Prova Objetiva: Professor I
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processo seletivo
Professor I
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Nome do candidato
(A) Esse conjunto de sistemas e algoritmos que permi- (A) Muitos ficarão para trás e, no entanto, segundo al-
tem a máquinas analisar, aprender e tomar decisões guns pensadores, formarão a nova classe de seres
sozinhas... humanos inúteis: aqueles que nunca mais consegui-
rão se ocupar.
(B) Do outro lado estão os que tratam a IA como uma
tecnologia diferente... (B) O motor a vapor do século 18 foi uma GPT, como foi
a energia elétrica, a partir da invenção do dínamo, no
(C) Um defende que previsões catastróficas para o em- século seguinte; e além deles mais recentemente, a
prego na era da IA não passam de uma falácia. internet.
(D) ... está entrando na vida das pessoas de forma muito (C) Dois grupos dominam o debate: um nega previsões
mais rápida do que qualquer outra na história. catastróficas para o emprego da IA, e o outro trata a
IA como uma tecnologia diferente.
(E) ... raras tecnologias surgem de forma tão avassala-
dora que provocam profundas mudanças na dinâmi- (D) Máquinas dotadas de IA realizarão trabalhos físicos
ca social... e intelectuais, contanto que, com velocidade e potên-
cia incrivelmente superiores a qualquer ser humano.
05. A alternativa que reescreve livremente passagem do tex- (E) Segundo previsão da PwC, esse conjunto de siste-
to, de acordo com a norma-padrão de concordância, é: mas e algoritmos, desde que permitem a máquinas
analisar, aprender e tomar decisões sozinhas se de-
(A) Houveram, de tempos em tempos, raras tecnologias senvolve em um mercado milionário.
que surgiram de forma avassaladora.
(B) Podem-se substituir até 50% dos empregos nos EUA 08. A alternativa em que a expressão entre colchetes substi-
por soluções de IA. tui o trecho destacado de acordo com a norma-padrão de
emprego e colocação do pronome é:
(C) Tratavam-se daquelas que os economistas chamam
de tecnologias de propósito geral (GPTs). (A) ... tecnologias provocam mudanças... [provocam-
-nas]
(D) É comumente chamado de tecnologias de propósito
geral (GPTs) as que alcançam diversas áreas. (B) Do outro lado estão os que tratam a IA como uma
tecnologia... [tratam-na]
(E) Prevê-se que deverão haver máquinas dotadas de IA
para realizar trabalhos físicos e intelectuais. (C) Hoje testemunhamos o avanço... [testemunhamos-
-lo]
06. Assinale a alternativa que reescreve livremente passa- (D) Máquinas dotadas de IA realizarão trabalhos
gem do 1o parágrafo, em conformidade com a norma-pa- físicos... [realizarão-os]
drão de regência e emprego do sinal indicativo de crase.
(E) ... o choque da IA nos empregos deve ignorar a
(A) Os economistas fazem menção à tecnologias que distinção... [lhe ignorar]
surgem de tempos em tempos.
(A) 1 047.
(B) 1 141.
(C) 1 199.
(D) 1 203.
(E) 1 255.
(André Dahmer@malvados)
(A) 468.
(B) 486.
(C) 504.
(D) 522.
(E) 540.
(A) 350.
(B) 380.
(C) 420.
(D) 490.
(E) 520.
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.
(A) 54.
(B) 48.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 30.
(A) 5 cm2.
(B) 8 cm2.
(C) 9 cm2.
(D) 10 cm2.
(E) 12 cm2.
(A) 56 cm2.
(B) 60 cm2.
(C) 64 cm2.
(D) 68 cm2.
(E) 72 cm2.
(E) sua eficiência na realização das mais variadas tarefas. 27. A educação inclusiva constitui um paradigma educacio-
nal fundamentado na concepção de direitos humanos,
que conjuga igualdade e diferença como valores indis-
25. Vasconcellos (2000), ao abordar a questão da disciplina sociáveis. A Política Nacional de Educação Especial, na
em sala de aula e na escola, destaca os vários aspectos perspectiva da educação inclusiva (2008), destaca o mo-
que envolvem essa questão, como os baixos salários dos vimento mundial pela inclusão que é uma ação política,
professores, o desprestígio social, o desrespeito dos alu- cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa
nos entre outros. Os problemas de indisciplina do aluno do direito de todos os alunos de
na escola são atribuídos à família, à escola, ao professor
e à sociedade que sofreram mudanças. Nesse sentido, (A) frequentarem a mesma escola, mesmo que realizan-
há uma desorientação geral hoje na sociedade, que quer do atividades distintas.
superar o velho, mas não se sabe bem como é o novo.
O autor menciona a existência de dois tipos de crise que (B) estarem juntos, aprendendo e participando, sem ne-
afetam a disciplina no contexto da pós-modernidade: a nhum tipo de discriminação.
crise dos sentidos e a dos limites. No que se refere a
(C) fazerem parte de uma mesma turma, porém sem
crise dos limites, Vasconcellos afirma que a função da es-
participar de todas as atividades.
cola é a formação do homem novo e da nova sociedade,
sendo que toda ação do professor, da escola, da família (D) participarem de atividades lúdicas e festivas, como
e da sociedade deveria ajudar a formar as pessoas para convidados, para assistirem as apresentações.
(A) o autogoverno. (E) realizarem as atividades de sala de aula, conjunta-
mente, mas separados nas aulas de Educação Fí-
(B) a desejável passividade.
sica.
(C) a liberdade de consumo.
(A) promovam ampla divulgação da BNCC em suas re- (C) atividades, temas geradores e projetos capazes de
des escolares, sobretudo aos professores.” se materializarem nas práticas pedagógicas.
(B) consultem assessores para elaborar currículos e pro- (D) a seleção de conteúdos a serem estudados que sa-
postas pedagógicas fiéis às orientações da BNCC.” tisfarão as preferências da comunidade local.
(B) articular-se à formação moral, atinente às famílias, (D) favorecer a produção de materiais didáticos e pro-
colaborando com elas. gramações com temas, ilustrações e vocabulário
adequados à faixa etária dos alunos que deverão
(C) priorizar o ensino científico e tecnológico para formar utilizá-los em cada ano escolar.
cidadãos do futuro.
(E) agrupar em uma mesma turma de alunos, crianças
(D) exaltar os ideais, os valores e as tradições da cultura ou adolescentes com idades bem próximas, para fa-
nacional. cilitar aos professores o manejo da classe e o con-
trole da disciplina.
(E) vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
(A) Estéticos.
(B) Religiosos.
(C) Científicos.
(D) Identitários.
(E) Morais.
(E) pelas secretarias de educação assessoradas pelas (A) humanizado ... acessibilidade ... discriminações
universidades.
(B) inclusivo ... ensino digital ... amadorismos
36. A Resolução CNE/CEB no 04/2010 define Diretrizes Cur- (C) atualizado ... comunicação ... favoritismos
riculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, no
sentido do cumprimento do que foi determinado pela Lei (D) eficiente ... informática ... preconceitos
de Diretrizes e Bases para esse primeiro nível da Educa-
(E) inclusivo ... acessibilidade ... barreiras
ção Nacional. De acordo com o art. 27 dessa Resolução,
“a cada etapa da Educação Básica pode corresponder
uma ou mais das modalidades de ensino: Educação de
38. A Resolução CNE/CEB no 4/2009 institui Diretrizes Ope-
Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profis-
racionais para o Atendimento Educacional Especializado,
sional e Tecnológica, Educação do Campo, Educação
AEE, na Educação Básica, modalidade Educação Es-
Escolar Indígena e Educação a Distância”. No art. 28, a
pecial. Esse AEE destina-se a alunos com deficiência,
mesma Resolução dispõe que a Educação de Jovens e
a alunos com transtornos globais do desenvolvimento, a
Adultos, EJA, deve ser viabilizada gratuitamente pelos
alunos com altas habilidades/superdotação.
sistemas de ensino mediante cursos, exames, ações in-
tegradas e complementares entre si, estruturados De acordo com o disposto nessa Resolução, para atu-
ar no AEE, o professor deve ter formação inicial que o
(A) em torno da alfabetização, associada à formação rá- habilite para o exercício da docência e formação espe-
pida de mão de obra, observadas as características cífica para Educação Especial. Por sua vez, o aluno que
do mercado de trabalho local. necessitar de AEE por deficiência ou transtornos, para
recebê-lo, deverá matricular-se no AEE, em escola ou
(B) em propostas curriculares voltadas a simplificar os centro de atendimento Educacional Especializado, sendo
conteúdos, de modo a adaptá-los à menor capacida- necessário, para isso, que
de de assimilação dessa clientela de jovens e adultos.
(A) sua família contrate um(a) cuidador(a)/acompanhante.
(C) de modo a garantir perfeita simetria com o ensino re-
gular para crianças e adolescentes, pois o certificado (B) seja apresentado o diagnóstico médico de sua defi-
de conclusão da EJA terá o mesmo valor legal. ciência.
(D) em um projeto próprio, pautado pela flexibilidade, (C) ele esteja matriculado em classe comum do ensino
com conteúdos significativos aos educandos, e que, regular.
preferencialmente, articule a EJA à Educação Pro-
fissional. (D) se evidencie seu fracasso escolar no(s) ano(s)
anterior(es).
(E) em cursos noturnos, em salas ociosas de escolas
públicas, com duração de duas horas diárias, e com (E) sua família prove não ter como pagar atendimento
férias semestrais de 15 dias em julho e 15 dias em particular.
dezembro.
43. A partir do que discute Délia Lerner (2002), a prática de (E) gincanas lógico-motoras
Sílvia é
(A) acertada, porque a moral da história é de fácil com-
46. Sancho e Hernández-Hernández (2016) discutem a re-
preensão, permitindo a quem interpretou errado
lação entre professores dentro das escolas, que tende a
prontamente identificar seu erro.
ser marcada pelo exercício isolado em suas próprias sa-
(B) antiquada, porque o letramento dentro do espaço las. Os autores buscam pensar como é possível construir
escolar deve ser feito com textos contemporâneos, a identidade docente, entendendo que ela “não precisa,
aumentando o interesse do leitor. necessariamente, formar-se a partir de uma identificação
imaginária com o ideal da instituição (Outro) na qual se
(C) inovadora, porque, apesar de sua interpretação ser teria de compartilhar plenamente o mesmo discurso, mas
facilitada e objetiva, o uso de contos infantis não é a partir de identificações simbólicas (CIFALI; IMBERT,
aplicado em EJA. 1998) com as colegas”.
(D) equivocada, porque supõe que existe uma só inter- A identificação simbólica aqui implica
pretação correta de cada texto, quando a experiên-
cia mostra diversas interpretações possíveis. (A) reunir traços das colegas e algumas de suas ideias
ou características de seu trabalho, reproduzindo al-
(E) ineficaz, porque não contempla a leitura em voz alta,
guns elementos, mas também transformando outros.
frequente na vida social, e que poderia ser incorpo-
rada por meio da atividade de leitura compartilhada. (B) reconhecer a existência de personalidades docentes
marcantes, que exprimem melhor as práticas desejá-
44. Assinale a alternativa que relaciona corretamente a ati- veis, destacando-as simbolicamente como modelos.
vidade proposta por Sílvia com o que defende Jussara
(C) ignorar as diferenças para ampliar a percepção do-
Hoffman (2015) a respeito da avaliação mediadora.
cente a partir das identidades, de modo que a atitude
(A) A professora traz uma atividade objetiva e bem deli- simbólica se harmonize e se uniformize.
mitada como contexto preparatório para uma avalia-
ção formal justa e inclusiva, como propõe Hoffman. (D) infligir um clima institucional, com uma cultura pró-
pria da escola, que minimize atitudes isoladas e indi-
(B) Um dos pressupostos básicos da avaliação defendida vidualistas das professoras em prol do coletivo.
por Hoffman é seu caráter investigativo e mediador, ao
invés de constatativo como se vê na prática de Sílvia. (E) partir da percepção de imagens ideais ou de totalida-
des no sentido de balizar práticas e valores, e não de
(C) A ação avaliativa, para Hoffman, precisa considerar
classificar professoras segundo ideais.
objetivos e metas ideais, para que a diversidade dos
alunos não impeça a igualdade na avaliação, preo-
cupação presente na atuação de Sílvia.
(D) Ao optar por uma fábula, reconhecida como um gêne-
ro de leitura fácil, a professora se afasta do paradigma
mediador, porque não consegue realizar um “diagnós-
tico de capacidades”, central neste tipo de avaliação.
(E) A prática de Sílvia é convergente com a avaliação
mediadora no contexto da educação infantil, mas
não com a EJA, uma vez que a aprendizagem signi-
ficativa desses sujeitos fica comprometida pelo uso
de um texto infantil.
PMJU2203/001-Professor I 14 Confidencial até o momento da aplicação.
47. Juarez Dayrell (in: GOMES, 2005), na discussão sobre a 49. Gisele, professora de Educação Infantil, tem em sua sala
Educação de Jovens e Adultos (EJA), afirma que não se duas alunas que são irmãs gêmeas. Em certa ocasião,
deve falar de uma juventude, mas sim de juventudes. As- ouviu uma delas convidando a outra para “brincarem de
sinale a alternativa que explica essa ideia corretamente, ser irmãs”. A situação a fez recordar de suas leituras de
segundo a perspectiva do autor. Vygotsky, que discute um caso semelhante em A forma-
ção social da mente. É correto afirmar que, na perspec-
(A) Não há transformações de caráter universal na vida tiva do autor,
do jovem, ainda que sejam socialmente tratadas
desse modo. (A) a interação entre as irmãs é um caso típico de brin-
cadeira, pois elas ingressam em uma situação es-
(B) O papel da escola deve ser moldar os alunos à sua pontânea e imaginária desprovida de regras.
concepção ideal de juventude, independentemente
(B) não há jogo em uma interação quanto a situação
dos modos diversos de ser jovem com que chegam
imaginada coincide com a realidade, como no caso
os estudantes.
de irmãs representando a relação fraterna.
(C) O jovem sofre variações biológicas de comportamen- (C) a situação não pode ser entendida como um jogo,
to ocasionadas por hormônios e outros processos de uma vez que não há o uso de regras preestabeleci-
desenvolvimento que expressam essas juventudes. das que balizam o comportamento das crianças na
interação.
(D) A juventude não é apenas uma faixa etária, mas tam-
bém uma representação, tornando muito variado o (D) a brincadeira proposta pela criança demonstra a sua
modo como cada grupo social a entende e com ela falta de entendimento sobre os papéis sociais que
lida. ela e sua irmã de fato ocupam, constituindo um pon-
to de atenção no desenvolvimento.
(E) Os alunos da EJA rejeitam ser tratados como iguais,
oferecendo resistência à tarefa pedagógica da esco- (E) essa situação pode ser entendida como um jogo,
la democrática ao valorizar suas individualidades. tendo por regra de comportamento o modo como as
crianças entendem que irmãs deveriam ser.