Agamen0n, V2N2A2
Agamen0n, V2N2A2
Agamen0n, V2N2A2
v. 2, n. 2, p. 14-22. 2021.
Artigo Original
Resumo
Este trabalho originou-se com o objetivo de analisar a importância do trabalho do neuropsicopedagogo, enfatizando de como realiza sua
função de maneira a contribuir positivamente no desenvolvimento da aprendizagem da criança e do adolescente, com dificuldades de
aprendizado ou que possuem alguma deficiência, com a finalidade de auxiliar pais, familiars e escola durante todo processo. Para melhor
compreender o tema, fez-se primeiramente o estudo teórico sobre o perfil do neuropsicopedagogo, buscando entender as características
relevantes sobre o mesmo e, desta forma compreender como se dá seu trabalho em seu cotidiano, ou seja, quais ações desenvolvem para
potencializa-lo, contribuindo na qualidade ao ser colocado em prática. Posteriormente foi descrito um relato de experiência deste autor. O
presente trabalho é de natureza básica, porém exploratória onde fez-se o uso de referências bibliográfica de autores renomados a fim de
trazer à tona, ao leitor, diversos conceitos sobre o tema proposto. E por fim, por meio de um relato de experiência demonstrou-se a inserção
de neuropsicopedagogo em sua atuação professional.
Abstract
This work was originated with the objective of analyzing the importance of the work of the neuropsychopedagogist, emphasizing how it
performs its function in a way to contribute positively to the development of the learning of children and adolescents, with difficulties or
who have a disability, helping parents, family, school throughout the process. In order to better understand the subject, the theoretical study
on the profile of the neuropsychopedagogist was first carried out, seeking to understand the relevant characteristics about it and, in this way,
understand how their work is done in their daily lives, that is, what actions they develop to potentialize them. Thus, contributing to the
quality when put into practice, an experience report by this author was later described. The present work, of a basic but exploratory nature,
made use of bibliographical references from renowned authors in order to bring to light, to the reader, several concepts about the proposed
theme. And as a result discussion, it was done through a case study, in order to realize the importance given to the work of the clinical
psychopedagogue, being able, through this approach, to insert them into a society.
Resumen
Este trabajo se originó con el objetivo de analizar la importancia del trabajo del neuropsicopedagogo, enfatizando cómo este desempeña su
función de manera de contribuir positivamente al desarrollo del aprendizaje de niños y adolescentes, con dificultades de aprendizaje o que
tienen alguna discapacidad, con el propósito de ayudar a los padres, la familia y la escuela durante todo el proceso. Con el fin de comprender
mejor el tema, primero se realizó el estudio teórico sobre el perfil del neuropsicopedagogo, buscando comprender las características
relevantes del mismo y, de esta manera, comprender cómo se realiza su trabajo en su vida diaria, es decir, qué acciones desarrollan para
potenciarlo, contribuyendo a la calidad cuando se pone en práctica. Posteriormente se describió un relato de experiencia de este autor. El
presente trabajo es de carácter básico pero exploratorio donde se utilizaron referencias bibliográficas de autores de renombre con el fin de
sacar a la luz al lector varios conceptos sobre la temática propuesta. Y finalmente, a través de un relato de experiencia, se demostró la
inserción de los neuropsicopedagogistas en su desempeño profesional.
1 Introdução
Quando se fala em neuropsicopedagogo, se relata sobre o profissional que possui uma formação em psicologia ou em
pedagogia e, que decide depois de formado buscar uma especialização nesta área. Ao escolher pode o formado optar por dois
ramos da neuropsicopedagogia: A Institucional ou Clínica.
Ambas vão trabalhar com crianças com transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares e
deficiência física e deficiência mental, dando ênfase para contribuir de maneira positiva ao desenvolvimento, auxiliando,
dessa maneira, a família, a criança e profissionais da educação para que possam em conjunto caminhar durante todo o processo
(BARBOSA, 2001).
Todavia, existem diferenciações entre ambos, o neuropsicopedagogo clínico vai desempenhar sua função na clínica
avaliando não só crianças, mas também adolescentes com dificuldades escolares, ressaltando suas habilidades, competências
e dificuldades. E depois encaminha-los para outros profissionais que trabalham com a aprendizagem e, isto inclui psicólogos,
fonoaudiólogos entre outros e, o institucional por sua vez, o faz dentro do âmbito escolar, desenvolvendo observações a fim,
de identificar questões relacionadas ao desenvolvimento humano do aluno nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais,
que depois de analisadas devem ser encaminhadas para um possível diagnóstico realizado por um professional competente
(DEHAENE, 2012).
Na resolução do código de ética do Neuropsicopedagogo, no Artigo 3º definiu-se por
Definiu-se por parametrizar como Neuropsicopedagogo aqueles profissionais que através de uma
formação pessoal, educacional, profissional e um corpo de práticas próprias da
Neuropsicopedagogia busca atender demandas sociais, norteado por padrões técnicos e pela
existência de normas éticas que garantam a adequada relação de um profissional com seus pares
e com a sociedade como um todo de acordo com as especificidades das funções (SBNPp nº
00.001, 2014 p. 01).
crianças com dificuldades na aprendizagem, e por fim apresentar um relato de experiência sobre atuação do autor.
2. Metodologia
Adotou-se a pesquisa de natureza básica, porém exploratória, pois é uma leitura da realidade, sem aplicação prática
que também assume o caráter exploratório.
Quanto a abordagem é do tipo qualitativa, com o propósito de verificar a relação da realidade com o objeto de estudo
em questão e, com isto se fez várias interpretações de uma análise indutiva por parte dos pesquisadores. Quanto ao seu
procedimento, se dará por meio de uma pesquisa bibliográfica, pois foi baseada em material já elaborado, constituído
principalmente de livros ancorado nos autores como: Bossa (2007), Relvas (2010), buscando compreender a importância do
profissional neuropsicopedagogo.
Para Severino (2007, p. 122),
E ainda quanto a abordagem metodológica se dará por meio de um estudo de caso, sendo a autora do artigo o objeto
de pesquisa.
3. Fundamentação teórica
O pós graduado em Neuropsicopedagogia, vai aprender a conhecer melhor o funcionamento do cérebro humano e
suas ocorrências no decorrer do desenvolvimento humano e, de que forma se apresenta diante das situações vivenciadas no
contexto diário. Segundo Ribas (2006, p. 23):
[...], uma visão progressiva das complexidades nervosa e comportamental ao longo da evolução
das espécies, a análise filogenética da própria conceituação de termos como consciência e
psiquismo, principalmente por propiciar especulações sobre os possíveis paralelos
comportamentais existentes entre as diferentes espécies e o próprio ser humano.
Tendo em vista que a neuropsicopedagogia é uma ciência, que têm seus estudos voltados para a educação, realizando
trocas de informações entre a pedagogia e a psicologia, dando ênfase à aprendizagem humana, de forma a contemplar a
17
Scientia Generalis, v. 2, n. 2, p. 14-22. 2021.
Portanto, nesta perspectiva se torna imprescindível o trabalho do neuropsicopedagogo diante das dificuldades de
aprendizagem, tentando preveni-las para que não se tornem verdadeiramente um fracasso escolar. E para isto, é necessário
que este profissional também considere não só o aluno em si, mas se volte o olhar para a prática do professor e, de que forma
está sendo levado na prática o seu aprendizado (BARBOSA, 2001).
E diante deste prisma, a sua atuação envolve características bem definidas que vão da prevenção, da avaliação, da
orientação, encaminhamentos e acompanhamentos que percorrem todo o caminhar do desenvolvimento, a fim, de observar o
seu avanço, auxiliando para que transcorra de modo positivo. E a partir destas observações, solicitar ao psicólogo que redija
um laudo seguro para o paciente (CIASCA, 2003).
O profissional em Neuropsicopedagogia, pode realizar seu trabalho no âmbito escolar como em âmbito clínico,
compreendendo melhor o funcionamento do cérebro, a plasticidade cerebral, os transtornos do neurodesenvolvimento, as
síndromes, as metodologias de ensino e aprendizagem, voltadas para o fenômeno do aprender e suas dificuldades (BARBOSA,
2001).
No código de ética no artigo 15º fica evidenciado que
O Neuropsicopedagogo fará sua atuação dentro das especificidades do seu campo e área do
conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das potencialidades humanas, daqueles
aos quais presta serviços (SBNPp nº 00.001, 2014 p. 01).
Ao se referir ao Neuropsicopedagogo Institucional, o profissional que obtém este título exercerá sua função dentro
das Instituições escolares, auxiliando a equipe técnica-pedagógica e ao grupo de professores (DEHAENE, 2012).
Para Silveira (2019, p. 127):
O papel do neuropsicopedagogo institucional é de suma importância, pois a ele compete por meio de seus
conhecimentos, cumpre a importante função de socializar os conhecimentos disponíveis, proporcionar o desenvolvimento
cognitivo, potencializando suas habilidades dos alunos, sendo indispensável uma comunicação direta com todos os envolvidos
neste processo e, isto inclui não só a equipe pedagógica, mas principalmente a família, para que em conjunto possam dar um
assessoramento a criança com dificuldades de aprendizagem, bem com as necessidades especiais (DEHAENE, 2012).
O profissional especializado em Neuropsicopedagogia Clínica vai desenvolver suas funções dentro de consultórios
clínicos, postos de saúde, realizando avaliações de crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem, com alguma
necessidade especial como por exemplo: TEA= Transtorno espectro autista, TDAH – Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade, entre outros (CARNEIRO et al., 2021).
No que tange a sua avaliação é enfatizada em identificar no estudante, qual é o seu diagnóstico, ou seja, qual
dificuldade e transtornos está impedindo de desenvolver, quer seja no trato vínculo afetivo, no seu comportamento, na
realização de suas funções neuromotoras, no atraso da linguagem, por algum motivo intrínseco ou externo e, a partir destas
observações concluir um laudo consciente, que colabore com a família e a escola.
Por isto, é imprescindível que após laudar o estudante este profissional continue acompanhando o seu
desenvolvimento e, também poderá encaminhar para outros profissionais que em conjunto, farão o processo dar sequência,
buscando meios a fim de amenizar o seu estado clínico (ROSARIO et. al, 2018).
O neuropsicopedagogo necessita conhecer bem o cérebro humano, pois estas limitações estão associadas a áreas do
cérebro.
Para Relvas, (2010, p. 15):
Cada tipo de habilidade ou comportamento pode ser bem relacionado a certas áreas do cérebro
em particular. Assim, há áreas habilitadas a interpretar estímulos que levam a percepção visual e
auditiva, à compreensão e a capacidade linguística, à cognição, ao planejamento de ações futuras,
inclusive de movimento.
Portanto, o neuropsicopedagogo durante a condução de sua avaliação pode realizar testes, usar material lúdico,
aplicar jogos e, sem dúvida a suas anotações por meio das observações é, de suma importância para uma possível intervenção
diagnóstica (ROSARIO et. al, 2018).
Quando se fala em educação inclusiva é transformar todo o olhar de uma sociedade para fazer valer os direitos de
todas as crianças, adolescentes acometidas de alguma necessidade especial. E neste sentido, a escola vai desempenhar um
19
Scientia Generalis, v. 2, n. 2, p. 14-22. 2021.
importante papel, ampliando a participação dos alunos dentro das instituições de Ensino (ROSARIO et. al, 2018).
Segundo o Ministério da Educação – MEC (2004, p. 26),
A educação tem, nesse cenário, papel fundamental, sendo a escola o espaço no qual se deve
favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de competências,
ou seja, a possibilidade de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela
humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da cidadania (BRASIL, 2004, p. 14).
Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus
alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas
potencialidades e necessidades (BRASIL, 2004, p. 10).
Diante desta educação inclusiva que vai atender a todos indivíduos com diferentes necessidades especiais, vai neste
contexto demandar uma exigência maior ao neuropsicopedagogo, no que se refere ao ato de panejar as suas intervenções
pedagógicas, as suas avaliações, um olhar aguçado para perceber qual a necessidade apresenta, seja no âmbito físico, sensorial,
mental, em algum transtorno comportamental, que estão impedindo o avanço em seu desenvolvimento tanto a nível social,
como escolar (ROSARIO et. al, 2018).
Para Sahb (2004, p.6) descreve sobre a escola inclusive:
[...] pressupõe uma nova escola, comum na sua organização e funcionamento, pois adota os
princípios democráticos da educação de igualdade, equidade, liberdade e respeito à dignidade que
fortalecem a tendência de manter na escola regular os alunos”.
Portanto, ao desenvolver seu trabalho o neuropsicopedagogo deve considerar um modo de a criança, adolescente
com algum tipo de necessidade especial, seja integrado sem discriminação dentro das escolas, auxiliando os pais e professores
no que for positivo para seu desenvolvimento (ROSARIO et. al, 2018).
4. Ética Profissional
Ética profissional é assim entendido como a conduta, postura, a maneira como o profissional se comporta em seu
cotidiano, valores estes que refletem em seu relacionamento diante da sua equipe de trabalho. Stukart (2003, p.14), fala que
A ética é uma palavra que vem do grego ETHOS, que significa estudo de caráter, juízo do ser
humano e reflete sobre a situação vivida, para ele, ‘A ética não analisa o que o homem faz, como
a psicologia e a sociologia, mas o que ele deveria fazer. É um juízo de valores, como
virtude, justiça, felicidade, e não um julgamento da realidade’.
Por este viés, o autor supracitado concebe a ética como um conjunto de valores que dizem respeito ao caráter do
indivíduo, que o conduzem de forma positiva na sua caminhada tanto pessoal quanto profissional, desta forma zelando pela
sua reputação.
No Artigo 8º O Código de Ética Técnico Profissional, “objetiva também a aproximação de um instrumento de
reflexão do Neuropsicopedagogo Institucional e Clínico para nortear padrões éticos e técnicos da ação professional (SBNPp
20
Scientia Generalis, v. 2, n. 2, p. 14-22. 2021.
nº 00.001, 2014).
E ainda no Artigo 11º enfatiza-se que
Portanto, o neuropsicopedagogo movimenta-se em uma ação que envolve cuidados éticos, responsabilidade, respeito,
princípios estes que vão nortear todo seu trabalho.
A ética deste profissional se submete ao cuidado na realização de protocolos, encaminhamentos, intervenções, nos
relatórios e conclusões dos diagnósticos, visando o bem-estar do seu paciente, bem como, o seu desenvolvimento, fazendo
com que adquire plena confiança em seu trabalho (ROSARIO et. al, 2018).
Para analisar a importância do trabalho do Neuropsicopedagogo, foi realizado um relato de experiência, onde me
colocarei como objeto de estudo.
Libâneo (1999, p. 54) afirma que “há uma diversidade de prática educativa na sociedade, e em todas elas, desde que
se configurem como intencionais, está presente a ação pedagógica”.
Sou formada no curso de licenciatura em Pedagogia há 10 anos, exercendo primeiramente a função como professora
de educação infantil na rede de ensino municipal e, a três anos estou lotada como Coordenadora Pedagógica de um Centro
Municipal de Educação Infantil (CMEI). Percebi a necessidade de se ter um profissional qualificado nesta área atuando de
maneira diversificada para atender as necessidades de uma criança com dificuldades na aprendizagem, com alguma
necessidade especial ou com algum este tipo de transtorno, quando me deparei com meu filho que com diagnóstico de altas
habilidades, e neste caso percebi a relevância de se fazer um trabalho diversificado. Pois diante deste Quadro, encontrei
dificuldades no que se refere a aceitação dele na escola, com os professores, e, dentro da sociedade.
Ribeiro (2003, p.9) diz que “Cabe à Pedagogia a busca de estratégias e metodologias que garantam uma melhor
aprendizagem/apropriação de informações e conhecimentos ”. Diante disso, eu procurei buscar uma pós-graduação em
Neuropsicopedagogia, me formando em 2009, pois sempre gostei da educação especial, acredito que são olhares diferentes
para aqueles que precisam. Compreender a maneira de aprender, juntamente com os sentimentos e, organizar em como
aprender, isto me encanta. Cerca de 2 meses abri uma clínica, onde desempenho o papel Neuropsicopedagogo Clínica, a fim,
de ajudar quem precisa.
Assim, no que se refere ao desenvolvimento da minha função, inicialmente é feita uma consulta com os pais, para
que possam relatar suas queixas.
Em seguida explico como é feito o meu trabalho que acontecem por meio de avaliações qualitativas, ecológicas e
padronizadas, onde observo a linguagem oral, leitura, raciocínio lógico, habilidades cognitivas, psicomotricidade.
As avaliações são realizadas com até 10 sessões, entre elas a 1ª com anamnese e a última é a entrega do relatório para
os pais com os dados e a conclusão. Envio o questionário para a escola e, para os professores, trabalhando em conjunto com
21
Scientia Generalis, v. 2, n. 2, p. 14-22. 2021.
6. Considerações Finais
Este artigo pôde ressaltar a importância do trabalho do Neuropsicopedagogo para a contribuição no desenvolvimento
de criança, adolescentes com transtornos e dificuldades na aprendizagem, bem como, com alguma deficiência, que
compromete seu desempenho na escola e, na sociedade.
A pesquisa bibliográfica frisou que o neuropsicopedagogo pode exercer seu papel tanto nos estabelecimentos
escolares, quanto dentro de clínica, organizando sua metodologia por meio de uma prática de conhecimentos epistemológicos,
que ajude o estudante a desenvolver suas atribuições de forma positiva e, integrando a criança/adolescente as
escolas/sociedade. O neuropsicopedagogo concentra seus esforços para que apesar da complexidade e diversidade possa por
meio de se assessoramento integrado auxiliar professores, escola e a família em todo o processo.
Neste artigo foi descrito sobre a ética profissional, o que é de suma importância para o bom trabalho, pois a família
deposita neste profissional total confiança. Todavia, destaca-se que o mesmo possui informações peculiares sobre cada
paciente, aluno que o procura e, neste primórdio fica evidenciado sua conduta e postura ética. Esta pesquisa primeiramente
trouxe para mim uma confiança em desempenhar minha função como neuropsicopedagogo, pois amo o que faço.
A sensação de estar à frente de todo o processo de aprendizagem, do desenvolvimento de uma criança me fascina,
trazendo-me acalento no meu dia a dia. E o que dizer quando o resultado final é deveras positivo, é gratificante, mas é
gratificante também quando recebo sinais de carinho por parte dos envolvidos neste processo e, aqui incluo “família, escola
e mestres”.
Mesmo quando a jornada é o resultado parece difíceis, percebo em mim um crescimento, pois “ O que não te desafia,
não te transforma. ” (PIAGET, 1977). E, segundo ele mesmo, nós aprendemos com os nossos erros.
Por ter um filho com super habilidades, tomei a decisão de buscar algo a mais e, foi desempenhado o papel de
neuropsicopedagogo que encontrei um caminho seguro diante do que estava vivendo, e percebi que poderia ajudar a tantas
pessoas que passam por a mesma situação.
Porém, percebo que o caminho é desafiador e, que muito ainda precisa ser feito para poder desvendar a máscara do
medo, da discriminação, do preconceito, mas cabe a nós profissionais neste seguimento caminhar juntos para desenvolver da
melhor maneira possível e, levantar a bandeira do amor, onde todos somos iguais sem diferença e, que onde quando é feito
com este dom sublime tudo se torna prazeroso e gratificante.
Referências
BEAUCLAIR, J. Para entender Psicopedagogia: perspectivas atuais, desafios futuros. 3. ed. Rio de Janeiro, Wak. Ed., 2009.
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000
BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. RS, Artmed, 2007. BRASIL,
CARNEIRO, L. V. et al. Desafios no processo de educação inclusiva para crianças com transtorno do espectro autista. Revista Eletrônica Acervo Saúde,
v. 13, n. 6, p. e7689-e7689, 2021.
22
Scientia Generalis, v. 2, n. 2, p. 14-22. 2021.
CIASCA, S. M. (org.) Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, 220p.
DEHAENE, S. Os Neurônios da Leitura: Como a Ciência explica a nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
PIAGET, J. [1977]. Abstração reflexionante: relações lógico-aritméticas e ordem das relações espaciais. Tradução por Fernando Becker e Petronilha
Beatriz Gonçalves da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
RELVAS, M. P. Neurociência e educação: potencialidades dos gêneros humanos na sala de aula. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak. Ed., 2010.
RIBAS, G. C. Considerações sobre a evolução filogenética do sistema nervoso, o comportamento e a emergência da consciência. Rev. Bras. Psiquiatr. V.
28, n.4, p. 326-38, 2006. Disponível em: http://www.Scielo.br/pdf/rbp/v28 Acesso em: 23 mai. 2021.
RIBEIRO, A. E. A. Pedagogia Empresarial. Atuação do Pedagogo na Empresa. 6º ed. Rio de Janeiro. Editora Wak. 2010.
ROSARIO et al. A importância da atuação do neuropsicopedagogo para minimizar o baixo rendimento escolar a partir dos casos de
bullying. Cuadernos de Educación y Desarrollo, Servicios Académicos Intercontinentales. 2018.
SAHB, W. F. Educação Especial: olhar histórico, perspectivas e aporte legal. Revista Eletrônica de Direito Educacional, V. 1, N.2. 2004.
SBNPp nº 003. CÓDIGO DE ÉTICA TÉCNICO PROFISSIONAL DA NEUROPSICOPEDAGOGIA, 2014. Disponível em:
https://www.sbnpp.org.br/arquivos/codigo_de_etica_2016.pdf. Acesso em 20 de junho de 2021.
SILVEIRA, R. O que faz um psicopedagogo institucional? Revista Práxis Pedagógica. vol. 2, nº 1, jan./mar. 2019. Disponível em: http://www.periódicos.
unir.br/index.php/práxis/article/view/119/pdf. Acesso em 17 mai. 2021.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23. ed. São Paulo: Cortez: 2007.
STUKART, H. L. Ética e Corrupção: Os benefícios da conduta ética na vida pessoal e empresarial. São Paulo: Editora Nobel, 2003.