Decreto 79 2015 de Campo Largo PR
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O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO LARGO, ESTADO DO PARANÁ, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES QUE LHE
SÃO CONFERIDAS POR LEI E TENDO EM VISTA O CONTIDO NO CÓDIGO DE OBRAS - LEI MUNICIPAL
1815/2005 - CAPÍTULO V E SEÇÃO IV, E PROPOSIÇÃO DO CONDUMA, PARA REGULAMENTAR A FORMA DE
APRESENTAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PARA A COLETA E TORNA OBRIGATÓRIA A CONSTRUÇÃO DE
ÁREAS RESERVADAS À COLETA DE LIXO, NOS CASOS QUE ESPECIFICA, NO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO,
DECRETA:
I - Lixo reciclável seco: os resíduos compostos de vidro, papel e papelão, metal e plástico;
II - Lixo orgânico: restos de cozinha como cascas de frutas e verduras, restos de alimentos, borra de
café, erva-mate, pó de limpeza caseira, cinza, e outros similares;
III - Rejeitos: os resíduos sanitários como papel higiênico, guardanapos de papel, lenços de papel,
absorventes, tocos de cigarros, e outros similares.
Art. 2º Fica estabelecido que as edificações das diferentes espécies de usos e atividades deverão dispor
de local específico para apresentação do lixo à coleta, devendo situar-se junto ao alinhamento do muro
frontal, em local visível, na parte interna da propriedade, de modo a não obstruir o passeio público e
facilitar o serviço de coleta de resíduos sólidos.
§ 1º Os projetos de construção que forem protocolados após a data da publicação deste Decreto Lei,
exigir-se-á o disposto no "caput" deste artigo.
§ 2º O munícipe terá prazo de 90 (noventa) dias a partir da data da publicação deste Decreto para
adaptar-se à determinação do "caput" deste artigo, devendo neste mesmo prazo retirar as atuais lixeiras
sob pena de seu recolhimento ser realizado pelo órgão municipal competente.
§ 3º A liberação do habite-se das construções que se refere o § 1º deste artigo fica condicionada ao
cumprimento do presente Decreto.
Art. 3º Os depósitos de lixo para fins residenciais deverão ter dimensão adequada à produção da
edificação, cujo cálculo, em metros cúbicos, obedecerá em média a seguinte fórmula única:
_______________
| V= PX (2,20) |
| ------------- |
| 130 |
|_______________|
§ 1º Para fins residenciais, será considerada a população média adotada por unidade residencial,
definida pelo último Censo do IBGE para a região Sul do Brasil.
Art. 4º Para fins comerciais e industriais, o depósito de resíduos deverá ser dimensionado de forma a
atender o volume gerado e disposto à coleta pública municipal, considerando o volume máximo
permitido de 600L/semanal/unidade geradora.
§ 1º Estabelecimentos que gerem acima de 600L/semana são enquadrados como grandes geradores
de resíduos e deverão atender aos critérios estabelecidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Art. 5º Fica estabelecida a obrigatoriedade da construção de área reservada para fins de coleta seletiva
de lixo nos prédios residenciais, comerciais, condomínios fechados e residências transversais ao
alinhamentos predial.
Parágrafo Único - As áreas reservadas e destinadas à coleta seletiva do lixo, de que trata esta lei,
deverão ser protegidas da chuva e divididas, ou conter recipientes específicos com tampa, para depósito
de lixo orgânico, rejeito e lixo reciclável.
Art. 6º Qualquer edificação sejam, habitacionais ou comerciais, com mais de 03 (três) unidades, já
construídas ou com alvará de construção aprovado, deverão cumprir a exigência do art. 3º e/ou 4º desta
lei, no momento em que necessitarem de alvará para qualquer tipo de reforma ou ampliação.
§ 1º Não havendo a possibilidade técnica da construção de área reservada à coleta seletiva de lixo, a
empresa ou proprietário que solicitou o alvará, deverá justificar tecnicamente a impossibilidade, sendo a
justificativa analisada pela equipe técnica das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Urbano e de
Meio Ambiente, que procederão a vistoria e poderão autorizar a dispensa.
§ 2º Poderá ser autorizado pelo Executivo Municipal a colocação dos contentores na calçada pública,
no caso das edificações tombadas pelo patrimônio histórico e daquelas cuja construção deu-se antes da
aprovação deste Decreto referenciados no "caput" deste artigo, desde que não haja possibilidade técnica
de atendimento do disposto nesta Lei, e desde que não obstrua a passagem, deixando livre, no mínimo,
2/3 ou 1,20 metros (o que for maior) da calçada para circulação de pedestres, conforme NBR 9050/04.
§ 3º Quanto da apresentação do projeto das edificações junto ao órgão público municipal, para fins
de análise e emissão do Alvará de Construção, o responsável técnico pela construção de qualquer tipo de
edificação deverá necessariamente apresentar o projeto da lixeira e/ou da área de depósito de resíduos.
Art. 7ºNos logradouros de difícil acesso, a coleta regular domiciliar será tratada em conjunto com a
comunidade para definir o local de apresentação do lixo à coleta, contendo orientação sobre os dias,
frequência e horários das mesmas.
Art. 8º No calçadão da Rua XV de Novembro, a coleta regular deverá seguir as normas e horários
estabelecidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Art. 9º As pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, que infringirem qualquer dispositivo
deste Decreto, seus regulamentos e demais normas dela decorrentes, ficam sujeitas às seguintes sanções,
independente da obrigação de cessar a transgressão, sendo:
II - multa simples;
Art. 10Para imposição da sanção da multa a autoridade ambiental observará a existência das seguintes
infrações:
I - Falta de lixeira;
Art. 11 Para efeito de aplicação das sanções, as infrações são classificadas como leves, graves ou
gravíssimas, de acordo com a quantidade de unidades residenciais e/ou comerciais existentes na
edificação.
Art. 12Os valores das multas serão expressos em moeda corrente nacional, e para cada tipo de infração,
corresponderá:
III - R$ 3.001,00 (três mil e um reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), para as gravíssimas.
§ 1º A atualização monetária das multas dar-se-á com base na variação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo - IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou outro que
venha ser instituído pelo Governo Federal.
§ 3º Será considerado como reincidência a prática da infração cometida pelo mesmo agente infrator,
no mesmo endereço, quando houver decisão administrativa irrecorrível em processo administrativo
anterior, e a nova infração tenha sido cometida no período de três anos.
Art. 13 O autuado terá direito a ampla defesa, em processo administrativo, conforme regulamentações
específicas, num prazo máximo de 30 (trinta) dias a partir do recebimento do auto de infração,
endereçado ao Secretário Municipal do Meio Ambiente.
Art. 14No caso de decisão condenatória, o autuado terá direito a recorrer da decisão, em forma de
processo administrativo, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, contado a partir da ciência da
condenação, encaminhado ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente -
CONDUMA.
Art. 15 Exauridos os recursos administrativos, o infrator terá prazo de 10 (dez) dias para efetuar o
recolhimento do valor da multa, sob pena da inscrição em dívida ativa.
Art. 17 As sanções previstas nesta lei podem ter sua exigibilidade suspensa quando o infrator, por termo
de compromisso aprovado pela autoridade ambiental competente, obrigar-se a adoção imediata de
medidas específicas para alteração da situação da lixeira, com prazo pré estabelecido para a adequação
ao disposto neste Decreto.
Parágrafo Único - Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa pode ter
uma redução de até 60% (sessenta por cento) do valor original.
Art. 18 Na aplicação das normas estabelecidas por esta lei, compete à Secretaria Municipal do Meio
Ambiente: