Análise de Complexidade em Navios
Análise de Complexidade em Navios
Análise de Complexidade em Navios
SOLDAGEM
Rio de Janeiro
Setembro de 2018
ANÁLISE DE COMPLEXIDADE EM NAVIOS – COMPLEXIDADE DE
SOLDAGEM
Examinada por:
____________________________________________
Prof. Jean-David Job Emmanuel Marie Caprace, PhD
____________________________________________
Prof. Luiz Felipe Assis, D.Sc.
____________________________________________
Prof. Floriano Carlos Martins Pires Junior, D.Sc.
____________________________________________
Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc.
iii
AGRADECIMENTOS
Uma vez que aproxima-se a conclusão deste desafio que provou ser a obtenção do grau
de mestre em engenharia naval, não poderia deixar de agradecer àqueles que, de
diferentes formas, me ajudaram ao longo do caminho:
Aos meus orientadores, Jean-David Job Emmanuel Marie Caprace e Luiz Felipe Assis,
pela orientação, compreensão, tempo, atenção e paciência dedicados.
iv
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
v
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
vi
Sumário
1. Introdução........................................................................................................................ 1
1.1 Contexto ................................................................................................................... 1
1.2 Relevância do Estudo ............................................................................................... 3
1.3 Definição de Complexidade ..................................................................................... 4
1.4 Estado da Arte .......................................................................................................... 6
1.5 Estratégia de Montagem na Indústria Naval .......................................................... 10
1.6 Proposta de Trabalho ............................................................................................. 11
1.7 Limitações do Estudo ............................................................................................. 12
1.8 Organização do Trabalho ....................................................................................... 14
2. Metodologia .................................................................................................................. 15
2.1. Estudo do Método .................................................................................................. 15
2.2. Soldagem na Industria Naval ................................................................................. 26
2.3. Modelo Proposto .................................................................................................... 33
3. Desenvolvimento do Modelo de Análise de Complexidade de Soldagem ................... 43
3.1 Posição de Soldagem - Velocidade de Soldagem .................................................. 44
3.2 Método de Soldagem – Taxa de Deposição ........................................................... 51
3.3 Espessura - Volume de Preenchimento na Soldagem ............................................ 54
3.4 Material Base ......................................................................................................... 61
3.5 Complexidade Técnica .......................................................................................... 63
3.6 Acessibilidade – Local de Trabalho ....................................................................... 66
3.7 Ergonomia - Posição do Soldador ......................................................................... 74
3.8 Fator de Correção ................................................................................................... 92
3.9 Verificação, Calibração e Validação...................................................................... 96
4. Estudo de Caso .............................................................................................................. 98
4.1 Embarcação de Desembarque de Cargas Gerais (EDCG) ..................................... 98
4.2 Descrição das estratégias de montagem adotadas ................................................ 110
5. Análise dos Resultados................................................................................................ 116
5.1 Verificação, Calibração e Validação.................................................................... 120
6. Conclusão e Propostas Futuras .................................................................................... 124
7. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 127
Apêndice I – Métodos de Soldagem ................................................................................... 131
Apêndice II – Desenhos Estruturais do Bloco 1 da Embarcação de Desembarque de
Cargas Gerais ...................................................................................................................... 141
Apêndice III – Comprimento de Solda do Bloco 1 da Embarcação de Desembarque de
Cargas Gerais ...................................................................................................................... 153
vii
Apêndice IV – Analise de Complexidade de Soldagem de Unidades do Bloco 1 da
Embarcação de Desembarque de Cargas Gerais ................................................................ 168
Apêndice V – Analise de Complexidade de Soldagem da Estratégia de Montagem 1:
Sequenciamento da montagem das unidades conforme sua posição final no bloco .......... 175
Apêndice VI – Analise de Complexidade de Soldagem da Estratégia de Montagem 2:
Sequenciamento da montagem das unidades visando facilitar a soldagem........................ 178
Apêndice VII – Analise de Complexidade de Soldagem da Estratégia de Montagem 3:
Sequenciamento da montagem das unidades visando minimizar o espaço utilizado no
chão de fábrica .................................................................................................................... 181
viii
1. Introdução
A indústria naval é conhecida por ser, em sua origem, altamente desafiadora.
Seu produto final possui componentes que se assemelham ao de uma indústria: geração
de energia, sistema de ventilação, porão e tanques de carga, óleo e água, alojamento e
cozinha, necessidade de atender critérios estruturais, ambientais, de equilíbrio e
estabilidade, além de sistema propulsivo. Tudo isso deve ser pensado de forma a reduzir
custos de fabricação e de operação para que o projeto seja considerado competitivo no
mercado. Por este motivo, os navios e demais estruturas offshore são considerados por
muitos como „complexos‟ em seu desenvolvimento e operação.
1.1 Contexto
1
Melhorar o processo construtivo de navios é um desafio. Apesar de conter
elementos em comum com outras indústrias - tais como corte, solda, estocagem e
pintura -a construção naval possui algumas diferenças claras: além do produto final
possuir variados tipos e características (como tamanho, capacidade de carga e
velocidade) produtos idênticos são raramente encomendados, não havendo estímulo a
uma produção em série - a automatização de todo o processo é inviável. Como
resultado, observa-se uma construção caracterizada pela quantidade de trabalhos
manuais, muitas vezesem condições difíceis, em espaço confinado e sem acessibilidade.
Pode-se concluir que a indústria naval sebeneficia grandemente de um alto controle de
produção edisponibilidade de mão de obra barata. Entretanto, a busca por uma maior
fatia do mercado não limita os produtores a estas simples condições. Um exemplo pode
ser vislumbrado no mercado mundial, onde alguns estaleiros inovaram e
especializaram-se em apenas um tipo de navio, tornando a entrega mais rápida.
2
quantidade de partes. Há a necessidade de constantemente estudar o detalhamento de
projeto e seu impacto na construção com o objetivo de melhorar o processo e sua
integração com a construção.
3
Sendo assim, há a demanda de indicadores de complexidade para o design de
navios e estruturas offshore: Medidas de complexidade para o produto irão auxiliar o
projetista na tomada de decisão, auxiliando-o a criar um navio menos complexo e de
fabricação e montagem mais econômicas.
4
alto númerode peças semelhantes. Nesse sentido, alguns estaleiros incorporam o
conceito de Tecnologia de Grupo e classificam seus produtos de acordo com as
características ou atributos semelhantes. Quanto maior a padronização de produtos e
processos, maior a economia de escala, e mais fácil torna-se a aplicação de técnicas para
balanceamento das estações de trabalho, e redução de estoques (LAMB, 1988).
5
complexidade do produto e de sua confecção. Portanto, um grande desafio do estudo de
complexidade é a análise destes fatores de forma quantitativa.
Complexidade compacta
(1.1)
(1.2)
6
Onde:
Cp = Complexidade compacta
y = esfericidade
V = volume do solido
Complexidade de Montagem
(1.3)
Onde:
n
Cas = C i=1 Ti ; complexidade de montagem de uma
amostracomposta de n árvores não idênticas.
n
i=1 C(Ti ); complexidade de montagem de n sub-árvores não idênticas
7
Complexidade de Forma
(1.4)
Onde:
Onde:
8
Complexidade do Material
(1.5)
Onde:
Complexidade Global
(1.6)
9
1.5 Estratégia de Montagem na Indústria Naval
10
Uma vez definido como a sequência de montagem é idealizada, cabe
estabelecer como é feita a divisão dos blocos e painéis. Uma divisão otimizada pode ser
atingida considerando fatores como comprimento de solda, a posição de soldagem
(plana, vertical, sobre cabeça e horizontal), o tipo de solda, o processo de solda e a
espessura da chapa (CAPRACE, 2010). No entanto, deve-se considerar primeiramente
as limitações do estaleiro. Como primeiro critério, deve-se avaliar as ferramentas
responsáveis pelo transporte das estruturas produzidas; a ponte rolante, pórtico ou carro
hidráulico. O peso máximo dos blocos deve ser tal que respeite a capacidade destas
máquinas. Outro fator determinante para a definição dos blocos são suas dimensões
máximas, devendo respeitar o tamanho das portas de oficinas e tamanho das máquinas
das linhas de montagem de painéis. Adicionalmente algumas zonas do navio não devem
ser separadas, por conter equipamentos importantes.Por fim, é desejável que haja um
número inteiro de chapa em cada bloco, para que não ocorra desperdício de tempo e
material para cortar uma fração da chapa.
12
estudo em questão, o tempo de produção de cada bloco é desconhecido, uma vez que a
construção do navio ainda não foi concluída. Visando superar esta adversidade, o estudo
deverá propor outra forma de se obter os fatores de ponderação. É desejável que estes
sejam facilmente editáveis, permitindo avaliação quanto sua relevância, isto é, como o
grau de imprecisão destes fatores impactam o índice de complexidade global, afetando a
análise de complexidade. A fácil alteração destes fatores também permitirá futuras
melhorias no modelo, podendo ser calibrado diante da obtenção de maiores dados,
obtidos futuramente.
13
projetista será capaz de acessar facilmente informações condensadas de projeto, como a
complexidade de fabricação individual das peças e montagem destas, capacitando a
análise de seu desempenho e orientando-o para redefinir variáveis visando a otimização
do navio durante a fase de projeto.
14
2. Metodologia
A metodologia ora apresentada tem como objetivo fundamentar o
desenvolvimento do método. Para o método escolhido, objetiva-se desenvolver uma
equação como forma de retratar a complexidade do processo de soldagem. Em um
estudo do método, diversos modelos de análise de complexidade foram consultados.
Especial atenção foi atribuída aos coeficientes de complexidade integrantes de demais
equações de análise complexidade; foi observada a classificação destes coeficiente,
assim como a forma de atribuição de seus valores. Este estudo contribuirá na escolha e
atribuição de valores aos coeficientes para Análise de Complexidade de Soldagem em
Navios.
O escopo da complexidade pode ser definido como: (i) parte, (ii) produto, (iii)
sistema, e (iv) sistema de sistemas, como sistemas técnico-sociais (ELMARAGHY,
2012). As publicações nesta área de pesquisa dividem a complexidade em engenharia
15
em dois grupos: o primeiro abordao domínio físico da engenharia, e o segundoaborda a
complexidade no domínio funcional. Este último promove a ideia de que a
complexidade deve servirpara aferir a incerteza em atingir uma série de tarefas definidas
no domínio funcional. Esta teoria de complexidade almeja reduzir a complexidade de
um sistema através das seguintes ações: (i) minimizar o número de dependências, (ii)
eliminar a complexidade independente de tempo, (iii) transformar um sistema com
complexidades combinatórias dependentes do tempo em um sistema com
complexidade periódicas com dependência de tempo, através da introdução de uma
periodicidade funcional, e reiniciando o sistema no começo de cada período.
16
Figura 1 - Classificação da análise de complexidade em design e produção
17
Figura 2 - Complexidade de Montagem, segundo Samy et ElMaraghy (2010)
(2.1)
Onde:
(2.2)
Onde:
18
É feito o cálculo da complexidade de montagem de cada peça, através da média
ponderada, visualizada na equação (2.3).
(2.3)
(2.4)
Onde:
(2.5)
21
Para diluir os conflitos na opinião dos especialistas (conflitos estes fadados a
ocorrerem devido a natureza complexa dos projetos abordados pelo estudo), a média
ponderada foi utilizada para combinar as opiniões dos especialistas:
(2.7)
(2.8)
CO = CQ × CU × CK × CA × CW (2.9)
22
Onde:
CA = Acessibilidade/Coeficiente de Complexidade
23
Figura 4 - Exemplo de variação de Custo Unitário para diferentes Posições de
Soldagem
24
Tabela 2 - Taxas de Aprendizagem Típicas (Miroyanni, 2006)
25
2.2. Soldagem na Industria Naval
Material base é aquele que constituiu as peças que devem ser unidas no
procedimento de soldagem. Os materiais base característicos dos elementos estruturais
na indústria naval são: (a) aço-carbono e (b) alumínio.
26
a) Filete: O material de solda é depositado em um canto formado pela
junção das peças, penetrando e fundindo com os metais base, formando a junta.
Conforme a figura 5, a perna de solda é definida pelo cateto do triângulo formado
pela poça. Já a garganta é definida pela altura deste triângulo.
Figura 5 - Junta em T
b) Junta de topo: comumente usada para soldas de borda, ainda que possa
ser usada para juntas de canto, "T" ou juntas entras peças curvas e planas. Como
mostrado na Figura 6, o material de solda é depositado dentro do chanfro (quando há a
necessidade deste recurso), penetrando e fundindo com os metais base, formando a
junta. Há vários tipos de solda de topo, variando a necessidade e características do
chanfro, que por sua vez depende da espessura das chapas.
27
Figura 6- Junta de Topo
De forma geral, pode-se dizer que, quanto maior a espessura, maior o número
de passadas necessárias para realização da solda. Isto resulta em acréscimo de tempo
para resfriamento e execução da próxima passada, aumentando assim a complexidade.
28
2.2.3 Chanfro
29
Figura 8- Tipos de Juntas Soldadas
30
Em pesquisa para se estudar a geometria comum das juntas, se constatou que
chanfros “V” simétricos e assimétricos são mais utilizados, sendo o primeiro mais
comum.Também são utilizados ângulos de chanfro de 45° ou 60° (Figura 9). Outra
informação importante é que quando há raiz, a abertura normalmente varia de 2 (mais
comum) a 6 mm, podendo-se utilizar até 9 mm em alguns casos.
31
Figura 10 - Posição de Soldagem
A posição da soldagem é um importante fator para a complexidade de soldagem,
devido à dificuldade de manter o controle da poça de fusão em condições adversas à
gravidade. No entanto, a escolha da posição não cabe ao soldador, uma vez que as peças
na indústria naval têm como característica elevados pesos e tamanhos, devendo o
soldador executar a soldagem na posição necessária. Adaptações na postura corporal
(ergonomia) do operador, assim como na posição do chanfro devem ser realizadas para
possibilitar a soldagem em determinada posição.
32
2.2.5 Métodos de Soldagem
Fatores externos
35
Atributos de Soldagem
36
o Posição (CP): O atributo em questão tem como função considerar o tipo
de solda empregado (filete ou topo) e a posição (plana, horizontal, vertical e sobre-
cabeça). As possibilidades para o tipo de solda são (a) 1G, (b) 2G, (c) 3G, (d) 4G, (e)
1F, (f) 2F, (g) 3F, (h) 4F.
Modelo Geral
37
𝑤1 𝐶𝑇 + 𝑤2 𝐶𝐴 + 𝑤3 𝐶𝐸𝑟𝑔
𝐶𝑠𝑖 = (2.10)
𝑤1 + 𝑤2 + 𝑤3
Onde:
𝑛
𝑖=1 𝑤𝐿𝑖 × 𝐶𝑠𝑖
𝐶𝑠𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 = 𝑛 (2.11)
𝑖=1 𝑤𝐿𝑖
38
Algumas sociedades de regras e normas técnicas, como a AWS, estabelecem
padrões mínimos quanto ao tempo e material empregados em uma solda, no que
concerne a prova de qualificação do soldador. Uma maneira vislumbrada de calibrar os
indicadores de complexidade dentro dos atributos de soldagem é utilizar desses padrões
mínimos de maneira comparativa.
Suponha-se que a norma para qualificação técnica do soldador diga que ele
necessite soldar na posição 1G (tida como tipo de solda mais fácil) em um máximo de
tempo t. Já a posição 4G (tida como tipo de solda mais complexo) deve ser soldado em
um máximo de 4t. Neste caso, à posição 4G será atribuído o índice relativo de
complexidade o valor 1, enquanto à posição 1G será atribuído o valor 0.25, uma vez
que, segundo a norma técnica, a posição 4G é 4 vezes mais demorada que a posição 1G.
Para isso, algumas considerações devem ser feitas, mantendo-se constante a espessura,
método de solda, acessibilidade, etc. Vale lembrar que, apesar do tempo não ter sido
citado como causa da complexidade, podemos considerá-lo como consequência desta:
Um sistema 'mais' complexo demora mais para ser montado que um sistema 'menos'
complexo.
39
Vantagens: Embasamento de informação e estudo altamente confiáveis,
verificados por revistas e universidades renomadas.
40
III. Coleta de dados (experimentos de campo)
41
alternativas existentes nos atributos. É uma alternativa mais econômica, necessitando
somente acesso a profissionais gabaritados.
V. Documentos de Fabricantes
42
3. Desenvolvimento do Modelo de Análise de
Complexidade de Soldagem
Tendo pré-definido o funcionamento do modelo, elegendo seus principais
coeficientes - divididos em famílias (Complexidade Técnica, de Acessibilidade e
Ergonômica), deve-se avaliar como as possíveis escolhas estratégicas impactam a
complexidade da soldagem. Os tópicos a seguir visam a discussão entre as alternativas
existentes, como o método de soldagem, por exemplo, e como pode-se aferir
comparativamente o quanto uma alternativa se faz vantajosa em detrimento a outra. Em
cada caso, elegeu-se um elemento numérico capaz de retratar o desempenho que cada
alternativa propicia.
Cabe aqui ressaltar que TURRENS (2018) demonstra que, para se determinar
áreas de complexidade, a incidência de retrabalhoem atividades específicas (indicando
maior concentração de erro humano nessas atividades) não são bons indicadores de
complexidade.
43
3.1 Posição de Soldagem - Velocidade de Soldagem
Diâmetro do Eletrodo
Para um dado tipo de eletrodo, o seu diâmetro define a faixa de corrente em que
este pode ser usado. A seleção deste diâmetro para uma dada aplicação depende de
fatores sensíveis à corrente de soldagem, como a espessura do material (tabela abaixo),
a posição de soldagem, além de fatores que controlam a facilidade de acesso do eletrodo
ao fundo da junta, como o tipo desta e o chanfro sendo usado (Tabela 6).
44
Tabela 6 - Relação aproximada entre a espessura da peça (e) e o diâmetro (d)
recomendado do eletrodo para a deposição de cordões na posição plana sem chanfro
Corrente
Para um dado diâmetro de eletrodo, a faixa de corrente em que este pode ser
usado depende do tipo e da espessura do seu revestimento. A forma ideal de se obter a
faixa de corrente para um eletrodo é através da consulta do certificado do eletrodo
emitido por seu fabricante.
45
Velocidade de Soldagem
46
Tabela 8 - Parâmetros de Soldagem: Posição Plana, topo
47
Tabela 11- Parâmetros de Soldagem: Posição sobre cabeça, topo
48
Tabela 14 - Parâmetros de Soldagem: Posição vertical, filete
49
Tabela 17 - Parâmetros de Soldagem: Filete
Todas estas características são desejáveis e não seriam garantidas por outros
métodos de normalização, tais como o Z-Score. Por estes motivos – além da
simplicidade – a Normalização pelo Valor Máximo dos Elementos foi o método
normalizador escolhido.
50
Tabela 18 –Índice de Complexidade de Posição - Topo
51
Como mencionado no tópico 2.2, os principais métodos de soldagem utilizados
na indústria naval são o SMAW (Eletrodo Revestido), GMAW (MIG/MAG), FCAW
(Arame Tubular) e SAW (arco submerso). Viu-se, portanto, que o Arco Submerso é o
processo mais veloz, sendo considerado totalmente automatizado. Já os processos
MIG/MAG e Arame Tubular são considerados semiautomáticos e, por fim, o Eletrodo
Revestido é totalmente manual. No entanto, uma forma de compará-los numericamente
ainda não foi definida. Quantas vezes o método Arco Submerso se sairá melhor que a
soldagem por Eletrodo Revestido?
Para fins de comparação, foi eleita a variável “taxa de deposição” como fator
comparativo entre os métodos. A taxa de deposição consiste no peso de material
depositado por unidade de tempo. Segundo Modenesi et al., a Tabela 20 mostra uma
comparação de taxas de deposição possíveis com diferentes técnicas e processos de
soldagem.
52
Com intuito de definir um índice de complexidade para os diferentes métodos de
soldagem utilizados, optou-se por utilizar as médias dos valores obtidos, conforme
Tabela 22.
54
dificuldade para sua execução, estes afirmaram que as chapas de 6,3mm, ou mesmo as
chapas de 8mm, seriam as mais simples de serem soldadas. Isso ocorre devido a
diversos fatores, como um menor número de passes de solda – ocasionado pela menor
„Área de Preenchimento‟. Outro fator determinante é que, em grande número de
projetos, as chapas de espessura 6,3 e 8mm são utilizadas com maior frequência,
condicionando os profissionais do setor a adaptarem a velocidade em que executam seus
movimentos manuais para realização dos passes de solda. Cabe ainda salientar que
chapas de espessuras inferiores a 6,3 mm, apesar de possuírem menos „Volume de
Preenchimento‟, são de difícil processo de soldagem, uma vez que o controle do aporte
do calor torna-se um fator sensível. O cuidado no movimento de mergulho é fator
determinante para não ocasionar furos, empeno ou demais acidentes que prejudiquem a
soldagem da peça.
o Juntas de Topo
55
seção das peças. A Figura 11 evidencia a seção de solda, de forma a auxiliar o cálculo
da „Área de Preenchimento‟ para juntas de topo.
𝐵× 3
Á𝑟𝑒𝑎 𝑉 = 𝐴1 + 2. 𝐴2 = 2. 𝑒 + 2. = 2. 𝑒 + × 𝑒−2 × 𝑒−2 (3.1)
2 3
3 2
𝐴𝑟𝑒𝑎 𝑉 = × 𝑒−2 + 2. 𝑒 (3.2)
3
56
𝐵× 𝑒−2 𝑒−2
Á𝑟𝑒𝑎 𝑋 = 𝐴3 + 4. 𝐴4 = 2. 𝑒 + 4. = 2. 𝑒 + 2. × (3.3)
2 2 2
2
𝑒−2
𝐴𝑟𝑒𝑎 𝑋 = 2. 𝑒 + 2. (3.4)
2
A Tabela 23 busca evidenciar os volumes de solda usados em cada espessura de
peça:
Tabela 23 – Área/Volume de solda - Junta de topo
o Junta T:
Sendo assim a área da seção de solda tipo filete, sem chanfro, pode ser
calculada conforme formula a seguir:
𝐵× 2
Á𝑟𝑒𝑎 𝑇 𝐹𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒 = 2. 𝐴 = 2. = 0,75. 𝑒 × 0,75. 𝑒 = 0,75. 𝑒 (3.5)
2
Sendo assim a área da seção de solda tipo filete, com chanfro, pode ser
calculada conforme formula a seguir:
𝑏
𝑡𝑔 25° = 0,466 = ; 𝑏 = 0,326. 𝑒 (3.7)
0.7𝑒
58
Á𝑟𝑒𝑎 𝑇 𝐶𝑎𝑛𝑓𝑟𝑜 = 0.7𝑒 0.6𝑒 + 0,326𝑒 = 0,649𝑒 2 (3.8)
o Juntas Sobrepostas
Em alguns casos, na indústria naval, é necessário sobrepor uma chapa a outra.
É o que acontece, por exemplo, na solda dos colares - chapas utilizadas para fechar
aberturas nas anteparas por onde passam os perfis do convés, fundo ou costado.
𝐵×
Á𝑟𝑒𝑎 𝑆 = 2. 𝐴 = 2. = 𝑒 × 𝑒 = 𝑒 2 (3.9)
2
59
Tabela 25 – Área/Volume de Solda - Junta sobreposta
60
trabalhar com diferentes diâmetros de eletrodos, amperagens e correntes – fatores estes
tipificados de forma a considerá-los constantes, independente da espessura, tornando
assim possível a análise de complexidade de soldagem. Outro tópico a ser aprofundado
em trabalhos futuros é a crescente dificuldade do operador diante da soldagem em
chapas finas (inferiores a 6,3mm). O preciso controle no aporte de calor torna este
processo mais complexo que chapas mais grossas. Como o trabalho em questão se
propôs a quantificar a complexidade de chapas superiores a 4,7mm (mais utilizadas na
indústria naval), foi necessário abordar a questão do controle de aporte de calor em
chapas finas. Sendo assim, optou-se por quantificar esta dificuldade, utilizando-se de
um fator de correção. Por sugestão de profissionais da área, optou-se por dobrar a
complexidade da chapa de 6mm, pois considera-se “duas vezes mais difícil soldar uma
chapa inferior a 6”.Para trabalhos futuros, uma melhor forma de quantificar a
complexidade de trabalhar com chapas de espessuras inferiores a 6,3mm pode ser
abordada.
Este tópico tem por finalidade a comparação dos materiais base às quais são
constituídas as peças soldadas. Os materiais a serem utilizados e soldados na
constituição de um navio podem ser variados. Além do aço, o alumínio pode ser
utilizado para os componentes estruturais da embarcação. Optando por envolver o
outfitting, as tubulações podem ser constituídas de diferentes materiais, como o aço
inoxidável, cobre, entre outros.
61
Para comparar a dificuldade de soldar-se estes materiais, este trabalhou optou
por focar nos elementos estruturais do navio. Sendo assim, somente o aço e alumínio
serão abordados.
Pode-se observar que o calor latente de fusão do alumínio é maior que o do aço
(cerca de 60% maior) sendo necessária uma maior energia para sua fusão. No entanto, a
temperatura de fusão do alumínio é expressivamente menor. Daí pode-se observar a
62
dificuldade citada pelos profissionais de soldagem para realizar a soldagem do alumínio.
Um índice de complexidade envolveria a proporção entre estas duas propriedades de
ambos os materiais.
a) Posição da Soldagem
b) Método de Soldagem
c) Espessura das Peças Soldadas
63
Matematicamente, tem-se, portanto:
𝐶𝑇 = 𝐶𝑃 + 𝐶𝑀 + 𝐶𝐸 (3.10)
64
Para obter-se o resultado de uma complexidade de uma solda especifica, em
que se tem todas as características técnicas, basta obtermos os índices de complexidade
das tabelas destacadas e multiplicarmos.
Por exemplo, caso deseje-se uma solda de topo em duas chapas de 6 milímetros
usando o método de arco submerso (em posição plana). Pelas tabelas 28 a 31, tem-se
que:
𝐶𝑃 = 0,033
𝐶𝑀 = 0,083
𝐶𝐸 = 0,077
𝐶P = 0,033
𝐶𝑀 = 1
𝐶𝐸 = 0,061
Deve-se tomar cuidado ao aplicar a formula que descreve o método, para não
escolhermos combinações inexistentes. Seria o caso de aplicarmos a fórmula a uma
solda sobre cabeça, usando o método arco submerso, por exemplo.
65
3.6 Acessibilidade – Local de Trabalho
66
Figura 15- Soldagem sobre Andaime
68
Com intuito de regulamentar as principais informações técnicas sobre
segurança e prevenção de acidentes de trabalho em condições adversas, detalhamento de
equipamentos e procedimentos normativos de segurança que devem ser observados na
realização das atividades, citam-se, como exemplo, as seguintes Normas Reguladoras:
o NR6 – EPI
o NR17 – ERGONOMIA,
o NR18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção,
o NR 35 – Prevenção de Acidentes nos Trabalhos em Altura,
o NBR 6494 – Segurança nos andaimes.
o NBR 7678 – Norma de Segurança na Execução de Obras e Serviços de
Construção
Além disso, a NR35 relata que todo trabalho em altura deverá possuir análise
de risco. Este deve considerar, de acordo com a norma, os seguintes pontos:
69
o condições meteorológicas adversas;
o seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas
de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas
vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do
impacto e dos fatores de queda;
o risco de queda de materiais e ferramentas;
o trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais
normas regulamentadoras;
o riscos adicionais;
o condições impeditivas;
o situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros
socorros, e forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
o necessidade de sistema de comunicação;
o forma de supervisão.
Outra norma importante é a NR-17, que visa tratar das condições de trabalho
que incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais,
ao mobiliário dos postos de trabalho, aos equipamentos dos postos de trabalho e às
condições ambientais de trabalho, e à própria organização do trabalho. A NR-17
especifica que a carga máxima a ser transportada individualmente deve ser estabelecida
de modo que o esforço físico despendido pelo trabalhador nessa atividade seja
compatível com sua capacidade e força, para coibir qualquer comprometimento à sua
saúde ou segurança. Entretanto, a CLT especifica que o peso máximo que um
empregado “pode remover individualmente será de 60 Kg, ao passo que as mulheres e
menores de idade esse limite é de 20 Kg, para o trabalho contínuo, ou 25 kg para o
trabalho ocasional” (Gonçalves, 2003).
Para isso, usar-se-á a Tabela 32 desenvolvida por LAMB (2003) e adotada por
Caprace, exibida a seguir. Nela, os coeficientes de acessibilidade/complexidade
tipicamente empregados para novas construções em navios operativos, foram definidos.
Estes coeficientes são utilizados em estaleiros de modo a considerar as dificuldades
adicionais de se trabalhar a bordo de um navio.
72
Tabela 33- Índice Complexidade de Acesso
A seguir, cada área de trabalho será discutida, assim como sua correlação com
o índice de complexidade fornecido por Lamb.
73
diversas são as semelhanças com o espaço confinado. Por este motivo, determinou-se
que o índice de complexidade deste local como sendo igual ao indicie de complexidade
em espaços confinados. Isso se justifica também na escolha de Lamb de equivaler o
índice de complexidade do Fundo Duplo ao da Superestrutura. Nesta equivalência,
Lamb traduz em termos numéricos a dificuldade de realização de um trabalho em loco –
apesar do desconforto ser maior em ambientes menos arejados e com luminosidade
limitada, profissionais devidamente qualificados e treinados devem realizar a tarefa com
igual destreza, tanto na superestrutura quanto em espaços confinados. A dificuldade se
traduz no acesso; ambos são de difícil alcance e circulação, e o número de trabalhadores
capazes de operar concomitantemente é limitado. Assim, extrapolou-se a decisão de
Lamb de equivaler as complexidades de Superestrutura e Fundo Duplo. De forma
semelhante, este trabalho equivalerá os índices de complexidade de acessibilidade em
andaimes e espaços confinados.
Sala de Maquinas e Sala de Bombas – Lamb determina o local de
maior índice de complexidade para realização de trabalhos como sendo a sala de
máquinas e sala de bombas. Isto se justifica de acordo com as características deste local;
sem dúvidas é a região de maior densidade de equipamentos do navio, sendo muitos
deles sensíveis e de complexa remoção. Realizar um trabalho nesta área, depois do
navio devidamente lançado e em operação, envolve a remoção de equipamentos que
impedem o acesso a região, o estudo da rota de desembarque destes equipamentos, ou
mesmo a remoção de equipamentos para desobstruir a rota de desembarque. Um
trabalho de soldagem, proveniente da necessidade de algum reparo, por exemplo, seja
na alteração de uma base ou jazente de equipamento, consolida esta região como sendo
a de maior complexidade do navio. No entanto, em trabalhos de montagem, pré-
edificação e edificação de navios, não é comum observar a soldagem ocorrendo na
estrutura desta região uma vez terminada a alocação dos equipamentos.
74
de montagem - são fatores determinantes para uma análise de complexidade de
soldagem. Isso se justifica mediante a relevância destes fatores, tendo em vista as
posturas que estes operadores serão obrigados a manter, durante vários minutos - ou até
mesmo horas - para correta realização de seu trabalho.
75
Todos os itens acima estão relacionados a Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho, ou DORT – termo que busca modernizar o termo mais
conhecido LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Em inglês, o termo é conhecido como
WMSD – Work Related Muscoskeletal Disorders.
Este tipo de distúrbio podem afetar diferentes partes do corpo associado com os
movimentos: membros superiores, membros inferiores, e costas. Na literatura, existe
uma quantidade muito maior de artigos tratando de distúrbios relacionados ao WMSD
em membros superiores. Além disso, problemas nas costas são descritos como
complexos e de características particulares, sendo muitas vezes tratados separadamente.
Nesse sentido, diversos artigos recentes podem ser citados visando analisar e
quantificar o risco que cada postura representa, capacitando uma forma de pontuação
prática e fácil para a ergonomia postural. Em seu trabalho, Jayaram et al desenvolveram
uma ferramenta capaz de aliar realidade virtual com análise de posições ergonômicas.
Para isso foi utilizado, além do software JACK, uma ferramenta de análise de
ergonomia comercial, o algoritmo RULA (Rapid Upper Limb Assessment),
desenvolvido por McAtamney e Corllet. Outros autores desenvolveram métodos mais
recentes e modernos, porém ainda não consolidados, com intuito de avaliar o conforto
postural dos membros superiores em atividade laboral. É o caso de Naddeo et al.
Entretanto, cabe, primeiramente, avaliar se tal método exclusivo para membros
superiores são eficazes em avaliar a ergonomia no ambiente da soldagem.
76
Other
13%
Neural Sprains
5% 32%
Ill-Def
Symptoms
9%
Hearing loss
11%
Contussion/
Fracture/ Cut/
Dislocation Scratches
14% 16%
77
Other Back/Neck/
15% Shoulder
28%
Ears
11%
Foot/
Leg Hand / Arm
20% 26%
79
Tabela 34- Tabela de Avaliação do Grupo A
80
Tabela 35- Tabela de Avaliação do Grupo B
81
de Risco são cinco: Insignificante, Baixo, Médio, Alto e Muito alto. A Tabela 37
demostra como ocorre essa classificação através da pontuação.
Uma observação válida a ser feita sobre o método REBA é que ele objetiva
avaliar a necessidade de intervenções nas atividades desempenhadas pelos profissionais,
tornando-as menos agressivas a saúde e diminuindo riscos de lesões osteomusculares.
Cabe ressaltar que nem sempre estas alterações são possíveis na indústria naval,
conhecida por ser rigorosa quanto a locais e condições de trabalho - o exemplo mais
comum que pode ser citado são as inspeções regulares nas regiões de fundo duplo, que
devem ocorrer de forma a viabilizar a operação desta indústria. Ainda que existam
certas intervenções a serem feitas para tornar menos onerosa a tarefa do operário nas
tarefas de soldagem, propor estas intervenções não será o objetivo deste trabalho. Sendo
assim, o método REBA será utilizado para fins de comparação entre as posições de
soldagem, de forma a classificá-las quanto a sua complexidade, de forma equivalente
aos Níveis de Risco.
o Soldagem em Bancada
82
Na indústria, a melhor soldagem a ser realizada, do ponto de vista ergonômico, é
a soldagem em bancada (Figura 23). Nela, o soldador consegue se posicionar, sentando
em uma cadeira ou mesmo em pé, diante de uma bancada, planejada para ter altura ideal
para a realização do trabalho (Figura 24).
83
montagem de estruturas principais dificilmente será utilizada, principalmente devido ao
tamanho das peças a serem unidas.
84
Tabela 38- Análise na postura agachada pelo Método REBA
Para empregar a posição horizontal de soldagem uma maior habilidade por parte
do soldador é necessária, uma vez que o metal de solda líquida sofre a ação da
gravidade e tende a escorrer. Por este motivo não é usada a mesma taxa de deposição
que na posição plana, o que acarreta menor produtividade (e maior tempo de postura
para o soldador). Já na posição vertical, o processo é ainda mais lento, devido à
crescente dificuldade no controle da poça, causada pela ação da gravidade, o que
dificulta o trabalho do soldador.
85
Figura 26- Posturas em soldagem horizontal e vertical
Analisando a postura do soldador (Figura 26), vemos que esta é impactada pela
distância que o cordão de solda se encontra do chão. O soldador pode exercer sua
função totalmente em pé (a) ou com as pernas flexionadas (b). Para evitar que o
soldador trabalhe acima da linha dos ombros é usual providenciar uma base (ou
andaime) para que o operador fique em altura favorável para execução do movimento
horizontal. Já em soldagens verticais, a distância do cordão de solda ao chão é variável,
e o soldador deve adaptar a postura para realizar a solda.
86
Tabela 39- Análise na postura vertical e horizontal pelo Método REBA
87
Nesta posição de soldagem, a junta recebe o metal de adição pela parte inferior
(por baixo), vencendo a força da gravidade. A gravidade torna o processo difícil,
havendo necessidade de um grande controle na taxa de deposição, sendo o mais
demorado. A postura adotada pelo soldador pode ser observada na Figura 27. Nota-se
que as pernas estão esticadas e os braços encontram-se erguidos a cima da linha do
ombro, que estão flexionados. O resultado da análise REBA pode ser vislumbrado na
Tabela 40.
É importante salientar que a postura adotada pelo soldador será sempre fortemente
impactada pelo local da soldagem. Em ambiente confinado – região sem espaço para
manobra – o profissional deverá soldar agachado mesmo em soldagem sobre cabeça.
Dependendo da característica do local, posturas das mais incomuns podem ser empregadas,
visando viabilizar a tarefa. Como analisar as diversas posições possíveis seria inviável, este
trabalho buscou tipificar as posturas mais comuns, para análise ergonômica. O local sem
dúvida afetará a complexidade da soldagem, mas não apenas sob ponto de vista
ergonômico, mas também logístico, gerencial, entre outros. Sendo assim, optou-se por não
incluir a influência do ambiente de execução da soldagem no coeficiente ergonômico,
segregando os impactos da localidade em outro coeficiente (intitulado „coeficiente de
acessibilidade‟, analisado no tópico 3.6).
88
a posição plana (agachada), sendo esta a posição mais onerosa para o soldador, devido ao
forte impacto que esta causa na sua postura, em particular, nas regiões da coluna e pescoço.
Esta conclusão vai de encontroàs tendências atuais; sabe-se que a posição flat é a
posição mais utilizada na indústria, e, mais do que isso, a posição preferida dos soldadores,
mesmo dentro de estaleiros de construção naval. Para entender o que ocorre, é necessário
olhar mais a fundo o problema.
89
Figura 28- Soldagem Automática
90
É necessário, portanto, que o modelo absorva este pensamento. Sendo assim, faz-
se fundamental incluir a distinção evidente entre as soldagens automática e manual, no que
concerne o conforto humano para a realização do processo de solda. Para tal, o modelo
proposto incluirá um índice de complexidade ergonômica que evidencie a simplicidade
relativa existente ao compararmos a soldagem automática com a manual, do ponto de vista
ergonômico. Para este fim, é possível incluir um índice que, ao quantificar a complexidade
ergonômica, revele que a dificuldade em soldagem automática está bem abaixo em
comparação com a soldagem manual. Sendo assim, é atribuído o índice unitário para as
soldagens automáticas.
91
Através da análise apresentada, tem-se a certeza de que o fator ergonômico é
importante para a avalição da complexidade de soldagem, uma vez que resulta em
acréscimo do tempo e custo devido ao desconforto dos operadores. Entretanto, este fator
não será necessariamente o determinante para a escolha da melhor estratégia de soldagem.
O fator técnico – abordando fatores como a velocidade de soldagem de acordo com a
posição de soldagem - pode ser mais importante. A seguir, será discutida a importância de
cada variável abordada – técnica, acessibilidade e ergonomia. Assim, serão atribuídos pesos
para cada variável, intitulados fatores de correção da metodologia desenvolvida.
92
O resultado pode ser vislumbrado na Tabela 43.
Por fim, temos o fator mais relevante: o local. Isto é facilmente justificável
pelo acesso à região em que a soldagem ocorrerá. O Local é mais relevante que o
método de soldagem pois ele restringe o método; é impossível usar arco submerso numa
solda a bordo no navio. O local também determina e agrava o item Posição de Soda;
uma soldagem a bordo e em ambiente confinado, além de obrigatoriamente ocorrer na
posição de soldagem determinada, obriga o soldador a se agachar e a operar com pouca
luz, por exemplo.
93
Com base nestas avaliações, fundamentou-se uma hierarquia preliminar entre
as variáveis, que poderá ser usada para embasar oscenários de fatores de correção,
apresentada a seguir.
𝑤1 𝐶𝑇 + 𝑤2 𝐶𝐴 + 𝑤3 𝐶𝐸𝑟𝑔
𝐶𝑠𝑖 =
𝑤1 + 𝑤2 + 𝑤3
Onde:
𝐶𝑇 = 𝐶𝑀 + 𝐶𝑃 + 𝐶𝐸
CT = Complexidade Técnica;
o 𝐶𝑀 = Método de Soldagem;
o 𝐶𝑃 = Posição da Soldagem;
o 𝐶𝐸 = Espessura das Peças Soldadas;
CA = Complexidade de Acessibilidade;
CErg = Complexidade Ergonômica;
𝑤1 ,𝑤2 𝑒 𝑤3 = fatores de ponderação (peso relativo de cada atributo).
i. Cenário 1
ii. Cenário 2
𝑤1 = 1
𝑤2 = 2
𝑤3 = 1
iii. Cenário 3
95
constitui a Complexidade Técnica. Sendo assim, aumentar-se-á o peso desta variável,
penalizando o peso da Complexidade Ergonômica.
𝑤1 = 10
𝑤2 = 10
𝑤3 = 1
96
Os resultados obtidos da etapa de verificação servem de input para a fase de
Calibração. Na etapa de Calibração, será possível eleger os Fatores de Correção,
adotando ocenário que melhor se adeque, visando obter um resultado mais próximo ao
esperado. Caso seja necessário, uma nova mudança pode ser realizada no modelo,
definindo diferentes pesos aos fatores de correção ou propondo alterações mais radicais.
Este procedimento pode ser definido como uma calibragem do modelo proposto.
97
4. Estudo de Caso
Ao longo de todo este trabalho, a metodologia proposta para análise de
complexidade de soldagem foi propriamente apresentada e fundamentada. Neste
capitulo, iremos abordar o estudo de caso para uma embarcação ao qual este estudo teve
acesso, de forma a aplicar pioneiramente o modelo.
98
Figura 29 - Embarcação de Embarque e Desembarque de Cargas Gerais (EDCG)
99
A EDCG (Embarcação de Desembarque de Cargas Gerais) possui um total de 13
blocos, sendo atualmente construída no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro). Por
questão de sigilo, apenas o primeiro dos 13 blocos teve suas informações
disponibilizadas. Sua geometria pode ser observada nas Figura 30.
100
Figura 31- Unidades do Bloco 1 - EDCG
101
Figura 32- Unidade 11 - EDCG
102
Para o projeto da embarcação, foi desenvolvido modelo utilizando o software
FORAN da SENER, havendo aproximadamente 8000 peças, às quais são divididas em
estruturais (chapas e vigas) e de outfitting (tais como dutos, válvulas, flanges, porcas,
parafusos, etc). A Tabela 44 descreve o navio em árvore hierárquica, visando
estabelecer as relações de montagem e submontagem presentes na construção.
103
Figura 33 - Modelo da EDCG realizado no software FORAN
Para este trabalho, uma versão menos recente do software foi disponibilizada,
não havendo a capacidade de automaticamente gerar as informações necessárias.
104
Figura 34- Comprimento das Emendas de Chapa – Unidade 11
105
Figura 37- Comprimento das Soldas entre Unidades (Montagem do Bloco) – Unidade
11
106
Figura 3811- Unidade 11 modelada em CAD
107
Figura 120- Posição de Soldagem - CAD
108
Tabela 45- Unidade 11 - Características de Soldagem
109
É importante ressaltar que, para o estudo de caso, optou-se por abordar as
soldagens que ocorrerão somente entre as unidades, para a montagem do bloco 1,
abordando as estratégias de edificação de um bloco. O tópico a seguir busca esclarecer
as estratégias de montagem consideradas.
A atual etapa do projeto tem por objetivo a criação de diferentes cenários para a
aplicação do modelo de análise de complexidade de soldagem em diferentes estratégias de
montagem, com objetivo de verificar o modelo, além de exemplificar seu uso em tomada de
decisão estratégica quanto a melhor sequência de montagem a ser adotada em edificação de
blocos.
110
Estratégia de Montagem 1:Sequenciamento da montagem das unidades conforme
sua posição final no bloco
Como mencionado, esta é uma estratégia desaconselhável, mas serve como recurso
para verificação do modelo de análise de complexidade de soldagem; o modelo deve ser
capaz de apontar, comparativamente, que esta estratégia é pior que as demais adotadas.
111
Tabela 46- Estratégia de Montagem 1: Sequenciamento da montagem das unidades
conforme sua posição final no bloco
112
Estratégia de Montagem 2:Sequenciamento da montagem das unidadesvisando
facilitar a soldagem
Esta estratégia pode servir, na prática, para orientar a tomada de decisão do estaleiro
na compra de um pórtico de maior capacidade. Nela, a montagem do bloco ocorre de forma
semelhante a estratégia 1 até o momento da montagem da unidade do convés. Nesta etapa,
ao se deparar com a dificuldade de soldar o convés em posição final (isto é, sobre cabeça),
adotar-se-á a estratégia de inverter todo o conjunto montado até este momento, de forma a
realizar a soldagem em posição plana. Sem dúvidas esta estratégia é mais vantajosa que a
Estratégia 1, e comparar os resultados entre estas duas aplicações do modelo será
fundamental para verificação deste.
Para este método de montagem, um dos costados do navio ficará para baixo,
recebendo todos os elementos estruturais sobre este componente. Esta estratégia busca
simular uma restrição de infraestrutura por parte do estaleiro, onde não há espaço disponível
para armazenamento do bloco mediante longa espera do bloco subsequente. O projetista
espera, intuitivamente, que esta estratégia de edificação gere perda de eficiênciaem
comparação com as alternativas possíveis, no entanto não é possível aferir, sem uma
ferramenta específica, qual estratégia é menos onerosa. O modelo de análise de
complexidade de soldagem vem de forma a suprir uma necessidade deste projetista.
Exemplifica-se, assim, um uso real do modelo proposto.
Cabe salientar que esta estratégia exigiria um estudo estrutural adicional na região
do costado, de modo a certificar que este aguente os esforços atípicos, provenientes do peso
da estrutura sustentada por ele em etapa de construção. No entanto, este estudo estrutural
não será considerado.
113
sequência em que estes transversais seriam montados: Ao desejar-se a edificação do bloco
com o costado de bombordo para baixo, antes de a colocar a unidade longitudinal a
bombordo, é necessária a montagem da parte de bombordo das unidades transversais. O
elemento longitudinal de boreste só seria montado após a montagem da parte central dos
elementos transversais, e finalmente o costado de boreste só seria montado após a colocação
dos elementos de boreste dos transversais.
A sequência de montagem que define esta estratégia pode ser vislumbrada na Tabela
47.
114
Tabela 47- Estratégia de Montagem 3: Sequenciamento da montagem das unidades
visando minimizar o espaço utilizado no chão de fábrica
115
5. Análise dos Resultados
Utilizando como exemplo a unidade 11 e visando estabelecer um processo
realista de montagem de unidades, foram adotadas as seguintes premissas para a
estratégia de soldagem:
116
Novamente, visando estabelecer um processo realista de montagem do bloco,
foram adotadas as seguintes premissas para a estratégia de soldagem:
117
tabelas (apresentada nos apêndices citados) não afetará de forma alguma o resultado
final. Sendo assim, asequência de linhas vem tão somente clarificar o sequenciamento
de atividades das estratégia de montagem adotada, auxiliando a compreensão da escolha
das variáveis de soldagem.
Os resultados dos Apêndices V,VI e VII podem ser visualizados nas Tabelas 48
a 50.
118
Figura 41 – Estratégias de Montagem para Cenário 1 de Fator de Correção
119
Figura 43 – Estratégias de Montagem para Cenário 3 de Fator de Correção
Como dito anteriormente (tópico 3.9), a etapa de verificação tem por objetivo
responder se o funcionamento do modelo está correto. Para isso, analisar-se-á os
resultados obtidos pelo modelo, avaliando se os resultados estão dentro do esperado de
acordo com as expectativas do usuário. Inicialmente, portanto, é necessário definir e
justificar os resultados esperados.
120
Sendo assim, em uma analise de complexidade crescente, a sequencia esperada
para as Estratégia de Montagem seria: Estratégia de Montagem 2 (menos complexa,
Estratégia de Montagem 1 e, por fim, Estratégia de Montagem 3 (mais complexa).
Estes são problemas que podem ser resolvidos através da Validação do modelo.
121
Para a primeira alternativa, utilizando dados do sistema real, propõe-se a
utilização de dados de construção de dois blocos idênticos, construídos com diferentes
estratégias de montagem.
Para isso, alguns critérios (ou avaliadores de desempenho) novamente devem ser
eleitos. O método multicritério fuzzy é indicado para integrar diferentes variáveis
lingüísticas, de modo abordar aspectos imprecisos no raciocínio lógico utilizado pelos
122
seres humanos, provendo um método de traduzir expressões verbais, vagas, imprecisas e
qualitativas, comuns na comunicação humana em valores numéricos (SHAW e
SIMÕES, 2001). O conceito de variável linguística demonstra sua utilidade em
situações mal definidas ou complexas demais para serem racionalmente descritas em
expressões quantitativas convencionais. Uma variável lingüística tem valores atribuídos
em palavras ou sentenças; por exemplo, caso deseja-se definir a variável linguística
“peso”, seus valores seriam „muito leve‟, „leve‟, „médio‟, „alto‟, „muito alto‟, etc.
(LIANG e WANG, 1991).
123
6. Conclusão e Propostas Futuras
A complexidade é vista como um problema em engenharia e deve ser reduzida
sempre que possível. Usualmente é associada com o excesso de componentes, a
interconexão entre eles, além de objetivos diferentes e conflitantes para a otimização do
projeto. Nesse sentido, um modelo que propõe e comprova um método eficiente de
redução de complexidade se prova benéfico a problemas de engenharia.
124
O estudo de caso desenvolvido demonstra o potencial do modelo, tanto em
relação à capacidade de geração de informações como em realização de análises, sendo
utilizado para a tomada de decisão de projetistas que desejam otimizar a estratégia de
montagem, ou para estaleiros que desejam redefinir seus equipamentos e arranjo físico
das estações e áreas de trabalho.
126
7. Referências Bibliográficas
BALCI, O. “Verification, Validation, and Certification of Modeling and
Simulation Applications”.Winter Simulation Conference, pp. 150-158, 2003.
CAPRACE, J.-D. , RIGO, P., "A real-time assessment of the ship design
complexity", ANAST – University of Liège, Chemin des chevreuils, 1, 4000 Liège,
Belgium,Computer-Aided Design, Volume 44, Issue 3, March 2012, Pages 203-208,
2014.
127
FRIZELLE G., Woodcock E., "Measuring Complexity as an Aid to Developing
Operational Strategy",International Journal of Operations & Production Management
15(5):26–39, 1995.lne
KOU, S., "Welding Metallurgy", John Wiley & Sons, Inc., Publication, Second
Edition, 2003, p.37-45
LAMB, T., "Ship Design and Construction" Society of Naval Architects and
Marine Engineers,2003.
128
MCATAMNEY, L., CORLETT, E. N.,“RULA: a survey method for the
investigation of world-related upper limb disorders”, Institute for Occupational
Ergonomics, University of Nottingham, 1993
SAMY, S.N., ELMARAGHY, H., "A Model for Measuring Products Assembly
Complexity", International Journal of Computer Integrated Manufacturing 23(11):1015–
1027, 2010.
130
Apêndice I – Métodos de Soldagem
Os principais métodos de soldagem empregados na indústria Naval podem ser
visualizados a seguir.
A soldagem a arco elétrico com gás de proteção (GMAW – Gas Metal Arc
Welding), também conhecida como soldagem MIG/MAG (MIG – Metal Inert Gas e
MAG – Metal Active Gas) é conhecida por ser um processo semiautomático, isto é, com
controle automático da alimentação de metal de adição, mas com controle manual pelo
soldador do posicionamento da tocha e de seu acionamento. Nela, um arco elétrico é
estabelecido entre a peça e um consumível na forma de arame. O arco funde
continuamente o arame consumível à medida que este é alimentado à poça de fusão. O
metal de solda é protegido da atmosfera pelo fluxo de um gás (ou mistura de gases)
inerte ou ativo.
131
É simples escolher equipamento, arame, gás de proteção e condições de
soldagem capazes de produzir soldas de alta qualidade com baixo custo.
o Vantagens:
132
regulagem do método bastante complexa
não deve ser utilizado em presença de corrente de ar (em locais abertos)
probabilidade elevada de gerar porosidade no cordão de solda
produção de respingos
manutenção mais trabalhosa
alto custo do equipamento em relação a soldagem com Eletrodo
Revestido
alto custo do arame consumível
equipamento complexo (inviabiliza soldagem em locais de difícil
acesso)
A soldagem aarcoelétricocomeletrodorevestido(ShieldedMetalArcWelding–
SMAW),
tambémconhecidacomosoldagemmanualaarcoelétrico,éomaislargamenteempregadodosv
ários métodosdesoldagem.A soldagem é realizada com o calor de um arco elétrico
133
mantido entre a extremidade de um eletrodometálicorevestidoeapeçadetrabalho.O calor
produzido pelo arco funde o metal de base, a alma do eletrodo e o revestimento. Quando
as gotas de metal fundido são transferidas através do arco para a poça de fusão, são
protegidas da atmosferapelosgasesproduzidosduranteadecomposiçãodorevestimento.A
escória líquida flutua em direção
àsuperfíciedapoçadefusão,ondeprotegeometaldesoldadaatmosferaduranteasolidificação.
Outras funções do revestimento são proporcionar estabilidadeaoarcoecontrolar a forma
do cordão de solda.
Depoisdoarcoestabilizado,osoldadordevesercapazdeiniciaromovimento de
“mergulho” do eletrodo, para manter o comprimento do arco constante, enquanto há o
movimento de translação ao longo do cordão. Isso requer uma habilidade ao soldador.
Entre60e90segundos,um eletrodoéconsumido (Maioli, 2014).
134
Na indústria naval, o método de eletrodo revestido é principalmente utilizado
em ponteamentos e reparos, além de locaisdedifícilacesso, como contornos de
elementos.
o Vantagens:
soldagem pode ser executada em todas as posições;
aplicável a todos os materiais utilizados na construção naval
equipamento simples e portátil
permite soldagem em locais de difícil acesso
baixo custo de operação
135
Figura 45- Método de Soldagem por Eletrodo Revestido
A soldagem por arco submerso, também conhecido por SAW (Submerged Arc
Welding) é um método automático no qual o calor é fornecido por um arco
formadopelacorrenteelétricapassandoentreo eletrodo de aramesólido ou
tubulareapeçadetrabalho. Tanto o metal de base quanto a poça de fusão ficam
totalmente submersos em um fluxo granulado que garante a proteção contra os efeitos
da atmosfera. O fluxo granulado funde-se parcialmente, formando uma camada de
escória líquida, que depois é solidificada.
136
Como o método de arco submerso é considerado automatizado, basta que o
operador de solda seja capaz de ler e configurar a máquina para
osparâmetroscorretos(EPS,IEIS) para que a junta seja realizada com qualidade.
o Vantagens do Método
elevada velocidade de soldagem;
maiores taxas de deposição;
boa integridade do metal de solda;
método de fácil uso;
melhor ambiente de trabalho e maior segurança para o operador
método automatizado
137
Figura 46- Método de Soldagem por Arco Submerso
138
Basicamente o método de soldagem com arames tubulares é o mesmo que
oMIG/MAG e utiliza os mesmos equipamentos do arame sólido, embora requeira
equipamentos demaior capacidade em alguns casos.A diferença mais importante entre a
soldagem MIG/MAG com arame sólido e a com arametubular é o seu desempenho em
termos de produtividade, características de soldagem eintegridade do metal de solda.
o Vantagens do método
elevada velocidade de soldagem;
maiores taxas de deposição;
baixo investimento frente a outros métodos (uma vez que utiliza
equipamentos semelhantes a MIG/MAG, logo, é de fácil adaptação) ;
soldagem em todas as posições
método pode ser automatizado
facilidade de operação
139
Figura 47 – Método de Soldagem por Arame Tubular com Gás de Proteção
140
Apêndice II – Desenhos Estruturais do Bloco 1 da Embarcação de Desembarque de Cargas Gerais
141
Figura 4913- Unidades do Bloco 1 da Embarcação de Desembarque de Cargas Gerais
142
Figura 50- Desenho Estrutural da Unidade 11
143
Figura 51- Desenho Estrutural da Unidade 12
144
Figura 52- Desenho Estrutural da Unidade 13
145
Figura 53- Desenho Estrutural da Unidade 14
146
Figura 54- Desenho Estrutural da Unidade 15
147
Figura 55– Desenho Estrutural da Unidade 16
148
Figura 14- Desenho Estrutural da Unidade 17 BB
149
Figura 56- Desenho Estrutural da Unidade 17 BE
150
Figura 57- Desenho Estrutural da Unidade 18
151
Figura 58- Desenho Estrutural da Unidade 19
152
Apêndice III – Comprimento de Solda do
Bloco 1 da Embarcação de Desembarque de
Cargas Gerais
154
Figura 63- Comprimento de Solda da Unidade 12: Entre Unidades
155
Figura 64- Comprimento de Solda da Unidade 12:Perfis
156
Figura 65- Comprimento de Solda da Unidade 12: Perfis
157
Figura 67- Comprimento de Solda da Unidade 13: Chapas
158
Figura 70- Comprimento de Solda da Unidade 14; Entre Unidades
159
Figura 72- Comprimento de Solda da Unidade 14: Perfis
160
Figura 75- Comprimento de Solda da Unidade 15; Colares
162
Figura 81- Comprimento de Solda da Unidade 17BB:Chapas
163
Figura 85- Comprimento de Solda da Unidade 18; Entre Unidades
164
Figura 86- Comprimento de Solda da Unidade 18: Chapas
166
Figura 90- Comprimento de Solda da Unidade 19: Chapas
167
Apêndice IV – Analise de Complexidade de Soldagem de Unidades do Bloco 1 da Embarcação de Desembarque de
Cargas Gerais
Tabela 51- Analise de Complexidade de Soldagem da Unidade 11
Tabela 52- Analise de Complexidade de Soldagem da Unidade 12
169
Tabela 53- Analise de Complexidade de Soldagem da Unidade 13
170
Tabela 55- Analise de Complexidade de Soldagem da Unidade 15
171
Tabela 58- Analise de Complexidade de Soldagem da Unidade 17BE
172
Tabela 59- Analise de Complexidade de Soldagem da Unidade 18
173
Tabela 60- Analise de Complexidade de Soldagem da Unidade 19
174
Apêndice V – Analise de Complexidade de Soldagem da Estratégia de Montagem 1: Sequenciamento da montagem
das unidades conforme sua posição final no bloco
Tabela 61- Analise de Complexidade de Soldagem do Bloco 1 – Estratégia 1
175
176
177
Apêndice VI – Analise de Complexidade de Soldagem da Estratégia de Montagem 2: Sequenciamento da montagem
das unidades visando facilitar a soldagem
Tabela 62- Analise de Complexidade de Soldagem do Bloco 1 – Estratégia 2
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179
180
Apêndice VII – Analise de Complexidade de Soldagem da Estratégia de Montagem 3: Sequenciamento da montagem
das unidadesvisando minimizar o espaço utilizado no chão de fábrica
Tabela 63- Analise de Complexidade de Soldagem do Bloco 1 – Estratégia 3
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182
183