasagem entre a tensão interna (Ef) e tensão terminal (V) positiva.
Quando a máquina opera como motor esta defasagem é negativa.

CURVA DE CAPABILIDADE

As curvas de capacidade auxiliam na análise quanto as modificações


e acréscimos de potência a fim de observar abastecimento as
cargas/demandas, da mesma forma de como os geradores podem
corresponder as alterações de carga do sistema que invariavelmente
ocorrem durante a operação. Nas curvas de capacidade é possível notar
as condições de tensão terminal e corrente de armadura constantes e suas
relações a um valor de potência de saída.

MODELO DA MÁQUINA EM DQ (DOIS EIXOS)

A máquina síncrona não depende das frequências padrões (60 hz)


porque como ela trabalha com frequência variável podemos utilizar
qualquer frequencia. E de acordo com os dados do trabalho, descobrimos
que a frequência da máquina através dos dados fornecidos é de 31,65 Hz,
onde multiplicamos a velocidade em rpm fornecida pelo número de polos e
dividimos por 120.
Para controlar a máquina síncrona, uma das condições mais comuns
é deixar o Id (corrente em eixo direto) em 0 e trabalhar apenas com a
corrente em quadratura, pois não precisamos controlar o fluxo do rotor e
assim termos um máximo torque.
Transformada de Clarke - Criação de um número complexo (vetor
espacial) que gira junto com o imã (campo girante) do estador e preserva
todas as suas propriedades (modulo, frequência, ângulo de fase),
realizando todo o sistema de controle do campo girante. Coloca um eixo
complexo (eixos alfa e beta) no plano fisico da máquina sobre os eixos
magnéticos das 3 fases do estator da máquina. A resultante do vetor
espacial representa o campo magnético girante do estator produzido pelas
bobinas, girando numa w=2pif. O papel desse vetor espacial é fornecer uma
medição do campo girante do estator para utilizar no controlador de torque
da máquina.
Uma noção fundamental para o modelo matemático de uma máquina
síncrona é a transformação dq0, ou transformação de Park, na qual
transforma as quantidades de fase do estator de referência “abc” para a
referência dq0 que gira com o rotor. A transformação expressa abaixo
também se aplica às ligações e tensões de fluxo do estator. A
transformação dq0 pode ser vista como um meio de referir as quantidades
do estator ao lado do rotor. Desse modo, os circuitos do estator são
representados por dois enrolamentos de armadura fictícios que giram na
mesma velocidade do rotor.
A conversão do sinal trifásico no dominio do tempo para as
componentes do vetor espacial (alfa e beta) se dá através de uma matriz
de transformação.

A transformação para o plano imaginário alpha beta continua


gerando duas componentes alternadas senoidas. Para que possamos
utilizar controladores lineares (PI, PID) precisamos aturar sobre sinais
constates CC, assim transporta-se as variavéis do campo estacionário
alpha beta para o rotacional síncrono dq (park), que apresenta as
componentes real e imaginária constantes.

EQUAÇÕES DE TENSÃO DA MÁQUINA DE PÓLOS SALIENTES

As equações de fluxo concatenada para uma máquina de pólos


salientes podem ser descritas através da transformada de Park explicada
anteriormente, através dos eixos d, q e 0.

Equações de tensões na armadura e campo:


𝑑𝜆𝑎
𝑉𝑎 = 𝑅𝑎 𝐼𝑎 +
𝑑𝑡

𝑑𝜆𝑏
𝑉𝑏 = 𝑅𝑏 𝐼𝑏 +
𝑑𝑡
𝑑𝜆𝑐
𝑉𝑐 = 𝑅𝑐 𝐼𝑐 +
𝑑𝑡

𝑑𝜆𝑓
𝑉𝑓 = 𝑅𝑓 𝐼𝑓 +
𝑑𝑡

Equações transformadas para as tensões no estator:

𝑑𝜆𝑑
𝑉𝑑 = 𝑅𝑎 𝐼𝑑 + − 𝜆𝑞 𝜔
𝑑𝑡

𝑑𝜆𝑞
𝑉𝑞 = 𝑅𝑎 𝐼𝑞 + − 𝜆𝑑 𝜔
𝑑𝑡

𝑑𝜆0
𝑉0 = 𝑅𝑎 𝐼0 +
𝑑𝑡

Equações transformadas para as tensões no rotor:

𝑑𝜆𝑓
𝐸𝑔 = 𝑅𝑓𝑑 𝐼𝑓𝑑 +
𝑑𝑡

𝑑𝜆𝑘𝑑
0 = 𝑅𝑘𝑑 𝐼𝑘𝑑 +
𝑑𝑡

𝑑𝜆𝑘𝑞1
0 = 𝑅𝑘𝑞1 𝐼𝑘𝑞1 +
𝑑𝑡

𝑑𝜆𝑘𝑞2
0 = 𝑅𝑘𝑞2 𝐼𝑘𝑞2 +
𝑑𝑡

EFEITOS TRANSITÓRIOS E SUBTRANSITÓRIOS

Ao tratar dos efeitos transitórios e subtransitórios em uma máquina


síncrona o imediato parâmetro que se pode ser especificado são os
parâmetros quanto as indutâncias da armadura quando um curto-circuito
trifásico ocorre em seu terminal. Por isso, o modelo do circuito equivalente
do eixo d e q pode ser representado por uma fonte que cancela a amplitude
de tensão Vd e Vq, a partir de uma chave sobre essa respectiva fonte em
sobreposição, resultando em tensões nulas.
A maioria dos geradores de pólos saliente possuem a importância
prática dos enrolamentos amortecedores que consistem em barras de
cobre em curto nas faces dos pólos do rotor de forma mitigar a reatância; e
mesmo em uma máquina de rotor liso, sob condições de curto-circuito,
correntes parasitas são induzidas no rotor comportando-se como
enrolamentos amortecedores. Os efeitos das correntes parasitas nos
circuitos de amortecimento podem ser representadas por bobinas fechadas
de eixo-d e eixo-q, que são tratadas da mesma maneira que o enrolamento
de campo, sendo que esta, por sua vez, sem tensão aplicada. Mas
basicamente, a principal função do enrolamento amortecedor em uma
máquina síncrona é mitigar o fenômeno oscilatório da máquina.
Se a carga em uma máquina síncrona for alterada repentinamente,
seu ângulo de potência deve mudar de acordo. No entanto, a mudança no
ângulo de potência não ocorre suavemente. O rotor começa a girar em
torno do novo ângulo de potência. Se esta oscilação for muito grande, o
rotor pode perder o sincronismo e cair. Para evitar que isso aconteça, o
amortecimento da corrente parasita é fornecido pelo enrolamento
amortecedor. Ele amortece as oscilações do rotor para que o rotor tome
sua nova posição rapidamente. Além dessas fundamentais especificações
que contribuem em estudos, deve-se levar em consideração os respectivos
períodos subtransitório e transitório T"d e T'd, que tipicamente estão na
faixa de 3-4 ciclos e 1 segundo, respectivamente.

CORRENTES DE CURTO CIRCUITO

No caso de curto-circuito, as mudanças das correntes e dos fluxos


que acontecem na máquina síncrona sob condições de falta são modeladas
através de uma fonte de tensão constante em série com uma impedância
que aumenta progressivamente ao longo de três períodos de tempo:
subtransitório, transitório e regime ou síncrono. A impedância limita a
corrente de curto-circuito, e, na prática, é modelada apenas como uma
reatância variável, pois a resistência é pequena em comparação à
reatância e pode ser desprezada. Conclui-se que, durante um curto-
circuito, a corrente alternada nos terminais dos geradores síncronos
apresenta um comportamento assimétrico e decrescente durante os
primeiros ciclos após ocorrida a falta

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