Política de Gestão de Riscos Financeiros - Português - VF - Ago20

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Código Revisão Data Emissão Aprovação

POL.09.00005 13/08/2020 13/08/2020 GEFIN DFBG

Título:
Política de Gestão de Riscos Financeiros

Sumário

1. OBJETIVO ................................................................................................... 2
1.1. ABRANGÊNCIA ..................................................................................... 2
2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ..................................................................... 2
3. TERMOS, DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS ........................................................ 2
3.1. CLASSIFICAÇÃO DE HEDGE ................................................................... 4
3.1.1. HEDGE DE FLUXO DE CAIXA ............................................................ 4
3.1.2. HEDGE DE DÍVIDA.......................................................................... 4
3.1.3. HEDGE DE OUTRAS EXPOSIÇÕES ..................................................... 4
4. DIRETRIZES ................................................................................................ 5
4.1. ESTRATÉGIAS DE HEDGE ...................................................................... 5
4.2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE HEDGE .................................................... 5
4.3. ACOMPANHAMENTO DO HEDGE ............................................................. 5
4.4. COMPLIANCE ....................................................................................... 5
4.4.1. REENQUADRAMENTO ...................................................................... 6
4.5. HOMOLOGAÇÃO DE PRODUTOS E CONTRAPARTES/EMISSORES POR
EXCEÇÃO ....................................................................................................... 7
4.6. REVISÕES ........................................................................................... 7
5. RESPONSABILIDADES .................................................................................. 7
5.1. ORGANIZAÇÃO DO GRUPO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS FINANCEIROS 7
5.1.1. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................... 7
5.1.2. COMITÊ DE GESTÃO E FINANÇAS ..................................................... 8
5.1.3. COMISSÃO DE RISCOS FINANCEIROS ............................................... 8
5.1.4. DIRETORIA DE FINANÇAS CORPORATIVAS ........................................ 8
5.1.5. TESOURARIA ................................................................................. 8
5.1.6. RISCOS E COMPLIANCE .................................................................. 8
6. APROVAÇÃO DA POLÍTICA ............................................................................ 9
7. VIOLAÇÃO DA POLÍTICA ............................................................................... 9
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 9
9. ANEXOS ..................................................................................................... 9

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1. OBJETIVO

O objetivo desta política é estabelecer as diretrizes do processo de gestão de riscos


da Suzano, suas subsidiárias e controladas, e os responsáveis pela sua execução,
manutenção e controle.

Esta Política é complementada por outras Políticas e procedimentos específicos para


cada fator de risco e para a gestão do caixa da Companhia.

As Políticas Financeiras complementares são as seguintes:

 Política de Gestão de Derivativos;

 Política de Gestão de Caixa;

 Política de Gestão de Endividamento;

 Política de Risco de Contraparte e Emissores.

Qualquer alteração a tal política somente poderá́ ser realizada mediante voto
afirmativo de ao menos 60% (sessenta por cento) dos membros do Conselho de
Administração da Companhia, sendo que ao menos 1 (um) dos votos afirmativos
deverá ser proferido por membro independente do Conselho de Administração.

1.1. ABRANGÊNCIA
Esta Política é parte dos controles internos e da governança corporativa da Suzano S.A.
(“Suzano”) e aplica-se à Suzano, suas subsidiárias e empresas controladas, se
relacionando às demais Políticas Financeiras complementares mencionadas no item 1.

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
POL.09.00002 - Política de Gestão de Derivativos
POL.09.00010 - Política de Gestão de Caixa em Moeda Nacional e Estrangeira
POL.09.00003 - Política de Endividamento
POL.09.000XX - Política de Risco de Contraparte e Emissores

3. TERMOS, DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS


O Real (R$) é a moeda funcional da Companhia e, assim sendo, todos os controles
devem ser realizados preferencialmente na moeda Real.

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As estratégias financeiras de gestão de riscos terão como objetivo principal a


preservação do fluxo operacional da Companhia. Desta forma, toda a gestão de riscos
deve ser baseada no entendimento do resultado da integração de todos os fatores de
risco envolvidos.

Entende-se como fair value (valor justo) o valor teórico pelo qual seria possível liquidar
financeiramente, na data de referência e dentro do atual cenário de mercado, um dado
contrato, sem vantagem ou desvantagem para nenhuma das partes envolvidas. Este
valor pode não refletir exatamente um valor possível para tal negociação, devido, por
exemplo, a questões como liquidez de mercado e disposição à negociação da
contraparte.

Entende-se como desenquadramento qualquer descumprimento à presente Política e


suas políticas complementares.

Dívida Líquida é o resultado da soma da Dívida Total (i), subtraindo-se o Caixa (ii),
onde:

 Dívida Total significa todo empréstimo ou financiamento tomado pela Companhia


junto a credores bancários ou do mercado de capitais; e outras obrigações
financeiras consideradas dívidas pelas normas contábeis aplicáveis;

 Caixa significa a soma de (a) Caixa e Equivalentes de Caixa; (b) Títulos e Valores
Mobiliários; e (c) e eventuais ajustes positivos relacionados aos instrumentos
financeiros derivativos. Os itens (a) e (b) acima devem considerar apenas os
ativos elegíveis nas Políticas de Gestão de Caixa e de Risco de Contrapartes e
Emissores.

 EBITDA Ajustado significa lucro (consolidado) antes do resultado financeiro


líquido (que inclui as despesas e receitas financeiras, variações monetárias e
cambiais, líquidas e o resultado das operações com derivativos), do imposto de
renda e da contribuição social e da depreciação, exaustão e amortização durante
cada período, ajustado pelos itens extraordinários durante o período, que incluem
(i) o ajuste não caixa do valor justo do ativo biológico, (ii) o resultado líquido na
venda de ativos imobilizados e biológicos, (iii) a provisão para perda de crédito
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tributário de ICMS e, (iv) outros itens extraordinários, como os ganhos ou perdas


processuais de anos anteriores cujos valores não estavam registrados
contabilmente. A Companhia poderá revisar esta definição visando sempre
adequá-la às práticas de mercado e/ou definições contratuais.

3.1. CLASSIFICAÇÃO DE HEDGE


Entende-se como operação de hedge uma operação que busque reduzir ou mitigar
perdas por oscilação de um dado fator de risco. Toda operação de hedge deve possuir
um objeto a ser protegido, ou seja, uma exposição de risco efetiva à qual a Suzano está
ou estará exposta.

Para efeitos desta Política, as operações de hedge serão classificadas nas modalidades
listadas a seguir.

3.1.1. HEDGE DE FLUXO DE CAIXA


Instrumento de proteção financeira contratado com a finalidade de mitigar
principalmente os riscos para as receitas operacionais, atrelado às atividades principais
da Companhia, provenientes de exposições a um dado fator de risco. Definições e
diretrizes estabelecidos na POL.09.00002 - Política de Gestão de Derivativos.

3.1.2. HEDGE DE DÍVIDA


Instrumento de proteção financeira contratado com a finalidade de mitigar os riscos
provenientes de dívidas da Companhia, provenientes de exposições a um dado fator de
risco. Definições e diretrizes estabelecidos na PPG 09.00082 - Política de Gestão de
Derivativos.

3.1.3. HEDGE DE OUTRAS EXPOSIÇÕES


Instrumento de proteção financeira contratado com a finalidade de mitigar os riscos
provenientes de uma exposição a um dado fator de risco, que não se enquadre nas
demais categorias.

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4. DIRETRIZES

4.1. ESTRATÉGIAS DE HEDGE

As estratégias de hedge devem ser discutidas em reuniões semanais pela equipe da


Tesouraria e a Diretoria de Finanças Corporativas devidamente documentada através
de relatórios e deve levar em consideração os parâmetros das Políticas aprovadas pelo
Conselho de Administração. Eventualmente, a necessidade da reunião para a
discussão da estratégia de hedge poderá ser reavaliada e alterada pela Diretoria de
Finanças Corporativas.

4.2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE HEDGE

A Tesouraria é a área responsável pela execução do hedge, devendo respeitar os


montantes, prazos e instrumentos utilizados, de acordo com as Políticas em vigor e a
Estratégia de hedge aprovada.

4.3. ACOMPANHAMENTO DO HEDGE

A Tesouraria deve zelar pelo acompanhamento do hedge, de acordo com as


expectativas apresentadas nas reuniões de estratégia, tendo a liberdade de ajustar
as operações, quando necessário, dentro das Políticas, estratégia de hedge e limites
aprovados.

O acompanhamento de fair value (valor justo) da carteira de derivativos pela


Tesouraria será diário, com cópia para a Diretoria de Finanças Corporativas e área de
Riscos e Compliance. A área de Riscos e Compliance, por sua vez, fará seu próprio
acompanhamento, com divulgação mensal à Comissão de Riscos Financeiros.

A carteira de hedge deverá ser acompanhada pela área de Riscos e Compliance, de


forma a monitorar que não haja descasamentos de prazos, montantes e taxas, assim
como mudanças de premissas ou condições de mercado que possam, de alguma
forma, aumentar os riscos da Companhia além do inicialmente estimado.

4.4. COMPLIANCE

O compliance das Políticas deve ser realizado de forma independente pela área de
Riscos e Compliance, com divulgação mensal.

As operações com derivativos no Brasil devem possuir registro junto à CETIP, sempre
que possível.
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Quaisquer desenquadramentos devem ser notificados às áreas responsáveis e a


Comissão de Riscos Financeiros no momento da detecção da desconformidade pela
área de Riscos e Compliance e/ou Tesouraria.

4.4.1. REENQUADRAMENTO
Caso algum limite ou definição estabelecido nesta Política, ou em uma de suas
Políticas complementares, não for cumprido, ocorre um desenquadramento. Na
ocorrência de tal fato, devem ser tomadas as providências citadas a seguir:

i. Desenquadramento Passivo: é todo desenquadramento que


ocorrer sem nenhuma alteração ativa nas posições de instrumentos financeiros por
parte da tesouraria. Neste caso o reenquadramento deverá ser analisado sob o
aspecto da probabilidade de readequação passiva ao limite e horizonte de tempo.
Além disso, deverão ser analisados os impactos de tal desenquadramento. Cabe à
Comissão de Riscos Financeiros analisá-lo e encaminhar uma proposta de
readequação para aprovação do Diretor de Finanças Corporativas e CFO da
Companhia. Cabe à Tesouraria a implementação do plano estabelecido e à área de
Riscos e Compliance monitorar a aderência do plano de reenquadramento. O Comitê
de Gestão e Finanças e o Conselho de Administração deverão ser informados sobre o
desenquadramento e as decisões tomadas para o reenquadramento pelo CFO da
Companhia.

ii. Desenquadramento Ativo: decorrente de ação direta da


Tesouraria, não cumprindo as regras e limites das Políticas em vigor. Os responsáveis
deverão ser identificados e, se aplicável, ser tratado de acordo com as normas
internas e código de conduta e manual de medidas disciplinares da Companhia. Em
paralelo serão analisadas eventuais falhas de processo no controle dos limites. Cabe
à Comissão de Riscos Financeiros a elaboração de proposta de reenquadramento para
aprovação do Diretor de Finanças Corporativas e CFO da Companhia. Cabe à
Tesouraria a implementação do plano estabelecido e à área de Riscos e Compliance
monitorar a aderência do plano de reenquadramento. O Comitê de Gestão e Finanças
e o Conselho de Administração deverão ser informados sobre o desenquadramento e
as decisões tomadas para o reenquadramento pelo CFO da Companhia.

Desenquadramentos passivos que levem até 3 (três) dias úteis para readequação não
serão reportados. Se o limite continuar excedido, após o prazo inicial de 3 (três) dias
úteis, a Tesouraria e/ou Comissão de Riscos deverá seguir os procedimentos descritos
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nos parágrafos acima. Em caso de desenquadramentos ativos, não haverá o período


de tolerância de até 3 (três) dias úteis.

O CFO poderá propor, temporariamente, a revisão dos limites e parâmetros das


Políticas descritas no item 2 em face de condições excepcionais de mercado. Neste
caso, os novos limites deverão ser aprovados pelo Conselho de Administração a partir
de recomendação do Comitê de Gestão e Finanças.

4.5. HOMOLOGAÇÃO DE PRODUTOS E CONTRAPARTES/EMISSORES POR


EXCEÇÃO

Produtos e contrapartes que não se enquadrem na presente Política e suas políticas


complementares, mas que apresentem vantagens comparativas, podem ser
aprovados por exceção. A aprovação deve tramitar pelas mesmas instâncias
envolvidas para a aprovação desta Política.

A proposta em questão deverá contemplar a análise na qual se conclua que o


instrumento financeiro ou a contraparte apresentada é apropriado, ou seja, que a
contratação do mesmo está de acordo com o objetivo pretendido, dentro dos limites
de riscos considerados adequados pela Companhia, e que a Tesouraria tem pleno
conhecimento técnico para efetuar tal julgamento.

4.6. REVISÕES

Esta Política e todas as suas Políticas complementares, descritas no item 2 deverão


ser revisadas sempre que necessário e serem aprovadas pelo Conselho de
Administração da Companhia.

5. RESPONSABILIDADES

5.1. ORGANIZAÇÃO DO GRUPO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS


FINANCEIROS

5.1.1. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO


Cabe ao Conselho de Administração, a aprovação das Políticas de Riscos Financeiros
e de quaisquer exceções, limites ou revisões nelas descritas. O Conselho de
Administração é composto por membros indicados pelos acionistas.

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Esta Política foi aprovada em 13/08/2020, sendo a última revisão realizada na Reunião
do Conselho de Administração de 13/08/2020.

5.1.2. COMITÊ DE GESTÃO E FINANÇAS


Cabe ao Comitê de Gestão e Finanças assessorar o Conselho de Administração. Ele
também será um órgão consultivo para assuntos mais críticos que envolvam aspectos
descritos nesta Política.

O Comitê de Gestão e Finanças é composto por membros de conhecimentos técnicos


específicos em finanças, apontados pelo Conselho de Administração.

5.1.3. COMISSÃO DE RISCOS FINANCEIROS


Cabe à Comissão de Riscos Financeiros o acompanhamento da aderência às Políticas
vigentes, mensalmente, além do estudo, discussão e elaboração de propostas de
estratégias para a gestão de riscos de mercado da Companhia.

A Comissão de Riscos Financeiros é composta por membros da Diretoria de Finanças


Corporativas e Riscos e Compliance.

5.1.4. DIRETORIA DE FINANÇAS CORPORATIVAS


Cabe à Diretoria de Finanças Corporativas a aprovação e controle das execuções das
estratégias adotadas. Formada pelo CFO e Diretor Financeiro da companhia.

5.1.5. TESOURARIA
Cabe à Tesouraria a execução das operações financeiras, contratação, execução das
estratégias aprovadas e a realização da gestão dos riscos de mercado da Companhia,
havendo a necessidade de formalização ou justificativa, no caso de ausência, das
cotações efetuadas para determinar a melhor alternativa da operação financeira.

5.1.6. RISCOS E COMPLIANCE


Cabe à área de Riscos de Compliance o monitoramento (compliance check) das
operações financeiras frente aos parâmetros definidos nas Políticas Financeiras, com
divulgação mensal à Comissão de Riscos Financeiros e conforme solicitação das demais
instâncias da governança da Companhia.

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6. APROVAÇÃO DA POLÍTICA
A aprovação desta Política e eventuais alterações são de responsabilidade do Conselho
de Administração, conforme descrito no item 5.1.

7. VIOLAÇÃO DA POLÍTICA
As medidas e procedimentos que deverão ser adotados em caso de violação à esta
Política estão descritos no item 4.4.1.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta Política deverá ser publicada nos portais oficiais da Companhia.

9. ANEXOS

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