Panetone Italiano - Receita Artesanal (Leviato)
Panetone Italiano - Receita Artesanal (Leviato)
Panetone Italiano - Receita Artesanal (Leviato)
Origem
Existem muitas histórias sobre a origem do Panettone e não sabemos ao certo como
ou quando o queridinho do Natal foi inventado, mas em uma coisa todos concordam, o
panettone é da Itália!
Na idade média não era nada comum as pessoas mais pobres comerem pães de
farinha refinada e muito menos pães enriquecidos com algum outro ingrediente que
não fosse água. Mas, para celebrar o nascimento de Cristo, até mesmo, os mais
pobres tinham por hábito e tradição fazer um pão “melhorado” na noite do Natal. No
início os panettones eram enriquecidos com leite e mel, e ao longo da história foram
se transformando até chegar nessa maravilha que conhecemos hoje.
É bem verdade que a partir do século XX a indústria transformou essa iguaria num
conjunto de produtos químicos e aromas artificiais, que são comercializados em forma
de pré-mistura ou já prontos numa caixinha colorida e na minha opinião, são
horrorosos perto do tradicional panettone italiano…além de não serem nada
saudáveis!
O panettone por tradição deve ser feito com o “levieto madre”, ou seja, fermento
natural. Sempre me perguntam se determinado pão pode ser feito com fermento
natural, e qualquer que seja o pão em questão sempre respondo a mesma coisa:
“Até o início do século XX todos os pães eram feitos com fermentação espontânea, ou
seja, praticamente todos os tipos de pães nasceram utilizando fermento natural…”
O aroma a ser usado deve ser produzido com frutas cítricas, mel, baunilha e vinho
marsala. E as frutas são: passas, laranja, cidra e limão cristalizados…nada de usar
aquelas frutas cristalizadas feitas de ‘chuchu’ e muito menos aquelas essências
engarrafadas tipo “aroma panettone”.
Para este panettone prefiro usar o lievito madre duro, ou seja, com 50% de hidratação,
e faço o reinfresco (alimentação) dele 3 a 4 vezes, uma vez a cada 3 horas, para que
ganhe força e perca a acidez.
Três horas após o último reinfresco, damos início à mistura do primo impasto.
2kg de farinha muito forte – Eu uso a Lievitati da “Le Sinfonie” (w= ou>400)
1L de água
600g de massa madre dura
600g de manteiga s/ sal
600g de açúcar
450g de gemas
10g de Malte (opcional)
Eu prefiro trabalhar o tempo todo com a masseira na velocidade lenta. Comece por
misturar a farinha, a água, o malte e o fermento. Enquanto a massa mistura branqueie
as gemas com o açúcar. Quando o impasto estiver com metade do glúten formado,
comece a acrescentar as gemas com açúcar aos poucos, como se estivesse fazendo
uma “bassinage” . Quando a mistura atingir 2/3 de glúten formado acrescente a
manteiga cortada em pequenos cubos aos poucos.
Uma vez pronto o primo impasto (ponto de véu), deixe fermentar por 12 horas a uma
temperatura de 26 °C.
150g de água
300g de laranja
140g de limão Siciliano
220g de tangerina
180g de mel
100g de açúcar
80g de vinho Marsala (pode ser porto)
1 unidade de fava de Baunilha
Para o aroma, tire as cascas dos cítricos e reserve. Tire a parte branca que fica entre
a polpa e a casca e descarte, pois ela pode amargar sua receita. Corte as frutas em
pequenas partes e coloque a polpa e as cascas numa panela junto com todo o resto
da receita. Leve ao fogo e assim que levantar fervura deixe cozinhar em fogo baixo por
cerca de 2 horas. Ao final, deixe esfriar e bata no liquidificador. Deve estar com
consistência de calda.
Dica
Após 12 horas de fermentação a massa provavelmente terá quadriplicado de tamanho.
É a hora de fazer o secondo impasto.
Secondo Impasto
Secondo Impasto.