1990 LOMBH-atual
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SUMÁRIO
PREÂMBULO............................................................................................................................... 4
CAPÍTULO I – DA TRIBUTAÇÃO..................................................................................38
Seção I – Dos Tributos Municipais.......................................................................38
Seção II – Das Limitações ao Poder de Tributar..................................................39
Seção III – Da Participação do Município em Receitas Tributárias Federais e
Estaduais.............................................................................................................. 39
CAPÍTULO II – DO ORÇAMENTO...............................................................................40
PREÂMBULO
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Nós, representantes do povo de Belo Horizonte, investidos pela Constituição da República na
atribuição de elaborar a lei basilar da ordem municipal autônoma e democrática, que, fundada
Parágrafo único - O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar,
observados os princípios constitucionais da República e do Estado.
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Art. 2º - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes
eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Lei Orgânica.
§ 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes eleitos pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislação
federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgânica.
§ 2º - O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei Orgânica,
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular no processo legislativo;
IV - participação na administração pública;
V - ação fiscalizadora sobre a administração pública.
Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da Constituição
do Estado:
I - garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos;
II - assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e da legitimidade
dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
III - preservar os interesses gerais e coletivos;
IV - promover o bem de todos, sem distinção de origem, raça, sexo, cor, credo religioso, idade, ou
quaisquer outras formas de discriminação;
V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a
justiça social e o bem comum;
VI - priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte,
moradia, abastecimento, lazer e assistência social;
VII - preservar a sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua
memória, tradição e peculiaridades;
VIII - valorizar e desenvolver a sua vocação de centro aglutinador e irradiador da cultura brasileira.
Parágrafo único - O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução dos
objetivos fundamentais da República e prioritários do Estado.
Art. 4º - O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e
garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País.
§ 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com
órgão ou entidade municipal, no âmbito administrativo ou judicial.
§ 2º - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente, que, no Município,
é o Prefeito ou aquele a quem ele delegar a atribuição.
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§ 4º - Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, ressalvada
aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à segurança da sociedade e do Município,
nos termos da lei, que fixará também o prazo em que deva ser prestada a informação.
§ 7º - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e
independentemente da função que exerça, violar direito previsto nas Constituições da República e do
Estado e nesta Lei Orgânica.
§ 9º - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato discriminatório, nos limites de sua competência,
dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos estabelecimentos privados que
pratiquem tais atos.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 6º - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.
Parágrafo único - Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes
delegar atribuição e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de outro.
Art. 7º - O Município exerce sua autonomia, especialmente, ao:
I - elaborar e promulgar a Lei Orgânica;
II - legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar as legislações federal e estadual no que
couber;
III - eleger o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores;
IV - organizar o seu governo e administração.
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Art. 9º - O Distrito de Belo Horizonte é a sede do Município e lhe dá o nome.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Art. 11 - Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local.
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XXV - licenciar e fiscalizar, nos locais sujeitos ao seu poder de polícia, a fixação de cartazes,
anúncios e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;
XXVI - regulamentar e fiscalizar, na área de sua competência, os espetáculos e os divertimentos
públicos;
XXVII - estabelecer e impor penalidades por infrações a suas leis e regulamentos.
CAPÍTULO III
DO DOMÍNIO PÚBLICO
Art. 14 - Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a
qualquer título, pertençam ao Município.
CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas, para efeito de
controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso.
Art. 20 - Funcionará junto a cada sistema administrativo uma instância, com atribuições de:
I - participar da elaboração de política de ação do Poder Público para o setor;
II - participar da elaboração de planos e programas para o setor e do levantamento de seus custos;
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual;
IV - acompanhar e fiscalizar a execução de plano e programas setoriais;
V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados ao setor;
VI - manifestar-se sobre proposta de alteração na legislação pertinente à atividade do setor.
Parágrafo único - As diretrizes, metas e prioridades da administração municipal serão definidas, para
cada Administração Regional, nas leis de que trata o art. 125.
Art. 22 - Funcionará junto a cada Administração Regional uma instância, com atribuições de:
I - relacionar as carências e reivindicações regionais, nas áreas, entre outras, de saúde, educação,
habitação, transporte, saneamento básico, meio ambiente, urbanização, cultura, esporte e lazer e nas
relativas à criança, ao adolescente e à pessoa com deficiência, e hierarquizar as prioridades;
Inciso I com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 3º)
II - participar da elaboração de planos de obras prioritárias para a região e do levantamento de seus
custos;
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual;
IV - acompanhar e fiscalizar as ações regionais do Poder Público;
V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados à região;
VI - elaborar proposta de solução para problema da região.
Art. 24 - O Poder Público garantirá a participação da sociedade civil na elaboração do plano diretor,
do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual.
Art. 26 - Para o procedimento de licitação, obrigatório para contratação de obra, serviço, compra,
alienação e concessão, o Município observará as normas gerais expedidas pela União.
Parágrafo único revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 2º)
Art. 28 - A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de órgão público, por
qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter informativo, educativo ou de orientação
social, e dela não constarão nome, cor ou imagem que caracterizem a promoção pessoal de
autoridade, servidor público ou partido político.
§ 1º - É vedado ao Município subvencionar ou auxiliar, com recursos públicos e por qualquer meio de
comunicação, propaganda político-partidária ou com finalidade estranha à administração pública.
Art. 29 - A lei definirá os atos decisórios de relevância que deverão ser publicados para produzir
efeitos.
Art. 30 - Para registro dos atos e fatos administrativos, o Município terá livros, fichas ou outro sistema,
convenientemente autenticados, que forem necessários aos seus serviços.
Parágrafo único - O Município terá um livro especial para o registro de suas leis.
Art. 31 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara
quanto àqueles utilizados em seus serviços.
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Art. 32 – A aquisição de bem imóvel, por meio de compra, permuta ou doação com encargo, depende
de autorização legislativa e, nos dois primeiros casos, também de prévia avaliação.
Art. 32 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 3º)
Art. 33 - A alienação de bem imóvel público edificado depende de avaliação prévia, licitação e
autorização legislativa.
Art. 34 - A alienação de bem imóvel público não edificado depende de interesse público, avaliação
prévia, autorização legislativa e licitação, observadas, quanto a esta, as exceções previstas em lei.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º)
§ 1º - São inalienáveis os bens imóveis públicos, edificados ou não, utilizados pela população em
atividades de lazer, esporte e cultura, os quais somente poderão ser utilizados para outros fins se o
interesse público o justificar e mediante autorização legislativa.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º)
.
§ 2º - A autorização legislativa mencionada neste artigo e no art. 33 é sempre prévia e depende do
voto da maioria dos membros da Câmara.
Parágrafo único - O título de domínio e o de concessão do direito real de uso serão conferidos ao
homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições
previstos em lei.
Art. 36 - Os bens imóveis públicos de interesse histórico, artístico ou cultural somente podem ser
utilizados por terceiros para finalidades culturais.
Art. 37 - A alienação de bem móvel é feita mediante procedimento licitatório e depende de avaliação
prévia.
§ 1º - Para os fins do artigo, o órgão competente expedirá laudo técnico que comprove a
obsolescência ou exaustão, em razão de uso, do bem.
Art. 38 - O uso especial de bem patrimonial do Município por terceiro será objeto, na forma da lei, de:
I - concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título de direito real
resolúvel;
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II - permissão;
III - cessão;
IV - autorização.
§ 1º - O uso especial de bem patrimonial por terceiro será sempre a título precário, condicionado ao
atendimento de condições previamente estabelecidas e submetido à aprovação de comissão a ser
criada pelo Executivo.
Parágrafo único renumerado como § 1º e com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 4,
de 21/12/1993 (Art. 1º)
§ 2º - O uso especial de bem patrimonial será remunerado e dependerá de licitação quando destinado
a finalidade econômica.
§ 2º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 2º)
§ 3º - O uso especial de bem patrimonial poderá ser gratuito quando se destinar a outras entidades
de direito público, entidades assistenciais, religiosas, educacionais, esportivas, desde que verificado
relevante interesse público.
§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 2º)
Art. 40 - É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou abrir vias públicas em praças,
parques, reservas ecológicas e espaços tombados do Município, ressalvadas as construções
estritamente necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas.
CAPÍTULO V
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
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II - nas sociedades de economia mista, nas empresas públicas e nas demais entidades de direito
privado sob o controle direto ou indireto do Município, por empregado público, ocupante de emprego
público ou função de confiança.
Art. 45 - Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei.
§ 2º - O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual
período.
§ 5º - Ao servidor público municipal são garantidos, nos concursos públicos, cinco por cento da
pontuação total dos títulos, por ano de serviço prestado, mediante subordinação, à administração
pública do Município, até o máximo de trinta por cento.
Art. 46 - A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
§ 2º - É vedado o desvio de função de pessoa contratada na forma autorizada no artigo, bem como
sua recontratação, sob pena de nulidade do contrato e responsabilização administrativa e civil da
autoridade contratante.
Art. 47 - Serão exercidos por servidores ou empregados públicos municipais os cargos em comissão
e as funções de confiança da administração direta, inferiores, no Poder Executivo, ao terceiro nível
hierárquico da estrutura organizacional e, no Poder Legislativo, ao primeiro nível.
Art. 49 - A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único, far-se-á sempre no
mês que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação mensal de seu poder aquisitivo, desde
que respeitados os limites a que se refere a Constituição da República.
§ 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos, a qual não poderá exceder a percebida, em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito.
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§ 2º - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não podem ser superiores aos percebidos no
Poder Executivo.
§ 4º - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados, para o fim de concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
Art. 49-A - Fica proibida a nomeação ou a designação para cargos ou empregos de direção, chefia e
assessoramento, na administração direta e indireta do Município, de pessoa declarada inelegível em
razão de condenação pela prática de ato ilícito, nos termos da legislação federal.
§ 1º - Incorrem na mesma proibição de que trata este artigo os detentores de mandato eletivo
declarados inelegíveis por renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou
petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição
Federal, da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Município ou do Distrito Federal.
Art. 49-B - Não poderão prestar serviço a órgãos e entidades do Município os trabalhadores das
empresas contratadas declarados inelegíveis em resultado de decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão colegiado relativa a, pelo menos, uma das seguintes situações:
I - representação contra sua pessoa julgada procedente pela Justiça Eleitoral em processo de abuso
do poder econômico ou político;
II - condenação por crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública ou o
patrimônio público.
Parágrafo único - Ficam as empresas a que se refere o caput deste artigo obrigadas a apresentar ao
contratante, antes do início da execução do contrato, declaração de que os trabalhadores que
prestarão serviço ao Município não incorrem nas proibições de que trata este artigo.
Art. 49-B acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 23, de 14/09/2011 (Art. 2º)
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Parágrafo único - A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas.
Art. 52 - A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas com deficiência e
para ex-presidiários recém-colocados em liberdade e definirá os critérios de sua admissão.
Art. 52 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 4º)
Art. 53 - Os atos de improbidade administrativa importam suspensão dos direitos políticos, perda de
função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e na gradação
estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 54 - É vedado ao servidor público desempenhar atividades que não sejam próprias do cargo de
que for titular, exceto quando ocupar cargo em comissão ou desempenhar função de confiança.
Art. 55 - Os servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações públicas
sujeitar-se-ão a regime jurídico único e a planos de carreira a serem instituídos pelo Município.
§ 2º - Ao servidor público que, por acidente ou doença, se tornar inapto para exercer as atribuições
específicas de seu cargo, serão assegurados os direitos e vantagens a ele inerentes, até seu
definitivo aproveitamento em outro cargo, de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, ou até
a aposentadoria.
Art. 56 - O Município assegurará ao servidor os direitos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, IX,
XII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição da República e os que, nos termos da
lei, visem à melhoria de sua condição social e à produtividade no serviço público, especialmente:
I - duração do trabalho normal não-superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada nos termos em que dispuser a lei;
II - adicionais por tempo de serviço;
III - férias-prêmio, com duração de 6 (seis) meses, adquiridas a cada período de 10 (dez) anos de
efetivo exercício na administração pública, admitida a sua conversão em espécie, a título de
indenização, por opção do servidor, ou, para efeito de aposentadoria, a contagem em dobro das não-
gozadas;
Inciso III com a redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10, de 27/12/1995 (Art. 1º)
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Inciso III revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 1º)
Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (ADI nº 1.0000.07.467.202-3/000)
IV - assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes;
V - atendimento gratuito, em creche e pré-escola, aos filhos e dependentes, desde o nascimento até
seis anos de idade;
VI - licença a gestante, com duração de cento e vinte dias e, nos termos da lei, a adotante, sem
prejuízo da remuneração;
VII - auxílio-transporte;
VIII - progressão horizontal e vertical.
§ 2º - Para os fins do inciso II, é assegurado o cômputo integral do tempo de serviço público.
§ 4º - O servidor público, incluído o das autarquias e fundações, detentor de título declaratório que lhe
assegure direito à continuidade de percepção da remuneração de cargo de provimento em comissão,
tem direito aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens inerentes ao cargo em
relação ao qual tenha ocorrido o apostilamento, ainda que decorrentes de transformação ou
reclassificação posteriores.
Art. 57 - A lei assegurará ao servidor público da administração direta isonomia de vencimentos para
cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos poderes
Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou
ao local de trabalho.
Art. 58 - É livre a associação profissional ou sindical dos servidores públicos, nos termos da
Constituição da República.
Art. 59 - É garantido ao servidor público o direito de greve, a ser exercido nos termos e limites
definidos em lei complementar federal.
Art. 60 - É estável, após dois anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado em virtude de
concurso público.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor público estável, será ele reintegrado no
cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as vantagens, sendo o eventual ocupante
da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade.
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Art. 61 - A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos municipais, na forma
da lei.
Art. 62 - O Município manterá plano de previdência e assistência sociais para o agente político e o
servidor público submetido a regime próprio e para a sua família.
§ 1º - O plano de previdência e assistência sociais visa a dar cobertura aos riscos a que estão
sujeitos os beneficiários mencionados no artigo e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, falecimento e reclusão;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III - assistência à saúde;
IV - ajuda à manutenção dos dependentes dos beneficiários.
§ 4º - Os benefícios do plano serão concedidos nos termos e nas condições estabelecidos em lei e
compreendem:
I - quanto ao servidor público e agente político:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família diferenciado;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença-maternidade, licença-paternidade e licença-adoção;
f) licença por acidente em serviço;
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
c) auxílio-funeral;
d) pecúlio.
§ 5º - Nos casos previstos nas alíneas “d”, “e” e “f” do inciso I do parágrafo anterior, o servidor
perceberá remuneração integral, como se em exercício estivesse.
§6º declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (ADI Nº 1477918-
64.2000.8.13.10000)
§ 7º - O Poder, o órgão ou a entidade a que se vincule o servidor público ou o agente político terá,
após os descontos, o prazo de dez dias para recolher as respectivas contribuições sociais, sob pena
de responsabilização do seu preposto e pagamento dos acréscimos definidos em lei.
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b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e aos vinte e cinco, se
professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de exercício, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos
proporcionais a esse tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
§ 1º - As exceções ao disposto no inciso III, alíneas “a” e “c”, no caso de exercício de atividades
consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em legislação federal.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 30/06/1992 (Art. 1º)
§ 7º - A pensão de que trata o parágrafo anterior será devida ao cônjuge ou companheiro e aos
demais dependentes, na forma da lei.
§ 10 - Nenhum benefício ou serviço da previdência social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.
Art. 64 - O servidor público que retornar à atividade após a cessação dos motivos que causaram sua
aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de promoção, à contagem do
tempo relativo ao período de afastamento.
§ 1º - Os cargos de direção da entidade serão ocupados por servidores municipais de carreira dela
contribuintes, ativos e aposentados, observada a habilitação profissional exigida quando se tratar de
diretoria técnica.
§ 2º - Um terço dos cargos de direção da entidade será provido por servidor efetivo, eleito pelos
filiados ativos e aposentados, para mandato de dois anos, vedada a recondução consecutiva.
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§ 3º - Homologado o resultado da eleição, o Prefeito, nos vinte dias subseqüentes, nomeará o eleito e
lhe dará posse.
§ 4º - Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, no prazo do parágrafo anterior, ficará o eleito
investido no respectivo cargo.
CAPÍTULO VI
DOS SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICAS
Parágrafo único - O Poder Público dará prioridade às obras em andamento, não podendo iniciar
novos projetos com objetivos idênticos sem que seja concluído o projeto em execução.
§ 2º - A retomada será feita sem indenização nos casos previstos nos incisos I e II do parágrafo
anterior, bem como, salvo disposição em contrário do contrato, ao término deste.
§ 3º - A permissão de serviço público, sempre a título precário, dar-se-á por decreto, após edital de
chamamento de interessados para a escolha do melhor pretendente, procedendo-se à licitação com
estrita observância das normas gerais da União e da legislação municipal pertinente.
Parágrafo único - Na fixação das tarifas dos serviços públicos, ter-se-á em vista a justa remuneração.
§ 1º - A obra pública poderá ser executada diretamente por órgão ou entidade da administração
pública e, indiretamente, por terceiros, mediante licitação.
§ 3º - A Câmara manifestar-se-á sobre a execução de obra pública pela União ou pelo Estado, no
território do Município, observada a legislação específica.
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 70 - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de representantes do povo
eleitos em pleito direto, pelo sistema proporcional, para mandato de quatro anos.
Seção II
Da Câmara Municipal
Art. 72 - No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato dos Vereadores,
a Câmara reunir-se-á no dia primeiro de janeiro para dar posse aos Vereadores, ao Prefeito e ao
Vice-Prefeito e eleger a sua Mesa Diretora para mandato de dois anos, vedada a recondução para o
mesmo cargo na eleição subsequente.
Parágrafo único - A eleição da Mesa se dará por chapa, completa ou não, inscrita até a hora de
eleição por qualquer Vereador.
Parágrafo único - Na sessão extraordinária, a Câmara somente delibera sobre a matéria objeto da
convocação.
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Art. 74 - A Câmara e suas comissões funcionam com a presença, no mínimo, da maioria de seus
membros, e as deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos
previstos nesta Lei Orgânica.
Art. 75 - As reuniões da Câmara são públicas, e somente nos casos previstos nesta Lei o voto é
secreto.
Parágrafo único - É assegurado o uso da palavra por representantes populares na tribuna da Câmara
durante as reuniões, na forma e nos casos definidos pelo Regimento Interno.
§ 1º - O convocado, três dias úteis antes de seu comparecimento, enviará à Câmara exposição
referente às informações solicitadas.
§ 3º - O Secretário pode comparecer à Câmara ou a qualquer de suas comissões, por sua iniciativa e
após entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevância de sua Secretaria.
Seção III
Dos Vereadores
Art. 77 - O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos proferidos no exercício do
mandato e na circunscrição do Município.
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o
abuso de prerrogativa assegurada ao Vereador.
§ 2º - Nos casos dos incisos I, II, III e VIII, a perda de mandato será decidida pela Câmara por voto
nominal e maioria de seus membros, mediante provocação da Mesa ou de partido político
devidamente registrado.
§ 2º com redação dada pele Emenda à Lei Orgânica nº 25, de 9/7/2012 (Art. 1º)
§ 3º - Nos casos dos incisos IV, V e VII, a perda será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou
por provocação de qualquer de seus membros ou de partido político devidamente registrado.
§ 4º - No caso do inciso VI, a perda será decidida, se culposo o crime, na forma do § 2º, e declarada,
se doloso o crime, nos termos do § 3º.
§ 5º - O Regimento Interno disporá sobre o processo de julgamento, observado o disposto no art. 4º,
§ 3º, e, no que couber, no art. 110 e parágrafos.
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§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em cargo mencionado no artigo
ou de licença superior a sessenta dias.
§ 2º - Se ocorrer vaga e não houver suplente, far-se-á eleição para preenchê-la, se faltarem mais de
quinze meses para o término do mandato.
§ 4º - Na hipótese dos incisos III e V do caput deste artigo, é indispensável a comprovação médica
por profissional da Câmara ou comprovação documental, sob pena de responsabilização.
§ 4º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 32, de 26/8/2020 (Art. 1º)
§ 6º - Será concedida licença às vereadoras e aos vereadores que adotarem ou obtiverem guarda
judicial para fins de adoção, nos termos e nos prazos estabelecidos na legislação específica.
§ 6º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 32, de 26/8/2020 (Art. 1º)
Art. 81 - A remuneração do vereador será fixada pela Câmara, em cada legislatura, para ter vigência
na subseqüente, por voto da maioria de seus membros, observados os limites constitucionais, vedado
o pagamento de jetons por comparecimento a sessão extraordinária.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 8/3/1995 (Art. 3º)
Parágrafo único - Na hipótese de a Câmara deixar de exercer a competência de que trata o artigo,
ficarão mantidos, na legislatura subseqüente, os valores de remuneração vigentes em dezembro do
último exercício da legislatura anterior, admitida apenas a atualização dos mesmos.
Seção IV
Das Comissões
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VIII - acompanhar a implantação dos planos e programas de que trata o inciso anterior e exercer a
fiscalização dos recursos municipais neles investidos.
Seção V
Das Atribuições da Câmara Municipal
Art. 83 - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida para o estabelecido no art.
84, dispor sobre todas as matérias de competência do Município, especificamente:
I - plano diretor;
II - plano plurianual;
III - diretrizes orçamentárias;
IV - orçamento anual;
V - sistema tributário municipal, arrecadação e distribuição de rendas;
VI - dívida pública, abertura e operação de crédito;
VII - delegação de serviços públicos;
VIII - criação, transformação e extinção de cargo, emprego e função públicos na administração direta,
autárquica e fundacional, e fixação de remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei
de diretrizes orçamentárias;
IX - fixação do quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais
entidades sob controle direto ou indireto do Município;
X - servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, seu regime jurídico único,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
XI - criação, organização e definição de atribuições de órgãos e entidades da administração pública;
XII - divisão regional da administração pública;
XIII - divisão territorial do Município;
XIV - bens do domínio público;
XV - isenção, remissão e anistia;
XVI - transferência temporária da sede do Governo Municipal;
XVII - matéria decorrente da competência comum de que trata o art. 13.
§ 1º - Compete também à Câmara manifestar-se, por maioria de seus membros, a favor de proposta
de emenda à Constituição do Estado.
Parágrafo único - São também objeto de deliberação da Câmara, além de outras proposições
previstas no Regimento Interno:
I - a autorização;
II - a indicação;
III - o requerimento;
IV - a representação.
§ 2º - A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou estado de defesa,
nem quando o Município estiver sob intervenção do Estado.
§ 3º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
considerada aprovada se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos membros da Câmara.
§ 5º - A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de
ordem.
§ 6º - O referendo à emenda será realizado, se requerido antes da data da promulgação, por dois
terços dos membros da Câmara, ou por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.
§ 7º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
representada na mesma sessão legislativa.
Art. 87 - A iniciativa de lei cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara, ao Prefeito e aos
cidadãos, na forma e nos casos definidos nesta Lei Orgânica.
§ 1º - São matéria de lei, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica, que dependem de voto
favorável:
I - de dois terços dos membros da Câmara:
a) o plano diretor;
b) o parcelamento, a ocupação e o uso do solo;
c) o código tributário;
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Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (ADI nº 1.0000.07.467.202-3/000)
e) a organização da Defensoria do Povo e da Guarda Municipal;
f) a organização administrativa;
g) a criação de cargos, funções e empregos públicos.
§ 2º - Será dada ampla divulgação aos projetos de Lei Orgânica, estatuto e código previstos no
parágrafo anterior ou em outros dispositivos desta Lei, facultado a qualquer cidadão, no prazo de
quinze dias da data de sua publicação, apresentar sugestão sobre qualquer um deles ao Presidente
da Câmara, que a encaminhará à comissão respectiva, para apreciação.
Art. 88 - São matéria de iniciativa privativa, além de outras previstas nesta Lei Orgânica:
I - da Mesa da Câmara:
a) o regulamento geral, que disporá sobre a organização da Secretaria da Câmara, seu
funcionamento, sua polícia, criação, transformação ou extinção de cargo, emprego e função, regime
jurídico de seus servidores e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e o disposto nos arts. 49, §§ 1º e 2º, e 57;
b) a autorização para o Prefeito ausentar-se do Município;
c) a mudança temporária da sede da Câmara;
II - do Prefeito:
a) a criação de cargo e função públicos da administração direta, autárquica e fundacional e a fixação
da respectiva remuneração, observados os parâmetros da lei de diretrizes orçamentárias;
b) o regime jurídico único dos servidores públicos dos órgãos da administração direta, autárquica e
fundacional, incluído o provimento de cargo, estabilidade e aposentadoria;
c) o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades
sob controle direto ou indireto do Município;
d) a criação, organização e definição de atribuições de órgãos e entidades da administração pública,
exceto as da Defensoria do Povo;
e) os planos plurianuais;
f) as diretrizes orçamentárias;
g) os orçamentos anuais;
h) a concessão de isenção, benefício ou incentivo fiscal;
i) a divisão regional da administração pública.
Art. 89 - Salvos nas hipóteses previstas no artigo anterior, a iniciativa popular em matéria de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairros pode ser exercida pela apresentação à Câmara de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município, em lista
organizada por entidade associativa legalmente constituída, que se responsabilizará pela idoneidade
das assinaturas.
Art. 91 - O Prefeito pode solicitar urgência para apreciação de projeto de sua iniciativa, salvo o de Lei
Orgânica, estatutária ou equivalente a código, ou que dependa de “quorum” especial para aprovação.
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§ 1º - Se a Câmara não se manifestar sobre o projeto em até quarenta e cinco dias, será ele incluído
na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a
votação.
Art. 92 - A proposição de lei, resultante de projeto aprovado pela Câmara, será enviada ao Prefeito,
que, no prazo de quinze dias úteis, contados da data de seu recebimento:
I - se aquiescer, a sancionará; ou
II - se a considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrária ao interesse público, a vetará,
total ou parcialmente.
§ 3º - O Prefeito publicará o veto e, dentro de quarenta e oito horas, comunicará seus motivos ao
Presidente da Câmara.
§ 5º - A Câmara, dentro de trinta dias, contados do recebimento da comunicação do veto, sobre ele
decidirá, em votação nominal, e sua rejeição só ocorrerá pelo voto:
I - de três quintos de seus membros, quando a matéria objeto da proposição de lei depender de
aprovação por dois terços;
II - da maioria de seus membros, quando a matéria depender de aprovação por quórum idêntico ou
inferior.”
§ 5º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 25, de 9/7/2012 (Art. 2º)
§ 6º - Se o veto não for mantido, será a proposição de lei enviada ao Prefeito para promulgação.
§ 7º - Esgotado o prazo estabelecido no § 5º, sem deliberação, o veto será incluído na ordem do dia
da reunião imediata, sobrestadas as demais proposições, até votação final, ressalvada a matéria de
que trata o § 1º do art. 91.
§ 8º - Se, nos casos dos §§ 1º e 6º, a lei não for promulgada pelo Prefeito dentro de quarenta e oito
horas, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-
Presidente fazê-lo.
Art. 93 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto na mesma sessão legislativa mediante proposta da maioria dos membros da Câmara ou de
pelo menos cinco por cento do eleitorado.
Art. 94 - A requerimento de vereador, aprovado pelo Plenário, os projetos de lei, decorridos sessenta
dias de seu recebimento, serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer.
Parágrafo único - O projeto somente pode ser retirado da ordem do dia a requerimento do autor,
aprovado pelo Plenário.
Seção VII
Da Fiscalização e dos Controles
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Subseção I
Disposições Gerais
§ 1º - O controle externo, a cargo da Câmara, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do
Estado.
Art. 96 - Qualquer cidadão, partido político, associação legalmente constituída ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade de ato de agente público.
Parágrafo único - A denúncia poderá ser feita, em qualquer caso, à Câmara e à Defensoria do Povo,
ou, sobre o assunto da respectiva competência, ao Ministério Público ou ao Tribunal de Contas.
Art. 97 - As contas do Prefeito, referentes à gestão financeira do ano anterior, serão julgadas pela
Câmara mediante parecer prévio do Tribunal de Contas, nos termos da Constituição do Estado, o
qual somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara.
§ 1º - Para efeito de exame e apreciação, as contas do Município ficarão, durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer cidadão, que poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos
da lei.
Art. 98 - Anualmente, dentro de sessenta dias do início da sessão legislativa, a Câmara receberá, em
reunião especial, o Prefeito, que informará, por meio de relatório, o estado em que se encontram os
assuntos municipais.
Parágrafo único - Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assunto de interesse público,
a Câmara o receberá em reunião previamente designada.
Art. 99 - A Câmara, após aprovação da maioria de seus membros, convocará plebiscito para que o
eleitorado do Município se manifeste sobre ato político do Poder Executivo ou do Poder Legislativo,
desde que requerida a convocação por vereador, pelo Prefeito ou, no mínimo, por cinco por cento do
eleitorado do Município.
Subseção II
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Da Defensoria do Povo
Art. 100 - A Defensoria do Povo é órgão público dotado de autonomia administrativa e financeira e
com funções de controle da administração pública, e suas atribuições, organização e funcionamento
serão definidos em lei, aprovada pela maioria dos membros da Câmara.
§ 1º - A Defensoria é dirigida pelo Defensor do Povo, com mais de trinta anos de idade, notável
experiência, reputação ilibada e reconhecido senso de justiça, eleito por dois terços dos membros da
Câmara, para mandato, não-renovável, de quatro anos, e nomeado pelo Presidente desta.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 102 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos Secretários
Municipais.
Art. 103 - A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, se realizará até
noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores, mediante pleito direto e simultâneo
realizado em todo o País, e a posse ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente,
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 da Constituição da República.
Parágrafo único - Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto
no art. 51, I, II e III.
Art. 104 - A eleição do Prefeito importará, para mandato correspondente, a do Vice-Prefeito com ele
registrado.
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Orgânica do Município, observar as leis, promover o bem geral do povo belo-horizontino e exercer o
meu cargo sob a inspiração do interesse público, da lealdade e da honra”.
§ 3º - O Vice-Prefeito auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões especiais.
§ 2º - Ocorrendo a vacância nos últimos quinze meses do mandato governamental, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Câmara, na forma de lei, aprovada
pela maioria dos membros desta.
Art. 106 - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo
motivo de força maior, reconhecido pela Câmara, não tiver assumido o cargo, este será declarado
vago.
Seção II
Das Atribuições do Prefeito Municipal
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XI - prestar, anualmente, dentro de sessenta dias da abertura da sessão legislativa ordinária, as
contas referentes ao exercício anterior;
XII - extinguir cargo desnecessário, desde que vago ou ocupado por servidor público não-estável, na
forma da lei;
XIII - celebrar convênios, ajustes e contratos de interesse municipal;
XIV - contrair empréstimo, externo ou interno, e fazer operação ou acordo externo de qualquer
natureza, mediante prévia autorização da Câmara, observado os parâmetros de endividamento
regulados em lei, dentro dos princípios da Constituição da República;
XV - convocar extraordinariamente a Câmara, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
XVI - fixar, mediante decreto, o preço dos bens e serviços;
XVII - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica.
Art. 108-A - O Prefeito apresentará, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias, a contar de sua posse, o
programa de metas de sua gestão, que conterá as prioridades, as ações estratégicas, as metas
quantitativas e qualitativas e os indicadores de desempenho por órgão e programa de governo,
observando-se as diretrizes de sua campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as ações
estratégicas e as demais normas do plano diretor do Município de Belo Horizonte.
§ 2º - O Poder Executivo promoverá, nos 30 (trinta) dias seguintes ao término do prazo de que trata o
caput deste artigo, audiências públicas com a finalidade de debater sobre o programa de metas.
§ 6º - Ao final de cada ano, o Prefeito divulgará o relatório da execução do programa de metas, o qual
será disponibilizado integralmente nos meios de comunicação previstos no § 1º deste artigo.
Art. 108-A acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 24, de 13/4/2012 (Art. 1º)
Seção III
Do Processo e Julgamento do Prefeito Municipal
Art. 109 - São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos em lei federal especial, que
estabelece as normas de processo de julgamento.
Parágrafo único - Nos crimes de responsabilidade, e nos comuns, o Prefeito será submetido a
processo e julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado.
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Art. 110 - São infrações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara, além
de outras previstas nesta Lei Orgânica:
I - impedir o funcionamento regular da Câmara;
II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos
arquivos da administração pública, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por
comissão de investigação da Câmara, pelo Defensor do Povo ou por auditoria regularmente instituída;
III - desatender, sem motivo justo, os pedidos de informação da Câmara, quando feitos a tempo e em
forma regular;
IV - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e os atos sujeitos a essa formalidade;
V - deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em forma regular, a proposta orçamentária;
VI - descumprir o orçamento aprovado para exercício financeiro;
VII - praticar ato administrativo contra expressa disposição de lei ou omitir-se na prática daquele por
ela exigido;
VIII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos
à sua administração;
IX - ausentar-se do Município por tempo superior ao permitido nesta Lei Orgânica, ou afastar-se do
exercício do cargo, sem autorização da Câmara;
X - deixar de remeter à Câmara, até o dia vinte de cada mês, um duodécimo da dotação orçamentária
destinada ao Poder Legislativo, salvo se por motivo justo, fundamentado ao Presidente da Câmara
em tempo hábil;
XI - deixar de declarar seus bens, nos termos do art. 215, parágrafo único;
XII - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
§ 1º - A denúncia, escrita e assinada, poderá ser feita por qualquer cidadão, com a exposição dos
fatos e a indicação das provas.
§ 3º - Será convocado o suplente do vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a
comissão processante.
§ 5º - A comissão, no prazo de dez dias, emitirá parecer, que será submetido ao Plenário, opinando
pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, podendo proceder às diligências que julgar
necessárias.
§ 6º - Aprovado o parecer favorável ao prosseguimento do processo, por dois terços dos membros da
Câmara, o Presidente determinará, desde logo, a abertura da instrução, citando o denunciado, com a
remessa de cópia da denúncia, dos documentos que a instruem e do parecer da comissão,
informando-lhe o prazo de vinte dias para o oferecimento da contestação e a indicação dos meios de
prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado.
§ 7º - Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, com ou sem contestação, a comissão
processante determinará as diligências requeridas, ou as que julgar convenientes, e realizará as
audiências necessárias para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes,
podendo ouvir o denunciante e o denunciado, que poderão assistir pessoalmente, ou por seu
procurador, a todas as reuniões e diligências da comissão, interrogando e contraditando as
testemunhas e requerendo a sua reinquirição ou acareação.
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§ 8º - Após as diligências, a comissão proferirá, no prazo de dez dias, parecer final sobre a
procedência ou improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de
reunião para julgamento, que se realizará após a distribuição do parecer.
§ 11 - Considerar-se-á afastado definitivamente do cargo e inabilitado, por oito anos, para o exercício
de função pública, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, o denunciado que for declarado,
pelo voto de dois terços dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas
na denúncia.
§ 13 - O processo deverá estar concluído dentro de noventa dias, contados da citação do acusado, e,
transcorrido o prazo sem julgamento, será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que
sobre os mesmos fatos.
Seção IV
Dos Secretários Municipais
Art. 112 - O Secretário Municipal será escolhido dentre brasileiros, maiores de vinte e um anos de
idade e no exercício dos direitos políticos, e está sujeito, desde a posse, aos mesmos impedimentos
do Vereador.
Parágrafo único - Além de outras atribuições conferidas em lei, compete ao Secretário Municipal:
I - orientar, coordenar e supervisionar as atividades dos órgãos de sua Secretaria e das entidades da
administração indireta a ela vinculadas;
II - referendar ato e decreto do Prefeito;
III - expedir instruções para a execução de lei, decreto e regulamento;
IV - apresentar ao Prefeito relatório anual de sua gestão;
V - comparecer à Câmara, nos casos e para os fins previstos nesta Lei Orgânica;
VI - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito.
Art. 113 - O Secretário é processado e julgado perante a Câmara, nas infrações político-
administrativas, observado, no que couber, o disposto nos arts. 110 e 111.
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Seção V
Da Procuradoria do Município
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 138 - A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a
justiça sociais.
Parágrafo único - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, na
forma da Constituição da República e desta Lei Orgânica.
Art. 139 - O Poder Público, agente normativo e regulador da atividade econômica, exercerá, no
âmbito de sua competência, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, atuando:
I - na eliminação do abuso do poder econômico;
II - na defesa, promoção e divulgação dos direitos do consumidor;
III - na fiscalização da qualidade dos bens e dos serviços produzidos e comercializados em seu
território;
IV - no apoio à organização da atividade econômica em cooperativas e no estímulo ao associativismo;
V - na democratização da atividade econômica.
VI - na proteção dos trabalhadores em face da automação.
Inciso VI acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica n° 16, de 15/06/2000 (Art. 1º)
Art. 140 - A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem
atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto
às obrigações trabalhistas e tributárias.
Parágrafo único - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não-extensivos às do setor privado.
CAPÍTULO II
DA SAÚDE
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Art. 141 - A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurado mediante políticas
econômicas, sociais, ambientais e outras que visem à prevenção e à eliminação do risco de doenças
e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação, sem qualquer discriminação.
Art. 142 - As ações e serviços de saúde são de relevância pública, e cabem ao Poder Público sua
regulamentação, fiscalização e controle, na forma da lei.
Art. 143 - As ações e serviços públicos de saúde integram o Sistema Único de Saúde, que se
organiza, no Município, de acordo com as seguintes diretrizes:
I - comando político-administrativo único das ações pelo órgão central do sistema, articulado com as
esferas estadual e federal, formando uma rede regionalizada e hierarquizada;
II - participação da sociedade civil;
III - integralidade da atenção à saúde, entendida como o conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços preventivos, curativos e de recuperação individuais e coletivos, exigidos para cada caso e
em todos os níveis de complexidade do sistema, adequado às realidades epidemiológicas;
IV - integração, em nível executivo, das ações originárias do Sistema Único com as demais ações
setoriais do Município;
V - proibição de cobrança do usuário pela prestação de serviços públicos e contratados de
assistência à saúde, salvo na hipótese de opção por acomodações diferenciadas;
VI - distritalização dos recursos, dos serviços e das ações, segundo critérios de contingente
populacional e de demanda;
VII - desenvolvimento dos recursos humanos e científico-tecnológicos do sistema, adequados às
necessidades da população;
VIII - formulação e implantação de ações em saúde mental, obedecendo ao seguinte:
a) respeito aos direitos e garantias fundamentais do doente mental, inclusive quando internado;
b) estabelecimento de política que priorize e amplie atividades e serviços preventivos e extra-
hospitalares.
Parágrafo único - Na distribuição dos recursos, serviços e ações a que se refere o inciso I, serão
observados o disposto nos planos diretor e plurianual e na lei de diretrizes orçamentárias e o princípio
da hierarquização, compreendidos, para tal fim, os seguintes equipamentos:
I - unidades locais de saúde;
II - policlínicas;
III - hospitais gerais;
IV - hospitais de nível terciário;
V - hospitais especializados.
Art. 144 - Compete ao Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde, além de outras atribuições
previstas na legislação federal:
I - a elaboração e a atualização periódica do plano municipal de saúde, em consonância com os
planos estadual e federal e com a realidade epidemiológica;
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II - a direção, a gestão, o controle e a avaliação das ações de saúde ao nível municipal;
III - a administração do fundo municipal de saúde e a elaboração de proposta orçamentária;
IV - a fiscalização da produção ou da extração, do armazenamento, do transporte e da distribuição de
substâncias, produtos, máquinas e equipamentos que possam apresentar riscos à saúde da
população;
V - o planejamento, a execução e a fiscalização das ações de vigilância epidemiológica e sanitária,
incluindo os relativos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente, em articulação com os demais
órgãos e entidades governamentais;
VI - o oferecimento aos cidadãos, por meio de equipes multiprofissionais e de recursos de apoio, de
todas as formas de assistência e tratamento necessárias e adequadas, incluídas a homeopatia e as
práticas alternativas reconhecidas;
VII - a promoção gratuita e prioritária, pelas unidades do sistema público de saúde, de cirurgia
interruptiva de gravidez, nos casos permitidos por lei;
VIII - a normatização complementar e a padronização dos procedimentos relativos à saúde, pelo
código sanitário;
IX - a formulação e implementação de política de recursos humanos na esfera municipal, com vistas à
valorização do profissional da área de saúde, mediante instituição de planos de carreira e condições
para reciclagem periódica;
X - o controle dos serviços especializados em segurança e medicina do trabalho;
XI - a instalação de estabelecimento de assistência médica de emergência em cada área regional do
Município;
XII - a adoção de política de fiscalização e controle de endemias;
XIII - a prevenção do uso de drogas que determinem dependência física ou psíquica, bem como seu
tratamento especializado, provendo aos recursos humanos e materiais necessários;
XIV - a informação à população sobre os riscos e danos à saúde e medidas de prevenção e controle,
inclusive mediante a promoção da educação sanitária nas escolas municipais;
XV - assegurar a atenção integral à saúde da pessoa com deficiência, inclusive os serviços de
habilitação e de reabilitação, sempre que necessários, e atendimento domiciliar multidisciplinar, bem
como serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de deficiências e agravos
adicionais;
Inciso XV com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 5º)
XVI - a transferência, quando necessária, do paciente carente de recursos para estabelecimento de
assistência médica ou ambulatorial, integrante do Sistema Único de Saúde, mais próximo de sua
residência;
XVII - a implementação, em conjunto com órgãos federais e estaduais, do sistema de informatização,
na área de saúde;
XVIII - a participação na produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados
e outros insumos.
Art. 145 - O Poder Público poderá contratar a rede privada, quando houver insuficiência de serviços
públicos, para assegurar a plena cobertura assistencial à população, segundo as normas de direito
público e mediante autorização do órgão competente.
§ 2º - É vedada a destinação de recursos do fundo para auxílios e subsídios, bem como a concessão
de prazos ou juros privilegiados às entidades privadas.
Art. 147 - As pessoas físicas ou jurídicas que gerem riscos ou causem danos à saúde de pessoas ou
grupos assumirão o ônus do controle e da reparação de seus atos.
CAPÍTULO III
DO SANEAMENTO BÁSICO
Art. 150 - Compete ao Poder Público formular e executar a política e os planos plurianuais de
saneamento básico, assegurando:
I - o abastecimento de água, compatível com os padrões de higiene, conforto e potabilidade,
independentemente da regularidade do parcelamento do solo ou da edificação;
Inciso I com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 21, de 17/07/2007 (Art. 1º)
II - a coleta e a disposição dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos e a drenagem das águas
pluviais, de forma a preservar o equilíbrio ecológico e prevenir as ações danosas à saúde;
III - o controle de vetores.
§ 1º - As ações de saneamento básico serão precedidas de planejamento que atenda aos critérios de
avaliação do quadro sanitário da área a ser beneficiada, objetivando a reversão e a melhoria do perfil
epidemiológico.
Art. 151 - O Município manterá sistema de limpeza urbana, coleta, tratamento e destinação final do
lixo, observado o seguinte:
I - a coleta de lixo será seletiva;
II - o Poder Público estimulará o acondicionamento seletivo dos resíduos;
III - os resíduos recicláveis serão acondicionados para reintrodução no ciclo do sistema ecológico;
IV - os resíduos não-recicláveis serão acondicionados e terão destino final que minimize o impacto
ambiental;
V - o lixo séptico proveniente de hospitais, laboratórios e congêneres será acondicionado e
apresentado à coleta em contenedores especiais, coletado em veículos próprios e específicos e
transportado separadamente, tendo destino final em incinerador público;
VI - os terrenos resultantes de aterros sanitários serão destinados a parques ou áreas verdes;
VII - a coleta e a comercialização dos materiais recicláveis serão feitas preferencialmente por meio de
cooperativas de trabalho.
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CAPÍTULO IV
DO MEIO AMBIENTE
Art. 152 - Todos têm direito ao meio ambiente harmônico, bem de uso comum do povo e essencial à
saudável qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo,
preservá-lo e manter as plenas condições de seus processos vitais para as gerações presentes e
futuras.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público, entre outras atribuições:
I - promover a educação ambiental multidisciplinar nas escolas municipais e disseminar as
informações necessárias à conscientização da população para a preservação do meio ambiente;
II - assegurar o livre acesso às informações ambientais básicas e divulgar, sistematicamente, os
níveis de poluição e de qualidade do meio ambiente no Município;
III - prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e outras formas de degradação
ambiental;
IV - preservar remanescentes de vegetações, como florestas, cerrados e outros, a fauna e a flora,
controlando a extração, a captura, a produção, o armazenamento, a comercialização, o transporte e o
consumo de espécimes e subprodutos, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade;
V - criar parques, reservas, estações ecológicas e outras unidades de conservação, mantê-los sob
especial proteção e dotá-los da infra-estrutura indispensável às suas finalidades;
VI - estimular e promover o reflorestamento com espécies nativas, objetivando especialmente a
proteção de encostas e dos recursos hídricos;
VII - fiscalizar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
importem riscos para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, bem como o transporte e o
armazenamento dessas substâncias no território municipal;
VIII - sujeitar à prévia anuência do órgão ou entidade municipal de controle e política ambiental o
licenciamento para início, ampliação ou desenvolvimento de atividades e construção ou reforma de
instalações que possam causar degradação do meio ambiente, sem prejuízo de outras exigências
legais;
IX - determinar para atividades e instalações de significativo potencial poluidor a realização periódica
de auditorias nos respectivos sistemas de controle de poluição, incluindo a avaliação detalhada dos
efeitos de sua operação sobre a qualidade dos recursos ambientais;
X - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energia alternativa não-
poluentes, bem como de tecnologia poupadora de energia;
XI - implantar e manter hortos florestais destinados à recomposição da flora nativa e à produção de
espécies diversas para a arborização dos logradouros públicos;
XII - promover ampla arborização dos logradouros públicos, a substituição de espécimes inadequados
e a reposição daqueles em processo de deterioração ou morte.
§ 2º - O licenciamento de que trata o inciso VIII do parágrafo anterior dependerá, no caso de atividade
ou obra potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, de prévio relatório
de impacto ambiental, seguido de audiência pública para informação e discussão sobre o projeto,
resguardado o sigilo industrial.
§ 3º - Aquele que explora recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com a solução técnica exigida pelo órgão ou entidade municipal de controle e política
ambiental.
Art. 154 - É vedado ao Poder Público contratar e conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais a
quem estiver em situação de irregularidade diante das normas de proteção ambiental.
CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO
Art. 157 - A educação, direito de todos, dever do Poder Público e da sociedade, tem como objetivo o
pleno desenvolvimento do cidadão, tornando-o capaz de refletir sobre a realidade e visando à
qualificação para o trabalho.
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VIII - sistema educacional inclusivo para a pessoa com deficiência, sem limite de idade, na rede
regular de ensino, com a adoção de medidas coletivas e individualizadas que maximizem seu
desenvolvimento acadêmico e social, favorecendo seu acesso, permanência, participação e
aprendizagem, incluídas a garantia de vaga em escola próxima a sua residência e a oferta de
atendimento educacional especializado;
Inciso VIII com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 6º)
IX - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
X - programas específicos de atendimento à criança e ao adolescente superdotados;
XI - criação e manutenção, no currículo das escolas públicas, de cursos técnico-profissionalizantes
adequados às peculiaridades e potencialidades dos educandos;
XII - supervisão e orientação educacional em todos os níveis e modalidades de ensino nas escolas
públicas, exercidas por profissional habilitado;
XIII - passe escolar gratuito ao aluno do sistema público municipal que não conseguir matrícula em
escola próxima à sua residência, observado os requisitos da lei.
§ 3º - O não oferecimento do ensino pelo poder público, sua oferta irregular, ou o não atendimento à
pessoa com deficiência importam responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 7º)
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recondução consecutiva, mediante eleição, e garantida a participação de todos os segmentos da
comunidade;
Alínea “c” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 20, de 01/02/2007 (Art. 1º),
Vide Emenda à Lei Orgânica nº 20, de 01/02/2007, que estabelece os efeitos da nova redação
para o mandato subseqüente ao vigente na data de aprovação da emenda (Art. 2º)
XI - garantia e estímulo à organização autônoma dos alunos, no âmbito das escolas municipais.
Art. 159 - Para o atendimento de crianças de zero a seis anos de idade, o Município deverá:
I - criar, implantar, implementar, manter, orientar, supervisionar e fiscalizar as creches;
II - atender, por meio de equipe multidisciplinar, composta por professor, pedagogo, psicólogo,
assistente social, enfermeiro e nutricionista, às necessidades da rede municipal de creches;
III - propiciar cursos e programas de reciclagem, treinamento, gerenciamento administrativo e
especialização, visando à melhoria e ao aperfeiçoamento dos trabalhadores de creches;
IV - estabelecer normas de construção e reforma de logradouros e dos edifícios para o funcionamento
de creches, buscando soluções arquitetônicas adequadas à faixa etária das crianças atendidas;
V - estabelecer política municipal de articulação junto às creches comunitárias e às filantrópicas.
§ 2º - A gestão democrática das creches públicas observará o disposto no art. 158, X, no que couber.
§ 3º - Cabe ao poder público prover educação inclusiva, na rede regular de educação infantil, à
criança com deficiência, oferecendo recursos e serviços especializados com vistas a promover o
máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e
sociais, segundo suas características e necessidades de aprendizagem.
§ 3º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 8º)
Art. 160 - O Município aplicará, anualmente, pelo menos trinta por cento da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências constitucionais, em Educação.
Art. 160, caput, com eficácia suspensa pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (ADI nº
1.0000.22.138490-2/000)
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VI - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos
deste artigo;
VII - aquisição de material didático escolar e manutenção de programas de transporte escolar;
VIII - outras despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições
educacionais, nos termos da legislação federal.
Art. 161 - Fica assegurada a cada unidade do sistema municipal de ensino, inclusive às creches, a
destinação de recursos necessários à sua conservação, manutenção e vigilância e à aquisição de
equipamentos e materiais didático-pedagógicos, conforme dispuser a lei orçamentária.
Art. 162 - O Município elaborará plano bienal de educação, visando à ampliação e à melhoria do
atendimento de sua obrigação de oferta de ensino público e gratuito.
Parágrafo único - A proposta do plano será elaborada pelo Poder Executivo, com a participação da
sociedade civil, e encaminhada, para a aprovação da Câmara, até o dia trinta e um de agosto do ano
imediatamente anterior ao do início de sua execução.
Art. 163 - As escolas municipais deverão contar, entre outras instalações e equipamentos, com
laboratório, biblioteca, auditório, cantina, sanitário, vestiário, quadra de esportes e espaço não-
cimentado para recreação.
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§ 1º - O Município garantirá o funcionamento de biblioteca em cada escola municipal, acessível à
população e com o acervo necessário ao atendimento dos alunos.
§ 2º - Cada escola municipal aplicará pelo menos dez por cento da verba referida no art. 161 na
manutenção e ampliação do acervo de sua biblioteca.
Art. 164 - O currículo escolar de primeiro e de segundo grau das escolas municipais incluirá
conteúdos programáticos sobre prevenção do uso de drogas, educação para a segurança no trânsito,
educação do consumidor e formação política e de cidadania.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15, de 22/03/2000 (Art.1º)
Art. 165 - O quadro de pessoal necessário ao funcionamento das unidades municipais de ensino será
estabelecido em lei, de acordo com o número de turmas, turnos e séries existentes na escola.
CAPÍTULO VI
DA CULTURA
Art. 166 - O acesso aos bens da cultura e às condições objetivas para produzi-la é direito do cidadão
e dos grupos sociais.
§ 1º - Todo cidadão é um agente cultural, e o Poder Público incentivará, por meio de política de ação
cultural democraticamente elaborada, as diferentes manifestações culturais do Município.
Art. 167 - Constituem patrimônio cultural do Município os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, que contenham referência à identidade, à ação e à
memória do povo belo-horizontino, entre os quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações tecnológicas, científicas e artísticas;
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IV - as obras, os objetos, os documentos, as edificações e outros espaços destinados a
manifestações artísticas e culturais, nestas incluídas todas as formas de expressão popular;
V - os conjuntos urbanos e os sítios de valor histórico, artístico, paisagístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes para a cultura
municipal.
Art. 168 - O Município, com a colaboração da sociedade civil, protegerá o seu patrimônio histórico e
cultural, por meio de inventários, pesquisas, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e
outras formas de acautelamento e preservação.
Parágrafo único - O Poder Público manterá sistema de arquivos públicos e privados com a finalidade
de promover o recolhimento, a preservação e a divulgação do patrimônio documental de organismos
públicos municipais, bem como de documentos privados de interesse público, a fim de que possam
ser utilizados como instrumento de apoio à administração, à cultura e ao desenvolvimento científico e
como elemento de prova e informação.
Art. 169 - O Poder Público promoverá a implantação, com a participação e cooperação da sociedade
civil, de centros culturais nas regiões do Município, para atender às necessidades de
desenvolvimento cultural da população.
Parágrafo único - Serão instalados, junto aos centros culturais, bibliotecas e oficinas ou cursos de
formação cultural.
CAPÍTULO VII
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Parágrafo único - O Poder Executivo implantará política de formação de recursos humanos nas áreas
de ciência, pesquisa e tecnologia e concederá meios e condições especiais de trabalho aos que dela
se ocupem.
Art. 171 - O Município criará e manterá entidade voltada ao ensino e à pesquisa científica, ao
desenvolvimento experimental e a serviços técnico-científicos relevantes para o seu progresso social
e econômico.
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Art. 172 - O Município criará núcleos descentralizados de treinamento e difusão de tecnologias de
alcance comunitário, de forma a contribuir para a sua absorção efetiva pela população,
prioritariamente a de baixa renda.
CAPÍTULO VIII
DO DESPORTO E DO LAZER
Art. 173 - O Município promoverá, estimulará, orientará e apoiará a prática desportiva e a educação
física, inclusive por meio de:
I - destinação de recursos públicos;
II - proteção às manifestações esportivas e preservação das áreas a elas destinadas;
III - tratamento privilegiado do desporto não-profissional.
§ 3º - O Município garantirá o direito da pessoa com deficiência à educação física e ao acesso a jogos
e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, inclusive no âmbito escolar, em igualdade de
condições com as demais pessoas, sem prejuízo para o provimento de atividades específicas para a
pessoa com deficiência.
§ 3º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 9º)
§ 4º - O Município, por meio da rede pública de saúde, propiciará acompanhamento médico e exames
ao atleta integrante de quadros de entidade amadorista carente de recursos.
Art. 174 - O Município apoiará e incentivará o lazer e o reconhecerá como forma de promoção social.
CAPÍTULO IX
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 175 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes de rua, aos desempregados e aos doentes;
III - a promoção da integração no mercado de trabalho;
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IV - a habilitação e a reabilitação da pessoa com deficiência, promovendo-lhe a melhoria da qualidade
de vida e a integração na vida comunitária e no mercado de trabalho, inclusive por meio de
programas de capacitação e formação profissional.
Inciso IV com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 10)
§ 1º - O Município estabelecerá plano de ações na área da assistência social, observados os
seguintes princípios:
I - recursos financeiros consignados no orçamento municipal, além de outras fontes;
II - coordenação, execução e acompanhamento a cargo do Poder Executivo;
III - participação da sociedade civil na formulação das políticas e no controle das ações em todos os
níveis.
§ 2º - O Município poderá firmar convênios com entidade beneficente e de assistência social para a
execução do plano.
Seção II
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência
Seção com denominação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 11)
Art. 176 - O Município, na formulação e na aplicação de suas políticas sociais, visará a dar à família
condições para a realização de suas relevantes funções sociais.
Art. 177 - É dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
§ 2º - Será punido, na forma da lei, qualquer atentado do poder público, por ação ou omissão, aos
direitos fundamentais da criança, do adolescente, do idoso e da pessoa com deficiência.
§ 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 12)
Art. 178 - O Município, em conjunto com a sociedade, criará e manterá programas sócio-educativos e
de assistência jurídica destinados ao atendimento de criança e adolescente privados das condições
necessárias ao seu pleno desenvolvimento e incentivará os programas de iniciativa das comunidades,
mediante apoio técnico e financeiro, vinculado ao orçamento, de forma a garantir-se o completo
atendimento dos direitos constantes desta Lei Orgânica.
Art. 179 - O Município promoverá condições que assegurem amparo à pessoa idosa, no que respeite
à sua dignidade e ao seu bem-estar.
Art. 181 - O Município garantirá à pessoa com deficiência, nos termos da lei:
I - a participação nas questões públicas, em particular na formulação de políticas destinadas à pessoa
com deficiência;
II - o direito à informação, à comunicação, à educação, ao transporte e à segurança, por meio, entre
outros, da Língua Brasileira de Sinais - Libras, do braile e demais formatos acessíveis de
comunicação, da sonorização de semáforo e da adequação dos meios de transporte;
III - programas de assistência integral para a pessoa com deficiência em situação de dependência
que não disponha de condições de autossustentabilidade, com vínculos familiares fragilizados ou
rompidos;
IV - sistema especial de transporte para a frequência às escolas e clínicas especializadas, quando
impossibilitada de usar o sistema de transporte comum, bem como passe livre, extensivo, quando
necessário, ao acompanhante.
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§ 2º - Os veículos de transporte coletivo deverão atender aos princípios do desenho universal e aos
requisitos de acessibilidade vigentes para garantir a utilização com segurança e autonomia das
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
§ 3º - O poder público implantará organismo executivo da política pública de apoio às pessoas com
deficiência.
Art. 181 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 13)
CAPÍTULO X
DAS POPULAÇÕES AFRO-BRASILEIRAS
Art. 182 - Cabe ao Poder Público, na área de sua competência, coibir a prática do racismo, crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da Constituição da República.
Art. 183 - É considerado data cívica e incluído no calendário oficial do Município o Dia da Consciência
Negra, celebrado anualmente em vinte de novembro.
CAPÍTULO XI
DA POLÍTICA URBANA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 184 - O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a garantia do bem-estar de sua
população e o cumprimento da função social da propriedade, objetivos da política urbana executada
pelo Poder Público, serão assegurados mediante:
I - formulação e execução do planejamento urbano;
II - distribuição espacial adequada da população, das atividades sócio-econômicas, da infra-estrutura
básica e dos equipamentos urbanos e comunitários;
III - integração e complementaridade das atividades urbanas e rurais, no âmbito da região polarizada
pelo Município;
IV - participação da sociedade civil no planejamento e no controle da execução de programas que lhe
forem pertinentes.
Art. 185 - São instrumentos do planejamento urbano, entre outros previstos em legislação federal e
estadual:
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I - Plano Diretor;
II - normas de parcelamento, ocupação e uso do solo, de edificações e de posturas;
III - legislação financeira e tributária, especialmente o imposto predial e territorial progressivo e a
contribuição de melhoria;
IV - outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
V - operações urbanas;
VI - transferência do direito de construir;
VII - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
VIII - concessão do direito real de uso;
IX - concessão de uso especial para fins de moradia;
X - servidão administrativa;
XI - tombamento;
XII - desapropriação;
XIII - fundos destinados ao desenvolvimento urbano.
Art. 185 com redação dada pela Emenda da Lei Orgânica nº 29, de 29/2/2016 (Art. 1º)
Parágrafo único - A contrapartida será prestada e aplicada segundo os critérios definidos no Plano
Diretor ou em legislação dele decorrente.
Art. 187 com redação dada pela Emenda da Lei Orgânica nº 29, de 29/2/2016 (Art. 1º)
Seção II
Do Plano Diretor
Art. 189 - As diretrizes e metas do Plano Diretor devem estar ajustadas às definidas para a Região
Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente no que se refere às funções públicas de interesse
comum metropolitano.
Art. 189 com redação dada pela Emenda da Lei Orgânica nº 29, de 29/2/2016 (Art. 1º)
Parágrafo único - As áreas de que trata o caput deste artigo serão objeto de regulamentação pelo
Plano Diretor e legislação dele decorrente.
Art. 190 com redação dada pela Emenda da Lei Orgânica nº 29, de 29/2/2016 (Art. 1º)
Art. 191 - A transferência do direito de construir poderá ser autorizada ao proprietário de imóvel
considerado de interesse de preservação ambiental ou cultural, de imóvel destinado à implantação de
programa habitacional ou para a viabilização de projetos urbanos, conforme dispuserem o Plano
Diretor e a legislação dele decorrente.
Art. 192 - A operação do plano diretor dar-se-á mediante implantação de sistema de planejamento e
informações, objetivando o controle das ações e diretrizes setoriais.
Parágrafo único - Além do disposto no art. 39, o Poder Executivo manterá cadastro atualizado dos
imóveis dos patrimônios estadual e federal, situados no Município.
CAPÍTULO XII
DO TRANSPORTE PÚBLICO E SISTEMA VIÁRIO
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Art. 193 - Incumbe ao Município, respeitadas as legislações federal e estadual, planejar, organizar,
dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a prestação de serviços públicos relativos a transporte
coletivo e individual de passageiros, tráfego, trânsito e sistema viário municipal.
§ 2º - À entidade da administração indireta, que será criada pelo Poder Público, caberão as
atribuições, entre as referidas no artigo, fixadas em lei.
§ 3º - A exploração do serviço de transporte coletivo que o Poder Público seja levado a exercer, por
força de contingência ou conveniência administrativa, será empreendida por entidade da
administração indireta.
Art. 194 - As diretrizes, objetivos e metas da administração pública nas atividades setoriais de
transporte coletivo serão estabelecidos em lei que instituir o plano plurianual, de forma compatível
com a política de desenvolvimento urbano, definida no plano diretor do Município, e com a de
desenvolvimento metropolitano.
Art. 195 - A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a fiscalização dos serviços de
transporte coletivo, escolar e de táxi, devendo fixar diretrizes de caracterização precisa e proteção
eficaz do interesse público e dos direitos dos usuários.
§ 4º - O sistema de transporte coletivo fornecerá, para aquisição antecipada pelo usuário, bilhete-
transporte.
Art. 196 - O planejamento dos serviços de transporte coletivo deve ser feito com observância dos
seguintes princípios:
I - compatibilização entre transporte e uso do solo;
II - integração física, operacional e tarifária entre as diversas modalidades de transporte;
III - racionalização dos serviços;
IV - análise de alternativas mais eficientes ao sistema;
V - progressiva unificação das tarifas;
VI - participação da sociedade civil.
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Art. 197 - As tarifas de serviços de transporte coletivo, de táxi e de estacionamento público serão
fixadas pelo Poder Executivo, conforme dispuser a lei.
Art. 198 - O equilíbrio econômico-financeiro dos serviços de transporte coletivo será assegurado por
uma ou mais das seguintes condições, conforme dispuser a lei:
I - tarifa justa e sua revisão periódica;
II - subsídio aos serviços;
III - compensação entre a receita auferida e o custo total do sistema.
§ 1º - O cálculo das tarifas abrange o custo da produção do serviço definido pela planilha de custos e
o custo de gerenciamento das delegações do serviço e do controle de tráfego, levando-se em
consideração a expansão do serviço, a manutenção de padrões mínimos de conforto, segurança e
rapidez e a justa remuneração dos investimentos.
§ 2º - A fixação de qualquer tipo de gratuidade no transporte coletivo urbano só poderá ser feita
mediante lei que indique a fonte de recursos para custeá-la.
Art. 199 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 28, de 12/03/2015 (Art. 1º)
ADI Nº 1.000.16.046005-1/000 – Procedência do pedido – Art. 199, com redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 28, de 12/03/2015, declarado inconstitucional
Art. 200 - As vias integrantes dos itinerários das linhas de transporte coletivo terão prioridade para
pavimentação e conservação.
Art. 201 - O Poder Executivo analisará solicitação de alteração no trânsito do Município, podendo
aprovar, negar ou embargar atos a seu critério, e dará ciência de sua decisão ao Poder Legislativo no
prazo máximo de trinta dias.
Art. 202 - Em quarteirão fechado, o mobiliário urbano será disposto de forma a facilitar o trânsito
eventual de veículos, especialmente em situação de emergência.
Art. 203 - Nenhuma tecnologia nova no sistema de transporte coletivo poderá ser implantada no
Município sem prévia autorização legislativa.
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§ 1º - Consideram-se aprovados como tecnologia no sistema de transporte coletivo o ônibus e o
metrô.
CAPÍTULO XIII
DA HABITAÇÃO
Art. 204 - Compete ao Poder Público formular e executar política habitacional visando à ampliação da
oferta de moradia destinada prioritariamente à população de baixa renda, bem como à melhoria das
condições habitacionais.
Art. 205 - O Poder Público poderá promover licitação para execução de conjuntos habitacionais ou
loteamentos com urbanização simplificada, assegurando:
I - a redução do preço final das unidades;
II - a complementação pelo Poder Público da infra-estrutura não implantada;
III - a destinação exclusiva àqueles que não possuam outro imóvel.
Art. 208 - Na implantação de conjuntos habitacionais com mais de trezentas unidades, é obrigatória a
apresentação de relatório de impacto ambiental e econômico-social, e assegurada a sua discussão
em audiência pública.
Art. 209 - A política habitacional do Município será executada por órgão ou entidade específicos da
administração pública, a que compete a gerência do fundo de habitação popular.
Art. 210 - O Município deverá discriminar e manter cadastro atualizado de habitações em áreas de
risco, efetuando trabalho permanente de prevenção e realocação.
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CAPÍTULO XIV
DO ABASTECIMENTO
Art. 211 - O Município, nos limites de sua competência e em cooperação com a União e o Estado,
organizará o abastecimento, com vistas a melhorar as condições de acesso a alimentos pela
população, especialmente a de baixo poder aquisitivo.
Parágrafo único - Para assegurar a efetividade do disposto no artigo, cabe ao Poder Público, entre
outras medidas:
I - planejar e executar programas de abastecimento alimentar, de forma integrada com os programas
especiais dos níveis federal, estadual, metropolitano e intermunicipal;
II - dimensionar a demanda, em qualidade, quantidade e valor de alimentos básicos consumidos
pelas famílias de baixa renda;
III - incentivar a melhoria do sistema de distribuição varejista;
IV - articular-se com órgão ou entidade executores da política agrícola nacional e regional, com vistas
à distribuição de estoques governamentais prioritariamente aos programas de abastecimento popular;
V - implantar e ampliar os equipamentos de mercado atacadista e varejista, como galpões
comunitários, feiras cobertas e feiras livres, garantindo o acesso a eles de produtores e de varejistas,
por intermédio de suas entidades associativas;
VI - incentivar a criação e a manutenção de granja, sítio e chácara destinados à produção alimentar
básica;
VII - planejar e executar programas de hortas comunitárias.
CAPÍTULO XV
DA POLÍTICA RURAL
Art. 212 - O Município efetuará os estudos necessários ao conhecimento das características e das
potencialidades de sua zona rural, visando a:
I - criar unidades de conservação ambiental;
II - preservar a cobertura vegetal de proteção das encostas, das nascentes e dos cursos d’água;
III - propiciar refúgio à fauna;
IV - proteger e preservar os ecossistemas;
V - garantir a perpetuação de bancos genéticos;
VI - implantar projetos florestais;
VII - implantar parques naturais;
VIII - ampliar as atividades agrícolas.
CAPÍTULO XVI
DO TURISMO
Art. 213 - O Município, colaborando com os segmentos do setor, apoiará e incentivará o turismo como
atividade econômica, reconhecendo-o como forma de promoção e desenvolvimento social e cultural.
Art. 214 - Cabe ao Município, observadas as legislações federal e estadual, definir a política municipal
de turismo e as diretrizes e ações, devendo:
I - adotar, por meio de lei, plano integrado e permanente de desenvolvimento do turismo em seu
território;
II - desenvolver efetiva infra-estrutura turística;
III - estimular e apoiar a produção artesanal local, as feiras, exposições, eventos turísticos e
programas de orientação e divulgação de projetos municipais, bem como elaborar o calendário de
eventos;
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IV - regulamentar o uso, ocupação e fruição de bens naturais e culturais de interesse turístico,
proteger o patrimônio ecológico e histórico-cultural e incentivar o turismo social;
V - promover a conscientização da população para preservação e difusão dos recursos naturais e do
turismo como atividade econômica e fator de desenvolvimento;
VI - incentivar a formação de pessoal especializado para o atendimento das atividades turísticas.
Art. 215 - Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, e o dirigente,
a qualquer título, de entidade da administração indireta, obrigam-se, ao serem empossados e
exonerados, ou demitidos, a declarar seus bens, sob pena de nulidade, de pleno direito, do ato de
posse.
Art. 216 - Quando a execução de função pública de interesse comum da Região Metropolitana couber
ao Município, na forma de lei complementar estadual, observar-se-á a distribuição de competências
entre os poderes Legislativo e Executivo previstas nesta Lei Orgânica.
Art. 217 - Os órgãos e entidades da administração direta e indireta publicarão anualmente, até o dia
trinta de abril, relatório concernente aos cargos, empregos e funções de seus respectivos quadros
que, no ano anterior, tiverem vagado ou sido providos.
Art. 218 - Ao servidor nomeado em virtude de concurso público e exonerado durante o período de que
trata o art. 60 é assegurado o direito a indenização calculada pelo somatório de um duodécimo de
sua remuneração, por mês de efetivo exercício, e do valor de uma remuneração mensal, sem prejuízo
de outros direitos previstos em lei.
Art. 219 - Além do previsto nos arts. 56 e 158, V, a lei que dispuser sobre o estatuto do pessoal do
magistério público atribuirá, entre outros, os seguintes direitos ao profissional de educação:
I - adicional de, no mínimo, dez por cento sobre o vencimento e gratificação inerente ao exercício de
cargo ou função, a cada período de cinco anos de efetivo exercício, o qual se incorpora ao valor do
provento de aposentadoria;
II - pagamento por habilitação;
III - adicional por regência de turma, enquanto no efetivo desempenho das atribuições específicas do
cargo;
IV - recesso escolar;
V - período sabático, com duração de cento e vinte dias, a cada período de sete anos de efetivo
exercício do magistério, para aprimoramento profissional devidamente comprovado;
VI - vencimento fixado a partir de valor que atenda às necessidades básicas do servidor e às de sua
família, respeitado o critério de habilitação profissional;
VII - jornada de trabalho especial, nela computadas as lacunas existentes no horário fixado;
VIII - liberação da regência de aulas em número equivalente a metade da carga horária, para o
exercente da função de coordenador de ensino a partir da 5ª série, escolhido anualmente pelos
professores do mesmo conteúdo curricular e de conteúdos afins;
IX - liberdade de afixação e divulgação de materiais e temas de interesse da categoria ou escola, nas
salas destinadas aos servidores.
§ 1º - Para fins do inciso II, o professor de 1ª a 4ª séries do primeiro grau detentor de curso superior
que o habilite para o magistério terá seu vencimento definido conforme a nível e a forma de cálculo do
vencimento do professor de 5ª a 8ª séries e do segundo grau, em jornada equivalente.
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Parágrafo único renumerado como § 1º pela Emenda à Lei Orgânica nº 18, de 07/04/2004 (Art.
1º)
§ 2º - O Professor para a Educação Infantil atuará unicamente na formação de crianças de 0 (zero) a
5 (cinco) anos e 8 (oito) meses, nos moldes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
conforme parâmetros específicos de carreira.
§ 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 27, de 28/12/2012 (Art. 1º)
Art. 220 - Compete ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Humanos propagar os direitos e
garantias fundamentais, assegurados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na
Constituição da República, investigar-lhes as violações, encaminhar denúncias a quem de direito e
zelar para que sejam respeitados pelo Poder Público.
§ 1º - O Conselho será composto:
I - por representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal;
II - por um representante de cada entidade situada no Município e voltada, exclusivamente ou por
meio de setor próprio, para defesa desses direitos e garantias.
Art. 221 - Comemorar-se-á, anualmente, em doze de dezembro, o Dia do Município, como data
cívica.
Art. 222 - Para os fins do art. 204, § 2º, fica mantido o fundo de habitação popular, de que trata o
Decreto nº 4.539, de 12 de setembro de 1983.
Art. 223 - Fica mantido o fundo Municipal de Defesa Ambiental, instituído pela Lei nº 4.253, de 4 de
dezembro de 1985, sendo-lhe destinados para despesas de investimentos, entre outros, recursos
provenientes de:
I - participação do Município no resultado da exploração de recursos minerais em seu território, ou
correspondente compensação financeira, prevista no art. 20, § 1º da Constituição da República;
II - reembolso dos custos de serviços prestados pelo Poder Executivo no licenciamento ambiental de
atividades e obras;
III - arrecadação de multas previstas na legislação ambiental.
Art. 224 declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (ADI nº 40.647-0)
Art. 225 - O Poder Público promoverá a implantação de ciclovias e bicicletários como forma de
incentivo e segurança dos ciclistas.
Art. 226 - È vedada nova localização de atividades concentradoras de tráfego, prejudiciais a função
de circulação, em lotes lindeiros a vias arteriais, de acordo com o plano municipal de classificação
viária.
Art. 227 - Os logradouros e estabelecimentos públicos municipais não poderão ser designados com
nome de pessoa viva.
Art. 228 - A lei disporá sobre a organização, a composição,a competência e o funcionamento de junta,
com duplo grau de jurisdição, na estrutura do órgão central do sistema administrativo de saúde,
relativamente aos processos administrativos decorrentes da fiscalização e da vigilância sanitária do
Município.
Art. 229 - Estendem-se à pessoa com transtorno mental, na forma da lei, os direitos assegurados por
esta lei orgânica à pessoa com deficiência.
Art. 229 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 27/12/2018 (Art. 14)
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Art. 230 - Para exercer atividades auxiliares e complementares de prevenção de incêndio e de defesa
civil, o Município poderá criar organizações de voluntários, cuja orientação e treinamento serão
efetivados, de preferência, mediante convênio com o Estado.
Art. 231 - Esta Lei Orgânica terá vigência a partir de sua publicação.
Art. 1º - Fica criada a autarquia Instituto Municipal de Previdência e Assistência Social, com a
incumbência prevista no art. 65 da Lei Orgânica.
§ 1º - À autarquia criada serão transferidos todo o ativo e passivo, pessoal, patrimônio, atribuições,
verbas e saldos da Beneficência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, que se extinguirá
concomitantemente, na forma da lei.
§ 2º - O Poder Executivo promoverá, no prazo de cento e vinte dias da promulgação da Lei Orgânica,
regulamentação da autarquia criada.
Art. 2º - A autarquia municipal Hospital Municipal Odilon Odilon Behrens absorverá o pessoal a área
de saúde do quadro de servidores da Beneficência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, após a
regulamentação do Instituto Municipal de Previdência e Assistência Social.
Parágrafo único - O Hospital mencionado no artigo, na prestação direta dos serviços de saúde que
lhe competirem, dará prioridade ao atendimento dos servidores públicos municipais.
Art. 4º - A Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os servidores dos órgãos
da administração direta, das autarquias e das fundações públicas.
Parágrafo único - A lei instituidora de regime jurídico único dos servidores públicos municipais
dependerá de voto da maioria dos membros da Câmara.
Art. 5º - Fica assegurado ao servidor público municipal que tiver tempo de serviço prestado antes de
13 de maio de 1967 o direito de computar esse tempo para efeito de aposentadoria,
proporcionalmente ao número de anos de serviço a que estava sujeito, no regime anterior àquela
data.
Art. 6º - Dentro de cento e oitenta dias da data da promulgação da Lei Orgânica, proceder-se-á à
revisão dos direitos do servidor público municipal inativo e do pensionista e à atualização do provento
ou pensão a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto na Lei Orgânica.
Art. 7º - Enquanto não editada a lei prevista no art. 49 da Lei Orgânica, a revisão da remuneração do
servidor público se fará no mês de maio de cada ano.
Art. 8º - A administração pública municipal tem cento e oitenta dias para se adaptar ás normas dos
arts. 43, 47 e 48 da Lei Orgânica.
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Art. 9º - Salvo disposição legal em contrário, os estabelecimentos municipais de ensino observarão os
seguintes limites na composição de suas turmas:
I - pré-escolar: até vinte alunos;
II - de 1ª e 2ª sérias do primeiro grau: até vinte e cinco alunos;
III - de 3ª e 4ª séries do primeiro grau: até trinta alunos;
IV - de 5ª a 8ª séries do primeiro grau: até trinta e cinco alunos;
V - segundo grau: até quarenta alunos.
Art. 11 - A elaboração do primeiro plano bienal de educação será iniciada em abril de 1990, e dela
participação entidades representativas dos profissionais municipais de ensino, entidades
representativas.
Art. 12 - Comissão Paritária instalada no prazo máximo de trinta dias da promulgação da Lei
Orgânica, composta por representantes do Poder Executivo, do Poder Legislativo e de entidades
representativas dos profissionais de educação, elaborará anteprojeto de leis referentes ao estatuto do
magistério e ao quadro de pessoal das escolas municipais, os quais serão enviados ao Prefeito no
prazo máximo de cento e vinte dias, contados da instalação.
Parágrafo único - O Poder Executivo enviará os projetos de lei, elaborados com base nos
anteprojetos mencionados, à apreciação da Câmara, no prazo máximo de trinta dias, contados do
recebimento das propostas.
Art. 13 - A primeira eleição para diretor e vice-diretor de estabelecimento municipal de ensino, após a
vigência da Lei Orgânica, será realizada até março de 1991.
Art. 13-A - Em razão da pandemia de Covid-19, fica prorrogado por 1 (um) ano, excepcionalmente, o
exercício do cargo comissionado de Diretor e da função de Vice-Diretor de escola municipal, previstos
na alínea “c” do inciso X do art. 158 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte - LOMBH, cujos
mandatos se encerram em 31 de dezembro de 2020.
Art.13-A acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 33, de 30/12/2020 (Art. 1º)
Art. 14 - Será gradual a implantação da jornada de ensino de oito horas e do horário integral,
previstos nos inciso I e II do § 1º do art. 157 da Lei Orgânica.
§ 1º - A implantação prevista no artigo dar-se-á no primeiro período letivo após a vigência da Lei
Orgânica, em pelo menos dez por cento das escolas municipais de 1ª a 4ª séries de primeiro grau e
das creches públicas.
§ 2º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior, terão prioridade as escolas e creches situadas em
regiões carentes do Município.
Art. 15 - O Poder Executivo, dentro de noventa dias contados da promulgação da Lei Orgânica, criará
e instalará comissão, com a participação das entidades do setor cultural, para elaborar o plano de
instalação de centros culturais a que se refere o art. 169 de Lei Orgânica, o qual definirá, também, os
critérios relativos aos acervo das bibliotecas.
Art. 16 - O organismo previsto no art. 181, § 3º, da Lei Orgânica será implantado no prazo de seis
meses, contados da promulgação desta.
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Art. 17 - A lei definirá a implantação progressiva, compatível com o sistema, dos equipamentos
mencionados no art. 181, § 2º da Lei Orgânica.
Art. 18 - Até que a rede pública possa absorver a demanda existente, o Poder Público poderá firmar
convênios com instituições particulares para atendimento ao aluno excepcional.
Art. 19 - Em caso de convênio com instituições particulares para atendimento ao aluno excepcional, a
cessão de pessoal de magistério para o fim de orientação psicopedagógica ao educando se dará com
todos os direitos e vantagens do cargo, como se em exercício em unidade do sistema municipal de
ensino.
Art. 20 - O Município obriga-se a fornecer apoio técnico, material e financeiro às creches comunitárias
conveniadas, até que possa assumir o atendimento em creches públicas.
Art. 21 - O Poder Executivo reavaliará todas as isenções, incentivos e benefícios fiscais em vigor e
proporá ao Poder Legislativo as medidas cabíveis.
Parágrafo único - Considerar-se-ão revogados, após seis meses contados da promulgação da Lei
Orgânica, as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais que não forem confirmados por lei.
Art. 22 - Serão revistas pela Câmara, nos dezoito meses contados da data da promulgação da Lei
Orgânica, a doação, a venda, a permuta, a dação em pagamento e a cessão, a qualquer título, de
imóveis públicos realizadas de primeiro de janeiro de 1980 até a mencionada data.
§ 1º - A revisão obedecerá aos critérios de legalidade e de conveniência ao interesse público e,
comprovada a ilegalidade ou havendo interesse público, os bens reverterão ao patrimônio do
Município.
§ 3º - Fica o Prefeito obrigado, nos primeiros seis meses do prazo referido no artigo, a remeter à
Câmara todas as informações e documentos, bem como, a qualquer tempo, colocar à sua disposição
os recursos humanos, materiais e financeiros necessários ao desempenho da tarefa, sob pena de
responsabilização.
§ 4º - As despesas previstas para o trabalho de revisão serão consignadas nos orçamentos dos
poderes Executivo e Legislativo.
Art. 23 - Ficam revogadas todas as concessões, permissões, cessões e autorizações de uso, assim
como as locações, os arrendamentos e os comodatos de bem imóvel ou logradouro pertencentes ao
patrimônio municipal, feitos a terceiros sem a licitação legalmente exigida, cabendo ao Poder
Executivo promovê-la, se houver interesse público relevante.
Art. 24 - O Município elaborará, no prazo de seis meses da promulgação da Lei Orgânica, plano
plurianual de proteção e controle ambiental, incluindo diagnóstico e programas pormenorizados de
preservação, reabilitação e melhoria da qualidade do meio ambiente.
Parágrafo único - O percentual mínino de área verde por habitante, previsto no art. 155, V, da Lei
Orgânica, deverá ser atingido no prazo máximo de cinco anos, sob pena de responsabilização da
autoridade competente.
Art. 25 - O plano diretor será aprovado no prazo de doze meses a contar da promulgação da Lei
Orgânica.
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Parágrafo único - O sistema de planejamento e informações de que trata o art. 192 da Lei Orgânica
deverá estar implantado no prazo estabelecido neste artigo.
Art. 26 - O Município promoverá a descrição perimétrica das áreas indicadas no art. 224 da Lei
Orgânica, no prazo de seis meses da promulgação.
Art. 27 - O Poder Público tem cento e oitenta dias para criar a entidade da administração indireta a
que se refere o art. 193, § 2º, da Lei Orgânica.
Art. 31 - Os poderes públicos municipais promoverão edição popular do texto integral da Lei
Orgânica, a qual será distribuída aos munícipes por meio de escolas, sindicatos, associações e outras
instituições representativas da comunidade.
Art. 31-B - As empresas contratadas pela administração direta e indireta do Município ficam obrigadas
a apresentar ao setor competente do órgão ou entidade com o qual mantêm contrato, no prazo de 60
(sessenta) dias da publicação desta Emenda, declaração de que os trabalhadores que prestam
serviço ao Município não incorrem nas proibições de que trata o art. 49-B.
Art. 31-B acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 23, de 14/09/2011 (Art. 4º)
Art. 31-C - O disposto no § 4º-C do art. 132 da Lei Orgânica será cumprido progressivamente, da
seguinte forma:
I - as emendas individuais apresentadas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual para o exercício de
2022 serão aprovadas no limite de 0,80% (zero vírgula oitenta por cento) da receita corrente líquida
prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que as emendas que destinem
recursos a ações e serviços públicos de saúde serão aprovadas até o limite de 0,40 (zero vírgula
quarenta por cento), e as demais emendas serão aprovadas até o limite de 0,40% (zero vírgula
quarenta por cento);
II - as emendas individuais apresentadas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual para o exercício de
2023 serão aprovadas no limite de 0,90% (zero vírgula noventa por cento) da receita corrente líquida,
prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que as emendas que destinem
recursos a ações e serviços públicos de saúde serão aprovadas até o limite de 0,45% (zero vírgula
quarenta e cinco por cento), e as demais emendas serão aprovadas até o limite de 0,45% (zero
vírgula quarenta e cinco por cento);
III - as emendas individuais apresentadas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual para o exercício de
2024 e para os exercícios seguintes serão aprovadas no limite e no percentual previstos no § 4º-A do
art. 132 da Lei Orgânica.
Art. 31-C acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 34, de 22/07/2021 (Art. 2º)
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