Bases Da Audição

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@FONOARIELCECON

BASES
DA
AUDIÇÃO
VOLUME 1

FONTE: TRATADO DE AUDIOLOGIA 2º EDIÇÃO - EDILENE M. BOÉCHAT; PEDRO L. MENEZES;


CHRISTIANE M. COUTO;; ANA C. F. FRIZZO; RENATA C. SCHARLACH; ADRIANA R. T. ANASTASIO.
Sumário
FONTE: Tratado de Audiologia 2º Edição - Edilene M. Boéchat; Pedro L. Menezes; Christiane M. Couto;; Ana C. F. Frizzo; Renata C.
Scharlach; Adriana R. T. Anastasio.

1. Estrutura e Função do Sistema Auditivo Periférico


2. Sistema Auditivo Central
3. Sistema Auditivo Nervoso Central | Plasticidade e Desenvolvimento

Essa apostila foi elaborada por Ariel Cecon, administradora da página


@fonoarielcecon. O objetivo é ajudar estudantes de fonoaudiologia. Para estudos mais
aprofundados, o livro de referência está logo acima.

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Estrutura e Função do Sistema Auditivo
Periférico
FONTE: Tratado de Audiologia 2º Edição - Edilene M. Boéchat; Pedro L. Menezes; Christiane M. Couto;; Ana C. F. Frizzo; Renata C.
Scharlach; Adriana R. T. Anastasio.

O sistema auditivo é composto pelo: FUNÇÃO:


Sistema Auditivo Periférico O Sistema Auditivo Periférico contribui para:
Sistema Auditivo Central captação e transmissão da onda sonora;
transdução sonora na membrana timpânica;
O Sistema auditivo periférico: estruturas da orelha externa, da cadeia ossicular e músculos intratimpânicos;
orelha média e orelha interna e também o nervo vestibulococlear. processamento da informação auditiva na cóclea e
porção coclear do nervo vestibulococlear;
Sistema auditivo central: são as vias auditivas localizadas no
tronco encefálico e áreas corticais.
Orelha Externa
A orelha externa é constituída pelo pavilhão auricular e pelo
ESTRUTURAS DO SISTEMA AUDITIVO PERIFÉRICO
meato acústico externo. É formada por seguintes depressões e
saliências: hélice, tubérculo da orelha, concha da orelha,
antélice, fossa triangular, escafa, trago, lóbulo.

ESTRUTURAS DO SISTEMA AUDITIVO CENTRAL A parte cartilagínea da orelha é recoberta por pele, ligamentos e
músculos que mantêm a sua forma e posição, permitindo assim
movimentos. O meato acústico externo possui forma de "S",
apresentando 2,8 centímetros de comprimento em adultos.
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Estrutura e Função do Sistema Auditivo
Periférico
FONTE: Tratado de Audiologia 2º Edição - Edilene M. Boéchat; Pedro L. Menezes; Christiane M. Couto;; Ana C. F. Frizzo; Renata C.
Scharlach; Adriana R. T. Anastasio.

Orelha Média
Na orelha média temos a cadeia ossicular, que são ossículos
articulados entre si por ligamentos e músculos da audição. A
cadeia ossicular possui três ossículos:
Martelo -> fixado na membrana timpânica;
Estribo -> menor osso do corpo humano, fixado na janela do
vestíbulo pelo ligamento estapedial anular;
Bigorna -> posicionada entre os dois anteriores. MEMBRANA TIMPÂNICA: é a parede lateral média,
considerada uma estrutura translúcida. Possui duas partes:
Parte tensa da membrana timpânica -> está ligada à
extremidade medial do meato acústico externo, é
responsável pela compliância da membrana e transmissão
da vibração para orelha média.
Obs.: a transmissão das vibrações sonoras se dá por meio do
martelo, pois ele está diretamente ligado às fibras da camada
fibrosa da membrana.
Parte flácida da membrana timpânica: está ligada
A estabilidade dessa cadeia ossicular é mantida através de:
diretamente ao osso, é formada por pele e túnica mucosa.
Articulações, ligamentos, pregas da túnica mucosa da
cavidade timpânica e músculos (tensor do tímpano e
TUBA AUDITIVA: se localiza na parede anterior da cavidade
estapédio).
timpânica, tem aproximadamente 36cm de comprimento, suas
Obs.: Tais músculos citados quando expostos em sons acima de 70
funções são:
a 90 dB, possuem um mecanismo que protege a cóclea, pois os
Arejar a orelha média e equalizar a pressão de ar externo
mesmos ao ficarem em ambientes com sons altos apresentam uma
com a pressão interna da orelha média.
contração reflexa involuntária, provocando assim o enrijecimento
Drenagem -> transporte mucociliar que engloba células
da cadeia ossicular.
ciliadas e células mucosas secretoras que estão ligadas a
tuba auditiva e orelha média.
Outro ponto fundamental a se observar sobre a cadeia ossciular é
que ela está em contato com duas extremidades distintas. A sua
extremidade externa está em contato com o ar (que é a parede da
membrana timpânica), em contrapartida a extremidade interna está
em contato com os líquidos da orelha interna (parede da janela do
vestíbulo)
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Estrutura e Função do Sistema Auditivo
Periférico
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Orelha Interna de rigidez da membrana basilar.[3] Esta rigidez depende da


espessura e largura da membrana basilar, sendo mais rígida
A OI (orelha interna) está contida na parte petrosa do osso
quando próxima da janela oval. Logo, as fibras curtas e rígidas
tempora, é formado pelo labirinto ósseo (preenchido por perilinfa)
(base) tendem a vibrar em frequências altas, enquanto as
e pelo labirinto membranoso (preenchido por endolinfa).
fibras longas e flexíveis (cúpula) tendem a vibrar em
Perilinfa -> líquido rico em sódio frequências baixas.
Endolinfa -> líquido com alta concentração de potássio
Conclusão: processamento periférico
Para retomar o raciocínio:

1º parte -> a onda sonora é captada pela orelha e conduzida à


membrana timpânica através do meato acústico externo. Sendo
assim a cóclea recebe a transmissão, por meio da vibração
timpânica e da cadeia ossicular (se for por via aérea) ou pela
vibração direta dos ossos (se for por via óssea).

2º parte -> o estribo oscila e sua vibração bate na janela do


Na região anterior da orelha interna encontramos a cóclea, que é o vestíbulo que é transmitida até a perilinfa. Ao longo do ducto
principal responsável pela função auditiva. É uma estrutura temos o órgão espiral, que é responsável pela transdução do
helicoidal. estímulo sonoro. No órgão espiral temos os cílios, e quando há
variações de potencial elétrico nas células ciliadas acaba
É dividido, longitudinalmente, em três compartimentos (escalas estimulando os termais nervosos do nervo coclear, formando
vestibular, média e timpânica), preenchidos por líquido (endolinfa assim potencial de ação. Consequentemente, a estimulação dos
e perilinfa). O compartimento central (membrana basilar) é onde cílios levam a liberação de neurotransmissores, que são
se encontra o Órgão de Corti, estando ao longo do ducto coclear, responsáveis pela excitação das fibras nervosas aferentes, onde
sendo formado pela membrana tectória, pelas células de ocorrem sinpases.
sustentação e células ciliadas, que são responsáveis pela
sensação da audição, através dos movimentos do líquido
circundante, destinadas à transformação das ondas sonoras em
impulsos nervosos.

As células ciliadas, dependendo da sua localização na cóclea, são


determinadas com diferentes frequências de som, devido ao grau
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Sistema Auditivo Central


FONTE: Tratado de Audiologia 2º Edição - Edilene M. Boéchat; Pedro L. Menezes; Christiane M. Couto;; Ana C. F. Frizzo; Renata C.
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Ao longo da via auditiva existem variados centros de integração


onde se processa informações sonoras. Inclusive, uma informação
importante que devemos levar em conta é que os impulsos nervosos
são transmitidos pelas fibras do VIII nervo craniano para os
núcleos cocleares, tronco encefálico, tálamo e córtex auditivo.

Ao saírem da cóclea as fibras


nervosas caminham em direção ao
tronco cerebral. Organizados em
tonotopia, as fibras que:
carregam informação de
baixa frequência -> centro
do nervo coclear NÚCLEOS COCLEARES: possui vários tipos de células, que
carregam informação de alta podem interferir no impulso neural e iniciar codificação na
frequência -> periferia do informação sonora. Danos no núcleo coclear pode resultar em
nervo coclear déficit na percepção de tons puros ipsolaterais e pode causar
uma disfunção no nervo auditivo. Temos uma divisão dos
DEFINIÇÃO DE SISTEMA AUDITIVO CENTRAL
núcleos cocleares:
A partir do momento que o sinal elétrico passa para o tronco
Núcleo coclear ventral anterior (NCVA)
cerebral, ocorrem diversas sinapses, que acabam enviando
Núcleo coclear ventral posterior (NCVP)
informações para os centros de processamento auditivo no córtex.
Núcleo coclear dorsal (NCD)
Sendo assim, essa rede é constituída por inúmeras fibras nervosas
e é conhecida como sistema nervoso auditivo central. COMPLEXO OLIVAR SUPERIOR: se localiza na ponte, recebe
impulsos auditivos dos núcleos cocleares ipso e contralaterais.
Há alguns estudos que dizem que o sistema auditivo pode ser O COS é considerado uma estação complexa de transmissão de
estudado na divisão de três níveis: informação sonora e também é a primeira estação binaural, pois
Periférico -> captação de estímulos recebe informações ipso e contralaterais. Possui a capacidade
Tronco encefálico -> fase inicial do processamento auditivo de diferenciar tempo e intensidade sonora, contribui também
Talamocortical -> processos mais avançados de integração com a localização espacial do som.
LEMNISCO LATERAL: é considerada a via primária onde
A via auditiva central estende­se do complexo nuclear coclear até o
trafegam informações auditivas ascendentes e descendentes.
córtex auditivo primário. As estruturas são: os núcleos cocleares,
Uma informação importante é que os corpos celulares que
os núcleos olivares superiores, o lemnisco lateral, o colículo
compõe o núcleo do lemnisco lateral recebem projeções
inferior, o corpo geniculado medial, as radiações auditivas e o
cruzadas e não cruzadas das estrias dorsal e intermediária.
córtex auditivo, no giro transverso de Heschl.
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Sistema Auditivo Central


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COLÍCULO INFERIOR: mais fácil de identificá-lo no tronco


encefálico, possui duas divisões:
núcleo central -> composto por fibras auditivas
núcleo pericentral -> envolve o núcleo central e é composto
por fibras somatossensitivas e auditivas.
A maior parte das fibras auditivas que vem do lemnisco lateral e
dos centros auditivos baixos, faz sinapses com o colículo inferior,
de forma direta ou indireta. O CI está relacionado também com
reflexos auditivo-visuais, como reflexo dos olhos, cabeça e do Nessa região do córtex existem células auditivas em quase todas
corpo em direção à origem do som. as camadas, exceto na primeira camada, que são responsáveis
pelo estímulo acústico.
CORPO GENICULADO MEDIAL
É dividido entre ventral, dorsal e medial. a ventral responde INFORMAÇÃO IMPORTANTE PARA FONO: o giro
principalmente estimulações acústicas, em contrapartida as outras supramarginal, localizado na fissura de Sylvian (córtex auditivo),
divisões respondem a informações acústicas e somatossensitivas. é responsável pela estimulação acústica e está localizado na área
Os impulsos que chegam no CGM são ispilaterais, esses impulsos de Wernicke. Sendo assim, essas áreas se complementam
tem origem do CI, mas é possível que cheguem impulsos, do CI, quanto à associação de informações auditivas, visuais e
contralaterais e do CGM oposto. somatossensitivas, que são vitais para o aspecto da linguagem,
escrita e leitura.
FORMAÇÃO RETICULAR
É o conjunto de células e fibras nervosas que acabam ocupando O córtex auditivo tem fundamental importância na discriminação
toda região central do tronco encefálico, do bulbo ao mesencéfalo auditiva baseada nos padrões de tempo de eventos auditivos
e influencia boa parte dos setores do sistema nervoso central. Sua como a percepção da fala humana, sensação e percepção
principal função é o controle da atividade eletrocortical, ou seja, auditiva, reconhecimento de estímulos de linguagem,
regulação de sono, controlando a motricidade somática, sistema interpretação de significados, memórias auditivas entre outros.
nervoso autônomo, entre outros fatores. Por tais habilidades, a
formação reticular possui a habilidade de ouvir na presença de Processamento da informação
ruído. auditiva
CÓRTEX AUDITIVO Esse processamento é iniciado por células receptoras, ao chegar
Está localizado nos giros transversais de Hescjl, que ficam no no cérebro, os estímulos trazidos por essas células, pelas vias
sulco de Sylvius lateral, na superfície dorsal do primeiro giro ipso e contralateral, acabam trazendo informações de tempo e
temporal superior. intensidade dos sinais acústico, nos permitindo localizar a fonte
sonora.
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Sistema Auditivo Central


FONTE: Tratado de Audiologia 2º Edição - Edilene M. Boéchat; Pedro L. Menezes; Christiane M. Couto;; Ana C. F. Frizzo; Renata C.
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Córtex direito -> percepção de sons musicais CGM funciona como amplificador relacionada à transmissão de
Córtex esquerdo -> percepção de estímulos de fala e fala. Após a sinapse chegar no córtex auditivo primário, essa
linguagem região tem a capacidade de discriminar a frequência e
intensidade sonora.
Funções atribuídas ao sistema nervoso central:
detectar e discriminar o som; Se houver algum déficit no sistema auditivo central pode ter
separar o som do ruído de fundo; alteração em três funções centrais:
compreender o som; escuta diótica ou binaural;
reconhecer o som. processos temporais;
interação binaural.

É importante ressaltar que para que todo processo auditivo seja


bem compreendido, o ouvinte deve ter base sensorial da
informação (bottom-up) e também interpretar cognitivamente
(top-down) a intenção do falante.

Outro ponto relevante é que mesmo em presença de perda


auditiva periférica, não se pode descartar déficit nas hailidades
auditivas causadas por alterações no sistema auditivo central.
(Humes LE, Dubno JR. Factors affecting speech understanding in older adults. In S. Gordon­Salant,
R.D. Frisina in The Aging Auditory System: Perceptual Characterization and Neural Bases of
Presbycusis, edited by A. N. Popper and R. R. Fay (Springer, New York), pp. 211­257, 2010).

Anotações
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NC (Núcleos cocleares) -> funcionam como sensores de __________________________________________________________
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informações sensoriais aferentes, suprimindo ruídos. Em seguida __________________________________________________________
algumas fibras fazem sinapse no complexo olivar superior. O __________________________________________________________
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complexo olivar tem habilidades de escuta binaural, localização, __________________________________________________________
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reconhecimento de estímulo de fala. Após o complexo olivar __________________________________________________________
superior, a sinapse vai para o colículo inferior, ele tem fama de __________________________________________________________
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"estação"das informações auditivas, ele possui habilidade de __________________________________________________________
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localização sonora do processo binaural. Do colículo inferior as __________________________________________________________
fibras seguem caminho para o corpo geniculado medial (CGM). __________________________________________________________
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Sistema Auditivo Nervoso Central: Plasticidade
e Desenvolvimento
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Scharlach; Adriana R. T. Anastasio.

Plasticidade e desenvolvimento PLASTICIDADE DE FRQUÊNCIA-DEPENDENTE


Na vigésima semana de gestação -> sistema auditivo começa a É quando no desenvolvimento tonotópico (tonotopia coclear)
funcionar (estimulação por via óssea). ocorre primeiro a maturação de baixas frequências e depois de
primeiros sons: ruídos de baixa frequência, como sons do altas frequências. Tal acontecimento ocorre devido as
trato digestivo e também sons dos ossos da mãe. características físicas do ventre materno, quando as
obs.: os sons da mãe e do ambiente fará parte do 'moldar' frequências acima de 500Hz são acentuadas dentro da
da criança, inclusive tais sons representarão condições cavidade intrauterina.
essenciais para o desenvolvimento auditivo. Quando a gravidez já está se finalizando as paredes da
cavidade uterina vai se tornando menos espessa, sendo
assim as altas frequências conseguem ultrapassar as
paredes do útero.
(Abrams RM, Gerhardt KJ. The acoustic environment and
physiological responses f the fetus. J. Perinatol. 2000; 20:
S31­S36).
Alerta para os cuidados auditivos do bebê: não é
recomendado que o bebê fique em lugares com ambientes
AUDIÇÃO NO DECORRER DA GESTAÇÃO ruidosos, pois mascara os sons de fala, o que pode levar a
15ª-> componentes estruturais da orelha interna já criança a ter alterações em seu desenvolvimento de
formados linguagem.
Através de avaliações que já foram realizadas em bebês pré-
termo, nos mostraram que:
A AUDIÇÃO NA PERSPECTIVA DO BEBÊ
25ª a 32ª-> potenciais evocados auditivos presente
Após 34ª-> potenciais evocados auditivos mais O córtex auditivo começa a receber informações desde sua
complexos existência no útero, inclusive é perceptível as consequências da
Obs.: O Exame de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco privação auditiva, desde a fase embrionária até a idade adulta. É
Encefálico (PEATE) é um exame que detecta a menor importante levarmos em conta que as emissões otoacústicas e
intensidade de som que pode ser percebida pela orelha, ou seja, técnicas de captação de potenciais evocados durante a via
o limiar auditivo, de maneira objetiva (independe das respostas auditiva central, norteiam, auxiliam e agilizam a intervenção.
do paciente).
O que é o exame de Emissão Otoacústica?
É um exame auditivo que tem como objetivo fazer uma triagem
de perda auditiva. O teste da orelhinha ou Emissão Otoacústica
deve ser realizado no segundo ou terceiro dia de vida do bebê,
ainda na maternidade.
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Sistema Auditivo Nervoso Central:
Plasticidade e Desenvolvimento
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Scharlach; Adriana R. T. Anastasio.

Plasticidade e desenvolvimento Ferramentas para visualizar a plasticidade auditiva:


Eletroencefalografia de alta densidade (EEG)
É importante ter em mente que o desenvolvimento da percepção
Magnetoencefalografia (MEG)
auditiva acontece desde o período pré-natal até a adolescência
Imagens funcionais (fMRI)
do indivíduo. Inclusive, estudos indicam que quando os fetos
Análise de tecido humano
ficam muito expostos a determinados sons como leituras e
músicas, os mesmos ficam sensíveis a estímulos dados após o
nascimento. Recapitulando...
Discriminação de frequências -> padrão adulto aos 4 anos A caminhada auditiva tem início antes mesmo do sistema
de idade; auditivo estar completo. A plasticidade é a base da estruturação
Detecção de modulação da frequência -> se de nossos aspectos auditivos, que inclusive é fundamental para
desenvolve até os 8 anos; o desenvolvimento e manutenção de habilidades auditivas, que
Localização sonora -> evolui ao longo dos 5 primeiros consequentemente são essenciais para o desenvolvimento da
anos de idade; linguagem.
Obs.: um fato a ser levado em consideração é que os limiares
auditivos de uma criança de 10 anos ainda não atingiu o nível de Os dois extremos são prejudiciais, a ausência de exposição aos
maturidade de um adulto. Principalmente no que tange a sons ou uma exposição exagerada pode comprometer a
capacidade de detecção som/ruído. arquitetura da função neuronal, como também o mapeamento
cortical.
(Fonte: Ceponiene R, Rinne T, Naatanen R. Maturation of
cortical sound processing as indexed by event­related potentials.
Clin Neurophysiol. 2002; 113:870­882).
Anotações
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