Renata Garcia de Oliveira
Renata Garcia de Oliveira
Renata Garcia de Oliveira
CURSO DE DIREITO
ANÁPOLIS-GO
2018
RENATA GARCIA DE OLIVEIRA
ANÁPOLIS-GO
2018
DEDICATÓRIA
This monograph will deal with the ineffectiveness of the Law on Criminal Execution,
about the reality experienced in Brazilian penitentiaries and the difficulties of the
prisoners with their reintegration into society, due to the fulfillment of the sentence to
which it is submitted. Resocialization has as main objective to prepare the apend to
return to society and to have a dignified life. And for this she has the Criminal
Enforcement Act as its main ally, since it is expressed in her all rights and duties related
to compliance with punishment. It is at the mercy of the state that it provides the
necessary assistance to those victims, such as health, education, professional and
social, but the reality lived within a Brazilian penitentiary does not fit at all with what is
provided by law. The prisoners are subjected to living in overcrowded cells, in
unhealthy places and to a high degree of dangerousness. This makes them out of there
worse than when they entered and making society discredit that they can regenerate
themselves and be rather worthy and honest people.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2 CONCEITO E FUNÇÃO DA PENA ....................................................................... 11
2.1 Conceito ............................................................................................................. 11
2.2 Função da pena ................................................................................................. 11
2.2.1 Escola Clássica ............................................................................................... 12
2.2.2 Escola Positivista ............................................................................................ 14
3 LEI DE EXECUÇÃO PENAL E SUA APLICABILIDADE ...................................... 15
3.1 Objetivos da Lei de Execução Penal .................................................................. 15
3.2 Dos Direitos e Deveres dos Presos .................................................................... 15
3.3 Progressão e Regressão Da Pena ..................................................................... 17
3.4 Da Liberdade Condicional .................................................................................. 18
4 A REALIDADE DO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO ........................... 18
4.1Superlotação ....................................................................................................... 19
4.2 Violência ............................................................................................................ 20
4.3 A Reincidência ................................................................................................... 20
5 A RESSOCIALIZAÇÃO ........................................................................................ 22
5.1 Assistência Material ........................................................................................... 23
5.2 Assistência à Saúde ........................................................................................... 23
5.3 Assistência Jurídica ........................................................................................... 24
5.4 Assistência Educacional ..................................................................................... 24
5.5 Assistência Social .............................................................................................. 24
5.6 Trabalho para Condenados ................................................................................ 25
6 A REINCLUSÃO SOCIAL DO APENADO ........................................................... 26
6.1 As Barreiras enfrentadas pela Ressocialização ................................................. 26
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 28
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 29
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1 INTRODUÇÃO
visitas, que muitas das vezes conseguem passar pela revista portando armas, drogas
e celulares.
Em seu artigo 12 a LEP prevê: “A assistência material ao preso e ao
internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalação
higiênicas”. No entanto sempre nos debatemos com notícias em telejornais, revistas,
artigos e etc. que a realidade dentro das penitenciarias é completamente diferente,
detentos vivem em meio a lixo, insetos, ratos, sendo expostos a condições precárias
e insalubres, além de ter que conviver com a superlotação das celas que acabam por
abrigar mais que a metade da sua capacidade máxima, isso ocorre pelo fato do
aumento de prisões no país e também atrasos de julgamento de presos provisórios.
Esses e muitos outros fatores em conjunto colaboram para contração de doenças
físicas e mentais.
Mas qual será a melhor forma de solucionar tal crise?
O sistema penitenciário brasileiro tem como objetivo a ressocialização de
detentos, que consiste em dar a eles o suporte necessário para que possam reintegrar
novamente à sociedade e buscar compreender os motivos que os leva-los a praticar
tais delitos, ou seja, é dar a eles a chance de mudar o futuro para melhor independente
do que veio acontecer no passado.
O Ministério da Justiça resolveu criar um grupo de agentes junto com a
força policial estadual com intuito de agir dentro das penitenciárias para conter os
problemas do sistema penitenciário brasileiro é o chamado Grupo Nacional de
Intervenção Penitenciária.
Porém, eles podem investir em conjunto em atividades socioeducativas
dentro dos presídios como fornecimentos de atividades, trabalhos, estudos e
tratamentos médicos e psicológicos fazendo com o que a reincidência seja evitada e
a LEP alcance seu objetivo principal que é devolver à sociedade uma pessoa digna e
útil, pois sabemos que a maioria dos presos ao saírem da prisão acabam por voltarem
a praticar crimes.
Para que essa medida socioeducativa venha por funcionar é necessário
não só que tenha respeito e acatamento à LEP, mas também que a sociedade aqui
do lado do lado de fora mude sua visão e forma de pensar em relação aos detentos,
deixando o preconceito de lado e não acreditando que a violência e a morte sejam a
forma mais eficaz para a sua ressocialização. De fato, para combater a criminalidade
o governo tem que agir de forma mais firme e rígida, mas jamais violenta. E, claro,
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2.1 Conceito
As penas surgiram com intuito de punir aquele que fosse contrário as
medidas propostas pela sociedade, ultrapassando a pessoa que cometeu o ato
delinquente atingindo também sua família, que era expulsa do país e perdiam todos
seus bens.
A pena é uma sanção penal, imposta pelo Estado, juntamente com a
execução de uma sentença ao culpado de praticar infração penal, onde consiste na
restrição ou na privação de um bem jurídico, com finalidade de retribuir o al causado
pelo infrator, bem como a readaptação social e prevenir novas transgressões que
podem vim acontecer pela demência da aplicabilidade da LEP. Elas podem ser
privativas de liberdade, restritiva de direito e por multa. Por essa definição entendemos
que, pena é uma imposição, diminuição de um bem jurídico, que segundo Gusmão:
“tudo aquilo que pode ser objeto de tutela jurídica, suscetível ou não de valorização
econômica” (MACHADO, 2017).
Isso se remete por exemplo, na perda ou diminuição da liberdade,
propriedade da vida. Essa imposição deve está prevista em lei e ser aplicada por
órgãos do poder judiciário, para aquele que pratica um ato que ofenda o Código Penal
Brasileiro.
O código penal ira proteger aqueles bens jurídicos considerados vitais para
a sociedade, utilizando a pena como um meio legal de repressão aos atos ilícitos, que
defendem ao bem jurídico, sendo eles a vida, a honra, a saúde, o patrimônio, a
liberdade, etc.
Sendo assim, entendemos que o meio de ação que vale o direito penal
brasileiro é a pena, e observa-se que o direito penal é essencial para a sociedade,
uma vez que junto com a pena segundo Prado: “funcionam como instrumento
excepcional e subsidiário de controle social, visando proteger bens considerados
essências à vida harmônica em sociedade”.
A pena é a sanção mais eficaz para ser aplicada ao homem, quando este
comete algo que fere os padrões éticos-morais de uma sociedade ou que possam
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oferecer riscos aos bens jurídicos fundamentais do indivíduo, sendo está a principal
função da pena. Porém temos outras teorias que podemos considerar.
Dentre algumas linhas de pensamentos a respeito das teorias da pena,
duas dessas se destacam, sendo elas a Escola Clássica e a Escola Positivista.
autonomia de introduzir as leis positivas ao agente que havia praticado o ato ilícito de
forma voluntária e consciente.
Durante esse período a pena era encarada como meramente retributiva,
ela tinha como objetivo a retribuição para o agente do delito, acreditando que assim
poderia restabelecer a ordem jurídica violada. Sendo assim, nesse sistema a pena
não teria finalidade, além da “justa” retribuição do mal causado.
Porém tal teoria foi muito criticada, nos dizeres de Pontes a pena não tem
aproveitamento “ nem para o apenado, nem para a sociedade, perdendo,
consequentemente, todo o seu sentido”, entendendo que não parece racional nem
apropriado à natureza humana, que a pena seja apenas um mal, em outras palavras,
não se pode fazer com o que a pena tenha apenas a finalidade à retribuição, sem se
preocupar com a volta do infrator à sociedade, pois ao optarem pela mera retribuição
a pena alcançaria somente o fim de fazer justiça com as “próprias mãos” digamos
assim. Uma vez que ela não seria efetivamente realizada, ou seja, o que há de mais
inconveniente nesta teoria é que ela é bem clara quanto a sua não preocupação em
reinserir o infrator à sociedade, mostra também que esse não é o modo mais
adequado para se lutar contra a criminalidade.
Outra questão sobre essa teoria aplicada pela escola clássica é o modo
como ela ver o direito penal, como sendo uma maneira para o controle da
criminalidade. Porém, na verdade o direito penal funciona como forma de controle da
sociedade, e deve ser usado em última ocasião e não como um suporte de uma
sociedade.
A impressão de que o direito penal serviria como um meio eficaz par o
controle da criminalidade, não traz tanta veracidade assim. Para que se possa obter
um direito penal mais contundente é necessário entender que mais importante que a
duração da pena é a certeza da punição.
Apesar de todas essas críticas, vale lembrar que a escola clássica trouxe
também muitas contribuições ao estudo da pena, destacando e fundamentando a
proporcionalidade entre a gravidade do delito praticado e a pena aplicada. Essa
proporção é importante para constituir uma medida de justiça, mas também para nos
mostrar a importância da sua pratica, pois em sistemas jurídicos anteriores não havia
tal proporcionalidade, pois, a única forma de pena era a morte.
A escola clássica também auxiliou na constituição da teoria do delito que é
usado até hoje, onde foi dividido entre ação culpável e antijurídica. Também foi a ela
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4.1Superlotação
assegurar que o detento viva em um lugar digno e salubre. Mas não é bem assim que
acontece, em uma cela chega a alojar mais de vinte presos, onde esses muitas das
vezes, não tem lugar para dormir, onde ficam vulneráveis a pegar doenças, pois os
sadios são colocados juntos com os doentes.
Junto com a superlotação vem também muitas dificuldades e empecilhos a
serem enfrentadas pelo sistema carcerário brasileiro, onde acaba afetando o
tratamento dos detentos dentro dos presídios, pois o indivíduo tem sua identidade
individual atingida e acaba por perder ela, levando assim a revolta e a violência.
4.2 Violência
4.3 A Reincidência
5 A RESSOCIALIZAÇÃO
O que o autor quis dizer com seu raciocínio é que não seria justo o preso
ter melhores condições de vida do que um homem que é livre batalha por isso de
forma honesta, mas também isso não quer dizer que o preso mereça viver de uma
forma indigna e desumana, apenas que ele não tenha mais privilégio que o homem
livre.
Segundo o autor (1996, p. 20) “ o crime não retira do homem a sua
dignidade, mas também não deve o regime carcerário propiciar-lhe mais benefícios
do que aquele que desfruta quando em liberdade”, motivo pelo qual o preso deve
receber um tratamento adequado e digno, como alimentação, que deve ser distribuída
no café da manhã, no almoço e jantar, e condições higiênicas adequadas. Já o
vestuário, deve ser padronizado, ou seja, o uso de uniformes pelos presos.
A Lei de Execução Penal alega que a assistência que deve ser dada ao
condenado é de total dever do Estado, que tem por finalidade ampará-lo e prepará-lo
para o retorno a sociedade.
Em seu artigo 23 a LEP assegura que, incumbe ao serviço de assistência
social:
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e
as dificuldades enfrentadas pelo assistido;
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas
temporárias;
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a
recreação;
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento
da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
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De acordo com o autor, para que o apenado consiga ter um bom resultado
em sua reinserção na sociedade, será necessário que o mesmo tenha seus
conhecimentos e culturas aprimorados por meio do estudo, isso favoreceria tanto o
próprio apenado quanto a sociedade.
Uma outra forma seria a constante participação dos apenados em
programas sociais onde poderiam ter mais convívio com a sociedade, como por
exemplo programas que geram empregos com a inclusão dos apenados.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral. Ed.9. São
Paulo: Saraiva, 2004. V.1.
HERKENHOFF, João B. Crime: Tratamento sem Prisão. Ed.3. Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 1998.
MARCÃO, Renato. Curso de Execução Penal. ed.13, São Paulo: Saraiva, 2015.
NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Comentários à Lei de Execução Penal. Ed.3. São Paulo:
Saraiva, 1996.
OLIVEIRA, João Bosco. A execução penal: uma realidade jurídica social e humana.
São Paulo: Atlas,1990.