A Pessoa Do Introdutor

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A PESSOA DO INTRODUTOR segundo a dinâmica da fé e da vivência, que por si mesmas

MISSÃO DO INTRODUTOR NO PROCESSO DA INICIAÇÃO criam um clima propício e alimentam a espiritualidade.


Em geral, as comunidades cristãs desconhecem Além de uma visão geral da Iniciação à Vida Cristã, os In-
esta função, este ministério de Introdutor/a. Trata-se, po- trodutores devem conseguir captar bem o pré-catecume-
rém, de uma pessoa que tem uma tarefa específica no iní- nato, que é um tempo precioso e básico para todo o resto
cio do processo de Iniciação à Vida Cristã, isto é, de acom- do processo. A parte mais importante da formação destes
panhar, durante o tempo do Pré-catecumenato, os inte- ministros se refere à pessoa, mensagem e missão de Jesus
ressados em percorrer o caminho da Iniciação. É esta pes- Cristo, para que tenham solidez, convicção e entusiasmo
soa que prepara o candidato para acolher na liberdade o para este tempo dedicado, sobretudo, à Evangelização.
dom da fé, o anúncio da Boa Nova e assumir o encontro Para um bom desempenho de sua missão eles precisam de
pessoal com o Senhor e as condições para a conversão e a elementos fundamentais de como lidar com as pessoas e
fidelidade. Sem um introdutor, dedicado e competente, fazer o acompanhamento delas para assessorá-las no ca-
não é possível começar o processo de Iniciação à Vida minho da opção de fé e do encontro pessoal com Jesus
Cristã de inspiração catecumenal. É o Introdutor quem co- Cristo.
loca as bases para o segundo tempo, o Catecumenato pro-
priamente dito, no qual atuam os catequistas MINISTÉRIO DO INTRODUTOR DO CATECUMENATO
Sobre o ministério do(a) introdutor
Como a tarefa principal do Introdutor é anunciar Je-
sus Cristo, evidentemente, cabe-lhe, sobretudo através da • alguém “que o conhece [o interessado],
vida e de sua vibração pela fé, ajudar o iniciando a encan- ajuda
tar-se por Jesus Cristo, pessoa, mensagem e missão. Pelo e é testemunha de seus costumes, fé e desejo” (n. 42).
exemplo desse Introdutor o candidato alimenta seu desejo • junto com a comunidade,
de viver a experiência do encontro pessoal com o Senhor ajuda-os “a encontrar e a seguir a Cristo” (n. 77).
e se sente estimulado para inserir-se na comunidade cristã — Trata-se de um ministério de “ajuda”,
e comprometer-se na missão. O iniciante sabe e sente que semelhante ao dos padrinhos.
pode contar com o apoio afetivo e de fé por parte de al- Começa no pré-catecumenato, é ativo em todo o seu
guém que, para ele, é fidedigno. O introdutor, porém, deve desenrolar e, se for o caso,
deixar claro em sua missão, que não está isolado, e tam- é substituído pelo padrinho ou madrinha apenas no final
pouco o iniciante, pois toda a comunidade eclesial está en- do catecumenato.
volvida no processo ( RICA no item 41,1 destaca o papel da — O ritual dá preferência que o próprio introdutor venha
comunidade no processo de Iniciação à Vida Cristã). a ser o padrinho (n. 42).
Para bem viver este importante ministério na — O padrinho é escolhido “por seu exemplo, qualidade e
Igreja, o Introdutor precisa ter percorrido, ele mesmo, o amizade,
caminho dos Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, e delegado pela comunidade cristã local com a aprova-
Confirmação e Eucaristia). Ele necessita, também, cultivar ção do sacerdote” (n. 43).
sua vida de fé, participar da vida da comunidade, alimen-
tar-se com a Palavra de Deus e a oração pessoal, ser fiel à A missão do padrinho (e do introdutor):
Igreja e zelar por sua formação continuada, tanto em Bí- “ensinar familiarmente (...)
blia, teologia e pastoral como em relações humanas, peda- como praticar o evangelho
gogia, psicologia, comunicação e cultura geral. Sua missão em sua vida particular e social,
requer dele grande capacidade de ouvir e dialogar, paz in- auxiliá-lo nas dúvidas
terior e disposição para acompanhar com paciência quem e inquietações,
começa um processo que não apenas apresenta novida- dar-lhe testemunho cristão”
des, mas vai crescendo em exigências quanto à mudança e, depois da celebração dos
de vida. sacramentos,
Uma vez criteriosamente escolhidos pela Coorde- “velar pelo progresso
nação da Iniciação Cristã e submetidos à aprovação do de sua vida batismal” (n. 43).
Conselho Pastoral, os Introdutores serão devidamente Quem é o introdutor?
preparados. O processo formativo não é apenas de conte- Semeador que prepara o terreno para que a fé possa flores-
údo, em estilo acentuadamente acadêmico e formal, mas cer e dar frutos = Anuncia o querigma, com seus principais
conteúdos
O introdutor é o evangelizador que encaminha aqueles que Jesus Cristo, ou seja, da boa notícia que é Jesus Cristo. As-
querem se preparar para receber os Sacramentos da Inicia- sim, descreve-se, em primeiro lugar, a relação da catequese
ção Cristã. com o primeiro anúncio que se realiza na missão, ou seja, o
O introdutor atua na fase do PRÉ-CATECUMENATO. Amigo
querígma, que significa proclamação ou anúncio da Boa-
de caminhada que ajuda o simpatizante a abrir o coração ao
amor e à graça de Deus! Nova. O primeiro anúncio é interpelante, reitera a promessa
Porque a Igreja precisa formar cristãos verdadeiramente de graça, aplicando-a ao contexto dos ouvintes para suscitar
convertidos, que testemunhem no dia-a-dia a sua fé a reação de cada uma das pessoas à mensagem do Evange-
Como continuar concedendo os Sacramentos àqueles que, lho.
apesar do ‘curso, não demonstram mudança de vida e de Ninguém nasce cristão. O cristão se faz ao longo de um pro-
mentalidade, enfim, não alcançaram a maturidade na fé?” cesso de diálogo e correspondência da pessoa com o Se-
E eu, como cristão e introdutor, busco minha conversão di-
nhor.
ária e um amor sempre maior a Deus e ao próximo???
Em todas as pastorais, associações e movimentos. Em espe- A catequese visa, nesse tempo, oferecer o Anúncio Primeiro
cial, naqueles que recebem pessoas ainda não evangeliza- de Jesus e ajudar na adesão pessoal a Ele, na experiência
das, devem haver introdutores. pessoal com Ele, portanto, na conversão.
É significativo que a Iniciação cristã seja uma espécie de ca- Para isso, a Igreja criou um tempo inicial indispensável de
talizadora da Pastoral de Conjunto, já que o Batismo é a fecundação, gestação e nascimento da opção por Cristo, de-
fonte de toda vida e missão cristãs. nominado querigma.
Ao longo da vida do cristão, avida comunitária, segundo o
Ministro do acolhimento
mandamento do Amor, é um elemento fundamental. A ca-
catequista
tequese, pondo diante do catecúmeno o ensinamento de
psicólogo
Jesus em atos e palavras, ratificado por sua morte e ressur-
É o amigo que, partilhando sua própria experiência, vai aju-
reição, deve conduzi-lo à escuta da Palavra do próprio Deus.
dar o candidato a caminhar na fé e a firmar uma relação
“Quem ouve o Pai e aprende vem a mim” continua dizendo
pessoal com Deus e com a comunidade
Jesus (Jo 6,45), e assim se cumpre a profecia de Isaías
O introdutor precisa estar pronto para se deparar com as
(54,13).
seguintes situações delicadas:
Abertura ao diálogo ecumênico e interreligioso: saber lidar,
A Igreja anuncia o Evangelho com toda sua vida
com respeito, com os advindos de outras práticas religiosas.
O tríplice serviço da palavra, da liturgia e da caridade ‒ a
Estar pronto para tirar as dúvidas e avaliar constantemente,
exemplo do próprio Cristo, que viveu e morreu por nós e
se a pessoa já está deixando aos poucos suas antigas cren-
por nossa salvação. Paulo diz da Eucaristia: “Todas as vezes
ças.
que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis
Esclarecer sobre as possíveis dificuldades ou impedimentos
proclamando a morte do Senhor, até que Ele venha” (Cor
para que o adulto possa prosseguir, especialmente, na
11,26). A Eucaristia é o ponto culminante do anúncio ecle-
questão conjugal.
sial da Boa-Nova de Deus em Jesus Cristo, porque, segundo
O Espírito Santo nos iluminará nesta missão!
o adágio dos pais da Igreja a eucaristia faz a Igreja.
A Igreja anuncia o Evangelho com toda sua vida ‒ o tríplice
Diante dos novos tempos e dos novos sinais que nos colo-
serviço da palavra, da liturgia e da caridade ‒ a exemplo do
cam às margens das transformações, torna-se difícil com-
próprio Cristo, que viveu e morreu por nós e por nossa sal-
preender os próprios critérios da vida, de tudo o que ela res-
vação. Paulo diz da eucaristia: “Todas as vezes que comer-
peita, até mesmo o Deus invisível, inclusive da própria ma-
des este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do
neira de entender Deus. No horizonte das várias mudanças,
Senhor, até que venha” (Cor 11,26).
a Verdade sobre Deus fica ofuscada. Faz falta um olhar mais
atento, uma maior atenção, uma escuta, tanto voltada para
a interioridade, quanto para o seu exterior
A catequese, situada no âmbito da missão evangelizadora
da Igreja, como momento essencial, recebe da evangeliza-
ção um dinamismo missionário que a fecunda na sua interi-
oridade e a configura na sua identidade.
Segundo o documento da Igreja (Evangelii Nuntiandi n.7), a
catequese nasceu, na Igreja, ligada à iniciação cristã, o que
equivale a dizer que nasceu como anúncio do evangelho de

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