Encuesta NTU Como Derecho Social y Ahora
Encuesta NTU Como Derecho Social y Ahora
Encuesta NTU Como Derecho Social y Ahora
DAS EMPRESAS
DE TRANSPORTES URBANOS
BRASÍLIA, 2016
TRANSPORTE
PÚBLICO COMO
DIREITO SOCIAL.
E AGORA?
ASSOCIAÇÃO NACIONAL
Brasília, 2016DAS EMPRESAS
DE TRANSPORTES URBANOS
BRASÍLIA, 2016
TRANSPORTE
PÚBLICO COMO
DIREITO SOCIAL.
ISBN: 978-85-66881-09-7 E AGORA?
SUMÁRIO
Editorial 7
Apresentação 9
Amostra e metodologia 11
Capítulo 1 - Avaliação do transporte público 13
A849t Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos
Capítulo 2 - Emenda Constitucional, o transporte como um direito social 21
Capítulo 3 - Financiamento do transporte 29
Transporte público como direito social: e agora? / Associação Na-
Capítulo 4 - Benefícios sociais no transporte 39
cional das Empresas de Transportes Urbanos. - Brasília: NTU, 2016.
Capítulo 5 - Políticas de transporte 47
57 p.: il.
ISBN: 978-85-66881-09-7
CDU 656.121
EDITORIAL
A promulgação, pelo Congresso Nacional, da Emenda Entretanto, o novo comando constitucional, por si só,
Constitucional nº 90, de 15 de setembro de 2015, que não é suficiente para alcançarmos um novo patamar nos
inclui no Artigo 6º da Constituição Federal o transporte serviços de transporte público do nosso país. Os agentes
como direito social, juntamente com a educação, a saúde e que atuam no setor têm agora a missão e o dever de
a segurança, vem atender justa reivindicação da sociedade mobilizar a sociedade, as autoridades públicas e a classe
brasileira que, nos últimos tempos, vem manifestando nas política, visando concretizar no dia a dia das nossas
ruas seu desejo por um transporte público melhor. cidades os avanços que a sociedade requer no campo da
A disponibilização pelo Estado de um serviço de mobilidade.
transporte público coletivo urbano de qualidade e acessível a É com esse objetivo que a Associação Nacional das
todas as classes sociais, que atenda as necessidades básicas Empresas de Transportes Urbanos (NTU) contratou
da população, é condição fundamental para a inclusão social essa pesquisa para ouvir parlamentares do Congresso
e para a universalização do acesso à educação, à saúde e ao Nacional e diversos públicos, entre eles, estudiosos do
lazer para todos os brasileiros. setor, personalidades que influenciam ou tomam decisões
Dessa forma, sem dúvida avançaremos no sentido de em busca de caminhos e soluções para os desafios que
igualar as oportunidades de crescimento e desenvolvimento vamos enfrentar daqui para frente, diante do novo direito
entre todos os extratos da sociedade. de todos os brasileiros.
Pensando no Brasil como um todo, o transporte público No entanto, quando instados a opinar sobre o transpor-
é mal avaliado pelos parlamentares (67,9% classificam como te público em sua cidade, as avaliações de parlamentares e,
ruim/péssimo e só 1,2% como ótimo/bom). Entre os influen- principalmente, influenciadores registram melhora. Entre os
ciadores, também predominam as avaliações ruins/péssimas congressistas, as avaliações ruins/péssimas caem para 53,6%
(47%), mas há consideráveis 45% que classificam o transpor- e as ótimas/boas sobem para 10,3%. Na mesma tendência,
te público como regular. mas com mais intensidade, a maior parte dos influenciadores
avalia o transporte em suas cidades como regular (46%), com
37% de ruim/péssimo e 17% de ótimo/bom.
CONGRESSO NACIONAL 1,2% 29,5% 67,9% 1,5% CONGRESSO NACIONAL 10,3% 35,3% 53,6% 0,7%
Ótimo/Bom 0% 20% 40% 60% 80% 100% Ótimo/Bom 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Regular Regular
Ruim/Péssimo Ruim/Péssimo
NS/NR NS/NR
(1) PERGUNTA: “Qual a avaliação que o(a) senhor(a) faz do (2) PERGUNTA: “Qual a avaliação que o(a) senhor(a) faz do
serviço de transporte público coletivo do Brasil? O(a) se- serviço de transporte público coletivo da sua cidade? O(a)
nhor(a) diria que é: ótimo, bom, regular, ruim ou péssi- senhor(a) diria que é: ótimo, bom, regular, ruim ou péssi-
mo?” (ESTIMULADA E ÚNICA) mo?” (ESTIMULADA E ÚNICA)
14 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 15
FALTAM PLANEJAMENTO, GESTÃO E PODER PÚBLICO É PRINCIPAL RESPONSÁVEL
RECURSOS PARA O TRANSPORTE PÚBLICO PELA QUALIDADE DO TRANSPORTE
Na visão dos dois públicos pesquisados, os principais Há forte convergência no entendimento de que o Poder
problemas do transporte público no Brasil são a falta de Público é o principal responsável por melhorar a qualidade do
planejamento/gestão e a falta de recursos. Apenas 25% dos transporte público no Brasil. Praticamente 2/3 dos entrevis-
parlamentares citaram como principal problema aspectos re- tados apontaram o Poder Público, a despeito das empresas
lacionados à operação do sistema de transporte. No caso dos operadoras, da sociedade em geral e dos passageiros. O qua-
influenciadores, esse percentual é de 37%. dro é muito semelhante nos dois públicos investigados.
16 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 17
PODER PÚBLICO TAMBÉM É PRINCIPAL PODER PÚBLICO E TARIFAS DEVEM DIVIDIR
RESPONSÁVEL POR MELHORIAS NO TRANSPORTE O CUSTEIO DO TRANSPORTE PÚBLICO
Quando questionados sobre o grau de responsabilidade de Ponto central em qualquer sistema de transporte público
cada uma das quatro esferas avaliadas pela pesquisa, em uma no mundo, o custeio da operação deve ter a participação do
escala de 0 a 10 o Congresso confirma a avaliação de que o Poder Público para 86,1% dos parlamentares e 83% dos in-
Poder Público é o principal responsável (nota média 8,7), mas fluenciadores, enquanto apenas 11,3% dos parlamentares e
dá a entender que também enxerga importante grau de res- 13% dos influenciadores defendem que o custeio se dê apenas
ponsabilidade nas empresas operadoras do sistema de trans- pela tarifa.
porte público urbano (nota média 7,8). No entanto, aqui há importantes diferenças no entendi-
Os influenciadores também confirmam seu entendimento mento do Congresso e dos influenciadores. O primeiro público
de que o Poder Público é o principal responsável (nota média se divide quanto ao peso de cada uma das formas de custeio,
8,6), vindo em segundo plano as responsabilidades da socie- enquanto o segundo tende a enxergar a tarifa como a princi-
dade em geral (nota média 7,1) e das empresas operadoras pal forma de se custear o transporte público no país, embora
(nota média 7,0). sempre com participação dos recursos públicos.
PARLAMENTARES: INFLUENCIADORES:
048 26 10 86,1% dizem que o poder público deve ter participação e 91% 83% dizem que o poder público deve ter participação e 95%
que a tarifa deve ter participação que a tarifa deve ter participação
PERGUNTA: Agora, pensando em uma nota de 0 a 10, em PERGUNTA: Pelo que o(a) senhor(a) sabe ou ouviu falar, de
que 0 é NENHUMA RESPONSABILIDADE e 10 é TOTAL maneira geral, a operação do transporte público no Brasil
RESPONSABILIDADE, qual a responsabilidade do ________ deve ser custeada exclusivamente pelo Poder Público, mais
por melhorias no transporte público no Brasil? (ESTIMULADA pelo Poder Público do que pela tarifa, mais pela tarifa do que
E ÚNICA) pelo Poder Público, ou exclusivamente pela tarifa? (ESTIMU-
LADA, RESPOSTA ÚNICA)
18 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 19
CAPÍTULO 2
EMENDA
CONSTITUCIONAL,
O TRANSPORTE
COMO UM
DIREITO SOCIAL
EMENDA CONSTITUCIONAL 90/2015
É CONHECIDA E APROVADA PELA MAIORIA
A aprovação da PEC 90, que incluiu o transporte público Além de bastante conhecida, a Emenda Constitucional
como um direito social, é de conhecimento de 8 em cada 10 também recebeu a aprovação dos dois públicos
parlamentares (78% na Câmara a 100% no Senado) e de entrevistados. Para 82,3% dos parlamentares ouvidos, o
praticamente dois terços dos influenciadores ouvidos pelo Congresso Nacional fez bem ao aprovar o texto. A avaliação
Instituto FSB Pesquisa. é parecida entre os influenciadores, onde a Emenda tem a
aprovação de 78% dos entrevistados.
CONGRESSO NACIONAL 80,7% 13,4% 5,9% CONGRESSO NACIONAL 82,3% 7,6% 8,5%
1,5%
Sim 0% 20% 40% 60% 80% 100% Concorda 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Não Não concorda, nem discorda
NS/NR Discorda
NS/NR
(1) PERGUNTA: Você sabia que no ano passado o Congresso (2) PERGUNTA: O(a) senhor(a) concorda com a inclusão do
Nacional promulgou uma Proposta de Emenda à transporte como um direito constitucional, sim ou não?
Constituição (PEC) que incluiu o transporte como um (Estimulada, resposta única)
direito social, como já acontecia com saúde, educação,
entre outros, sim ou não? (Estimulada, resposta única)
22 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 23
EMENDA GERA EXPECTATIVA POR EMENDA TAMBÉM VAI
MAIS RECURSOS PARA O TRANSPORTE AMPLIAR ACESSO AO TRANSPORTE
De modo a testar qual é, na visão dos influenciadores, a De maneira estimulada, a pesquisa testou seis potenciais
principal associação que esse público faz com os potenciais impactos da inclusão do transporte como um direito social pre-
impactos causados pela inclusão do transporte público como visto pela Constituição. Tanto parlamentares quanto influencia-
um direito social garantido constitucionalmente, a pesquisa dores apostam que a aprovação da Emenda irá ajudar na am-
perguntou para o grupo de 100 influenciadores quais seriam pliação do acesso da população ao transporte público e garantir
esses impactos. mais recursos para obras de infraestrutura em transporte e
Chama a atenção que grande parte dos entrevistados mobilidade urbana.
enxerga, espontaneamente, algum tipo de impacto causado Deputados e senadores acham ainda que a Emenda irá
pela promulgação da PEC 90: 81% dos influenciadores provocar aumento na demanda de passageiros (os influen-
apontaram algum tipo de impacto. ciadores discordam dessa visão) e trazer mais recursos para
Para esse grupo, o principal resultado da inclusão do o transporte público (expectativa que divide o público de in-
transporte público como um direito social será a garantia de fluenciadores).
mais recursos para investimentos, com 23% das citações. Em Os dois públicos têm avaliações semelhantes quanto a dois
seguida, também são citadas de forma expressiva a melhoria potenciais impactos: ambos se dividem sobre a garantia de
no serviço (14%) e o ganho de importância que o tema terá na melhorias na qualidade dos serviços de transporte e apostam
agenda política do país (14%). que o fato de o transporte ser hoje um direito social não irá
ajudar na redução das tarifas.
Melhoria no serviço 14% DEVE n ampliar acesso ao transporte n ampliar acesso ao transporte
n trazer mais recursos para infraestrutura n trazer mais recursos para infraestrutura
Chamar a atenção/mostrar que é importante 14% n aumentar demanda de passageiros
Melhoria na qualidade de vida 12% n trazer mais recursos para o transporte
PERGUNTA: Na opinião do(a) senhor(a), qual será o PRINCI-
Mecanismo de cobrança 11% PAL IMPACTO da inclusão do transporte como direito social
DIVISÃO n melhorar a qualidade do serviço n melhorar a qualidade do serviço
garantido pela Constituição? (ESPONTÂNEA E ÚNICA); per-
Mais respaldo na formulação de políticas públicas 11% n trazer mais recursos para o transporte
gunta feita apenas aos influenciadores.
Mais direitos 9% NÃO DEVE n reduzir o valor das tarifas n reduzir o valor das tarifas
n aumentar a demanda de passageiros
Aumento de despesas públicas 9%
Nenhum 18%
Outros 33%
Não respondeu 1%
PERGUNTA: Agora, gostaria que o(a) senhor(a) me dissesse
se acredita ou não que a inclusão do transporte como direito
0% 20% 40% 60% 80% 100% social resultará em... (Estimulada)
24 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 25
IMPACTOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL, IMPACTOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL,
NA VISÃO DO CONGRESSO NA VISÃO DOS INFLUENCIADORES
Ampliação do acesso ao transporte público 66,6% 8,4% 21,8% 3,2% Ampliação do acesso ao transporte público 58,0% 7,0% 34,0% 1,0%
Mais recursos para investimentos em infraestrutura do transporte público 61,4% 6,6% 26,8% 5,2% Mais recursos para investimentos em infraestrutura do transporte público 51,0% 6,0% 41,0% 2,0%
Aumento da demanda de passageiros 53,8% 9,8% 31,4% 4,9% Mais recursos públicos para o transporte 49,0% 4,0% 46,0% 1,0%
Mais recursos públicos para o transporte 52,1% 7,2% 37,6% 3,1% Melhoria na qualidade do serviço 48,0% 6,0% 45,0% 1,0%
Melhoria na qualidade do serviço 46,3% 8,3% 40,5% 5,0% Aumento da demanda de passageiros 46,0% 1,0% 52,0% 1,0%
Redução no valor das tarifas 28,3% 9,7% 57,7% 4,3% Redução no valor das tarifas 23,0% 3,0% 70,0% 4,0%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Sim Sim
Talvez Talvez
Não Não
NS/NR NS/NR
PERGUNTA: Agora, gostaria que o(a) senhor(a) me dissesse PERGUNTA: Agora, gostaria que o(a) senhor(a) me dissesse
se acredita ou não que a inclusão do transporte como direito se acredita ou não que a inclusão do transporte como direito
social resultará em... (Estimulada) social resultará em... (Estimulada)
26 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 27
CAPÍTULO 3
FINANCIAMENTO
DO TRANSPORTE
FINANCIAMENTO DEVE VIR DE RECURSOS SEM RECURSOS PÚBLICOS, NÃO
PÚBLICOS E DE USUÁRIOS DO AUTOMÓVEL HÁ TRANSPORTE DE QUALIDADE
Parlamentares e Influenciadores do setor de mobilida- que os recursos deveriam vir dos usuários de automóveis A percepção geral entre ambos os grupos é de que re-
de urbana possuem visões distintas sobre formas ideais de e 31%, dos orçamentos públicos. Já entre os parlamenta- cursos públicos são importantes para as políticas no se-
financiamento do transporte coletivo no país. Enquanto res, a alternativa de financiamento do transporte coletivo tor de mobilidade urbana. Entre os influenciadores, 73,0%
para o conjunto do Congresso Nacional a principal fonte a partir dos usuários do transporte individual não possui acreditam que não é possível existir um bom serviço de
de financiamento devem ser os recursos públicos (49,5%), citações expressivas (apenas 7,0%). transporte coletivo a preços acessíveis sem o emprego de
os influenciadores se mostraram divididos: 33% acreditam recursos públicos. No conjunto dos parlamentares, esse
percentual também é expressivo: 62,9%.
0% 20% 40% 60% 80% 100% PERGUNTA: “Para o senhor, é possível ter um transporte pú-
blico de qualidade e a preços acessíveis somente com a recei-
ta das tarifas, sem a participação dos orçamentos públicos?”
(ESTIMULADA E ÚNICA)
30 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 31
ESTADOS E MUNICÍPIOS DEVEM FINANCIAR Para os dois públicos investigados, o financiamento
da operação de transporte público no Brasil deve ser
Já em relação à responsabilidade por financiar as obras de
infraestrutura em transporte, os dois públicos não convergem.
feito por Estados e Municípios. No Congresso Nacional, Entre os congressistas, a visão predominante (45,5%) é a de
A OPERAÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO 47,9% dos entrevistados dizem que os entes devem
ser os responsáveis, ao passo que 34,9% afirmam
que a União deve ser responsável por esse financiamento, ao
passo que 38,2% acreditam que deve ser feita por Estados e
que a tarefa é de responsabilidade da União. Entre os Municípios. Já o que marca as opiniões dos influenciadores é
O compartilhamento de responsabilidades entre União, quem deve financiar dois aspectos cruciais para o setor: a influenciadores, a diferença é ainda maior: 61,0% e a divisão: 33% afirmam que é de responsabilidade da União e
Estados e Municípios pelas políticas de transporte público operação do sistema e as obras de infraestrutura. 20,0%, respectivamente.(VER GRÁFICOS À ESQUERDA) 36%, de Estados e Municípios. (VER GRÁFICOS ABAIXO)
no Brasil geram entendimentos diferentes em relação a
União União
Estados e Municípios Estados e Municípios
PERGUNTA: Na sua opinião, qual dos entes da Federação deve
Todos (Espont.) Todos (Espont.)
ser o principal responsável por financiar ______________. A
NS/NR União ou os Estados e Municípios? (ESTIMULADA E ÚNICA) NS/NR
32 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 33
TRANSPORTE DEVE TER DINHEIRO ORÇAMENTO DA UNIÃO
CARIMBADO NOS ORÇAMENTOS PÚBLICOS
De um modo geral, os membros do Congresso são
amplamente favoráveis à destinação obrigatória de
recursos dos orçamentos da União, Estados e Municípios CONGRESSO NACIONAL INFLUENCIADORES
para o financiamento do transporte público no Brasil.
O apoio é amplo entre deputados e senadores, sendo
que estes possuem maior aceitação. Na opinião do 77,9% 47,0%
Congresso, os orçamentos das três esferas de Poder 5,0% 3,0%
devem ter recursos com destinação obrigatória para o 15,5% 49,0%
custeio do transporte público no Brasil. Nos três casos, a 1,6% 1,0%
concordância é muito superior à discordância.
Já os influenciadores se mostraram mais divididos
quanto à destinação obrigatória de recursos dos
orçamentos públicos para a área de transporte. No caso
do Orçamento da União, o percentual de discordância
(49%) é ligeiramente superior ao de concordância (47%).
Já em relação aos orçamentos dos estados, há um
grupo maior de influenciadores concordando (50%) do
que discordando (44%). O mesmo comportamento se
repete em relação ao orçamento dos municípios: 48% dos
influenciadores concordam e 46% discordam.
34 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 35
ORÇAMENTO DOS ESTADOS ORÇAMENTO DOS MUNICÍPIOS
A favor A favor
Nem a favor, nem contra (Espont.) Nem a favor, nem contra (Espont.)
Contra Contra
NS/NR NS/NR
36 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 37
CAPÍTULO 4
BENEFÍCIOS
SOCIAIS NO
TRANSPORTE
ENTREVISTADOS CONCORDAM GRATUIDADES GERAM IMPACTOS
COM CONCESSÃO DE GRATUIDADES NA OPERAÇÃO DO SISTEMA
Tanto os membros do Congresso quanto os influenciadores A concessão de gratuidades e seus impactos nos custos nificativos dessa política nos custos da operação do transpor-
do setor de transporte concordam com a concessão de de operação do sistema de transporte são um dos principais te. Em ambos os grupos, em torno de 2/3 dos entrevistados
gratuidades no sistema. Entretanto, essa concordância ocorre aspectos a serem considerados na gestão de políticas públi- avaliam esse impacto no custo como médio ou grande.
em graus diferentes nos dois públicos. cas de mobilidade urbana no Brasil. Assim, a pesquisa bus- A diferença ocorre apenas quanto ao grau do impacto. Para o
Entre os parlamentares, a concordância é de 79,6% e a cou compreender qual a percepção geral dos entrevistados Congresso, a percepção geral é que as gratuidades possuem um
discordância, de 15,3%. Embora também seja majoritária, sobre esses impactos. impacto médio (53,6%) nos custos. Já para o segundo público, a
a concordância entre os influenciadores é menor. Em geral, Se parlamentares e influenciadores concordam com a percepção dominante é que esse impacto é grande (65,0%), visão
54,0% concordam em algum grau com as gratuidades, existência das gratuidades, também enxergam impactos sig- compartilhada entre todos os perfis entrevistados.
enquanto 41,0% discordam
CONGRESSO NACIONAL INFLUENCIADORES
25,2% 65,0%
53,6% 18,0%
CONGRESSO NACIONAL 34,6% 45% 3,2% 9% 6,3%
19,8% 13,0%
1,4% 4,0%
Grande
PERGUNTA: O(a) senhor(a) concorda com a concessão de Médio PERGUNTA: Na sua opinião, a concessão de gratuidades tem
gratuidades no sistema de transporte público, sim ou não? Pequeno um impacto grande, médio ou pequeno nos custos de opera-
Totalmente ou em parte? (Estimulada e única) ção do sistema de transporte público no Brasil? (Estimulada
NS/NR
e única)
40 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 41
PODER PÚBLICO DEVE CUSTEAR GRATUIDADES PASSE ESTUDANTIL DEVERIA SER
CUSTEADO PELO ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO
A partir do entendimento de que é considerado alto
o impacto das gratuidades nos custos do transporte, Para quem respondeu que o custeio das gratuidades deve
a pesquisa buscou investigar quem, na opinião dos ser feito por meio de recursos dos orçamentos públicos,
entrevistados, deveria custear esse benefício para a a pesquisa também questionou se as gratuidades para
população. De um modo geral, os dois públicos apoiam estudantes e idosos deveriam ser bancadas pelos orçamentos
majoritariamente que o custeio das gratuidades deva ser da educação e da assistência social, respectivamente. De
feito pelo Poder Público, e não por meio do aumento de maneira geral, há forte adesão à tese de que os orçamentos
tarifas aos passageiros pagantes. específicos devam custear essas gratuidades.
Entre os parlamentares, a visão de que o custeio
deve ser feito por meio dos cofres públicos é apoiada por
57,0% dos entrevistados — apenas 15,2% são favoráveis
ao custeio feito pelos passageiros pagantes. Entre os
influenciadores, o apoio é ainda maior: 66,0% — contra
16,0% que defendem o custeio por meio da tarifa. INFLUENCIADORES 45,5% 33,3% 16,7% 4,5%
Importante ressaltar que a visão do custeio das gratuidades
por meio de orçamentos públicos é a opção escolhida pelos
cinco públicos de influenciadores entrevistados.
0% 20% 40% 60% 80% 100% PERGUNTA: Agora, gostaria que o(a) senhor(a) me dissesse
se concorda ou discorda da seguinte frase. Totalmente ou em
parte?
PERGUNTA: E, na sua avaliação, as gratuidades devem ser
custeadas pelos orçamentos públicos ou pelos passageiros a) As gratuidades para estudantes deveriam ser custeadas
pagantes? (ESTIMULADA E ÚNICA): pelo orçamento da educação.
42 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 43
GRATUIDADES PARA IDOSOS DEVERIAM VALE-TRANSPORTE ESTIMULA
SER CUSTEADAS PELA ASSISTÊNCIA SOCIAL AUMENTO DE PASSAGEIROS
O Vale-Transporte, benefício concedido ao trabalhador Em uma escala de 0 a 10, em que 0 é nenhum estímulo e
para custeio de suas despesas com transporte coletivo, é uma 10 é muito estímulo, a média das notas dadas pelos membros
das políticas mais antigas do setor de mobilidade urbana. Sua do Congresso Nacional foi de 6,8. Já os Influenciadores consi-
importância como estímulo à utilização do transporte público deram que o incentivo é ligeiramente maior, atribuindo notas
foi atestada por todos os públicos entrevistados pela pesqui- cuja média equivaleram a 7,7.
sa. Tanto parlamentares quanto influenciadores concordam
que o incentivo é alto.
PERGUNTA: Agora, gostaria que o(a) senhor(a) me dissesse PERGUNTA: Utilizando uma escala de 0 a 10, em que 0 é
se concorda ou discorda da seguinte frase. Totalmente ou NENHUM ESTÍMULO e 10 é MUITO ESTÍMULO, o quanto o(a)
em parte? senhor(a) considera que a concessão do vale-transporte aos
trabalhadores incentiva a utilização do transporte público?
b) As gratuidades para idosos deveriam ser custeadas pelo (ESTIMULADA E ÚNICA)
orçamento da assistência social.
44 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 45
CAPÍTULO 5
POLÍTICAS DE
TRANSPORTE
TARIFA ZERO É REPROVADA ENTREVISTADOS APROVAM
FAIXAS EXCLUSIVAS E CORREDORES
Recentemente, a formulação de políticas públicas exclusivos e (c) vale-transporte social para beneficiários de
inovadoras na área de mobilidade urbana passou a ser alvo programas sociais e desempregados.
de constantes debates. Para testar a adesão dos públicos a Tanto parlamentares quanto influenciadores discordam
algumas dessas políticas em discussão, a pesquisa buscou frontalmente da tarifa zero (71,8% e 85% de discordância,
investigar se os entrevistados concordavam ou discordavam respectivamente). Os dois públicos concordam com as faixas
das seguintes políticas: (a) tarifa zero; (b) faixas e corredores exclusivas e corredores e com o vale-transporte social.
Aprova Aprova
Não aprova, nem desaprova Não aprova, nem desaprova
Desaprova Desaprova
NS/NR NS/NR
PERGUNTA: Agora vou ler algumas políticas relacionadas com PERGUNTA: Agora vou ler algumas políticas relacionadas
transporte público e gostaria de saber se você aprova ou de- com transporte público e gostaria de saber se você
saprova cada uma delas: Tarifa zero (ESTIMULADA e ÚNICA) aprova ou desaprova cada uma delas: Faixas exclusivas e
corredores (ESTIMULADA e ÚNICA)
48 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 49
ENTREVISTADOS CONCORDAM FALTA DE CAPACITAÇÃO EMPERRA
COM VALE-TRANSPORTE SOCIAL CRIAÇÃO DE PLANOS DIRETORES
MUNICIPAIS DE MOBILIDADE URBANA
A partir daqui, apresentamos resultados de perguntas feitas apenas à parte dos influenciadores
CONGRESSO NACIONAL INFLUENCIADORES (Poder Executivo Federal, Poderes Executivo Estadual e Municipal, Acadêmicos e Especialistas e
Economistas). Nesse caso, as perguntas foram feitas para 80 Influenciadores.
56,5% 64,0%
18,8% 9,0%
23,4% 27,0%
Em 2012, foi sancionada a Lei de Mobilidade Urbana, após Quando perguntados espontaneamente, sobre quais
1,4%
mais de 10 anos em discussão no Congresso. Uma das exigências os principais obstáculos à elaboração dos Planos Dire-
da Lei é a elaboração dos Planos Diretores de Mobilidade Urbana tores de Mobilidade Urbana, os entrevistados afirma-
por todos os municípios acima de 20 mil habitantes, sob pena ram que a falta de pessoal capacitado é o principal deles
de não obterem recursos federais para suas obras de transporte (48,8%). Em seguida, vêm a falta de recursos (23,8%) e
urbano. O prazo se encerrou em 18 de abril de 2015 e, até esta a falta de planejamento (11,3%).
data, apenas 30% das cidades haviam cumprido a meta.
50 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 51
PARCERIA ENTRE UNIVERSIDADES E GOVERNO TRANSPORTE EXERCE IMPACTO NO
PODE SOLUCIONAR PROBLEMAS DE CAPACITAÇÃO DESEMPENHO DE TRABALHADORES E EMPRESAS
Independentemente de terem citado a ausência de recursos Diariamente, grande parte dos trabalhadores brasileiros
humanos qualificados, os entrevistados também foram ques- desloca-se de suas casas para o trabalho por meio do transporte
tionados sobre quais seriam as melhores formas de se promo- público. Para avaliar qual o impacto que esse deslocamento
ver a capacitação de pessoal no setor de transporte público. Em tem sobre o trabalhador que depende do transporte coletivo,
geral, a visão predominante é que as Universidades (37,5%) e a pesquisa perguntou para os 20 representantes do setor
o Poder Executivo Federal (28,7%) são os principais caminhos. produtivo (indústria, comércio, serviços etc.) qual o impacto
que o transporte público tem sobre a qualidade de vida e a
produtividade dos trabalhadores brasileiros, e também sobre
a produtividade das empresas.
Os representantes do setor produtivo avaliam que o
transporte afeta e muito cada um dos aspectos investigados,
prejudicando tanto o trabalhador quanto as empresas. Em
Universidades 37,5%
uma escala de 0 a 10 (nenhum prejuízo a muito prejuízo),
Poder Executivo Federal 28,7% o impacto do transporte sobre a qualidade de vida do
brasileiro é de grau 9,0. Patamar quase idêntico ao efeito
Organizações não governamentais ligadas ao transporte 13,8%
que as condições do transporte têm sobre a produtividade
Todos (espont.) 11,3% do trabalhador brasileiro. Em menor grau (8,4), os
influenciadores avaliam que a produtividade das empresas
Outros 6,2%
brasileiras também é afetada.
Não respondeu 1,3%
Não sabe 1,3%
Qualidade de vida do brasileiro 9,0
Produtividade do trabalhador brasileiro 8,9
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Produtividade das empresas brasileiras 8,4
(2) PERGUNTA: Os municípios brasileiros, principalmente, PERGUNTA: Utilizando uma escala de 0 a 10, em que 0
os de médio e pequeno porte possuem carência de é não prejudica nada e 10 é prejudica muito, o quanto a
recursos humanos para a gestão da mobilidade urbana. atual qualidade do transporte público no Brasil impacta
Na sua opinião, qual o melhor caminho para prover essa a (qualidade de vida do brasileiro, produtividade do
capacitação de pessoal? (ESTIMULADA E ÚNICA) trabalhador brasileiro, produtividade das empresas
brasileiras). (ESTIMULADA e ÚNICA)
52 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 53
O INSTITUTO FSB PESQUISA EXPEDIENTE FSB PESQUISA
Projeto gráfico
FSB Design
54 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 55
EXPEDIENTE NTU
Conselho Diretor Região Sul
Ilso Pedro Menta (RS)
Região Centro-Oeste Titular
Edmundo de Carvalho Pinheiro (GO) Ênio Roberto Dias dos Reis (RS)
Titular Suplente
Ricardo Caixeta Ribeiro (MT)
Suplente Conselho Fiscal
Dante José Gulin (PR)
Região Nordeste Titular
Dimas Humberto Silva Barreira (CE) Paulo Fernandes Gomes (PA)
Titular Titular
Mário Jatahy de Albuquerque Júnior (CE) Ana Carolina Dias Medeiros de Souza (MA)
Suplente Titular
Luiz Fernando Bandeira de Mello (PE) Fernando Manuel Mendes Nogueira (SP)
Titular Suplente
Paulo Fernando Chaves Júnior (PE)
Suplente Diretoria Executiva
56 TRANSPORTE PÚBLICO COMO DIREITO SOCIAL. E AGORA? NTU ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES URBANOS 57
SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT
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