O documento discute a identidade de Jesus Cristo como o servo sofredor enviado por Deus para trazer misericórdia aos pobres e oprimidos. Ele explica como Jesus sempre "desceu" para estar com os necessitados e marginalizados, contrastando com as expectativas do povo de que o Messias seria um rei poderoso. O texto convida os cristãos a mostrarem a misericórdia de Cristo em gestos concretos de amor como Ele fez.
O documento discute a identidade de Jesus Cristo como o servo sofredor enviado por Deus para trazer misericórdia aos pobres e oprimidos. Ele explica como Jesus sempre "desceu" para estar com os necessitados e marginalizados, contrastando com as expectativas do povo de que o Messias seria um rei poderoso. O texto convida os cristãos a mostrarem a misericórdia de Cristo em gestos concretos de amor como Ele fez.
Descrição original:
08 Tomas de Aquino e Dante Coleção Os Pensadores 1988 1
O documento discute a identidade de Jesus Cristo como o servo sofredor enviado por Deus para trazer misericórdia aos pobres e oprimidos. Ele explica como Jesus sempre "desceu" para estar com os necessitados e marginalizados, contrastando com as expectativas do povo de que o Messias seria um rei poderoso. O texto convida os cristãos a mostrarem a misericórdia de Cristo em gestos concretos de amor como Ele fez.
O documento discute a identidade de Jesus Cristo como o servo sofredor enviado por Deus para trazer misericórdia aos pobres e oprimidos. Ele explica como Jesus sempre "desceu" para estar com os necessitados e marginalizados, contrastando com as expectativas do povo de que o Messias seria um rei poderoso. O texto convida os cristãos a mostrarem a misericórdia de Cristo em gestos concretos de amor como Ele fez.
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2015
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me
consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4, 18-19).
Jesus também tinha a sua “carteira de identidade”.
Quando Ele quis revelar-se ao mundo, após seus trinta anos de escondimento e submissão em Nazareth, o fez através destas Palavras do profeta Isaías, que proclamou na sinagoga da sua cidade:“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. (Lc 4, 18-19). E terminando a leitura disse solenemente: “Hoje se cumpriu aos vossos ouvidos essa passagem da Escritura”(Lc 4, 21).
Jesus tinha clareza desta sua identidade de “servo” de Javé, de servo sofredor (cf. Is 53), seu nome “Je- shuah” expressa o rosto do Pai Misericordioso, Deus salva.
Neste sentido, Ele pôde afirmar com toda a autoridade para Filipe: “Quem me vê, vê o Pai!” (Jo 14,9). Com toda razão, o Papa Francisco, na sua bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia “Misericordiae Vultus” (O Rosto da Misericórdia) nos convida a contemplar, no Cristo, a plena revelação do Pai, aquela “imagem” que a escritura proibia de pintar ou esculpir, pois só o Cristo podia revelá-la de forma surpreendente e inesperada! “Ele é o resplendor da Glória do Pai, a expressão do seu ser” (Hb 1, 3) “Ele é a imagem do Deus invisível...” (Col 1, 15). Este Deus que os judeus esperavam revestido de “Glória e esplendor”, como “Rei todo poderoso” para libertar Israel do poder dos pagãos e levar o seu povo escolhido a dominar sobre o mundo inteiro, se apresenta como servo sofredor, fraco, “em tudo semelhante aos irmãos... Misericordioso e digno de confiança, a fim de espiar os pecados do povo”... (Hb 2, 17), “Cordeiro levado ao matadouro... calado, sem abrir a boca... sem beleza para atrair o olhar... o mais desesperado e abandonado de todos...” (cf. Is 53, 1ss).
Talvez por isso o próprio João Batista ficou perplexo, num determinado momento da sua vida, enquanto estava preso, na escuridão da prisão e da sua “noite espiritual” e mandou perguntar se era mesmo Jesus aquele Messias que Ele tinha anunciado. A resposta de Jesus foi clara. Ele reafirmou com força os “traços” da sua “carteira de identidade”: “Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho; e feliz aquele que não se escandaliza a meu respeito.” (Lc 7, 22-23)
Ainda hoje o mundo fica escandalizado perante este “rosto” de Deus: “a Palavra e o conceito de Misericórdia parecem criar mal-estar aos homens... Ele, na sua autossuficiência tecnológica e do domínio do mundo, parece não querer deixar espaço para a Misericórdia de Deus” (MV 11) .Mesmo por isso, Papa Francisco nos chama a proclamar com força e revelar concretamente esta Misericórdia no nosso tempo, e a sermos testemunhas autênticas deste amor que “desce” e que, por isso, manifesta o Rosto da Misericórdia do Pai. Precisamos “surpreender”, “chacoalhar” o mundo com a Misericórdia, despertando-o do torpor em que se encontra!
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4, 18-19).
O Espírito Santo tinha descido sobre Jesus de Nazareth no seu batismo, em forma de pomba (cf. Lc 3, 22) e a “pomba” era a oferenda dos mais pobres. Este Espírito “Pai dos pobres”o leva a descer com Ele entre os pecadores, que iam ser batizados no rio Jordão; entre os pobres que necessitam ser evangelizados; entre os presos que precisam ser soltos; entre os cegos que precisam ver e os oprimidos que necessitam de libertação. O Espírito, o “Paráclito” = “Advogado”, que responde ao grito, ao clamor dos que sofrem. Revela a Missão do Senhor como uma chuva de graça sobre a humanidade, um novo “dilúvio”, não mais para eliminar a humanidade pecadora, mas para eliminar o pecado. Transformando, pela Sua graça, os pecadores em santos e testemunhas da Sua Misericórdia, como disse Jesus para Santa Faustina e como repete São Paulo: “Pela graça fostes salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus!” (Ef 2, 8).
Desde a sua concepção, o Senhor surpreendeu e contradisse todas as expectativas do povo de Israel. Ele sempre “desceu”: desceu do céu no seio de uma virgem; desceu numa gruta no meio dos animais e dos pastores “impuros”; desceu em Nazareth onde esteve “submisso”; desceu no rio Jordão no meio dos pecadores; desceu no meio dos pobres, excluídos, marginalizados, leprosos, pagãos, prostitutas, endemoniados, famintos; desceu tornando-se apenas “coisa”, “objeto” em nossas mãos na Eucaristia. Desceu despojando-se, assumindo a forma de um escravo, humilhando-se, fazendo-se obediente até a morte e à morte de Cruz! (cf. Fl 2, 8) Ele desceu mais ainda tornando-se menos do que homem “sou verme e não homem, opróbrio dos homens, desprezado do povo” (Sl 22, 7). Desceu até a escuridão do sepulcro e, não contente, desceu até o “inferno”, antes de ser exaltado, pelo Pai, acima de tudo.
Papa Bento XVI dizia que Jesus sempre desceu e só subiu na Cruz por nosso Amor. Assim, com Ele, precisamos “descer por esta ponte até aqueles que sofrem para alcançar a altura de Deus”.
Temos certeza que o Senhor voltará a surpreender- nos neste tempo como no tempo da sua encarnação. Hoje existem muitos profetas de desventuras e catástrofes. Pessoalmente estamos convencidos que o Senhor prepara a humanidade para um novo “Pentecostes de Misericórdia” de que vemos e testemunhamos as primícias. Deus é Amor! Ele é Pai e, se permitir alguma purificação, cremos que seja para a nossa correção, pois quem ama, corrige! Acima de tudo, porém, cremos na revelação que São João fez uma vez para Santa Gertrudes. Ele convidou a santa a reclinar sua cabeça junto com a dele, no peito do Senhor. Ao perceber o calor e o júbilo do palpitar do Coração de Jesus, Gertrudes perguntou por que o evangelista não tinha revelado este mistério nos seus escritos e João respondeu que aos “últimos tempos estava reservada a graça de ouvir a voz eloquente do Coração de Jesus. A esta graça o mundo envelhecido rejuvenescerá: sairá de seu torpor, e o calor do amor divino inflamá-lo-á de novo” .
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4, 18-19).
Este é o tempo favorável!Como viver esta Palavra neste tempo? “Um ano de Misericórdia”, cita o Papa Francisco na bula ao comentar esta Palavra de Lucas 4, 18-19, “isto é o que queremos viver” (MV 16) . Trata- se de descer com Jesus, com gestos concretos de amor, com aquela “criatividade” do Espírito para uma nova evangelização. Os homens do nosso tempo querem ainda “ver Jesus” e nós podemos torná-Lo visível deixando viver em nós os traços da sua “carteira de identidade”.
Maurício, um acolhido nosso, após 10 anos vividos na rua e 27 nas drogas, veio nos procurar, cheio de alegria, para nos agradecer. Eu sou uma nova criatura dizia, porque conheci o Senhor, experimentei o seu amor porque vocês não desistiram de mim... Quantas vezes caí e vocês me levantaram! Perdi-me e vocês me procuraram! Até que eu me rendi à Sua Misericórdia! Eu nasci de novo e agora estou livre, pois conheci o Amor do Senhor. Eu queria com vocês levar Jesus, a Sua Misericórdia, para quem ainda não conhece o Seu Amor.
Descemos com Cristo, para mostrar o Cristo não pelas palavras e, sim, pelo Seu Amor Misericordioso, compassivo, paciente, como fez Madre Teresa quando um muçulmano lhe disse: “Agora sei que Jesus é vivo: eu o vi no amor com que as suas mãos cuidaram das feridas da minha lepra!” Ele é fiel! Que a Sua Misericórdia viva e se revele em nós!
Deus os abençoe! Pe. João Henrique Pe. Antonello Cadeddu