Redação Olimpíada de Química
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Essa importância se
justifica pelo fato de eles serem responsáveis pela ocupação de ¾ do planeta, pela produção de
metade das moléculas de oxigênio presentes no ar, por controlarem o clima, e, ainda, segundo
uma pesquisa feita pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura)
em 2018, 20% das proteínas animais consumidas pela população mundial tem como origem o
pescado (ou seja, peixes, crustáceos, moluscos e outros animais aquáticos, excluindo mamíferos,
répteis e algas ou outras plantas aquáticas, como definido pela FAO). Essa importância dada aos
oceanos justifica-se pois eles emitem uma quantidade significativa de O2 visto que os maiores
produtores de gás oxigênio são as algas presentes no ambiente marinho. E controlam o clima,
pois, a água tem um calor específico muito alto o que torna necessário uma grande quantidade de
calor para ocorrer grandes variações de temperatura, assim, a água impede que estas ocorram, e
ainda possibilita as correntes frias, as chuvas, entre outros fenômenos meteorológicos. Mesmo
com tantas qualidades oferecidas com sua biodiversidade, os seres humanos estão ameaçando a
vida de animais marinhos por causarem problemas no oceano, como o despejo de poluentes do
esgoto, o vazamento de petróleo, o aquecimento global, a acidificação oceânica.
Por mais que na maioria dos países exista o tratamento de esgoto. Em subúrbios e países
mais pobres não há muitos recursos para investir nesse tratamento, que não é visto como
essencial. Assim, os resíduos do que foi usado na vida cotidiana, seja na doméstica ou das
indústrias, são escoados para o oceano, e neles se encontram: a matéria orgânica, metais
pesados, agrotóxicos, praguicidas, detergentes. Ente eles a matéria orgânica é a que aumenta a
Demanda Bioquímica de Oxigênio (ou seja, aumenta a quantidade de O 2 necessário), pois as
bactérias se alimentam dela e, nesse processo, elas consomem muito mais oxigênio, com isso a
quantidade de O2 fica muito restrita para os animais. E, os metais pesados, como chumbo (Pb),
magnésio (Mg) e cádmio (Cd), junto com os agrotóxicos e praguicidas são muito tóxicos para o
meio ambiente aquático, e a consequência disso para a natureza é o envenenamento de vários
animais marinhos. Inclusive o de peixes que são consumidos por grande parte da população
humana e de outros seres terrestres, que também irão se envenenar. Já os detergentes são os
que matam as bactérias (as mesmas que digerem a matéria orgânica e outras substancias que
são produzidas pelos oceanos), os detergentes ainda provocam eutrofização (aumento de
nutrientes), pois um de seus componentes é o fosfato. Que gera o desequilíbrio ecológico, por
causar o aumento de microalgas e cianobactérias que formam uma camada que obstrui as trocas
gasosas e a passagem de luz, o que não só impede a fotossíntese, como também causa a morte
de algas e de outros animais. As fábricas também contribuem com essa poluição, pois despejam
água quente direto no oceano, resultando no aumento da temperatura e, consequentemente, na
diminuição da quantidade de O2 dissolvido na água, ocasionando a falta de O2 para os animais.
Portanto, os humanos tem a responsabilidade de estar mudando a ecologia aquática, por não
conter o despejo de seus próprios produtos.
Outro grande poluente é o petróleo, que muitas vezes é derramado de navios. Como
explica a mestre em biodiversidade vegetal, Vanessa Sardinha dos Santos. O petróleo se espalha
na superfície da água e forma uma barreira escura que impede a passagem de luz e as trocas
gasosas, e assim impossibilita a fotossíntese. Ele também pode intoxicar os animais marinhos,
prejudicando o sistema nervoso, causando asfixia e morte pelo aprisionamento do combustível.
Assim, o petróleo causa a morte de seres vivos fotossintetizantes, como as algas, e,
consequentemente, de outros animais que consomem esses organismos. E não apenas por fome,
mas também pelo próprio poluente. Assim como animais terrestres que fazem parte dessa cadeia
alimentar, principalmente aqueles que caçam os peixes e morrem pelo petróleo na superfície.
Esse é um grande problema ambiental causado pelas atividades humanas.
Além dos poluentes dejetados diretamente nos oceanos, é necessário se preocupar com
as mudanças climáticas que também estão impactando os oceanos. Essas mudanças estão
sendo causadas pelo aumento dos gases do efeito estufa, um dos principais culpados é o gás
carbônico que tem de sua quantidade 25% absorvida pelo oceano. E isso está causando
modificações tão rápidas que podem causar extinções em massa, segundo uma pesquisa feita
pela National University of Ireland, Galway. Um dos problemas causados pelo efeito estufa é o
aquecimento global, o mais visível de todos. Decorrente do aquecimento global, há inúmeros
problemas, sendo um dos mais evidentes, os derretimentos das geleiras. Que podem impactar de
diversas formas o meio ambiente, principalmente pelos micróbios e, possivelmente, várias outras
espécies que vivem em lagos no fundo dessas geleiras. Em uma publicação do El Pais, é
explicado que na Antártida existem vários lagos, muitos desses conectados, e neles habitam
esses micróbios. Se o planeta aquecer demais e os blocos de gelo derreterem, esse ambiente vai
ser destruído, e as espécies possivelmente serão extintas. Pois, o gelo é o que impede o
resfriamento das camadas mais profundas de água, dando condições de vida aos animais que ali
habitam. Outro prejuízo que causamos aos oceanos por causa do aquecimento é a diminuição do
O2 na água, que torna difícil dissolver alguns gases nela quando sua temperatura aumenta, e isso
faz com que a água fique parada. Dessa forma, ocorre o estratificamento dela e, em decorrência
disso, o número de nutrientes diminui, e os gases que estão na superfície do oceano não descem,
assim os animais morrem subnutridos ou sem respirar. Desse modo, prejudicamos o habitat
natural de várias espécies e provocamos suas mortes.
Outro problema causado pela mudança climática é a acidificação oceânica, que acontece
quando o CO2 em contato com a água faz com que aconteça a seguinte reação química, H 2O +
CO2 → H2CO3. Porém o ácido carbônico (H2CO3) é fraco, então se dissocia formado HCO3-
(bicarbonato) e H+ (hidrogênio). O hidrogênio se associa com o CO 2 formando HCO3. Mas como o
oceano se mantém em equilíbrio para evitar ainda mais a acidificação, o bicarbonato não se
dissocia (uma vez que se sua separação ocorresse, formaria o ácido carbônico). Entretanto, os
corais que são formados por CaCO3 se dissolvem formando Ca +2 e CO3-2 (que se associa ao H e
forma HCO3-). Porém, conforme a absorção de CO2 no oceano e a consequente formação de
H2CO3 o pH da água diminui e conforme o tempo a concentração de ácido carbônico e
bicarbonato será maior que a quantidade de carbonato. Resultando na diminuição dos corais que
sustentam diretamente 25% das espécies marinhas. Segundo Triona Mcgrath, pesquisadora do
National University of Ireland, hoje há 26% mais acidez oceânica do que na época pré-industrial, e
espera-se mais de 170% no final deste século. Ou seja, se esse processo não for interrompido, a
vida marinha pode ser extinta em razão do rápido processo de acidificação, causado pela poluição
do estilo de vida humano.
Logo, as atividades humanas estão gerando consequências ambientais, as quais
impactam na vida de outros seres vivos. Portanto, é necessário implantar medidas de
regeneração e precaução a essas consequências. Como uma efetiva fiscalização sanitária em
bairros e em indústrias, junto com leis sanitárias para o devido tratamento de esgoto em todos
países. Principalmente em países pobres, que muitas vezes não têm recursos para dar
assistência para a população. Para esses países seria necessário o investimento externo em
tecnologias. Assim, diminuiria a quantidade de poluentes domésticos e industriais despejados nos
oceanos.
Uma medida para diminuir o número de vazamentos de petróleo das embarcações, é a
substituição do combustível. Não seria necessário remodelar as estruturas dos navios. Inclusive,
poderia- se usar várias partes dele. Como a água de lastro (que mantem o equilíbrio da
embarcação quando ela ainda não tem carga). Quando ela estiver entrando nos tanques, passará
por uma turbina que produzirá energia elétrica, por meio de um gerador. Depois, uma parte dessa
água ficará nos tanques (sendo constantemente trocadas), e outra parte será usada para gerar a
combustão nos motores. Mas, primeiro ela irá ser transformada em um gás a base de hidrogênio,
usando uma máquina como a dos inventores brasileiros, Marcos Antonio Kuczkowski, José
Antonio Santin e Lucas Santin Biason (chamada de “sistema de célula de combustível movido a
água, campo magnético e campo gravitacional”).
Biografia:
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changing the ocean's chemistry | Triona McGrath. Data de acesso: 24/03
Jackson, Jeremy. How we wrecked the ocean. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=u0VHC1-DO_8&t. Data de acesso: 24/03
Apostila de Química Objetivo Ensino Médio, Editora CERED. Autor: Antonio Mário Salles
Revista P&S. Publicação: Inventores desenvolvem motor de combustão à água. Editora Banas.
Disponível em: http://www.ps.com.br/noticia/inventores-desenvolvem-motor-de-combustao-a-agua.
Data de acesso: 24/03
Santos, Vanessa Sardinha dos. “Danos causados por vazamento de petróleo nos oceanos”;
Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/danos-causados-
por-vazamentos-petroleo-nos-
oceanos.htm#:~:text=O%20petr%C3%B3leo%20tamb%C3%A9m%20%C3%A9%20capaz,tartarug
as%20marinhas%20s%C3%A3o%20amplamente%20prejudicados. Data de acesso: 18/04