CT - COELE - 2019!2!13 Ensaio Entre Toroidal e Quadrado
CT - COELE - 2019!2!13 Ensaio Entre Toroidal e Quadrado
CT - COELE - 2019!2!13 Ensaio Entre Toroidal e Quadrado
CURITIBA
2019
ANAÍSIS ESMANHOTTO D’ IVANENKO
CURITIBA
2019
ANAÍSIS ESMANHOTTO D’ IVANENKO
Este Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação foi julgado e aprovado como requisito
parcial para a obtenção do Título de Engenheiro Eletricista, do curso de Engenharia Elétrica do
Departamento Acadêmico de Eletrotécnica (DAELT) da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR).
__________________________________
Prof. Antônio Carlos Pinho, Doutor
Coordenador de Curso Engenharia Elétrica
__________________________________
Profa. Annemarlen Gehrke Castagna, Mestre
Responsável pelos Trabalhos de Conclusão de Curso
de Engenharia Elétrica do DAELT
______________________________ ______________________________
Marcelo Barcik, Me. Joaquim Eloir Rocha, Dr.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Universidade Federal do Paraná
Orientador
____________________________________
Daniel Gustavo Castellain, Me.
Universidade Regional de Blumenau
____________________________________
Marcelo Barcik, Me.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
In this work a case study regarding the energy efficiency comparison between a
toroidal core transformer and a square core transformer. Both have as nominal
data and characteristics: core wrapped, 110V-220V, 550VA, 60Hz, 268 turns in
the primary winding and 536 turns in the secondary winding. The analysis was
made through data collected from full load tests, vacuum tests, resistive load
tests, simulations with FEMM programs, and analytically. The issues of core
materials, winding materials, core type, winding type, material permeability, core
size, core design, transformer fixation, and transformer utilization were raised. In
calculating the point yield for a 406 Ω load the square core transformer yielded
67,61% while the toroidal core transformer yielded 73,92%. In tests with several
resistive loads the toroidal transformer was more efficient. After the tests,
calculations and simulations, it was possible to confirm that the toroidal core
geometry is more efficient than the square geometry, as the separately arranged
windings cause greater losses than the overlapping windings.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 16
1.1 TEMA .......................................................................................................... 16
1.1.1 Delimitação do Tema ............................................................................... 19
1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS .................................................................... 21
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................ 21
1.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 22
1.4 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 23
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................... 24
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................... 24
1.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 26
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................... 27
2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ........................................................... 27
2.2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ..................................................... 28
2.3 TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS .................................................. 30
2.3.1 Transformador Ideal ................................................................................. 31
2.3.2 Transformador Real ................................................................................. 33
2.3.3 Circuito Equivalente e Impedâncias ......................................................... 34
2.4 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DO CIRCUITO EQUIVALENTE .. 38
2.4.1 Ensaio de curto-circuito............................................................................ 40
2.4.2 Ensaio a vazio .......................................................................................... 40
2.5 PERDAS ..................................................................................................... 43
2.5.1 Resistências dos enrolamentos ............................................................... 43
2.5.2 Reatância de dispersão ........................................................................... 43
2.5.3 Reatância e resistência do núcleo ........................................................... 44
2.6 CÁLCULO DO RENDIMENTO.................................................................... 48
2.7 CURVA DE RENDIMENTO ........................................................................ 47
2.8 REGULAÇÃO DE TENSÃO ........................................................................ 51
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 52
3.1 ENSAIOS DE CURTO-CIRCUITO .............................................................. 55
3.2 ENSAIOS A VAZIO ..................................................................................... 59
3.3 ENSAIOS COM CARGA RESISTIVA ......................................................... 65
3.3.1 Ensaios do cálculo do Rendimento .......................................................... 65
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
Nos tempos atuais, cresce o conceito de quanto menor melhor, que está
relacionado com a preocupação das empresas no seu lucro, assim como no
âmbito ambiental.
Não somente em relação à eficiência energética, de se produzir mais com
menos, mas também em relação a parte física, visando reduzir e aprimorar o
tamanho, o design e a quantidade de materiais necessários (AMGIS, 2018).
As Figuras 8 e 9 mostram vantagens do núcleo toroidal de acordo com a
Plitron Toroidal.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
𝑑𝛷
𝑉 (𝑡) = 𝑁 (1)
𝑑𝑡
𝑑𝛷 𝑉 (𝑡)
= (2)
𝑑𝑡 𝑁
33
𝑑𝛷
𝑉 (𝑡) = 𝑁 (3)
𝑑𝑡
𝑑𝛷 𝑉 (𝑡)
= (4)
𝑑𝑡 𝑁
Igualando (2) com (4) é possível através do fluxo mútuo que concatena
ambas as bobinas chegar em (5):
𝑑𝛷 𝑉 (𝑡) 𝑉 (𝑡)
= = (5)
𝑑𝑡 𝑁 𝑁
𝑉() 𝑁
= =𝑎 (6)
𝑉( ) 𝑁
𝑉 (𝑡) 𝐼 (𝑡)
= =𝑎 (8)
𝑉 (𝑡) 𝐼 (𝑡)
34
𝐼 (𝑡) 1
= (9)
𝐼 (𝑡) 𝑎
𝑃 = 𝑉 𝐼 cos 𝜃 (10)
𝑃 = 𝑉 𝐼 cos 𝜃 (11)
𝑆 = 𝑉 𝐼 = 𝑉𝐼 = 𝑆 (13)
Visto este detalhe, vale ressaltar que a corrente que circula pelo primário
possui duas componentes, uma de excitação que percorre a impedância de
magnetização ZM formada pela resistência do núcleo Rc e pela reatância XM a
qual pode ser tratada como Iφ e outra parcela que se destina a carga como
apresentado na Figura 17 Is/a, que representa a corrente do secundário referida
ao primário I´s. A primeira é necessária para produzir o fluxo mútuo resultante e
a segunda, é uma componente para contrabalancear a FMM da corrente de
secundário Is. (FITZGERALD, 2014). A corrente do secundário referida ao
primário I´s é definida como a parcela do primário que contrabalança a FMM da
corrente do secundário Is. E pode ser calculada por (4):
𝑁
𝐼´ = 𝐼 (4)
𝑁
𝑋 = 2𝜋𝑓𝐿 (15)
𝑋 = 2𝜋𝑓𝐿 (16)
38
𝐸 𝑁
= =𝑎 (17)
𝐸 𝑁
𝑍 =𝑎 𝑍 (18)
𝑃
𝜃 = 𝑐𝑜𝑠 (19)
𝐼 𝑉
𝑉
𝑍 = (21)
𝐼
41
Durante o ensaio, a tensão Vcc é ajustada para que a corrente Icc seja pelo
menos igual a corrente nominal do enrolamento. Desta forma, a reatância
equivalente é obtida como mostrado em (22) (CHAPMAN, 2013).
𝑋 = 𝑍 −𝑅 (22)
𝑃
𝜃 = 𝑐𝑜𝑠 (23)
𝑉𝐼
𝐼 = 𝐼 cos 𝜃 (24)
𝐼 = 𝐼 sen 𝜃 (25)
𝑃 𝑃
𝑅 = = (26)
𝐼 (𝐼 cos 𝜃 )
𝑅 =𝑎 𝑅 (27)
𝐸 𝑉
𝑋 = = (28)
𝐼 (𝐼 sin 𝜃 )
𝑋 =𝑎 𝑋 (29)
𝑉
𝑅 = (30)
𝐼
𝑉
𝑍 = (31)
𝐼𝜑
1
𝑋 =
1 1 (32)
2 − 2
𝑍𝑀 𝑅𝐶
2.5 PERDAS
𝜑 = 𝐿𝐼 (33)
Sendo:
L - Indutância de dispersão
I - Corrente do enrolamento
𝑋 = 𝜔𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿 (34)
𝑋 = 2𝜋𝑓𝐿 (35)
𝑃 (36)
η=
𝑃
𝑃 = 𝑃 + 𝑃 (37)
𝑃 = 𝑉 𝐼 cos 𝜃 (38)
𝑃 =𝑃 +𝑃 (39)
Sendo que Pn é dada por (40), e é calculada pela multiplicação dos valores
da resistência equivalente do ramo de magnetização (Rc) e da corrente eficaz
que circula pela resistência do ramo de magnetização (Ic).
𝑃 =𝑅 𝐼 (40)
48
𝑃 =𝑅 𝐼 (41)
𝑉𝑆 𝐼𝑆 cos 𝜃
η= (42)
𝑉𝑆 𝐼𝑆 cos 𝜃 + 𝑃𝑛 + 𝑃𝑐𝑢
500 kVA
49
2300 / 208 V
60 Hz
V0 = 208 V
I0 = 85 A
P0 = 1800 W
Vcc = 95 V
Icc = 217,5 A
Pcc = 8200 W
RS = 0,173 Ω
RP = 0,001417 Ω
Pcu = 5,125 W
Pc = 1800 W
A mesma tabela será criada, porém considerando uma carga com fator
de potência 0.8. A potência de saída será adequada para esta condição de
carga. Os valores de potência de saída (Pout) apresentados na Tabela 1, serão
multiplicados pelo valor 0.8 referente a característica da carga.
Analisando a curva, nota-se que o rendimento tem valor zero com uma
carga nominal de fração zero (a vazio), para qualquer fator de potência. Pois a
vazio a corrente do secundário (Is) é zero, logo a potência de saída (Pout) é zero,
logo o rendimento é zero.
Para a situação de fator de potência unitário, uma fração muito pequena
de carga já é o suficiente para elevar o rendimento para um valor próximo do seu
máximo. Sendo que em 1/4 de carga é observado um rendimento maior que
97%. Enquanto para a curva com fator de potência de 0.2, menor valor de fator
de potência e menor rendimento entre todas as curvas, observa-se que o seu
máximo de rendimento é de 87%. E que é necessária cerca de metade da carga
nominal para atingir esse rendimento.
Para todas as curvas nessa família de curvas, o seu rendimento máximo
ocorre na mesma situação de fração de carga, em aproximadamente metade da
carga nominal.
52
𝑉 −𝑉
𝑅𝑇 = . 100% (43)
𝑉
(𝑉 /𝑎) − 𝑉
𝑅𝑇 = . 100% (44)
𝑉
53
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Mesmo com uma pequena variação nos valores das tensões de ambos
os enrolamentos de ambos os transformadores, e considerando também
pequenos erros de escala, os valores medidos de tensão e corrente
correspondem com os valores nominais dos transformadores. Relembrando que
os valores nominais de ambos os transformadores já mencionados são:
Potência - 550 VA
Enrolamento de alta tensão - 220 V / 2,5 A
Enrolamento de baixa tensão - 110 V / 5 A
Vcc - 100,5 V
Icc - 2,50 A
Pcc - 51 W
Vcc - 17,3 V
Icc - 2,50 A
Pcc - 39 W
58
Vcc - 19,0 V
Icc - 2,50 A
Pcc - 45,9 W
Vcc - 101,0 V
Icc - 2,48 A
Pcc - 67,4 W
V0 - 110 9V
I0 - 29,3 mA
P0 - 3 W
V0 - 110 V
I0 - 19,6 mA
P0 - 2 W
61
Nota-se pelos ensaios, que neste trabalho foi definido que o enrolamento
considerado como secundário foi o de alta tensão (220 V) e assim o primário é
o enrolamento de baixa tensão (110 V). Destacando que, como comentado
anteriormente na revisão teórica, ambos os ensaios de curto-circuito e circuito
aberto podem ser feitos considerando como primário o enrolamento de alta
tensão ou o de baixa tensão. Assim o enrolamento que estará em aberto ou em
curto-circuito nos ensaios pode ser qualquer um dos dois enrolamentos. Outro
detalhe a ser destacado é que o wattímetro utilizado possui resolução de 1 W,
sem escala decimal. Por isso os valores de potência ativa medidas estão
arredondados para o próximo valor inteiro.
Os ensaios a vazio também foram analisados utilizando um osciloscópio
digital. O canal 1 representa a medição de tensão eficaz e o canal 2 representa
a medição de corrente eficaz.
De acordo com os ensaios a vazio do transformador toroidal, na Figura 35
tem-se no lado esquerdo a tensão e a corrente analisados para o transformador
de núcleo toroidal e no lado direito a medição de potência (os valores dos canais
1 e 2 foram multiplicados). Os valores medidos neste ensaio com o
62
V0 - 110 V
I0 - 16,8 mA
P0 - 1,71 W
I0 - 36,3 mA
P0 - 3,82 W
VP - 111 V
IP - 1,10 A
PP - 124 W
VS - 220 V
IS - 0,54 A
PS - 119 W
VP - 103,9 V
IP - 1,15 A
PP - 123 W
VS - 220 V
IS - 0,54 A
PS - 119 W
De acordo com a revisão teórica, a partir somente dos dados medidos nos
ensaios a vazio e de curto-circuito, as curvas de rendimento podem ser previstas.
Dessa maneira, as Tabelas 8, 9, 10, 11 e 12 apresentam as tabulações para os
fatores de potência 1.0, 0.8, 0.6, 0.4 e 0.2, respectivamente, de ambos os
transformadores.
As tabelas foram preenchidas de acordo com os ensaios a vazio e de
curto-circuito. Na Tabela 8, por exemplo, as perdas no núcleo Pc não sofrem
alterações quando aplicadas diferentes cargas, essa grandeza será fixada em
seu valor medido no ensaio a vazio para todas as proporções de carga. O valor
de Pcu considerado para carga nominal foi o mesmo medido no ensaio de curto-
circuito Pcc. Para outras cargas, o valor de Pcu irá variar de acordo com a
proporção da carga aplicada. Para uma carga de 1/4 da nominal o valor de Pcu
considerado será o valor de Pcc multiplicado pelo percentual de carga ao
quadrado (neste caso 1/16). E analogamente para os outros valores de carga.
A potência de saída Pout para o valor de carga nominal é a própria potência
nominal dos transformadores, ou seja, 550 VA. Logo, para 1/4 da carga nominal,
o valor de Pout é de 137,5 VA (valor de Pout multiplicado pelo percentual de carga).
74
220 . 0,54 . 1
η = = (45)
(220 . 0,54 . 1) + (6050 . 0,02552 ) + (6,24 . 2,5²)
220 . 0,54 . 1
η = = (46)
(220 . 0,54 . 1) + (4033 . 0,038322 ) + (8,16 . 2,5²)
118,8
η = = 73,92 % (47)
118,8 + 3,934 + 39
118,8
η = = 67,61 % (48)
118,8 + 5,922 + 51
81
4 SIMULAÇÕES
Primário: 5 A / 110 V
Secundário: 2,5 A / 220 V
Potência: 550 V
Primário: 5 A / 110 V
Secundário: 2,5 A / 220 V
Potência: 550 V
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ZWASS, Sam. Indutores Toroidais. Revista Antenna, Rio de Janeiro, v. 70. 1973.
p.289.
103
Dois dos três multímetros digitais utilizados nos ensaios são da marca
ICEL e modelo MD6110. Este multímetro digital possui dimensões de 190 x 95 x
40 mm, e peso de 420g (incluindo a bateria). Suas funções de medição são:
tensão alternada;
corrente alternada;
108
potência ativa;
fator de potência;
memória (HOLD).