Regra de Chachy
Regra de Chachy
Regra de Chachy
1 Regras de Derivação
2 Regra da cadeia
3 Projeto para um trabalho
4 Derivadas de Ordem Superior
5 Derivadas de funções Implícitas
6 Regra de L'Hôpital
7 Fórmula de Taylor
1 Regras de Derivação
Nem sempre devemos (ou podemos) calcular as derivadas
diretamente a partir da definição, usando o limite da razão
incremental, pois este método, além de ser repetitivo para
certas funções como as lineares e polinomiais, só é prático
para funções muito particulares e simples. Temos algumas
regras de derivação que permitem obter derivadas de
funções de uma forma mais fácil e rápida.
Regras gerais para derivadas de funções
w(x)=f(x)+g(x)+h(x)
w(x)=f1(x)+...fn(x)
w(x)=f(x)⋅g(x)⋅h(x)
w(x)=f1(x)⋅⋯⋅fn>(x)
w(x)=f(x)⋅g(x)÷h(x)
2 Regra da cadeia
As regras já apresentadas permitem derivar funções que
podem ser representadas por expressões com termos
simples, o que ocorre com funções conhecidas, mas tais
regras não se aplicam a funções mais complexas.
h′(x)=f′(g(x))g′(x)
Uma notação mais simples muito utilizada é:
[f(u(x))]′=f′(u)u′(x)
Outras notações comuns, como y=h(x)=f(g(x))
, sendo u=g(x)
e y=f(u)
, fornecem expressões equivalentes:
Dxyyxdydx=DuyDxu=yuux=dydududx
Exemplo: Para f(x)=(4x+1)100
, tomamos u(x)=4x+1
e v(u)=u100
e escrevemos f(x)=v(u(x))
e pela regra da cadeia:
f′(x)=[v(u(x))]′=v′(u(x))u′(x)
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f′(x)=400u99=400(4x+1)99
Derivada da função inversa: Seja y=f(x)
uma função inversível, derivável em um ponto x
tal que a derivada de f
não se anula e g(y)=g(f(x))
é a função inversa de f
. Então g
é derivável em y=f(x)
e a derivada de g
é obtida por:
g′(y)=1f′(x)
Este resultado é uma aplicação imediata da regra da
cadeia, pois se g
é a inversa de f
, temos que x=g(f(x))
e derivando em relação à variável x
em ambos os membros da igualdade, obtemos:
1=g′(f(x))f′(x)=g′(y)f′(x)
Exemplo: Seja a função real escrita na forma
y=f(x)=x2+3x
. Mostrar que a derivada da função g
que é a inversa de f=f(x)
é dada por:
g′(y)=12x+3
Derivada de potência de função: Se f(x)=[u(x)]p
onde u=u(x)
é uma função derivável e p
é um número real, então
f′(x)=p[u(x)]p−1u′(x)
Exemplo: Seja f(x)=[sen(2x)]7
, definida para x
real. Mostramos que a derivada, é dada por:
f′(x)=14[sen(2x)]6cos(2x)
Derivadas de uma função elevada a outra função: Se
f(x)=[u(x)]v(x)
, onde u
ev
são funções deriváveis sobre um intervalo I
da reta real e para todo x
no intervalo I
, se tem que u(x)>0
, então:
f′(x)=u(x)v(x)[(v(x)u′(x)/u(x))+v′(x)ln(u(x))]
ou sem a variável x
, como:
f′=uv[vu′/u+v′ln(u)]
Exemplo: Seja f(x)=xx
, definida para x>0
. Mostrar que a derivada, é dada por:
f′(x)=xx[1+ln(x)]
3 Projeto para um trabalho
Construir a circunferência x2+y2=1
e a hipérbole canônica x2−y2=1
;
Na circunferência, identificar o seno, o cosseno e a
tangente;
Na hipérbole, identificar o seno hiperbólico e o cosseno
hiperbólico;
Definir o seno hiperbólico, o cosseno hiperbólico e a
tangente hiperbólica em função das funções exponenciais
f(x)=exp(x)
e g(x)=exp(−x)
;
Apresentar algumas identidades trigonométricas
circulares clássicas;
Apresentar algumas identidades trigonométricas
hiperbólicas;
Obter as derivadas das funções seno hiperbólico, cosseno
hiperbólico e tangente hiperbólica, comparando os
resultados obtidos com as derivadas de seno, cosseno e
tangente circulares.
4 Derivadas de Ordem Superior
Seja f
uma função derivável. Se f′
também é derivável, então a derivada de f′
é denominada a derivada segunda de f
, representada por f′′
(f duas linhas). Se f′′
é uma função derivável, a sua derivada dada por f′′′
, é denominada a derivada terceira de f
. A derivada de ordem n
dada por f(n)
é obtida pela derivada da derivada de ordem n−1
de f
.
x2+y2=1,xy+sen(xy)=3
onde nem sempre se pode explicitar a variável y
em função de x
.
Para x2+y2=1
, existem duas soluções possíveis:
yy=+1−x2−−−−−√=−1−x2−−−−−√
e podemos obter as derivadas pelos processos comuns.
x2+f2(x)=1
Derivando ambos os membros da igualdade em relação à
variavel x
, obtemos:
2x+2f(x)f′(x)=0
Temos então uma relação entre x
,f
e f′
, dada por:
f′(x)=−xf(x)
desde que f(x)≠0
no ponto sob consideração, assim:
f′(x)=−xy=−x1−x2−−−−−√
Exercício: Derivar implicitamente a função y=f(x)
, definida pela relação:
x3y+x2y2+x+y+xy3=6
6 Regra de L'Hôpital
A regra de L'Hôpital apresenta um método geral para
levantar indeterminações de limites dos tipos 0/0
ou ∞/∞
. Esse método é dado pelo:
limx→af(x)g(x)=L
Exemplo: Para obter o limite
L=limx→0sen(x)x
usamos a Regra de L'Hôpital. Derivamos as funções do
numerador e do denominador (NÃO é a derivada do
quociente!) e calculamos o novo limite.
Dessa forma:
L=limx→0sen(x)x=limx→0cos(x)1=1
O teorema acima contínua válido para limites laterais e
limites no infinito, definindo f
eg
em intervalos adequados. É válido também se ao invés do
número L
, o limite for infinito.
Nota: Quando temos formas indeterminadas, podemos
reescrever as mesmas para poder aplicar a Regra de
L'Hôpital.
L=limx→0[xlog(x)]=limx→0log(x)1/x=limx→01/x−1/
x2=limx→0−x=0
7 Fórmula de Taylor
A fórmula de Taylor é um método para aproximar uma
função por um polinômio algébrico, com um erro que
pode ser estimado. Se f
é uma função real definida sobre um intervalo (a,b)
,f
admitindo derivadas até a ordem n+1
em x=c∈(a,b)
. O polinômio de Taylor de ordem n
associado à função f
em x=c
, denotado por Pnf
, é definido como:
Pnf(x)=f(c)+f′(c)(x−c)11!+f′′(c)(x−c)22!+⋯+f(n)(c)
(x−c)nn!
Aqui Pnf(c)=f(c)
. Dado o polinômio de Taylor de grau n
de uma função f
, o resto Rnf(x)
é a diferença entre f=f(x)
e Pnf(x)
, isto é:
Rnf(x)=f(x)−Pnf(x)
Este resto é definido pela fórmula de Lagrange para o
resto:
Rnf(x)=f(n+1)(z)(n+1)!(x−c)n+1
onde z
é um número que está entre x e c
.