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PROPAGANDA
AULA 2
CONTEXTUALIZANDO
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Mas o que se investe em publicidade aqui, ainda é menos de 10% do primeiro
lugar: os EUA.
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É o primeiro jornal do país!
Fundado em 1808, a Gazeta do Rio de Janeiro foi um jornal oficial, para
uma cidade que foi tomada de sobressalto por estrangeiros.
A partir dessa data, desenvolveu-se um forte comércio local, onde
vendedores ambulantes, comerciantes e jornaleiros transformaram um lugar
comum para a agitada capital do Brasil. A Gazeta do Rio de Janeiro tinha
periodicidade curta (saía aos sábados), de intenção informativa, poucas folhas e
preço baixo (Sodré, 1999, p.22). Os anúncios eram bastante formais nas
expressões e como recurso de ilustração sobressaía-se o selo real e nada mais.
Transcrição:
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se porão quaisquer anúncios que se queiram fazem, devendo eles
estar na 4ª feira no fim da tarde na Impressão Régia.
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boca (os também chamados pregões). Com isso se popularizou a literatura de
cordel, principalmente no Nordeste.
Ramos (1987, p. 13) informa que, ao fim da primeira metade do século
XIX, a Rua do Ouvidor estava movimentada: tinham 77 ourives, 66 sapateiros,
33 relojoeiros, 25 tipografias, 24 fabricantes de carruagens, 23 casas de modas,
8 retratistas e 4 floristas.
Por volta de 1827 a cidade do Rio de Janeiro atingia seus 300 mil
habitantes e tornava-se definitivamente um centro econômico e financeiro,
sobretudo pela exportação de café.
Trata-se de um período no qual a cidade passou por um intenso processo
de desenvolvimento urbano: a inauguração de redes de água canalizada, da
Biblioteca Real, do Banco do Brasil, do Jardim Botânico e a instalação de
indústrias locais (antes da vinda da corte eram proibidas).
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Percebeu na imagem anterior o termo reclame? Ele é uma outra
denominação atribuída ao anúncio publicitário. No reclame do exemplo, o
anunciante não argumentava, mas enumerava. Alguns anúncios também não
traziam títulos, apenas mencionavam o produto: charutos, fazenda, peixe, fogão,
melancias etc. (Ramos, p.16).
Observe os títulos dos anúncios a seguir.
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Você sabia que até a vinda da família real portuguesa para o Brasil, as
atividades de imprensa eram proibidas por aqui? Pois é! E confira só o que
aconteceu depois que a família real chegou, veja três jornais a seguir.
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• Jornal 3: Abertura dos Portos. Em 28 de janeiro de 1808, D. João VI
promulgou a abertura às nações estrangeiras, feito este que os brasileiros
consideraram um momento de conexão do país ao resto do mundo.
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As publicações dos primeiros jornais do país, especialmente os
chancelados pela corte, eram bastante doutrinários, ou seja, mantinham sempre
os interesses da corte portuguesa de modo a moldar as opiniões a favor da
realeza. Grandes empresas públicas inauguravam obras por diversas cidades e
precisavam comunicar e emitir mensagens sobre seus feitos, bem como
destacar a marca do rei. Assim, normas e padrões foram estabelecidos, e os
cidadãos precisavam cumpri-los. Neste contexto, uma logomarca torna-se
importante, ainda mais se ela contiver o selo do Rei, algo que as cervejarias não
demoraram para se apropriar (algo como “el-Rei aprova”). Vamos ver um
exemplo:
O Brasil, na condição de Reino, que antes via apenas a cruz cristã como
marca, passa a ter o selo real também, o qual identificava claramente o novo
senhor. Para um novo país: novos problemas de comunicação; a presença do
selo real trazia coerência e unidade.
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• O mercado de publicações desenvolveu-se em virtude da ampliação de
seus leitores, bem como os pontos de venda, sobretudo nas estações
ferroviárias, lugares que recebiam as últimas novidades das bancas de
jornais e livros.
• Difundiu-se a cultura nacional e a promoção da civilização brasileira.
Inúmeros jornais publicavam livros em fascículos, muitos deles ilustrados.
• A maioria dos escritores nascidos no Brasil passaram a trabalhar como
redatores – exaltando as belezas do país e seus produtos, sobretudo do
intenso comércio carioca, soteropolitano ou recifense.
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impacto até hoje? Tanto que alguns municípios controlam a publicidade ao ar
livre! Porém, podemos ver em outras cidades a riqueza da publicidade impressa,
como na foto a seguir, que retrata uma esquina de Belém.
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Figura 8 – O Mequetrefe e O Mosquito
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No fim do século, anúncios eram escritos por poetas, que podemos
considerar serem os primeiros freelancers de redação, como Olavo Bilac, Emílio
de Menezes, Hermes Fontes e Basílio Viana. Confira, na galeria a seguir, o que
mais aconteceu.
• Políticos começaram a ser utilizados em anúncios, representados em
ilustrações. Nomes como Barão do Rio Branco, Afonso Pena e Pinheiro
Machado eram os que mais se destacaram.
Figura 9 – Anúncio A. Vogler e cia: Óleo de São Jacob. Província de São Paulo,
1888
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Figura 10 – Anúncio bilíngue, publicado em São Paulo. Virada do século XX
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funções essenciais em uma agência: o profissional de planejamento e
atendimento (sem ele o business não existe), o redator e um gráfico (a dupla de
criação). Anos mais tarde, juntou-se à equipe da Eclectica o publicitário Julio
Cosi. O principal cliente da Eclética foi a Ford.
Ramos aponta ainda que, por volta de 1920, uma equipe básica de
comunicação teria as seguintes funções: desenhista, redator, tipógrafo, agente
que negociava espaços comerciais e clientes (1985, p. 32).
Ao fim da I Guerra Mundial, a cidade de São Paulo contava com cinco
firmas de publicidade e propaganda: A Eclectica, a Pettinati, a Edanée, a de
Valentin Haris, de Pedro Didier e Antônio Vaudganoti (Ramos, p. 30).
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inserções por mês. O Farol da Medicina de 1909 divulgava a marca de seu
principal anunciante, a Casa Granado.
Devido à industrialização, bens e serviços tiveram preços mais acessíveis
às classes trabalhadoras. Surgiram os alimentos pré-embalados, trazendo
consigo a necessidade de criar uma identidade para o produto, que fosse única
e facilmente lembrada pelos seus consumidores.
A publicidade brasileira nasceu em um contexto bastante conturbado
socialmente e politicamente, apesar dos inúmeros avanços que o país alcançou
no século XIX. O Brasil viveu a Primeira Guerra Mundial e, em seguida, a crise
de 1929 (crash da bolsa de NY) e duas revoluções: de 1930 e 1932, coincidindo
com a industrialização da publicidade no país, mas isso estudaremos
posteriormente.
Até aqui, a novidade é que nos anos 1930 começam a aparecer novos
anunciantes, como mercados, lojas de departamento, concessionárias de
automóveis e outros pequenos provedores de serviços.
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Uma das revistas que tiveram destaque quanto às cores foi A Arara, que
teve anunciantes como: Antarctica, Companhia Paulista de Seguros, Loteria de
São Paulo, Casa Baruel, Papelaria Duprat, Leiteira Mandaqui etc.
A revista A Arara trazia como novidades as páginas impressas em duas
cores – verde e azul, amarelo e vermelho, roxo e amarelo, o que era interessante
por produzir contraste e chamar a atenção, interessando a anunciantes que
quisessem dar mais destaque às suas marcas.
TROCANDO IDEIAS
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Você lembra de algum comercial que propicia o acesso a todos? Acesse
o Fórum e comente com seus colegas!
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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Estudamos as influências das propagandas, ilustrações que foram
inseridas e as auxiliaram, as cores e a adaptação para as revistas, bem como
exemplos dos primeiros anúncios de publicidade.
Posteriormente, vamos conferir um pouco mais sobre a evolução da
publicidade nos diferentes meios, pois a evolução tecnológica vai além da mídia
impressa!
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REFERÊNCIAS
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