1 A - Material Unificado - Morfologia - Adriana Figueiredo
1 A - Material Unificado - Morfologia - Adriana Figueiredo
1 A - Material Unificado - Morfologia - Adriana Figueiredo
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Sílaba tônica é a sílaba da palavra que é pronunciada com maior intensidade. Quanto à
posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:
REGRAS GERAIS
CASOS ESPECIAIS
5. Ditongos abertos (ÉI, ÉU, ÓI): acento agudo nas palavras oxítonas e monossílabos
tônicos.
Atenção: Novo Acordo Ortográfico, não se acentua o primeiro e das formas verbais
terminadas em – eem (verbos LER, VER, CRER, DAR e DERIVADOS). Ex.: Eles ve-em,
le-em, re-le-em, cre-em, de-em.
a) ACENTOS DIFERENCIAIS
c) DE TIMBRE: PÔDE (3a pessoa do singular do pretérito perfeito) X PODE (3a pessoa do
singular do presente do indicativo).
3
4
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Acentuação Gráfica
a) Itaipú / Icaraí
b) Bocaiúva / chapéu
c) pôr (verbo) / pára (verbo
d) gratuíto / eu traí
e) enjôo / eles provêm
f) eles prevêem / ele prevê
g) destróier / heróico
h) eu apóio / o apoio
i) ele detém / eles detêem
j) pêra (subst.) / pôneis
k) “Ele reconstrói a imagem colocando sobre ela elementos de uso cotidiano, como molho
de tomate, geléia de amora e soldadinho de plástico em forma de mosaico.”
QUESTÕES DE CONCURSO
Acentuação Gráfica
Entre as palavras destacadas, a que não é acentuada pelo mesmo motivo das outras é:
a) síndrome.
b) cafeína.
c) hereditária.
d) remédios
6
a) Acentua-se o verbo “é” (l.1), quando átono, para diferenciá-lo da conjunção “e”.
b) “Você” (l. 3) é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na vogal “e” fechada.
c) “Despachá-los” (l.4) se acentua pelo mesmo motivo de “deverá” (l.11).
d) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” (l.11) em razão do emprego de locução com
substantivo no feminino.
e) O acento agudo em “grávidas” (l.12) se deve por se tratar de palavra paroxítona
terminada em ditongo.
Com relação aos ditongos ÉI/ÓI, o Novo Acordo Ortográfico retirou o acento gráfico do
seguinte par de palavras:
a) destróier/caracóis;
b) jibóia/odisséia;
c) méier/alcalóide;
d) constrói/colméia;
e) pastéis/ovóide.
a) herói/papéis;
b) econômico/histórico;
c) pátria/tênue;
d) gás/três;
e) têm/vêm.
Entre as palavras destacadas a seguir, assinale aquela que não é acentuada pela mesma
regra de acentuação da palavra destacada no trecho anterior.
Gabarito
01. B
02. C
03. B
04. E
05. B
06. C
07. CERTO
08. A
09. C
10. D
10
CLASSES GRAMATICAIS
ARTIGO
SUBSTANTIVO
ADJETIVO
LOCUÇÃO ADJETIVA
a forma de coração
a forma de guitarra”
11
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
02. Nos segmentos abaixo, assinale aqueles em que a troca dos termos do
sintagma
nominal implicaria alteração de suas classes gramaticais:
→Um sábio americano
→Um viajante brasileiro
→Um menino pobre
→Incômoda presença
ADVÉRBIO
Trabalhamos muito.
LOCUÇÃO ADVERBIAL
Ex.: às pressas, às vezes, à beça, sem dúvida, de repente, de vez em quando, à toa, cara
a cara etc.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. Identifique os advérbios das frases abaixo:
a) A banda já passou. Vai lá a banda. O maestro vai adiante.
b) Por aqui nunca passa banda nenhuma.
c) Nunca a vi assim tão linda, Cláudia!
d) Você porventura teve bons sonhos hoje?
e) Anda depressa, e o bicho te pega; anda devagar, e o bicho te come.
IMPORTANTE!!!!!!
Não confunda a locução adjetiva com a locução adverbial.
Observe:
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
CLASSES DE PALAVRAS
a) advérbio
b) substantivo
c) adjetivo
3. Classifique os advérbios:
LOCUÇÃO ADVERBIAL
6. Observe:
A. Ela sorriu novamente.
B. Ela sorriu de novo.
C. Ele não se comprometeu.
D. De modo nenhum ele se comprometeu.
E. Ele virá, sim.
F. Ele virá, com certeza.
G. – Onde está o Ivan? – Não sei. Com certeza está numa dessas exposições que
frequenta.
H. Renato cortava legumes com Teresa.
I. Teresa se cortou com o canivete de Renato.
Assinale C ou E.
( ) novamente e de novo são circunstâncias do verbo sorrir.
( ) novamente é um advérbio que atribui ao verbo sorrir uma circunstância de
repetitividade.
( ) não e De modo nenhum atribuem circunstância de negação ao verbo comprometer-
se.
( ) Em B, D e F, vê-se que duas ou mais palavras podem fazer as vezes de um advérbio.
( ) Duas ou mais palavras que funcionam no lugar de um advérbio chamam-se locução
adverbial.
( ) Em F e G, encontram-se locuções adverbiais de afirmação.
( ) Em F, Com certeza é uma locução adverbial de afirmação.
( ) Em G, Com certeza é uma locução adverbial de dúvida.
( ) Em H, há uma locução adverbial de companhia.
( ) Em I, há uma locução adverbial de instrumento ou meio.
16
QUESTÕES DE CONCURSO
CLASSES DE PALAVRAS
... sei até onde está o velho caderno com o velho poema.
a) desidratação frequente;
b) generalização equivocada;
c) mapeamento contínuo;
d) cultura brasileira;
e) crises graves.
Com relação à variação linguística bem como aos sentidos e aos aspectos linguísticos do
texto 6A1AAA, julgue o próximo item.
Em “não tendo ele, e nós, mais que desejar” (ℓ. 27 e 28), a palavra “mais” classifica-se como
advérbio, sendo sinônimo de já, de forma que, sem prejuízo do sentido do texto, tal trecho
poderia ser reescrito da seguinte forma: já não tendo ele, e nós, que desejar.
Certo
Errado
No texto 1A1BBB,
a) o vocábulo “constante” (ℓ.8) foi empregado para qualificar o termo “aspecto” (ℓ.6).
b) a expressão “sobre a”, nas linhas 13 e 15, tem o sentido de a respeito da.
c) o trecho “Quando nos referimos” (ℓ.1) tem o mesmo sentido de Caso nos refiramos.
d) o vocábulo “logo” (ℓ.2) tem o sentido adverbial de imediatamente.
e) o termo “lugar” (ℓ.5) foi empregado para delimitar parte de um espaço ou região.
20
GABARITO
01. E
02. D
03. E
04. E
05. D
06. C
07. Errado
08. D
09. A
ADVÉRBIO
Nesse segmento do texto, o advérbio “desesperadamente” pode ser substituído por “com
desespero”.
Assinale a opção que apresenta a substituição do mesmo tipo que está incorreta.
No quinto parágrafo, em – O projeto ficou ainda mais famoso com o filme… –, a expressão
destacada apresenta circunstância adverbial de intensidade, como no trecho:
d) modo e de intensidade.
e) afirmação e de modo.
c) afirmação e intensidade.
d) modo e lugar.
e) negação e lugar.
Para que a afirmação seja correta, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente,
por:
a) afirmação \ “… não era certamente um modelo desses que desfilam em passarela…"
b) dúvida \ “Mesmo que isso acontecesse, talvez até a apoiassem; eram jovens
modernos…"
c) lugar \ “… e no dia lá estava ela, sem roupa mas atrás de flores, posando para o
fotógrafo."
d) tempo \ " A principio sentiu-se constrangida, mas lá pelas tantas estava até gostando..."
e) modo \ "... estava viúvo; e, como ela, recordava com saudades os tempos de namoro
26
A guerra continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas,
inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém com intensos
ressentimentos.
GABARITO
01. E
02. C
03. C
04. A
05. A
06. A
07. C
08. B
09. A
10. D
11. E
12. D
27
Obs.:
1) azul-marinho e azul-celeste: são invariáveis
2) surdo-mudo: variam os dois
3) tecidos palha, sapatos cinza, blusas abóbora, esmaltes gelo: cor, representada por
substantivo, não varia.
Obs.: Quando se comparam duas qualidades ou ações do mesmo ser, empregam-se mais
bom, mais mau, mais grande e mais pequeno, em vez de melhor, pior, maior e menor.
Ex.: A varanda é mais grande do que pequena.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
PLURAL DOS ADJETIVOS E SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
quebra-cabeça:
sempre-viva:
coautor:
lança-perfume:
amor-perfeito:
obra-prima:
grão-mestre:
tico-tico:
couve-flor:
mula sem cabeça:
samba-enredo:
porta-luvas:
manga-rosa:
peixe-espada:
puro-sangue:
lugar-comum:
arranha-céu:
primeira-dama:
contra-ataque:
abaixo-assinado:
leva e traz:
papel-moeda:
vice-diretor:
batata-doce:
caminhão-tanque:
homem-rã:
salário-mínimo:
mestre-sala:
porta-bandeira
blusa amarelo-ouro;
blusa amarelo-dourada:
livro ibero-americano:
poema herói-cômico:
acordo luso-franco-brasileiro:
gravata verde-oliva:
camisa azul-piscina:
QUESTÕES DE CONCURSO
PLURAL DOS ADJETIVOS E SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
GABARITO
01. A
02. C
03. D
04. C
05. E
33
Grau do Adjetivo
Exercícios de Fixação
a) comparativo de superioridade
b) comparativo de inferioridade
c) comparativo de igualdade
d) superlativo absoluto sintético
e) superlativo absoluto analítico
Grau do Adjetivo
Questões
GABARITO
01. E
02. A
03. C
04. A
05. D
06. A
1
PRONOMES PESSOAIS
Verbos terminados em R, S, Z + pronomes o (s), a (s) = lo (s) / la (s). Ex.: dar + o = dá-lo;
felicitamos + a = felicitamo-la; pões + o = põe-lo.
Exercícios de Fixação
(uso dos pronomes pessoais)
(lo / ele)
8) Brotam as flores por toda parte.
(nas / elas / lhes)
9) É necessário fechar suas fronteiras.
(las / elas)
10) O país toma medidas protecionistas.
(as / elas)
11) É fundamental defender o contribuinte.
(lo / ele / lhe)
12) Estamos obrigados a liquidar a fatura.
(la / ela / lhe)
13) A enorme variedade de canções de Noel, quase todas produzidas em cerca de seis
anos, havia conferido genialidade ao artista.
(ela / a ela)
14) Uma vez que tal medida implica transformações lesivas ao egoísmo do
“establishment”.
(as / elas)
15) Pobre é a vida de um homem.
(ela / a ela)
16) Na favela, tal como está organizada, reproduz-se semelhante estrutura.
(na / lhe / ela)
17) Foi então que surgiu o problema.
(o / ele / lhe)
18) Esses momentos históricos apresentam facetas negativas.
(nas / elas / lhes)
19) Mandei o mordomo entrar.
(ele / o)
20) Fez o amigo pagar a conta.
(lo / ele)
Questões
a) … não a recebem.
b) … não recebem-na.
c) … não lhe recebem.
d) … não o recebem.
e) … não recebem-no
6
GABARITO
01. E
02. A
03. A
04. E
05. D
1
PRONOMES DE TRATAMENTO
Certos vocábulos ou locuções valem por pronomes pessoais. São os pronomes pessoais
de tratamento.
Exs.: Você, Senhor, Senhora, Vossa Excelência, Vossa Eminência etc. Vejamos um
exemplo de questão.
2
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. Supondo-se que você queira se dirigir a um juiz, utilizando uma linguagem correta e
adequada, faça as devidas alterações nos trechos abaixo:
A) Meritíssimo Juiz, Sua Excelência deveis saber que o réu é pessoa que goza de merecido
prestígio entre empresários, pois já tomastes conhecimento pelos órgãos da imprensa de
seus inúmeros empreendimentos.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
B) Pelo que dizeis em vossa bem escrita sentença, foram os meus atos que vos deram o
discernimento que manifestastes em vossa decisão.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
1
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições, dando-se a ênclise, a próclise e a
mesóclise
Proibições:
Caso Especial:
Em geral, após infinitivo estará sempre certo o uso do pronome oblíquo átono, mesmo
aparecendo palavra atrativa antes do verbo.
Colocação Pronominal
Exercícios de Fixação
I) Use o pronome oblíquo entre parênteses de todas as formas possíveis. Havendo caso
de mesóclise, escreva ao lado a forma correta.
10) Se ninguém ________ disse ________ a verdade, e se precisei lutar para ________
encontrar ________, nada ________ falou ________ a respeito. (me / a / se)
11) Maria, ________ diga ________ a verdade. (me)
12) ________ Informaram ________ da decisão.(me)
13) ________ Revelarias ________ o sonho de Maria? (nos)
14) ________ Encontraremos ________ com Maria. (nos)
15) Ninguém ________ falou ________ de Maria. (nos)
16) Quem ________ teria ________ contado ________ o segredo? (lhe)
17) ________ Teriam ________ contado ________ o segredo? (lhe)
18) Se ________ reporta ________ a crimes comuns, o impeachment ________ reduz
________ a uma espécie de licença para o julgamento do presidente pelo Supremo
Tribunal Federal. (se / se)
19) Não é o PT que ________ vai ________ ensinar ________ oposição. (me)
20) Se eu vou lá na comissão, de visita, garanto que ________ não ________ transmitem
________ informações. (me)
21) No caso do motorista, o senhor não ________ está julgando ________? (o)
22) ________ Diriam ________ vocês a verdade, se ________ perguntasse ________
sobre o
procedimento de certos políticos? (me / lhes)
23) Já o mesmo não ______ pode ______ dizer ______ de um serviço de bondes. (se)
24) Já o mesmo não ________ deveria ________ dizer ________ de um serviço de bondes.
(se)
25) Ninguém ________ daria ________ bem naquele emprego. (se)
Colocação Pronominal
Questões
O pronome oblíquo átono está empregado de acordo com o que prevê a variedade formal
da norma-padrão da língua em:
a) Poucos dar-lhe-iam a atenção merecida.
b) Lobo Neves nunca se afastara da vida pública.
c) Diria-lhe para evitar a carreira política se perguntasse.
d) Ele tinha um problema que mantinha-o preocupado todo o tempo.
e) Se atormentou com aquela crise de melancolia que parecia não ter fim.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o próximo
item.
A correção do texto seria mantida caso o pronome “se”, em “poder-se-ia falar” (l.5), fosse
deslocado para imediatamente após a forma verbal “falar”, escrevendo-se poderia falar-
se.
Certo
Errado
Certo
Errado
________ que a geração solar foi a que mais cresceu entre as energias renováveis. Embora
_________ muito nesse tipo de energia, não ________ que todos os países têm a mesma
preocupação com a questão.
GABARITO
01. B
02. CERTO
03. C
04. E
05. CERTO
06. D
07. C
08. C
09. D
10. A
1
Pronomes Indefinidos
Indefinidos
Têm sentido vago ou indeterminado. Aplicam-se à 3ª pessoa: algum, nenhum, todo, outro,
muito, certo, vários, tanto, quanto, qualquer, alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada,
algo, mais, menos, que, quem.
Ex.:! “Todo dia ela faz tudo sempre igual.” (Chico Buarque)
IMPORTANTE:
Observe que os pronomes indefinidos referem-se a substantivos, como todos os pronomes
fazem, indicando ideia vaga, generalizando: essa é a função de um pronome indefinido.
Além dos pronomes indefinidos, existem também as locuções pronominais indefinidas, que
são um grupo de vocábulos com valor de pronome indefinido: cada um, cada qual, qualquer
um etc.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Pronomes indefinidos
QUESTÕES
Pronomes indefinidos
A palavra "muito" (linha 12) é classificada como advérbio de intensidade. Pode, contudo, o
termo "muito" adotar a forma de pronome indefinido, como acontece na seguinte alternativa:
a) Muito se espera na viagem.
b) Preparo é muito necessário para o trabalho.
c) Espero muito que você volte.
d) Muito obrigado por ter vindo.
4
GABARITO
01. A
02. A
03. D
04. B
05. B
06. B
07. A
1
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
2
3
Pronomes Demonstrativos
Exercícios de Fixação
Pronomes Demonstrativos
Questões
Tanto em “recebeu Camilo este bilhete de Vilela” (ℓ. 1 e 2) quanto em “tirou um cacho
destas” (ℓ.7), os pronomes demonstrativos foram empregados para retomar termos
antecedentes.
Certo
Errado
5
Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se
segue.
Na linha 39, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que
sua substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical.
Certo
Errado
Na passagem do primeiro parágrafo “Foi a primeira vez que isso ocorreu em 22 anos.”, o
pronome em destaque refere-se
a) ao empobrecimento da população.
b) ao aumento da desigualdade.
c) à mudança do índice de medição da pobreza.
d) à retração da pobreza.
e) à superação de um problema recente.
Assinale a alternativa em que, na expressão destacada, o termo “o” está empregado como
pronome demonstrativo.
a) … e que foi ganho com o suor do meu rosto.
b) … para desrespeitar a vontade do falecido.
c) … em que se tomou conhecimento do que a carta dizia…
d) … uma carta […] cuidadosamente colocada dentro do cofre…
e) Apanhou um resfriado, do resfriado passou à pneumonia…
8
No trecho “isso incluiria discutir futebol” (l. 7), o pronome destacado refere-se a
a) “ia à vida” (l. 6).
b) “entregava a matéria” (l. 5).
c) “se trabalhasse num jornal” (l. 7).
d) “Relia-o para ver se era aquilo mesmo” (l. 5).
10
Leia com atenção o excerto a seguir, observando o primeiro parágrafo do qual foi extraído.
11
“O interessante é que essas posições, mesmo se praticadas fora de contexto, por dois
minutos, são capazes de enganar o cérebro e fazer você se sentir empolgada, segura e
confiante.”
Das frases apresentadas, assinale aquela em que o pronome demonstrativo foi empregado
nas mesmas condições, segundo a norma culta.
GABARITO
01. ERRADO
02. CERTO
03. E
04. C
05. B
06. C
07. C
08. A
09. A
10. D
11. C
1
POSSESSIVOS
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Pronomes Possessivos
QUESTÕES
Pronomes Possessivos
Na frase Participe dessa causa e colabore com a mobilidade urbana de sua cidade e com
a qualidade de vida das pessoas à sua volta (ℓ .26-27), caso o redator tivesse optado por
tratar o interlocutor como segunda pessoa do singular, haveria
4
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
Certo
Errado
8
GABARITO
01. C
02. D
03. B
04. D
05. Certo
06. Certo
1
PRONOMES RELATIVOS
Exercícios de fixação
Pronomes relativos
02. Identifique nas frases a seguir os antecedentes dos pronomes relativos em destaque:
1) Agora mesmo está nas telas uma risonha Regina Duarte grata à confiança que a
população deposita nos Correios. (que – _____________)
2) O festival de autocongratulação consumiu boa parte dos 120 milhões de reais que o
governo (só a administração direta) gastou no ano passado. (que – _____________)
3) Há muitas comparações que não deixam dúvidas sobre o que produz melhores
resultados. (que – _____________)
4) ... ou muito menos para anunciar a existência de uma Ouvidoria que acolhe queixas da
população contra barbaridades policiais? (que – _____________)
5) Basta dar uma espiada no panorama nacional, em que pululam temas para campanhas...
(que – _____________)
6) Canudos nasceu com o nome de Belo Monte, fundada por Antônio Conselheiro, a quem
os sertanejos de toda a região atribuíam poderes de cura, poderes divinos. (quem –
_____________)
7) A cidade, cuja infraestrutura de saneamento era quase inexistente, chegou a abrigar 25
mil pessoas em 5.200 casas, segundo o levantamento do Exército, feito após a guerra.
(cuja – _____________)
8) Formou-se ao seu redor um importante e complexo polo religioso e comercial que atraía
gente de todas as partes. (que – _____________)
9) “A televisão é a amiga dos entrevados, dos abandonados, dos que a vida esqueceu para
um canto.” (que – _____________)
10) Os fonemas de uma língua costumam ser representados por uma série de sinais
gráficos denominados letras, cujo conjunto forma a palavra. (cujo – _____________)
4
11) “... há no meu corpo um incêndio que queima sem esperança / a própria terra que piso
vira um abismo e me come / corre em meu sangue um veneno, veneno que tem teu nome.”
(Ferreira Gullar)
1o que – _____________
2o que – _____________
3o que – _____________
12) Noel Rosa procurou escrever sobre tudo quanto expressasse o jeito de ser carioca.
(quanto – _____________)
13) Não se pode transmitir o que a mente não criou. (que – _____________)
11) Aquela é a livraria _____________ Ana trabalhava e _____________ sou cliente. (onde
– aonde – em que – na qual – donde) (onde – de que – da qual – cujo)
12) Búzios é a cidade _____________ gosto sempre de ir. (onde – aonde – a qual – para
a qual – que)
13) Não se descobriu o esconderijo _____________ os sequestradores escaparam. (onde
– aonde – donde – em que – do qual)
14) “O caso que vou relatar comprova, como disse alguém _____________ nome não
recordo, que a verdade é mais estranha que a ficção.” (onde – o qual – cujo – de cujo)
15) “O caso que vou relatar comprova, como disse alguém _____________ nome não
lembro, que a verdade é mais estranha que a ficção.” (onde – o qual – cujo – de cujo)
16) “O caso que vou relatar comprova, como disse alguém _____________ nome não me
esqueci, que a verdade é mais estranha que a ficção.” (onde – o qual – cujo – de cujo)
17) “O crime para Forrester é o silêncio ou o ‘discurso lacunar’ _____________ se valem
os donos do poder para preservar suas riquezas.” (de que – de quem – cujo – de cujo)
18) “A prioridade não é o bem-estar ou a sobrevivência das populações, mas sim o
‘andamento dos mercados’, o lucro e seu horror, _____________ só interessa ou só é ‘útil’
o homem que for rentável.” (no qual – em que – ao qual – onde)
19) Deram-me ontem um novo endereço da loja, _____________ referências não foram
boas. (que – cujas – cujas as – a que)
20) “... como em Santa Marta, _____________ quadra ministros das várias religiões e
líderes comunitários vão estar reunidos...” (onde – aonde – cuja – em cuja – com cuja)
6
Questões
Pronomes relativos
Qual das possibilidades a seguir poderia ser utilizada em lugar de ‘as que’ (l. 25)?
a) as quais
b) as outras que
c) aquelas as quais
d) nas quais
e) das quais
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue.
Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (ℓ.25) poderia ser
reescrita da seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado.
Certo
Errado
8
e) As tradicionais bandas de rock, onde o grupo de fãs é formado por moças e rapazes,
continuam fazendo sucesso.
Uma das marcas textuais é a coesão, que liga formalmente palavras do texto. O termo
sublinhado no texto 3 que NÃO repete ou se refere a um termo anterior é:
a) “A ética lida com aquilo que pode ser diferente do que é. O terremoto que aniquila uma
comunidade ou a leucemia que destrói a vida de um jovem”.
b) “A ética lida com aquilo que pode ser diferente do que é. O terremoto que aniquila uma
comunidade ou a leucemia que destrói a vida de um jovem”.
c) “A ética lida com aquilo que pode ser diferente do que é. O terremoto que aniquila uma
comunidade ou a leucemia que destrói a vida de um jovem”
d) “Mas seria absurdo supor que eventos como estes possam ser diferentes do que são”.
e) “Mas seria absurdo supor que eventos como estes possam ser diferentes do que são”.
GABARITO
01. E
02. B
03. C
04. ERRADO
05. C
06. C
07. B
08. C
09. B
10. D
1
A forma mais simples de! Coesão é aquela em que o pronome retoma um elemento que já
foi explicitamente expresso–o referente do pronome o antecede. É o processo conhecido
como ANÁFORA.
Ex.: “Nossa grande força é a energia que desponta da nação. Ela tem três manifestações.”
(Ela = energia)
Obs.: Nos dois casos citados (ANÁFORA e CATÁFORA), observa-se que os pronomes
remetem a informações que estão no corpo textual. Suas referências se estabelecem no
interior do texto, caracterizando-se, pois, a Função ENDOFÓRICA. No entanto, muitas
vezes, para que a informação que o pronome traz seja completamente entendida pelo leitor,
necessita-se de Informações que não estão expressas no texto – local e momento de
produção Textual e produtor do texto. Trata-se, nesse caso, da função EXOFÓRICA.
Ex.: “Este país não tem mais jeito – é o que repetem usualmente nossos conterrâneos.”
O uso do pronome, neste caso, não remete o leitor a nenhuma informação constante no
texto (não é endofórico), e sim se vincula à situação de produção textual (exofórico), pois,
tratando-se de um locutor brasileiro, deduz-se que o “país” é o Brasil.
2
Exercícios de fixação
Anáfora e Catáfora
1) “[...] a habitação conjugal, e a esta se recusa a voltar.” (Art. 234 – Código Civil) ( )
2) Este sempre foi o seu objetivo – a aprovação. ( )
3) “Salvo disposição especial deste código e não tendo sido ajustado da época para o
pagamento, o credor pode exigi-lo imediatamente.” (Art. 952 – Código Civil) ( ) ( )
4) – “...eles não sabem o que fazem.” ( )
5) “A cessão de crédito não vale em relação ao devedor, senão quando a este notificada
[...]”( )
6) “As terras de que trata este artigo tradicionalmente são inalienáveis e indisponíveis, e os
direitos sobre elas, imprescritíveis.” (§ 4o – Constituição da República Federativa do Brasil
– texto 1.) ( ) ( )
7) “Este país não tem mais jeito, é o que repetem usualmente nossos conterrâneos.” ( ) ( )
8) “Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher, quando esta a denegue sem motivo justo, ou
lhe seja impossível dá-la (arts. 235, 238 e 239).” (Art. 237 – Código Civil) ( ) ( )
9) “...o alerta do Departamento de Estado americano a agências de turismo dos Estados
Unidos, divulgado no início deste mês...” ( ) ( )
10) “A descoberta da América pelos Europeus deu lugar a uma transplantação da cultura
europeia para este Continente. Tal empreendimento constitui, porém, uma aventura
impregnada de duplicidade.” ( ) ( )
11) “Movia os portugueses o propósito de exploração e fortuna. A história do período
colonial é a história desses dois objetivos a se ajudarem mutuamente.” ( ) ( )
12) “Proclamavam os europeus ao aqui chegarem para expandir nestas plagas o
cristianismo.” ( )
3
13) “A forma do seu relógio é resultado de uma longa história de imaginação humana e de
suas preferências.” ( ) ( )
14) “Você pode pensar que não conhece arte, que não convive com objetos artísticos, mas
estamos todos muito próximos da arte. Nossa vida está cercada dela por todos os lados.”
()
15) “Nenhum país, nem mesmo os Estados Unidos, tem cultura mais difusa e multiforme
de iniciativa que o Brasil. O vigor dessa cultura ultrapassa os limites das atividades
econômicas.” ( )
4
Questões
Anáfora e Catáfora
(Adaptado de: LLOSA, Mario Vargas. A civilização do espetáculo: Uma radiografia do nosso tempo e da
nossa cultura. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. Edição digital)
Na época do descobrimento do Brasil, a região do atual Estado do Maranhão era povoada por diferentes
tribos indígenas. Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os tupis e os jês. Os
tupis habitavam o litoral: já os jês habitavam o interior. Com o tempo, no século XVIII, diversas tribos do Piauí
entraram no Maranhão, tentando evitar que os brancos as caçassem.
Não existem relatos feitos com exatidão a respeito das primeiras expedições que exploraram a costa
maranhense. Reza a crença que, em 1500, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón já navegara por toda a costa
norte do Brasil. A viagem feita por Pinzón na região mencionada teve origem em Pernambuco e destino à foz
do rio Amazonas.
A partir de 1524, os franceses começaram a frequentar o litoral do Maranhão. A explicação para o motivo
dessa frequência é que o litoral desse Estado havia sido esquecido pelos portugueses. Lá os franceses
trocavam com os indígenas produtos da região por objetos que traziam da Europa.
Em 1531, Martim Afonso de Sousa chegou ao Brasil. Esse homem foi o comandante da primeira expedição
que colonizou a região. O militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável pela exploração
do litoral norte. Diogo Leite aproximouse da foz do rio Gurupi, que atualmente serve de divisa entre os Estados
do Maranhão e do Pará. Essa divisa ficou por muito tempo conhecida como "abra de Diogo Leite".
Em 1534, quando Dom João III dividiu a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias Hereditárias, os
portugueses ainda não haviam chegado a colonizar o Maranhão. Um ano depois, o monarca português
concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança. Foram eles: João de Barros, Fernando
Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os primeiros idealizaram seu plano para a tomada de posse da
capitania. Os dois donatários encarregaram sua execução a Aires da Cunha. Aires da Cunha veio ao Brasil,
no mesmo ano da doação. Durante a viagem, a frota afundou nas costas maranhenses devido a violento
temporal, e o capitão faleceu, assim como a maior parte dos integrantes. Os sobreviventes fundaram um
núcleo de povoamento denominado Nazaré e passaram a explorar o terreno através dos acidentes
geográficos fluviais. Entretanto, os indígenas não lhes facilitaram essa ocupação. Do núcleo de povoamento,
não restou nada e, quando essa povoação foi destruída, os portugueses abandonaram-na.
(Disponível em: www.cocaisnoticias.com.br)
a) os acidentes pluviais.
b) os sobreviventes.
c) os indígenas.
d) o terreno.
e) as costas maranhenses.
6
...que o visitante possa caminhar em direção a um quadro e não ao lado dele. (3°parágrafo)
Isso produz um efeito completamente diferente, especialmente se não queremos que ele
apenas olhe para o trabalho, mas o veja. (3° parágrafo)
...no qual ele possa se reconhecer. (2° parágrafo)
GABARITO
01. E
02. B
03. D
04. B
1
PREPOSIÇÃO
Preposições Essenciais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Locução Prepositiva (duas ou mais palavras com valor de preposição): a fim de, além de,
à beira de, devido a, apesar de, à custa de, através de, acerca de, de encontro a, ao
encontro de, em vez de...
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
QUESTÕES
No texto 1A10AAA, no trecho “a população de baixa e média renda, pela melhora no seu
poder aquisitivo” (ℓ . 21 e 22), a preposição por, em “pela”, introduz uma ideia de
a) causa
b) finalidade.
c) consequência.
d) condição.
e) conclusão.
Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente faz 30 anos e tem
voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida
personagem da obra de Shakespeare.
As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amorosos. Afinal, por mais
que a famosa história seja romântica, também é bastante trágica.
Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube tem a contribuição de
um médico especialista.
Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a entidade foi criada
oficialmente com apoio do governo.
O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em que a protagonista se junta
aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu
ao filme, quase 4.000 cartas foram recebidas, segundo o Clube.
Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens. Por outro lado, uma
placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo de inúmeras pichações no hall de entrada –
pode ser punido com multa de até € 1.039 ou prisão por até um ano.
(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)
Entre as frases abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela em que a preposição sobre tem
valor diferente do dos demais casos é:
a) “Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco
vezes por ano aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política”.
(texto 2)
b) “Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a dar suas
opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro problemas de interesse
nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos especiais dos cantões e das comunas”.
(texto 2)
c) “Esse sistema repousa sobre a iniciativa popular e sobre o referendum, que permitem a
uma minoria...”. (texto 2)
d) “...obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa”. (texto 2)
8
GABARITO
01. A
02. A
03. B
04. E
05. E
06. A
07. C
08. C
09. D
10. C
1
CONJUNÇÃO
Dá-se o nome de conjunção à palavra ou locução invariável que liga orações ou termos
semelhantes da mesma oração.
Ex.: O inverno passou e eles não voltaram.
As conjunções se dividem em: coordenativas e subordinativas.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração
que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:
Adversativas – ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste. São elas:
mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex.: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
Explicativas – justifica a ideia da oração a que se refere. São elas: que, porque, pois,
porquanto.
Ex.: Venha para casa, pois está começando a chover.
2
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA
É a palavra ou locução conjuntiva que liga duas orações, sendo uma delas dependente
da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o
nome de oração subordinada.
2. Adverbiais - indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de
adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-
se em:
d) finais – introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se
realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, porque (= para que), que etc.
Ex.: Toque o sinal para que todos entrem no salão.
f) temporais – introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato
expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, assim que, logo que, todas as
vezes que, desde que, depois que, sempre que, mal (= assim que) etc.
Ex.: A briga começou assim que saímos da festa.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Conjunções Coordenativas
1. Classifique as conjunções coordenativas seguindo o código abaixo:
a) Aditiva
b) Adversativa
c) Alternativa
d) Conclusiva
e) Explicativa
Conjunções Subordinativas
01. Classifique as conjunções subordinativas destacadas, usando este código:
A) Causais F) proporcionais
B) concessivas G) temporais
C) condicionais H) comparativas
D) Conformativas I) consecutivas
E) finais J) integrantes
QUESTÕES
Conjunções
Entre os temas ensinados aos jovens brasileiros no ensino básico, estão, por exemplo, a fase inicial da
colonização, a resistência dos quilombos à escravidão e a Inconfidência Mineira. Nessas aulas, porém, os
alunos ouvem falar pouco ou nada da ativista de ascendência indígena Madalena Caramuru, que viveu no
século XVI, da guerreira quilombola Dandara ou da inconfidente Hipólita Jacinta de Melo.
Na literatura, estudam romances de José de Alencar e de outros autores do Romantismo, mas não são
informados da existência de Maria Firmina dos Reis, autora de “Úrsula”, um dos primeiros romances de autoria
feminina do Brasil, primeiro de autoria negra e primeiro escrito ficcional de cunho abolicionista. Outras, como
Anita Garibaldi, são mencionadas, mas quase sempre à sombra de seus companheiros homens.
O apagamento de brasileiras responsáveis por contribuições importantes se repete em diversas áreas de
atuação. Em uma tentativa de reparar esse desconhecimento, o livro “Extraordinárias mulheres que
revolucionaram o Brasil”, lançado pela Companhia das Letras na última semana de novembro, reúne a
trajetória de 44 mulheres, com ilustração inédita de cada uma delas.
[...] Outras obras que têm o propósito de resgatar a biografia de mulheres cuja contribuição histórica é pouco
difundida, ou mesmo desconhecida, foram publicadas em vários países. O contexto é a reivindicação de
representatividade que tem sido pautada por feministas e profissionais das artes, da ciência, da tecnologia,
entre outros campos.
“Extraordinárias Mulheres” é o primeiro dessa onda que se propõe a compilar os dados biográficos e os feitos
de mulheres nascidas no Brasil ou “abrasileiradas” – que adotaram o país para viver, como é o caso da
arquiteta Lina Bo Bardi e da missionária e ativista Dorothy Stang.
O projeto das jornalistas Duda Porto de Souza e Aryane Cararo é fruto de dois anos de pesquisa – um
mergulho na vida de quase 300 mulheres, a partir das quais as autoras chegaram às 44 que estão no livro.
Consultaram arquivos de jornais, livros, documentos e realizaram entrevistas.
Apesar da vocação educativa explícita, seu público-alvo transcende uma faixa etária específica, segundo as
autoras. “Espero que seja um passo inicial. Que sirva de inspiração para crianças, jovens e adultos irem atrás
de outras brasileiras brilhantes. E que a gente possa contar uma história um pouco mais igualitária, justa,
dando nomes e rostos a quem fez o país chegar até aqui”, disse Aryane Cararo.
“Que a gente possa contar a história de Anita, a mulher que enfrentou tropas imperiais no Brasil e lutou pela
unificação da Itália. E não a Anita do Garibaldi. De Dandara, a mulher que não queria fechar o quilombo para
novos escravos fugitivos, e não a mulher de Zumbi. De Dinalva, que quase ficou invisível na história da luta
armada no Brasil na época da ditadura. De Marinalva, que está fazendo história agorinha mesmo”,
complementa a autora.
O livro também conta com uma extensa linha do tempo que mostra conquistas de direitos obtidas pelas
mulheres do século XVI até o presente, e traz informações que esclarecem como era ser mulher em
determinadas épocas.
Releia o seguinte trecho: “Nessas aulas, porém, os alunos ouvem falar pouco ou nada da
ativista de ascendência indígena Madalena Caramuru, que viveu no século XVI” (1º §). Com
o termo destacado, a autora pretendeu:
a) indicar que a conclusão de um segmento estava sendo introduzido.
b) marcar uma mudança na entonação de um trecho importante do texto.
c) sinalizar que a linha argumentativa do texto estava sendo alterada.
d) retomar uma ideia que já havia sido expressa anteriormente, no texto.
e) introduzir a explicação de um segmento nominal anterior.
Em Esse é o dinheiro que vai ser usado para pagar a dívida, já que a única fonte de moeda
é o empréstimo bancário (linhas 22 e 23), a expressão grifada poderia ser substituída por
a) pois.
b) portanto.
c) entretanto.
d) logo.
e) assim.
Todos os itens abaixo são períodos compostos por duas orações, separadas por um sinal
de pontuação; o item em que a inclusão de um conectivo entre essas duas orações foi feita
de forma adequada ao sentido original é:
a) Todos julgam segundo a aparência, ninguém julga segundo a essência / Todos julgam
segundo a aparência, embora ninguém julgue segundo a essência;
b) O amor vence tudo, cedamos nós também ao amor / O amor vence tudo, por isso
cedamos nós também ao amor;
c) Deus fez o amor, o homem fez o ato sexual / Deus fez o amor à medida que o homem
fez o ato sexual;
d) O amor é um grande mestre, ensina de uma só vez / O amor é um grande mestre, logo
ensina de uma só vez;
e) O talento sem genialidade é pouca coisa. A genialidade sem talento é nada / O talento
sem genialidade é pouca coisa, mesmo que a genialidade sem talento seja nada.
O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal porque
todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os assuntos
sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro,
sobretudo de imprecisões, é grande.
O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a
linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo de
quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato
isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O objetivo
daquela geração, realizado apenas em parte, era estabelecer que o jornalismo, apesar de suas severas
limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.
O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois motivos. Ao disseminar
notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas para um exercício mais
consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola na qual os eleitores
haveriam de aprender a exercer a democracia.
O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, servem
como arena de ideias e soluções. O livre funcionamento das várias formas de imprensa, mesmo as sectárias
e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das pessoas está
de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para o que é
público. Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela
internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.
12
O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está voltado não a uma elite
econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes comunitários, professores, empresários, políticos,
sindicalistas, cientistas, artistas. Pessoas voltadas ao coletivo.
A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que se tornou hegemônico, nos
anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com as redes
sociais.
A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no mesmo
passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua capacidade de atingir mais leitores
se multiplica na internet, conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior.
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. // A maioria
das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que
sobra pouca atenção para o que é público. (6o parágrafo)
Esses versos são do repentista Jó Patriota, que nasceu em 1° de janeiro de 1929 no sítio Cacimbas, em
Umburanas, então município de São José do Egito − PE, Sertão do Pajeú.
Em seu livro, Na senda do lirismo, Jó Patriota explica que foi o cantador Vicente Preto, ao ouvi-lo
ensaiando os primeiros passos no repente, quem primeiro acreditou em sua vocação: − Você pode entrar no
ramo, disse-lhe. Ele lembra, também, que sua primeira viola foi comprada por uma irmã, “com dinheiro da
venda de uma cabra”. Sempre acontecia alguma coisa com suas violas, porque passou a vida toda cantando
com as violas “dos outros”. O que acontecia, certamente, é que sua pobreza o obrigava a vendê-las.
Jó Patriota morreu aos 63 anos, em outubro de 1992. Não só o Nordeste, mas o país inteiro não sabe o
que perdeu. Estamos vivendo numa época em que, para grande prejuízo do caráter nacional, a poesia tornou-
se a última das necessidades.
(Adaptado de: MELO, Alberto da Cunha. Um certo Jó. Recife, SINDESEP, 2002, p. 17-18)
1. Não só o Nordeste, mas o país inteiro não sabe o que perdeu. 2. Estamos vivendo numa
época em que, para grande prejuízo do caráter nacional, a poesia tornou-se a última das
necessidades.
Caso se deseje apresentar a frase 2. como justificativa da frase 1., a segunda frase deverá
ser introduzida por:
a) Todavia.
b) Portanto.
c) Contudo.
d) Assim.
e) Porque.
Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra modificação seja feita na
frase, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
a) embora
b) conquanto
c) todavia
d) porquanto
e) assim
Vamos partir de uma situação que grande parte de nós já vivenciou. Estamos saindo do cinema, depois de
termos visto uma adaptação de um livro do qual gostamos muito. Na verdade, até que gostamos do filme
também: o sentido foi mantido, a escolha do elenco foi adequada, e a trilha sonora reforçou a camada afetiva
da narrativa. Por que então sentimos que algo está fora do lugar? Que está faltando alguma coisa?
O que sempre falta em um filme sou eu. Parto dessa ideia simples e poderosa, sugerida pelo teórico Wolfgang
Iser em um de seus livros, para afirmar que nunca precisamos tanto ler ficção e poesia quanto hoje, porque
nunca precisamos tanto de faíscas que ponham em movimento o mecanismo livre da nossa imaginação.
Nenhuma forma de arte ou objeto cultural guarda a potência escondida por aquele monte de palavras
impressas na página.
Essa potência vem, entre outros aspectos, do tanto que a literatura exige de nós, leitores. Não falo do
esforço de compreender um texto, nem da atenção que as histórias e os poemas exigem de nós – embora
14
sejam incontornáveis também. Penso no tanto que precisamos investir de nós, como sujeitos afetivos e como
corpos sensíveis, para que as palavras se tornem um mundo no qual penetramos.
Somos bombardeados todo dia, o dia inteiro, por informações. Estamos saturados de dados e de
interpretações. A literatura – para além do prazer intelectual, inegável – oferece algo diferente. Trata-se de
uma energia que o teórico Hans Ulrich Gumbrecht chama de “presença” e que remete a um contato com o
mundo que afeta o corpo do indivíduo para além e para aquém do pensamento racional.
Muitos eventos produzem presença, é claro: jogos e exercícios esportivos, shows de música, encontros
com amigos, cerimônias religiosas e relações amorosas e sexuais são exemplos óbvios. Por que, então,
defender uma prática eminentemente intelectual, como a experiência literária, com o objetivo de “produzir
presença”, isto é, de despertar sensações corpóreas e afetos? A resposta está, como já evoquei mais acima,
na potência guardada pela ficção e pela poesia para disparar a imaginação. Mas o que é, afinal, a imaginação,
essa noção tão corriqueira e sobre a qual refletimos tão pouco?
Proponho pensar a imaginação como um espaço de liberdade ilimitada, no qual, a partir de estímulos do
mundo exterior, somos confrontados (mas também despertados) a responder com memórias, sentimentos,
crenças e conhecimentos para forjar, em última instância, aquilo que faz de cada um de nós diferente dos
demais. A leitura de textos literários é uma forma privilegiada de disparar esse mecanismo imenso, porque
demanda de nós todas essas reações de modo ininterrupto, exige que nosso corpo esteja ele próprio presente
no espaço ficcional com que nos deparamos, sob pena de não existir espaço ficcional algum.
(Ligia G. Diniz. https://brasil.elpais.com. 22.02.2018. Adaptado)
Em “Como adorasse a mulher, não se vexava de mo dizer muitas vezes” (ℓ. 2-3), o conector
como estabelece, com a oração seguinte, uma relação semântica de
a) causa
b) condição
c) contraste
d) comparação
e) consequência
Pelas ideias expressas no oitavo parágrafo do texto, infere-se que o conector “e” (linha
30) está empregado em sentido adversativo.
( ) CERTO
( ) ERRADO
O trecho do texto em que se estabelece uma relação lógica de oposição entre as ideias,
marcada pela presença da palavra ou expressão destacada, é:
17
a) “Segundo ele, é preciso definir uma agenda urbana global porque, em 2050, 75% da
população mundial estará concentrada nas cidades” (l. 7-9)
b) “Embora a cúpula da ONU sobre moradia e urbanismo, Istambul, 1996, tenha
apresentado uma visão de cidades sustentáveis, ela fracassou” (l. 12-14)
c) “Portanto, os compromissos assumidos na ocasião viraram letra morta.” (l. 16-17)
d) “Para atingir esse objetivo, é preciso definir normas de direitos humanos e princípios de
participação, transparência e prestação de contas” (l. 22-24)
e) “Por conseguinte, é preciso projetar cidades seguras, em que a ordem e a segurança
cidadã convivam com a liberdade de expressão e a manifestação pacífica” (l. 31-34)
Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet', poderá se tornar crime
no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n°186/2013 começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça
do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina
de sinal de TV por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que
solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de seis
meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros.
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal
de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob legislação
específica.
Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização de
equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação de produtos como
esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da responsabilização penal de seus
fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para
piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e
colocá-los no sistema sob legislação específica. (3°parágrafo)
Percebe-se uma relação de causa e efeito, nessa ordem, entre as orações na seguinte
passagem do texto:
a) Na civilização contemporânea, on-line, conectada o tempo todo, se não for registrado e
postado, não aconteceu. (1º parágrafo)
b) Sendo tudo tão novo nessa área, ainda engatinhamos a respeito de uma etiqueta que
equilibre a convivência entre câmeras, pratos, extroversão, intimidade. (2º parágrafo)
c) Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar nada
para ninguém. (1º parágrafo)
d) Reconheço que, talvez antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias
à mesa, nos salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos presenciais ou
interações reais. (4º parágrafo)
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e) Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de pertencer à esfera
privada. (2º parágrafo)
Leia o texto “Chega de desculpas”, do jornalista português João Pereira Coutinho, para responder à questão.
A herança ibérica é causa dos problemas do Brasil? A pergunta é recorrente. A convite de uma associação
de estudantes, estive em São Paulo para uma conversa sobre o assunto.
Não foi fácil: entrei no auditório, e estavam ali talvez umas 300 pessoas para escutar e, quem sabe, pedir a
minha pele. No fim, saí ileso e ninguém comprou a ideia de que os portugueses são responsáveis pela
situação do Brasil. É verdade. O país pode estar em crise, mas as novas gerações enchem o meu coração
de otimismo.
Mas vamos ao que interessa: a colonização foi coisa boa ou coisa má? A pergunta, pelo seu maniqueísmo,
já é falha. Nenhuma colonização é totalmente boa ou totalmente má. Existiram bons legados e maus legados.
Começo pelos bons: a ausência de uma “superioridade de raça”. Sérgio Buarque de Holanda sabia do que
falava. Gilberto Freyre também. Como dizem ambos, os portugueses que chegaram em 1500 já eram um
povo “mestiço” – uma salada de latinos, africanos, árabes, etc. Isso é importante?
É. Porque não foram apenas os portugueses a colonizar o Brasil. Os nativos também colonizaram os
portugueses – e essa “plasticidade”, para usar um termo caro a esses estudiosos, impediu a rigidez cultural,
social e até sexual, que outros povos colonizadores espalharam por seus domínios.
Sim, sei: você gostaria de ter sido colonizado por holandeses, ingleses, quem sabe franceses. Coisa chique,
mas foram eles que colonizaram a África do Sul, a Índia e a Argélia…
Está no seu direito. Mas, como diz um amigo, você consegue imaginar a “Garota de Ipanema” cantada em
holandês? A musicalidade dos brasileiros precisou de semente mestiça para florescer.
Pena que nem tudo tenha florescido – e aqui mergulho no lado lunar. Os portugueses não foram exemplares
na educação da colônia. No século 18, afirma Sérgio Buarque, milhares de livros eram publicados no México.
Ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa fechava as tipografias dos trópicos porque temia que ideias
subversivas pudessem corromper a estabilidade do Brasil.
E quem fala em livros fala em educação: Sérgio relembra que, entre os anos de 1775 e 1821, 7850 bacharéis
e 473 doutores e licenciados saíram com diploma da Universidade do México. Em igual período, só 720
brasileiros conseguiram a proeza (pela Universidade de Coimbra, claro).
Finalmente, existe uma herança pesada da colonização portuguesa: esse patrimonialismo que atribui ao
Estado o papel de “baby-sitter” do cidadão. Isso significa que um homem assume a mentalidade de uma
criança que tudo espera do Estado, desde o berço até a sepultura.
Os portugueses deixaram o Brasil há quase 200 anos, e qualquer pessoa adulta sabe que o presente do
Brasil é um produto das escolhas dos brasileiros, portanto chega de desculpas.
• Ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa fechava as tipografias dos trópicos porque temia
que ideias subversivas pudessem corromper a estabilidade do Brasil. (8o parágrafo)
• … e qualquer pessoa adulta sabe que o presente do Brasil é um produto das escolhas
dos brasileiros, portanto chega de desculpas. (último parágrafo)
20
GABARITO
01. C
02. A
03. E
04. B
05. D
06. E
07. C
08. A
09. A
10. A
11. ERRADO
12. A
13. B
14. D
15. D
16. B
17. A
1
VERBOS
FLEXÃO VERBAL
A seguir, um quadro dos tempos verbais existentes.
• PÔR (líder)
Modo Indicativo:
• presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem;
• pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram;
• pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham;
• pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram;
• futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão;
• futuro do pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam.
Modo Subjuntivo:
• presente: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;
• pretérito imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem;
• futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.
Como o verbo PÔR, conjugam-se: ANTEPOR, APOR, COMPOR, CONTRAPOR,
DECOMPOR, DEPOR, DECOMPOR, DISPOR, ENTREPOR, EXPOR, IMPOR,
INTERPOR, JUSTAPOR, OPOR, POSPOR, PREDISPOR, PRESSUPOR, PROPOR,
RECOMPOR, REPOR, SOBREPOR, SUPOR.
3
TER (líder)
Modo Indicativo:
• presente: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm;
• pretérito perfeito: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram; pretérito imperfeito:
tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;
• pretérito mais-que-perfeito: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram;
• futuro do presente: terei, terás, terá, teremos, tereis, terão;
• futuro do pretérito: teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam.
Modo Subjuntivo:
• presente: tenha, tenhas, tenhas, tenhamos, tenhais, tenham;
• pretérito imperfeito: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;
• futuro: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.
Como o verbo TER, conjugam-se: ABSTER-SE, ATERSE, CONTER, DETER, ENTRETER,
MANTER, OBTER, RETER, SUSTER..
VER (líder)
Modo Indicativo:
• presente: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem;
• pretérito perfeito: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram;
• pretérito imperfeito: via, vias, via, víamos, víeis, viam;
• pretérito mais-que-perfeito: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;
• futuro do presente: verei, verás, verá, veremos, vereis, verão;
• futuro do pretérito: veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam.
Modo Subjuntivo:
• presente: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam;
• pretérito imperfeito: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;
• futuro: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Como o verbo VER, conjugam-se: ENTREVER, ANTEVER, PREVER, REVER.
VIR (líder)
Modo Indicativo:
• presente: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm;
• pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram; pretérito imperfeito:
4
Resumindo:
Basta que você pense no verbo PROVER da seguinte forma: ele se conjuga como VER só
nos tempos do presente – presente do indicativo e presente do subjuntivo; nos outros
tempos, é regular, como BEBER. Assim, o grande cuidado que se deve ter é para não
conjugá-lo como o verbo VER o tempo inteiro. No pretérito imperfeito do subjuntivo, por
5
exemplo, se ele se conjugasse como o VER, seria “se eu provisse”, enquanto o correto é
“se eu provesse” (tal qual BEBER – se eu bebesse).
REQUERER
Modo Indicativo:
• presente: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem;
• pretérito perfeito: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram;
• pretérito imperfeito: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam;
• pretérito mais-que-perfeito: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis,
requereram;
• futuro do presente: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis,
requererão;
• futuro do pretérito: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis,
requereriam.
Modo Subjuntivo:
• presente: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram;
• pretérito imperfeito: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis,
requeressem;
• futuro: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.
Resumindo:
Quanto ao verbo REQUERER, pense da seguinte forma: ele recebe a vogal “i”, após o 2º
“e” do radical, apenas na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo. O mesmo ocorre
em todo o presente do subjuntivo, que dela deriva. Nos outros tempos, é regular e conjuga-
se como BEBER. Não pense no verbo QUERER. Assim, por exemplo, se ele fosse como
QUERER, no pretérito perfeito do indicativo seria “eu requis”, e não “eu requeri” (tal qual
BEBER: eu bebi).
6
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
Quando aparecem verbos denotando ordem, pedido, desejo, súplica, temos o modo
imperativo, que se forma da seguinte maneira:
1) Afirmativo:
TU e VÓS: retiradas do presente do indicativo com a supressão do s final.
fala (tu), falai (vós)
VOCÊ, NÓS e VOCÊS: retiradas do presente do subjuntivo sem alteração.
fale (você), falemos(nós), falem (vocês)
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
2) Negativo:
Conjugação igual à do presente do subjuntivo, acrescentando-se a negativa antes da forma
verbal.
não fales tu, não fale você, não falemos nós, não faleis vós, não falem vocês
TEMPOS COMPOSTOS
Formam-se com os auxiliares TER ou HAVER mais particípio.
Na maioria dos casos, o nome do tempo composto quem determina é o verbo auxiliar.
No indicativo:
Terei falado. (futuro do presente composto)
Teria falado. (futuro do pretérito composto)
8
TEMPOS COMPOSTOS
No entanto, merecem atenção especial duas formas:
1) Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar no presente mais o particípio.
Indica a repetição ou continuidade de um fato iniciado no passado que dura até o presente.
tem falado, tenho contado...
2) Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar no imperfeito mais particípio. É
empregado como o simples, para expressar um fato já concluído antes de outro também
no passado.
tinha falado, havia falado, tinha contado...
Reparem que, nessas formas, o nome do tempo composto não corresponde ao verbo
auxiliar. Em concurso, quando o assunto é tempo composto, esses são os tempos mais
pedidos.
Fumar é proibido.
(Aqui, o infinitivo está exercendo papel de substantivo, pois é sujeito do verbo ser.)
Tempo perdido.
(Nesse caso, o particípio está exercendo papel de adjetivo do substantivo tempo.)
Amanhecendo, partiremos.
(Aqui, o gerúndio apresenta um valor adverbial, pois indica circunstância de tempo à forma
verbal partiremos.)
Infinitivo: falar, beber, partir
Gerúndio: falando, bebendo, partindo
Particípio: falado, bebido, partido
Observação:
Há verbos que possuem duas formas de particípio: o regular (de terminação -do) e o
irregular (que não possui terminação -do). Eis alguns exemplos:
aceitar: aceitado, aceito
entregar: entregado, entregue
9
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
20.Se eles __________ e não te __________, retornarão chateados. (VIR e VER, presente
do indicativo)
21.Vós _________ com quem desejais. (IR, presente do indicativo)
22.Todos esperamos que vós _________ conosco. (IR, presente do subjuntivo)
23.Esperava-se que eles _________ a casa com o necessário. (PROVER, imperfeito do
subjuntivo)
12
Transforme as frases de acordo com o modelo passando cada uma delas do Presente
do Indicativo para a segunda pessoa (tu) e terceira pessoa (você) do Imperativo
Afirmativo.
Joana canta.
Joana, cante!
a) Corretor vende a fazenda.
b) Daniel não lê o livro.
c) Adriana parte à noite.
d) Dênis entrega as flores.
e) Ana não sai de casa.
f) Crianças veem o cometa.
g) Marcelo não discute.
QUESTÕES
Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue o item
a seguir.
A substituição de “teremos conquistado” (ℓ.10) por conquistaremos manteria os sentidos
originais do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Foi em 1964. Vinícius de Moraes esperava pelo jornalista e compositor Antônio Maria num
chalezinho em Barão de Mauá, onde tinham combinado passar alguns dias. Eram mais que amigos
− irmãos. De repente, foram dar a Vinícius a notícia de que Antônio Maria morrera na véspera, de
infarto. Vinícius sentiu o que chamou de “coice da morte” e se deixou ficar, arrasado, na varanda
do chalé. Naquele momento, um passarinho entrou pela varanda e começou a fazer evoluções à
sua volta. Era um passarinho gordo, como Maria. O poeta escreveu depois: “Tenho certeza que
aquele passarinho gordo era você, meu Maria, fazendo palhaçada para me tirar da fossa”.
Vinícius tinha prática nesses assuntos. Em 1955, morrera-lhe outro amigo querido, Jayme
Ovalle. Dias depois, Vinícius escreveu a Manuel Bandeira: “Ele [Ovalle] não tem me largado um
instante. Agora mesmo que estou te escrevendo, está sentado na poltrona em frente” − e descreveu
uma longa cena do amigo morto que o visitava. Ovalle morrera no Rio e Vinícius estava em Paris,
detalhe insignificante no além.
Quando se perde um amigo, vêm o vazio e a sensação de que, por mais que se falassem, os
dois não disseram tudo.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. Disponível em: folha.uol.com.br. Acessado em: 30/3/18)
O verbo que, no contexto, pode ser corretamente flexionado no singular, sem que nenhuma
outra modificação seja feita na frase, está sublinhado em:
a) De repente, foram dar a Vinícius a notícia de que... (1° parágrafo)
b) ... por mais que se falassem... (último parágrafo)
c) Eram mais que amigos − irmãos. (1° parágrafo)
d) ... os dois não disseram tudo. (último parágrafo)
e) Quando se perde um amigo, vêm o vazio e a sensação de que... (último parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está também
sublinhado em:
a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...
b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.
c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...
d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...
17
Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet', poderá se
tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n°186/2013 começou a tramitar na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de
interceptação e recepção clandestina de sinal de TV por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes
que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista
reclusão de seis meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique
provado danos a terceiros.
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para
piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no
sistema sob legislação específica.
Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização
de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação de
produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da
responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os
clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. (2°
parágrafo)
A forma verbal destacada indica
18
a) recomendação.
b) necessidade.
c) certeza.
d) obrigação.
e) possibilidade.
Certo ( )
Errado ( )
Julgue o seguinte item, com relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1AAA.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” (l.7) poderia
ser substituída por atenda.
Certo ( )
Errado ( )
Julgue o seguinte item, com relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1AAA.
A substituição da locução verbal “terá mudado” (l.15) pela forma verbal mudou manteria a
correção gramatical do texto, mas alteraria o sentido do período.
Certo ( )
Errado ( )
d) tiveram
e) houveram.
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto 6A4CCC, julgue o item a seguir.
e) falseiam.
c) pretérito imperfeito.
d) futuro do presente.
A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares, pode causar confusão. O verbo “quis”,
presente em “Minha mãe sempre quis viajar” (5º§) é um exemplo típico. Nesse sentido,
assinale a alternativa em que se indica INCORRETAMENTE a sua flexão.
a) queres – Presente do Indicativo.
b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo.
c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.
d) queira – Presente do Subjuntivo.
e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.
23
Os verbos “sabia” e “Duvido”, no início do texto, apontam para dois momentos distintos na
vida do narrador. Tais verbos estão flexionados, respectivamente, no:
a) pretérito perfeito e presente.
b) pretérito mais-que-perfeito e pretérito perfeito.
c) pretérito perfeito e futuro do pretérito.
d) pretérito imperfeito e futuro do pretérito.
e) pretérito imperfeito e presente.
GABARITO
01. B
02. E
03. ERRADO
04. B
05. E
06. E
07. A
08. E
09. CERTO
10. CERTO
11. ERRADO
12. C
13. ERRADO
14. A
15. E
16. A
17. B
18. E
1
VERBOS
Observe que são três os modos verbais:
1-Indicativo: é o modo que assegura algo.
2-Subjuntivo: é o modo que indica possibilidade, hipótese.
3-Imperativo: é o modo que apresenta ideias de ordem, pedido, convite, súplica.
I – O Modo Indicativo
Expressa um fato real, de maneira definida. Divide-se nos seguintes tempos:
a) Presente
É empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala. Exemplo:
Guilherme está cansado.
(Isso é algo que ocorre no momento em que se fala.)
- Pode ser usado também para exprimir outras ideias.
Conferir realidade a fatos passados.
Ex.: Em 1500 Cabral descobre o Brasil.
-Indicar futuro próximo.
Ex.: Vou amanhã para Búzios.
b) Pretérito imperfeito
Pode ser utilizado para expressar:
Fatos repetidos, frequentes, habituais no passado.
Ex.: Quando era pequena, brincava de boneca.
(Observe que as duas ações que estão no pretérito
imperfeito indicam fatos frequentes no passado.)
Uma ação que estava ocorrendo quando outra, geralmente no pretérito perfeito,
aconteceu.
Ex.: Pedro tomava banho quando o telefone tocou.
2
(Temos aqui duas ações pretéritas: a ação de tomar banho é durativa, enquanto que a ação
de o telefone tocar é instantânea, estando, pois, no pretérito perfeito.)
Uma ação planejada, esperada, e não realizada.
Ex.: Pretendíamos ir até sua casa, mas não foi possível.
d) Pretérito mais-que-perfeito
É utilizado, em geral, para expressar um fato já terminado antes de outro no passado. Gosto
de dizer que ele é o passado anterior ao pretérito perfeito.
Ex.: Ele já estudara quando sua namorada ligou.
(Observe que há duas ações no passado: a ação de estudar ocorre antes da ação de ligar,
daí ela vir no pretérito mais-que-perfeito.)
e) Futuro do presente
Em geral, é usado para indicar um fato futuro em relação ao momento em que se fala. É
um fato futuro, posterior ao presente.
Ex.: Viajarei na próxima semana.
f) Futuro do pretérito
É utilizado nas seguintes situações:
Para indicar um fato futuro em relação a outro no passado.
Ex.: Ele disse que faria todos os deveres.
(Esse é o uso mais comum do futuro do pretérito: ele aqui vem combinado ao pretérito
perfeito – disse – e indica uma ação futura, posterior a outra no passado.)
Para expressar dúvida, incerteza.
Ex.: Quem estaria lá?
(Perceba que tanto o futuro do presente quanto o futuro do pretérito podem, portanto,
indicar dúvida, incerteza).
3
QUESTÕES
O emprego de tempos verbais nesse segmento do texto 2 está correto, segundo a norma
culta; a frase abaixo em que se mantém a correção gramatical é:
5
e) suprimissem – desapareceria
Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado pelas razões erradas. Eis uma experiência
capaz de produzir a angústia de quem se depara com um duplo de si mesmo: o espelho do olhar
do outro te devolve uma imagem que parece sua, mas na qual você não se reconhece. Claro que
ninguém ama com objetividade. O que o amante vê no ser amado é sempre contaminado pela
fantasia. Não me refiro, então, à impossibilidade fundamental de complementaridade entre os
casais, mas aos encontros que se dão na base do puro mal-entendido. Sentir-se amado por
qualidades que o outro imagina, mas não têm nada a ver com você, pode ser muito angustiante. E
sedutor. Vale lembrar que a palavra “sedução” indica o ato de desviar alguém de seu caminho: “eis
que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”.
Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada do Credicard Hall (que nome para um teatro,
caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas cantoras favoritas no momento: Maria Gadú.
Com jeito de moleque, encarapitada no banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez,
composições muito pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical,
Maria Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria
compreensível. Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público ululava desde os
primeiros acordes de cada canção, que todos sabiam de cor, mas não conseguiam escutar. A
energia com que aplaudiam mais parecia uma fúria, que a timidez da artista só fazia excitar mais e
mais. Pareciam todos sedentos por uma experiência musical autêntica, promovida por alguém que
não vendesse sensualidade barata, e ao mesmo tempo não se conformavam de não conseguir
puxar a cantora para o terreno familiar da vulgaridade e do sex appeal.
Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo de um público
que talvez esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como não se espelhar na imagem banal
de pop star que lhe oferecem? O que é mais difícil de enfrentar, na vida artística: a resistência do
público para quem sua obra se dirige ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns
artistas iniciantes para o topo do mercado em algumas semanas?
Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição musical parece capaz
de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita
que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo paulistana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A
terceira faixa é uma homenagem fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro
grande compositor negro, Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus
ancestrais. “Se queres partir, ir embora / me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando com
a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão com sua origem a proteja de se transformar em fast
food para a voracidade dos consumidores.
(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011)
Sua intuição musical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil
entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo
paulistana. (último parágrafo)
Alterando-se tão somente o tempo, e não o modo, dos verbos da frase acima, está correta
a redação que se encontra em:
7
a) Sua intuição musical teria parecido capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a
sutil entonação dolorida na voz talvez não teria permitido que ela houvesse virado uma
espécie de Ivete Sangalo paulistana.
b) Sua intuição musical parecerá capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil
entonação dolorida na voz talvez não permitirá que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo
paulistana.
c) Sua intuição musical parecesse capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a
sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma espécie de Ivete
Sangalo paulistana.
d) Sua intuição musical tinha parecido capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e
a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitiu que ela virasse uma espécie de Ivete
Sangalo paulistana.
e) Sua intuição musical parecia capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil
entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma espécie de Ivete
Sangalo paulistana.
b) Por mais que uma adaptação se proposse a ser fiel à obra em que se baseou, sempre
haveria aspectos de divergência, uma vez que o filme tivera uma linguagem própria e
traduzira uma leitura particular.
c) Considerando que os leitores tenham modos peculiares de pensar e sentir, a apreensão
de um texto literário não será a mesma para todos, ainda que determinadas interpretações
possam ser partilhadas.
d) Se as pessoas manterem o hábito de ler textos literários, teriam muito a ganhar, pois a
literatura não apenas é fundamental para que desenvolvêssemos nosso intelecto mas
também é importante para expandirmos a imaginação.
e) Quando as pessoas passassem a dedicar mais tempo à leitura e à introspecção, será
possível ampliar suas potencialidades intelectuais e emocionais, de modo que isso alterará
a maneira como elas executariam todas as suas atividades cotidianas.
10
GABARITO
01. A
02. D
03. D
04. E
05. E
06. E
07. C
08. E
09. D
10. C