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Disciplina: Bases morfológicas e funcionais do sistema
nervoso
Título do tema: Lobos do cérebro: Frontal, Temporal, Parietal,
Occiptal, Insular e Límbico.
Autoria: Marisa Martin Crivelaro Romão
Leitura crítica: Cristiano da Rosa

Abertura:

Olá, ouvinte! Hoje vamos entender um pouco mais sobre o sono e a sua
influência no estado cognitivo, emocional e comportamento das pessoas.

Em nosso cotidiano não é incomum observar pessoas com dificuldade para


dormir, muitas vezes em consequência da ansiedade gerada pelas pressões do
dia a dia e preocupação excessiva e negativa em relação ao futuro. A cidade
também não dorme, principalmente, nas grandes metrópoles: fábricas focadas
na produção e empreendimentos voltados para o entretenimento levam os
funcionários a trocar a rotina de horários de sono da noite pela soneca do dia.

A pessoa que não dorme a quantidade de horas suficientes ou apresenta um


turno de horário contrário acaba ficando sujeito à perda de memória, quadro de
maior irritabilidade, dificuldade de atenção concentrada, fala arrastada e até
alucinação, diminuição e danos cerebrais. A privação de sono também pode
aumentar a temperatura cerebral, motivo pelo qual alguns estudiosos
relacionam o ato de bocejar ao resfriamento do cérebro. Mas porque isso
acontece?

Os resíduos do cérebro durante o sono são transportados para o fluido


cerebrospinal e distribuídos para outras partes do corpo, onde são eliminados.
Além dos neurônios, também temos as células gliais que executam várias
atividades com a finalidade de oferecer suporte ao cérebro. As chamadas
micróglias atuam na defesa e manutenção do cérebro saudável ao fagocitar os
invasores e as células mortas ou com defeitos que precisam ser eliminadas. É
um período de limpeza, de faxina do cérebro.

O astrócito é outra célula de apoio, que possui dentre outras funções a


responsabilidade de destruir algumas sinapses no cérebro para permitir outras
no cérebro. As sinapses são as ligações entre os neurônios realizadas com a
finalidade de transmitir e armazenar informações, como a memória e o
raciocínio. É à noite que os astrócitos abrem caminho para as novas
informações ao substituírem estas ligações, pois é quando a atividade corporal
está menor.

Em estudo publicado no periódico Journal of Neuroscience com alguns grupos


de camundongos separados em diferentes padrões demonstrou que o grupo de
camundongos privados do sono não conseguiu realizar uma limpeza eficiente
no cérebro. Neste caso a faxina ocorre com o cérebro acordado mesmo,
entretanto, ela se dá de modo caótico e confuso, podendo eliminar também
células saudáveis por engano durante o processo. Observou-se também que
nos grupos de privação do sono, as micróglias e os astrócitos também agem
em maiores e mais antigas sinapses do cérebro associadas geralmente com o
armazenamento das informações e memória. Nos grupos com sono regular as
sinapses novas e menores ocorreram de modo a transmitir as informações de
menos relevância, que acabamos esquecendo e dando lugar às novas
aprendizagens.

Os resultados do estudo preocupam porque estudos anteriores já associavam


as atividades desreguladas de micróglias com as demências. Durante o sono
enquanto o corpo descansa o cérebro continua em plena atividade, a ponto de
em repouso produzir energia suficiente para acender uma lâmpada de 25
watts. Portanto, com o objetivo de possibilitar qualidade de vida e prevenir
problemas futuros torna-se fundamental o cuidado com a regularidade do sono
a fim de preservar da melhor forma possível o cérebro e suas potencialidades.

Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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