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Teorias da Biosfera

A biosfera é a esfera (a parte da terra) onde é possível a ocorrência de vida, sendo assim
ela possui os seus mecanismos que possibilitam a ocorrência da vida
independentemente na intervenção humana.
As teorias da biosfera/sua função
A teoria da biosfera de Wladimir Vernadsk
Vernadsky, pai da ecologia global holista, define o conceito numa perspectiva mais
ampla e complexa, abre uma nova pesquisa: a “geo - química global”. Em 1926,
Vernadsky publicou a obra “A biosfera” cuja intenção era chamar atenção dos
naturalistas, geólogos e sobretudo biólogos da importância do estudo quantitativo da
vida em suas relações indissolúveis com os fenómenos químicos do planeta, (Armando,
s/a).
Vernadsky define a biosfera, como a região única da casca terrestre, ocupada pela vida,
que não é um fenómeno exterior ou acidental na superfície terrestre. A propriedade da
vida é sua ubiquidade, sua capacidade de ocupar qualquer espaço livre. Ele vê a biosfera
como um mecanismo cósmico harmonioso.
Para vernadsk os elementos da biosfera distribuem-se em três grupos: a matéria vivente,
a matéria e a matéria bioinerte. E funcionam nem processo de migração biógena dos
elementos químicos e a evolução das espécies e propunha a mudança nas formas de
alimentação e na utilização das fontes de energia por parte do ser humano como forma a
minimizar o impacto antropico no meio ambiente (Armando, s/a).
A teoria da Biosfera de Gaia
James Lovelock, propunha o termo Gaia como mais amplo que biosfera para
compreender a terra como planeta vivente. A terra é entendida como uma gigantesca
máquina termo – química, (Armando, s/a).
Segundo Armando (s/a), a hipótese afirma que os seres vivos, além de se adaptarem ao
meio ambiente também podem modificar alguns aspectos do mundo não vivo.
Gaia afirma também que a biosfera e a geosfera são interligadas e evoluem de forma
conjunta, por meio de complexos sistemas de retroalimentação. O conjunto da geo -
biosfera agiria como um sistema capaz de se auto-organizar de maneira de manter as
condições melhores para existência da vida. “Como se a Terra”, diz Lovelock, “fosse
um único, grande organismo vivo”.
Se a hipótese Gaia encontrou grandes dificuldades para se tornar uma teoria científica,
seu poder como metáfora inspiradora ou como símbolo de uma visão orgânica e não
reducionista de nosso planeta foi extraordinário. A ideia de que a Terra pode buscar
seus próprios equilíbrios, mas que também pode adoecer, foi aproveitada por muitos
ambientalistas para advogar políticas sérias de desenvolvimento sustentável.
Assim, com base nas ideias das teorias anteriores conclui-se que a biosfera apresenta
propriedades como a auto regulação, flexibilidade e complexidade e auto depuração.
A Cladística, a Filogenética e a Sistemática
A Cladística também conhecida como sistemática filogenética, é uma escola de
classificação biológica que classifica hierarquicamente as espécies em grupos ou táxons
baseada puramente no princípio filogenético, um método evolutivo que classifica todos
os seres vivos baseando-se unicamente em suas relações evolutivas (Armando, s/a).
Segundo os fundamentos da cladística, formulados em grande parte pelo entomólogo
Willi Hennig, uma classificação deve sempre expressar a relação evolutiva das espécies,
não importando se elas são semelhantes ou se diferem drasticamente. Segundo esta
escola, em uma classificação cada grupo deve ser obrigatoriamente Monofilético, ou
seja, possuir todos os descendentes do ancestral comum e mais antigo do grupo e nada
mais.
De acordo com Armando (s/a), os Princípios da claudistica se assenta no facto dos
organismos classificarem- se de acordo com as suas relações evolutivas; o princípio
mais importante diz que todos os táxons de uma filogenia devem ser monofiléticos.
Partindo deste pressuposto os táxons, jamais podem ser inventados, pois correspondem
a entidades históricas que foram, ou ainda precisam ser, descobertas.
O resultado final de uma análise cladística é obtido na forma de árvore ou cladograma,
um dendograma que expressa hipóteses de relações filogenéticas entre táxons de
determinado grupo definido através de critério da objectividade que constitui uma forma
de representar uma propriedade natural real e livre de ambiguidades.
As partes que compõem a biosfera
Segundo Armando (s/a), os elementos da biosfera distribuem-se em três grupos:

 A matéria vivente é o conjunto das espécies vivas (99 % são autotróficas e 1%


são heterotróficas).

 A matéria biógena que compreende os combustíveis fósseis, a turfa dos


pântanos, o húmus proveniente da matéria viva.

 A matéria bioinerte que são a água, as rochas sedimentares e a parte baixa da


atmosfera indissociáveis da história da vida.

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