Artigo Científico 03 - 07 - 12
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RESUMO
Atualmente, a utilização dos perfis formados a frio (PFF) vem assumindo um papel
muito importante no mercado de trabalho. As empresas utilizam cada vez mais este
tipo de material devido a sua fácil adaptação geométrica e custo baixo. Dessa forma,
o presente trabalho é realizado com o intuito de verificar se os perfis formados a frio,
de espessura predeterminada de 9,52 mm, atingem a resistência de cálculo,
analisando também as fissuras provenientes da dobra. A pesquisa desenvolvida
assumiu a postura de um estudo comparativo entre a resistência de cálculo e
resistência de ensaio. Foi elaborado o projeto dos perfis para fabricação, os quais
foram ensaiados em laboratório para verificar sua resistência à flexão e comparar
com a resistência de cálculo dos perfis, desconsiderando os coeficientes de
majoração e minoração. Os resultados mostram que a resistência de cálculo é
inferior a resistência de ensaio.
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
As dimensões dos perfis foram definidas com base em uma pesquisa realizada no
mercado de trabalho, visando verificar um dos perfis mais utilizados, sendo que a
espessura do mesmo foi substituída pela adotada no trabalho. Será realizado o
ensaio em seis amostras de 2868 mm. A Figura 1 apresenta as dimensões
utilizadas.
Conforme a norma NBR 8800 (2008), as barras não podem ter variação no
comprimento superior a 2 mm. Dessa forma, foi elaborada uma tabela para verificar
se as dimensões estão de acordo com a norma.
Nº Comp. (mm) Aba 1 (mm) Aba 2 (mm) Alma (mm) Peso (kg)
1 2868 49,8 50,8 98,3 35,6
2 2866 50,8 50,0 98,9 35,6
3 2868 49,8 49,6 98,6 35,8
4 2867 50,2 50,5 97,9 35,6
5 2870 49,1 49,9 99,7 35,6
6 2867 51,1 49,9 97,2 35,6
Fonte: Do autor (2012)
- Momento fletor
O momento fletor resistente de cálculo MRd deve ser tomado como o menor
valor calculado, para início de escoamento da seção efetiva, flambagem lateral com
torção, flambagem por distorção.
Onde:
P é a carga máxima;
MSd é o momento fletor solicitante de cálculo.
A força cortante resistente de cálculo VRd deve ser calculada pela equação 2.2:
Onde:
VSd é a força cortante solicitante de cálculo.
( M Sd / M Rd ) 2 + (V Sd / V Rd ) 2 ≤ 1,0 (2.3)
- Cálculo de deslocamentos
23PL2 23xPx267 3
d max = 1,07 = P ≤ 6,35kN (2.4)
648EI 648x 20000 x 200,59
L 267
d max = d max = = 1,07cm (2.5)
250 250
Onde:
O perfil 1 foi apoiado em dois cavaletes e as cargas foram aplicadas no perfil através
de dois roletes, como detalhado no item 2.4. No centro da viga foi posicionado um
transdutor de deslocamento do tipo LVDT, para medir o deslocamento vertical,
conforme figura 4:
Ao decorrer do ensaio, pode ser verificado que o perfil estava sujeito a torção, pois o
LVDT estava fixado no centro da viga e com a torção a flecha sofreu uma troca de
sentido. O ensaio foi interrompido devido à existência de torção exagerada do perfil.
Como não foi possível concluir o ensaio do perfil 1 devido à torção que o mesmo
sofreu, foi desenvolvido um rolete com contenção lateral.
Com as contenções laterais foi possível levar o perfil à ruptura, sendo que nos
apoios, os mesmos estavam livres e ocorreu o esforço de torção, como pode ser
verificado na figura 6.
Após todos os ensaios teste, foram preparados os demais perfis para os ensaios.
Para minimizar a torção, foi elaborado apoios com contenção lateral.
Após a fabricação dos perfis, pode ser observado a abertura de fissuras nas
extremidades das peças, conforme figura 8.
Segundo Pfeil (2010) o raio interno de dobragem deve respeitar valores mínimos
especificados, para impedir a fissuração do aço na dobra.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 12: Força x deslocamento, (a) perfil 2, (b) perfil 3, (c) perfil 4, (d) perfil 5
(a) (b)
(c) (d)
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIAS