Cap 18 - Regulação e Supervisão
Cap 18 - Regulação e Supervisão
Cap 18 - Regulação e Supervisão
18)
• Externalidades
• Assimetria de Informação
• Regulação de Balanços
• Coeficientes de capital
• Regulação e Conglomerados Financeiros
• Perspectivas atuais
18.1 Externalidades Resultantes da Atividade Financeira
Externalidade positiva: organização/administração do
sistema de pagamentos
• A existência de depósitos à vista permite a expansão e diversificação das
transações econômicas, desencadeando um efeito cascata e beneficiando agentes
não diretamente envolvidos nas transações.
• Sua criação “não é decidida pelos bancos e pelos clientes com vistas à ampliação
do estoque de moeda de uma economia, mas sim como resultado indireto de outras
preocupações”
• A pessoa X tem um montante depositado no Banco, usa o montante para pagar uma conta à
pessoa Y, que recebe e paga à pessoa W. Y e W, ambos, não possuíam depósitos, porém, foram
beneficiados pelo mesmo. Isso constitui uma externalidade.
• Por outro lado, havendo uma crise bancária, além do banco e a pessoa X, W e Y também
seriam afetados pela mesma.
• Em suma, a atividade bancária cria um sistema de pagamento complementar ao
sistema convencional da moeda de curso forçado emitida pelo Banco Central. Isso
é a sua principal externalidade positiva.
Exemplo: crédito
• Emergência da externalidade:
• ↑ crédito → ↑ investimentos → ↑ produtividade → ↑ renda → ↑ bem-estar.
• Como o aumento do bem-estar coletivo não era um objetivo direto da transação,
isto é, ele foi um efeito colateral, ele é uma externalidade.
• Em suma, as instituições bancárias e os detentores de depósitos à vista, ao agirem
em “self-interest”, acarretam impactos positivos para toda a coletividade.
Externalidade (negativa): contágio e crises sistêmicas
• Geração de efeito contágio e a corrida bancária:
• Choque negativo e queda na liquidez da instituição bancária → Dificuldade de honrar
compromissos e queda de credibilidade e confiança → Contágio: a queda na credibilidade de
uma única instituição desencadeia o receio de quebra em outras instituições bancárias →
Corrida bancária: o público corre aos bancos em busca de saques e como esses não possuem
reservas suficientes para satisfazer todas as demandas de saques → Falências.
• Em resumo: Efeito Contágio → Falências → Desestruturação do sistema de
pegamentos → Retração no volume de crédito → Crise/recessão, podendo gerar
depressão.
• Assim, o efeito contágio é uma externalidade negativa porque na verdade é o
mecanismo pelo qual as demais instituições financeiras (eficientes) são
contaminadas por problemas associados às atividades financeiras de instituições
não-eficientes (que se arriscam em demasia).
18.2 Assimetrias de Informação
• Ocorre quando alguém envolvido numa transação retém o monopólio de informação
relevante e o usa para extrair vantagem própria, isto é, ocorre quando a informação é
distribuída assimetricamente;
• Alguns exemplos de arranjos para limitar a assimetria de informação:
• Criação de serviços imobiliários, como corretagem.
• Garantia prevista na venda de automóvel.
• Criação de cadastro de bons e maus pagadores contra os clientes que omitem suas informações para
aumentarem as chances de obter um empréstimo.
• As travas regulatórias impostas pela autoridade regulatória servem para restringir a propensão ao
uso do indevido de recursos de clientes por parte de instituições financeiras coletoras de depósitos.
• Risco ao consumidor:
• As instituições efetuam investimentos vigorosos em processamento de informações de clientes →
usufruem de maior margem para extrair vantagens (empréstimos consignados, por exemplo).
• Os clientes exibem baixa capacidade de processamento de informação técnica;
• Avaliação de risco dos clientes é precária;
• Além disso, os contrários são complexos e herméticos;
• Assim, as instituições financeiras são propensas a usufruir de seu benefício de possuir um volume
superior de informação. Isso se agrava ainda mais na medida em que elas são protegidas pelas leis
de falência e tomada de colaterais.
Dois objetivos gerais da Regulação Financeira:
• Endividamento familiar:
• Planejamento de execução do orçamento familiar:
• Renda (instável) + Educação (precária) + Cultura (dimensão sociológica).
• Grau de exposição ao mercado financeiro
• Regulação relativamente precária (crédito consignado e pensionistas);
• Regulação branda;
• Baixa competição financeira;
• Conclusão:
• O superendividamento familiar no Brasil é um problema de ordem pública, sendo que sua solução
envolve desde políticas variadas: educação, educação financeira, regulação financeira e crescimento
econômico.
18.4 Estratégias de Regulação Financeira
• Desde a década de 1980, na esteira do intenso processo de globalização e inovação
financeira, os termos da regulação financeira em âmbito mundial têm se
diversificado ou modificado significativamente, uma vez que se compromete tanto
a capacidade efetiva de regular quanto a de acomodar as mudanças em curso.
• A rigor, pode-se identificar 4 estágios de evolução:
• i) regulação de balanços;
• ii) definição de coeficientes e capital em proporção aos risco dos ativos;
• iii) a mensuração do risco pelas próprias instituições financeiras;
• iv) hibridismo → Basileia III (arcabouço normativo e instrutivo) + macroprudencial.
18.4.1 Regulação de Balanços (estrutura de passivos)