TCC II - OFICIAL NATÃ - LIA MONTEIRO GUIMARÃ - ES. 22.05 Versã o Final.

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 19

FACULDADES INTEGRADAS IESGO

CURSO DE PSICOLOGIA
NATÁLIA MONTEIRO GUIMARÃES

O PSICODIAGNÓSTICO NO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL NO

JOVEM ADULTO

Formosa-GO

2023
O PSICODIAGNÓSTICO NO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL NO

JOVEM ADULTO

Trabalho de Conclusão de Curso, com


requisito para obtenção de Bacharel pelo
curso Psicologia, pelas Faculdades
Integradas IESGO.
Orientador: Prof. Caio Capella Ribeiro
Santos.

Formosa-GO
2023
O PSICODIAGNÓSTICO NO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL NO

JOVEM ADULTO

Natália Monteiro Guimarães


Caio Capella Ribeiro Santos

RESUMO

A utilização do psicodiagnóstico pelo psicólogo e dos testes projetivos, de

inteligência, ou qualquer que seja, são utilizados como ferramenta por parte do mesmo,

trazendo ao conhecimento destes jovens adultos a origem deste transtorno ansioso e como

eles podem modificar isso, tratar da ansiedade e principalmente estar em sociedade sem que

isso se torno um fardo pesado, com que eles deixem esse medo para trás e possam se tornar

adultos funcionais e capazes, de conversar, sair, ter um vínculo social saudável, como eles

podem se tornar capazes de ter um melhor relacionamento com a família, amigos, meios de

convivência. Mediante isso o psicólogo que utiliza do psicodiagnóstico, fará a entrevista

clínica para levantamento de hipóteses, observação clínica e logo trará ao conhecimento de

seu cliente todo o processo a ser inicializado, de que modo funcionará e de que maneira os

impactos disso podem ajudá-lo a ter uma melhor relação com outras pessoas e assim iniciar

seu processo terapêutico.

Palavras-chave: Psicodiagnóstico, ansiedade social, transtorno, jovem adulto.


ABSTRACT

The use of psychodiagnosis by the psychologist and projective, intelligence, or

whatever tests will be used as a tool by the psychologist, bringing these young adults to the

knowledge of the origin of this anxiety disorder and how they can modify it, treat this anxiety

and mainly being in society without it becoming a heavy burden, with them leaving this fear

behind and becoming functional and capable adults, talking, going out, having a healthy

social bond, as they can become capable of having a better relationship with family, friends,

means of coexistence. Through this, the psychologist who uses psychodiagnosis will carry

out the clinical interview to raise hypotheses, clinical observation and then bring to the

knowledge of his client the entire process to be started, how it will work and how the impacts

of this can help him. To have a better relationship with other people and thus start their

therapeutic process.

Keywords: Psychodiagnosis, social anxiety, disorder, young adult.


Introdução

Objetivo deste trabalho é apresentar por meio de uma revisão de literatura,

descrevendo de forma clara e coesa o processo do psicodiagnóstico. Enquanto objetivos

específicos este trabalho tem; 1-; Apontar como esse método por ser utilizada em casos de

transtorno de ansiedade social em jovens adultos; 2-; Mostrar como o transtorno de ansiedade

social afeta a relação social deste indivíduo e como isso implica em uma socialização mais

saudável; 3-; Traçar uma linha de trabalho do psicólogo que utiliza o psicodiagnóstico em

seus casos clínicos e como os testes terapêuticos, como Rorschach, TAT, HTP, entre outros

ajudariam o indivíduo a entender e trabalhar sua ansiedade social, buscando utilizar o

psicodiagnóstico como ferramenta para identificar a origem e solucionar de maneira efetiva

os casos de transtorno de ansiedade social, utilizando desta abordagem, para levantar

possíveis situações que possam causar os quadros de ataques da ansiedade em contextos

sociais. Fazendo assim com que identificássemos o (TAS) e o que de fato é o

psicodiagnóstico.

O Processo de Psicodiagnóstico é uma ferramenta de pesquisa e resolução de casos

através de testes que pode ser utilizada para diversas finalidades, sendo um método de

investigação e intervenção científico, a nível individual, que visa trabalhar testes psicológicos

para a descoberta de possíveis causas psicológicas ou cognitivas, sendo uma avaliação

psicológica com propósito clínico.

Aspira buscar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com seu foco ou não

na existência de patologias, identificando e classificando aspectos específicos, para a

classificar um caso ou até mesmo prever seu possível curso, por meio de resultados

encontrados.
Referencial Teórico

Psicodiagnóstico

O processo do Psicodiagnóstico é um procedimento científico, de investigação e

intervenção clínica Rigoni, M. S., & Sá, S. D. (2016), a partir da entrevista e coleta de dados

feita pelo psicólogo, vamos partir para uma análise e estudo de caso, baseando-se nos dados

coletados, buscando características deste paciente em contextos sociais, suas interações, para

uma que se possa chegar à um diagnóstico preciso. Quando um psicólogo entra em uma sala,

é necessário se conhecer o paciente e suas demandas, queixas apresentadas, o que norteia o

profissional neste momento, onde se colhe a maior quantidade de informações do paciente.

Quando Cunha (2009), fala sobre processo do psicodiagnóstico é ressaltado que é um

modelo clínico, que não vai abranger todas as áreas de avaliação psicológicas. Baseando-se

nos conhecimentos do psicólogo clínico é iniciado o processo terapêutico.

O passo a passo do psicodiagnóstico vem em etapas, primeiro as hipóteses onde

haverá o levantamento de dados, quando o paciente chegar com uma queixa ou várias, deve-

se avaliar, identificar e investigar mais, por exemplo “estou indo mal na faculdade, pois não

consigo me sentir bem na sala, por ser muito cheia”, isso pode levar ao fato de desconforto

por estar perto de mais pessoas e necessitar de uma interação social que aquele paciente não

deseja ter naquele momento, partindo deste ponto, se têm a hipótese.

Partindo então para o contrato terapêutico, onde será passado o que será trabalhado, as

formas que se alinham ao paciente, tempo de duração do trabalho, informando ao mesmo ou

ao responsáveis o papel de cada indivíduo dali em diante. O plano de avaliação é como será

trabalhado com aquele paciente com o que foi apresentado, pensando então nas perguntas,

partir ao encontro de respostas, onde pode se solicitar que o paciente passe por algum teste,

para uma melhor investigação do caso. O psicólogo tendo acesso ao resultado do teste, pode
então implementar ou mudar algo no contrato e repassar a um possível responsável do

paciente ou ao mesmo.

Logo em seguida inicia a administração da bateria de testes, que nada mais é que um

conjunto de técnicas, testes podendo ser dois ou mais instrumentos avaliativos sendo

psicométricos, projetivos, a depender da avaliação do psicólogo e da familiarização com o

teste, segurança na aplicação, e podendo ser um teste padronizado ou não-padronizado.

O Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), define as normas para a

aplicação do teste e confiabilidade dos mesmos, a resolução CFP Nº 31/2022 estabelece quais

são as diretrizes para a realização das avaliações psicológicas no exercício profissional do

psicólogo, apontando quais deles são confiáveis e podem ser aplicados.

Já o levantamento e análises, é quando o psicólogo já possui um acervo de dados para

se trabalhar, matérias das sessões realizadas, onde ele pode analisar como o cliente se saiu na

bateria de testes e enfim elaborar a partir das informações obtidas, uma melhor resolução do

problema de seu cliente e alinhar uma devolutiva completa. Onde a devolutiva ou

diagnóstico, apresentaremos ao paciente as formas de se trabalhar com aquela queixa e como

prosseguir e assim finalizarmos o trabalho terapêutico (Cunha, 2009, p.105-118).

Ansiedade social

A ansiedade ou fobia social é caracterizada por situações e vínculos sociais que

podem causar desconforto, medo, dificuldades em se relacionar em contextos sociais,

familiares, acadêmicos entro outros, faz com que a pessoa venha a evitar situações sociais no

geral. A Organização Mundial de Saúde (OMS), na sua última pesquisa1, no ano de 2022 fez

um levantamento sobre ansiedade e outras doenças mentais, na qual o Brasil está no topo do

ranking com a maior população, que sofre com o transtorno de ansiedade a nível mundial.

1
Link da pesquisa: https://www.who.int/publications/i/item/9789240049338
O DSM-V (2013) coloca o Transtorno de Ansiedade Social ou fobia social como um

medo excessivo e ou irracional, de momentos e situações sociais em geral, como medo se ser

exposto, observado em situações rotineiras e comuns, como comendo em público, interagindo

com outras pessoas, acreditando ser ridicularizado ou jugado por outros. Existem algumas

especificações que podem ajudar no momento de caracterizar os sintomas da fobia social,

como o medo de julgamento, seguido do medo de ofender o outro de maneira não

intencional, ou com palavras, atitudes, ações, modos de agir, fazendo com que esse jovem

adulto venha a se martirizar por causa daquela situação.

Perante essa noção e pensando no diagnóstico, devemos salientar os seguintes pontos

sobre a ansiedade social, que teremos que analisar fatores temperamentais, como a inibição,

desses jovens, senso de avaliação, seguimos com fatores ambientais, como maus-tratos na

fase da infância deixando mais suscetível a sofre com a ansiedade social, logo temos por fim

as questões genéticas e fisiológicas, sendo uma criança mais inibida por conta de criação tem

mais chances questões gene-ambientais DSM-V (2013).

Um estudo de caso realizado por Muller et al, (2015) apresenta um homem, onde ele

apresentava as seguintes características na infância, era uma criança muito tímida, retraída,

tinha alguns amigos, mas nunca os procurava, era sempre os amigos que tinham a iniciativa

de inclui-lo nas brincadeiras, na escola sempre bom aluno, não tinha queixas dos professores

sobre ele, em sala sentava-se ao lados das paredes em sala, para não ser notado pelos colegas,

acreditando que assim não chamaria atenção para si. Este caso nos demostra muito a questão

da infância, e seu papel para a construção de um jovem com ansiedade social.

Na fase adulta, não se sentia confortável em estar fora de casa, se ausentava apenas

para atividades obrigatórias, como estudar e trabalhar, mas o trabalho ainda era um desafio,

por apresentava medo extremo de contato com os outras pessoas, ter que ser questionado ou

ordenado a realizar alguma ação no trabalho, se relacionava apenas com os familiares e em


situações onde era obrigado, por passar muito tempo isolado em casa, no quarto o rapaz

apresentava excelentes notas na faculdade pois direcionava sua energia e tempo livre aos

estudos.

Quando se falava em ambientes sociais, como festas e locais públicos o rapaz não

conseguia interagir com as meninas, por medo de julgamentos e não se achava capaz de

manter uma boa relação e diálogo, logo não tinha muitas experiências, “Sentia-se muito

atraído por algumas delas, mas quando se aproximava não conseguia falar, pois acreditava

que não as agradaria. No final da adolescência/início da idade adulta, tentou ter relações

sexuais, mas sentiu-se ansioso e não teve ereção”. (Muller et al, 2015, p. 70).

Jovem Adultos e Contextos Sociais

Erikson (1950) estabelece a fase do jovem adulto, dentro dos (21-40 anos), mas uma

coisa interessante na teoria de Erikson é quando esses adultos jovens, estão na fase onde já se

tem boa parte do pensamento formado, sua personalidade já fundida, ele relata a importância

das relações sociais, como o contato com o meio pode auxiliar nesse desenvolvimento, como

esses jovens buscar serem bem aceitos, mas ele também acreditava que quando esses jovens

tivessem desilusões, quando algo não corresse como o planejado, isso poderia vir a levar ao

isolamento social, levando com que os mesmo passem a evitar situações semelhantes.

Acreditando assim que a fase que se encontra, era quando ocorre aproximação por valores,

interesses comuns, onde a socialização é fundamental.

O trabalho de Sousa, (2010), salienta que para entender sobre Jovens Adultos, é

necessário voltarmos a fase da infância, entender como esses jovens se tornam adultos

ansiosos, o surgimento desse medo de interação tão feroz que faz com que o convívio com

outras pessoas se torne algo tão aterrorizante para esse público, colocando à disposição

algumas informações sobre o contexto familiar, no presente estudo, é apontado a importância


das relações familiares, quando os primeiros meios de comunicação e interação social da

criança é feito em família, podem assim ensinar aquela criança a viver em sociedade. Os pais

podem adotar diferentes maneiras de educar seus filhos, podendo ser uma abordagem mais

educativa, onde se pretende ensinar alguma lição, ou até mesmo ensinar sobre autonomia. Ou

podem adotar uma postura mais rígida, utilizando de punições verbais, linguagem corporal

negativa, como olhares de apreensão em determinadas ações exercidas pela criança.

Diante dos pontos analisados nesta revisão bibliográfica do trabalho de Sousa, (2010),

observa-se que a relação dos pais com os filhos tem uma interferência muito importante na

forma como essa pessoa cresce e enxerga as relações sociais, exemplo, como jovens não

funcionais, que tem uma criação onde tudo foi providenciado e apresentado a ele pelos pais,

ele pode vir a ter muitas dificuldades na sua primeira grande necessidade de trocar algumas

poucas palavras com o outro.

Outro exemplo é como os jovens com pais com superproteções diante de situações

rotineiras como andar de metrô, pegar um ônibus, pedir informações em uma loja podem se

sentir desprotegidos e extremamente desconfortáveis em situações assim, por nunca terem

precisado passar por isso, poisos pais quem resolviam para ele.

Discutindo os acontecimentos mais atuais, como a pandemia de COVID-19 que

vivemos do início de 2019 ao final de 2022, acompanhamos como foi todo o confinamento

social, as restrições de convivência, o que os jovens adultos, já tinham medo de convivência,

de interações sociais, agora foi mais agravado, fazendo ainda mais com que esses jovens

sofram com sintomas de ansiedade ainda mais graves, desde de sensações físicas quanto

emocionais, os número apresentados são preocupantes, 69,5 %, que sentiram ansiedade ou

nervos, o público mais afetado pela pandemia foram exatamente esses jovens adultos de 18 à

29 anos, Silva et al, (2022).


Quando já estamos com um paciente já com problemas de socialização de se

relacionar, estar em locais públicos e coletivos, passam por período pandêmico e tenha seu

quadro mais agravado, cabe ao psicólogo exercer um trabalho de reintegração desses jovens

ao meio social, pode utilizar de ferramentas eficazes e capazes de fazer este trabalho, como o

psicodiagnóstico, com testes terapêuticos.

Metodologia

Este trabalho foi construído a partir de revisão de literatura, visando artigos

acadêmicos e livros relacionados ao tema escolhido, salientando a veracidade das

informações apresentadas sobre Psicodiagnóstico, Transtorno de Ansiedade Social e Jovens

Adultos.

Como critérios de inclusão foram utilizados: artigos encontrados nas plataformas

Scielo, Google acadêmico, no período de 2009 à 2019 e livros acerca do tema. Como

principal critério de exclusão utilizou-se: artigos em língua estrangeira, fora do escopo do

psicodiagnóstico e artigos/livros repetidos.

No quadro abaixo seguem os artigos/livros utilizados na escrita desta revisão de

literatura:
Quadro 1: Artigos, livros e trabalhos mais utilizados pela autora

Fonte: A autora (2023)

Resultados e Discussão

Diante do quadro apresentado e dos autores selecionados, se pode notar semelhanças

em seus trabalhos e como cada autor engrandecer este trabalho, dentro da obra de Cunha

(2009) destrincha todo o psicodiagnóstico e como trabalho de Rigoni, & Sá, (2016),

complementa a importância do psicodiagnóstico e evidencia as etapas de intervenção e

investigação de cada caso.

Quanto a Gomes (2000), apresenta a postura e conduta de graduandos, quando estão

em processo de formação acadêmica e tem contatos com testes psicológicos e apresenta a o


primeiro contato dos mesmos com o psicodiagnóstico na prática, a autora ainda ressalta como

os mesmo chegam cheios de emoções e julgamentos e demostra a evolução destes alunos

evolui e mostra de fato a formação desses alunos em psicologia, foi um trabalho de suma

importância para se entender como esses psicólogos são devidamente preparados para a

plicarem os testes psicológicos.

A apresentação de um estudo de caso, de Muller et al, (2015) mostra como um jovem

na faixa etária estudada dos 20 anos e como o mesmo sofre com a ansiedade social e isso

interfere em sua vivência em sociedade, enfatiza como este público tem sofrido ao longo

destes anos. Quando o trabalho de Sousa (2010) apresenta a origem deste transtorno ainda na

infância e como isso pode apresentar adultos ansiosos, deixa claro como o trabalho do

psicólogo será extenso e relativamente complexo.

O trabalho de Gouveia (2000) e Ito (2008) apresentam aspectos semelhantes e

importantes, sobre a fobia social, quando se diferenciar uma simples timidez de um quadro

realmente ansioso, como uma pessoa tímida e retraída se comporta e como uma pessoa com

fobia social tem esse quadro muito elevado, nas interações sociais, os presentes autores foram

utilizados para exemplificar essa diferença.

Diante da revisão literária feita o DSM-V (2013) foi utilizado como material de

extrema importância para apresentar informações quanto ao Transtorno de Ansiedade Social

(TAS), de maneira fidedigna e com embasamento científico, para corroborar o trabalho

realizado, juntamente com o trabalho de Barlow (2016), que apresenta de maneira coesa os

transtornos sociais em um contexto geral.

A partir desta revisão de literatura, salientamos como a ansiedade tem crescido em

jovens adultos dentro da faixa etária dos 18 aos 30 anos, apresentando nos últimos anos uma

ansiedade correlacionada ao convívio social, que tem sido um agravante na saúde mental
desses jovens, o que antes era visto como prazeroso e benéfico, como o meio de convívio, se

torna algo assustador. O material de Silva et al, (2022), mostra como esses quadros ansiosos

cresceram no período da pandemia de COVID-19, o presente trabalho relatou como esses

jovens sofreram e como as interações sociais ficarão ainda mais difíceis após o período

pandêmico.

Quando se alerta sobre esse ponto e apresenta o Psicodiagnóstico como instrumento

para auxiliar uma melhoria na vida dos mesmos e mostrar a importância das relações sociais

e como o contato com o meio tem fundamental importância da racionalização e aprendizado

deles, sejam elas em faculdades, escolas, parques ao ar livre, locais de festas ou atividades de

lazer em seu contexto geral.

O quadro abaixo apresenta os testes mais utilizados no psicodiagnóstico, os que

podem ser utilizados por psicólogos no momento da testagem do processo terapêutico que

pode vir a ser importante, para se trabalhar a fobia social como esse público escolhido.
Quadro 2: Testes mais comuns utilizados por psicólogos.

Fonte: A autora (2023)

Considerações finais

O psicodiagnóstico é uma abordagem clínica, que vem sendo utilizada por psicólogos

mostrando sua eficácia e evidenciando a importância dos testes. O psicodiagnóstico nada

mais é do que uma forma de investigação, para que possamos entender o que o paciente trás,

por meio da aplicação de bateria de testes psicológicos escolhidos. Sendo assim uma bateria

de testes que se adaptem ao paciente, onde ele irá se sentir confortável durante sua aplicação,

isso será escolhido pelo profissional com capacidade para tal.


Diante do que é o psicodiagnóstico e como ele funciona, e de como os testes

psicológicos podem ser trabalhados em casos de pessoas com o transtorno de ansiedade

social (TAS), trazemos a importância desta abordagem em casos diversos e como esse

profissional vai trabalhar após a aplicação e a partir da observação fazer uma análise mais

profunda, podendo assim avaliar e dar um diagnóstico mais preciso.

A ansiedade social ou fobia social é caracterizada basicamente por um desconforto ou

elevação da atenção em contextos social e de interação social, fazendo com que o indivíduo

venha a se sentir ridicularizado ou jugado, passando uma por uma situação embaraçosa e que

possa vir a causar medo no mesmo.

Entender o processo da ansiedade social e seus gatilhos é fundamental para que o

profissional possa traçar uma linha de trabalho, pegando os pontos fortes e fracos de seus

pacientes e fazê-los entender de onde nasce esse medo de estar em sociedade, através da

aplicação dos testes o psicólogo tem um resultado mais preciso do paciente, podendo então

mostrar como esses gatilhos são ativados e ajudá-lo a trabalhar isso através das sessões.

Quando o paciente entender onde nasce esse medo, quando está em convívio social, e

como aplicar as técnicas aprendidas com o psicólogo, pode ter de volta o controle de sua vida

e ter mais autonomia sobre como conviver no contexto social.

Sendo assim é de fundamental importância que o profissional em psicologia tenha

total domínio sobre o teste escolhido, que sua confiabilidade no teste aplicado sejam feitos de

maneira onde ele tenha total controle e tenha controle do ambiente onde o paciente esteja

inserido, que venha assim fazer uma excelente aplicação de teste e que possa colher um bom

resultado, para que diante disso ele tenha com base nos dados do teste aplicado as respostas

necessárias para levar ao paciente a devolutiva correta para assim entender, enfrentar e

trabalhar a partir deste ponto seu transtorno de ansiedade social.


Psicólogos que utilizam do psicodiagnóstico como instrumento para diagnosticar o

paciente podem direcionar o tratamento mais adequado para o mesmo e fazer com que ele

recupere seu alto controle, recupere sua solidez como pessoa, que se sinta confortável em

estar nos meios de convivência social novamente, fazer com que o mesmo compreenda que o

ambiente onde ele estará inserido é bom e importante para seu desenvolvimento social,

entender que pode aprender muito quando não se tem medo de conviver com outros, tornar

sua vivência mais satisfatória.

Diante da resolução deste caso hipotético é possível que o psicólogo exerça um

excelente trabalho, na reabilitação desse indivíduo, para estar em sociedade, mostrando como

enfrentar esse problema, trazendo ao seu conhecimento a origem deste transtorno e o

ensinando a resolvê-los, mostrando a importância das relações humanas e o integrando

novamente a sociedade e agora de maneira mais saudável.


Referências bibliográficas

Adrados, I. (1980). Psicodiagnóstico em Psicologia clínica. Arquivos Brasileiros de

Psicologia, 32(1), 423-430.

American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico

de transtornos mentais. Artmed Editora.

Barlow, D. H. (2016). Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo

a passo. Artmed Editora.

Cunha, J. A. (2009). Psicodiagnóstico-v. Artmed Editora.

da Silva, B. R. R., da Silva, T. T. O. R., de Sousa, C. P., de Araújo, F. G. A., Amorim,

J. S., Coelho, D. E. M., ... & do Nascimento Leal, L. G. (2022). Análise da ansiedade em

jovens adultos, decorrente da pandemia da COVID-19. Research, Society and Development,

11(11), e59111133457-e59111133457.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (Vol. 4, p. 175). São Paulo:

Atlas.

Gomes, I. C. (2000). A formação em psicodiagnóstico e os testes psicológicos.

Revista Psicologia: Teoria e Prática, 2(2), 60-69.

Gonçalves, J. R. (2019). Como escrever um Artigo de Revisão de Literatura. Revista

JRG de Estudos Acadêmicos, 2(5), 29-55.

Gouveia, J. P. (2000). Ansiedade social: Da timidez à fobia social.

Ito, L. M., Roso, M. C., Tiwari, S., Kendall, P. C., & Asbahr, F. R. (2008). Terapia

cognitivo-comportamental da fobia social. Brazilian Journal of Psychiatry, 30, s96-s101.


Müller, J. D. L., Trentini, C. M., Zanini, A. M., & Lopes, F. M. (2015). Transtorno de

Ansiedade Social: um estudo de caso. Contextos Clínicos. São Leopoldo. Vol. 8, n. 1

(jan./jun. 2015), p. 159-167.

Rigoni, M. S., & Sá, S. D. (2016). O processo psicodiagnóstico. Psicodiagnóstico.

Porto Alegre: Artmed, 47-60.

Sousa, C. S. G. R. D. (2010). A ansiedade social no jovem adulto: Sua relação com os

estilos parentais e com a vinculação na infância (Doctoral dissertation).

Verissimo, R. (2002). Desenvolvimento psicossocial (Erik Erikson).

Você também pode gostar