A Vida Suas Organizações e Representações Na Existência Humana
A Vida Suas Organizações e Representações Na Existência Humana
A Vida Suas Organizações e Representações Na Existência Humana
Para que essas projeções obtivessem sucesso por volta dos anos de 1990 surgi uma nova visão
sobre a Responsabilidade Social: a que se materializa por meio de políticas, estratégias e ações
que visam, em última instância, a contribuir para o Desenvolvimento Sustentável (DS). Portanto,
a responsabilidade social está intrinsecamente relacionada aos indivíduos, à responsabilidade
perante os outros a quem, direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente, estamos
ligados e para quem nossas escolhas, decisões e ações possam causar impactos. E, para que o
desenvolvimento seja sustentável, passa a ser necessária uma revisão de crenças e valores que
embasam as ações sociais de todas as organizações, bem como o desenvolvimento de novos
modelos de atuação dos diferentes atores sociais.
Através dos processos evolutivos que o homem vem passando nas experiencias de trabalho, é
inevitável que o interesse sobre a gestão de recursos humanos de origem a uma serie de teorias
e práticas, fazendo com que conceitos como o de competência, desempenho e empregabilidade
passassem a fazer parte da retórica de muitas organizações, adquirindo diversas conotações e
muitas vezes, sendo utilizados de maneiras distintas tanto no ambiente empresarial como no
meio acadêmico. Pois existem várias concepções contraditórias sobre o mesmo assunto no
mundo pós-moderno.
Mas até aonde essa dinâmica das organizações, necessidade de estar na frente não prejudica o
funcionamento do ser psiquicamente, mesmo que estes profissionais tenham uma rotina dentro
do que se é esperado com carga horaria, preparo de cursos, plano de saúde e outros.
A incerteza de se manter empregado, seja pelas metas não cumpridas ou pela idade avançada
também ocasionam problemas nas relações, principalmente familiares. Além de alguns
direitos trabalhistas serem retirados explicitamente, e as exigências aumentarem. Desta forma
o individuo passa a ser sentir cada vez mais negligenciado levando as possibilidades de um
sofrimento mental.
Uma das estratégias mais utilizadas pelos trabalhadores para o enfrentamento do sofrimento e
da doença é a própria negação destes para que seja possível dar continuidade ao trabalho,
como pode ser observado nas publicações de Carvalho e Moraes9, Baierle e Merlo18 e Merlo et
al.16. Em pesquisa de Carvalho e Moraes9 também aparece como estratégia defensiva a auto
aceleração do ritmo de trabalho, na tentativa não só de negar o sofrimento, mas, também,
como forma de obter o reconhecimento no ambiente de trabalho. (Saúde mental e trabalho:
um levantamento da literatura nacional nas bases de dados em Psicologia da Biblioteca Virtual
de Saúde (BVS). Pág.: 6).
1. Quanto mais é negligenciado e negligencia a si mesmo, o indivíduo sobrecarrega o
psíquico e só consegue se dar conta quando o físico passa a refletir esse
sofrimento. Em princípio, o desprazer e a insatisfação são relacionados ao
estresse, considerado erroneamente, como algo que faz parte da modernidade; e
como sua progressão é lenta, agregada à falta de conhecimento; transtornos
depressivos e síndromes, como a de Burnout, passam a fazer parte da vida,
podendo ocasionar sofrimento extremo ao ponto de levar a pessoa ao suicídio.
2. Fica evidente a importância que se deve dar à saúde mental do trabalhador, tanto
pelas instituições contratantes quanto pelo poder público, como, por exemplo, a
valorização do psicólogo nas organizações, não apenas como o profissional o qual
avalia se uma pessoa está apta ou não para determinado cargo, mas como aquele
que atuará para proporcionar o bem-estar desse contratado ; e a criação de
políticas públicas voltadas especificamente para a saúde mental do trabalhador;
com psicólogos especializados nessa área incorporados ao SUS .
Verifica-se que, muitas são as soluções, para que todos saiam ganhando nesse processo de
valorização do trabalhador e de cuidado com sua saúde mental, basta que o olhar atencioso
não seja apenas dos estudiosos, mas de todos que estão envolvidos nesse processo.
Conclusão:
Deve-se levar em conta a saúde do trabalhador, tanto pelas instituições contratantes quanto
pelo poder público, precisando criar politicas públicas voltada para a saúde mental do
trabalhador dentro da empresa com acompanhamento psicológico no âmbito do trabalho e
não somente para seleção de vagas.
Referências
Saúde mental e trabalho: os problemas que persistem*. Leny Sato. Márcia Hespanhol Bernardo.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/rNNzNMDBjbR5dS8LCN86p4M/?lang=pt. Acesso
em: 17/06/2021