Documento Protegido Pela Leide Direito Autoral
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
TO
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AU
AVM FACULDADE INTEGRADA
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MOTIVAÇÃO, ATENÇÃO E MEMÓRIA.
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A MEMÓRIA PRESENTE NA CONSTRUÇÃO DA
LA
APRENDIZAGEM
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TO
Orientadora
EN
Rio de Janeiro
2016
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Rio de Janeiro
2016
As minhas meninas do meu coração Tia Beth,
Maria e Kekel, amo vocês!
A todos vocês,
muito obrigada!
METODOLOGIA
conhecidos apenas cinco, mas sabemos que temos muito mais que apenas
esses. O Sistema límbico, ou como considerado por Broca um lobo
independente, “o grande lobo límbico”, está localizado na face mediana de
cada hemisfério cerebral, residido no hipotálamo, está ligado também aos
fenômenos das emoções, comportamentos e controle do Sistema Nervoso
Autônomo. Estudos eletrofisiológicos mostram que o sistema límbico recebe
informações sensoriais, somáticas e vicerais de praticamente todos os órgãos
sensoriais que chegam por vias nem sempre bem conhecidas.
único que possuímos, o tesouro que nos permite traçar linhas a partir dele,
atravessando, rumo ao futuro, o presente passageiro em que vivemos.
O conjunto das memórias de cada ume que determina aquilo que se
denomina personalidade ou forma de ser. Um humano ou animal criado no
medo será mais cuidadoso, introvertido, lutador ou ressentido, dependendo de
suas lembranças específicas mais do que de suas propriedades congênitas.
Nem se quer as memórias dos seres clonados (como os gêmeos univitelinos)
são iguais; as experiências de vida de cada um são diferentes.
Memória têm os computadores, as bibliotecas, o cachorro que nos
reconhece pelo cheiro depois de vários anos, os elefantes de quem se diz
terem muita (mas ninguém mediu), os povos ou países e, logicamente, nós, os
humanos.
Mas cada elefante, cada cachorro, e cada ser humano é quem é, um
indivíduo diferente de qualquer congênere, graças justamente à memória; a
coleção pessoal de lembranças de cada indivíduo é distinta das demais, é
única. Todos recordamos nossos pais, mas os pais de cada um de nós foram
diferentes. Todos recordamos geralmente vaga, mas prazerosamente, a casa
onde passamos nossa primeira infância ; mas a infância de uns foi mais feliz
que a de outros, e as casas de alguns desafortunados trazem más lembranças.
Todos recordamos nossa rua, mas a rua de cada um foi diferente. Eu sou
quem sou, cada um é quem é, porque todos lembramos de coisas que nos são
próprias e exclusivas e não pertencem a mais ninguém. Nossas memórias
fazem com que cada ser humano ou animal seja um ser único, um indivíduo.
O acervo das memórias de cada um de nos converte em indivíduos.
Porém, tanto nós, como os demais animais, embora indivíduos, não sabemos
viver muito bem em isolamento, com isso, formamos grupos. “Deus os cria e
eles se juntam”, afirma o ditado popular. Esse fenômeno é tanto mais intenso e
importante quanto mais evoluído seja o animal. A necessidade da interação
entre membros da mesma espécie, ou entre diferentes espécies inclui, como
elemento- chave, a comunicação entre indivíduos. Essa comunicação é
necessária para o bem-estar e para a sobrevivência. Nas espécies mais
avançadas, o altruísmo, a defesa de ideais comuns, as emoções coletivas são
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menos automática , e sem que o sujeito perceba de forma clara que as está
aprendendo. As memórias adquiridas sem a percepção do processo
denominam-se implícitas. As memórias adquiridas com plena intervenção da
consciência se chamam explícitas.
Em caso de amésias ou perdas de memória costumam falhar primordial
ou exclusivamente as memórias declarativas episódicas e explícitas. Na
maioria das síndromes amnésicas encontram-se preservadas a maioria das
memórias procedurais e boa parte das memórias semânticas adquiridas de
maneira implícita. As exceções são a doença de Alzheimer na sua fase
terminal e a doença de Parkinson nos seus estágios mais avançados.
As principais regiões moduladoras da formação de memórias
declarativas são a área basolateral do núcleo amigdalino ou amígdala,
localizada também no lobo temporal (nas suas fases iniciais) e as grandes
regiões reguladoras dos estados de ânimo e de alerta, da ansiedade e das
emoções, localizadas à distância. Além de modular, a amígdala também
armazena memórias, principalmente quando estas têm componentes de alerta
emocional. Basta lembrar que os axônios dessas quatro estruturas inervam o
hipocampo, a amígdala e o córtex entorrinal, o cingulado e o parietal, e liberam,
respectivamente, os neurotransmissores dopamina, noradrenalina, serotonina e
acetilcolina.
A amígdala basolateral recebe, na hora da formação das memórias, o
impacto inicial de hormônios periféricos, principalmente os corticoides,
liberados no sangue pelo estresse ou pela emoção excessiva. É o núcleo por
meio do qual essas substâncias modulam as memórias. E sua ativação faz
com que estas se gravem, em geral, melhor que as outras. A adrenalina
também é liberada em situações de estresse ou exercício, mas não atravessa a
barreira que existe entre os capilares sanguíneos e o tecido encefálico,
chamada hematencenfálica. Ele age de maneira reflexa sobre a amígdala e
sobre outras regiões cerebrais, modificando localmente a pressão sanguínea.
O mesmo faz a noradrenalina liberada perifericamente pela estimulação do
sistema simpático, cujos efeitos são semelhantes aos da adrenalina.
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Contanto, é preciso lembrar que, por outro lado, as emoções podem ser
prejudiciais, pois a ansiedade e o estresse prolongados têm um efeito contrário
na aprendizagem. Já que a própria atenção pode ser prejudicada por eles,
sendo que, em situações estressantes, os hormônios glicocorticoides
secretados pelas suprarrenal atuam nos neurônios do hipocampo, chegando a
destruí-los.
Por tudo isso, as emoções precisam ser consideradas nos processos
educacionais. Logo, é importante que o ambiente escolar seja planejado de
45
Por vezes, Galeano argumentou que as funções mentais podiam ser afetadas
por diferentes lesões e doenças separadamente, mas não propôs um esquema
de sua localização no encéfalo.
MEDIANO
CAPÍTULO II
MEMÓRIA E SEUS DIFERENTES TIPOS
único que possuímos, o tesouro que nos permite traçar linhas a partir dele,
atravessando, rumo ao futuro, o presente passageiro em que vivemos.
O conjunto das memórias de cada ume que determina aquilo que se
denomina personalidade ou forma de ser. Um humano ou animal criado no
medo será mais cuidadoso, introvertido, lutador ou ressentido, dependendo de
suas lembranças específicas mais do que de suas propriedades congênitas.
Nem se quer as memórias dos seres clonados (como os gêmeos univitelinos)
são iguais; as experiências de vida de cada um são diferentes.
Memória têm os computadores, as bibliotecas, o cachorro que nos
reconhece pelo cheiro depois de vários anos, os elefantes de quem se diz
terem muita (mas ninguém mediu), os povos ou países e, logicamente, nós, os
humanos.
Mas cada elefante, cada cachorro, e cada ser humano é quem é, um
indivíduo diferente de qualquer congênere, graças justamente à memória; a
coleção pessoal de lembranças de cada indivíduo é distinta das demais, é
única. Todos recordamos nossos pais, mas os pais de cada um de nós foram
diferentes. Todos recordamos geralmente vaga, mas prazerosamente, a casa
onde passamos nossa primeira infância ; mas a infância de uns foi mais feliz
que a de outros, e as casas de alguns desafortunados trazem más lembranças.
Todos recordamos nossa rua, mas a rua de cada um foi diferente. Eu sou
quem sou, cada um é quem é, porque todos lembramos de coisas que nos são
próprias e exclusivas e não pertencem a mais ninguém. Nossas memórias
fazem com que cada ser humano ou animal seja um ser único, um indivíduo.
O acervo das memórias de cada um de nos converte em indivíduos.
Porém, tanto nós, como os demais animais, embora indivíduos, não sabemos
viver muito bem em isolamento, com isso, formamos grupos. “Deus os cria e
eles se juntam”, afirma o ditado popular. Esse fenômeno é tanto mais intenso e
importante quanto mais evoluído seja o animal. A necessidade da interação
entre membros da mesma espécie, ou entre diferentes espécies inclui, como
elemento- chave, a comunicação entre indivíduos. Essa comunicação é
necessária para o bem-estar e para a sobrevivência. Nas espécies mais
avançadas, o altruísmo, a defesa de ideais comuns, as emoções coletivas são
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menos automática , e sem que o sujeito perceba de forma clara que as está
aprendendo. As memórias adquiridas sem a percepção do processo
denominam-se implícitas. As memórias adquiridas com plena intervenção da
consciência se chamam explícitas.
Em caso de amésias ou perdas de memória costumam falhar primordial
ou exclusivamente as memórias declarativas episódicas e explícitas. Na
maioria das síndromes amnésicas encontram-se preservadas a maioria das
memórias procedurais e boa parte das memórias semânticas adquiridas de
maneira implícita. As exceções são a doença de Alzheimer na sua fase
terminal e a doença de Parkinson nos seus estágios mais avançados.
As principais regiões moduladoras da formação de memórias
declarativas são a área basolateral do núcleo amigdalino ou amígdala,
localizada também no lobo temporal (nas suas fases iniciais) e as grandes
regiões reguladoras dos estados de ânimo e de alerta, da ansiedade e das
emoções, localizadas à distância. Além de modular, a amígdala também
armazena memórias, principalmente quando estas têm componentes de alerta
emocional. Basta lembrar que os axônios dessas quatro estruturas inervam o
hipocampo, a amígdala e o córtex entorrinal, o cingulado e o parietal, e liberam,
respectivamente, os neurotransmissores dopamina, noradrenalina, serotonina e
acetilcolina.
A amígdala basolateral recebe, na hora da formação das memórias, o
impacto inicial de hormônios periféricos, principalmente os corticoides,
liberados no sangue pelo estresse ou pela emoção excessiva. É o núcleo por
meio do qual essas substâncias modulam as memórias. E sua ativação faz
com que estas se gravem, em geral, melhor que as outras. A adrenalina
também é liberada em situações de estresse ou exercício, mas não atravessa a
barreira que existe entre os capilares sanguíneos e o tecido encefálico,
chamada hematencenfálica. Ele age de maneira reflexa sobre a amígdala e
sobre outras regiões cerebrais, modificando localmente a pressão sanguínea.
O mesmo faz a noradrenalina liberada perifericamente pela estimulação do
sistema simpático, cujos efeitos são semelhantes aos da adrenalina.
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CAPÍTULO III
COMO A MOTIVAÇÃO E ATENÇÃO AUXILIAM NA
AQUISIÇÃO, CONSTRUÇÃO E FIXAÇÃO DA MEMÓRIA
Contanto, é preciso lembrar que, por outro lado, as emoções podem ser
prejudiciais, pois a ansiedade e o estresse prolongados têm um efeito contrário
na aprendizagem. Já que a própria atenção pode ser prejudicada por eles,
sendo que, em situações estressantes, os hormônios glicocorticoides
secretados pelas suprarrenal atuam nos neurônios do hipocampo, chegando a
destruí-los.
Por tudo isso, as emoções precisam ser consideradas nos processos
educacionais. Logo, é importante que o ambiente escolar seja planejado de
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CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 07
METODOLOGIA 08
SUMÁRIO 09
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I
Encéfalo- Mente e cérebro. Uma breve história 12
1.1. Mente e cognição- Desvendando a sua ligação 17
1.2. Desvendando o Sistema Nervoso 22
CAPÍTULO II
Memória e seus diferentes tipos 26
2.1. As células nervosas – Os neurônios 29
2.2. Tipos de memória e suas diferentes funções 31
CAPÍTULO III
Conclusão 46
Bibliografia consultada 47
Índice 48