Guião PL Exame Normal Macroeconomia 2020

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MACROECONOMIA/Curso –Tronco Comum 2º Ano Curricular- Pós-Laboral Guião de Correcção

EXAME NORMAL: 9 de Novembro de 2020, Tempo da realização: 120 minutos


Lê atentamente as questões que se seguem, respondendo-nas de forma clara, coerente e sucinta.
Grupo I: Perguntas de Relacionamento (7,5 Valores)
1. Os economistas, de um modo geral, estudam questões de natureza política, mas tentam abordar com a objetividade de
um cientista.
a. Tendo em conta a perspectiva macroeconómica, apresente três questões estudadas pelos economistas que são
igualmente de interesse dos políticos? (0,75 v)
R:Pleno emprego, estabilidade dos preços, crescimento económico e equilíbrio no comércio internacional
(o estudante deve apresentar apenas três destes objectivos macroeconomicos. 0,25 cada).

b. Os economistas também usam modelos para compreender o mundo. O entende por modelo? (0,5 v)
R: Modedo é a simplificação da realidade que se procura representar.

c. O que distingue o Modelo Keynesiano Simples do modelo IS-LM? (0,75 v)


R: O Modelo IS-LM distingue-se do MKS por apresentar a componente monetária na análise e por apresentar
a taxa de juros no investimento.

2. Recorrendo à política fiscal o estado pode intervir através dos impostos e/ou dos gastos governamentais.
Sem exceder a três linhas diga:
a. Qual seria o impacto de redução dos gastos governamentais nas familias e na economia em geral? (1,0 v)
R: A redução dos gastos governamentais conduz à redução da capacidade do rendimento e do consumo
das familias que consequentimente reduz o PIB.
b. Que tipo de política fiscal o governo está aplicando em a) justique. (1,0 v)
R: Contraccionista, porque leva à redução do PIB.

3. Com auxílio de gráficos, escolha a opção correcta em cada alínea.


a. A forma da curva IS depende: (0,5 v)
i. Da procura por precaução e especulativa por dinheiro.
ii. Do tamanho do multiplicador e da elasticidade do investimento em relação à taxa de juros.
iii. Do tamanho do multiplicador e dos requisitos de reserva monetária.
iv. Da procura especulativa para transacções por dinheiro.
b. No que se refere ao equilíbrio do produto nacional e da taxa de juros numa economia fechada, é correcto
afirmar: (0,5 v)
i. Uma política monetária contraccionista levaria a uma redução na produção e na taxa de juros.
ii. Uma redução na tributação, tudo o mais constante, provocaria redução na produção e aumento na
taxa de juros da economia.
iii. Um aumento na tributação, tudo o mais constante, provocaria redução na produção e aumento
na taxa de juros da economia.
iv. Uma política fiscal conduzida para reduzir o déficit do governo, tudo o mais constante, provocaria
aumento na taxa de juros de equilíbrio e redução no produto nominal.

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c. No que se refere ao equilíbrio do produto nacional e da taxa de juros numa economia aberta com perfeita
mobilidade de capitais, é correcto afirmar: (0,5 v)
i. A BOP será horizontal, depende da taxa de juros e, inicialmente o uso da política monetária
expansionista levaria a um aumento na produção e redução na taxa de juros.
ii. A BOP será horizontal, depende da taxa de juros e, inicialmente o uso da política monetária
expansionista levaria a uma redução na produção e na taxa de juros.
iii. A BOP será vertical, depende do rendimento e, inicialmente o uso da política monetária expansionista
levaria a um aumento na produção e redução na taxa de juros.
iv. A BOP será vertical, depende do rendimento e, inicialmente o uso da política monetária expansionista
levaria a uma redução na produção e na taxa de juros.
d. A redução da taxa de juros internacional, numa economia com perfeita mobilidade de capitais
independentemente do regime cambial e política económica, gera uma balança de pagamentos: (0,5 v)
i. Equilibrada
ii. Deficitária
iii. Superavitária
iv. Nenhuma das opções
e. Uma valorização cambial, numa economia sem mobilidade de capitais independentemente do regime cambial
e política económica, gera uma balança de pagamentos: (0,5 v)
i. Equilibrada
ii. Deficitária
iii. Superavitária
iv. Nenhuma das opções
f. “Num regime de câmbios fixos com perfeita mobilidade de capitais a política fiscal é eficaz e a política
monetária é ineficaz”. (0,5 v)
i. Verdadeira
ii. Falsa
iii. Nenhuma das opções
g. A redução do rendimento, numa economia sem mobilidade de capitais independentemente do regime cambial
e política económica, gera uma balança de pagamentos: (0,5 v)
i. Equilibrada
ii. Deficitária
iii. Superavitária
iv. Nenhuma das opções
Grupo II: Perguntas práticas (12,5 Valores)
4. Supondo que existem apenas quatro (4) bens na economia ALFA: Mandioca, Feijão, Arroz e Leite. Em 2018, foram
vendidos 5.000 Kg de Mandioca a 2 u.m cada Kg, 3.000 Kg de Feijão a 5 u.m cada Kg, vendidas 6.000 Kg de Arroz
a 8 u.m por Kg e 4000 Litros de Leite por 10 u.m cada Litro. De 2018 para 2019, a quantidade vendida de todos
bens subiu em 5% e o preço respectivo de cada bem caiu em 15%.
a. Calcule o PIB nominal e real em 2018 e 2019, usando 2018 como ano-base. (2,5 v)

Descrição Qtd Preço (u.m) Qtd Preço (u.m)


2018 2018 2019 2019

Mandioca (Kg) 5000 2,00 5250 1,70


Feijão (Kg) 3000 5,00 3150 4,25

Arroz (Kg) 6000 8,00 6300 6,80

Leite (Litros) 4000 10,00 4200 8,50

(0.5 V)
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𝑃𝐼𝐵𝑛 2018 = 𝑃𝐼𝐵r2018 = ∑(𝑄2018×𝑃2018) = (5000×2)+(3000×5)+(6000×8) +(4000×10)= 113 000 𝑢.𝑚 (1.0
v)
𝑃𝐼𝐵n2019=∑(𝑄2019×𝑃2019) = (5250×1,70)+(3150×4,25)+(6300×6,8) )+(4200×8,5)= 100 852.5 𝑢.𝑚 (0,5 V)
𝑃𝐼𝐵r2019=∑(𝑄2019×𝑃2018) = (5250×2)+(3150×5)+(6300×8) )+(4200×10)= 118 650 𝑢.𝑚 (0,5 V)

b. Calcule a Taxa de Inflação (usando o Deflactor), a taxa de crescimento real do PIB de 2018 a 2019 e interprete
os resusltados. . (2,5 v)

Dpib2018 = (PIBn2018/ PIBr2018) *100

Dpib2018 = (113 000 /113 000)*100

Dpib2018 = 100 (0,5 v)

Dpib2019 = (PIBn2019/ PIBr2019) *100

Dpib2019 = (100 852.5 /118 650)*100

Dpib2019 = 85 (0,5 v)

𝛱=[(Dpib 2019 – Dpib2018) / Dpib2018]*100

𝛱=[(85−100) /100]×100

𝛱 = − 15 % (0,5 v)

R: Registou-se uma deflacção de 15% ou seja, o nível geral preços caiu em 15% de 2018 para 2019. (0,25 v)

TCRPib=[(Pibr2019 – Pibr2018) / Pibr2018]*100

TCRPib =[(118 650−113 000) /113 000]×100

TCRPib = 5 % (0,5 v)

R: A quantidade real vendida de todos bens subiu em 5% de 2018 para 2019. (0,25 v)

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5. Considere os seguintes dados relativos a Economia da ISCAMADOS em unidades monetárias.
Subsídios 500 Impostos Directos 1000
Gastos do Governo 1600 Impostos Indirectos 2000
Formação Bruta de Capital Fixo 2800 Transf. Do Estado 2000
Exportações 3100 Remessas de Emigrantes 600
Importações 3800 Rendimentos pagos ao Resto do Mundo 200
Rendimentos Recebidos do Ext. 400 A 500
Consumo Privado 6000 ∆ Existências 0
a. Calcule o RN (3,0 v)
𝑃𝐼𝐵Pm =C+I+G+X-M
𝑃𝐼𝐵Pm = 6000+ 2800+1600+3100-3800
𝑃𝐼𝐵Pm = 9700 u.m (1,0)

𝑃𝐼𝐵Cf =PIBpm – Ti + Z
𝑃𝐼𝐵Cf = 9700-2000+500
𝑃𝐼𝐵Cf= 8200 u.m (1,0 v)

RN = Pilcf+REX  RN = Pibcf-A+REX
RN = 8200-500+(400-200)
RN = 7900 u.m (1,0 v)

b. Determine o Saldo da Balança corrente e interprete o resultado (0,5 v)

NX = X - M
NX = 3100-3800
NX = -700 u.m (0,25 v)

R: Balança corrente deficitária em 700 u.m. (0,25 v)

6. Consideremos a economia hipotética da ÓMEGA representada por um modelo do qual fazem parte as seguintes
equações de equilíbrio:
𝐶 = 200 + 0,75𝑌𝑑; 𝑇 = 70 + 0,12𝑌 ; 𝑇𝑟 = 50 ; 𝐼 = 300; 𝐺 = 100; 𝑋 = 80 e M = 60 + 0,1𝑌

a. Calcule para esta economia a propensão marginal a poupar e interprete o resultado. (0,75 v)

1= c + s
s = 1 − 0, 75
s = 0, 25 (0,5 v)

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R: 25% do rendimento disponível nesta economia destina-se a poupança. (0,25 v)

b. Determine o rendimento de equilibrio bem como o saldo da balança corrente. (1,75 v)

u.m. ou 1373,35 um (1,0 v)


Podemos calcular também o saldo da balança corrente (BC):

𝐵𝐶 = 𝑋 − M − 𝑚𝑌

𝐵𝐶 = 80 − 60 − 0,1 × 1375

𝐵𝐶 = −117,5 u.m. ou −117.34 u.m (0,5 v)

R: Temos um défice no saldo da balança corrente de 117,5 u.m. (0,25 v)

c. Qual seria o impacto da variação dos gastos em 10 u.m. na balança corrente. (1,5 v)

Se ∆𝐺 = 10 então:

(0,5 v)
Se os gastos públicos aumentarem 10 u.m. o rendimento irá aumentar 22,7 u.m. (0,25 v)

∆𝐵𝐶 = − m ×∆Y

∆𝐵𝐶 = − 0,1 × 22,7

∆𝐵𝐶 = −2,27 (0,5 v)

Se os gastos públicos aumentarem 10 u.m. o saldo da balança corrente irá deteriorar-se em 2,27 u.m.
(0,25 v)

FIM!
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