U 4 Psicologia+uma+ciência+de+constrates+
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PSICOLOGIA
ABSTRACT: This article aims to discuss the issue of the diversity of objects and
methods in psychology. To do so, we will try to reconstruct, syntactically, the history
of psychology, from its relationship with philosophy to its constitution as a science.
Having said this, we will mention the main differences between the psychological
schools, finally proposing the reflection of the following question: is a unity possible in
this science?
1. INTRODUÇÃO
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Bacharel em Psicologia (UESPI), pós-graduado em Saúde da Família (CEAD/UFPI).
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Esses pensadores são assim denominados, por antecederem as reflexões filosóficas de Sócrates,
isto é, porque representam o primeiro momento filosófico da história, sendo anteriores a Sócrates.
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René Descartes foi um filósofo Frances do século XVIII, que enfatizava os poderes da razão,
colocando-a como princípio seguro e único meio de tornar os homens livres e independentes.
Descartes, a partir do seu método de dúvida metódica, decide colocar em descrédito tudo aquilo que
havia admitido como verdades. Dispondo-se a aceitar como verdadeiro somente o que após,
submetido à razão, mostra-se indubitável. O filósofo adota uma postura cética na busca do
conhecimento verdadeiro, desejando perceber as coisas além das aparências. Nisso dúvida das
informações provenientes dos sentidos, das argumentações dogmáticas, entretanto, depara-se com
uma premissa que se mostra inquestionável: “[...] e, notando que esta verdade eu penso, logo existo
era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam
capazes de abalar, julguei que podia aceitá-las, [...], como o primeiro princípio da filosofia [...]”
(DESCARTES, 1987, p.43).
Esse pensador supervalorizava a razão colocando-a como a possibilidade mais sólida de modificar a
vida da humanidade, rompendo, desse modo, com as explicações pautadas nos mitos e crenças. Nas
palavras de Aranha e Martins (2009, p.169), Descartes “ao tomar consciência como ponto de partida,
abriu caminho para a discussão sobre ciência e ética, sobretudo ao enfatizar a capacidade humana
de construir o próprio conhecimento”.
4
Wundt é considerado o fundador da psicologia científica. Com a fundação do laboratório de
psicologia experimental na Universidade de Leipzig (Alemanha), Wundt empreendeu estudos e
experimentos em psicofisiologia. Dedicou-se ao estudo dos processos mentais (sensação, percepção,
atenção etc.), desenvolvendo como método para estudo desses fenômenos a introspecção (processo
de auto-observação). Suas pesquisas foram importantes para o desenvolvimento dessa ciência,
“tanto que a maior parte da história da psicologia pós-wundtiana é caracterizada pela contestação ao
seu ponto de vista da psicologia, fato que não desvaloriza sua importância nem seus feitos como seu
fundador” (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009, ps.78-79).
2. ESTRUTURALISMO
O fato de ser uma ciência pura, não voltada aos problemas práticos da vida
quotidiana, também contribuiu para que o sistema de psicologia adotado por
Titchener fosse superado por uma nova escola de pensamento da psicologia,
interessada nas aplicações dos conhecimentos dessa ciência às dificuldades da
sociedade norte-americana. Contudo, é inegável a contribuição desse pensador para
o desenvolvimento da psicologia como ciência.
3. FUNCIONALISMO
4. BEHAVIORISMO
5. GESTALT
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Conforme Schultz e Schultz (2009, p.85), introspecção é a “autoanálise da mente para inspecionar e
relatar pensamentos ou sentimentos pessoais”.
6. PSICANÁLISE
definitiva, além do mais, não eram todos os pacientes que conseguiam ser
hipnotizados. Posteriormente adota outro método conhecido como livre associação6.
A tese do sexo, como fator determinante na origem da neurose, tornou-se
central para Freud. Durante seu atendimento aos pacientes, “observou que a maioria
das pacientes relatava traumáticas experiências sexuais vividas na infância”,
acreditando, “que as condições neuróticas não ocorreriam nas pessoas com vida
sexual normal” (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009, p.362).
Utilizando o método da livre associação, Freud notou que, em muitos casos,
os pacientes chegavam a experiências dolorosas, as quais não conseguiam relatar.
Para Freud, essa resistência funcionava como uma proteção em relação ao
sofrimento emocional. Isso possibilitou a ele a descoberta do mecanismo de
repressão7. Freud também utilizou como método de tratamento a análise dos sonhos
que consistia na interpretação dos sonhos dos pacientes. Distinguindo-os em dois
níveis: o conteúdo manifesto do sonho: que consiste no relato do sonho pelo
paciente e o conteúdo latente: que corresponde ao valor simbólico do sonho, aquilo
que só é desvendado por meio de análise.
Como mencionado no início, Freud instaura na psicologia um novo tópico, o
inconsciente. Ele procura diferenciar o inconsciente da consciência, utilizando uma
analogia do iceberg. Segundo Freud, a parte visível ou observável do iceberg
corresponde à consciência, e a outra parte submersa e muito maior, o inconsciente.
Dessa maneira, como aponta Teles (2006, p.48), “o homem, portanto, conhece
apenas algumas de suas motivações, porque, a maioria delas tem raízes lançadas
no inconsciente”. Nesse sentido, a autora supracitada destaca os níveis de
personalidades: o id, ego e superego. O primeiro corresponde aos instintos, ou seja,
é a parte irracional; o segundo (o ego) é responsável por controlar os instintos do id,
sendo a parte racional; o terceiro refere-se ao aspecto moral, a moralidade (TELES,
2006).
Outro ponto importante é a divisão feita por Freud dos estágios psicossexuais
do desenvolvimento da personalidade: o estágio oral, do nascimento aos dois anos,
tendo como fonte de estimulação a boca; o estágio anal, cuja fonte de prazer é o
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O método da livre associação foi formulado por Freud, após perceber que os outros métodos
adotados no tratamento dos pacientes, como o hipnótico e catártico, não estavam dando resultados
satisfatórios no tratamento dos mesmos. Através dessa técnica o paciente era estimulado a relatar
livremente tudo àquilo que lhe vinha à mente.
7
Segundo Schultz e Schultz (2009, p. 371) esse processo consiste em “barrar ideias (sic) inaceitáveis,
memórias ou desejos do consciente, deixando-os operar livremente no inconsciente”.
anus; estágio fálico, por volta dos quatro anos de idade, cuja satisfação erótica
envolve os órgãos sexuais, fase em que ocorre o Complexo de Édipo; o período de
latência que vai até a puberdade, e logo em seguida, o estágio genital, fase em que
o indivíduo busca a satisfação no outro.
A psicanálise como um sistema da psicologia traz uma definição diferenciada
das outras escolas de pensamento, abordando o inconsciente como objeto de
estudo dessa ciência.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS