Força de Arrasto e Sustentação

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Aula #22

Capítulo 9 parte B
Este capítulo aborda escoamento externo.
No capítulo 8 vimos escoamento interno.
Estes dois capítulos introduzem dois tipos
de escoamentos muito diferentes e se
complementam.

Tópico da aula:
força de arrasto

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Escoamento externo: força resultante no corpo
Sempre que há movimento relativo entre um corpo (sólido ou deformável) e o
fluido haverá uma força resultante devido à ação do fluido.
A força resultante é decorrente da ação combinada das forças de superfície que
agem no corpo: tensão viscosa e pressão e da força de campo (força peso).

FR    pndA   
S.C. S.C.
w dA  
V.C.
gd
S.C.

Ação e reação – se o fluido causa uma força no corpo por sua vez o corpo
causa uma força igual e contrária.
A força de reação é responsável por gerar as acelerações e pressões
necessárias para que o fluido desvie de sua trajetória e passe a redor do corpo.

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Escoamento externo: decomposição da força resultante
A força resultante da ação do fluido no corpo L
pode sempre ser decomposta em duas
componentes: uma paralela à direção do E D
escoamento livre e outra normal à direção
do escoamento livre. Mg

Diagrama de forças num corpo livre na figura.


Elas são denominadas por: forças de Arrasto,
D (drag); Sustentação, L (lift); Arrasto & Sustentação
E o empuxo equilibra D e o peso, Mg,
equilibra L.

O arrasto, D, foi introduzido no problema


do Orca-jet visto na aula#11 no cap.4!

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Exemplo: arrasto e sustentação num avião
Arrasto e Sustentação são
forças mecânicas que agem
no corpo devido ao
movimento relativo entre o
corpo e o fluido.

Por movimento relativo entende-se que:


(i) Corpo parado e fluido escoando
(ii) Fluido parado e corpo deslocando-se
(iii) Corpo e fluido com velocidades

Em vôo planado com velocidade constante o empuxo da propulsão iguala


ao arrasto causado pela passagem do fluido pelas asas e fuselagem; por
sua vez a sustentação devido ao movimento relativo iguala a força peso.
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Efeito da forma do corpo em D e L
O arrasto e/ou sustentação, para Re elevados (> 104),
dependem da forma do corpo.

Veja filme paraquedista mudança de área -> mudança de Cd!


Veja mudança de área da asa do falcão.
Veja mudança área asa Airbus aterrisando.
Veja a ação da força de arrasto quando uma folha cai.
Ciclista, mudança de área -> mudança de Cd!

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Encerra a parte de conceitos gerais de arrasto e sustentação

Tópico seguinte será força de arrasto

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Coeficiente de arrasto, CD
A força de arrasto age paralela à direção do escoamento livre. Ela
representa a resultante das forças de origem viscosa e de pressão.
Para um escoamento sem superfície livre e sem efeitos de
compressibilidade, a análise dimensional revela que o Coeficiente de
Arrasto é uma função de Re e da forma!
D
CD   f  Re, forma 
1 2     U 2rel  A
onde :
i. Urel é a vel. relativa entre à corrente livre e o corpo, Urel = U - Uc;
ii. Re é baseado em Ur;
iii. CD expressa a ação combinada das forças tangenciais (viscosas) e
normais (pressão) à superfície do corpo.
iv. A é uma área de referência definida na tabela onde informa o CD.
Usualmente é a área frontal ou a área molhada do corpo. EM461 Prof. Eugênio Rosa
Força de arrasto é um vetor!
1
D  CD    U rel  U rel  A
2
• O vetor D é paralelo a Urel, o sentido de D é dado pelo sentido de Urel paralelo a D.
• Urel é o vetor velocidade relativa, Urel = (Ufluido -Ucorpo );
• A é uma área de referência do corpo: pode ser a área frontal ou a área molhada;
• A força de arrasto é invariante. O corpo pode estar estacionário e o fluido se
deslocando ou vice-versa que a força de arrasto é a mesma, por isto ela é expressa
em termos da velocidade relativa:
L

D é paralelo à direção do D
escoamento livre!

Escoamento livre é longe


do corpo, não sente a
influência da presença do
corpo. D

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Diferentes cenários e o arrasto D • Do referencial adotado indique o sinal (+ ou -) de Ucorpo e Ufluido.
• D é proporcional a (Urel )2 = (Ufluido -Ucorpo)2.
• A direção de D é dada pelo vetor Urel.
Avião deslocando contracorrente Avião deslocando a favor corrente

|Uar|>0 g |Uavião|<0 g |Uavião|<0 |Uar|<0


L L
E E
D D

W W
D ~ [Uar-(-Uavião)] > 0 D ~ [(-Uar)- (-Uavião)] >0
vel. se somam vel. se subtraem; se Uavião>Uar
Legenda: Considerando que |Uavião|>|Uar|: em qual cenário
E – empuxo gerado turbina D será maior: em contra ou a favor da corrente?
D – força arrasto Resp.: contracorrente pq as vel. se somam.
W – força peso Considerando que |Uavião|=|Uar| a favor da
L – força sustentação corrente: pode acontecer numa situação onde D =
Uar – velocidade do ar 0. Neste caso a sustentação também será nula. Isto
Uaviao – velocidade avião pode causar um desastre aéreo no pouso ou
decolagem. EM461 Prof. Eugênio Rosa
Por que aeroportos possuem ‘birutas’

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Vamos ver nos próximos slides o CD em:
(i) placas planas;
(ii) corpos rombudos; e
(iii) corpos aerodinâmicos
Placas planas cuja normal é ortogonal ao escoamento
livre são especiais porque CD só depende do atrito, não
há componente de pressão.
Aplicação: fuselagem aviões e cascos de embarcações.

Corpos rombudos possuem CD  1,0, devido a


componente de pressão, a tensão de cisalhamento é
muito pequena.
Aplicação: medidores vazão, fenômenos naturais,
automobilística, etc

Corpos aerodinânicos CD é baixo (<<1) e dependem


tanto da distribuição de pressão como da tensão de
cisalhamento. Será visto com mais detalhe na aula
seguinte. Aplicação: aerofólios e hidrofolios.
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Arrasto numa placa plana: um caso especial
Um corpo está sujeito as forças de
pressão, atrito e peso:
FR    pndA   
S.C. S.C.
w dA  
V.C.
gd D

Para a placa plana a força resultante na


direção do escoamento é decorrente
somente da tensão viscosa.
FR  
S.C.
w dA
A força de arrasto está indicada na
figura. Para que a placa permaneça
De fato, as linhas de corrente são estacionário é necessário, p. ex., uma
paralelas (não possuem curvatura!) não força mecânica igual e contrária a D!
há gradiente de pressão transversal.
No momento não está sendo
considerado a força peso também.
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Características da camada limite, Re >> 1

No escoamento externo, quando Re cresce, Re >> 1, faz com que o perfil de


velocidades fique próximo do corpo. Este cenário define a Camada Limite.

A variação de velocidade na direção transversal é grande enquanto que na


direção do escoamento é pequena.

O escoamento na camada limite possui ‘basicamente’ uma única direção: a direção


do escoamento.Diz-se que ele é ‘one-way type of flow’, o escoamento é definido
pelo que vem a montante.

 é denominado por espessura da camada limite.


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Placa Plana - força de arrasto devido a tensão na parede
O arrasto viscoso é devido às forças viscosas que atuam nas paredes. A
tensão de cisalhamento na parede é uma força localizada. A força viscosa
atua de em cada elemento de área da superfície do corpo.
Na sua forma ‘local’, i.e., dependente da posição x, ela é expressa por
meio do coeficiente de atrito, Cf , de Fanning:

w  x 
Cf  x   1
2   U 2rel (x)/L << 1

A força de arrasto, D, é a soma da força exercida em cada elemento de área:

 
L
1 L
D 1
2
 U rel U rel  L  w   C f  x  dx
 onde w é a
largura da placa
1
 C D   C f  x  dx
L0 L0

Nota - Em aerodinâmica e transferência de calor é mais utilizado coef. atrito Fanning.


Coeficiente de atrito de Darcy é mais utilizado em tubulações e canais abertos.
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Arrasto viscoso placa plana - Tabelas
Coeficiente de atrito de Fanning, Cf, local e CD em uma
placa plana com ausência de gradiente de pressão:


 1.33
 D
C  Re L  5 105 Eq. 9.35

 Re L

 0.0742
C
 D  5  105  Re L  10 7 Eq. 9.34
Re1L 5

 0.455
C D  5  105  Re L  109 Eq. 9.35
 Log  Re L  
2.58

  

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Exemplo 1 – Um avião V=820Km/h e z = 12km. Determine o arrasto
viscoso na fuselagem e a potência para vencer o atrito. Fuselagem é um
cilindro de 4m diâmetro por 40 m de comprimento
Ar padrão, TAB. A3, z = 12km -> /0 = 0,2546 & T = 216K (-56,5oC),
sabendo que 0 = 1.225 kg/m3 então  = 1,225x0,2546 = 0,312 kg/m3
Viscosidade ar (Sutherland A.1) m = bT0.5/(1+S/T) -> = 1,42.10-5 kg/(m.s)
A fuselagem será aproximada como uma placa plana de área equivalente.
ReL = VL/m = 0,312x228x40/ 1,42.10-5 = 2.0 108 (regime turbulento)
0, 455
Eq.9.35  C D   0, 00193
 Log10 Re L 
2.58

Resposta:
1 0, 312  228 2
FD  C D  U 2 A  0.00193    4  40  7860N
2 2
Pot  FD  V  1, 79MW (2410 HP)
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Exercício 1 – Qual seria a pot. requerida para vôo no nível do mar

Resp.: 8155 HP ou 3,4 vezes mais potência em relação a cota z = 12 km.

Podemos fazer uma estimativa mais rápida.

Note que o arrasto ‘viscoso’ é diretamente proporcional a densidade, não


vamos refazer a nova viscosidade nem o CD.

Como /0 = 0.2546 então F x4 e a também Pot x 4. Logo Pot ~ 9600 HP!

Por esta razão vôos comerciais operam entre 8000m a 12000m de altitude que
permite uma economia de combustível mas também a atmosfera ainda têm
oxigênio para queima do combustível.

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Arrasto em corpos aerodinâmicos x corpos rombudos

Corpos aerodinâmicos: Corpos Rombudos:


CD < 0,1 Tipicamente 0,5  CD  2

Força arrasto definida pela


soma da força viscosa e da Força arrasto definida pela
distribuição de pressão. distribuição de pressão.
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Arrasto em corpos aerodinâmicos, CD <<1
Corpos aerodinâmicos (streamlined bodies) Tipicamente CD < 0,1 e varia com
Re. A força viscosa e a forças de pressão são pequenas mas igualmente
importantes.

Eco Car UNICAMP

O projeto de um avião busca reduzir o arrasto e maximizar a sustentação.


A fuselagem e as asas são ‘streamlined bodies’
Veja mudança área asa Airbus aterrisando.
Veja filme da mudança de área da asa do falcão. EM461 Prof. Eugênio Rosa
PEGEAUT LE MANS 2007 “STREAMLINED BODY”
Corpo aerodinâmico

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PEGEAUT LE MANS 2007 TOMADAS
DE AR, ASA E EFEITO SOLO

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Arrasto em corpos rombudos (bluff bodies), CD ~ 1
Corpos rombudos apresentam CD constantes e são definidos pela
distribuição de pressão. Usualmente, ReL > 104 onde ReL = f.Urel.L/mf
i. f e mf correspondem ao fluido externo ao corpo;
ii. Urel é a velocidade relativa;
iii. L é uma dimensão característica do corpo.

CD 2,2 1,3-2,5 1,2/0,3 1,15 1,7 1,3 1,1

Corpos rombudos com Re>104, CD depende da ‘forma’ do corpo e não do


arrasto viscoso. Basicamente 1/2U2 é dissipado por isto o 0,5 < CD < 2,0
Observe a mudança de área e de forma como altera o CD.
 Veja filme paraquedista mudança de área/forma -> mudança de CD!
 Veja filme ciclista, mudança de área/forma -> mudança de CD!
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Arrasto em corpos rombudos (bluff bodies)
Principais características:
– Escoamento apresenta grandes áreas de separação;
– Reynolds elevado, Re > 104 ~105;
– CD ~1 : força de arrasto ~ (1/2) U2;.

Corpos rombudos possuem


arrasto dominado pela
distribuição de pressão (força
viscosa desprezível) também é
chamado de arrasto de forma!
A maioria dos corpos rombudos
utilizam a área frontal do corpo,
isto é, sua projeção na direção do
escoamento.

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TABELAS CD PARA ALGUMAS FORMAS DE
CORPOS ROMBUDOS

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Exercício 2 – O CD de um carro aumenta quando a
janela ou também quando o ‘teto solar’ estiverem
aberto. Um carro esporte CD tem uma área frotal de
2,04 m2 e o CD de 0,32 quando as janelas e o teto
solar estão fechados. O CD aumenta para 0,41
quando o teto solar está aberto. Determine o
consumo adicional de potência quando o carro está:
(i) 50 km/h
(ii)120 km/h
Considere a densidade e a viscosidade do ar sejam
de 1,16 kg/m3 e m= 1,79.10-5 Ns/m2.
Janelas e teto solar fechados
CD =0,32, consumo de potência em 50 km/h -1.4HP e em 120 km/h -19.1HP
Janelas e teto solar abertos
CD =0,41, consumo de potência em 50 km/h - 1.8HP e em120 km/h - 24.4HP
Competindo: 300Km/h (CD = 0.32) -> 298HP !!

Aplicação na indústria automobilística, aeronáutica e naval.


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Exemplo 2 - Um misturador rotativo é construído com dois discos circulares,
conforme mostrado. O misturador é acionado a 60 rpm dentro de um grande
vaso contendo solução de salmoura e água (SG = 1,1; m = 0,001 N.s/m2).
Estime o torque e a potência mínimas para acionamento. Despreze o arrasto
sobre as hastes e o movimento induzido no líquido.

Aplicação em agitadores de tanques para misturas e para reatores químicos ,


industria química, farmacêutica e de alimentos.
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Escolha CD exemplo 2

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Arrasto, D: D  C D  1  U r2 A
2
Torque acionamento: T  2R D
Pot. acionamento: P  T
1. Propriedades:  = 1100 kg/m3; m = 0,001 kg/m/s; d = 0,1m.
2. A velocidade do disco: V = .R = [60(rpm)/60/.2.0,6 = 3,77m/s
3. Red = Vd/ m = 415000, portanto pode-se usar tab. 9.3; CD = 1.17 (disco)
4. Área frontal do disco, A = d2/4 = 0.00785 m2.
5. Velocidade relativa: Ur = V = 3.77 m/s. Esta estimativa é conservadora pois o
líquido terá velocidade devido ao movimento da pá. Entretanto o cálculo da
velocidade do líquido é complexo e por isto se faz esta estimativa conservadora.

D  C D  1  U r2 A  71.8N
2
T  2  R  D  86.2N.m
P  T    542W
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Balanço de forças no pouso do space shuttle

1. Arrasto Paraquedas

2. Arrasto Shuttle

3. Flaps Shuttle

4. Freio pneus

dU 1 1 1
M   C D,p ar U r A p  C D,s ar U r A s  C D,f ar U r2 A f  Fbreaks
2 2
dt 2 2 2
freio pneus
Força Paraquedas Shuttle Flaps EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exemplo 3 - O sistema de frenagem de um avião militar consiste em um
paraquedas de 6 m de diâmetro. Se o avião tem massa de 8500 kg e
aterrissa a 400 km/h, determine o tempo e a distância para os quais o
avião é desacelerado para 100 Km/h.

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O problema será simplificado considerando: apenas a contribuição do arrasto
do pára-quedas para frenagem e, a velocidade do vento nula de forma que a
velocidade relativa Urel é a própria velocidade do Space Shuttle.
dU 1
M  C D,p ar U r U r  U r  U fluido  U shuttle
dt 2
dU 1 U e M: vel. e massa shutle;
M   C D,p  ar U U  como U>0
dt 2 Ap : área do paraquedas.
dU 1 ar A p
2
  C D,p dt 1
U 2 M

Da Eq.(1) podemos integrar por duas maneiras.:


(i) Integrar no tempo para determinar U(t) e integrar novamente U = dx/dt
para obter x(t) o espaço percorrido em função do tempo;
(ii) Usar a identidade dt = dx/U de forma que dU/dt  UdU/dx uma vez que U
relaciona o espaço e o tempo. Desta forma chega-se diretamente na
equação de x(t). Esta transformação é frequentemente usada em problemas
transientes encontradas no cap. 4.
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Solução da E.D.O. – proposta (i)
1 t 2  M  
   C onde L 0    
Dados do problema U L0 C D,p  ar A p  
 

Massa 8500 kg 1 
t  0  U  U0 e C   
Area 28,27 m2 U0 
U 1

U0 111,1 m/s U 0 1   U 0 L0   t
Uf 27,8 m/s
CD 1,4 (---)
rho ar 1,2 kg/m3
mi ar 0,0000181 kg/(m.s)
L0 341,5 m
U0/L0 0,3254 (1/s)
Resposta: excel
desacelerar 400 km/h p/
100 km/h t = 9,2 s
i. Integre a EDO para chegar na solução acima;
ii. Aplique as condições iniciais e de contorno para chegar na solução dada.
iii. Explore a solução se você alterar o parâmetro U0/L0.
iv. Note que U0, CD,  e A são constantes. Se M cresce, L0 também cresce e U0/L0 diminui.
Logo o tempo p/ velocidade reduzir de 400 para 100 km/h aumenta! EM461 Prof. Eugênio Rosa
O paraquedista
Drag
Balanço de Forças, 2ª Lei Newton
dU 1
M      ar  g  CD A ar  Uar  U  Uar  U
dt 2

Velocidade terminal: a medida que o paraquedista aumenta


sua velocidade de queda livre o seu arrasto aumenta com o
quadrado da velocidade até que o paraquedista para de
acelerar; atinge a velocidade terminal onde a força de arrasto
é igual a força peso. Peso
U terminal
U

t
dU
M  0; U ar  0 &
dt
   ar  g
U term U term  
C D A 12 ar
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Velocidade Terminal
Calcule velocidade terminal de uma pessoa de 70 kg:
i. Queda livre, barriga para baixo CD.A=0,84 m2.
ii. Com paraquedas, 3m de diâmetro.
Partindo do balanço geral:
dU 1
M       ar  g  C D A  ar  U ar  U  U ar  U
dt 2

Se
dU
dt
 0  C D 12 ar U corpo
2
 
A  corpo  ar corpo  g

U corpo 
2     ar  gcorpo
C D  A  ar
 
36,3m s 131km h
5,50 m s 20 km h

Acesse informações sobre


velocidade terminal de um
homem em queda livre.
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SOMENTE ESFERAS

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Chuva de granizo mata Chuva de granizo amassa carro
ovelhas outubro/ 2015

Chuva de granizo fura telhas

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Coeficiente de arrasto na esfera

C D  24 / Re Re  1 (Stokes)
C D  24 / Re 0,646 1  Re  400
C D  0,5 400  Re  3.10 5
C D  0,000366 Re 0, 4275 3.10 5  Re  2.10 6
C D  0,18 Re  2.10 6
Na definição Re lembre que  e m são propriedades
do fluido externo à esfera; EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exemplo 4 - Calcule a velocidade terminal de granizos (admita que são
esféricos com 30 mm diâmetro) e caem no ar padrão.
Ar padrão 20oC;
 = 1,21 kg/m3
m=1,81E-05 kg/m/s
Densidade granizo;
G = 900 kg/m3 CD = 0.4
Balanço de Força:
Peso=Arrasto+Empuxo

1
D  CD  ar  U r U r  A Na faixa de 103 < Re < 105 CD é igual 0,4.
2 Excel
Vamos tentar CD = 0,4 para determinar U:
 Vol     G   a  g 
Ur  2      27m / s  100 km h
 A   C D   ar 
Verifique se Re está na faixa de CD = 0,4.
Re D   a Ud m a  54000
W  Vol   G   a  g Como Re satisfaz, a velocidade é correta!

Qual seria velocidade terminal se d = 50mm?


Resp.: 34,8 m/s! EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exercício -3 Determine uma expressão para a velocidade terminal
de partículas esféricas no regime de Stokes (Re < 1 & CD = 24/Re)
A solução aplica-se somente para o
regime de Stokes ou ReD  1.
Inicie pelo balanço de forças na esfera
mostrado ao lado:

onde ‘s’ representa o sólido e ‘f’ o fluido e ‘Vol’ é o volume da esfera.


Substitua no balanço de forças o volume da esfera e a definição de CD em
função de Reynolds, simplifique mostre que a velocidade terminal é:

Esta equação é usada em cálculo de precipitação de sólidos relacionados com


tempo de residência em decantadores de líquido e em transporte de poluentes
na atmosfera!
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Esfera em Queda Livre
 e   
UD 2
g
18m

Para o regime de Stokes, V ~ D2

Esferas com razão 2:1 de diâmetro apresentam


uma razão de 4:1 para a velocidade!

Como você calcularia a velocidade terminal de


uma bolha para o regime de Stokes
D = diâmetro da bolha
e = densidade do ar ( P=cte num intervalo)
 = 1000 kg/m3.

Numa profundidade de 10m de água há uma


variação de 1atm! A bolha pode dobrar de
volume e não estar no regime de Stokes, o que
acontece com ela
Resp.: deixa de se esférica, ela se deforma e
chega até fragmentar em bolhas menores. EM461 Prof. Eugênio Rosa
Carenagem (Fairing)
A extensão da região de escoamento separado atrás de
corpos rombudos pode ser reduzida ou eliminada por
carenagem, ou seja, pela forma aerodinâmica do corpo.

O objetivo da carenagem é reduzir as áreas de


separação adicionando ao cilindro (verde) um
carenagem (vermelha) tornando as distribuições de
pressão no corpo simétricas em relação a montante e
jusante reduzindo o arrasto de forma.

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Caranegem (Fairing)
A importância da forma aerodinâmica
na redução do arrasto, CD baseado na
área frontal do corpo bidimensional:
(a) Cilindro seção retangular;
(b) Cilindro c/ nariz arredondado;
(c) Cilindro c/ cauda tipo difusor;
- Corpo (a) passa a ter CD 13,3 vezes
menor com carenagem!
- Para Re ~ 104, o arrasto c/ carenagem h
equivale, aproximadamente, a mesma
força de um cilindro com diâm. 13,3
vezes menor que h do corpo (a), veja
fig.(d) !

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Exemplo 5 - Como funciona um defletor de vento montado sobre a cabine de
um caminhão de carga? Explique usando linhas de corrente da distribuição de
pressão sobre sua superfície

Aplicação indústria automobilística, ferroviária e aeronáutica.


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Exemplo 5 – cont. (1) - Verifique o cálculo da distância ‘x’ de frenagem
proposta (i): Integrar no tempo para determinar U(t) e integrar
novamente U = dx/dt para obter x(t) o espaço percorrido em função do
tempo;

x tf
dx U0 dt
   dx  U 0 
dt 1   U 0 L 0   t 0 t  0 1   U 0 L0   t

x  L 0  Ln 1   U 0 L 0   t f 

x  U0 
ou  Ln   (2)
L0  f 
U

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Exemplo 5 cont.(2) – Verifique o procedimento da proposta (ii), “usar a
identidade dt = dx/U de forma que dU/dt  UdU/dx uma vez que U
relaciona o espaço e o tempo” para calcular diretamente a distância e o
tempo de frenagem para desacelerar de 400 km/h para 100 km/.

Eq. original
dU 1 ar A p dx 1 1 ar A p
 CD,p dt substituindo dt por dt  e = C D,p
2 2 M U L0 2 M
U

 U0 
=e  f 0 
dU dx xf Uf  x L
 Integrando:  Ln   ou
U L0 L0  f 
U U0

Respostas:
Tempo para frear de 400 km/h para 100km/h é de: 9,2s;
Distância p/ desacelerar de 400 km/h p/ 100km/h é de 473m

Aplicação em desaceleração de corpos por arrasto. Aplicações aeronáutica, em


paraquedas, em automobilismo, em escoamento com particulados (poluição,
em escoamento multifásico) EM461 Prof. Eugênio Rosa
Exemplo 5 cont.(3) - Sabendo que um astronauta pode suportar
uma aceleração de até 5g, determine a desaceleração do onibus
espacial em termos de multiplos de g e mostre que:

dU dt U 02 L 0

 
2
g 
g 1  L0 t
U0

 

e para t = 0 dU dt  3, 7  g

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Exercícios recomendados (use excel)
(1) Air at 20°C and 1 atm flows at 3 m/s past a sharp flat plate 2 m wide and 1 m long. (a) What is the wall shear
stress at the end of the plate? (b) What is the air velocity at a point 4.5 mm normal to the end of the plate? (c) What
is the total friction drag on the plate?

(2) Uma aleta vertical estabilizadora sobre um carro de recorde de velocidade tem
comprimento L = 1,65 m e altura H = 0,785 m. O automóvel deve ser dirigido na pista de
Bonneville Salt Flats, em Utah, onde a elevação é de 1340 m, a Patm = 86,5 kPa e a
temperatura de verão é 50°C. A velocidade do carro é 560 km/h. Avalie o número de
Reynolds de comprimento da aleta. Estime o local de transição de escoamento laminar
para turbulento nas camadas limite. Calcule a potência necessária para vencer o arrasto
de atrito superficial na aleta.

(3) Consider the smooth square 10-cm-by-10-cm duct. The fluid is air at
20oC and 1 atm, flowing at Vavg = 24 m/s. It is desired to increase the
pressure drop over the 1-m length by adding sharp 8-mm-long flat plates
across the duct, as shown. (a) Estimate the pressure drop if there are no
plates. (b) Estimate how many plates are needed to generate an additional
100 Pa of pressure drop. Hint: consider laminar regime on the boundary
layers on the flat plates; use a control volume to determine the pressure drop
due flat plates.

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Exercícios recomendados (use excel)
(4) A sea-level smokestack is 52 m high and has a square cross section. Its supports can withstand a maximum side
force of 90 kN. If the stack is to survive 150-km/h hurricane winds, what is its maximum possible width?

(5) A settling tank for a municipal water supply is 2.5 m deep, and 20oC water flows through continuously at 35
cm/s. Estimate the minimum length of the tank that will ensure that all sediment (SG =2.55) will fall to the bottom
for particle diameters greater than (a) 1 mm and (b) 100 mm. Consider the particles have spherical shape and travel
horizontally with 35 cm/s.

(6) Uma ciclista pode atingir uma velocidade máxima de 30 km/h em um dia calmo. A massa total da ciclista e da
bicicleta é 65 kg. A resistência de rolamento dos pneus é FR = 7,5 N, e o coeficiente de arrasto e a área frontal são
CD = 1,2 e A = 0,25 m2. A ciclista aposta que hoje, mesmo com velocidade contrária do vento de 10 km/h, ela pode
manter uma velocidade de 24 km/h. Ela aposta também que, pedalando com o vento a favor, pode atingir uma
velocidade de 40 km/h. Avalie as possibilidades da ciclista ganhar estas apostas. Resp.: ela ganha a 1ª e perde a 2ª.

(4) Two steel balls (SG =7.86) are (5) The Russian Typhoon class
connected by a thin hinged rod of submarine is 170 m long, with a
negligible weight and drag. A stop maximum diameter of 23 m. Its
prevents the rod from rotating propulsor can deliver up to 80,000 hp to
counterclockwise. Estimate the sea- the seawater. Model the submarine as an
level air velocity U for which the rod 8:1 ellipsoid and estimate the maximum
will first begin to rotate clockwise. speed, in knots, of this ship.

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Apêndice

Características da Camada Limite

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Características da camada limite, Re >> 1

(x)/L << 1

i.  é a espessura da Camada Limite

ii.  é a distância da parede onde a velocidade 


é 99% a velocidade da corrente livre

iii. Observe, porém que  é uma definição


arbitrária. 99% é usualmente aceito porém
poderia ser 90% ou 99,9% etc.

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Características da camada limite, Re >> 1
i. Região Externa (cor verde): efeitos viscosos são desprezíveis. O
escoamento pode ser modelado por Bernoulli: p+0.5U2 = constante.
ii. Região Interna (cor rosa): efeitos viscosos e inércia são igualmente
importantes. Há atrito na parede. Bernoulli não pode ser usado.
iii. y = (x) há um ‘casamento’ entre a região externa e a interna. As
soluções externa e interna devem coincidir para y = (x) para u, v e p!

P
1
2
2
U  c (x)/L << 1

Em461
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Diferenças entre uma placa plana e um
corpo com curvatura

Na placa plana para


Re >>1 a pressão é
constante
(x)/L << 1

Camada Limite c/ pressão variável Pressão variável mas sem Camada


porque as linhas de corrente possuem Limite parte superior. Por que?
curvatura! Escoamento não é ‘one-way’,
separação escoamento.
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Detalhes da Camada Limite Externa a um Aerofólio

1 2
P U  c
2

Camadas Limite – (verde)


Externo - (verm.) LBL – Laminar B. Layer Esteira - (roxo.)
Bernoulli aplicável TBL – Turbulent B. Layer Escoamento viscoso
T – Transição EM461 Prof. Eugênio Rosa
Extras

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Avião deslocando em ar parado Avião parado em ar com |Uar|>0
Diferentes cenários e o arrasto D
|Uar|>0 g Uavião= 0
|Uavião|>0 L
g E
L D
E
Uar=0 D
W
W

Uar=0 E
Legenda:
|Uavião|>0 E – empuxo gerado turbina
g D – força arrasto
W – força peso
L – força sustentação
Não equilíbrio, L Uar – velocidade do ar
não balanceado! Uaviao – velocidade avião

W+D
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Outros exemplos de arrasto
O movimento descendente No pouso do onibus espacial a
no paraquedas gera uma força de contrária ao
força de arrasto no movimento é composta por
paraquedas em sentido quatro parcelas: arrasto no
contrário. paraquedas, fuselagem e flaps e
também freio nos pneus.
Drag

Peso
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Exercício - A resistência de uma barcaça deve ser determinada a partir
de testes de modelos. O modelo de razão 1:13,5 tem comprimento, través
e calado de 6,71m, 1,22m e 0,20m. O teste deve simular o desempenho
do protótipo a velocidade de 3,57 m/s.
A) Qual deve ser a velocidade do modelo?
B) Onde devem ser colocados os ‘estimuladores’ de C.L. no modelo?
C) Estime o arrasto de atrito superficial para protótipo e modelo.

Modelo
w=1.21m

c=0.20m
L=6.71m
Um=?
(A) Como fenômeno apresenta superfície livre, não há similaridade
completa com Re e Fr, neste caso busca-se similaridade com Fr.

 U   U  Lm
      U m  U p   0.97m / s Lm/Lp = 1/13.5
 gL  M  gL  P Lp

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Relações entre Modelo e Protótipo Modelo Protótipo
comprimento 6.71 90.5
´
traves 1.22 16.5
calado 0.20 2.7
velocidade 0.97 3.6
 2c  w  L
Área Molhada 10.90 1986.6
  U  L m
ReL 6.51E+06 3.23E+08

ReTrans 500000 500000


 Re m    U 
L transição 0.515 0.14

Modelo
w=1.21m

c=0.20m
L=6.71m
Um=?
B) O L de transição entre Modelo e Protótipo devem ser geometricamente similares, isto é,
0.14/90.5 = Lmodelo/6.71. Os estimuladores de turbulência devem ser instalados no modelo
em 0,010 m da proa.
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O cálculo do arrasto de atrito na barcaça passa pela determinação da
força de arrasto numa placa plana que inicialmente é laminar e depois
transiciona para o regime turbulento.

Uma

Do arrasto total devido ao atrito com a parede qual fração é


devido à C.L. Laminar e qual corresponde à C.L. turbulenta???

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0.1

Eq. 9.33 _ Laminar

Eq. 9.34 Turb. 1E5<Re<1E7

Eq. 9.35 Turb. 1E5<Re<1E9

Cd
0.01

0.001
1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07 1.E+08 1.E+09
ReL

Observem a faixa de validade de cada equação no gráfico acima



C D  1.33 Re L  5  105 Eq. 9.35
 Re L

 0.0742
C D  5  105  Re L  10 7 Eq. 9.34
 Re1L 5
 0.455
C D  5  105  Re L  109 Eq. 9.35
 Log  Re L  
2.58

  
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Quando a camada limite tem regime laminar e turbulento deve-se:
(1) estimar o comprimento onde ela transiciona ReL = 5.105
(2) calcular o arrasto de atrito regime laminar (Eq. 9.33)
(3) empregando a equação abaixo o atrito regime turbulento
0.455 1610
CD  - 5  10 5  Re L  10 9 Eq. - 9.37b
 Log  Re L  
2.58
Re L
 

(4) somar as parcelas


0.1
CD é nulo para ReL = 3x105
Eq. 9.33 _ Laminar devido ao fator que subtrai. A
Eq. 9.34 Turb. 1E5<Re<1E7
partir deste Re o arrasto devido
Eq. 9.35 Turb. 1E5<Re<1E9

Eq. 9.37b Transição


ao regime turbulento é avaliado
1E5<Re<1E9
para a placa de comprimento L.
Cd

0.01

Note que para ReL > 107 a


correção é desprezível.
0.001
1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07 1.E+08 1.E+09
ReL
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Voltando ao problema da barcaça. Como ReL ~ 6.5x106 (modelo)
e ReL ~ 3x108 (protótipo) considera-se que a contribuição da parte
laminar do arrasto é desprezível tanto para o modelo quanto para
o protótipo. O Cd é estimado a partir da Eq. 9.35 apenas!
0.1

Eq. 9.33 _ Laminar

Eq. 9.34 Turb. 1E5<Re<1E7


0.455
Eq. 9.35 Turb. 1E5<Re<1E9
CD 
 Log  Re L  
2.58
Eq. 9.37b Transição
1E5<Re<1E9
 
Cd

0.01

1
D  C D  U 2 A molhada
2
0.001
1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07 1.E+08 1.E+09
ReL

Modelo Protótipo
Cd 0.0032 0.0018
1/2rhoU^2 472.6 6379.5
D (Newtons) 16.6 23004
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Rotor Savonius

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Exercício - Foi proposto a utilização de tambores excedentes de óleo
de 220 litros para fazer moinhos de vento em países
subdesenvolvidos. Duas configurações possíveis são mostradas.
Estime qual seria a configuração que dá o menor arrasto? O diâmetro
e o comprimento são D = 24” e H = 29”

D = 24”
H = 29”

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Exemplo 11 – Anemômetro com bola de ping-pong. Relacione o
ângulo de deflexão com a velocidade do vento V. A bola de ping-
pong está presa pelo fio.
o
se   15 
D
tg   
W

1
C d V A
2
 2

Mg

2W 
V
Cd    A
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Cálculos:
Diâmetro: 38.1mm
Massa: 2,69g A velocidade será proporcional a ()0.5
desde que:
Ar 1atm @ 20oC:
 limitado em até 15 graus
– =1.21kg/m3 CD seja constante.
– m=1.81E-05 N.s/m2

C D  0, 5 400  Re  3.105
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Dados de projeto
V (m/s) ReD alfa (graus atan(alfa) graus
0.01 25 0.00 0.00 fora faixa Re cte
0.05 127 0.00 0.00
0.16
0.5
408
1274
0.02
0.16
0.02
0.16
sem sensibilidade 
0.8 2038 0.42 0.42
1
2
2547
5094
0.66
2.63
0.66
2.63 VC 
5 12735 16.42 15.99
10
20
25470
50940
65.68
262.72
48.90
77.70
V  C Tan

14.0
aproximado
12.0 exato
10.0
V (m/s)

8.0

6.0

4.0

2.0

0.0
0 10 20 30 40 50 60
alfa (graus)

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Exemplo 12 – Uma esfera de um material sólido e é colocada em um
reservatório com água, e > a. Considere que o regime é de Stokes, CD
= 24/ReD e ReD 1 e que a água está estacionário. A esfera parte do
repouso U(0)=0 e é acelerada pela ação da gravidade até atingir a
velocidade terminal, U. Partindo da 2ª lei de Newton mostre que a
variação da velocidade da esfera é dada por:
U t  U  e
e 1 onde  
U g 
Dica: utilizando a relação da velocidade terminal U, chega-se a
identidade. Use esta identidade para chegar na expressão acima.

1 gD 2  D2 U
U   
18 m 18m g

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FIM

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