PLANO DIRETOR COMPLETO 9 de Junho 2016

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ÍNDICE

LEI COMPLEMENTAR Nº 002 – 21 DE AGOSTO 2009............................... 1

CAPÍTULO I - Das Disposições Preliminares.......................................................... 1


CAPÍTULO II - Das Definições.................................................................................. 3
CAPÍTULO III - Das Categorias de Uso..................................................................... 6
CAPÍTULO IV - ZONEAMENTO................................................................................. 15
- Dos Usos e Ocupação do Solo......................................................... 15
- Da Divisão do Município em Zonas e Áreas de Ocupação e Uso.... 16
CAPÍTULO V - Das Infrações e Penalidades............................................................ 19
CAPÍTULO VI - Das Disposições Finais e Transitórias.............................................. 20
ANEXO I - Categorias de Usos Permitidos......................................................... 21
ANEXO II - Quadro de Posturas das Categorias de Uso.................................... 23
ANEXO III - Mapa de Macrozoneamento............................................................. 24
ANEXO IV - Mapa de Zoneamento....................................................................... 24

LEI COMPLEMENTAR Nº 003 – 21 DE AGOSTO 2009............................... 25

CAPÍTULO I - Do Parcelamento do Solo - Das Disposições Preliminares.............. 25


- Das Fases de Aprovação e Execução.............................................. 27
CAPÍTULO II - Do Parcelamento do Solo Urbano do Município de Ibitinga............. 28
- Requisitos Urbanísticos para Aprovação de Loteamentos............... 28
- Requisitos Urbanísticos para Desmembramentos............................ 32
- Da Elaboração do Projeto de Loteamento........................................ 33
- Da Aprovação de Proj. de Loteamentos e Desmembramentos............. 34
CAPÍTULO III - Do Sistema Viário do Loteamento.................................................... 37
CAPÍTULO IV - Dos Empreendimentos em Sistema de Condomínios...................... 38
CAPÍTULO V - Do Loteamento de Interesse Social.................................................. 42
CAPÍTULO VI - Dos Embargos e Penalidades........................................................... 43
CAPÍTULO VII - Das Disposições Finais e Transitórias.............................................. 45
GLOSSÁRIO.................................................................................................................. 46

LEI COMPLEMENTAR Nº 004 – 21 DE AGOSTO 2009............................... 48

CAPÍTULO I - Das - Disposição Preliminares.......................................................... 48


CAPÍTULO II - Das Vias Urbanas.............................................................................. 49
- Das Funções das Vias Urbanas........................................................ 50
- Da Classificação das Vias Urbanas.................................................. 51
- Das Dimensões das Vias Urbanas................................................... 52
CAPÍTULO III - Das Vias Rurais................................................................................. 53
- Da Hierarquização das Vias Rurais........................................................ 53
- Das Funções das Vias Rurais............................................................ 54
- Da Classificação das Vias Rurais...................................................... 54
- Das Dimensões das Vias Rurais........................................................ 55
CAPÍTULO IV - Das Diretrizes da Intervenção no Sistema Viário............................... 55
CAPÍTULO V - Das Disposições Finais...................................................................... 56
MAPA DA HIERARQUIA VIÁRIA DA SEDE DO MUN. DE IBITINGA............................. 57
MEMORIAL DESCRITIVO DO PERÍMETRO URBANO DO MUN. IBITINGA................ 61

LEI COMPLEMENTAR Nº 005 – 21 DE AGOSTO 2009................................ 63

LEI COMPLEMENTAR Nº 006 – 21 DE AGOSTO 2009................................ 66

LEI COMPLEMENTAR Nº 007 – 21 DE AGOSTO 2009................................ 68

LEI COMPLEMENTAR Nº 008 – 21 DE AGOSTO 2009................................ 72

CAPÍTULO I - Das Disposições Preliminares........................................................... 72


CAPÍTULO II - Finalidades do Código....................................................................... 72
CAPÍTULO III - Conceitos........................................................................................... 73
CAPÍTULO IV - Licenciamento de Obras.................................................................... 74
CAPÍTULO V -Segurança Pública, Conservação de Logradouros e Demolições.......... 77
CAPÍTULO VI - Habite-se................................................................................................ 78
CAPÍTULO VII - Elementos Construtivos......................................................................... 79
- Normas Construtivas Gerais.................................................................. 79
- Normas Construtivas Especiais............................................................. 86
- Habitações Unifamiliares - Casas.......................................................... 86
- Habitações Multifamiliares - Edifícios de Apartamentos........................ 88
- Conjuntos Habitacionais........................................................................ 89
- Hotéis, Motéis, Casas de Pensão, Hospedarias e
Estabelecimentos Congêneres................................................................ 89
- Asilos, Orfanatos, Albergues e Estabelecimentos Congêneres............ 91
- Estabelecimentos Militares e Penais, Conventos, Mosteiros
Seminários e Similares............................................................................. 92
- Habitação de Interesse Social................................................................ 92
- Edificações Destinadas a Ensino - Escolas........................................... 93
- Piscinas.................................................................................................. 96
- Colônias de Ferias e Acampamentos.................................................... 98
- Cinemas, Teatros, Auditórios, Circos e Parques de
Diversões de Uso Público........................................................................... 99
- Locais de Reunião para Fins Religiosos................................................... 102
- Necrotérios e Velórios........................................................................ 102
- Cemitérios.......................................................................................... 103
- Crematórios........................................................................................ 104
- Industrias, Fabricas e Grandes Oficinas............................................ 105
- Outros Locais de Trabalho................................................................. 111
- Edifícios de Escritórios....................................................................... 113
- Lojas, Armazéns, Depósitos e Estabelecimentos Congêneres..... 114
- Garagens, Oficinas, Postos de Serviço e de
Abastecimento de Veículos.............................................................. 115
- Aeroportos, Estações Rodoviárias, Ferroviárias,
Portuárias e Estabelecimentos Congêneres.................................... 116
- Institutos de Beleza sem Responsabilidade Médica, Salões de
Beleza, Cabeleireiros,Barbearias,Casas de Banho e Congêneres.. 117
- Lavanderias Públicas........................................................................... 117
- Estabelecimentos de Assistência Médico-Hospitalar........................... 118
- Estabelecimentos Industriais e Comerciais
Farmacêuticos e Congêneres................................................................ 118
- Estabelecimentos Industriais Farmacêuticos, Químico-Farma-
cêuticos, de Prod. Biológicos e Congêneres, de Prod. Dieteticos,
de Higiene Perfumes, Cosmeticos e Congêneres................................. 118
- Industrias de Saneantes Domissanitários - Inseticidas, Raticidas,
Desinfetantes e Detergentes para Uso Domésticos.............................. 122
- Distribuidores, Representantes, Importadores e Exportadores de
Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e seus Corre-
latos, Cosméticos, Produtos de Higiene, Perfumes e outros, Dieté-
ticos, Produtos Biológicos e Estabelecimentos Congêneres................. 122
- Farmácias, Drogarias, Ervanarias, Postos de Medicamentos,
Unidades Volantes e Dispensários de Medicamentos........................... 123
- Laboratório de Análises Clinicas, de Patologia Clínica, de
Hematologia Clínica, de Anatomia Patológica, de Citologia, de Líquido
do Céfalo-Raquidiano, de Radioisotopologia "in vitro" e Congêneres... 125
- Órgãos Executivos de Atividade Hemoterápica................................... 126
- Estabelecimentos de Assistência Odontológica........................................ 127
- Laboratório e Oficina de Prótese Odontológica................................... 127
- Institutos ou Clínicas de Fisioterapia e Congêneres............................ 128
- Institutos e Clínicas de Beleza sob responsabilidade Médica............. 129
- Casas de Artigos Cirúrgicos, Ortopédicos, Fisioterápicos e
Odontológicos........................................................................................ 129
- Banco de Olhos Humanos................................................................... 130
- Banco de leite Humano........................................................................ 130
- Estabelecimentos que Industrializem ou Comerciem Lentes
Oftálmicas.............................................................................................. 131
- Estabelecimentos Veterinários e Congêneres e Parques Zoológicos.. 131
- Estabelecimentos Comerciais e Industriais de Gêneros Alimentícios.. 132
- Exigências............................................................................................ 133
- Dependências...................................................................................... 138
- Tapumes e Andaimes........................................................................... 141
- Rampas para Acesso de Veículos....................................................... 142
- Elevadores........................................................................................... 142
- Varandas, Sacadas e Passeios........................................................... 143
- Instalações Prediais Coletivas............................................................. 143
- Reservatório de Água.......................................................................... 144
- Acessibilidade aos Portadores de Necessidades Especiais................ 146
- Edificações Coletivas........................................................................... 147
- Edificações que Comercializam Produtos Perigosos........................... 148
- Edificações para Indústrias.................................................................. 149
- Das Áreas para Estacionamento......................................................... 149
- Disposições Finais............................................................................... 150

LEI COMPLEMENTAR Nº 009 – 21 DE AGOSTO 2009................................ 151

- Disposições Gerais.............................................................................. 151


- Do Licenciamento................................................................................ 152
- Disposições Preliminares..................................................................... 152
- Alvará de Autorização de Uso.............................................................. 154
- Alvará de Permissão de Uso................................................................ 155
- Alvará de Localização e Funcionamento............................................. 155
- Concessão de Uso............................................................................... 158
- Perda de Validade dos Alvarás............................................................ 159
- Dos Bens Públicos............................................................................... 159
- Das Disposições Preliminares............................................................. 160
- Da Nomenclatura e Numeração.......................................................... 161
- Da Delimitação Física Dos Terrenos................................................... 163
- Das Calçadas...................................................................................... 165
- Dos Eventos em Geral........................................................................ 167
- Do Mobiliário Urbano........................................................................... 168
- Das Disposições Preliminares............................................................. 168
- Das Bancas de Jornais e Revistas ou Flores...................................... 171
- Dos Dispositivos Coletores de Lixo..................................................... 174
- Da Arborização.................................................................................... 175
- Das Defensas de Proteção................................................................. 176
- Dos Toldos........................................................................................... 176
- Do Trânsito Público............................................................................. 177
- Dos Cemitérios.................................................................................... 179
- Do Comércio, Indústria e Prestação de Serviços................................ 181
- Da Higiene dos Estabelecimentos...................................................... 185
- Do Comércio Ambulante ou Eventual................................................. 186
- Das Feiras Livres e Comunitárias....................................................... 188
- Dos Mercados Públicos...................................................................... 190
- Do Horário de Funcionamento............................................................ 190
- Da Ocupação da Fachada e do Afastamento Frontal......................... 191
- Procedimentos de Fiscalização........................................................... 191
- Disposições Preliminares.................................................................... 191
- Notificação........................................................................................... 193
- Auto de Intimação................................................................................ 193
- Auto de Apreensão.............................................................................. 194
- Auto de Infração................................................................................... 195
- Auto de Interdição................................................................................ 196
- Penalidades......................................................................................... 197
- Multa Pecuniária.................................................................................. 198
- Suspensão da Licença........................................................................ 199
- Cassação da Licença.......................................................................... 200
- Interdição do Estabelecimento, Atividade ou Equipamento................ 200
- Apreensão de Bens............................................................................. 201
- Recursos Administrativos.................................................................... 202
- Da Aplicação das Penalidades e das Taxas........................................ 204
- Das Disposições Finais e Transitórias................................................. 204
- Anexo................................................................................................... 205
- Conceitos............................................................................................. 205

LEI COMPLEMENTAR Nº 010 – 21 DE AGOSTO 2009............................... 208


LEI COMPLEMENTAR Nº 011 – 21 DE AGOSTO 2009............................... 212

- Da Outorga Onerosa do Direito de Construir...................................... 212


- Da Alteração de Uso........................................................................... 213

LEI COMPLEMENTAR Nº 054 – 28 DE DEZEMBRO 2011.......................... 214


* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 002, DE 21 DE AGOSTO DE 2009.

Dispõe sobre o Zoneamento do Município da


Estância Turística de Ibitinga, regulamenta o uso
do solo e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.397/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A presente Lei Complementar estabelece


normas para ordenar e disciplinar o uso e a ocupação do território do Município da
Estância Turística de Ibitinga, em consonância com as diretrizes do Plano Diretor
com os objetivos de:

I. Garantir o desenvolvimento ordenado das atividades, tendo em vista seu


desempenho e o bem estar da população;
II. Preservar os recursos naturais do Município e garantir seu uso
adequado pela população residente e flutuante;
III. Garantir o uso público dos locais de interesse paisagístico do Município.
IV. Impedir qualquer forma de exclusão ou restrição de acesso à população
aos bens públicos de uso comum do povo.

Parágrafo Único – Fazem parte integrante da


presente Lei Complementar sob a forma de anexos:

I. Anexo I - Categorias de usos permitidos;


II. Anexo II - Posturas do zoneamento no município.
III. Anexo III – Mapa de Macrozoneamento
IV. Anexo IV – Mapa de Zoneamento

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* PLANO DIRETOR

Art. 2º – As obras de construção, reconstrução,


reformas ou ampliação, localizadas na zona urbana do Município, estão sujeitas às
disposições de uso e ocupação, estabelecidos pela presente Lei Complementar.

Art. 3º - As disposições contidas nesta lei


Complementar se aplicam às áreas por ela definidas e delimitadas e às pessoas
físicas ou jurídicas de direito público ou privado.

Art. 4º - Será implantado um sistema de


planejamento do qual participem todos os órgãos e entidades da administração
municipal, com os seguintes objetivos:

I. Compatibilizar as ações dos diferentes setores da administração


Municipal;
II. Avaliar as ações dos diferentes organismos estaduais no município;
III. Instituir mecanismos permanentes de avaliações nas áreas de
educação, saúde e habitação, permitindo o conhecimento de magnitude,
localização e perfil da demanda atual e futura.

Art. 5º - Deverá ser mantido o Grupo de Análise de


Projetos, de caráter deliberativo com a finalidade de analisar, orientar e/ou emitir
pareceres nos casos específicos de usos determinados pela presente Lei
Complementar, ou sempre que surgirem conflitos de interpretação.

Art. 5º. Deverá ser mantido o Grupo de Análise


de Empreendimentos, de caráter deliberativo, sendo o mesmo o responsável
pela análise, elaboração e expedição das diretrizes ambientais e urbanísticas
e pré-aprovação de projetos de parcelamento do solo e empreendimentos de
grande porte. Podendo o mesmo estabelecer padrões de procedimentos dos
processos a serem analisados, cujos padrões deverão ser regulamentados
por ato de iniciativa do Executivo. (alterado pela Lei Complementar n°20 - 14/08/09)

"Art. 5°. Deverá ser mantido o Grupo de Análise


de Empreendimentos. de caráter deliberativo, sendo o mesmo o responsável
pela análise, elaboração e expedição das diretrizes ambientais e urbanísticas
e pré-aprovação de projetos de parcelamento do solo e empreendimentos de
grande porte. Podendo o mesmo estabelecer padrões de procedimentos dos
processos a serem analisados, cujos padrões deverão ser regulamentados
por ato de iniciativa do Executivo. §1°. Será também de responsabilidade do
GAE a análise, orientação, deliberação e emissão de pareceres nos casos de
utilização dos recursos do Fundo Municipal de Infraestrutura e Investimentos
do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto — FIISAAE. §2°. O Grupo
de Análise de Empreendimentos citado no "caput" será composto por 08

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* PLANO DIRETOR

(oito) membros nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, sendo 01 (hum)


membro de cada Secretaria Municipal: 1 — Secretaria Municipal de Obras
Públicas, 2 — Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação, 3 —
Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, 4 — Secretária
Municipal de Assuntos Jurídicos, 5 — Secretaria Municipal de Habitação e
Urbanismo; 01 (hum) membro indicado pela Associação Ibitinguense dos
Arquitetos, Engenheiros e Agrônomos, 01 (hum) indicado pelo Poder
Legislativo e 01 (hum) membro indicado pelo SAAE — Serviço Autônomo de
Agua e Esgoto, tendo o Grupo de Análise de Empreendimentos autonomia
para convidar, a critério de seus membros, outras secretarias municipais,
entidades ou demais órgãos, para contribuir nas analises que gerarão
diretrizes, em especial quando se tratar de empreendimento de interesse
social e ambiental." (alterado pela Lei Complementar n°97 - 17/06/15)

Parágrafo Único. REJEITADO. (alterado pela Lei Complementar n°20 - 14/08/09)

Parágrafo Único – O Grupo a que faz menção o


“caput” deste artigo, será composta por representantes de segmentos da
sociedade e dos órgãos públicos, com mandato de 2 (dois) anos, permitida a
substituição de qualquer de seus membros em caso de vaga, sendo no mínimo
assim constituída:
I. Um representante da Secretaria Municipal de Planejamento;
II. Um representante da Secretaria Municipal de Obras Públicas;
III. Um representante da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos;
IV. Um representante da Secretaria Municipal da Agricultura e do Meio
Ambiente;
V. Um representante da Associação Ibitinguense de Engenheiros,
Arquitetura e Agronomia;
VI. Um representante da Câmara Municipal;
VII. Um representante da Secretaria Municipal de Habitação;
VIII. Um representante do Serviço Autônomo de Águas e Esgoto.

Parágrafo Único. O Grupo de Análise de


Empreendimentos citado no “caput” será composto por 08 (oito) membros
nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, sendo 01 (hum) membro de cada
Secretaria Municipal: 1 – Secretaria Municipal de Obras Públicas, 2 –
Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação, 3 – Secretaria
Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, 4 – Secretária Municipal de
Assuntos Jurídicos, 5 – Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo; 01
(hum) membro indicado pela Associação Ibitinguense dos Arquitetos,
Engenheiros e Agrônomos, 01 (hum) indicado pelo Poder Legislativo e 01
(hum) membro indicado pelo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto,
tendo o Grupo de Análise de Empreendimentos autonomia para convidar, a
critério de seus membros, outras secretarias municipais, entidades ou

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* PLANO DIRETOR

demais órgãos, para contribuir nas analises que gerarão diretrizes, em


especial quando se tratar de empreendimentos de interesse social e
ambiental. (alterado pela Lei Complementar n°021 - 04/11/09)

CAPITULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 6º - Para os efeitos desta Lei Complementar,


ficam adotadas as seguintes definições:

I. Acesso: é‚ o dispositivo que permite interligações, para veículos e pedestres,


entre o logradouro público e a propriedade privada;

II. Alinhamento: é a linha divisória entre o terreno e o logradouro público, existente


ou projetado;

III. Área construída: é a superfície que compreende os pisos, utilizados e cobertos,


de todos os pavimentos de uma edificação;

IV. Área ocupada: é a superfície coberta pela projeção horizontal da edificação;

V. Área institucional: é a área de domínio público municipal resultante de


parcelamento do solo, reservada à edificação de equipamentos urbanos e
comunitários ou espaços livres de uso comum.
VI. Áreas “non edificandi": são áreas ou faixas de terras, não edificáveis, de
domínio público ou privado, impostas por lei ou vinculado o seu uso a uma
servidão administrativa, sendo em seu interior vedadas quaisquer obras, salvo
aquelas obras públicas necessárias à própria prestação dos serviços;

VII. Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CA): é um número que, multiplicado


pela área do lote, indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem
ser construídos em um lote, somando-se as áreas de todos os pavimentos,
incluindo o pavimento térreo;

VIII. Desdobro de lote: é a divisão da área do lote para formação de novo ou de


novos lotes de loteamento ou desmembramento regularmente registrado. Estes
devem atender às exigências mínimas de dimensionamento e índices urbanísticos
para sua edificação;

IX. Desmembramento: é a subdivisão da Gleba em lotes, destinados a edificação


com aproveitamento do sistema viário existente, sem a abertura de novas vias e

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* PLANO DIRETOR

logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já


existentes (art. 2º, § 2º, da Lei Federal n.º 6.766/79);

X. Edícula: é a edificação térrea isolada da construção principal, acessória à


construção e ao uso principal;

XI. Edificação Secundária. é aquela com área máxima equivalente a 40%


(quarenta por cento) da construção principal podendo ser interligada à construção
principal por corredor aberto e sem fechamentos laterais com largura máxima de
1,5m;

XII. Eixo de via: é a linha que passa pelo centro da via e é equidistante dos
alinhamentos;

XIII. Faixa carroçável: é a faixa destinada ao tráfego de veículos nas vias de


circulação;

XIV. Faixa de domínio: é a faixa de terra que compõe uma via formada pela faixa
carroçável; pelas faixas destinadas a circulação de pedestres; e pelo
remanescente da área destinada à via de circulação;

XV. Frente de lote: é a divisa lindeira com a via oficial de circulação;

XVI. Fundo de lote: é a divisa oposta à frente de lote;

XVII. Gleba: é área de terra com localização e configuração definidas, que ainda
não foi objeto de parcelamento do solo;
XVIII. Lote: é o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam
aos índices urbanísticos definidos pelo Plano diretor ou lei municipal para a zona
em que se situe;

XIX. Loteamento: é a subdivisão da Gleba em lotes destinados a edificação, com


abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes;

XX. Quadras: são áreas numeradas constituídas de lotes urbanizados e


delimitadas pelas vias e logradouros nos projetos de urbanização;

XXI. Recuo: é a distância medida entre o limite externo da projeção horizontal da


edificação e a divisa do lote;

XXII. Remanejamento: é a subdivisão de um lote em duas ou mais parcelas para a


incorporação ao(s) lote(s) adjacente(s) ou a alteração da disposição dos lotes de
uma quadra, desde que atenda ao mínimo de área estabelecida para a Zona;

5
* PLANO DIRETOR

XXIII. Taxa de Ocupação Máxima (TO)‚ é o fator pelo qual a área de um lote deve
ser multiplicada para se obter a área máxima permitida de projeção horizontal da
edificação sobre o lote;

XXIV. Unificação de Lotes: é a junção de lotes, de loteamentos regularmente


inscritos ou registrados, para a formação de um único lote;

XXV. Uso conforme: é o uso que atende as restrições, índices urbanísticos e


outras disposições estabelecidas, por esta Lei Complementar, para cada zona;

XXVI. Uso não conforme: é o uso que não atende as restrições, índices
urbanísticos e outras disposições estabelecidas por esta lei para cada Zona;

XXVII. Uso misto: é a utilização do mesmo lote ou edificação por mais de uma
categoria de uso;

XXVIII. Via de circulação: é o espaço destinado à circulação de veículos ou


pedestres, sendo via oficial aquela de uso público aceita, declarada ou reconhecida
como oficial pela Prefeitura.

CAPITULO III

Seção I

Das Categorias de Uso

Art. 7º - Para os efeitos desta Lei Complementar são


estabelecidas normas para as seguintes categorias de uso:

I. Residência Unifamiliar
Caracterizada pela habitação, permanente ou de turismo, correspondendo
a uma (1) unidade por lote onde é permitida a construção de edícula
subdivide-se em:
a) Habitação unifamiliar “R1 – 01”
lote mínimo de 160,00m² e máximo de 249,00m² com frente mínima de
8,00m, Taxa de Ocupação Máxima permitida de 70%, com Coeficiente de
Aproveitamento Maximo permitido de 1,0 em até 2 (dois) pavimentos, com
recuos mínimos, lateral de 1,50m, fundo de 1,50m.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% da área do lote para a
manutenção/recuperação da cobertura vegetal, sendo permitida a
construção de edícula que respeite um afastamento mínimo de 2,00m da

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* PLANO DIRETOR

construção principal;

a) Habitação unifamiliar “R1 – 01”


Lote mínimo de 160,00 metros quadrados e máximo de 249,99 metros
quadrados, com frente mínima de 8,00 (oito metros), taxa de ocupação
permitida de 70% (setenta por cento), com coeficiente de aproveitamento
máximo permitido é de 1,0 em até 2 (dois) pavimentos, com recuos
mínimos, lateral de 1,50 metros, fundo de 1,50 metros.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% (dez por cento) da
área do lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal, sendo
permitida a construção de edícula que respeite um afastamento mínimo de
2,00 metros da construção principal. (alterado pela Lei Complementar n°12 -
26/08/09)

"a) Habitação unifamiliar "R1 — 01"


Lote mínimo de 160,00 metros quadrados e máximo de 249,99 metros
quadrados, com frente mínima de 8,00 (oito metros), taxa de ocupação
permitida de 80% (oitenta por cento), com coeficiente de
aproveitamento máximo permitido é de 1,5 em até 2 (dois)
pavimentos, com recuos estabelecidos na Lei Complementar n° 008,
de 21 de Agosto de 2009, no Decreto Estadual n° 12.342/78 — Código
Sanitário e nas restrições urbanísticas do loteamento, se houver.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% (dez por cento) da
área do lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal,
sendo permitida a construção de edícula que respeite uni afastamento
mínimo de 1,50 metros da construção principal. (alterado pela Lei
Complementar n°94 - 15/04/15)

b) Habitação unifamiliar “R1 – 02”


Em lote mínimo de 250,00m² e máximo de 349,00m² com frente mínima de
10,00m, Taxa de Ocupação Máxima permitida de 70%, com Coeficiente de
Aproveitamento Maximo permitido é de 1,0 em até 3 (três) pavimentos,
com recuos mínimos, frontal de 2,00m, lateral de 1,50m, fundo de 2,00m.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% da área do lote para a
manutenção/recuperação da cobertura vegetal, é permitida a construção
de edícula que respeite um afastamento mínimo de 2,00m da construção
principal;

b) Habitação unifamiliar “R1 – 02”


Lote mínimo de 250,00 metros quadrados e máximo de 349,99 metros
quadrados, com frente mínima de 10,00 (dez metros), taxa de ocupação
máxima permitida de 70% (setenta por cento), com coeficiente de
aproveitamento máximo permitido é de 1,0 em até 3 (três) pavimentos, com

7
* PLANO DIRETOR

recuos mínimos frontal de 2,00 metros, lateral de 1,50 metros, fundo de


2,00 metros.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% (dez por cento) da
área do lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal, sendo
permitida a construção de edícula que respeite um afastamento mínimo de
2,00 metros da construção principal. (alterado pela Lei Complementar n°12 -
26/08/09)

"b) Habitação unifamiliar "R1 — 02"


Lote mínimo de 250,00 metros quadrados e máximo de 349,99 metros
quadrados, com frente mínima de 10,00 (dez metros), taxa de
ocupação máxima permitida de 80% (oitenta por cento), com
coeficiente de aproveitamento máximo permitido é de 2,0 em até 3
(três) pavimentos, com recuos estabelecidos na Lei Complementar n°
008, de 21 de Agosto de 2009, no Decreto Estadual n°12.342/78 —
Código Sanitário e nas restrições urbanísticas do loteamento, se
houver.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% (dez por cento) da
área do lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal,
sendo permitida a construção de edícula que respeite um afastamento
mínimo de 2,00 metros da construção principal." (alterado pela Lei
Complementar n°94 - 15/04/15)

c) Habitação unifamiliar “R1 – 03”


Em lote mínimo de 350,00m² e máximo de 499,00m² com frente mínima de
12,00m, a Taxa de Ocupação Máxima permitida é de 70%, com Coeficiente
de Aproveitamento Maximo permitido é de 1,0 em até 3 (três) pavimentos,
com recuos mínimos, frontal de 3,00m, lateral de 1,50m, fundo de 2,00m.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% da área do lote para a
manutenção/recuperação da cobertura vegetal, é permitida a construção
de edícula que respeite um afastamento mínimo de 2,00m da construção
principal;

c) Habitação unifamiliar “R1 – 03”


Lote mínimo de 350,00 metros quadrados e máximo de 499,99 metros
quadrados, com frente mínima de 12,00 (doze metros), taxa de ocupação
máxima permitida de 70% (setenta por cento), com coeficiente de
aproveitamento máximo permitido é de 1,0 em até 3 (três) pavimentos,
com recuos mínimos frontal de 3,00 metros, lateral de 1,50 metros, fundo
de 2,00 metros.
Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% (dez por cento) da
área do lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal, sendo
permitida a construção de edícula que respeite um afastamento mínimo de
2,00 metros da construção principal.” (alterado pela Lei Complementar n°12 -

8
* PLANO DIRETOR

26/08/09)

"c) Habitação unifamiliar "R1 — 03"


Lote mínimo de 350,00 metros quadrados e máximo de 499,99 metros
quadrados, com frente mínima de 12,00 (doze metros), taxa de
ocupação máxima permitida de 80% (setenta por cento), com
coeficiente de aproveitamento máximo permitido é de 2,0 em até 3
(três) pavimentos, com recuos estabelecidos na Lei Complementar n°
008, de 21 de Agosto de 2009, no Decreto Estadual n° 12.342/78 —
Código Sanitário e nas restrições urbanísticas do loteamento, se
houver. Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% (dez por
cento) da área do lote para a manutenção/recuperação da cobertura
vegetal, sendo permitida a construção de edícula que respeite um
afastamento mínimo de 2,00 metros da construção principal." (alterado
pela Lei Complementar n°94 - 15/04/15)

d) Habitação unifamiliar “R1 – 04”


lote mínimo de 500,00 m² com frente mínima de 15,00m, Taxa de
Ocupação Máxima permitida é de 70%, com Coeficiente de Aproveitamento
Máximo permitido é de 1,0 em até 2 (dois) pavimentos, com recuos
mínimos, frontal de 4,00m, lateral de 2,50m, fundo de 3,00m. Nessa
categoria é permitida a construção de Edificação Secundaria e deve ser
respeitada a taxa de 15% da área do lote para a manutenção/recuperação
da cobertura vegetal, é permitida a construção de edícula que respeite um
afastamento mínimo de 3,00m da construção principal;

II. Residencial Multifamiliar Horizontal


Caracterizada pela habitação, permanente ou de turismo, correspondendo
a mais de uma habitação por lote todas com frente para a via oficial
subdivide-se em:

a) Residencial Multifamiliar Horizontal “R2 – 01”


Unidades geminadas, com área mínima de terreno por unidade de
160,00m² com frente mínima de 6,50m por lote, a Taxa de Ocupação
Máxima permitida é de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo
permitido de 1,0 em até 2 (dois) pavimentos, com recuos mínimos, frontal
de 2,00m, lateral de 1,50m de cada lado para os lotes das extremidades e
de fundo de 2,00m. Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 10% da
área do lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal, é
permitida a construção de edícula que respeite um afastamento mínimo de
2,00m da construção principal;

b) Residencial Multifamiliar de Interesse Social “R2 – 02”


Lote mínimo de 130,00m² com frente mínima de 6,50m, Taxa de Ocupação

9
* PLANO DIRETOR

Máxima permitida é de 60% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo


permitido de 0,8 em até 2 (dois) pavimentos, com recuos mínimos, frontal
de 1,50m, lateral de 1,50m e de fundo de 2,00m. Nessa categoria deve ser
respeitada a taxa de 10% da área do lote para a manutenção/recuperação
da cobertura vegetal, permitida a construção de edícula que respeite um
afastamento mínimo de 2,00m da construção principal;

Fica vedado o remanejamento para a implantação de Condomínio


Horizontal.

Fica vedado o fechamento de loteamentos com a interdição de vias


públicas.

III. Residencial Multifamiliar Vertical


Caracterizada pela habitação, permanente ou de turismo, correspondendo
a mais de uma habitação por lote sobrepostas, subdivide-se em:

a) Residencial Multifamiliar Vertical “R3 – 01”


Em lote mínimo 600,00m² com frente mínima de 15,00m e com a Taxa de
Ocupação Máxima permitida de 70%, com Coeficiente de Aproveitamento
Máximo permitido é de 3,0 com recuos mínimos, frontal de H/6 + 1/3 da
largura da rua, lateral de H/6 de cada lado e fundo de H/6, nessa categoria:
1. Somente será permitida a construção de condomínio vertical que não
ultrapasse os limites de uma quadra do loteamento, considerados os
limites de quadra estabelecidos nesta lei Complementar;

2. é permitido até 10% para a construção de Edícula para uso comum –


zeladoria, administração, depósito, vestiário e lazer – que respeite um
afastamento mínimo de 3,00m da construção principal e que contemple
os mínimos exigidos pelas leis sanitárias;

3. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada unidade


com até 100,00 m² de área útil;

4. deve ser respeitada a taxa de mínima de 15% da área do lote para


permeabilidade/ manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

5. é permitido construir no pavimento térreo;


6. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade para
pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida;

7. não poderá ser interrompida a malha urbana;

8. é condição para o projeto a solicitação e expedição de diretrizes de uso

10
* PLANO DIRETOR

e ocupação do solo;

9. as áreas destinadas a estacionamento, nos pavimentos Térreo e


Subsolo, não serão computadas no cálculo do CA, embora
mencionadas no quadro de áreas.

b) Residencial Multifamiliar Vertical de Interesse Social “R3 – 02”


Fração ideal por unidade autônoma de 60,00m², área mínima na unidade
45,00m² com a Taxa de Ocupação Máxima permitida de 60%, com
Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido é de 3,0 com recuos
mínimos, frontal de H/6 + 1/3 da largura da rua, lateral de H/6 de cada lado
e de fundo de H/6. Nessa categoria:

1. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada duas


unidades;
2. deve ser respeitada a taxa de mínima de 15% da área do lote para
permeabilidade/manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

IV. Residencial Multifamiliar e/ou Comercial Vertical


Caracterizada pelo uso residencial multifamiliar e/ou comercial,
correspondendo a mais de uma por lote e sobrepostas, subdivide-se em:

a) Edificação Residencial e Comercial Vertical “R4 – 01”


Lote mínimo de 250,00m² com 10,00m de frente, com a Taxa de Ocupação
Máxima permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo
permitido é de 1,0, em até 3 (três) pavimentos incluindo o pavimento térreo,
com recuos mínimos, frontal de 5,00m, de fundo de 2,00m e lateral de
1,50m. Nessa categoria:

1. é permitida a construção no pavimento térreo para uso comercial;

2. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade


para pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida.

V. Comercial e Serviços
Caracterizada pelo uso Comercial e de Serviços, subdivide-se em:

a) Comercial Varejista de Pequeno Porte “C – 01”


Destinado ao Comércio Varejista que atende as necessidades cotidianas,
caracterizada como comércio de bairro ou Central e de pequeno porte,
correspondendo às atividades em geral, excetuando-se aqueles
compreendidos como comércio de material perigoso que deverá ser
precedido de aprovação junto aos órgãos competentes e observada a
legislação específica:

11
* PLANO DIRETOR

1. Para o uso comercial de pequeno porte é exigido um lote mínimo de


160,00m², com frente de 8,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 1,0, com recuos mínimos, frontal de 5,00m, lateral 1,50m, no
máximo, 2 (dois) pavimentos. Nessa categoria deve ser respeitada a
taxa de 5% da área do lote para a manutenção/recuperação da
cobertura vegetal;

2. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada


unidade com até 100,00m² de área útil;

b) Comercial Varejista de Médio Porte “C – 02”


1. Destinado ao Comércio Varejista que atende as necessidades
quotidianas, caracterizada como comércio de bairro ou Central e de
médio porte, correspondendo às atividades em geral, excetuando-se
aqueles compreendidos como comércio de material perigoso que
deverá ser precedido de aprovação junto aos órgãos competentes e
observada a legislação específica;

2. Para o uso comercial de médio porte é exigido um lote mínimo de


300,00m², com frente de 12,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 1,0, com recuos mínimos, frontal de 5,00m, lateral 1,50m e fundo
de 2,00m, no máximo, em até 3 (três) pavimentos. Nessa categoria
deve ser respeitada a taxa de 5% da área do lote para a
manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

3. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada


unidade com até 100,00m² de área útil;

4. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade


para pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida.

c) Comercial Varejista de Grande Porte e Atacadista “C – 03”


Destinado ao Comércio Varejista e Atacadista que apresentem condições
satisfatórias quanto ao uso do solo lindeiro e quanto ao escoamento de
tráfego, compreendendo estabelecimentos tais como:
Implementos agrícolas, materiais para construção, venda de barcos e
motores, venda de piscinas e equipamentos, acessórios mecânicos,
veículos em geral (automóveis, caminhões, tratores, reboques, traillers,
etc.), hipermercados e shopping centers, comércio atacadista em geral,
garagens e similares, que deverá ser precedido de aprovação junto aos
órgãos competentes e observada a legislação específica:

12
* PLANO DIRETOR

1. Para o uso comercial de grande porte é exigido um lote mínimo de


500,00m², com frente de 15,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 2,0, com recuos mínimos, frontal 5m, lateral 2,00m e de fundo
3,00m. Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 5% da área do
lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

2. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada


unidade com até 50,00m² de área útil;

3. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade


para pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida.

VI. Serviços Especiais


Caracterizada pelo uso para prestação de serviço que pelo tipo de
atividade devem ter localização especifica, e apresentar pareceres de
aprovação dos órgãos ambientais competentes, sendo que suas
edificações devem atender às normas de acessibilidade, subdivide-se em:

a) Serviços Especiais “SE – 01”


Destinado ao estabelecimento de prestação de serviços tais como:
armazém de estoque de mercadorias, borracharia, mecânica, funilaria, e
pintura de automóveis, placas, cartazes, hotéis pousadas, pensões e
colônia de férias:

1. Para o uso comercial de pequeno porte é exigido um lote mínimo de


160,00m², com frente de 8,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 1,0, com recuos mínimos, frontal de 5,00m, no máximo, 2 (dois)
pavimentos.

b) Serviços Especiais “SE – 02”


Destinado ao estabelecimento de prestação de serviços tais como:
marcenaria, carpintaria, serralheria, pintura de móveis, oficinas de reparos
e manutenção de tratores e máquinas, depósitos industriais de materiais e
de equipamentos, hotéis pousadas, pensões e colônia de férias:

1. Para o uso comercial de médio porte é exigido um lote mínimo de


300,00m², com frente de 12,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 1,0, com recuos mínimos, frontal de 5,00m, lateral 1,50m e fundo
de 2,00m, no máximo, 3 (três) pavimentos. Nessa categoria deve ser
respeitada a taxa de 5% da área do lote para a

13
* PLANO DIRETOR

manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

2. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada


unidade com até 100,00 m² de área útil;

3. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade


para pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida;

c) Serviços Especiais “SE – 03”


Destinado ao estabelecimento de prestação de serviço que pelo tipo de
atividade devem ter localização especifica, e apresentar pareceres de
aprovação dos órgãos ambientais competentes, compreendendo atividades
de garagem de empresas de transportes, hotéis pousadas, pensões e
colônia de férias:

1. Para o uso comercial de grande porte é exigido um lote mínimo de


500,00m², com frente de 15,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 2,0, com recuos mínimos, frontal 5m, lateral 2,00m e de fundo
3,00m. Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 5% da área do
lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

2. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada


unidade com até 50,00m² de área útil;

3. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade


para pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida;

VII. Equipamentos Institucionais


Caracterizada pelo uso para Equipamentos Institucionais, cujas edificações
devem atender às normas de acessibilidade. Subdivide-se em:

a) Institucional de Âmbito Local “E – 01”


Destinado ao estabelecimento de caráter eminentemente local, destinado
ao atendimento da população dos bairros, tais como: parque infantil, escola
maternal, escola de 1º grau, área de recreação infantil, posto de saúde,
creches, locais de cultos religiosos:

1. Para o uso comercial de pequeno porte é exigido um lote mínimo de


160,00m², com frente de 8,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 1,0, com recuos mínimos, frontal de 5,00m no máximo, 2 (dois)
pavimentos.

14
* PLANO DIRETOR

b) Institucional Diversificado “E – 02”


Destinado ao estabelecimento de uso ocasional, tais como: escola de 2º
grau, ginásio de esportes, teatros municipais, centro cultural, curso
superior, biblioteca, museus, casa de saúde, hospitais, maternidade,
sanatório, órgãos da administração publica, correios e telégrafos, central
telefônica, auditório:

1. Para o uso comercial de médio porte é exigido um lote mínimo de


300,00m², com frente de 12,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 1,0, com recuos mínimos, frontal de 5,00m lateral 1,50m e fundo
de 2,00m, no máximo, 3 (três) pavimentos. Nessa categoria deve ser
respeitada a taxa de 5% da área do lote para a
manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

2. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada


unidade com até 100,00m² de área útil;

3. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade


para pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida.

c) Institucional Especial “E – 03”


Destinado ao estabelecimento que exige fatores locacionais específicos,
pelo porte ou pela especificidade de uso, tais como: aeroporto, base militar,
cemitérios, área de deposito de resíduos sólidos, autódromo, cartódromo,
hípica, parques públicos, jardim botânico, jardim zoológico, estação
rodoviária, estação de tratamento de água e esgoto, hangares, heliportos;

1. Para o uso comercial de grande porte é exigido um lote mínimo de


500,00m², com frente de 15,00m, com a Taxa de Ocupação Máxima
permitida de 70% com Coeficiente de Aproveitamento Máximo permitido
é de 2,0, com recuos mínimos, frontal 5m, lateral 2,00m e de fundo
3,00m. Nessa categoria deve ser respeitada a taxa de 5% da área do
lote para a manutenção/recuperação da cobertura vegetal;

2. deve ser prevista 1 (uma) vaga de estacionamento para cada


unidade com até 50,00m² de área útil;

3. todas as edificações deverão atender às normas de acessibilidade


para pessoas portadoras de deficiência e de mobilidade reduzida.

VIII. Industrial
Caracterizada pelo uso para estabelecimentos Industriais, devendo atender
às normas de acessibilidade. Subdivide-se em:

15
* PLANO DIRETOR

a) Indústrias Não Incômodas “I – 01”


Estabelecimentos que podem adequar-se aos mesmos padrões de usos
não industriais (SE-01 ou SE-02), no que diz respeito às características de
ocupação dos lotes, de acesso, de localização, de tráfego, de serviços
urbanos.
1. é condição para o projeto a solicitação e expedição de diretrizes de
uso e ocupação do solo;

b) Indústrias Incômodas “I – 02”


Estabelecimentos que podem adequar-se aos mesmos padrões de usos
não industriais (SE-01 ou SE-02), no que diz respeito às características de
ocupação dos lotes, de acesso, de localização, de tráfego, de serviços
urbanos, mas implica geração de incômodos referentes aos níveis de
ruído, de vibrações e de poluição ambiental.

1. é condição para o projeto a solicitação e expedição de diretrizes de


uso e ocupação do solo;

c) Indústrias Especiais “I – 03”Estabelecimentos que podem adequar-se


aos mesmos padrões de usos não industriais (SE-03), no que diz respeito
às características de ocupação dos lotes, de acesso, de localização, de
tráfego, de serviços urbanos, mas implica geração de incômodos que
possam causar prejuízo à saúde, à segurança pública, aos recursos
hídricos, as condições atmosféricas e à integridade da flora e da fauna.

1. é condição para o projeto a solicitação e expedição de diretrizes de


uso e ocupação do solo;

IX. Equipamentos Urbanos “EQ-01”


Destinado a Implantação de torres de Transmissão de Energia, Sinal de
Celulares / Rádio Base (ERB´s), Rádios, Televisores, dentre outras, cuja
localização e parâmetros urbanísticos observarão o previsto no quadro do
Anexo I para as zonas especificadas.
1. é condição para o projeto a solicitação e expedição de diretrizes de
uso e ocupação do solo, bem como a observância de disposições da
legislação federal e estadual pertinentes.

CAPITULO IV

ZONEAMENTO

16
* PLANO DIRETOR

Seção I

Dos Usos e Ocupação do Solo

Art. 8º - Ficam sujeitas as normas deste Capítulo as


aprovações de projetos de:

I - Loteamento;
II - Desmembramento;
III - Arruamento;
IV - Desdobro de Lote;
V - Remanejamento;
VI - Construções;
VII - Ampliações e Reformas;
VIII - Alvarás de Licença e Funcionamento;

Parágrafo Único – Ficam assegurados os registros,


aprovações e diretrizes obtidos anteriormente à promulgação desta Lei
Complementar, de projetos e:

I - Loteamento;
II - Desmembramento;
III - Arruamento;
IV - Desdobro e Fusão de Lotes;
V - Remanejamentos;
VI - Construções;
VII - Ampliações e Reformas;
VIII - Alvarás de Licença e Funcionamento;

Seção II

Da Divisão do Município em Zonas e Áreas de


Ocupação e Uso

Art. 9º - Para os efeitos desta Lei Complementar, fica


o Município dividido em duas Macrozonas:

I. Macrozona Urbana; e
II. Macrozona Rural.

17
* PLANO DIRETOR

Art. 10 - Fazem parte da Macrozona Urbana:

I. Zona Central Consolidada;


II. Zona de Adensamento e Ocupação Prioritária;
III. Zona de Interesse Social;
IV. Zona de Ocupação Restrita;
V. Zona Industrial;
VI. Zona de Ocupação Especial (Aeroporto)
VII. Zona de Expansão Urbana Prioritária;
VIII. Zona de Expansão Restrita
IX. Zona de Expansão Futura
X. Distrito de Cambaratiba

§ 1º - Zona Central Consolidada


É a zona central da cidade que apresenta maior densidade de população
fixa, elevado fluxo de turistas, estabelecimentos comerciais varejistas e de
prestação de serviços diversificados, serviços públicos, imóveis tombados
e de interesse histórico. São permitidos os usos residenciais, institucionais,
comerciais, serviços e industrial.

§ 2º - Zona de Adensamento Prioritária


São zonas contíguas da Zona Central Consolidada que apresentam uso
predominantemente residencial, possuem infra-estrutura completa e
equipamentos sociais, locais de concentração das atividades institucional,
de comércio, serviço e indústrias não poluentes, além de pequenas glebas
e chácaras. São permitidos os seguintes usos: residencial, comércio,
serviços, institucional e industrial.

§ 3º - Zona de Interesse Social


É a zona que apresenta maior densidade de conjuntos habitacionais de
interesse social e loteamentos populares, é entremeada de córregos. São
permitidos os usos residenciais, institucionais, comerciais, serviços e
industrial.

§ 4º - Zona de Ocupação Restrita


São zonas que apresentam predominância de loteamentos dispersos,
chácaras e empresas de grande porte, e que exigem um gerenciamento
especial devido estarem situadas a montante da captação de água e nas
cabeceiras de drenagem, tais como: a montante da captação de água do
Córrego São Joaquim e nas cabeceiras de drenagem dos Córregos
Saltinho e São Joaquim, córregos já canalizados no trecho que corta a
malha urbana. São permitidos os usos residenciais, institucionais,
comerciais, serviços e industrial.

18
* PLANO DIRETOR

§ 5º - Zona Industrial
É a zona de baixa ocupação populacional, sem características de
desenvolvimento turístico, incluída na área urbana do Município. São
permitidos os seguintes usos: comércio, serviços, institucionais e
industriais, desde que, sejam atendidas as normas de controle previstas
em leis Estaduais e Federais.

§ 6º - Zona de Ocupação Especial


São zonas que exigem um gerenciamento especial devido estarem
situadas no entorno do aeroporto. São permitidos os seguintes usos:
comercial, serviços e institucionais, desde que atendidas as restrições
impostas por leis federais e estaduais específicas.

§ 6º - Zona de Ocupação Especial A e B:


- Zona de Ocupação Especial A - São zonas que exigem um
gerenciamento especial devido estarem situadas no entorno do
aeroporto. São permitidos os seguintes usos: comercial – serviços e
institucionais, desde que atendidas as restrições impostas por Leis
Municipais, Federais e Estaduais específicas.

- Zona de Ocupação Especial A - São zonas que exigem um


gerenciamento especial devido estarem situadas no entorno do
aeroporto. São permitidos os seguintes usos: residencial – comercial
– serviços e institucionais, desde que atendidas as restrições
impostas por Leis Municipais, Federais e Estaduais específicas.
(alterado pela Lei Complementar n°086 - 12/11/14)

- Zona de Ocupação Especial B - São zonas que exigem um


gerenciamento especial devido estarem situadas no entorno do
aeroporto. “Residencial – Industrial – Comercial – Serviços e
Institucionais, desde que atendidas as restrições impostas por Leis
Municipais, Federais e Estaduais específicas. (alterado pela Lei
Complementar n°050 - 11/10/11)

- Zona de Ocupação Especial B - São zonas que exigem um


gerenciamento especial devido estarem situadas no entorno do
aeroporto. São permitidos os seguintes usos: “Residencial –
Industrial – comercial – serviços e institucionais, desde que atendidas
às restrições impostas por Leis Municipais, Federais e Estaduais
específicas.”(alterado pela Lei Complementar n°086 - 12/11/14)

§ 7º - Zona de Expansão Urbana Prioritária


São zonas localizadas em bacias hidrográficas cuja ocupação não interfere

19
* PLANO DIRETOR

na rede de drenagem já implantada. São permitidos os seguintes usos:


residencial, comercial, serviços, institucionais, industrial, este desde que
atendidas as normas previstas em leis Estaduais e Federais.

§ 8º - Zona de Expansão Restrita


São zonas que apresentam glebas dentro do perímetro urbano, mas
distante da malha viária implantada, e sofrem restrições por estarem
situadas nas cabeceiras de drenagem. São permitidos os seguintes usos:
residencial comércio, institucional e serviços.

§ 9º - Zona de Expansão Futura


São zonas que apresentam glebas com atividades ligadas à produção
agropecuária dentro do perímetro urbano, distantes da malha viária
implantada, e sem interesse imediato na urbanização. São permitidos os
seguintes usos: comercial, serviços, institucional, industrial, este desde que
atendidas as normas constantes de Leis Estaduais e Federais.

§ 10 - Distrito de Cambaratiba
É a zona que como um núcleo que apresenta concentração de população
fixa, estabelecimentos de comercio e serviço de atendimento local e
serviços públicos é destinada aos usos comercial, serviços, institucional,
industrial este desde que atendidas as disposições de Leis Estaduais e
Federais.

§ 11 - Corredores
São locais limítrofes entre duas zonas que possuem características de
ambas

Art. 11 - Os usos previstos para as zonas são


especificados no Anexo I.

Art. 12 - Fazem parte da Macrozona Rural:


I. Zona Rural;
II. Zona de Proteção do “Pantaninho”;
III. Zona de Proteção do “Varjão”;
IV. Zona de Proteção de Manancial;
V. Áreas de Especial Interesse – AEI.
§ 1º - Zona Rural
É a zona destinada às atividades agropecuárias.

§ 2º - Zona de Proteção do “Pantaninho”


É uma zona de preservação ambiental localizada no território formado pela
bacia hidrográfica do rio Jacaré-Pepira, onde se localiza o “Pantaninho”.

20
* PLANO DIRETOR

§ 3º - Zona de Proteção do “Varjão”


É uma zona de preservação ambiental localizada no território formado pela
bacia hidrográfica do rio Jacaré-Guacu, onde se localiza o “Varjão”.

§ 4º - Zona de Proteção de Manancial;


É uma zona de preservação ambiental localizada no território formado
pelas bacias hidrográficas dos Córregos da Água Quente, do Cigano e do
Queixada.

§ 5º - Áreas de Especial Interesse – AEI


São zonas que apresentam glebas com atividades inadequadas ao meio
rural e em que são exigidas medidas de preservação ambiental por serem
lindeiras com a Represa Ibitinga, o Rio Tietê e o Rio Jacaré Guaçú.
São zonas que exigem um gerenciamento especial devido a sua fragilidade
ambiental e sua criticidade para receber assentamentos humanos por
serem lindeiras com – a Represa Ibitinga, o Rio Tietê e o Rio Jacaré
Guaçú. Devem ser observadas as restrições ambientais.

§ 6º - As demarcações das zonas são as constantes do Mapa de


Macrozoneamento, na escala 1:50.000 que é parte integrante da presente
Lei Complementar.

CAPÍTULO V

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 13 - As infrações às disposições da presente lei


Complementar ensejarão a revogação da autorização de execução, o embargo
administrativo, a demolição da obra, quando couber, bem como a aplicação de
multas e a responsabilização do profissional infrator junto ao órgão de classe.

Art. 14 - Todos os processos relativos ao


parcelamento de solo devem obedecer as normas emanadas pelo órgão
competente, e o não cumprimento ensejará a instauração de processo
administrativo, seguindo-se os sanções cabíveis, conforme o caso.

Parágrafo Único – As multas a que se refere este


artigo serão disciplinadas em lei específica.

CAPITULO VI

21
* PLANO DIRETOR

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 15 - A Prefeitura Municipal não assume qualquer


responsabilidade pelos prejuízos eventualmente causados a terceiros em
consequência da execução de projetos aprovados.

Art. 16 - Os direitos de uso de solo relativamente a


loteamentos ou parcelamentos já aprovados e registrados, modificados por esta
Lei Complementar de Zoneamento, serão preservados, respeitando-se os direitos
vigentes na data da aprovação dos mesmos.

Artigo 16 - Os direitos de uso de solo relativamente a


loteamentos ou parcelamentos já aprovados ou registrados estão preservados,
devendo os projetos residenciais, comerciais e industriais ser analisados de
acordo com o código sanitário (Decreto Estadual 12.342/1978), preservando as
obrigações estabelecidas em loteamentos aprovados e registrados com suas
próprias normas restritivas sendo que os direitos de uso de solo relativamente a
loteamentos ou parcelamentos aprovados, após a vigência da Lei complementar nº
002/09 de 21 de agosto de 2009 deverão atender a mesma na sua integra. (alterado
pela Lei Complementar n°020 - 14/11/09)

Art. 17 - A Prefeitura Municipal, por seus órgãos


competentes, prestará informações aos interessados na aquisição de terrenos
sobre a situação dos mesmos com relação à licença para edificar e restrições
existentes.

§ 1º - As diretrizes expedidas antes da promulgação desta Lei Complementar, não


sofrerão alterações, em virtude dela.

§ 2º - As diretrizes expedidas com base nesta lei têm validade de 12 (doze) meses.

Art. 18 - Esta lei complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

ANEXO I

ZONAS
DE CATEGORIAS DE USOS PERMITIDOS
USO
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R3-01 / R4-01 / C-01 / C-02 / C-03 /
ZCC 1 SE-01 /
SE-02 / E-01 / E-02 / I-01
ZCC 2R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R3-01 / R4-01 / C-01 / SE-01 / E-01 / E-

22
* PLANO DIRETOR

02
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R4-01 / C-01 / C-02 / SE-01 / E-01 /
ZCC 3
E-02
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R4-01 / C-01 / C-02 / SE-01 / E-01 /
ZCC4
E-02 / I-01
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R3-01 / R4-01 / C-01 / C-02 /
ZAP 1
C-03 / SE-01 / SE-02 / E-01 / E-02 / I-01
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R2-02 / R3-01 / R3-02 / R4-
ZAP 2
01 / C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / E-01 / E-02 / I-01
ZAP 3 R1-02 / R1-03 / R1-04 / R3-01 / C-01 / E-01 / E-02
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R2-02 / R3-01 / R3-02 / R4-
ZAP 4
01 / C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / E-01 / E-02 / I-01
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R2-02 / R3-01 / R3-02 / R4-
ZIS
01 / C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / I-01
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R3-01 / R4-01 / C-01 / C-02 /
ZOR 1
C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / I-01
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R4-01 / C-01 / C-02 / C-03 /
ZOR 2
SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / I-01
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / C-01 / C-02 / C-03 / E-01 /
ZOR 3
E-02
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R4-01 / C-01 / C-02 / C-03 /
ZOR 4
E-01 / E-02
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R2-02 / R4-01 / C-01 / C-02 /
ZOR 5
C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / I-01
C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / I-01 / I-02 /
ZI 1
I-03
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R4-01 / C-01 / C-02 / C-03 /
ZI 2
SE-01 / SE-02 / SE-03 / I-01 / I-02
R1-02 / R1-03 / R1-04 / C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 /
ZOE-A
E-01 / E-02 / E-03
C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / E-03/I-
ZOE-B
01/I-02/ R1-02/ R1-03/R1-04
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R2-02 / R3-01 / R3-02 / R4-
ZEU 01 / C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / I-01 /
I-02 / EQ-01 / I-03 (SOMENTE MARGEANDO A RODOVIA)
ZER - 1 R1-02 / R1-03 / R1-04 / C-01 / C-02 / SE-01 / SE-02 / E-01 / E-02
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R2-02 / R3-01 / R3-02 / R4-
ZEF 01 / C-01 / C-02 / C-03 / SE-01 / SE-02 / SE-03 / E-01 / E-02 / E-03 /
I-01 / I-02 / EQ-01 / I-03 (SOMENTE MARGEANDO A RODOVIA)
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R4-01 / C-01 / C-02 / C-03 /
CO
SE-01 / SE-02 / E-01 / E-02 / I-01
R1-01 / R1-02 / R1-03 / R1-04 / R2-01 / R3-01 / R4-01 / C-01 / C-02 /
DC
C-03 / SE-01 / SE-02 / E-01 / E-02 / E-03 / I-01 / I-02

23
* PLANO DIRETOR

SIMBOLOGIA PARA AS ZONAS:

ZCC – ZONA CENTRAL CONSOLIDADADA;


ZOE – ZONA DE OCUPAÇÃO ESPECIAL;
ZAP – ZONA DE ADENSAMENTO PRIORITÁRIA;
ZEU – ZONA DE EXPANSÃO URBANA;
ZIS – ZONA DE INTERESSE SOCIAL;
ZER – ZONA DE EXPANSÃO RESTRITA;
ZOR – ZONA DE OCUPAÇÃO RESTRITA;
ZEF – ZONA DE EXPANSÃO FUTURA;
ZI – ZONA INDUSTRIAL;
CO – CORREDORES;
DC – DISTRITO DE CAMBARATIBA.

(alterado pela Lei Complementar n°094 - 15/04/15)

ANEXO II

QUADRO DE POSTURAS DAS CATEGORIAS DE USO

CATEGO RECUOS
LOTE Nº PAV T.O C.A FRENTE
RIA DE
MÍN. MÁX MÁX MÁX MÍNIMA FRENTE FUNDO LATERAL
USO
“R1 – 01” 160 2 70% 1,0 8,00 - 1,50 1,50
“R1 – 02” 250 3 70% 1,0 10,00 2,00 2,00 1,50
“R1 – 03” 350 3 70% 1,0 12,00 3,00 2,00 1,50
“R1 – 04” 500 2 60% 1,0 15,00 4,00 3,00 2,50
160 (por 6,50(por
“R2 – 01” 2 70% 1,0 2,00 2,00 1,50
unidade) unidade)

“R2 – 02” 130 2 60% 0,8 6,50 1,50 1,50 2,00

H/6 + 1/3 da
“R3 – 01” 600 - 70% 3,0 15,00 H/6 H/6 de cada lado
rua
H/6 + 1/3 da
“R3 – 02” 60 - 60% 3,0 - H/6 H/6 de cada lado
rua
“R4 – 01” 250 3 70% 1,0 10,00 5,00 2,00 1,50
“C – 01” 160 2 70% 1,0 8,00 5,00 - 1,50
“C – 02” 300 3 70% 1,0 12,00 5,00 2,00 1,50
“C – 03” 500 - 70% 2,0 15,00 5,00 3,00 2,00
“SE – 01” 160 2 70% 1,0 8,00 5,00 - 1,50
“SE – 02” 300 3 70% 1,0 12,00 5,00 2,00 1,50
“SE – 03” 500 - 70% 2,0 15,00 5,00 3,00 2,00
“E – 01” 160 2 70% 1,0 8,00 5,00 - 1,50
“E – 02” 300 3 70% 1,0 12,00 5,00 2,00 1,50
“E – 03” 500 - 70% 2,0 15,00 5,00 3,00 2,00

24
* PLANO DIRETOR

*MEDIDAS EM METROS.

ANEXO III

MAPA DE MACROZONEAMENTO

ANEXO IV

MAPA DE ZONEAMENTO

Parágrafo Único. O Anexo IV – Mapa de Zoneamento,


constante do inciso IV, do parágrafo Único, do artigo 1º da Lei Complementar nº 002, de
21 de agosto de 2009, passa a ser o integrante desta lei.
Art. 4.º Esta lei complementar entrará em vigor na data de
sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei Complementar
nº 046, de 14 de julho de 2011 e o artigo 1º da Lei Complementar nº 020, de 14 de
outubro de 2009. (alterado pela Lei Complementar n°050 - 11/10/11)

Art. 1.º O Anexo IV – Mapa de Zoneamento, em vigor,


conforme Parágrafo Único do artigo 3º da Lei Complementar nº 050/11, de 11 de outubro
de 2011, passa a ser o integrante desta lei.
Art. 2.º Esta Lei Complementar entrará em vigor na data
de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial o Parágrafo
Único do artigo 3º da Lei Complementar nº 050, de 11 de outubro de 2011. (alterado
pela Lei Complementar n°057 - 09/02/02)

Art. 2.º Fica o Executivo autorizado a proceder


alterações no anexo IV – Mapa de Zoneamento, constante do inciso IV, do
parágrafo Único, do artigo 1º da Lei Complementar nº 002/09 de 21 de agosto
de 2009.
§1º. O Anexo IV – Mapa de Zoneamento, constante
do inciso IV, do parágrafo Único, do artigo 1º da Lei Complementar nº 002, de
21 de agosto de 2009, passa a ser o integrante desta lei. (inserido pela Lei
Complementar n°046 - 14/07/11)

"§2º. Considerando-se para fins de alteração, a


Zona Industrial 1 — ZI1, anteriormente denominada Distrito Industrial III,
passa a ser Zona de Interesse Social — ZIS, em consonância com a Lei 3.716,
de 14 de agosto de 2013 e a Lei 3.733, de 11 de setembro de 2013.

§3º. O Anexo IV — Mapa de Zoneamento de


dezembro de 2008, anexo constante do inciso IV da Lei Complementar n°
002/09, passa a ser o anexo IV — Mapa de Zoneamento da presente Lei
Complementar." (alterado pela Lei Complementar n°075 - 08/01/14)

25
* PLANO DIRETOR

Art. 3.º Esta lei complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. (alterado pela
Lei Complementar n°060 - 15/08/12)

MARCO ANTÔNIO DA FONSECA


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de Administração da P. M., em 15 de agosto de 2012.

TATIANI DELICATO
Dept.º de Protocolo e Arquivo

26
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 003, DE 21 DE AGOSTO DE 2009

DISCIPLINA O PARCELAMENTO DO SOLO NO


MUNICÍPIO DE IBITINGA E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.398/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 1° - Esta lei complementar disciplina o


parcelamento do solo, estabelecendo as normas para a sua utilização, bem como
definindo os critérios, prazos e demais condições para aprovação de projetos a ele
referente observada as disposições inscritas na legislação federal e estadual
pertinentes.

Seção I

Das Disposições Preliminares

Art. 2º - A abertura de sistema de circulação, o


parcelamento do solo ou qualquer providência que implique divisão de terras no
Município de Ibitinga, só serão permitidos mediante prévio licenciamento pela
Prefeitura Municipal e deverão atender a todas as exigências da presente lei
complementar e da legislação federal e estadual no que couber.

Art. 3º - Não será permitido o parcelamento do solo,


loteamento e implantação de condomínios:

I - Em terrenos com depressões de acentuada declividade, alagadiços e


sujeitos a inundações, antes de tomadas pelo interessado, as providências
necessárias para regularizar as deficiências destas áreas.
II - Em terrenos que, pelas suas condições de localização, a implantação

27
* PLANO DIRETOR

dos equipamentos urbanos previstos nesta lei não atenda às exigências


específicas dos órgãos competentes.
III - Em terrenos que tenham sido aterrados com materiais nocivos à saúde
pública.
IV - Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento),
salvo se atendidas as exigências específicas das autoridades competentes.
V - Em terrenos onde as condições geológicas não aconselhem as
edificações.
VI - Em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição
impeça condições sanitárias suportáveis.
VII - Em terrenos declarados contaminados ou suspeitos de contaminação
por materiais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública, assim
constatada pelos órgãos ambientais municipais, estaduais ou federais
competentes, de acordo com a legislação pertinente ou nos casos em que
a presença destes materiais possa constituir-se em risco a futuros
moradores do referido imóvel.

Art. 4º - A aprovação final do parcelamento ocorrerá


depois de verificado o cumprimento das exigências municipais, estaduais e
federais.
Art. 5º - Durante as obras do parcelamento é
obrigatório manter, em local bem visível, placa informando: nomes, títulos,
registros, endereços dos responsáveis técnicos pelo projeto e pela execução do
parcelamento, bem como nome do empreendimento e sua área total, número total
de seus lotes e do respectivo alvará de licença para início do plano de loteamento.

Art. 6º - É obrigatório manter no local das obras de


parcelamento, durante toda sua execução, um exemplar completo do projeto
licenciado, com o respectivo alvará de licença.

Art. 7º - A Prefeitura Municipal não se


responsabilizará pelas diferenças que venham a ser encontradas nas dimensões,
áreas ou forma de lotes, em relação ao projeto de parcelamento licenciado.

Art. 8º - Os desenhos técnicos do projeto de


parcelamento deverão obedecer às prescrições da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (A.B.N.T.), no que se refere a formatos de papel, indicações de
escalas e cotas, letras e algarismos, linhas, representações gráficas e
dobramentos, sendo que deverá haver em cada folha, no canto direito inferior, um
quadro com os seguintes elementos:
I. título do desenho;
II. número de folhas;
III. escala;
IV. identificação do terreno, local e área;

28
* PLANO DIRETOR

V. nome do proprietário do terreno e espaço para sua assinatura;


VI. nome do autor do projeto, número da A.R.T. - Anotação de
Responsabilidade Técnica e espaço para sua assinatura;
VII. nome do responsável técnico, número da A.R.T. - Anotação de
Responsabilidade Técnica e espaço para sua assinatura;
VIII. espaço para a posição, pela Prefeitura, dos dizeres do licenciamento;

Art. 9º - Os loteamentos e desmembramentos que


possuem restrições urbanísticas especificadas em contrato e registradas em
cartório anterior ou posterior a esta lei complementar serão preservadas, desde
que não contrariem as disposições legais posteriores referentes ao zoneamento e
a obras.

Seção II

Das Fases de Aprovação e Execução

Art. 10 - A aprovação do loteamento dependerá de


análise prévia da Prefeitura Municipal, que será concedida ao interessado ou
proprietário, em consonância com as exigências desta lei e de acordo com as
seguintes fases:

I. Certidão de Uso de Solo: sua obtenção se dará mediante requerimento


do interessado ou proprietário, protocolado na Prefeitura Municipal que,
após análise de seu enquadramento nesta lei, expedirá a referida
Certidão;

II. Diretrizes urbanísticas: serão fornecidas mediante requerimento do


interessado ou proprietário, protocolado na Prefeitura Municipal que, após
análise de seu enquadramento nesta lei, expedirá a Certidão de
Diretrizes;

III. Loteamento: após a expedição das diretrizes, o empreendedor deverá


apresentar os projetos para análise da Prefeitura e receberá o carimbo “
de acordo com as diretrizes..” Após o “ de acordo”, o empreendedor
encaminhará os projetos aos órgãos competentes na esfera estadual e
federal para as devidas aprovações. Quando os projetos estiverem
aprovados pelos órgãos, os mesmos deverão ser novamente
encaminhados a Prefeitura para receber o alvará de execução;

IV. Execução das obras: A abertura dos sistemas de circulação, locação


topográfica das quadras e dos espaços públicos do loteamento se dará
após a obtenção do alvará de execução;

29
* PLANO DIRETOR

V. Equipamentos urbanos: executados e aceitos os serviços de que trata o


inciso anterior, de acordo com o plano de implantação aprovado, a
Prefeitura Municipal expedirá alvará de licença para execução dos
equipamentos urbanos exigidos.

§ 1º - Depois de executadas as obras e serviços relativos a todas as fases de que


trata o presente artigo e, uma vez recebido pela Prefeitura Municipal, o
loteamento será aprovado definitivamente, expedindo-se o competente
Alvará de Aprovação Final.

§ 2º - Para obtenção da Certidão de Diretrizes e do Alvará de Aprovação Final do


loteamento, caso o interessado não seja o titular do domínio do imóvel
objeto do mesmo, exigir-se-á sua autorização específica.

Art. 11 - Para execução do projeto de


desmembramento, o proprietário deverá interpor requerimento na Prefeitura
Municipal, a qual expedirá o respectivo alvará de licença do desmembramento,
caso tenham sido atendidas as exigências desta lei complementar.

CAPÍTULO II

DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO DO MUNICÍPIO DE IBITINGA

Seção I

Requisitos Urbanísticos para Aprovação de Loteamentos

Art. 12 - O loteamento somente será licenciado se a


área na qual se localiza ou o uso a que se destina, estiver de acordo com o
zoneamento previsto na legislação municipal, inclusive as normas gerais
constantes da lei complementar do Plano Diretor.

Art. 13 - Ao longo das faixas de domínio público,


rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa non edificandi
de 15,00m (quinze metros) de cada lado, salvo maiores exigências da legislação
específica, destinada a integrar o sistema de circulação.

Parágrafo Único - A referida faixa non edificandi, no


caso de linhas de transmissão de energia elétrica, obedecerá às normas da
concessionária local.

Art. 14 - Constituem áreas de recursos naturais que

30
* PLANO DIRETOR

deverão ser preservadas, todas aquelas definidas no Código Florestal – Lei


Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1.965 e suas alterações, bem como pela
legislação estadual vigente, devendo tais áreas ter acesso para vias públicas,
conforme o caso, não podendo confrontar com linhas divisórias de lotes.

Art. 15 - É obrigatória a manutenção de faixa


sanitária non edificandi com largura mínima de 2,00m (dois metros), na lateral dos
lotes a jusante, da frente ao fundo, cujo desnível da frente ao fundo dos lotes a
montante, seja superior a 2,00m (dois metros), devendo a mesma ser gravada de
servidão pública para passagem de esgotos e águas pluviais.

Parágrafo Único. Quando os lotes a montante cujos


fundos fizerem divisas com a lateral de lote a jusante, a faixa non edificandi deverá
ser instituída nos fundos dos lotes a montante.

Art. 16 - As áreas mínimas de lotes observarão as


dimensões definidas na Lei Complementar de Zoneamento.

Art. 17 - Da área total da gleba a ser loteada serão


destinadas áreas a seguir descritas, cuja somatória representará no mínimo 35%
(trinta e cinco por cento) da área total da gleba, as quais passarão para o domínio
público:
I. loteamentos de uso residencial e não residencial, exceto os industriais:
a) 20% (vinte por cento) no mínimo de área verde;
b) 10% (dez por cento) para sistema de circulação;

Alínea b – 12% (doze por cento) no mínimo para o sistema de


circulação. (alterado pela Lei Complementar n°023 - 12/11/09)

c) 05% (cinco por cento) para o sistema de lazer ou de recreio e áreas


destinadas à implantação de equipamentos comunitários, não inferior a
10,00 m2 por habitante.
c) 5% (cinco por cento) para o sistema de lazer ou de recreio e áreas
destinadas à implantação de equipamentos comunitários.”( alterada pela
Lei Complementar n°13 - 26/08/09)

Alínea c - 03% (três por cento) a 05% (cinco por cento) para o
sistema de lazer ou de recreio e áreas destinadas à implantação de
equipamentos comunitários; conforme parecer do Grupo de
Análise de Empreendimentos. (alterado pela Lei Complementar n°023 -
12/11/09)

II. loteamentos de uso industriais:


a) 20% (vinte por cento) no mínimo de área verde;
b) 10% (dez por cento) para sistema de circulação;

31
* PLANO DIRETOR

Alínea b - 12% (doze por cento) no mínimo para o sistema de


circulação; (alterado pela Lei Complementar n°023 - 12/11/09)

c) 5% (cinco por cento) para o sistema de lazer ou de recreio e áreas


destinadas à implantação de equipamentos comunitários, não inferior a
10,00 m2 por habitante.
c) 5% (cinco por cento) para o sistema de lazer ou de recreio e áreas
destinadas à implantação de equipamentos comunitários.”( alterada pela
Lei Complementar 13/09)

Alínea c - 03% (três por cento) a 05% (cinco por cento) para o
sistema de lazer ou de recreio e áreas destinadas à implantação de
equipamentos comunitários; conforme parecer do Grupo de
Análise de Empreendimentos. (alterado pela Lei Complementar n°023 -
12/11/09)

§ 1º - As áreas destinadas aos sistemas de lazer ou de recreio e equipamentos


comunitários, nos loteamentos de uso residencial terão, no mínimo, 5%
(cinco por cento).

§ 1º - As áreas destinadas aos sistemas de lazer ou de recreio e


equipamentos comunitários, nos loteamentos de uso residencial
terão, no mínimo, 3% (três por cento) a 5% (cinco por cento). (alterado
pela Lei Complementar n°023 - 12/11/09)

§ 2º - As áreas de que trata o presente artigo passarão a integrar o domínio do


Município, a partir do registro do loteamento na Serventia Imobiliária
competente.

§ 3º - Não será permitida em hipótese alguma, inclusive em empreendimentos de


interesse social, a inclusão do percentual destinado aos sistemas de lazer
ou de recreio, das faixas non edificandi, em especial, daquelas previstas no
parágrafo único, do art. 13 desta lei complementar.

§ 4º - Nos projetos de loteamento, poderão ser computadas, no cálculo do


percentual da área institucional, as áreas com declividade de até 10% (dez
por cento), desde que posteriormente corrigidas com terraplenagem,
ficando vedada destinação de áreas para o fim citado, com declividade
superior a 10% (dez por cento).

§ 5º - As áreas públicas de uso e lazer deverão ter acesso para a via pública e
configuração que permita a implantação de equipamentos de uso público,
podendo constituir áreas para Práticas de esporte e recreação, praças,
parques com alamedas e maciços arbóreos, bem como a combinação
dessas características.

32
* PLANO DIRETOR

Art. 18 - Nos parcelamentos a serem implantados em


solo urbano no Município será obrigatória a execução dos equipamentos urbanos e
serviços a seguir descritos, por parte dos proprietários ou interessados, sempre às
suas expensas:

I. abertura do sistema de circulação, terraplenagem e locação das quadras


e das áreas públicas, quando couber;
II. sistema de drenagem de águas pluviais;
III. sistema de coleta de esgoto;
IV. sistema de abastecimento de água, inclusive para hidrantes;
V. guias e sarjetas;
VI. pavimentação das vias de circulação;
VII. rede de energia elétrica domiciliar e iluminação pública, com a
colocação das respectivas luminárias;
VIII. paisagismo ou arborização urbana de acordo com as especificações
técnicas do órgão municipal competente, sendo que o plantio das árvores
e o ajardinamento nos canteiros centrais de avenidas e do passeio
público, deverão ser executados pelo loteador, antes do início do
processo de venda dos lotes.
IX. sistema de hidrantes de coluna, com raio de ação de, no máximo, 300m
(trezentos metros), atendendo toda área do loteamento ou condomínio;
X. Sistema de reservação de águas pluviais dentro dos lotes com
capacidade mínima de 250 L (duzentos e cinqüenta litros) a ser utilizada
para limpeza e no paisagismo.(suprimido pela Lei Comp. nº 13 – 26/08/09)

§ 1º - A rede de energia elétrica domiciliar será executada em conformidade com


as normas da concessionária de serviços local.

§ 2º - O sistema de distribuição de água, inclusive para hidrantes e o sistema de


coleta de esgoto, serão executados em conformidade com as exigências
da concessionária ou autarquia de serviços local.

§ 3º - A pavimentação que se refere o inciso VI deste artigo, deverá ser aprovado


pela Prefeitura Municipal, a qual definirá os padrões.

Art. 19 - Quando a execução total do projeto de


parcelamento não for imediata deverá o loteador firmar compromisso com a
Prefeitura Municipal de execução das obras mediante aprovação de cronograma
cuja duração será de, no máximo, 2 (dois) anos.

§ 1º - A execução das obras por cronograma será garantida por caução prestada
pelo loteador ao Município, onde o parcelador dará em garantia de
execução, por escolha do Executivo, com valor não inferior a 150% (cento
e cinqüenta por cento) um dos seguintes bens imóveis:

33
* PLANO DIRETOR

§ 1º - A execução das obras por cronograma será garantida por caução


prestada pelo loteador ao município, onde o empreendedor dará em
garantia de execução por escolha do Executivo com valor não inferior a
110% (cento e dez por cento), um dos seguintes bens imóveis: (alterado
pela Lei Complementar n°013 - 26/08/09)

I. Carta de fiança bancária com previsão de correção monetária.


II. Imóvel (eis) de sua propriedade,
III. Lote (s) da gleba a ser parcelada,
IV. Instrumento de seguro para execução das obras.

§ 2º - Os imóveis constantes do § 1º deste artigo deverão ser outorgados para


garantia hipotecária em 1° grau de execução das obras de infra-estrutura,
através de instrumento público e as expensas do loteador.

§ 3º - No caso de inexecução do cronograma, a garantia será executada pela


Prefeitura Municipal que poderá realizar as obras faltantes com acréscimo
de 20% (vinte por cento) à título de taxa de administração.

§ 4º - A pedido do loteador e durante a execução do cronograma, a garantia


prevista no § 1º deste artigo poderá ser reduzida na proporção da
realização das obras com o mínimo de 50% (cinquenta por cento) de
execução efetivada e após as competentes vistorias efetuadas pelo poder
executivo.

Seção II

Requisitos Urbanísticos para os Desmembramentos

Art. 20 - São requisitos para os desmembramentos


de glebas:

I. que as dimensões, usos, recuos e índices urbanísticos da gleba


obedeçam ao zoneamento local do solo e as diretrizes viárias;
II. que os desmembramentos obedeçam às dimensões mínimas
estabelecidas para as zonas nas quais estejam inseridas as respectivas
glebas;
III. que resultem em lotes independentes, observadas as características
mínimas de testada, profundidade e área total prevista para a zona
respectiva;
IV. que todos os lotes resultantes tenham frente para via pública integrante
do sistema de circulação municipal;

34
* PLANO DIRETOR

V. se destine à edificação;
VI. se edificado, não sejam ultrapassados os índices urbanísticos da
respectiva zona, salvo se as edificações tenham sido regularizadas por lei
específica;
VII. não inviabilize o sistema viário existente e futuro;
VIII. sejam executados os equipamentos urbanos não existentes, previstos
nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do art. 17, retro, pelos proprietários ou
interessados, sempre às suas expensas.

"VIII. sejam executados os equipamentos urbanos não existentes,


previstos nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do art. 18, retro, pelos
proprietários ou interessados, sempre às suas expensas." (alterado
pela Lei Complementar nº095 - 21/05/2015)

§ 1º - Os desmembramentos de glebas, com área igual ou superior a 10.000,00m²


(dez mil metros quadrados) enquadrar-se-ão como loteamento e deverão
atender às exigências específicas desta lei complementar.

"§ 1°. As glebas com frente para a via pública oficial, independentemente da
área, poderão ser desmembradas, desde que os lotes resultantes
atendam a legislação em vigor, especialmente a Lei Federal n°
6.766/79, sendo as demais exigências contidas nesta Lei
Complementar." (alterado pela Lei Complementar nº095 - 21/05/2015)

§ 2º - Os pedidos de desmembramentos deverão ser protocolados na Prefeitura


Municipal e instruídos com os seguintes documentos:

I. requerimento endereçado ao Prefeito Municipal;


II. matrícula do imóvel, expedida pela Serventia Imobiliária competente, ao
menos, nos últimos 06 (seis) meses;
III. planta da divisão pretendida e respectivo memorial descritivo, assinados
pelo proprietário e por profissional habilitado, acompanhada da Anotação
de Responsabilidade Técnica – ART, devidamente recolhida;

III. planta da divisão pretendida e respectivo memorial descritivo,


assinados pelo proprietário e por profissional habilitado,
acompanhada da Anotação de Responsabilidade Técnica — ART, ou
Registro de Responsabilidade Técnica — RRT, devidamente
recolhida na planta é imprescindível constar as vias públicas e
circulação, indicadas de forma numérica ou alfabética já existentes,
e que atendam ao parcelamento na forma do § 1° desta Lei
Complementar." (alterado pela Lei Complementar nº095 - 21/05/2015)

a) Na planta é imprescindível constar:

35
* PLANO DIRETOR

1. as vias públicas e circulação, indicadas de forma numérica ou alfabética,


2. áreas verdes,
3. áreas destinadas ao sistema de lazer ou recreio,
4. áreas destinadas à implantação de equipamentos comunitários.“
(suprimido pela Lei Complementar nº095 - 21/05/2015)

IV. termo de concordância com as exigências da Prefeitura Municipal


quanto à captação e drenagem das águas pluviais, provenientes do
desmembramento, para o sistema urbano existente;
V. os projetos deverão estar em escala e cotados conforme normas da
ABNT.
VI. após a apresentação do projeto completo pelo empreendedor a
Prefeitura para análise, o mesmo será encaminhado a autarquia de
saneamento para obtenção de diretrizes.

Seção III

Da Elaboração do Projeto de Loteamento

Art. 21 - Preliminarmente, o interessado deverá


solicitar à Prefeitura Municipal a Certidão de Uso de Solo e diretrizes, instruindo o
pedido com os seguintes documentos:
I. requerimento endereçado ao Prefeito Municipal;
II. documento de propriedade do imóvel;
III. certidão atualizada da matrícula do imóvel expedida pela serventia
Imobiliária competente;
IV. planta de localização em escala 1:10.000;
V. levantamento planialtimétrico em escala 1:1.000.
VI. 2 (duas) vias do projeto urbanístico em escala 1:1000, assinadas pelo
proprietário e pelo profissional habilitado, acompanhado da respectiva
ART, contendo:
a) perímetros e confrontantes;
b) curvas de nível de metro em metro;
c) greides e alinhamento das ruas existentes numa distância mínima de
100,00m (cem metros) do limite da área;
d) localização de rios, córregos, ribeirões, olhos d’água, lagos naturais e
artificiais, constando as respectivas cotas de inundação;
e) localização de matas, bosques e/ou árvores existentes;
f) locação dos elementos marcantes ou pontos fixos tais como: postes,
linhas de transmissão de energia elétrica ou de telefonia, construções,
tubulações e outros;
g) as vias de circulação e as quadras confrontantes com as respectivas
áreas de preservação permanente e non aedificandi quando houver;

36
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único. A Prefeitura Municipal terá o prazo de


30 (trinta) dias úteis, para expedir a respectiva Certidão de Uso de Solo do
empreendimento, a qual terá a validade de 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 22 - Uma vez atendidas todas as exigências, a


Certidão de Diretrizes será expedida no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
acompanhada da planta de diretrizes e do memorial descritivo, aprovados pela
Prefeitura Municipal.

§ 1º - O prazo de validade das diretrizes fornecidas será de 2 (dois) anos, após o


qual, deverá ser feita nova solicitação de diretrizes.

§ 2º - O prazo referido no caput deste artigo será contado a partir da data de


emissão.

Seção IV

Da Aprovação de Projeto de Loteamentos e Desmembramentos

Art. 23 - O interessado deverá providenciar para a


aprovação dos demais projetos, os seguintes documentos:
I. requerimento endereçado ao Prefeito Municipal;
II. cópia digital do projeto urbanístico aprovado;
III. projeto completo, acompanhado da ART, devidamente recolhida, e dos
respectivos memoriais do paisagismo das áreas do sistema de lazer e
das calçadas;
IV. projeto completo, acompanhado da ART, devidamente recolhida, e dos
respectivos memoriais do sistema de distribuição de água, inclusive para
hidrantes, aprovados pela concessionária;
V. projeto completo, acompanhado da ART, devidamente recolhida, e dos
respectivos memoriais do sistema de coleta de esgoto, aprovados pela
concessionária;
VI. projeto completo, acompanhado da ART, devidamente recolhida, e dos
respectivos memoriais de guias e sarjetas, bem como do termo de
compromisso de que as mesmas serão executadas de acordo com os
padrões exigidos ou aprovados pela Prefeitura Municipal;
VII. projeto completo, acompanhado da ART, devidamente recolhida, e dos
respectivos memoriais da rede de fornecimento de energia elétrica
domiciliar e de iluminação pública, aprovados pela concessionária local e,
previamente aprovado pela Prefeitura Municipal;
VIII. projeto completo, acompanhado da ART, devidamente recolhida, e do
respectivos memoriais da pavimentação das vias de circulação,

37
* PLANO DIRETOR

observadas as normas e leis federais, estaduais e municipais pertinentes,


contendo:
a) planta do sistema viário a ser pavimentado, indicando a área com a
respectiva quantidade;
b)ensaios de solo realizados na cota do greide de projeto.
IX. projeto completo, acompanhado da ART, devidamente recolhida e dos
respectivos memoriais do sistema de drenagem de águas pluviais,
contendo:
a) planta na escala 1:5.000 indicando a bacia de contribuição, para a área
do projeto;
b) planta na escala 1:1.000 da área de projeto, indicando os limites de cada
subbacia, com as respectivas áreas em m²;
c) planta na escala 1:1.000, contendo as galerias subterrâneas, poços de
visita, bocas de lobo, sarjetas, muros de ala, etc, bem como a
identificação dos poços de visita e de cada trecho de rede de galerias;
d) perfis longitudinais em escala horizontal 1:1.000 e escala vertical 1:100
contendo:
1. os poços de visitas;
2. as galerias, com os respectivos diâmetros;
3. os comprimentos e declividades de cada trecho;
4. os muros de ala, os dissipadores e os perfis a jusante das áreas de
desague.
e) planta de detalhamento dos poços de visita, das bocas de lobo, dos
muros de ala, dos sarjetões e dos dissipadores;
f) cálculo estrutural das lajes dos poços de visita;
g) os poços de visita, com as respectivas cotas da rede situada a
montante, de fundo, de tampa, profundidade e número de identificação;
h) as bocas-de-lobo, os sarjetões, muros de ala, os dissipadores e quadro
demonstrativo das dimensões internas de cada poço de visita;

Art. 24 - Para a aprovação de projetos de


loteamentos e desmembramentos, o interessado deverá apresentar projeto de
paisagismo com a arborização das vias e das áreas verdes desses
empreendimentos elaborado por profissional tecnicamente habilitado com ART
devidamente recolhida, além da infra-estrutura necessária ao tratamento de
esgoto.
§ 1º - Todos os parâmetros necessários para o sistema de tratamento de esgoto
deverão ser obtidos junto a autarquia municipal (SAAE).

§ 2º - A exigência de que trata o caput deste artigo deverá ser observada nos
projetos em curso, cabendo à Prefeitura Municipal a análise,
acompanhamento e fiscalização das obras.

§ 3º - Os requisitos para cumprimento do disposto no caput deste artigo serão

38
* PLANO DIRETOR

estabelecidos pelo órgão ambiental municipal, a qual também será


responsável pela aprovação final dos projetos de arborização.

§ 4º - Tendo em vista as características das áreas que serão loteadas, a Prefeitura


Municipal, através de seus órgãos competentes, poderá exigir redução do
prazo de execução de um ou mais serviços ou equipamentos urbanos.

§ 5º - Todos os projetos relacionados neste artigo deverão ser apresentados com,


no mínimo, 02 (duas) vias.

Art. 25 - Considera-se arborização, para efeito desta


lei complementar, aquela adequada ao meio urbano, visando promover a melhoria
da qualidade paisagística e ambiental, com o objetivo de recuperar aspectos da
paisagem natural e atenuar os impactos decorrentes da urbanização.

Art. 26 - O projeto de arborização de loteamentos e


desmembramentos deverá ser elaborado em mesma escala da planta de
implantação do empreendimento, contendo memorial descritivo e justificativo de
acordo com o solicitado pela Prefeitura Municipal.

Art. 27 - Após vistoriada e constatada a boa


execução das obras, em conformidade com o projeto aprovado, a Prefeitura
Municipal lavrará o Termo de Verificação de Obra e procederá o recebimento do
loteamento.
§ 1º - A vistoria final, por parte da Prefeitura Municipal, será procedida após
requerimento do interessado solicitando a aceitação dos serviços.

§ 2º - Na aceitação dos serviços mencionados no caput deste artigo serão


exigidos, relativamente aos projetos dos sistemas de distribuição de água e
coleta de esgoto, Termo de Recebimento expedido pela concessionária e,
relativamente à rede de fornecimento de energia elétrica domiciliar e de
iluminação pública, o Termo de Recebimento, expedido pela
concessionária local.

Art. 28 - Se durante a execução das obras for


constatada a má execução dos serviços ou emprego de materiais de qualidade
inferior ou, ainda, desobediência aos projetos aprovados, a Prefeitura Municipal
intimará o loteador para a regularização.

CAPÍTULO III

DO SISTEMA VIÁRIO DO LOTEAMENTO

39
* PLANO DIRETOR

Art. 29 - Para implantação do sistema viário dos


loteamentos e dos desmembramentos serão, respectivamente, observados os
dispositivos constantes da legislação municipal e estadual, bem como a legislação
viária do município.

§ 1º - O comprimento máximo das quadras, contado a partir do ponto de


intersecção das tangentes das curvas é de 300,00m (trezentos metros),
podendo haver uma tolerância de 5% (cinco por cento) para mais ou para
menos.

§ 2º - Todo empreendimento seja como loteamento, seja como desmembramento


deverá garantir acesso livre e desembaraçado às áreas de uso público por
meio de vias de circulação ou, conforme o caso, de via marginal.

§ 3º - Nos projetos de loteamentos ou desmembramentos, as novas vias deverão


articular-se com o sistema viário existente ou projetado, dando, sempre
que possível prosseguimento à malha viária já implantada em
conformidade com a Lei do Plano Viário.

§ 4º - As vias de circulação deverão terminar nas divisas da gleba e arruar, quando


seu prolongamento já estiver previsto.

§ 5º - Na impossibilidade de prolongamento ou ligação com outras vias, poderá ser


adotada a forma “cul de sac” para o arremate das vias locais e neste caso,
deverão ser observados os critérios técnicos de projeto, estabelecidos na
Lei do Plano Viário.

CAPÍTULO IV

DOS EMPREENDIMENTOS EM SISTEMA DE CONDOMÍNIO

Art. 30 - Serão permitidos empreendimentos em


sistema de condomínio, conforme disposto na Lei Federal nº 4.591, de 16 de
dezembro de 1964 e na nesta lei, observadas, no que couber, a legislação federal
e estadual pertinentes e a municipal referente ao zoneamento e a obras.

§ 1º - Os empreendimentos em sistema de condomínio constituem modalidade de


aproveitamento condominial de espaço, sendo objeto de licenciamento da
Prefeitura Municipal, dotados de muros delimitadores e acesso privativo.

§ 2º - Os empreendimentos em sistema de condomínio configuram a ocupação de


glebas com formação de unidades autônomas, sendo que tal ocupação é

40
* PLANO DIRETOR

feita de forma concomitante com a implantação das edificações “que se


constituam em uma unidade autônoma habitável, sendo vedada a
implantação de parcelamento na forma de condomínio que venha a resultar
somente em lotes.”

§ 3º - Cada unidade autônoma dos condomínios verticais e horizontais deverão


contemplar a instalação de hidrômetro individualizado.

§ 4º - O disposto no parágrafo anterior, se aplicará somente aos condomínios


verticais e horizontais aprovados após a publicação desta lei.

§ 5º - A leitura do hidrômetro geral/principal, da entrada do condomínio, continuará


a ser realizada pelo órgão competente e a do hidrômetro de cada unidade
autônoma deverá ser realizada pelo próprio condomínio, às suas
expensas.

§ 6º - Os condomínios horizontais já existentes, desde que apresentem condições


técnicas necessárias, poderão solicitar a instalação de hidrômetro
individualizado, através de requerimento junto aos órgãos competentes.

§ 7º - As despesas com o hidrômetro individualizado nos condomínios verticais e


horizontais, novos ou já existentes, e a sua instalação correrão às
expensas do condomínio/condômino requerente.

Art. 30-A – Serão permitidos empreendimentos


em sistema de condomínio, conforme disposto na Lei Federal nº 4.591, de 16
de dezembro de 1964 e nesta lei, observadas, no que couber, a legislação
federal e estadual pertinentes e a municipal referente ao zoneamento e a
obras. A implantação de condomínios urbanístico horizontal ou vertical para
fins residenciais em áreas oriundas de parcelamento regular do solo já
regularizado e consolidado deverá obedecer aos seguintes requisitos:

I - O conjunto residencial do tipo condomínio é aquele constituído por


unidades habitacionais isoladas, agrupadas, germinadas ou superpostas em
condomínio sendo permitido nas zonas de uso que admitam o uso
residencial multifamiliar.

II - Os condomínios urbanísticos horizontais ou verticais, que forem


implantados em áreas oriundas de parcelamento regular do solo já
regularizado e consolidado, ficam dispensados das reservas verdes
previstas nos artigos 17 e 31 da lei complementar n° 003 de 21 de agosto de
2009, devendo internamente contemplar o empreendimento com espaços de
uso comum, ajardinados e arborizados, que não se caracterizem como
circulação de acesso às unidades habitacionais.

41
* PLANO DIRETOR

III - Os Condomínios urbanísticos, destinados à implantação de unidades


autônomas residenciais horizontais, constituídos por habitações, isoladas,
agrupadas, geminadas ou sobrepostas, bem como os condomínios
urbanísticos integrados à edificações verticais, deverão atender às seguintes
condições:

a - As unidades habitacionais deverão respeitar todas as disposições


contidas no Código Sanitário Estadual e nesta lei, no que lhes forem
aplicáveis, ou as restrições convencionais constantes dos memoriais
descritivos, quando for implantado em empreendimento já existente;
b - Previsão mínima de uma vaga de estacionamento por unidade
habitacional, devendo esta situar-se na própria unidade, ou em bolsão de
estacionamento, frontal, nos fundos ou no subsolo, não podendo estas,
serem instaladas nas vias de acesso às edificações;

IV - Deverá o empreendedor executar as seguintes obras de infra-estrutura


internamente à gleba ou lote, bem como a interligação das mesmas ao
sistema público nas vias lindeiras, de acordo com as especificações
contidas nos projetos aprovados pelos órgãos competentes:

a) Sistemas de distribuição de água e coleta esgoto;


b) Execução de sistema de drenagem de águas pluviais, atendendo às
normas técnicas e especificações formuladas pelos órgãos competentes;
c) Sistema de iluminação;
d) Pavimentação da via particular de circulação de veículos quando
houver, e calçamento do passeio ou via de pedestres;
e) Arborização e tratamento paisagístico das áreas de lazer e demais
áreas comuns não ocupadas por edificações.

V - Toda infra-estrutura executada internamente ao condomínio, de caráter


particular, deverá ser mantida por condôminos.

VI - Os Condomínios urbanísticos horizontais, deverão atender ainda as


seguintes disposições:

a - Conter espaços de uso comum destinado ao lazer, ajardinados e


arborizados, que não se caracterize como circulação de acesso às unidades
habitacionais.
b - O acesso às unidades habitacionais deverá ser independente e,
através de via particular de circulação de veículos ou de pedestres, internas
ao conjunto, sendo que as calçadas de pedestres deverão ter largura mínima
de 1,50 (um metro e cinqüenta centímetros).
c) a via de circulação de veículos interna ao conjunto, deverá ter

42
* PLANO DIRETOR

largura mínima de 6 (seis) metros.


d) O raio de concordância entre a via pública e a via de acesso de
veículos ao conjunto, será de 6,0 (seis) metros de um lado, quando a via
estiver junto à divisa e dos dois lados quando a via estiver de meio do lote
ou gleba.

VII - As calçadas de pedestres e as vias de circulação de veículos deverão ter


declividade máxima de 10% (dez por cento), sendo que, quando o acesso às
unidades residenciais se der somente através da via de pedestres, serão
permitidas declividades maiores, desde que garantido o acesso a pessoas
com dificuldade de locomoção, a pelo menos 5% (cinco por cento) das
unidades residenciais e destas para os espaços comuns destinados ao lazer;

VIII - Os condomínios urbanísticos verticais com destinação residencial, além


do disposto no Artigo 3°, deverão atender ainda às seguintes disposições:

a- Conter espaços de uso comum destinado ao lazer, ajardinados e


arborizados, que não se caracterize como circulação de acesso às unidades
habitacionais.
b – As vias de circulação de pedestres deverão ter largura mínima de
1,50 (um metro e cinqüenta centímetros)
c - O recuo junto às divisas do lote ou entre os edifícios nos
condomínios verticais será de H/6, com o mínimo de 2,00m, onde H
representa a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto e o piso
do pavimento mais baixo a ser isolado, iluminado ou ventilado, permitindo-se
o escalonamento.
d - Quando a edificação verticalizada contiver unidades habitacionais
no pavimento térreo, estas deverão estar recuadas no mínimo 1,50 metros do
passeio interno;
e - Deverão ser previstos espaços de manobra e estacionamento de
veículos, de forma que estas operações não sejam executadas nos espaços
de logradouros públicos. No cálculo de área de acomodação e manobra de
veículos poderão ser consideradas as rampas e faixas de acesso às vagas de
estacionamento, desde que possuam largura mínima de 5,00 m (cinco
metros). As vagas de estacionamento serão dimensionadas em função do
tipo de veículo, e os espaços de manobra e acesso em função do angulo,
formado pelo comprimento da vaga e a faixa de acesso, respeitadas as
dimensões mínimas conforme tabela:

Dimensão de vagas e faixa de acesso em metros:

Tipo de
Tipo de vaga Faixa de acesso
veículo

43
* PLANO DIRETOR

comprimen
altura largura 0 a 45° 46 a 90°
to
Automóveis e
2,30 2,50 5,00 2,75 5,00
utilitários
Portador de
deficiências 2,30 3,70 5,00 3,80 5,00
físicas
Moto 2,30 1,00 2,00 2,75 2,75
Cam. Leve (8
3,50 3,10 8,00 4,50 7,00
ton.)

(alterado pela Lei Complementar nº 052 - 28/12/2011)

Art. 31 - Os empreendimentos em sistema de


condomínio devem obedecer às prescrições desta lei, bem como aquelas
referentes a área máxima das unidades autônomas estabelecidas para os
loteamentos.

§ 1º - Os sistemas de circulação e lazer exigidos ficarão sob domínio privado, sem


acessibilidade pública e terão sua manutenção sob responsabilidade dos
condôminos, enquanto perdurar o sistema condominial. Da porcentagem
mínima prevista no Artigo 17 para as áreas verdes, deverá ser executada
externamente ao condomínio o mínimo de 30% (trinta por cento) da área
verde prevista com acesso livre pela municipalidade através de logradouro
oficial, não podendo ser representada por faixas inferiores a 10,00 m (dez
metros) e nem limitada ou confrontante com lotes.

§ 2º - Os melhoramentos e equipamentos urbanos, tais como sistemas de


distribuição de água e de coleta de esgoto, redes de águas pluviais, de
fornecimento de energia elétrica domiciliar e de telefonia, serão
devidamente fiscalizados pelos órgãos responsáveis e/ou pelas
concessionárias locais, cuja manutenção será de responsabilidade do
condomínio.

§ 3º - O comprimento máximo dos muros que circundem o condomínio, contado a


partir do ponto de intersecção com ângulo externo máximo de 120° (cento
e vinte graus) é de 300,00 m (trezentos metros), podendo haver uma
tolerância de 5% (cinco por cento) para mais ou para menos.

§ 3º - Os muros que circundem o condomínio deverão ter ângulos de


instersecção internos com no máximo de 120º (cento e vinte graus)
podendo haver tolerância máxima de 5% (cinco por cento) para mais
(alterado pela Lei Complementar n° 025 - 05/01/10)

44
* PLANO DIRETOR

CAPÍTULO V

DO LOTEAMENTO DE INTERESSE SOCIAL

Art. 32 - A Prefeitura Municipal poderá autorizar a


implantação de loteamentos de interesse social, quando tais empreendimentos se
enquadrarem dentro dos critérios estabelecidos nesta lei complementar.

Art. 33 - O loteamento poderá ser considerado de


interesse social, a pedido do interessado, quando se enquadrar nos seguintes
critérios:
I. a gleba na qual se implantará o loteamento deve situar-se nas zonas
referidas na lei do Plano Diretor;
II. apresentar condições de extensão da infra-estrutura básica, suficiente
para atender à nova demanda populacional, sem requerer a construção
de equipamentos que onerem o custo final dos lotes;
III. a área deve apresentar condições geomorfológicas compatíveis com
construções para população de menor renda, tais como: declividade
baixa, solo consistente, não sujeito a deslizamentos ou desagregações,
permitindo a execução de fundações diretas.

Art. 34 - A análise e parecer, quanto ao


enquadramento do empreendimento como sendo de interesse social, serão
realizados pelo órgão competente da Prefeitura Municipal por ocasião da
solicitação da expedição da Certidão de Uso de Solo e diretrizes.

§ 1º - Após o parecer favorável e homologação do Prefeito Municipal, o processo


será encaminhado ao setor jurídico da Prefeitura Municipal, para análise de
eventuais aspectos legais e, caso não existam impedimentos, preparação
do documento declaratório de interesse social.
§ 2º - A declaração de interesse social do empreendimento será expedida sob a
forma de decreto.

Art. 35 - A área mínima dos lotes, em loteamento de


interesse social, será de 130,00 m² (cento e trinta metros quadrados), com frente
mínima de 6,50 m (seis metros e cinqüenta centímetros).

Art. 35. A área mínima dos lotes em loteamentos


de interesse social será de 130 m² (cento e trinta metros quadrados), com
frente mínima de 6,50 m (cento e sessenta metros e cinquenta centímetros) e
as ruas poderão ter caixa de vias de 12,00 m (doze metros), com pista de
rolamento de 8,00 m (oito metros) e calçada de 2 m (dois metros). (alterado

45
* PLANO DIRETOR

pela Lei Complementar n° 025 - 05/01/10)

Art. 36 - Devem ser observadas, no que couberem,


as demais exigências e normas constantes desta lei complementar e na legislação
federal e estadual pertinentes.

CAPÍTULO VI

DOS EMBARGOS E PENALIDADES

Art. 37 - As obras que não obedecerem ao projeto


previamente aprovado ou às prescrições desta Lei Complementar serão
embargadas até que o interessado cumpra as intimações da Prefeitura Municipal,
sem prejuízo das multas a que estiver sujeito.

Art. 38 - São requisitos para lavratura do Auto de


Embargo:

I. nome, domicílio e profissão do infrator (es);


II. localização da obra embargada;
III. dispositivos legais infringidos;
IV. data do embargo;
V. assinatura do servidor público municipal responsável pela lavratura do
embargo, e;
VI. assinatura do infrator (es), se o quiser (em) fazer.

§ 1º - O Auto de Embargo deverá ser entregue pessoalmente ao responsável ou


seu representante legal, sendo que na impossibilidade de sua realização,
poderá ser feita por via postal com aviso de recebimento (AR), no endereço
constante do cadastro municipal, devendo, após ser publicado.

§ 2º - Uma vez lavrado o Auto de Embargo, a Prefeitura intimará o infrator a


recolher a multa na qual houver incorrido, fixando o prazo para a
regularização da obra.

§ 3º - O prazo a que se refere o parágrafo anterior será fixado de acordo com cada
caso e com o disciplinado na regulamentação da presente Lei
Complementar.

§ 4º - Durante o prazo concedido para a regularização da obra embargada, o


infrator somente poderá executar os serviços necessários ao atendimento
da intimação.

46
* PLANO DIRETOR

§ 5º - Se não for imediatamente acatado o Auto de Embargo, a Prefeitura tomará


as providências legais administrativas e judiciais cabíveis.

§ 6º - Quando estiver regularizada a obra embargada, o infrator solicitará a


competente vistoria para levantamento do embargo, sendo este concedido
por escrito, somente após o recolhimento da multa imposta e regularização
da obra.
Art. 39 - São requisitos para lavratura do Auto de
Embargo:

I- nome, domicílio e profissão do infrator (es);


II- localização da obra embargada;
III- dispositivos legais infringidos;
IV- data do embargo;
V- assinatura do servidor público municipal responsável pela lavratura do
embargo, e;
VI- assinatura do infrator (es), se o quiser (em) fazer.

Parágrafo Único - Decorrido o prazo concedido para


atendimento da notificação, sem que o loteador a tenha cumprido, será aplicada
multa em dobro e, persistindo a infração será decretado o embargo da obra.

Art. 40 - As multas de que trata o artigo anterior


serão lavradas através de Auto de Infração e Imposição de Multa, intimando-se o
infrator a comparecer à Prefeitura, dentro do prazo de 05 (cinco) dias úteis, para
apresentação de defesa escrita.

Parágrafo Único - Se o interessado não apresentar


defesa ou esta for julgada improcedente, a multa devida deverá ser recolhida
dentro do prazo de 08 (oito) dias úteis, a contar do novo aviso, sendo que, após,
decorrido este prazo sem o pagamento da multa respectiva, a Prefeitura tomará as
providências para inscrição do débito como dívida ativa do Município.

Art. 41 - O auto de infração deverá conter:

I. nome, domicílio e qualificação do infrator (es);


II. localização da obra;
III. dispositivos legais infringidos;
IV. valor da multa aplicada em números e por extenso;
V. data de lavratura do Auto de Infração e Imposição de Multa; e
VI. assinatura do servidor público municipal responsável pela autuação.

Parágrafo Único - O Auto de Infração e Imposição

47
* PLANO DIRETOR

de Multa deverá ser entregue pessoalmente ao responsável ou seu representante


legal, sendo que na impossibilidade de sua realização, poderá ser feita por via
postal com aviso de recebimento (AR), no endereço constante do cadastro
municipal, devendo, após ser publicada.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 42 - Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário em especial as da
Lei Municipal nº 1.605/88 e as da Lei nº 2.671/03.

MARCO ANTÔNIO DA FONSECA


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 21 de agosto de 2009.

GLOSSÁRIO

1. área institucional: é a área de domínio público municipal resultante de


parcelamento do solo, reservada à edificação de equipamentos urbanos e
comunitários ou espaços livres de uso comum.
2. conjunto de edificações em condomínio: é o conjunto de duas ou mais
edificações cujo regime de propriedade implica a existência de unidades
autônomas, cabendo a cada unidade, com parte inseparável, uma fração ideal
do terreno, confinando-se com outras de utilização comum dos condôminos;
3. desmembramento: é a subdivisão da Gleba em lotes destinados a edificação
com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique
abertura de novas vias e logradouros públicos; nem prolongamento,
modificação ou ampliação das já existentes;
4. equipamentos comunitários: são as edificações implantadas em áreas públicas,
destinadas a lazer, educação, ação social, saúde, cultura e similares;
5. equipamentos urbanos: são considerados os seguintes melhoramentos públicos:
galeria de águas pluviais; sistema de coleta de esgoto; sistema de distribuição
de água, inclusive para hidrantes; guias e sarjetas; pavimentação das vias de
circulação; rede de energia elétrica domiciliar e de iluminação pública com a

48
* PLANO DIRETOR

colocação das respectivas luminárias; paisagismo do sistema de lazer e das


calçadas; pavimentação do passeio público das áreas do sistema de lazer e das
áreas institucionais
6. faixa de domínio: é a faixa de terra que compõe uma via formada pela faixa
carroçável; pelas faixas destinadas a circulação de pedestres; e pelo
remanescente da área destinada a via de circulação;
7. faixas non edificandi: são áreas ou faixas de terras, não edificáveis, de domínio
público ou privado, impostas por lei ou vinculado o seu uso a uma servidão
administrativa, sendo em seu interior vedadas quaisquer obras, salvo aquelas
obras públicas necessárias à própria prestação dos serviços;
8. gleba: é a área de terra com localização e configuração definidas, que ainda não
foi objeto de parcelamento do solo.
9. lote: é o terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos
índices urbanísticos definidos pelo Plano diretor ou lei municipal para a zona em
que se situe;
10. loteamento: é a subdivisão da Gleba em lotes destinados para edificação com
abertura de novas vias de circulação; de logradouros públicos; ou
prolongamento, modificação e ampliação das vias existentes;
11. planta de diretrizes: é o plano de loteamento proposto, contendo o sistema de
circulação, as áreas destinadas aos equipamentos comunitários, dentre outros,
sem constar a subdivisão das quadras em lotes;
12. quadras: são áreas numeradas constituídas de lotes urbanizados e delimitadas
pelas vias e logradouros nos projetos de urbanização
13. sistema de abastecimento de água: este sistema compreende as obras
necessárias ao fornecimento de água (adutora, sub-adutora, casa de bombas,
reservatórios, etc., as redes de distribuição de água, internas ao loteamento e
parte dos ramais prediais de água;
14. sistema de circulação municipal: é o conjunto de vias públicas existentes no
município, de uso comum do povo, desde que estas não se constituam em
servidão de passagem devidamente registrada na matrícula do imóvel ou à
margem da transcrição do título aquisitivo do imóvel;
15. sistema de coleta de esgoto que compreende: as obras necessárias ao
afastamento dos esgotos sanitários (interceptores, emissários, travessias,
estações elevatórias, etc.) do empreendimento, externas ao mesmo; as redes
de esgoto sanitário internas ao loteamento; a parte dos ramais prediais de
esgoto sanitário;
16. área de sistema de lazer ou de recreio: é a área resultante de parcelamento do
solo, reservada ao uso público, destinada a praças, parques, jardins, atividades
de recreação e lazer;
17. área verde de acompanhamento viário: são áreas ou faixas livres que fazem
parte do sistema viário, tais como: canteiros centrais de separação de pistas de
rolamento, praças de circulação giratória, taludes de contenção e outras;

49
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 004, DE 21 DE AGOSTO DE 2009

Dispõe sobre o sistema viário no Município de


Ibitinga e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.399/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A presente lei complementar destina-se a


hierarquizar, dimensionar e disciplinar a implantação do Sistema Viário Básico do
Município da Estância Turística de Ibitinga, conforme as diretrizes estabelecidas na
lei complementar do Plano Diretor.

Art. 2º - Constituem objetivos da presente lei


complementar:

I - garantir a continuidade da malha viária, inclusive nas áreas de expansão


urbana de modo a, entre outros fins, ordenar o seu parcelamento;
II - atender às demandas de uso e ocupação do solo urbano;
III - estabelecer um sistema hierárquico das vias de circulação para a
adequada circulação do tráfego e segura locomoção do usuário;
IV - definir as características geométricas e operacionais das vias
compatibilizando com a legislação de uso do solo e itinerário das linhas do
transporte coletivo;
V - implementar um sistema de ciclovias, como alternativa de locomoção e lazer;
VI - proporcionar segurança e conforto ao tráfego de pedestres e ciclistas.

Art. 3º - São partes integrantes desta lei


complementar os seguintes anexos:

I - mapa da Hierarquia Viária do Município de Ibitinga;


II - perfis viários.

50
* PLANO DIRETOR

Art. 4º - É obrigatória a adoção das disposições da


presente lei complementar, em todos os empreendimentos imobiliários e
parcelamentos do solo que vierem a ser executados no Município de Ibitinga.

Art. 5º - Caberá ao Poder Executivo Municipal o


disciplinamento do uso das vias de circulação, por regulamento próprio, no que
concerne:

I – ao estabelecimento de locais e horários adequados e exclusivos para


carga e descarga e estacionamento de veículos;
II – ao estabelecimento de rotas especiais para veículos de carga,
descarga, de produtos perigosos ou não e para os veículos de turismo e de
fretamento;
III – a criação de terminal para veículos que fazem o transporte coletivo e
táxis;
IV – a construção de vias de circulação exclusiva para pedestres na área
da sede do Município e em outras localidades que se mostrarem
adequadas;
V – a criação de áreas de estacionamento ao longo das vias.

Art. 6º - É proibido:

I - reduzir a pista de rolamento na alteração de categoria da via rural para


urbana;
II - embargar, sob qualquer pretexto, o trânsito nas vias;
III - fechar, estreitar, mudar e de qualquer maneira dificultar a servidão
publica das vias;
IV - obstruir valetas de escoamento de água, colocar portões, porteiras,
correntes ou qualquer outro, nas vias publicas.

CAPÍTULO II

DAS VIAS URBANAS

Seção I
Da Hierarquização das Vias Urbanas

Art. 7º - Para efeitos desta lei complementar, e


considerando-se o disposto no Código de Trânsito Brasileiro, as vias, existentes ou
projetadas, no Município de Ibitinga classificam-se de acordo com a seguinte
hierarquia por ordem decrescente de importância:

51
* PLANO DIRETOR

I - via de contorno rodoviário;


II - vias estruturais;
III - vias coletoras;
IV - vias principais;
V - vias locais;
VI – ciclovias;
VII – vias de pedestres.

Seção II

Das Funções das Vias Urbanas

Art. 8º - As vias do Município de Ibitinga, de acordo


com sua classificação, apresentam as seguintes funções:

I – via de contorno rodoviário – destina-se a desviar o tráfego da malha


urbana consolidada, proporcionando maior segurança e fluidez ao sistema
viário e usuários, sendo classificada como via de trânsito rápido para as
determinações da legislação nacional de trânsito;

II - vias estruturais – destinam-se a transportar grandes volumes de tráfego


e formam a ossatura básica da estrutura proposta, interligando os vários
setores da cidade. Correspondem às vias onde poderá haver maior
concentração de usos não residenciais, conforme diretrizes estabelecidas
na lei complementar de Zoneamento, sendo classificada como via arterial
para as determinações da legislação nacional de trânsito;

III - vias coletoras – destinam-se tanto ao serviço de tráfego de veículos


como ao acesso às propriedades. O serviço de tráfego é prestado no
sentido de coletar o fluxo de veículos originado nas vias locais e distribuí-lo
para as estruturais. Formam um sistema de vias que interliga a malha
viária e são também usadas pelo transporte coletivo, sendo classificada
como via coletora para as determinações da legislação nacional de
trânsito;

IV – vias principais – vias com condições de continuidade para fora da


gleba loteada, com largura mínima de 15,00 metros (quinze metros);

V - vias locais – têm como função básica permitir o acesso às propriedades


privadas, ou áreas e atividades específicas, implicando pequeno volume de
tráfego, sendo classificada como via local para as determinações da

52
* PLANO DIRETOR

legislação nacional de trânsito, com largura mínima de 14,00 metros


(quatorze metros);
V – Vias locais – tem como função básica permitir o acesso à
propriedades privadas, ou áreas e atividades específicas, implicando
pequeno volume de tráfego sendo classificada como via local para as
determinações da legislação nacional de trânsito, com largura mínima
de 14 (quatorze) metros, com exceção de loteamentos de interesse
social onde poderão ter largura minima de 12 (doze) metros. (alterado
pela Lei Complementar n° 026 - 05/01/10)

VI - ciclovias – vias especiais destinadas à circulação de bicicletas;

VII - vias de pedestres – vias especiais destinadas prioritariamente à


circulação de pedestres, permitindo tráfego lento de veículos e transporte
coletivo, com pavimentação e tratamento paisagístico diferenciado, sendo
classificada como via local para as determinações da legislação nacional
de trânsito;

Seção III

Da Classificação das Vias Urbanas

Art. 9º - O sistema viário do Município de Ibitinga,


indicado no Mapa da Hierarquia Viária do Município de Ibitinga, Anexo I, integrante
desta lei complementar, classifica-se em:

I – via de contorno rodoviário: as vias projetadas que vierem a ter esta


destinação, conforme o Mapa de Hierarquia do Sistema Viário do Município
da Estância Turística de Ibitinga, Anexo I;
II - vias estruturais: Anexo II;
III - vias coletoras: Anexo III;
IV - vias principais: Anexo IV;
V - vias locais: todas as demais vias urbanas: Anexo V;
VI - ciclovias: as vias ou espaços públicos que vierem a ter destinação
exclusiva para bicicletas: Anexo VI;
VII – vias de pedestres: Anexo VII;

Parágrafo Único - Novas vias poderão ser definidas


e classificadas de acordo com o caput deste artigo, sempre com a finalidade de
acompanhar a expansão e a urbanização da cidade.

Seção IV

53
* PLANO DIRETOR

Das Dimensões das Vias Urbanas

Art. 10 - Objetivando o perfeito funcionamento das


vias, são considerados os seguintes elementos:

I - caixa da via - distância definida em projeto entre os dois alinhamentos


prediais em oposição;
II - pista de rolamento - espaço dentro da caixa da via onde são
implantadas as faixas de circulação e o estacionamento de veículos;
III - calçada - espaço destinado à circulação de pedestres, situado entre o
alinhamento predial e o início da pista de rolamento.

Art. 11 - Os padrões de urbanização para o Sistema


Viário obedecerão aos requisitos estabelecidos pelo Poder Executivo Municipal
quanto:

I - à largura dos passeios e faixas de rolamento;


II - ao tratamento paisagístico;
III - à declividade máxima definida por esta lei complementar.

§ 1º - As vias locais sem saída, com bolsão de retorno ou em cul-de-sac com


diâmetro mínimo de 15m (quinze metros), terão extensão máxima de 300m
(trezentos metros) medida da via de acesso mais próxima, e largura
mínima de 15m (quinze metros).

§ 2º - As vias públicas locais terão no mínimo 14,00 m (quatorze metros) de largura


de caixa e 8,00m (oito metros) de pista de rolamento.

§ 3º - A declividade máxima aceita será de 20% (vinte por cento) para as vias.

Art. 12 - Todas as vias abertas à circulação de


veículos e com o pavimento definitivo implantado, permanecerão com as
dimensões existentes, exceto quando definido em projeto específico de
urbanização uma nova configuração geométrica para a mesma. As demais vias a
serem implantadas ou pavimentadas deverão obedecer às seguintes dimensões
mínimas:

I – via de contorno rodoviário: deverá ser elaborado projeto específico,


definindo suas dimensões de acordo com as projeções de tráfego para a
via, no mínimo:

II - vias estruturais:

54
* PLANO DIRETOR

a) Caixa da Via - 28,00m (vinte e oito metros);


b) Pista de Rolamento - 9,00 (nove metros) para cada sentido;
c) Canteiro Central - 2,00 (dois metros);
d) Calçada - 3,00 (três metros);
e) Ciclovia - 2,00 (dois metros);

III - vias coletoras:


a) Caixa da Via - 16,00m (dezesseis metros);
b) Pista de Rolamento - 10,00m (dez metros);
c) Calçada - 3,00m (três metros).

IV – vias principais:
a) Caixa da Via - 15,00m (quinze metros);
b) Pista de Rolamento – 9,00 m (nove metros),
c) Calçada - 3,00m (três metros).

V - via local:
a) Caixa da Via - 14,00 m (quatorze metros),
b) Pista de Rolamento - 8,00 m (oito metros),
c) Calçada - 3,00m (três metros).
d) Caixa da via em loteamentos de interesse social – 12 (doze) metros;
e) Pista de rolamento em loteamentos de interesse social – 8 (oito)
metros;
f) Calçada em loteamentos de interesse social – 2 (dois) metros.
(incluídos pela Lei Complementar n° 026 - 05/01/10)

VI – ciclovias com caixa de circulação de 2,00m (dois metros).

VII - vias de pedestres:


a) Calçada - 2,00m (dois metros).

CAPÍTULO III

DAS VIAS RURAIS

Seção I

Da Hierarquização das Vias Rurais

Art. 13 - Para efeitos desta lei complementar, e


considerando-se o disposto no Código de Trânsito Brasileiro complementar, as vias

55
* PLANO DIRETOR

rurais no Município de Ibitinga classificam-se de acordo com a seguinte hierarquia


por ordem decrescente de importância:

Art. 13 - Para efeitos desta Lei Complementar, e considerando-se


o disposto no Código de Trânsito Brasileiro, as vias rurais no Município de
Ibitinga classificam-se de acordo com a seguinte hierarquia por ordem
decrescente de importância:” (alterado pela Lei Complementar n°14 - 26/08/09)
Art. 14 - Esta hierarquia deve ser considerada para
priorização de pavimentação e melhoria viária.

Seção II

Das Funções das Vias Rurais

Art. 15 - As vias rurais do Município de Ibitinga, de


acordo com sua classificação, apresentam as seguintes funções:

I – via regionais – são rodovias sob jurisdição estadual;


II – estradas principais ou troncos – destinam-se a conexão da área urbana
do município às comunidades rurais e municípios vizinhos, permitindo o
transporte de grandes volumes de tráfego, centralizando o escoamento de
produtos agrícolas das estradas secundárias e vicinais, além de facilitar o
acesso às vias regionais;
III – estradas secundárias ou de ligação – destinam-se a:
a) interligar os setores do município entre si, com as áreas urbanas e com
as vias regionais;
b) desviar os fluxos de veículos das áreas urbanas;
c) garantir o escoamento da produção e o abastecimento das áreas
urbanas e rurais.
IV - estradas vicinais ou caminhos – dar acesso aos locais de produção e
moradia na área rural, interligando-os com as estradas secundárias e de
ligação.

Seção IV

Da Classificação das Vias Rurais

Art. 16 - A classificação das vias rurais do Município

56
* PLANO DIRETOR

de Ibitinga está representada no Mapa da Hierarquia Viária do Município, Anexo II,


parte integrante e complementar desta lei complementar.

Seção V

Das Dimensões das Vias Rurais

Art. 17 - São consideradas estradas municipais


aquelas constantes no mapa do município da Estância Turística de Ibitinga.

Art. 18 - As estradas municipais deverão possuir


largura mínima de 12 (doze) metros, sendo 06 (seis) metros para cada lado,
considerado o eixo da estrada já existente.

Parágrafo Único - As estradas rurais já existentes,


com largura inferior ao disposto do “caput” deste Artigo, permanecerão com seus
traçados e larguras originais, tendo como base às cercas de divisas das
propriedades confrontantes com as estradas municipais, desde que seja
comprovada sua existência anterior a lei complementar Municipal 2.258, de 21 de
outubro de 1.997, ficando reservado ao Município a qualquer tempo, a execução
de obras de melhorias, até mesmo em sua largura, concordando inclusive com
eventuais retificações de áreas nestas condições.”

CAPÍTULO IV

DAS DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO NO SISTEMA VIÁRIO

Art. 19 - Ficam definidas como diretrizes para


intervenção no Sistema Viário:

I - elaborar projeto específico para a via de contorno rodoviário;


II - redefinir as caixas de rolamento das vias em função da hierarquia viária
e em especial para o atendimento do Sistema de Transporte Coletivo;
III - desenvolver Plano de Circulação Viária para a sede de Ibitinga;IV -
regulamentar a circulação de veículos pesados e carroceiros no centro da
cidade;
V - melhorar as condições físicas de acesso ao Distrito de (Cambaratiba);
VI - implementar um sistema de sinalização horizontal e vertical para o
Município, prevendo sua manutenção;

57
* PLANO DIRETOR

VII - implementar um sistema de ciclovias, como alternativa de locomoção


e lazer;
VIII - estabelecer um regulamento que discipline o modelo padrão de
calçada para a cidade;
IX - estabelecer incentivos para tratamento paisagístico nas calçadas por
parte dos proprietários;
X - proceder a iluminação adequada, observando a hierarquia viária;
XI - estabelecer diretrizes de arruamento que contemplem áreas ainda não
parceladas.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 20 - A implantação de todas as vias em novos


parcelamentos, inclusive as do Sistema Viário principal, são de inteira
responsabilidade do loteador, sem custos para o Município.

§ 1º - O loteador deverá solicitar antecipadamente as diretrizes de parcelamento


onde constará a orientação para o traçado das vias de acordo com esta lei
complementar e com a lei complementar de Parcelamento do Solo.

§ 2º - A implantação do arruamento e demais obras de infra-estrutura em todo o


parcelamento é condição imprescindível para a liberação do Loteamento
ou Desmembramento.

Art. 21 - São partes integrantes desta lei


complementar os anexos I a VII referentes ao mapeamento da hierarquia viária da
sede do Município de Ibitinga.

Art. 22 - A presente lei complementar entrará em


vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

MARCO ANTÔNIO DA FONSECA


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 21 de agosto de 2009.

58
* PLANO DIRETOR

MAPA DA HIERARQUIA VIÁRIA DA SEDE DO MUNICÍPIO DE IBITINGA

Parte integrante da lei complementar Complementar do Sistema Viário

RELAÇÃO – Vias de Contorno Rodoviário

 Avenida Anchieta;
 Vicinal Jean Habib Wachalani;
 IBG – 030 – Romão Fernandes;
 Acesso Vereador Manoel Alves Lopes.

RELAÇÃO – Vias Estruturais

 Avenida Maria A.Siriani Maida;


 IBG – 455 – Miguel Baladi;
 Avenida Japão;
 Acesso Alberto Alves Casemiro;
 Avenida Maria Geraldina da Motta;
 IBG – 070 – Naim Abrãao Alem;
 Avenida Engº. Ivanil Francisquini;
 Avenida Carolina Geretto Dall’acqua;
 Avenida Maria Alves Ponchio.

RELAÇÃO – Vias Coletoras

 Rua Edna Maria Basílio Scarpim;


 Prolongamento da Avenida Major S.R. Teixeira;
 Avenida João Farah;
 Rua Elvira de Souza Santos;
 Rua Antonio Francisco dos Santos;
 Rua Cecília C. de Amorim;
 Rua Dois;
 Rua Setímio Montanari;
 Avenida Anchieta;
 Estrada Municipal IBG 020;
 Estrada Municipal IBG 446;
 Avenida João Silvestre Custódio;
 Estrada Municipal IBG 142;
 Avenida Albino de Batista;
 Rua Francisco Alexandre da Costa;
 Rua Wilson Pinheiro;
 Avenida Luiz Francischini;
 Avenida do Parque;

59
* PLANO DIRETOR

 Avenida Antonio Pinto da Costa.

RELAÇÃO – Distrito de Cambaratiba

I. Rua Adhemar de Barros.

RELAÇÃO – Vias Principais

Distrito Industrial

 IBG - 455
 Rua Julião de Souza Ribeiro;

Bordados

 Avenida das Flores;


 Rua dos Jasmins;

Eldorado

 Rua José de Paula Souza;

América

 Avenida Lourdes Vareshi;


Paulo de Biazi

 Rua José Augusto Massola;


 Rua José Biazi;

Santo Antonio

 Rua Setímio Montanari;

Romana

 Rua Eugênio Bocca;


 Rua Brasílio Gereto;
 Rua José Nelson Gabriel;

Paineiras

 Rua Adriano Zapata Carroci;


 Rua Osório de Souza Caldas;
 Rua Felipe Matioli;

Vila Maria

60
* PLANO DIRETOR

 Rua Victório Tagliari;


 Rua Alberto Janes;
Jardim Tropical
 Rua Anália Maria de Lima Barros;

Jardim Dona Idalina


 Rua Marieta Olinda dos Santos Riccardi;

Planalto
 Rua Oeste Russi;

Izolina

 Rua João de Oliveira Custódio;


 Rua José Martinelli;

Centro

 Rua Doutor Teixeira;


 Rua Dom Pedro II;
 Avenida 7 de Setembro;
 Rua Capitão Felicio Salomão Racy;
 Rua 13 de Maio;
 Rua Prudente de Moraes;
 Rua José Custódio;
 Avenida Victor Maida;
 Rua Coronel Geretto;
 Rua Pereira Landim;
 Rua XV de Novembro;
 Rua Benjamin Constante.

Terra Branca

 Rua Idílio Francisco dos Santos;


 Avenida Japão.

Centenário

 Avenida José Zapatta;


 Rua Júlio Fernandes Vasques;
 Avenida Guido Isidoro Dall’aqua;

Guarani

 Rua Maria Geraldina da Motta;

61
* PLANO DIRETOR

Distrito de Cambaratiba

 Rua Afonso Simões

RELAÇÃO – Vias Locais

 Vide Mapa

RELAÇÃO – Ciclovias
1. Avenida Engenheiro Ivanil Francischini.

RELAÇÃO – Vias de Pedestres

 Bairro Santa Teresa


Travessa 6 de Agosto;

 Bairro Terra Branca


Vide Mapa;

 Bairro Santa Catarina


Vide Mapa;
 Bairro London Park
Vide Mapa;

 Bairro Jardim Tropical


Vide Mapa;

 Bairro Jardim Flamboyant


Vide Mapa;

 Bairro Dona Branca


Vide Mapa;

 Bairro Distrito Industrial


Vide Mapa.

62
* PLANO DIRETOR

MEMORIAL DESCRITIVO PERÍMETRO URBANO DO MUNICÍPIO DE IBITINGA

O perímetro urbano do município de Ibitinga é delimitado por um


polígono irregular convexo e sua descrição é feita no sentido horário, sua
demarcação inicia-se pelo ponto de divisa estabelecido na cerca de arame farpado
da margem direita da Rodovia SP 331 (Rodovia Deputado Victor Maida), de posse
do Departamento de Estradas de Rodagem – DER, sentido Araraquara-Ibitinga, no
quilômetro 50, com a margem direita do Ribeirão São João. Deste ponto, segue o
alinhamento da referida divisa confrontando com as terras de posse do DER,
sentido Araraquara-Ibitinga até o quilômetro 57 da Rodovia SP 331 (Rodovia
Deputado Victor Maida), daí, deflete a esquerda e segue margeando a Estrada
Municipal, até Rodovia SP-304 (Rodovia Leônidas Pacheco Ferreira) quilômetro
364; daí, deflete a esquerda e segue pelo alinhamento interno da Rodovia–SP 304,
no sentido Ibitinga-Itajú, confrontando ainda com terras de posse do DER até o
cruzamento com a antiga Estrada Vicinal Porto Laranja Azeda (Estrada Vicinal
Vereador Geraldo Pinheiro de Freitas), daí deflete à direita e segue pelo
alinhamento interno da Vicinal citada, confrontando com terras de posse do DER,
até a Estrada Vicinal IBG 457 (Benedito Pinheiro), daí reflete à direita e segue pelo
alinhamento interno da referida estrada, até o cruzamento com a Estrada Municipal
IBG 040 (IBG Monte Alegre), defletindo à direita segue o alinhamento interno da
Estrada IBG 040 (IBG Monte Alegre), até o cruzamento com a Rodovia SP 304
(Rodovia Deputado Leônidas Pacheco Ferreira), em seguida deflete à esquerda e
segue o alinhamento da divisa com o lado direito da referida Rodovia, sentido
Ibitinga-Borborema, até o cruzamento com a Estrada Municipal IBG 455 (IBG
Miguel Baladi), deflete à direita e segue pelo alinhamento interno da estrada citada
até o cruzamento com a cerca de divisa da propriedade de sucessores de Luiz
Galante, deflete então à esquerda e segue pela cerca da referida propriedade em
divisa com propriedade de Afonso Angelucci, daí deflete à direita e segue pela
cerca de divisa da propriedade de José Eduardo Storniolo e Pedro Fernando
Storniolo, até o loteamento do Jardim Paraíso deflete novamente à esquerda e
segue confrontando com propriedade de Hamilton Monari e outros, até a Avenida
João Farah, daí segue à esquerda pelo alinhamento externo da referida Avenida,
até a Estrada Municipal IBG 050 (IBG Antenor Zanetti), Prolongamento da Rua
Treze de Maio, deflete à direita e segue no alinhamento interno do referido até o
cruzamento com a Rua Floripes Angelucci Quinelato, deflete então à esquerda e
segue pelo alinhamento interno da referida rua até o cruzamento da Via de Acesso
Prefeito Alberto Alves Casemiro, deflete à esquerda e segue pelo alinhamento
externo da Via de Acesso, em divisa com o Aeroporto Sargento Francisco Roldão,
seguindo pela divisa do Aeroporto até a cerca de divisa da propriedade de Mário
Miranda Salles, daí deflete á direita e segue confrontando com a propriedade de
Mário Miranda Salles, defletindo a direita para encontrar-se novamente com a Via
de Acesso, com a qual faz divisa, seguindo em alinhamento com a Via até o
cruzamento com a cerca de divisa da propriedade de Felício Trevizan, defletindo à

63
* PLANO DIRETOR

direita e segue, confrontando com a propriedade citada até o Córrego Água


Quente, de onde deflete á direita e segue pelo lei complementarto do Córrego até
a Estrada Municipal IBG-148, daí, deflete à esquerda e segue pela margem direita
da Estrada Municipal IBG-148 até a cerca de divisa com a propriedade de
Leônidas Brumatti, sentido sede do município ao Bairro Água Quente, daí, deflete
a direita e segue confrontando com a propriedade de Leonildes Brumatti até a
Estrada Municipal IBG-010, daí, deflete à direita e segue pela referida Estrada,
sentido Itápolis a Ibitinga, até a cerca de divisa da propriedade de Antônio Parra,
daí deflete à esquerda e segue em reta e depois deflete à direita e posteriormente
à esquerda, sempre confrontando com a cerca de divisa da propriedade de Antônio
Parra, até a cerca de divisa da propriedade de Nelson Ferrari, deflete então à
direita e segue em divisa com cerca de propriedade de Nelson Ferrari e Valter
Morais, até o cruzamento com o Córrego Capim Fino, deflete à esquerda e sobe
pelo alinhamento do lei complementarto do Córrego, até o cruzamento com a cerca
de divisa da propriedade de Armando Stanzani, defletindo à direita e segue
confrontando com a propriedade citada e seguindo pelo seu alinhamento até o
cruzamento com cerca de divisa da propriedade de Silvio Scarpin, deflete à direita
e novamente à esquerda, seguindo o alinhamento e confrontantes anteriores, até a
Estrada Municipal IBG 435 (IBG Vereador Dr. Pedro Secanho), deflete á direita,
segue o alinhamento da referida IBG, até a cerca de divisa da propriedade de
Suzete Maria Seino da Costa daí deflete à esquerda e segue confrontando com a
referida propriedade até o cruzamento com o Córrego Taquara do Reino, deflete à
direita e segue pelo lei complementarto do Córrego até o entroncamento da
Estrada Vicinal IBG 352 deflete à esquerda até o entroncamento da Estrada Vicinal
IBG 245, seguindo pelo alinhamento interno da referida estrada, até a cerca de
divisa da propriedade de sucessores de Pilson Gaion, alinhamento que passa a
seguir a partir de então, fazendo duas deflexões à direita acompanhando o
confrontante com a propriedade citada, até o cruzamento com a Estrada Municipal
IBG 020 (IBG Nicola de Baptista Neto), daí deflete à direita e segue pelo
alinhamento interno da referida estrada até o cruzamento da divisa da propriedade
de Osvaldo Barbui, deflete então à esquerda, confrontando com a citada
propriedade, da qual segue alinhamento, ate a nascente do Córrego Taquaral,
segue descendo pelo lei complementarto do Córrego até sua foz no Ribeirão São
João, deflete à direita seguindo pela margem direita do Ribeirão São João até
encontrar o ponto inicial desta descrição.

MEMORIAL DESCRITIVO PERÍMETRO URBANO DO MUNICÍPIO DE IBITINGA

O perímetro urbano do município de Ibitinga é delimitado por um polígono irregular


e sua descrição é feita no sentido horário, com inicio no ponto situado na margem
direita da Rodovia SP 331 (Rodovia Deputado Victor Maida), de posse do
Departamento de Estradas de Rodagem – DER, sentido Araraquara-Ibitinga, no
quilômetro 50, com a margem direita do Ribeirão São João. Deste ponto, segue o
alinhamento da referida Rodovia confrontando com as terras de posse do DER,

64
* PLANO DIRETOR

sentido Araraquara-Ibitinga até o quilômetro 57 da Rodovia SP 331 (Rodovia


Deputado Victor Maida), daí, deflete a esquerda e segue margeando a Estrada
Municipal, IBG 154 (IBG José Benvindo Borsetto) até a Rodovia SP-304 (Rodovia
Leônidas Pacheco Ferreira) quilômetro 364; daí, deflete a esquerda e segue pelo
alinhamento interno da Rodovia-SP 304 (Rodovia Leônidas Pacheco Ferreira), no
sentido Ibitinga-Itajú, confrontando ainda com terras de posse do DER até o
cruzamento com a antiga Estrada Vicinal Porto Laranja Azeda (Estrada Vicinal
Vereador Geraldo Pinheiro de Freitas), daí deflete à direita e segue pelo
alinhamento interno da Vicinal citada, confrontando com terras de posse do DER,
até a Estrada Municipal IBG 457 (IBG Benedito Pinheiro), daí deflete à direita e
segue pelo alinhamento interno da referida estrada, até o cruzamento com a
Estrada Municipal IBG 040 (IBG Monte Alegre), defletindo à direita segue o
alinhamento interno da Estrada IBG 040 (IBG Monte Alegre), até o cruzamento
com a Rodovia SP 304 (Rodovia Deputado Leônidas Pacheco Ferreira), em
seguida deflete à esquerda e segue o alinhamento da referida Rodovia, sentido
Ibitinga-Borborema, até o cruzamento com a Estrada Municipal IBG 455 (IBG
Miguel Baladi), deflete à direita e segue pelo alinhamento interno da estrada citada
até o cruzamento com a cerca de divisa da propriedade de sucessores de Luiz
Galante, deflete então à esquerda e segue pela cerca da referida propriedade em
divisa com propriedade de Afonso Angelucci, daí deflete à direita e segue pela
cerca de divisa da propriedade de José Eduardo Storniolo e Pedro Fernando
Storniolo, até o loteamento do Jardim Paraíso deflete novamente à esquerda e
segue confrontando com propriedade de Hamilton Monari e outros, até a Avenida
João Farah, daí segue à esquerda pelo alinhamento externo da referida Avenida,
até a Estrada Municipal IBG 050 (IBG Antenor Zanetti), Prolongamento da Rua
Treze de Maio, deflete à esquerda e segue no alinhamento externo da referida
estrada até o cruzamento com a Rodovia Prof° Maurício Antunes Ferraz (SP 317),
deflete então à direita e segue pelo alinhamento interno da rodovia até a Estrada
Municipal IBG 070 (IBG Naim Abrão Além), deflete à direita e segue o alinhamento
interno da referida IBG até o Córrego da Água Quente, e segue pelo leito do
córrego até a IBG 148 entroncamento com a IBG 148 (IBG Antonio Gaion), deflete
à esquerda e segue o alinhamento externo da referida IBG até a cerca de divisa
com a propriedade de Leonildes Brumatti, sentido sede do município ao Bairro
Água Quente, daí, deflete a direita e segue confrontando com a propriedade de
Leonildes Brumatti até a Estrada Municipal IBG-010 (IBG Urias Teixeira Pitta), daí,
deflete à direita e segue pela referida Estrada, sentido Itápolis a Ibitinga, até a
cerca de divisa da propriedade de Antônio Parra, daí deflete à esquerda e segue
em reta e depois deflete à direita e posteriormente a esquerda, sempre
confrontando com a cerca de divisa da propriedade de Antônio Parra, até a cerca
de divisa da propriedade de Nelson Ferrari, deflete então à direita e segue em
divisa com cerca de propriedade de Nelson Ferrari e Valter Morais, até o
cruzamento com o Córrego Capim Fino, deflete à esquerda e sobe pelo leito do
Córrego, até o cruzamento com a cerca de divisa da propriedade de Armando
Stanzani, defletindo à direita e segue confrontando com a propriedade citada e

65
* PLANO DIRETOR

seguindo pelo seu alinhamento até o cruzamento com cerca de divisa da


propriedade de Silvio Scarpin, deflete à direita e novamente à esquerda, seguindo
o alinhamento e confrontantes anteriores, até a Estrada Municipal IBG 142 (IBG
Walter Piffer), deflete à direita, segue o alinhamento externo da referida IBG, até a
cerca de divisa da propriedade de Suzete Maria Seino da Costa; daí, deflete à
esquerda e segue confrontando com a referida propriedade até o cruzamento com
o Córrego Taquara do Reino; deflete à esquerda e segue em divisa com a
propriedade de João Batista Ulian, daí, deflete à esquerda novamente e na
sequencia à direita, com a mesma confrontação; daí deflete à direita segue em
divisa com as propriedades de João Batista Ulian e Valentim Antônio de Campos;
daí, deflete à direita e posteriormente à esquerda em divisa com propriedade de
Valentim Antônio de Campos, daí, deflete à direita e segue em divisa com
propriedade de sucessores de Luiz João Longo, atravessando a IBG 352, até o
córrego São Roque, daí, deflete à direita e segue pelo leito do córrego São Roque
em divisa com a propriedade de Clóvis de Jesus e s/m, até as terras de Henrique
Palanca e s/m; daí deflete à esquerda e novamente à esquerda em divisa com
Clóvis de Jesus até a estrada municipal IBG 243; daí, seguindo pelo alinhamento
interno da referida estrada até a cerca de divisa da propriedade de sucessores de
Pilson Gaion, alinhamento que passa a seguir a partir de então, fazendo duas
deflexões à direita acompanhando o confrontante com a propriedade citada, até o
cruzamento com a Estrada Municipal IBG 020 – Nicola de Batista Neto, daí, reflete
à direita e segue pelo alinhamento externo da referida estrada até o cruzamento da
divisa de propriedade de Osvaldo Barbui, deflete, então à esquerda, confrontando
com a citada propriedade, da qual segue alinhamento, até o nascente do Córrego
Taquaral, segue descendo pelo leito do Córrego até sua foz no Ribeirão São João,
deflete, à direita seguindo pela margem direita do Ribeirão São João até encontrar
o ponto inicial desta descrição.(alterado pela Lei Complementar n°87 - 12/11/14)

MEMORIAL DESCRITIVO PERÍMETRO URBANO DO MUNICÍPIO DE IBITINGA

O perímetro urbano do município de Ibitinga é delimitado por um polígono irregular


e sua descrição é feita no sentido horário, com início no ponto situado no
cruzamento da Rodovia SP 331 (Rodovia Deputado Victor Maida), de posse do
Departamento de Estradas de Rodagem – DER, sentido Araraquara-Ibitinga, no
quilômetro 50, com a margem direita do Ribeirão São João. Deste ponto, segue o
alinhamento da referida Rodovia confrontando com terras do DER, sentido
Araraquara-Ibitinga até o quilômetro 57 da Rodovia SP 331 (Rodovia Deputado
Victor Maida); daí, deflete a esquerda e segue margeando a Estrada Municipal IBG
154 (IBG José Benvindo Borsetto) até a Rodovia SP-304 (Rodovia Leônidas
Pacheco Ferreira) quilômetro 364; daí, deflete à esquerda e segue pelo
alinhamento interno da Rodovia-SP 304 (Rodovia Leônidas Pacheco Ferreira), no
sentido Ibitinga-Itajú, confrontando ainda com terras de posse do DER até o
cruzamento com a antiga Estrada Vicinal Porto Laranja Azeda (Estrada Vicinal

66
* PLANO DIRETOR

Vereador Geraldo Pinheiro de Freitas); daí, deflete à direita e segue pelo


alinhamento interno da Vicinal citada, confrontando com terras de posse do DER,
até a Estrada Municipal IBG 457 (IBG Benedito Pinheiro); daí, deflete à direita e
segue pelo alinhamento da referida estrada até o cruzamento com a Estrada
Municipal IBG 040 (IBG Vereadora Julia Teixeira Pereira Racy); defletindo à direita
segue o alinhamento interno da Estrada IBG 040 (IBG Vereadora Julia Teixeira
Pereira Racy) até o cruzamento com a Rodovia SP 304 (Rodovia Leônidas
Pacheco Ferreira); em seguida, deflete à esquerda e segue o alinhamento da
referida Rodovia, sentido Ibitinga – Borborema, até o cruzamento com a Estrada
Municipal IBG 455 (IBG Miguel Baladi); daí, deflete à direita e segue pelo
alinhamento interno da estrada citada até o cruzamento com a cerca de divisa da
propriedade de sucessores de Luiz Galante; daí, deflete então à esquerda e segue
pela cerca da referida propriedade em divisa com terras de Afonso Angelucci; daí,
deflete à direita e segue pela cerca de divisa da propriedade de José Eduardo
Storniolo e Pedro Fernando Storniolo; daí, deflete à esquerda até o loteamento do
Jardim Paraíso; daí, deflete novamente à esquerda e confronta nestas faces com a
propriedade de Hamilton Monari e outros, até a Avenida João Farah; daí, segue à
esquerda pelo alinhamento externo da referida Avenida, até a Estrada Municipal
IBG 050 (IBG Antenor Zanetti), prolongamento da Rua Treze de Maio; daí, deflete
à esquerda e segue no alinhamento externo da referida estrada até o cruzamento
com a Rodovia Profº Maurício Antunes Ferraz (SP 317); daí, deflete então à direita
e segue pelo alinhamento interno da Rodovia até a Estrada Municipal IBG 070
(IBG Naim Abrão Além); daí, deflete à direita e segue o alinhamento interno da
referida IBG até o Córrego Água Quente, e segue pelo leito do córrego até o
entroncamento com a IBG 148 (IBG Antônio Gaion); daí, deflete à esquerda e
segue o alinhamento externo da referida IBG até a cerca de divisa com a
propriedade de Leonildes Brumatti, sentido sede do município ao Bairro Água
Quente; daí, deflete à direita e segue confrontando com a propriedade de
Leonildes Brumatti até a Estrada Municipal IBG 010 (IBG Urias Teixeira Pitta); daí,
deflete à esquerda e segue o alinhamento externo da referida IBG, sentido
Ibitinga / Itápolis, até a cerca de divisa da propriedade de Antonio Carlos
Rodrigues Silva; daí, deflete à direita e segue confrontando com a referida
propriedade, até a cerca de divisa da propriedade de Nelson Ferrari; daí, deflete à
direita e segue em divisa com Nelson Ferrari; daí, deflete à esquerda e segue em
divisa com as propriedades de Nelson Ferrari e Valter Morais, até o cruzamento
com o Córrego Capim Fino; daí, deflete à esquerda e sobe pelo leito do córrego
até o cruzamento com a cerca de divisa da propriedade de Armando Stanzani; daí,
defletindo à direita segue confrontando com a propriedade citada e seguindo pelo
seu alinhamento até o cruzamento com a cerca de divisa da propriedade de Silvio
Scarpim; daí, deflete à direita e confrontando com Silvio Scarpim, segue até a
Estrada Municipal IBG 142 (IBG Walter Piffer) na confluência com a Estrada
Municipal IBG 435 (IBG Vereador Dr. Pedro Secanho); daí, deflete à direita e
segue o alinhamento externo da IBG 142 (IBG Walter Piffer), até a cerca de divisa
da propriedade de Suzete Maria Seino da Costa; daí, deflete à esquerda e segue

67
* PLANO DIRETOR

confrontando com a referida propriedade até o cruzamento com o Córrego Taquara


do Reino; daí, deflete à esquerda e segue em divisa com a propriedade de João
Batista Ulian; daí, deflete à esquerda novamente e na sequência à direita, com a
mesma confrontação; daí, deflete à direita e segue em divisa com as propriedades
de João Batista Ulian e Valentim Antônio de Campos; daí, deflete à direita e
posteriormente à esquerda, em divisa com a propriedade de Valentim Antônio de
Campos; daí, deflete à direita e segue em divisa com a propriedade de sucessores
de Luiz João Longo, atravessando a IBG 352, até o Córrego São Roque; daí,
deflete à direita e segue pelo leito do Córrego São Roque em divisa com a
propriedade de Clóvis de Jesus e s/m, até as terras de Henrique Palanca e s/m;
daí, deflete à esquerda e novamente à esquerda em divisa com Clóvis de Jesus,
até a Estrada Municipal IBG 243; daí, deflete à direita segue pelo alinhamento
externo da referida estrada, até a cerca de divisa das propriedades de Nelson
Miranda Balseiro e Luiz Carlos Santesso; daí, deflete à esquerda e em seguida à
direita e confrontando com Luiz Carlos Santesso, segue até o cruzamento com a
Estrada Municipal IBG 020 (IBG Nicola de Batista Neto); daí, deflete à direita e
segue pelo alinhamento externo da referida estrada até o cruzamento da divisa da
propriedade de Osvaldo Barbui; daí, deflete então à esquerda, confrontando com a
citada propriedade, da qual segue o alinhamento até a nascente do Córrego
Taquaral; daí, segue descendo pelo córrego até a sua foz no Ribeirão São João;
daí, deflete à direita seguindo pela margem direita do Ribeirão São João até
encontrar o ponto inicial desta descrição. (alterado pela Lei Complementar n°126 -
06/04/16)

68
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 005, DE 21 DE AGOSTO DE 2009

Regulamenta o art. 81 da lei municipal nº 2.908, de


6/10/2006 que institui o Plano Diretor Participativo
da Estância Turística de Ibitinga para aplicação do
instrumento jurídico do parcelamento, edificação
e utilização compulsória.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.400/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

Art. 1º - De acordo com o previsto no art. 81 da lei


complementar Municipal nº 2.908/06 – Plano Diretor, o instituto jurídico do
parcelamento, edificação e utilização compulsórios de imóveis urbanos será
aplicado nos termos da presente lei complementar em toda a área compreendida
na macrozona urbana, em especial nas zonas designadas como de ocupação
consolidada e de ocupação prioritária.

§ 1º - Para efeito desta lei complementar considera-se subutilizado o imóvel urbano


cujo aproveitamento seja inferior a 5% (cinco por cento) de seu potencial
construtivo, segundo o percentual definido para o coeficiente de
aproveitamento na zona de localização.

§ 2º - São passíveis da incidência do parcelamento e da edificação compulsórios


os imóveis urbanos sem qualquer edificação ou cujas edificações estejam
em ruínas, abandonadas ou que sofreram desabamento ou incêndio.

§ 3º - Ficam excluídos da incidência do parcelamento e edificação compulsórios os


imóveis urbanos localizados na macrozona urbana descritos no artigo 77,
Parágrafo 2º da Lei Municipal nº 2.908/06 – Plano Diretor, bem como
aqueles considerados de preservação permanente.

Art. 2º - Para aplicação do parcelamento e edificação


compulsórios a Prefeitura Municipal notificará o proprietário do imóvel para o
cumprimento da obrigação, cujo instrumento de notificação será por ela averbado
junto ao Cartório de Registro de Imóveis competente.

§ 1º - O cumprimento da obrigação exigida na notificação deverá observar as


normas legais inscritas na legislação municipal especialmente a referente
ao zoneamento urbano, obras e ao parcelamento do solo.

69
* PLANO DIRETOR

§ 2º - No caso de parcelamento do solo de glebas urbanas o Poder Público


Municipal poderá facultar ao proprietário do imóvel e a requerimento deste
o cumprimento da obrigação por meio de consórcio imobiliário como forma
de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel.

§ 3º - Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de


urbanização por meio do qual o proprietário transfere ao Município seu
imóvel e, após a realização das obras de implantação executadas pelo
Município recebe, como pagamento, lotes autônomos devidamente
urbanizados.

§ 4º - O valor dos lotes urbanizados que serão entregues ao proprietário da gleba


será correspondente ao valor do imóvel antes da execução da obras,
observado o valor da indenização que refletirá o valor da base de cálculo
do IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana,
descontado o montante incorporado em razão das obras realizadas pelo
Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a notificação
prevista no “caput” deste Artigo e não computará expectativas de ganhos,
lucros cessantes e juros compensatórios.

Art. 3º - A notificação de que trata o Artigo 2º desta


lei complementar far-se-á:

I – pessoalmente por funcionário do órgão municipal responsável ao


proprietário do imóvel ou, no caso de pessoa jurídica a quem tenha
poderes de gerência ou de administração;
II – por edital quando frustrada por 3 (três) vezes a tentativa de notificação
pessoal de que trata o inciso anterior.

Art. 4º - A transmissão do imóvel “causa mortis” ou


“inter vivos”, posterior à data do recebimento da notificação, transfere as
obrigações exigidas, sem interrupção de quaisquer prazos.

Art. 5º - Os prazos a que se refere o artigo anterior


são os seguintes:

I – de 1 (um) ano a contar da data do recebimento da notificação para que


seja protocolado o projeto das obras exigidas junto ao órgão municipal
competente;
II – de 2 (dois) anos, no máximo, para o início das obras, contado da data
da aprovação do projeto.

Parágrafo Único – Em empreendimentos de grande


porte e em caráter excepcional, a critério da Prefeitura Municipal, poderá ser

70
* PLANO DIRETOR

admitida a conclusão por etapas, assegurando-se que o projeto aprovado


compreenda o empreendimento como um todo.
Art. 6º - Descumpridas as obrigações ou os prazos
definidos o Município procederá à aplicação do IPTU progressivo no tempo.

§ 1º - O lançamento do IPTU sob a forma do “caput” deste artigo será feito por
meio da majoração anual da alíquota que será, no primeiro ano de 3% (três
por cento); no segundo ano de 5% (cinco por cento); no terceiro de 8%
(oito por cento); no quarto de 11% (onze por cento) e no quinto ano de 13%
(treze por cento).

§ 2º - Não sendo cumprida a obrigação exigida até o quinto ano de aplicação do


IPTU progressivo, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima
até seu adimplemento.

Art. 7º - Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU


progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação exigida, poderá o
Município proceder à desapropriação do imóvel mediante o pagamento da
indenização em títulos da dívida pública.

§ 1º - A emissão dos títulos da dívida pública deve ser precedida de aprovação


pelo Senado Federal e serão resgatados no prazo de até 10 (dez) anos,
em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.

§ 2º - O valor real da indenização refletirá o valor da base de cálculo do IPTU,


descontado o valor incorporado em função das obras realizadas pelo Poder
Público na área onde de se localiza o imóvel após a data da notificação de
que trata o Artigo 3º desta lei complementar, não sendo computadas
expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

Art. 8º - Em caso de desapropriação nos termos do


artigo anterior, o Município procederá em 5 (cinco) anos contados da data da
incorporação do imóvel em seu patrimônio, seu adequado aproveitamento
podendo, para tanto, fazê-lo por meio de alienação ou concessão a terceiros,
observando, nesses casos, o devido procedimento licitatório.

Parágrafo Único – Nos casos de alienação ou de


concessão do imóvel feitas pelo Município ficam mantidas para o adquirente as
mesmas obrigações previstas nos Artigos 1º e 2º desta lei complementar.

Art. 9º - À tributação progressiva de que trata o Artigo


6º desta lei complementar é vedada a concessão de isenção ou de anistia.

71
* PLANO DIRETOR

Art. 10 – Esta lei complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

72
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 006, DE 21 DE AGOSTO DE 2009

Regulamenta o art. 85 da Lei Municipal nº 2.908/06


que institui o Plano Diretor Participativo da
Estância Municipal de Ibitinga para aplicação do
instrumento jurídico do direito de preempção.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.401/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

Art. 1º - Esta lei complementar estabelece as


condições para aplicação do direito de preempção pelo Poder Público Municipal
nos termos do art. 85 da lei nº 2.908/06 que instituiu o Plano Diretor Participativo
da Estância Municipal de Ibitinga.

Art. 2º - O direito de preempção de que trata esta lei


complementar confere ao Poder Público Municipal a preferência para aquisição de
imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares.

Art. 3º - As áreas de incidência do direito de


preempção são as mencionadas na Lei Municipal nº 2.908/06 – Plano Diretor
Participativo, correspondente a macrozona urbana da Estância Turística de
Ibitinga.

§ 1º - O prazo de vigência do direito de preempção é de 5 (cinco) anos, renovável


após decorrido 1 (um) ano de seu prazo inicial.

§ 2º - O direito de preempção é assegurado para a Municipalidade durante o prazo


de vigência previsto no parágrafo anterior, independentemente do número
de alienações referentes ao mesmo imóvel.

Art. 4º - O direito de preempção será exercido


sempre que o Município necessitar de áreas para:

I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento à expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

66
* PLANO DIRETOR

VII – criação de unidades de conservação ou de proteção de outras áreas


de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Parágrafo Único – As áreas indicadas pelo Município


para exercer o direito de que trata esta lei complementar poderão estar
enquadradas em uma ou mais das finalidades enumeradas nos incisos deste
artigo.

Art. 5º - O proprietário de imóvel localizado nas áreas


indicadas nesta lei complementar deverá, no caso de alienação, notificar
previamente e por escrito a Prefeitura Municipal de seu intento para que, no prazo
de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse na aquisição nos termos
propostos.
Parágrafo Único – A notificação mencionada no
“caput” deste artigo deve estar acompanhada de proposta de compra assinada por
terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preços, condições
de pagamento e prazo de validade.

Art. 6º - Recebida a notificação da intenção de


alienação o Município fará publicar em órgão oficial e em pelo menos um jornal de
grande circulação, edital de aviso de notificação recebida e de suas condições,
especificando se tem interesse em exercer a preferência e para qual finalidade.

Art. 7º - Transcorrido o prazo mencionado no “caput”


do artigo anterior sem manifestação, fica o proprietário do imóvel autorizado a
celebrar com terceiros a alienação nas condições propostas.

§ 1º - Após concretizada a alienação a terceiro fica o


proprietário obrigado a apresentar à Prefeitura Municipal, no prazo de 30 (trinta)
dias, cópia do instrumento público de alienação nos termos antes propostos.

§ 2º - A alienação concretizada em condições


diversas da proposta é nula de pleno direito e ensejará à Municipalidade a
possibilidade de aquisição pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor
indicado na proposta apresentada se este for inferior àquele.

Art. 8º - Esta lei complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

67
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 007, DE 21 DE AGOSTO DE 2009.

DISPÕE SOBRE O PROGRAMA DE


REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA E FUNDIÁRIA
DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE
IBITINGA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.402/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica criado o Programa Municipal de


Regularização Urbanística e Fundiária nas áreas ocupadas de forma irregular,
localizadas nas zonas urbanas do território municipal, conforme definidas na lei
complementar de perímetro urbano, comprovadamente existentes até a data de
publicação desta lei complementar.

Parágrafo Único – O Programa tem por objetivo orientar as ações públicas ou


privadas que impliquem urbanização ou regularização fundiária das áreas
mencionadas deste artigo visando:

I – melhoria da qualidade de vida da população;


II – adequação da propriedade da terra à sua função social;
III – exercício efetivo de controle sobre o uso, ocupação e parcelamento do
solo urbano.

Art. 2º - O Poder Executivo criará e delimitará por lei


complementar específica as Zonas de Habitação de Interesse Social – ZHIS que
compreenderão as parcelas de áreas urbanas ocupadas por população de baixa
renda com ausência de infra-estrutura e para as quais haja interesse em promover
a urbanização e ação fundiária.

Art. 3º - O Programa Municipal de Regularização


Urbanística e Fundiária compreende o conjunto de medidas de iniciativa direta e
indireta do Poder Público Municipal conforme segue:
I – levantamento topográfico do perímetro de cada área delimitada como ZHIS e
ser regularizada;

II – delimitação por meio de lei complementar específica das áreas de ZHIS com a

68
* PLANO DIRETOR

definição de parâmetros urbanísticos especiais;


III – aprovação de projeto de loteamento elaborado com as disposições
urbanísticas especiais;

IV – a promoção ou acompanhamento da regularização do processo da situação


fundiária dos lotes resultantes da aprovação do projeto de parcelamento do solo
em benefício de seus ocupantes, através da titulação da propriedade ou no caso
de áreas de domínio público da concessão de uso especial para fins de moradia na
conformidade da Medida Provisória nº 2.220/01;

V – implantação e coordenação de medidas para melhoria das condições de vida


da população ocupante e sua melhor integração aos benefícios da cidade.

Art. 4º - Os planos de intervenção elaborados para


cada ZHIS devem considerar os seguintes aspectos:

I – levantamento de dados referente à situação jurídica-legal, sócio-organizativa e


físico-ambiental;

II – diagnóstico integrado de intervenção sócio-organizativa, físico-ambiental e


jurídico-legal;

III – proposta integrada de intervenção social, física e de regularização fundiária;

IV – cronograma de implantação das atividades com priorização de intervenções e


estimativas de custos e,

V – diretrizes para o parcelamento, uso e ocupação do solo.

Art. 5º - Os projetos de parcelamento do solo para as


áreas de ZHIS observarão o seguinte:

I – não serão parceláveis as glebas:


a) que apresentem risco geológico-geotécnico ou sujeitas a inundação;
b) com declividade igual ou superior a 45% (quarenta e cinco por cento) salvo se
atestada sua viabilidade mediante laudo técnico;
c) caracterizadas como áreas de preservação ou proteção ambiental;
d) em que a degradação ambiental impeça condições sanitárias suportáveis, até
sua correção.

II – A reserva de áreas públicas será em percentual suficiente para atender às


necessidades da população residente, devendo ser considerados os equipamentos
urbanos implantados no entorno.

III – o sistema viário deverá ser definido com a utilização de parâmetros especiais

69
* PLANO DIRETOR

conforme permitir cada situação consolidada, podendo ser utilizadas áreas não
ocupadas para remoção de moradores a fim de viabilizar a implantação das vias.

IV – a definição de lotes nas ZHIS observará o seguinte:


a) todo lote deverá ter acesso ao sistema viário;
b) a área mínima de lote será de 60 m² e máxima de 200 m²;
c) a implantação dos lotes em cada quadra será feita conforme confrontações
já consolidadas e ajustadas entre os moradores.

Art. 6º - Os casos que não se enquadrem nos


critérios definidos no artigo anterior serão objeto de apreciação técnica realizada
por Comissão Técnica Permanente a ser constituída no âmbito do órgão municipal
encarregado da regularização.

Art. 7º - A partir da aprovação do projeto de


parcelamento de regularização, o desmembramento e o desdobro de lotes
somente será admitido se os lotes resultantes atenderem aos parâmetros definidos
para o projeto.

Art. 8º - As áreas urbanas de domínio privado não


definidas como ZHIS mas que se encontram em situação irregular de ocupação
podem ser regularizadas em razão de interesse público nessa ação.

§ 1º - O interessado na regularização deverá


encaminhar à Prefeitura Municipal os seguintes documentos e prestar as seguintes
informações:

I – projeto de loteamento ou desmembramento;


II – relação de quadras e lotes;
III – memorial descritivo contendo a descrição das áreas públicas que, na data do
registro, passarão ao domínio municipal;
IV – indicação dos equipamentos urbanos e comunitários e dos serviços de
utilidade pública existentes na gleba a ser parcelada;
V – Certidão atualizada de propriedade da gleba.

§ 2º - Os desdobros e remembramentos em lotes


regularizados nas glebas de que tratam este artigo observarão os parâmetros
estabelecidos nas leis municipais complementares ao Plano Diretor Participativo
referente ao zoneamento e ao parcelamento do solo.

Art. 9º - Para cada área integrante de ZHIS será


elaborado o cadastro oficial de ocupantes para funcionar como referência para a
titulação da propriedade dos lotes resultantes dos projetos aprovados.

Parágrafo Único – Constará também do cadastro

70
* PLANO DIRETOR

oficial as condições de edificação nos lotes a fim de possibilitar a regularização das


mesmas.

Art. 10 – A regularização da posse ou da propriedade


em áreas públicas não será feita em unidades sem edificação e somente
considerará o uso para moradia do ocupante ou de sua família, sendo defeso o
reconhecimento da posse ao ocupante que possuir outro imóvel no território da
Estância Turística de Ibitinga.

Art. 11 – O Programa Municipal de Regularização


Urbanística e Fundiária será implantado pela Secretaria Municipal de
Planejamento.

Art. 12 – O Poder Executivo Municipal poderá


celebrar convênio com os demais entes federados e seus órgãos com vistas à
execução integral do Programa Municipal de Regularização Urbanística e
Fundiária.

Art. 13 – Os casos omissos serão resolvidos no


âmbito da Secretaria responsável pela implementação do Programa.

Art. 14 – Esta lei complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

71
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 008, DE 21 DE AGOSTO DE 2009.

INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS DO MUNICÍPIO


DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBITINGA E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.403/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - O presente Código estabelece normas para


a elaboração de projetos e a execução de obras e edificações no Município, com o
objetivo de assegurar a observância de padrões para as edificações.

Art. 2º - São considerados profissionais legalmente


habilitados para projetar, calcular, especificar, orientar, avaliar e executar obras no
Município, aqueles devidamente registrados ou com visto, no Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo – CREA/SP e
inscritos no Cadastro de Contribuintes Mobiliários da Municipalidade, na forma da
lei complementar.

CAPÍTULO II

FINALIDADES DO CÓDIGO

Art. 3º - O presente Código tem as seguintes


finalidades:

I. ordenar os assuntos que envolvem a atividade edilícia;


II. estabelecer direitos e responsabilidades do Município, do proprietário ou
possuidor de imóvel, e do profissional, atuantes na atividade edilícia;

72
* PLANO DIRETOR

III. estabelecer documentos e mecanismos destinados ao controle da atividade


edilícia;
IV. estabelecer diretrizes básicas de conforto, higiene, salubridade e segurança
a serem atendidas nas obras e edificações;
V. estabelecer critérios a serem atendidos na preservação, manutenção e
intervenção em edificações existentes;
VI. liberar, ao profissional atuante no projeto e na obra, a adoção do programa
de projeto, sistema construtivo e material que melhor atenda às necessidades
do proprietário ou possuidor da obra, sem prejuízo do estabelecido nas letras
anteriores.

CAPÍTULO III

CONCEITOS

Art. 4º - Para efeito exclusivo de aplicação deste


Código, permanecendo as definições constantes da legislação referente ao
zoneamento urbano para efeito de sua interpretação, ficam assim conceituados os
termos:
I. Andar - volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou
entre o pavimento e o nível superior de sua cobertura;
II. Área Edificada - área total coberta de uma edificação. Serão excluída da
área edificada a área de poços e vazios em geral; a área do poço do
elevador bem como de qualquer equipamento mecânico de transporte
vertical, será considerada no cálculo da área edificada de um único
andar; não serão considerados também os beirais até 1,00 m (hum
metro);
III. Ático - parte do volume superior de uma edificação, destinada a abrigar
casa de máquinas, piso técnico de elevadores, caixas d'água e circulação
vertical;
IV. Atividade Edilícia - o elenco de atividades ligadas ao projeto e execução
de obras e edificações;
V. Conformação do Terreno - situação topográfica existente, objeto do
levantamento físico que serviu de base para a elaboração do projeto e/ou
constatação da realidade;
VI. Conformação Original do Terreno - aquele constante de cartas gráficas
disponíveis ou do arruamento aprovado, anteriores à elaboração do
projeto;
VII. Coroamento - elemento de vedação, ou moldura, que envolve
espacialmente o ático;
VIII. Demolição - total derrubamento de uma edificação; a demolição
parcial ou o total derrubamento de um bloco de um conjunto de
edificações caracteriza-se como reforma.

73
* PLANO DIRETOR

CAPÍTULO IV

LICENCIAMENTO DE OBRAS

Art. 5º - A pedido do proprietário do imóvel, a


prefeitura emitirá Alvará de Construção, indispensável à execução de:

I. movimento de terra;
II. muro de arrimo;
III. edificação nova;
IV. demolição total;
V. reforma;
VI. reconstrução
Art. 6º - O interessado na obtenção do Alvará de
Construção para a execução de obras apresentará à Municipalidade no mínimo 3
(três) cópias do projeto arquitetônico e mais os seguintes documentos:

I. Documento de Propriedade do imóvel devidamente registrado no Registro


de Imóveis da Circunscrição Imobiliária respectiva ou Contrato de
Compra e Venda.
II. Indicação em planta do Uso do Imóvel a ser edificado.
III. Documento de Lançamento do IPTU para a propriedade.
IV. Documento de inscrição do profissional responsável no cadastro
de contribuintes mobiliários e registro de inscrição no CREA dentro da
validade.
V. Recibo de pagamento das taxas correspondentes à aprovação
do projeto.
VI. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do autor do
projeto e do responsável técnico pela execução da obra.

§ 1º - Os requerimentos de Alvará de Construção


para a execução de obras deverão ser despachados no prazo de 30 (trinta) dias
úteis, sendo fornecido a numeração da edificação.

§ 1°. Os requerimentos de Alvará de Construção


para a execução de obras deverão ser despachados no prazo de 15 (quinze)
dias úteis. (alterado pela Lei Complementar nº096 - 21/05/2015)

§ 2º - O Alvará de Construção será válido pelo prazo


de dois anos a partir da data de aprovação, findo o qual e não tendo sido iniciada a
construção, o mesmo perderá seu valor, devendo ser renovado o Alvará ou
reiniciado o processo em caso de mudança de legislação no período.

§ 3º - Processos e requerimentos sem manifestação

74
* PLANO DIRETOR

do requerente, ou não retirados no prazo de um ano a partir do protocolo de


entrada, serão arquivados.

§ 4º - A expedição de Alvará de Construção para


edificações cujo uso ou ocupação exija licenciamento ambiental fica sujeito a
apresentação da correspondente Licença Ambiental prévia, nos termos da
legislação pertinente.

§ 5º - Para atendimento do previsto no inciso I deste


artigo, na hipótese de locação ou qualquer outro ajuste que implique posse
consentida deverá o interessado apresentar documento hábil de concordância do
proprietário em relação ao pretendido.

Art. 7º - Solicitações de ligações provisórias e


definitivas de água e energia elétrica junto às concessionárias ficam condicionadas
à apresentação do respectivo Alvará municipal de Construção.

Art. 7°. Solicitações de ligações provisórias e


definitivas de água junto ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto — SAAE,
ficam condicionadas à apresentação de protocolo do requerimento de alvará
de construção, ou comprovação de domínio do imóvel. (alterado pela Lei
Complementar nº096 - 21/05/2015)

Art. 8º - O projeto arquitetônico submetido à análise


será apresentado dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
- ABNT, devendo constar no mínimo de:

I. Plantas de situação e locação do terreno em escala adequada às


dimensões do terreno e das edificações, com as dimensões e áreas do
lote, indicação do Norte, distância a uma esquina ou edificação numerada
e denominação do logradouro de acesso; confrontantes; todos os
elementos que definem a forma, as dimensões e os afastamentos do
terreno e da construção;
II. Localização dos cursos d'água e a distância da margem destes à
construção, demarcação do perfil topográfico da área;
III. Plantas baixas, planta de cobertura, cortes e elevações em escala
mínima de 1:100 ou compatível ao perfeito entendimento do analista de
projetos da municipalidade, que indiquem claramente o uso, a estrutura,
as áreas e as dimensões de cada compartimento;
IV. Quadro de áreas indicando Área do lote, Área ocupada, Taxa de
Ocupação, Coeficiente de Aproveitamento, Área construída computada e
não computada no índice de aproveitamento, por pavimento, e área total
a construir;
§ 1º - Em caso de divergência prevalecem as cotas
totais sobre as parciais.

75
* PLANO DIRETOR

§ 2º - Após aprovado o projeto, uma via será


arquivada na Municipalidade e as demais serão entregues ao requerente, sendo
que uma deverá permanecer na obra, em bom estado, para fins de fiscalização.

§ 3º - Os elementos de desenho deverão ser


apresentados em número suficiente para um perfeito entendimento do projeto e
convenientemente cotados, com a representação do perfil natural do terreno e da
altura da edificação.

§ 4º - Todas as folhas serão assinadas pelo


proprietário, pelo autor do projeto e pelo responsável pela execução da obra,
estando devidamente identificados.

§ 5º - Os projetos serão apresentados sem rasuras


ou emendas não ressalvadas.

§ 6º - Projetos de ampliações, modificações ou


reformas, deverão ser apresentados de acordo com as convenções da ABNT.

Art. 9º - Dependem de nova aprovação e


licenciamento os projetos cujas modificações impliquem em alterações, no
aumento da área total, no uso, nas dimensões, na altura e na forma externa da
edificação, ou que promovam mudanças nos projetos complementares exigidos
para aprovação.
§ 1º - A retificação ou correção dos projetos
aprovados deverá ser feita por meio de nova planta, ressaltando as alterações
efetuadas.
§ 2º - A critério do técnico analista da municipalidade,
pequenas ressalvas em cotas poderão ser efetuadas nos originais arquivados
desde que assinadas e datadas pelo autor do projeto ou pelo responsável pela
execução da obra, devendo ainda constar a data do aceite e o carimbo do analista.

Art. 10 - Não depende de nova aprovação e


licenciamento a Edificação Transitória utilizada para estandes de vendas no imóvel
que requer licenciamento de obra. Compreende-se como Edificação Transitória
àquela de caráter não permanente, passível de montagem, desmontagem e
transporte.

Art. 11 - É facultada, mediante comunicação à


Prefeitura, a substituição do Dirigente Técnico da Obra, obrigatória em caso de
impedimento do técnico atuante.

§ 1º - Quando a baixa de responsabilidade do


Dirigente Técnico da Obra for comunicada isoladamente, a obra deverá

76
* PLANO DIRETOR

permanecer paralisada até que seja comunicada a assunção de novo responsável.

§ 2º - A Prefeitura se exime do reconhecimento de


direitos autorais ou pessoais decorrentes da aceitação de transferência de
responsabilidade técnica ou da solicitação da alteração de projeto.

Art. 12 - O Alvará de Aprovação poderá ser cassado,


mesmo durante sua vigência, em caso de desvirtuamento da licença concedida, ou
anulado, em caso de ilegalidade em sua expedição;

§ 1º - A cassação e a anulação serão formalizadas


mediante ato do responsável pela sua expedição ou pelo Secretário da respectiva
área.
§ 2º - Aprovado o projeto modificativo e sendo
deferido o pedido de novo Alvará, os prazos serão contados a partir do deferimento
do novo pedido de projeto.

Art. 13 - Nenhum prédio de construção nova ou


modificada poderá ser habitado ou utilizado sem o correspondente alvará de
habite-se ou de utilização
Parágrafo Único - Para as situações onde a
legislação de combate a incêndios seja aplicável, o alvará de construção somente
será expedido mediante a apresentação de projeto aprovado junto ao Corpo de
Bombeiros do Estado de São Paulo.

CAPÍTULO V

SEGURANÇA PÚBLICA, CONSERVAÇÃO DOS LOGRADOUROS E


DEMOLIÇÕES

Art. 14 - Durante a execução das obras e nos casos


de demolições, o proprietário deverá por em prática as medidas necessárias para
garantir a segurança dos operários, do público e das propriedades vizinhas, e
providenciar para que o leito dos logradouros seja mantido em perfeito estado de
limpeza e conservação.
§ 1º - O proprietário da construção a ser demolida é
responsável por quaisquer danos a terceiros que venham a ocorrer durante a
demolição.
§ 2º - Para o licenciamento de demolições o
requerente apresentará os seguintes documentos:

77
* PLANO DIRETOR

I. Requerimento assinado pelo proprietário da construção;


II. Recibo do pagamento da taxa correspondente;
III. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de profissional
legalmente habilitado responsável pelo ato.

§ 3º - O proprietário de todo terreno, edificação,


estrutura ou instalação que ameace ruir, configurando risco para o público, prejuízo
às propriedades vizinhas ou embaraço ao trânsito será intimado, administrativa
e/ou judicialmente pela Municipalidade para que tome as medidas necessárias
para desmonte, demolição ou reparos, sob supervisão de um profissional
habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia -
CREA.

Art. 15 - Os materiais destinados a execução de


obras ou delas oriundos, somente poderão ocupar os limites do lote que vai abrigar
a construção, garantida a passagem segura de pedestres pelo passeio público.

Parágrafo Único – A utilização de equipamento para


depósito de entulho e localizado fora da área da construção dependerá de
autorização da Prefeitura Municipal e não poderá, em qualquer caso, ser instalado
de maneira a obstruir passagens e impedir ou dificultar o trânsito de veículos.

CAPÍTULO VI

HABITE-SE

Art. 16 - Não será expedido o “Habite-se” para obras


que, após vistoria, não apresentem condições de habitabilidade, de utilização ou
em não conformidade com o projeto aprovado.

Art. 17 - Para expedição do habite-se, após a


conclusão das obras, deverá ser requerida vistoria ao órgão competente da
Municipalidade e dependerá dos seguintes procedimentos:

I. Apresentação de Alvará de Construção e projeto aprovado pela


municipalidade e pelos órgãos competentes, se for o caso.
II. Apresentação do Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros, quando
for o caso;
III. Execução do passeio quando a edificação se localizar em vias
pavimentadas;
IV. Colocação da caixa receptora de correspondência;
V. Fixação ou indicação da numeração fornecida pela Municipalidade, em
local visível.

78
* PLANO DIRETOR

VI. Contrato de manutenção dos elevadores ou monta – cargas, com a


firma especializada, devidamente credenciada pelo CREA e com a
competente ART, quando for o caso.

Art. 18 - Por ocasião da vistoria, se for constatado


que a edificação foi construída, ampliada, reconstruída ou reformada em
desacordo com o projeto aprovado ou licenciamento concedido, o proprietário será
autuado, devendo alterar o projeto, caso estas alterações possam ser aprovadas,
ou fazer as modificações ou demolições necessárias para repor a obra em
consonância com a legislação em vigor.
Art. 19 - Após a vistoria se for constatado que a obra
obedeceu ao projeto aprovado e ao licenciamento concedido e apresentados os
demais documentos, a Municipalidade fornecerá ao proprietário o "habite-se" no
prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data de entrega do requerimento,
devendo a edificação ser incluída no Cadastro Técnico Municipal, com vistas à
aplicação dos tributos.

Art. 20 - Poderá ser concedido o "habite-se" parcial


pela Prefeitura Municipal nos seguintes casos:

I. Quando se tratar de edificação com uso misto e houver utilização


independente das partes;
II. Quando se tratar de edificação constituída de unidades autônomas e
ficarem assegurados o acesso e circulação aos pavimentos e economias;
III. Quando se tratar de edificações distintas construídas no interior de um
mesmo lote.

Parágrafo Único - Não será concedido o habite-se


parcial se não tiverem sido atendido as exigências dos demais órgãos
competentes.

CAPÍTULO VII

ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Seção I

Normas Construtivas Gerais

Art. 21 - O projeto e a execução dos elementos


construtivos da edificação, como fundações, estrutura, paredes internas e
externas, circulação, corredores, escadas, elevadores, coberturas, forros, pisos e

79
* PLANO DIRETOR

revestimentos das edificações obedecerão:

I. As normas brasileiras constantes da ABNT;


II. As normas expedidas pelos órgãos responsáveis pela segurança,
prevenção e combate a incêndios nas construções;
III. As normas expedidas pelos órgãos responsáveis pelas condições
sanitárias das construções;
IV. As normas relativas às condições ambientais, em especial o isolamento
termo acústico, expedidas pelos órgãos responsáveis pelo meio
ambiente;
V. As normas expedidas pelos órgãos responsáveis pela segurança no
caso de aglomerações de público;
VI. Ao respeito às condições de impermeabilização e salubridade.

§ 1º - As questões relativas aos elementos


construtivos e aquelas ligadas a circulação interna das edificações, iluminação,
ventilação, serão consideradas como intrínsecas a atividade projetual dos
profissionais habilitados pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia do Estado de São Paulo – CREA/SP, sendo de inteira responsabilidade
dos mesmos, respeitadas as normas contidas nos incisos do presente artigo.

§ 2º - As dimensões mínimas dos compartimentos, a


insolação, iluminação e ventilação, as especificações construtivas gerais e demais
disposições diversas para as edificações em geral são normas decorrentes das
disposições inscritas no Decreto Estadual nº 12.342/78 – Código Sanitário e que
são reproduzidas nesta lei complementar.

Art. 22 - Os compartimentos das edificações deverão


ter conformação e dimensões adequadas à função ou atividade a que se destinam,
atendidos os mínimos estabelecidos conforme segue:

I. salas, em habitações: 8,00m²;


II. salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00m²;
III. dormitórios: 8,00m²;
IV. dormitórios coletivos: 5,00m² por leito;
V. quartos de vestir, quando conjugados a dormitórios: 4,00m²;
VI. dormitório de empregada: 6,00m²;
VII. salas-dormitórios: 16,00m²;
VIII. cozinhas: 4,00m²;
IX. compartimentos sanitários:

a) contendo somente bacia sanitária: 1,20m², com dimensão mínima de


1,00m;
b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50m² , com dimensão mínima de
1,00m;

80
* PLANO DIRETOR

c) contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00m², com
dimensão mínima de 1,00m;
d) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório,
2,50m², com dimensão mínima de 1,00m;
e) contendo somente chuveiro, 1,20m²; com dimensão mínima de 1,00m;
f) antecâmaras, com ou sem lavatório, 0,90m², com dimensão mínima de
0,90m;
g) contendo outros tipos ou combinações de aparelhos, a área necessária,
segundo disposição conveniente a proporcionar a cada um deles, uso
cômodo;
h) celas, em compartimentos sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias
sanitárias, 1,20m², com dimensão mínima de 1,00m;
i) mictórios tipo calha, de usos coletivo, 0,60m em equivalência a um
mictório tipo cuba;
j) separação entre mictórios tipo cuba, 0,60m, de eixo a eixo.

X. vestiários: 6,00m²;
XI. largura de corredores e passagens:

a) em habitações unifamiliares e unidades autônomas de habitações


multifamiliares, 0,90m;
b) em outros tipos de edificação:
1. quando de uso comum ou coletivo, 1,20m;
2. quando de uso restrito, poderá ser admitida redução até 0,90m.

XII. compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação.

Art. 23 - As escadas não poderão ter dimensões


inferiores aos seguintes valores:

I. degraus, com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação:


a) 0,60m: 2e + p 0,65m ;
b) 0,15m: espelho 0,19m
c) 0,25m: piso 0,30m
II. larguras:
a) quando de uso comum ou coletivo: 1,20m;
b) quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m;
c) quando, no caso especial de acesso a jiraus, torres, adegas e situações
similares: 0,60m.

Parágrafo Único - As escadas de segurança obedecerão


às normas baixadas pelos órgãos competentes.

Art. 24 - Os pés-direitos não poderão ser inferiores


aos seguintes valores:

81
* PLANO DIRETOR

I. nas habitações;
a) salas e dormitórios: 2,70m;
b) garagens: 2,30m;
c) nos demais compartimentos: 2,50m.

II. nas edificações destinadas a comércio e serviços:


a) em pavimentos térreos: 3,00m;
b) em pavimentos superiores: 2,70m;
c) garagens: 2,30m
III. nas escolas:
a) nas salas de aulas e anfiteatros, 3,00m;
b) instalações sanitárias 2,50m.

IV. em locais de trabalho:


a) indústrias, fábricas e grandes oficinas, 4,00m, podendo ser permitidas
reduções até 3,00m, segundo a natureza dos trabalhos;
b) outros locais de trabalho, 3,00m podendo ser permitidas reduções até
2,70m, segundo a atividade desenvolvida.

V. em salas de espetáculo, auditórios e outros locais de reunião:


6,00m, podendo ser permitidas reduções até 4,00m, em locais de área
inferior a 250,00m², nas frisas, camarotes e galerias: 2,50m;

VI. em garagens: 2,30m;

VII. em porões ou subsolos, os previstos para os fins a que se


destinarem;

VIII. em corredores e passagens: 2,50m;

IX. em armazéns, salões e depósitos, excetuados os domiciliares:


3,00m;

X. em outros compartimentos, os fixados pela autoridade sanitária


competente, segundo o critério de similaridade ou analogia.

Art. 25 - Para fins de iluminação e ventilação natural,


todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando-o diretamente com o
exterior.
§ 1º - Excetuam-se os corredores de uso privativo, os
de uso coletivo até 10,00m de comprimento, poços e saguões de elevadores,
devendo as escadas de uso comum ter iluminação natural, direta ou indireta.

§ 2º - Para efeito de insolação e iluminação, as

82
* PLANO DIRETOR

dimensões dos espaços livres, em planta, serão contadas entre as projeções das
saliências, exceto nas fachadas voltadas para o quadrante Norte.

Art. 26 - Consideram-se suficientes para insolação,


iluminação e ventilação de quaisquer compartimentos, em prédios de um
pavimento e de até 4,00m de altura:

I. espaços livres fechados, com área não inferior a 6,00m² e dimensão


mínima de 2,00m;
II. espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas
(corredores), de largura não inferior a 1,50m, quer quando junto às
divisas do lote, quer quando entre corpos edificados no mesmo lote, de
altura não superior a 4,00m;

Parágrafo Único - A altura referida neste artigo será


a altura média no plano da parede voltada para a divisa do lote ou para outro corpo
edificado.

Art. 27 - Consideram-se suficientes para insolação,


iluminação e ventilação de dormitórios, salas, salões e locais de trabalho, em
prédios de mais de um pavimento ou altura superior a 4,00m:

I. os espaços livres fechados, que contenham em plano horizontal, área


equivalente a H²/4 (H ao quadrado, dividido por quatro), onde H
representa a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto e o
piso do pavimento mais baixo a ser insolado, iluminado ou ventilado,
permitindo-se o escalonamento:

II. os espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas


(corredores), junto às divisas do lote ou entre corpos edificados, de
largura maior ou igual a H/6, com o mínimo de 2,00m.

§ 1º - A dimensão mínima do espaço livre fechado,


referido no inciso I, será sempre igual ou superior a H/4 não podendo ser inferior a
2,00m e sua área não inferior a 10,00m², podendo ter qualquer forma, desde que
nele possa ser inscrito, no plano horizontal um círculo de diâmetro igual a H/4.

§ 2º - Quando H/6 for superior a 3,00m, a largura


excedente deste valor poderá ser contada sobre o espaço aberto do imóvel
vizinho, desde que constitua recuo legal obrigatório, comprovado por certidão da
Prefeitura ou apresentação da legislação municipal.

Art. 28 - Para iluminação e ventilação de cozinhas,


copas e despensas serão suficientes:

83
* PLANO DIRETOR

I. os espaços livres fechados com:


a) 6,00m² em prédios de até 3 pavimentos e altura não superior a 10,00m;
b) 6,00m² de área mais 2,00m² por pavimento excedente de três; com
dimensão mínima de 2,00m e relação entre seus lados de 1 para 1,5 em
prédios de mais 3 pavimentos ou altura superior a 10,00m;

II. espaços livres abertos de largura não inferior a:


a) 1,50m em prédios de 3 pavimentos ou 10,00m de altura;
b) 1,50m mais 0,15m por pavimento excedente de três, em prédios de mais
de 3 pavimentos.
Art. 29 - Para ventilação de compartimento sanitário,
caixas de escada e corredores com mais de 10,00m de comprimento será
suficiente o espaço livre fechado com área mínima de 4,00m² em prédios de até 4
pavimentos. Para cada pavimento excedente haverá um acréscimo de 1,00m² por
pavimento. A dimensão mínima não será inferior a 1,50m e relação entre os seus
lados de 1 para 1,5;
Parágrafo Único - Em qualquer tipo de edificação
será admitida a ventilação indireta ou ventilação forçada de compartimentos
sanitários mediante:

I - ventilação indireta através de compartimento contíguo, por meio de duto


de seção não inferior a 0,40m² com dimensão vertical mínima de 0,40m e
extensão não superior a 4,00m. Os dutos deverão se abrir para o exterior e
ter as aberturas teladas;

II - ventilação natural por meio de chaminé de tiragem atendendo aos


seguintes requisitos mínimos:

a) seção transversal dimensionada de forma a que correspondam no


mínimo, 6cm² (seis centímetros quadrados) de seção, para cada metro
de altura da chaminé, devendo em qualquer caso, ser capaz de conter
um circulo de 0,60m de diâmetro;
b) ter prolongamento de, pelo menos, um metro acima da cobertura;
c) ser provida de abertura inferior, que permita limpeza, e de dispositivo
superior de proteção contra a penetração de águas de chuva.

Art. 30 - A área iluminante dos compartimentos


deverá corresponder, no mínimo à:

I. nos locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades


similares: 1/5 da área do piso;
II. nos compartimentos destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em
compartimentos sanitários: 1/8 da área do piso, com o mínimo de 0,60m²
III. nos demais tipos de compartimentos: 1/10 de área do piso, com o
mínimo de 0,60m²;

84
* PLANO DIRETOR

Art. 31 - A área de ventilação natural deverá ser em


qualquer caso de, no mínimo, a metade da superfície de iluminação natural.

Art. 32 - Não serão considerados insolados ou


iluminados os compartimentos cuja profundidade a partir da abertura iluminante for
maior que três vezes seu pé direito, incluída na profundidade a projeção das
saliências, alpendres ou outras coberturas.

Art. 33 - Em casos especiais poderão ser aceitas


ventilação e iluminação artificiais, em substituição às naturais, desde que
comprovada sua necessidade e atendidas as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
Parágrafo Único - Para os subsolos, a autoridade
sanitária competente poderá exigir a ventilação artificial ou demonstração técnica
de suficiência da ventilação natural.

Art. 34 - Poderá ser aceita, para qualquer tipo de


edificação, como alternativa ao atendimento das exigências dos artigos anteriores,
referentes a insolação e ventilação natural, demonstração técnica de sua
suficiência, na forma que for estabelecida em Norma Técnica Especial.

Art. 35 - Os materiais empregados nas construções


deverão ser adequados ao fim a que se destinam e atender às normas e
especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 36 - Toda edificação deverá ser perfeitamente


isolada da umidade e emanações provenientes do solo, mediante
impermeabilização entre os alicerces e as paredes e em todas as superfícies, da
própria edificação e das edificações vizinhas, sujeitas à penetração de umidade.

Art. 37 - As paredes terão espessuras e


revestimentos suficientes a atender às necessidades de resistência, isolamento
térmico, acústico e impermeabilidade, segundo sua posição e os materiais nelas
empregados.
Art. 38 - A cobertura dos edifícios será feita com
materiais impermeáveis, incombustíveis e maus condutores de calor.

Art. 39 - As instalações prediais de água e esgotos


obedecerão ao disposto no Capítulo próprio deste Regulamento.

Art. 40 - As cozinhas, instalações sanitárias,


depósitos, armazéns, despensas, adegas e compartimentos similares, terão o piso
e as paredes revestidas até a altura de 2,00m no mínimo, de material liso,
resistente, impermeável e lavável, ou na forma que for prevista em normas

85
* PLANO DIRETOR

específicas.

§ 1º - O disposto neste artigo se aplica a locais de


trabalho, segundo a natureza das atividades a serem neles desenvolvidas, a
critério da autoridade sanitária competente.

§ 2º - Nas cozinhas e instalações sanitárias de


habitações, exceto das coletivas, a altura da barra impermeável poderá ser
reduzida a 1,50m, no mínimo.

§ 3º - Para compartimentos de tipos não previstos,


adotar-se-á o critério de similaridade.

Art. 41 - Os sistemas privados de abastecimento de


água ou de disposição de esgotos deverão ser submetidos à aprovação da
autoridade sanitária.

§ 1º - Os poços e fossas, bem como a disposição de


efluentes no solo, deverão atender às normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas e as que forem estabelecidas neste Regulamento e em suas Normas
Técnicas Especiais.

§ 2º - Os poços de suprimento de água considerados


inservíveis e as fossas, que não satisfizerem as exigências deste Regulamento e
de suas Normas Técnicas Especiais, deverão ser aterrados.

§ 3º - Cada prédio deverá ter um sistema


independente de afastamento de águas residuais.

Art. 42 - Todos os edifícios situados no alinhamento


da via pública deverão dispor de calhas e condutores adequados e suficientes a
conduzir as águas pluviais até às sarjetas, passando por baixo das calçadas.

Art. 43 - As edificações no fundo dos lotes e nos


denominados "lotes de fundo", excetuadas as edículas, serão regulamentadas por
Norma Técnica Especial.

Art. 44 - As parcelas de terreno, correspondentes à


habitação unifamiliar serão fixadas em Norma Técnica Especial.

Seção II

Normas Construtivas Especiais

86
* PLANO DIRETOR

Subseção I

Habitações Unifamiliares – Casas

Art. 45 - Toda habitação deverá dispor de pelo menos


um dormitório, uma cozinha, uma instalação sanitária e uma área de serviço.

Art. 46 - As salas, dormitórios e cozinhas das


habitações deverão apresentar áreas não inferiores às seguintes:
I - salas: 8,00m²;
II - dormitórios:
a) quando se tratar de um único além da sala: 12,00m²;
b) quando se tratar de dois: 10,00m² para cada um;
c) quando se tratar de três ou mais: 10,00m² para um deles, 8,00m² para
cada um dos demais, menos um, que se poderá admitir com 6,00m²;
d) quando se tratar de sala-dormitório: 16,00m²;
e) quartos de vestir, quando conjugados a dormitórios: 4,00m²;
f) dormitórios de empregada: 6,00m²;
III - cozinhas: 4,00m².

Art. 47 - As cozinhas terão paredes, até a altura de


1,50 metros no mínimo e os pisos revestidos de material liso, resistente e
impermeável; não se comunicarão diretamente com dormitórios ou compartimentos
providos de bacias sanitárias.

Parágrafo Único – Nas cozinhas, deverá ser


assegurada ventilação permanente.

Art. 48 – A copa, quando houver, deverá ser


passagem obrigatória entre a cozinha e os demais cômodos da habitação.

Art. 49 – Nas casas que não disponham de quarto de


empregada, os depósitos, despensas, adegas, despejos, rouparias e similares,
somente poderão ter:
I - área não superior a 2,00m²; ou
II - área igual ou maior que 6,00m², devendo neste caso, atender às
normas de insolação, iluminação e ventilação, aplicáveis a dormitórios.

Art. 50 – Em toda habitação deverá haver pelo


menos um compartimento provido de bacia sanitária, lavatório e chuveiro, com:
I - área não inferior a 2,50m²;
II - paredes até altura de 1,50m, no mínimo, e os pisos revestidos de
material liso, resistente, impermeável e lavável.

87
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único – Nestes compartimentos deverá


ser assegurada ventilação permanente.

Art. 51 – Os pisos e paredes dos demais


compartimentos serão revestidos com materiais adequados ao fim a que se
destinam.

Art. 52 – A largura dos corredores internos e das


escadas, não poderá ser inferior a 0,90m.

Parágrafo Único – A largura mínima das escadas


destinadas a acesso e jiraus, torres, adegas e outras situações similares, será de
0,60m.

Art. 53 – Os pés-direitos mínimos serão os seguintes:


I - salas e dormitórios: 2,70m;
II - garagens: 2,30m;
III - demais compartimentos: 2,50m.
Parágrafo Único - Os compartimentos situados em
subsolos ou porões, deverão atender aos requisitos acima, segundo seu destino.

Subseção II

Habilitações Multifamiliares – Edifícios de Apartamentos

Art. 54 – Aplicam-se aos edifícios de apartamentos


as normas gerais referentes às edificações e as específicas referentes às
habilitações, no que couber, complementadas pelo disposto neste Capítulo.

Art. 55 – Nos edifícios de apartamentos deverão


existir dutos de queda para lixo e compartimento para seu depósito com
capacidade suficiente para 24 horas, no mínimo.

§ 1° - Os dutos deverão ter abertura acima da


cobertura do prédio, provida de tela; serão de material que permita lavagens e
desinfecções periódicas, devendo sua superfície ser lisa e impermeável.

§ 2° - A critério da autoridade sanitária, poderá ser


dispensada a exigência deste artigo.

§ 3° - No recinto das caixas de entrada não poderão


existir aberturas diretas para equipamentos ou dispositivos de coleta de lixo.

88
* PLANO DIRETOR

Art. 56 – É obrigatória a instalação de elevadores na


forma disposta no artigo 195 desta lei complementar.

Art. 57 – É obrigatória a existência de depósito de


material de limpeza, compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso
exclusivo do pessoal de serviço. O vestiário não terá área inferior a 6,00m².

Parágrafo Único – Essa exigência poderá ser


dispensada, a juízo da autoridade sanitária, nos edifícios que, comprovadamente,
pelas suas dimensões e características a justifiquem.
Art. 58 – As piscinas em edifícios, quando não
privativas de unidades autônomas, serão consideradas de uso coletivo restrito,
sujeitas, no que lhes for aplicável, ao disposto nesta lei complementar e em
Normas Técnicas Especiais.
Parágrafo Único – As piscinas privativas serão
consideradas piscinas de uso familiar.

Art. 59 – Nos prédios de apartamentos não será


permitido depositar materiais ou exercer atividades que, pela sua natureza,
representem perigo ou sejam prejudiciais à saúde e ao bem-estar dos moradores e
vizinhos.

Subseção III

Conjuntos Habitacionais

Art. 60 – Os conjuntos habitacionais deverão


observar as disposições desta lei complementar e em outras normas legais
referentes a loteamentos e parcelamento de imóveis, assim como as referentes às
habitações e a outros tipos de edificações que os componham.

Art. 61 – Deverão, segundo a população que


abrigam, prever áreas ou edificações necessárias para atividades de comércio,
serviços, recreação e ensino.

Art. 62 – Para aprovação pela Secretaria de Estado


da Saúde de projetos de conjuntos habitacionais, situados em áreas não
beneficiadas pelos sistemas públicos de água e de esgotos, será exigida indicação
da solução a ser dada ao abastecimento de águia e ao afastamento de esgotos e
comprovação de que a mesma está aprovada pelos órgãos competentes.

Art. 63 – O disposto nesta seção poderá ser


complementado por Norma Técnica Especial que conterá também, dispositivos

89
* PLANO DIRETOR

especiais aplicáveis aos conjuntos de habitações de interesse social.

Subseção IV

Hotéis, Motéis, Casas de Pensão, Hospedarias e Estabelecimentos


Congêneres

Art. 64 – Os hotéis, motéis, casas de pensão,


hospedarias e estabelecimentos congêneres obedecerão as normas e
especificações gerais para as edificações e as específicas para habilitações, no
que aplicáveis, complementadas pelo disposto nesta Seção.

Art. 65 – Nos hotéis, motéis, casas de pensão,


hospedarias e estabelecimentos congêneres, todas as paredes internas, até a
altura mínima de 1,50m, serão revestidas ou pintadas com materiais
impermeáveis, não sendo permitidas paredes de madeira para divisão de
dormitórios.

Art. 66 – As instalações sanitárias de uso geral


deverão:
I - ser separadas por sexo, com acessos independentes;
II - conter, para cada sexo, no mínimo, uma bacia sanitária, um chuveiro
em box e um lavatório para cada grupo de 20 leitos, ou fração, do
pavimento a que servem;
III - nos pavimentos sem leitos, ter, no mínimo, uma bacia sanitária e um
lavatório para cada sexo;
IV - atender às condições gerais para compartimentos sanitários.

Parágrafo Único – Para efeito do inciso II, não serão


considerados os leitos de apartamentos que disponham de instalações sanitárias
privativas.

Art. 67 – Os estabelecimentos deverão ter


reservatórios de água potável, com capacidade que atenda ao estabelecido pelas
normas da ABNT.
Art. 68 – Os dormitórios deverão ter área
correspondente a, no mínimo, 5,00m² por leito e não inferior, em qualquer caso, a
8,00m²; quando não dispuserem de instalações sanitárias privativas, deverão ser
dotados de lavatório com água corrente.

Art. 69 – Os hotéis, motéis, casas de pensão,


hospedarias e estabelecimentos congêneres, que forneçam alimentação, deverão
obedecer a todas as disposições relativas a estabelecimentos comerciais de

90
* PLANO DIRETOR

gêneros alimentícios no que lhe forem aplicáveis.

Art. 70 – Os estabelecimentos de que trata esta


Seção, estão sujeitos a vistoria pela autoridade sanitária, para efeito de registro
perante a autoridade competente.

Parágrafo Único – Constatado em vistoria, que o


local apresenta condições sanitárias satisfatórias será expedido o correspondente
“Certificado de Vistoria Sanitária”.

Art. 71 – Os motéis serão providos, obrigatoriamente,


dentro de suas divisas, de locais para estacionamento de veículos, na proporção
de um local para cada quarto ou apartamento.

Subseção V

Asilos, Orfanatos, Albergues e Estabelecimentos Congêneres

Art. 72 - Aos asilos, orfanatos, albergues e


estabelecimentos congêneres aplicam-se as normas gerais referentes a
edificações e as específicas das habitações no que couber, complementadas pelo
disposto nesta Seção.

Art. 73 – As paredes internas, até a altura mínima de


1,50m, serão revestidas ou pintadas de material impermeável não sendo
permitidas divisões de madeira.

Art. 74 – Os dormitórios coletivos deverão ter área


não inferior a 5,00m² por leito, os dormitórios dos tipos quarto ou apartamento
deverão ter área não inferior a 5,00m² por leito, com o mínimo de 8,00m².

Art. 75 – As instalações sanitárias serão na


proporção mínima de uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 10
leitos, além do mictório na proporção de 1 para cada 20 leitos complementar.

Artigo 75 – As instalações sanitárias serão na


proporção mínima de uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para
cada 10 (dez) leitos, além do mictório na proporção de 1 (um) para cada 20
(vinte) leitos. (alterado pela Lei Complementar n°15 - 26/08/09)

Art. 76 - Os locais destinados ao armazenamento,


preparo, manipulação e consumo de alimentos deverão atender às exigências para
estabelecimentos comerciais de alimentos, no que aplicáveis.

91
* PLANO DIRETOR

Art. 77 - Quando tiverem 50 ou mais leitos, deverão


ter locais apropriados para consultórios, médico e odontológico, bem como quarto
para doentes.

Art. 78 – Deverão ter área para recreação e lazer,


não inferior a 10% da área edificada.

Parágrafo Único – A área prevista neste artigo terá


espaço coberto destinado a lazer, não inferior à sua quinta parte e o restante será
arborizado ou ajardinado ou, ainda, destinado a atividades esportivas.

Art. 79 – Se houver locais para atividades escolares,


estes deverão atender às normas estabelecidas para as escolas, no que
aplicáveis.

Subseção VI

Estabelecimentos Militares e Penais, Conventos, Mosteiros, Seminários e


Similares

Art. 80 – Aos estabelecimentos militares e penais,


sob a jurisdição do Estado bem como aos conventos, mosteiros, seminários e
similares, se aplicam as disposições da Seção anterior, adaptadas e
complementadas, segundo as peculiaridades de cada tipo de edificação.

Subseção VII

Habitações de Interesse Social

Art. 81 – Considera-se habilitação de interesse


social, a habitação com o máximo de 60,00m2, integrando conjuntos habitacionais;
construída por entidades públicas de administração direta ou indireta.

§ 1º - É também considerado de interesse social a


habitação isolada, com o máximo de 60,00m², construída sob responsabilidade do
proprietário, segundo projetos-tipo elaborados pelo Poder Público Municipal.

§ 2º - Mediante atos específicos, poderão ser


considerados de interesse social habitações construídas ou financiadas por outras

92
* PLANO DIRETOR

entidades.
Art. 82 – O projeto e a execução de habitações de
interesse social, embora devam observar as disposições relativas à aprovação
gozarão, em caráter excepcional, das permissões especiais estabelecidas neste
Capítulo.

Art. 83 – No projeto e construção da casa de


interesse social, serão admitidos os seguintes mínimos:
I - pé direito de 2,40m em todas as peças;
II - área útil de 6,00m² nos quartos, desde que um, pelo menos, tenha
8,00m2 ;
III - área útil de 4,00m² na cozinha;
IV - área útil de 2,00m² no compartimento sanitário.

Art. 84 – Todas as paredes poderão ser de meio tijolo


de espessura e assentes com barro ou saibro, desde que:

I - sejam revestidas com argamassa de cal e areia;


II - haja impermeabilização entre os alicerces e as paredes;
III - os alicerces tenham espessura de um tijolo e sejam feitos com
argamassa adequada.

Art. 85 – A barra impermeável nas paredes, com


1,50m de altura, no mínimo, será obrigatória somente no compartimento sanitário.
Na cozinha deverá ser feito pelo menos rodapé de ladrilho ou de argamassa de
cimento.

Art. 86 – É permitida na cozinha, no compartimento


sanitário e nas passagens, pavimentação de tijolos com revestimento de
argamassa de cimento e areia de 1,50cm de espessura.

Art. 87 – É obrigatória a ligação do prédio às redes


urbanas de água e esgotos e, na falta destas, a construção de poço, com
instalação de bomba e reservatório de quinhentos litros, no mínimo, com
canalização para a cozinha e instalação sanitária, bem como é obrigatória a
instalação de fossa séptica, obedecidas as prescrições desta lei complementar.

Subseção VIII

Edificações Destinadas a Ensino – Escolas

Art. 88 – A área das salas de aula corresponderá no

93
* PLANO DIRETOR

mínimo a 1,00m² por aluno lotado em carteira dupla e de 1,20m², quando em


carteira individual.

Art. 89 – Os auditórios ou salas de grande


capacidade das escolas, ficam sujeitos também às seguintes exigências:
I - área útil não inferior a 0,80m² por pessoa;
II - ventilação natural, ou renovação mecânica de 50m² de ar por pessoa,
no mínimo, no período de 1 hora.
Art. 90 – A área de ventilação natural das salas de
aula deverá ser no mínimo igual à metade da superfície iluminante, a qual será
igual ou superior a 1/5 da área do piso.

§ 1º – Será obrigatória a iluminação natural unilateral


esquerda, sendo admitida a iluminação zenital, quando prevenido o ofuscamento.

§ 2º – A iluminação artificial, para que possa ser


adotada em substituição à natural, deverá ser justificada e aceita pela autoridade
sanitária e atender às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 91 – Os corredores não poderão ter larguras


inferiores a:

I - 1,50m para servir a até 200 alunos;


II - 1,50m acrescidos de:
a) 0,007m (sete milímetros) por aluno, de 200 a 500;
b) 0,005m (cinco milímetros) por aluno, de 501 a 1.000;
c) 0,003m (três milímetros) por aluno excedente de 1.000.

Art. 92 – As escadas e rampas deverão ter em sua


totalidade, largura não inferior à resultante da aplicação dos critérios de
dimensionamento dos corredores, para a lotação do pavimento a que servem,
acrescida da metade daquela necessária para a lotação do pavimento
imediatamente superior.

§ 1º – Para os efeitos deste artigo serão


considerados os dois pavimentos que resultem no maior valor;

§ 2º – As escadas não poderão apresentar trechos


em leque; os lances serão retos, não ultrapassarão a 16 degraus e estes não terão
espelhos com mais de 0,16m, nem piso com menos de 0,30m, e os patamares
terão extensão não inferior a 1,50m;

§ 3º – As escadas deverão ser dotadas


obrigatoriamente de corrimão;
§ 4º – O número de escadas será de 2 no mínimo,

94
* PLANO DIRETOR

dirigidas para saídas autônomas;

§ 5º – As rampas não poderão apresentar declividade


superior a 12% e serão revestidas de material não escorregadio, sempre que
acima de 6%.

Art. 93 – As escolas deverão ter compartimentos


sanitários, devidamente separados para uso de cada sexo.
§ 1º – Esses compartimentos, em cada pavimento,
deverão ser dotados de bacias sanitárias em número correspondente, no mínimo,
a uma para cada 25 alunas; uma para cada 40 alunos; um mictório para cada 40
alunos; e um lavatório para cada 40 alunos ou alunas.

§ 2º - As portas das celas em que estiverem situadas


as bacias sanitárias deverão ser colocadas de forma a deixar vãos livres de 0,15m
de altura na parte inferior e de 0,30m, no mínimo, na parte superior.

§ 3º - Deverão, também, ser previstas instalações


sanitárias para professores que deverão atender, para cada sexo, à proporção
mínima de uma bacia sanitária para cada 10 salas de aula; e os lavatórios serão
em número não inferior a um para cada 6 salas de aula.

§ 4º - É obrigatória a existência de instalações


sanitárias nas áreas de recreação, na proporção mínima de 1 bacia sanitária e 1
mictório para cada 200 alunos; uma bacia sanitária para cada 100 alunas e um
lavatório para cada 200 alunos ou alunas. Quando for prevista a prática de
esportes ou educação física, deverá haver também chuveiros, na proporção de um
para cada 100 alunos ou alunas e vestiários separados, com 5,00m², para cada
100 alunos ou alunas, no mínimo.

Art. 94 – É obrigatória a instalação de bebedouros de


jato inclinado e guarda protetora na proporção mínima de 1(um) para cada 200
alunos, vedada sua localização em instalações sanitárias; nos recreios, a
proporção será de 1(um) bebedouro para cada 100 alunos;

Parágrafo Único – Nos bebedouros, a extremidade


do local de suprimento de água deverá estar acima do nível de transbordamento
do receptáculo.

Art. 95 – Os compartimentos ou locais destinados à


preparação, venda ou distribuição de alimentos ou bebidas, deverão satisfazer às
exigências para estabelecimentos comerciais de gênero alimentícios, no que lhe
forem aplicáveis.

Art. 96 – As áreas destinadas à administração e ao

95
* PLANO DIRETOR

pessoal de serviço, deverão atender às prescrições para locais de trabalho, no que


aplicáveis.

Art. 97 – Nos intervalos, além das disposições


referentes a escolas, serão observadas as referentes habitações, aos dormitórios
coletivos, quando houver, e aos locais de preparo, manipulação e consumo de
alimentos, no que lhe forem aplicáveis.

Parágrafo Único – Deverá haver, também, nos


internatos, local para consultório médico, com leitos anexos.

Art. 98 – Nas escolas de 1.º grau é obrigatória a


existência de local coberto para recreio, com área, no mínimo, igual a 1/3 (um
terço) da soma das áreas das salas de aula.

Art. 99 – As áreas de recreação deverão ter


comunicação com o logradouro público que permita escoamento rápido dos
alunos, em caso de emergência; para tal fim, as passagens não poderão ter
largura total inferior à correspondente a 1cm por aluno, nem vão inferiores a 2
metros.

Art. 100 – As escolas ao ar livre, parques infantis e


congêneres, obedecerão às exigências desta lei complementar no que aplicáveis.

Art. 101 – Os reservatórios de água potável das


escolas terão capacidade, adicional a que for exigida para combate a incêndio, não
inferior à correspondente a 50 litros por aluno.

Parágrafo Único – Esse mínimo será de 100litros por


aluno, nos semi-internatos e de 150 litros por aluno nos internatos.

Subseção IX

Piscinas

Art. 102 – Para efeito desta lei complementar, as


piscinas se classificam nas quatro categorias seguintes:

I - piscinas de uso público – as utilizáveis pelo público em geral;


II - piscinas de uso coletivo restrito – as utilizáveis por grupos restritos, tais
como, condomínios, escolas, entidades, associações, hotéis, motéis e
congêneres;

96
* PLANO DIRETOR

III - piscinas de uso familiar – as piscinas de residências unifamiliares;


IV - piscinas de uso especial – as destinadas a outros fins que não o
esporte ou a recreação, tais como as terapêuticas e outras.

Art. 103 – Nenhuma piscina poderá ser construída ou


funcionar, sem que atenda às especificações do projeto aprovado pela autoridade
sanitária, obedecidas as disposições desta lei complementar e de outras normas
técnicas aplicáveis.
§ 1º - As piscinas de uso público e de uso coletivo
restrito, deverão possuir alvará de funcionamento, que será fornecido pela
autoridade sanitária após a vistoria de suas instalações.

§ 2º - As piscinas de uso familiar e de uso especial


ficam dispensadas das exigências desta lei complementar.

Art. 104 – É obrigatório o controle médico sanitário


dos banhistas que utilizem as piscinas de uso público e de uso coletivo restrito.
Parágrafo Único – As medidas de controle médico
sanitário serão ajustadas ao tipo de estabelecimento ou de local em que se
encontra a piscina, segundo o que for disposto em regulamento especial.

Art. 105 – As piscinas constarão, no mínimo, de


tanque, sistema de circulação ou de recirculação, vestiários e conjuntos de
instalações sanitárias.

Art. 106 – O tanque obedecerá às seguintes


especificações mínimas:

I - revestimento interno de material resistente, liso e impermeável;


II - o fundo não poderá ter saliências, reentrâncias ou degraus;
III - a declividade do fundo, em qualquer parte da piscina, não poderá ter
mudanças bruscas; e, até 1,80m de profundidade, não será maior do que
7%;
IV - as entradas de água deverão estar submersas e localizadas de modo a
produzir circulação em todo o tanque.

§ 1º - O tanque deverá estar localizado de maneira a


manter um afastamento de, pelo menos 1,50m das divisas.

§ 2º - Em todos os pontos de acesso à área do


tanque é obrigatória a existência de lava-pés, com dimensões mínimas de 2,00m x
2,00m e de 0,2m de profundidade útil, nos quais deverá ser mantido cloro residual
acima de 25mg/litro.

Art. 107 – Os vestiários e as instalações sanitárias,

97
* PLANO DIRETOR

independentes por sexo, conterão, pelo menos:

I - bacias sanitárias e lavatórios na proporção de 1 para cada 60 homens e


1 para cada 40 mulheres;
II - mictórios na proporção de 1 para cada 60 homens;
III - chuveiros, na proporção de 1 para cada 40 banhistas.

§ 1º – Os chuveiros deverão ser localizados de forma


a tornar obrigatória a sua utilização antes da entrada dos banhistas na área do
tanque.
§ 2º - As bacias sanitárias deverão ser localizadas de
forma a facilitar a sua utilização antes dos chuveiros.

Art. 108 – A área do tanque será isolada, por meio de


divisória adequada.

Parágrafo Único – O ingresso nesta área só será


permitido após a passagem obrigatória por chuveiro.
Art. 109 – A água do tanque deverá atender às
seguintes condições:

I - permitir visibilidade perfeita, a observador colocado à beira do tanque,


de um azulejo negro de 0,15 x 0,15m, colocado na parte mais profunda do
tanque;
II - pH entre 6,7 e 7,9;
III – cloro residual disponível entre 0,5 a 0,8 mg/litro.

Art. 110 – Serão regulamentados por normas


especiais, a qualidade da água utilizada nas piscinas, os projetos de piscinas, os
requisitos sanitários de uso, de operação e de manutenção, bem como o controle
médico sanitário dos banhistas.

Subseção X

Colônias de Férias e Acampamentos

Art. 111 – Às colônias de férias se aplicam as


disposições referentes a hotéis e similares bem como as relativas aos locais de
reunião e de banho, quando for o caso.

Art. 112 – As colônias de férias e os acampamentos


de trabalho ou de recreação só poderão ser instalados em local de terreno seco e

98
* PLANO DIRETOR

com declividade suficiente para o escoamento das águas pluviais.

Art. 113 – Quando o abastecimento de água da


colônia de férias ou acampamento se fizer água de superfície, o manancial será
convenientemente protegido; quando esse abastecimento se fizer por poços, estes
atenderão às exigências previstas nesta lei complementar.

Art. 114 – Nas colônias de férias e acampamentos é


obrigatória a existência de instalações sanitárias separadas para cada sexo na
proporção de uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 20
pessoas.

Art. 115 – Nenhum local de acampamento poderá ser


aprovado sem que possua:

I - sistema adequado de captação e distribuição de água potável e


afastamento de águas residuárias;
II - instalações sanitárias, independentes para cada sexo, em número
suficiente;
III - adequada coleta, afastamento e destino dos resíduos sólidos (lixo), de
maneira que satisfaça às condições de higiene;
IV - instalações adequadas para lavagem de roupas e utensílios.

Parágrafo Único – A qualidade da água de


abastecimento deverá ser demonstrada pelos responsáveis por locais de
acampamentos e colônias de férias, à autoridade sanitária, mediante resultados de
exames de laboratório, semestralmente, e sempre que solicitado.

Subseção XI

Cinemas, Teatros, Auditórios, Circos e Parques de Diversões de Uso Público

Art. 116 – As salas de espetáculos e auditórios, serão


construídos com materiais incombustíveis.

Art. 117 – Só serão permitidas salas de espetáculos


no pavimento térreo e no imediatamente superior, ou inferior, devendo em qualquer
caso, ser assegurado o rápido escoamento dos espectadores, inclusive com
rampas para acesso aos portadores de necessidades especiais.

Art. 118 – As portas de saída das salas de


espetáculos, deverão obrigatoriamente abrir para o lado de fora, e ter na sua

99
* PLANO DIRETOR

totalidade a largura correspondente a 1cm por pessoa prevista para lotação total,
sendo o mínimo de 2,00m por vão.

Art. 119 – Os corredores de saída atenderão ao


mesmo critério do artigo anterior.

Parágrafo Único – Quando houver rampas, sua


declividade não poderão exceder a 12%; quando acima de 6%, serão revestidas de
material não escorregadio. A largura das rampas será a mesma exigida para
escadas.
Art. 120 – As escadas terão larguras não inferiores a
1,50m e deverão apresentar lances retos de 16 degraus, no máximo, entre os
quais se intercalarão patamares de 1,50m de extensão, no mínimo, não podendo
apresentar trechos em leque.
§ 1º - Quando o número de pessoas que por elas
devem transitar for superior a 150, a largura aumentará à razão de 8mm por
pessoa excedente.

§ 2º - Os degraus não terão piso inferior a 0,30m nem


espelho superior a 0,16m.

§ 3º - O número de escadas será de 2, no mínimo,


dirigidas para saídas autônomas.

Art. 121 – As salas de espetáculos serão dotadas de


dispositivos mecânicos, que darão renovação constante de ar, com capacidade de
13,00m³ de ar exterior, por pessoa e por hora.

§ 1º - Quando instalado sistema de ar condicionado


será obedecido a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

§ 2º - Em qualquer caso, será obrigatória a instalação


de equipamentos de reserva.

Art. 122 – As cabines de projeção de cinemas


deverão satisfazer as seguintes condições:

I. área mínima de 12,00m², pé direito de 3,00m;


II. porta de abrir para fora e construção de material incombustível;
III. ventilação natural ou por dispositivos mecânicos;
IV. instalação sanitária.

Art. 123 – Os camarins deverão ter área não inferior


a 4,00 m² e serão dotados de ventilação natural ou por dispositivos mecânicos.

100
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único - Os camarins individuais ou


coletivos serão separados para cada sexo e servidos por instalações com bacias
sanitárias, chuveiros e lavatórios na proporção de 1 conjunto, para cada 5
camarins individuais ou para cada 20,00 m² de camarim coletivo.

Art. 124 – As instalações sanitárias destinadas ao


público, nos cinemas, teatros e auditórios, serão separadas por sexo e
independentes para cada ordem de localidade.
Parágrafo Único - Deverão conter, no mínimo, uma
bacia sanitária para cada 100 pessoas, um lavatório e um mictório para cada 200
pessoas, admitindo-se igualdade entre o número de homens e o de mulheres.

Art. 125 – Deverão ser instalados bebedouros, com


jato inclinado, fora das instalações sanitárias, para uso dos freqüentadores, na
proporção mínima de um para cada 300 pessoas.

Art. 126 - As paredes dos cinemas, teatros, auditórios


e locais simulares, na parte interna deverão receber revestimento ou pintura lisa,
impermeável e resistente, até a altura de 2,00m. Outros revestimentos poderão ser
aceitos, a critério da autoridade sanitária, tendo em vista a categoria do
estabelecimento.

Art. 127 – Para os efeitos desta lei complementar,


equiparam-se no que for aplicável, aos locais referidos no artigo anterior, os
templos maçônicos e congêneres.

Art. 128 – Os circos, parques de diversões e


estabelecimentos congêneres deverão possuir instalações sanitárias provisórias,
independentes para cada sexo, na proporção mínima de uma bacia sanitária e um
mictório para cada 200 frequentadores em compartimentos separados.

§ 1º - Na construção dessas instalações sanitárias


poderá ser permitido o emprego de madeira e de outros materiais em placas,
devendo o piso receber revestimento liso e impermeável.

§ 2º - Será obrigatória a remoção das instalações


sanitárias construídas nos termos do parágrafo anterior, e o aterro das fossas, por
ocasião da cessação das atividades que a elas deram origem.

Art. 129 – Os estabelecimentos previstos nesta


Seção estão sujeitos a vistoria pela autoridade sanitária, para efeito de
licenciamento pela autoridade competente.

Parágrafo Único – Constatado em vistoria que o


local apresenta condições sanitárias satisfatórias, será expedido o correspondente

101
* PLANO DIRETOR

“Certificado de Vistoria Sanitária”.

Art. 130 – Sobre as aberturas de saída das salas de


espetáculo propriamente ditas é obrigatória a instalação de luz de emergência, de
cor vermelha, e ligada a circuito autônomo de eletricidade.

Subseção XII

Locais de Reunião para fins religiosos

Art. 131 - Consideram-se locais de reunião para fins


religiosos os seguintes:

I - templos religiosos e salões de cultos;


II - salões de agremiações religiosas.

Art. 132 – As edificações de que trata esta Seção


deverão atender, além das normas e especificações gerais para edificações, mais
aos seguintes requisitos:

I - as aberturas de ingresso e saída em número de 2, no mínimo, não terão


largura menor que 2,00m e deverão abrir para fora e serem autônomas;
II - o local de reunião ou de culto, deverá ter:
a) o pé-direito não inferior a 4,00m;
b) área do recinto dimensionada segundo a lotação máxima prevista;
c) ventilação natural ou por dispositivos mecânicos, capaz de
proporcionar suficiente renovação de ar exterior.

Parágrafo Único – Quando instalado sistema de


condicionamento de ar, este deverá obedecer às Normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas.

Art. 133 – As edificações de que trata este ítem,


deverão dispor, além das privativas, instalações sanitárias para eventual uso dos
frequentadores, separadas por sexo, com acessos, independentes, e constantes,
pelo menos de:

I - um compartimento para homens, contendo bacia sanitária, lavatório e


mictório;
II - um compartimento para mulheres, contendo bacia sanitária e lavatório.
Parágrafo nico – Quando abrigarem outras atividades anexas, como
escolas, pensionatos ou residências, deverão satisfazer as exigências

102
* PLANO DIRETOR

próprias da respectiva norma específica.

Subseção XIII

Necrotérios e Velórios

Art. 134 – Os necrotérios e velórios deverão ficar a


3,00m, no mínimo, afastados das divisas dos terrenos vizinhos a ser
convenientemente ventilados e iluminados.

Art. 135 – Os necrotérios deverão ter, pelo menos:

I - sala de necropsia, com área não inferior a 16,00m²; paredes revestidas


até a altura de 2,00m, no mínimo, e pisos de material liso, resistente,
impermeável e lavável; devendo contar pelo menos, com:
a) mesa para necropsia, de formato que facilite o escoamento de líquidos,
e feita ou revestida de material liso, resistente, impermeável e lavável;
b) lavatório ou pia com água corrente e dispositivo que permita a lavagem
das mesas de necropsia e do piso;
c) piso dotado de ralo;
II - câmara frigorífica para cadáveres com área de 8,00m²;
III - sala de recepção e espera;
IV - instalações sanitárias com, pelo menos, uma bacia sanitária, um
lavatório e um chuveiro para cada sexo.

Art. 136 – os velórios deverão ter, pelo menos:


I - sala de vigília, com área não inferior a 20,00m²;
II - sala de descanso e espera, proporcional ao número de salas de vigília;
III - instalações sanitárias com, pelo menos 1 bacia sanitária e um lavatório,
para cada sexo;
IV - bebedouro, fora das instalações sanitárias e das salas de vigília.

Parágrafo Único – São permitidas copas e locais


adequadamente situados.

Subseção XIV

Cemitérios

Art. 137 – Os cemitérios serão construídos em áreas


elevadas, na contra vertente das águas que possam alimentar poços e outras

103
* PLANO DIRETOR

fontes de abastecimento.
Parágrafo Único – Em caráter excepcional, serão
tolerados, a juízo da autoridade sanitária, cemitérios em regiões planas.

Art. 138 – Deverão ser isolados, em todo o seu


perímetro, por logradouros públicos ou outras áreas abertas, com largura mínima
de 15,00m, em zonas abastecidas por redes de água, e de 30,00m, em zonas não
providas de redes.
Art. 139 – O nível dos cemitérios deverá ser
suficientemente elevado de maneira a assegurar que as sepulturas não sejam
inundadas.

Art. 140 – O nível do lençol freático, nos cemitérios,


deverá ficar a 2,00m, no mínimo, de profundidade.

Parágrafo Único – Na dependência das condições


das sepulturas, deverá ser feito o rebaixamento suficiente desse nível.

Art. 141 – Os projetos de cemitérios deverão ser


acompanhados de estudos especializados, comprovando a adequabilidade do solo
e o nível do lençol freático.
Art. 142 – Nos cemitérios, deverá haver, pelo menos:

I - local para administração e recepção;


II - sala de necropsia atendendo aos requisitos exigidos nesta lei
complementar..
III - depósito de materiais e ferramentas;
IV - vestiários e instalação sanitária para os empregados;
V - instalações sanitárias para o público, separadas para cada sexo.

Parágrafo Único – A autoridade sanitária poderá


reduzir as exigências deste artigo em função das limitações sócio-econômicas do
município de localização do cemitério.

Art. 143 – Nos cemitérios, pelo menos 20% de suas


áreas serão destinadas a arborização ou ajardinamento.

§ 1º - Os jardins sobre jazigos não serão computados


para os efeitos deste artigo.

§ 2º - Nos cemitérios-parques poderá ser dispensada


a destinação da área mencionada neste artigo.

Art. 144 – Os vasos ornamentais não deverão


conservar água, afim de evitar a proliferação de mosquitos.

104
* PLANO DIRETOR

Subseção XV

Crematórios

Art. 145 – É permitida a construção de crematórios,


devendo seus projetos ser submetidos a prévia aprovação da autoridade sanitária.

Parágrafo Único – O projeto deverá estar instruído


com a aprovação do órgão encarregado da proteção do meio ambiente.

Art. 146 – Os crematórios deverão ser providos de


câmaras frigoríficas e de sala para necrópsia, devendo esta atender aos requisitos
mínimos estabelecidos neste Regulamento.

Art. 147 – Associadas aos crematórios deverão existir


áreas verdes ao seu redor, com área mínima de 20.000(vinte mil) m².

Subseção XVI

Indústrias, Fábricas e Grandes Oficinas

Art. 148 – Todos os locais de trabalho onde se


desenvolvam atividades industriais, fabris e de grandes oficinas deverão obedecer
às exigências deste Capítulo e de suas normas Técnicas Especiais.

Art. 149 – Antes de iniciada a construção, a


reconstrução a reforma ou a ampliação de qualquer edificação destinada a local de
trabalho deverá ser ouvida a autoridade sanitária quanto ao projeto, com suas
respectivas especificações.

Art. 150 – Para a aprovação do projeto, a autoridade


sanitária deverá levar em conta a natureza dos trabalhos a serem executados.

Parágrafo Único – O cumprimento deste artigo não


dispensa a observância de outras disposições federais, estaduais e municipais.

Art. 151 – Nenhuma edificação nova, ampliada ou


reformada poderá ser utilizada para local de trabalho, sem verificação de que foi
executada de acordo com o projeto e memoriais aprovados.

Parágrafo Único – A verificação referida neste artigo


se fará mediante vistoria pela autoridade sanitária que expedirá o correspondente

105
* PLANO DIRETOR

Alvará de Utilização.

Art. 152 - A autorização para instalação de


estabelecimento de trabalho em edificações já existentes é de competência do
órgão encarregado da higiene e segurança do trabalho, sem prejuízo da
competência da autoridade sanitária nos casos previstos nesta lei complementar.
Art. 153 – Os locais de trabalho não poderão ter
comunicação direta com dependências residenciais.

Art. 154 – Os compartimentos especiais destinados a


abrigar fontes geradoras de calor deverão ser isolados termicamente.

Art. 155 – As águas provenientes de lavagem dos


locais de trabalho deverão ser lançadas na rede coletora de esgotos ou ter outra
destinação conveniente, a critério da autoridade competente.

Art. 156 – Os locais de trabalho terão, como norma,


pé direito não inferior a 4,00m, assim consideradas a altura livre compreendida
entre a parte mais alta do piso e a parte mais baixa da estrutura do teto.

Parágrafo Único – A juízo da autoridade sanitária o


pé direito poderá ser reduzido a até 3,00m, desde que na ausência de fontes de
calor, e atendidas as condições de iluminação e ventilação condizentes com a
natureza do trabalho.
Art. 157 - Os pisos dos locais de trabalho serão
planos e em nível, construídos com material resistente, impermeável, lavável e não
escorregadio.

Art. 158 - As estruturas de sustentação e as paredes


de vedação serão revestidas com material liso, resistente, lavável e impermeável,
até 2,00m, de altura, no mínimo.

Art. 159 - As coberturas dos locais de trabalho


deverão assegurar proteção contra as chuvas e insolação excessiva.

Art. 160 – O interior dos locais de trabalho deverá, de


preferência, ter acabamento em cores claras.

Parágrafo Único – A juízo da autoridade sanitária,


outras exigências relativas aos pisos, paredes e forros poderão também ser
determinadas, tendo-se em vista o processo e as condições de trabalho.

Art. 161 – Em todas os locais de trabalho deverá


haver iluminação natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade.

106
* PLANO DIRETOR

§ 1º - A área para iluminação natural de um local de


trabalho deve corresponder, no mínimo, a um quinto da área total do piso.

§ 2º - Para a iluminação artificial, quando justificada


tecnicamente, deverão ser observadas as normas previstas na legislação sobre
higiene e segurança do trabalho.
Art. 162 – A iluminação deve ser adequada ao
trabalho a ser executado, evitando-se o ofuscamento, reflexos fortes, sombras e
contrastes excessivos.
Art. 163 - Os locais de trabalho deverão ter
ventilação natural ou artificial que proporcionem ambiente compatível com o
trabalho realizado.
§ 1º - A área total das aberturas de ventilação natural
dos locais de trabalho deverá ser, no mínimo, correspondente a dois terços da área
iluminante natural.

§ 2º - A ventilação artificial será obrigatória sempre


que a ventilação natural não preencher as condições e conforto térmico a juízo da
autoridade competente.

Art. 164 – Os corredores, quando houver, deverão


ser livres, dimensionados para proporcionar o escoamento seguro dos
empregados, e dirigidos para saídas de emergência.

Parágrafo Único - A largura dos corredores não


poderá ser inferior a 1,20m.

Art. 165 – As saídas de emergência terão portas


abrindo para o exterior e largura não menor que as dimensionadas para os
corredores.
Art. 166 – As rampas e as escadas deverão ser
construídas de acordo com as seguintes especificações:

I - a largura mínima da escada será de 1,20m, devendo ser de 16, no


máximo, o número de degraus entre patamares;
II - a altura máxima dos degraus (espelho) deverá ser de 0,16m, e a largura
(piso) de 0,30m;
III - serão permitidas rampas com 1,20m de largura, no mínimo, e
declividade máxima de 15%.

Art. 167 – Os locais de trabalho terão instalações


sanitárias separadas, para cada sexo, dimensionadas por turno de trabalho, nas
seguintes proporções:

I - uma bacia sanitária, um mictório, um lavatório e um chuveiro para cada

107
* PLANO DIRETOR

20 empregados do sexo masculino;


II - uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 20
empregados do sexo feminino.

Parágrafo Único – Será exigido um chuveiro para


cada 10 empregados nas atividades ou operações insalubres, nos trabalhos com
exposição a substâncias tóxicas, irritantes, alergizantes, poeiras ou substâncias
que provoquem sujidade e nos casos em que haja exposição a calor intenso.

Art. 168 – Os compartimentos das bacias sanitárias e


dos mictórios deverão ser ventilados para o exterior, não poderão ter comunicação
direta com os locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições; e
deverá existir entre eles ante câmaras com abertura para o exterior.

Art. 169 – As instalações sanitárias deverão atender


aos seguintes requisitos:

I - piso revestido de material resistente, liso, lavável e impermeável,


inclinado para os ralos, os quais serão providos de sifões;
II - paredes revestidas de material resistente, liso, impermeável e lavável,
até a altura de 2,00m, no mínimo;
III - portas que impeçam o seu devassamento.

Art. 170 – Os compartimentos com bacias sanitárias


deverão ter área mínima de 1,20m2 com largura mínima de 1,00m.

Parágrafo Único – No caso de agrupamento de


aparelhos sanitários da mesma espécie, os compartimentos destinados a bacias
sanitárias e chuveiros, serão separados por divisões com altura mínima de 2,00m,
tendo vãos livres de 0,15m de altura na parte inferior, e 0,35m de altura na parte
superior; área mínima de 1,20 m², com largura de 1,00m, e acesso mediante
corredor de largura maior que 0,90m.

Art. 171 – As instalações sanitárias deverão ser


alimentadas por água proveniente do sistema público de abastecimento de água e
esgotadas mediante ligação à rede pública.

Parágrafo Único – Quando o local não for


beneficiado pelos sistemas públicos de água e de esgotos, será obrigatória a
adoção de medidas a serem aprovadas pelas autoridades competentes, no que
concerne à provisão suficiente de água e à disposição dos esgotos e resíduos
líquidos industriais.

Art. 172 – Os reservatórios de água potável deverão


ter capacidade mínima correspondente a 70 litros por empregado.

108
* PLANO DIRETOR

Art. 173 – O equipamento das instalações sanitárias


deverá satisfazer às seguintes condições:

I - os aparelhos sanitários deverão ser de material cerâmico vitrificado,


ferro fundido esmaltado ou material equivalente sob todos os aspectos, e
atender às especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas,
sendo rigorosamente proibida a instalação de aparelhos sanitários
construídos de cimento;

II - não serão permitidos aparelhos ou canalizações das instalações


sanitárias de qualquer natureza, que apresentem defeitos ou soluções de
continuidade que possam acarretar infiltrações ou acidentes;

III - as bacias e os mictórios serão ligados diretamente ao ramal de


descarga ou tubo de queda; os demais aparelhos deverão ter seus
despejos conduzidos a um ralo sifonado, provido de inspeção.

Art. 174 – As bacias sanitárias deverão atender aos


seguintes requisitos:

I - ser instaladas em compartimentos individuais ventilados direta ou


indiretamente para o exterior;
II - não poderão estar envolvidas com quaisquer materiais como caixas de
madeira, blocos de cimento, cerâmica e outros;
III - os seus receptáculos deverão fazer corpo com os respectivos sifões,
devendo permanecer na bacia uma quantidade de água suficiente para
impedir a aderência de dejetos;
IV - serão providas de dispositivos que impeçam a aspiração de água
contaminada no aparelho para a tubulação de água.

Art. 175 – Os mictórios deverão ser de fácil limpeza e


atender aos seguintes requisitos:

I - poderão ser do tipo cuba ou calha;


II - deverão ser providos de descarga contínua ou intermitente, provocada
ou automática;
III - no mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento de 0,60m
corresponderá a um mictório do tipo cuba;
IV - os mictórios do tipo cuba, de uso individual, deverão ser separados
entre si, por uma distância de 0,60m, no mínimo, de eixo a eixo.

Art. 176 – Os lavatórios deverão atender ao seguinte:

I - devem estar situados no conjunto de instalações sanitárias ou em local

109
* PLANO DIRETOR

adequado;
II - poderão ser do tipo individual ou coletivo devendo, neste último, cada
torneira corresponder a um lavatório individual, desde que estejam
separadas por distâncias não inferiores a 0,60m.

Art. 177 - Em todos os locais de trabalho deverá ser


proporcionada aos empregados água potável em condições higiênicas, sendo
obrigatória a existência de bebedouros de jato inclinado e guarda protetora,
proibida sua instalação em pias ou lavatórios.

Parágrafo Único – Os bebedouros serão instalados


na proporção de um para cada 200 empregados, sendo que o local de suprimento
de água deverá estar acima do nível de transbordamento do receptáculo.
Art. 178 – Junto aos locais de trabalho serão exigidos
vestiários separados, para cada sexo.

§ 1º – Os vestiários terão área correspondente a


0,35m² por empregado que neles deva ter armário, com o mínimo de 6,00m² .

§ 2º – As áreas para vestiários deverão ter


comunicação com as de chuveiros, ou ser a estas conjugadas.

Art. 179 – Nos estabelecimentos em que trabalhem


mais de 30 empregados é obrigatória a existência de refeitório, ou local adequado
a refeições, atendendo aos requisitos estabelecidos nesta Subseção.

Parágrafo Único – Quando houver mais de 300


empregados é obrigatória a existência de refeitório com área de 1,00m² por
usuário, devendo abrigar de cada vez 1/3 do total de empregados em cada turno
de trabalho.

Art. 180 – O refeitório ou local adequado para


refeições obedecerá aos seguintes requisitos mínimos:

I - piso revestido com material resistente, liso e impermeável;


II - forro de material adequado, podendo ser dispensado em casos de
cobertura que ofereça proteção suficiente;
III - paredes revestidas com material liso, lavável, resistente e
impermeável, até a altura de 2,00m, no mínimo.
IV - ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na presente
lei complementar;
V - água potável;
VI - lavatórios individuais ou coletivos;
VII - cozinha, no caso de refeições preparadas no estabelecimento; ou
local adequado, com fogão, estufa ou similar, quando se tratar de simples

110
* PLANO DIRETOR

aquecimento das refeições.

Parágrafo Único – O refeitório ou local adequado a


refeições não poderá comunicar-se diretamente com os locais de trabalho,
instalações sanitárias e com locais insalubres ou perigosos.
Art. 181 – Em casos excepcionais, considerando as
condições de duração, natureza do trabalho e peculiaridades locais, poderão ser
dispensadas as exigências de refeitório e cozinha.

Art. 182 – O estabelecimento em que trabalhem 30


ou mais mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade, e que não mantenha
convênio nos termos da legislação federal pertinente, deverá dispor de creche ou
local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar, sob vigil6ancia e
assistência, os seus filhos no período de amamentação.

§ 1º – O local a que se refere o presente artigo


obedecerá aos seguintes requisitos:

a) berçário, com área mínima de 3,00m² por criança e no mínimo 6,00m², devendo
haver entre os berços e entre estes e as paredes, a distância mínima de 0,50m
(cinqüenta centímetros);
b) saleta de amamentação, com área mínima de 6,00 m², provida de cadeiras ou
banco-encosto, para que as mulheres possam amamentar seus filhos em
adequadas condições de higiene e conforto;
c) cozinha dietética para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietéticos para
as crianças ou para as mães, com área de 4,00m², no mínimo;
d) pisos e paredes, revestidas até a altura mínima de 1,50m, de material liso,
resistente, impermeável e lavável;
e) compartimento de banho e higiene das crianças, com área de 3,00m², no
mínimo;
f) instalações sanitárias para uso das mães e do pessoal da creche.

§ 2º - O número de leitos no berçário obedecerá a


proporção de 1(um) leito para cada grupo de 30 empregadas entre 16 e 40 anos de
idade.

Art. 183 – Nos estabelecimentos em que trabalhem


mais de 10 operários deverá existir compartimento para ambulatório, destinado a
socorros de emergência, com 6,00m², de área mínima com:

I - paredes revestidas até a altura de 1,50m, no mínimo, com material liso,


resistente, impermeável e lavável;
II - piso revestido com material liso, resistente, impermeável e lavável.

111
* PLANO DIRETOR

Subseção XVII

Outros Locais de Trabalho

Art. 184 – Outros locais de trabalho onde se exerçam


atividades de comércio, serviços, bem como indústrias de pequeno porte,
atenderão às normas previstas na Seção I deste Capítulo, no que lhes forem
aplicáveis, ajustadas as suas dimensões e peculiaridades.

Art. 185 – O pé direito dos locais referidos nesta


Seção será, como regra, não inferior a 3,00m, podendo ser admitidas, desde que
devidamente justificadas, reduções até 2,70m.

Art. 186 – Os vestiários, em casos devidamente


justificados, poderão ter área inferior a 6,00m², a critério da autoridade sanitária.

Art. 187 – Aos locais de trabalho para pequenas


oficinas e indústrias de pequeno porte aplicam-se as seguintes disposições:

I - oficinas de marcenaria desde que utilizem somente máquinas portáteis


deverão ter compartimento de trabalho, com área não inferior a 20,00m², e
serão dotadas de instalação sanitária e, quando necessário, de vestiário
com chuveiro;
II - oficinas de borracheiro:
a) deverão dispor, além dos compartimentos destinados ao conserto de
pneus e à venda de materiais, de área ou pátio de trabalho;
b) quando não integradas ou conjugadas a outro local de trabalho que
disponha de instalação sanitária deverão ter suas próprias, além de
vestiário com chuveiro, quando necessário;
III - oficinas de funilaria e serralheria:
a) os locais de trabalho para oficinas de serralheria e funilaria não poderão
fazer parte de edificações para habitação ou escritórios;
b) deverão dispor, no mínimo de: compartimento de trabalho com área não
inferior a 20,00m², compartimento especial para aparelhos de solda a gás,
instalação sanitária e, quando necessário, vestiário com chuveiro;
IV - oficinas de tinturaria: deverão dispor de, pelo menos, área coberta para
atendimento ao público, compartimento de trabalho com 20,00m², no
mínimo, área de secagem, instalação sanitária e, quando necessário,
vestiário com chuveiro;
V - oficinas de sapateiro e de vidraceiro: deverão ser constituídas, no
mínimo, de compartimento de trabalho, instalação sanitária e, quando
necessário, de vestiário com chuveiro;
VI - oficinas mecânicas diversas:
a) os locais para oficinas mecânicas não poderão fazer parte de
edificações para habitação ou escritórios;

112
* PLANO DIRETOR

b) deverão dispor de, pelo menos, compartimentos de trabalho com área


suficiente a evitar trabalhos nos passeios, de instalação sanitária e, quando
necessário, de vestiário com chuveiro;
c) quando houver trabalhos de solda ou pintura, deverão dispor de
compartimentos separados, adequados a essas atividades.
§ 1º - Outros tipos de locais não mencionados neste
artigo terão as exigências mínimas estabelecidas pela autoridade sanitária,
segundo critério de exigências mínimas estabelecidas pela autoridade sanitária,
segundo critério de similaridade.

§ 2º - Os pisos dos locais a que se refere este artigo


serão revestidos de material resistente, impermeável, liso e lavável e as paredes
com barra impermeável até 2,00m de altura, no mínimo.

Art. 188 – Os alojamentos provisórios para


trabalhadores, destinados a serviços a céu aberto, deverão ser adequados a
oferecer proteção contra o frio, a umidade ou os ventos, e dispor de suprimento de
água potável e adequada disposição de esgotos.

Parágrafo Único – Quando localizados em áreas


insalubres, serão também tomadas as medidas necessárias a prevenir a
transmissão de endemias.

Subseção XVIII

Edifícios de Escritórios

Art. 189 – Os edifícios para escritórios atenderão às


normas gerais, referentes às edificações, complementadas pelo disposto neste
Capítulo.

Art. 190 – Deverão ter dutos de queda para lixo e


compartimento para seu depósito, com capacidade suficiente para 24 horas, no
mínimo.
§ 1º - Os dutos deverão ter abertura acima da
cobertura do prédio, provida de tela e serão de material que permita lavagens e
desinfecções periódicas, devendo sua superfície ser lisa e impermeável.

§ 2º - Em casos especiais a critério da autoridade


sanitária, poderá ser dispensada a exigência deste artigo.

Art. 191 – No recinto das caixas de escada não


poderão existir aberturas diretas para equipamentos e dispositivos de coleta de

113
* PLANO DIRETOR

lixo.
Art. 192 – Deverão ter, em cada pavimento,
instalações sanitárias separadas, para cada sexo, com acessos independentes.

§ 1º - As instalações sanitárias para homens serão na


proporção de uma bacia sanitária, um lavatório e um mictório para cada 200m² ou
fração de área útil de salas.

§ 2º - As instalações sanitárias para mulheres serão


na proporção de uma bacia sanitária e um lavatório para cada 200m² ou fração de
área útil de salas.
Art. 193 – É obrigatória a existência de depósito de
material, compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo do
pessoal encarregado da limpeza do prédio

Parágrafo Único – Essa exigência poderá ser


dispensada, a juízo da autoridade sanitária, nos edifícios que comprovadamente
pelas suas dimensões e características a justifiquem.

Art. 194 – Nos edifícios de escritórios não será


permitido depositar materiais ou exercer atividades que, pela sua natureza,
representem perigo ou sejam prejudiciais à saúde.

Parágrafo Único – A instalação nesses edifícios, de


farmácias, consultórios médicos e congêneres, bem como, estabelecimentos
comerciais de alimentos, está sujeita às prescrições desta lei complementar e
outras Normas Técnicas Especiais, para tais atividades ou estabelecimentos.

Art. 195 – É obrigatória a instalação de elevadores de


passageiros nos edifícios que apresentam piso de pavimento a uma distância
vertical maior que 10,00m, contada a partir do nível da soleira do andar térreo.”

§ 1º - Não será considerado o último pavimento,


quando for de uso privativo do penúltimo, ou quando destinado exclusivamente a
serviços do edifício ou habitação do zelador.

§ 2º - Em caso algum os elevadores poderão


constituir o meio exclusivo de acesso aos pavimentos do edifício.

§ 3º - Quando o edifício possuir mais de 8


pavimentos deverá ser provido de dois elevadores, no mínimo.

114
* PLANO DIRETOR

Subseção XIX

Lojas, Armazéns, Depósitos e Estabelecimentos Congêneres

Art. 196 – As lojas, armazéns, depósitos e


estabelecimentos congêneres estão sujeitos às prescrições referentes aos locais
de trabalho em geral, no que lhe forem aplicáveis.

§ 1º - Os estabelecimentos com área até 50,00m²


terão, no mínimo uma instalação sanitária com bacia e lavatório, em
compartimentos separados; e aqueles com área superior obedecerão ao mesmo
critério estabelecido para edifícios de escritórios.

§ 2º - A autoridade sanitária poderá admitir reduções,


devidamente justificadas, bem como exigir além do previsto no § 1º, quando
necessário.
Art. 197 – Serão permitidas as galerias internas de
acesso a estabelecimentos comerciais, em qualquer pavimento, desde que suas
larguras correspondam a 1/20 (um vigésimo) de seu comprimento, com largura
mínima de 4,00 m.

§ 1º - O pé direito dessas galerias deverão ser de


3,00m, no mínimo.

§ 2º - As instalações sanitárias em galerias deverão


satisfazer os requisitos estipulados para cada estabelecimento, em função de sua
utilização, a critério da autoridade sanitária.

Subseção XX

Garagens, Oficinas, Postos de Serviço e de Abastecimento de Veículos

Art. 198 – As garagens, oficinas, postos de serviço e


de abastecimento de veículos estão sujeitos às prescrições referentes aos locais
de trabalho em geral, no que lhe forem aplicáveis.

Art. 199 – Os serviços de pintura nas oficinas de


veículos deverão atender às prescrições referentes ao controle da poluição do ar,
estabelecidas pelo órgão encarregado da proteção do meio ambiente.

Art. 200 – Os despejos das garagens, oficinas,

115
* PLANO DIRETOR

postos de serviços e de abastecimento de veículos, nos quais seja feita lavagem


ou lubrificação deverão passar por instalação retentora de areia e graxa, aprovada
pelo órgão competente.

Subseção XXI

Aeroportos, Estações Rodoviárias, Ferroviárias, Portuárias e


Estabelecimentos Congêneres

Art. 201 – Os aeroportos, estações rodoviárias,


ferroviárias, portuárias e estabelecimentos congêneres deverão atender aos
requisitos mínimos seguintes:

I - paredes até 2,00m de altura, no mínimo, e os pisos em todos os locais


de uso público, serão revestidos de material resistente e lavável;
II - os locais de uso pessoal de serviço deverão atender às prescrições
referentes a locais de trabalho;
III - o reservatório de água potável terá capacidade mínima equivalente ao
consumo diário.
IV - terão bebedouros de jato inclinado, com grade protetora, na proporção
de um para cada 300m², ou fração de área de espera, atendimento e
recepção, localizados fora dos compartimentos sanitários;
V - terão nos locais de uso público, recipientes adequados para lixo;
VI - os esgotos estarão sujeitos a exigências especiais da autoridade
sanitária, mesmo quando lançados na rede pública;
VII - a retirada, o transporte e a disposição de excretos e do lixo,
procedentes de aeronaves e veículos, deverão atender às exigências da
autoridade sanitária competente;
VIII - os locais onde se preparem, manipulem, sirvam ou vendam
alimentos, deverão obedecer às disposições relativas a estabelecimentos
comerciais de alimentos no que lhes forem aplicáveis.
Art. 202 – As instalações sanitárias serão separadas,
para o pessoal de serviço e para uso do público, e satisfarão às seguintes
exigências:

I - as de pessoal de serviço atenderão às normas estabelecidas para locais


de trabalho;
II - as de uso público serão separadas, para cada sexo, com acessos
independentes e atenderão às proporções mínimas seguintes quando
forem para homens:
a) até 150 m² de área de atendimento, espera e recepção: uma bacia
sanitária, um lavatório e um mictório;
b) de 151 a 500m²: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois mictórios;

116
* PLANO DIRETOR

c) 501 a 1.000m²: três bacias sanitárias, três lavatórios e três mictórios:


d) acima de 1.000m²: três bacias sanitárias, três lavatórios e três mictórios,
mais uma bacia sanitária, um lavatório e um mictório para cada 500m² ou
fração, excedentes de 1.000m².
III - quando se tratar de instalações sanitárias destinadas às mulheres, a
proporção será a mesma do item II, excluídos o mictórios.
Subseção XXII

Institutos de Beleza sem Responsabilidade Médica, Salões de Beleza,


Cabeleireiros, Barbearias, Casas de Banho e Congêneres

Art. 203 - Os locais em que se instalarem institutos


de beleza sem responsabilidade médica ou salões de beleza, cabeleireiros e
barbearias terão:

I - área não inferior a 10,00m², com largura mínima de 2,50m, para o


máximo de cadeiras, sendo acrescidas de 5,00m², para cada cadeira
adicional;
II - paredes em cores claras, revestidas de material liso, resistente e
impermeável até a altura de 2,00m, no mínimo;
III - piso revestido de material liso, resistente e impermeável;
IV - um lavatório, no mínimo;
V - instalação sanitária própria.

Art. 204 – Os estabelecimentos de que trata esta


seção estão sujeitos a vistoria pela autoridade sanitária, e só poderão ser utilizados
para o fim a que se destinam, não podendo servir de acesso a outras
dependências.
Parágrafo Único – São permitidas outras atividades
afins, a critério da autoridade sanitária, respeitando as áreas mínimas exigidas.
Art. 205 – As casas de banho obedecerão às
disposições desta Seção no que lhes forem aplicáveis, e mais as seguintes:

I - as banheiras serão de ferro esmaltado ou de material aprovado pela


autoridade sanitária;
II - os compartimentos de banho terão área mínima de 3,00m², e
revestimento de azulejos claros em todas as paredes até a altura de
2,00m, no mínimo.

Art. 206 – É proibida a existência de aparelho de


fisioterapia nos estabelecimentos de que trata esta Seção.

Art. 207 – Em todos os estabelecimentos referidos


nesta Seção é obrigatória a desinfecção de locais, equipamentos e utensílios, na
forma determinada pela autoridade sanitária.

117
* PLANO DIRETOR

Subseção XXIII

Lavanderias Públicas

Art. 208 - As lavanderias públicas deverão atender,


no que lhes forem aplicáveis, a todas as exigências desta lei complementar e de
Normas Técnicas Especiais.

Art. 209 – Nas localidades em que não houver rede


coletora de esgotos, as águas residuárias terão tratamento e destino de acordo
com as exigências de legislação estadual sobre prevenção e controle da poluição
do meio ambiente.

Art. 210 – As lavanderias públicas serão dotadas de


reservatórios de água com capacidade e equivalente ao consumo diário, sendo
permitido o uso de água de poço ou de outras procedências, desde que não seja
poluída e que o abastecimento público seja insuficiente ou inexistente.

Art. 211 - As lavanderias públicas deverão possuir


locais destinados à secagem das roupas lavadas, desde que não disponham de
dispositivos apropriados para esse fim.

Subseção XXIV

Estabelecimentos de Assistência Médico-Hospitalar

Art. 212 – Os estabelecimentos de assistência


médico-hospitalar devem atender às exigências referentes às habitações e aos
estabelecimentos de trabalho em geral constante desta lei complementar e de
outras Normas Técnicas Especiais, além das disposições previstas na legislação
federal pertinente.

Subseção XXV

Estabelecimentos Industriais e Comerciais Farmacêuticos e Congêneres

Art. 213 – É expressamente proibida a instalação em


zonas urbanas de laboratório ou departamento de laboratório que fabrique
produtos biológicos e outros produtos que possam produzir risco de contaminação
aos habitantes.

118
* PLANO DIRETOR

Subseção XXVI

Estabelecimentos Industriais Farmacêuticos, Químico-Farmacêuticos, de


Produtos Biológicos e Congêneres, de Produtos Dietéticos, de Higiene,
Perfumes, Cosméticos e Congêneres

Art. 214 – Os estabelecimentos que fabriquem ou


manipulem drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e seus correlatos,
cosméticos, produtos de higiene, perfume e outros, dietéticos, produtos biológicos
e congêneres, que interessem à medicina e à saúde pública, além de obedecer
àquilo que diz respeito às habitações e aos estabelecimentos de trabalho em geral,
deverão ter:

I - locais independentes destinados à manipulação ou fabrico, de acordo


com as formas farmacêuticas;
II - local apropriado para lavagem e secagem de vidros e vasilhames;
III - sala para acondicionamento;
IV - local para laboratório de controle;
V - compartimento para embalagem dos produtos acabados;
VI - local para armazenamento de produtos acabados e de material de
embalagem;
VII - depósito para matéria-prima.

§ 1º - Estes locais terão área mínima de 12,00m²,


cada um, forro liso, de cor clara e material adequado, piso de material liso,
resistente e impermeável, paredes de cor clara revestidas até a altura de 2,00m,
no mínimo, de material liso, resistente e impermeável, devidamente aprovados
pela autoridade sanitária.

§ 2º - As áreas mínimas desses locais poderão ser


alteradas em função das exigências do processamento industrial adotado, a
critério da autoridade sanitária.

Art. 215 – O local onde se fabriquem injetáveis


deverá, além de satisfazer os requisitos do artigo anterior, possuir:

I - câmara independente destinada ao envasamento de injetáveis, com


área mínima de 12,00m² dotada de antecâmaras com área mínima de
3,00m², ambas com cantos arredondados, paredes e tetos de cor clara,
revestidos de material liso, impermeável e resistente aos produtos
normalmente aplicados para assepsia, com piso de material liso resistente
e impermeável, devidamente aprovados pela autoridade sanitária, e
equipadas com lâmpadas bactericidas, e sistema de renovação de ar
filtrado com pressão positiva:
II - sala para esterilização, com 12,00 m², no mínimo, e todas as demais

119
* PLANO DIRETOR

características do inciso anterior, dispensada a antecâmara.

Parágrafo Único – Nos locais mencionados neste


artigo é vedada a existência de saída para esgotos, salvo quando providas de
dispositivos especiais, aprovados pela autoridade sanitária.

Art. 216 – Quando o estabelecimento manipular


produtos que necessitem envasamento estéril deverá satisfazer as condições
gerais para o preparo de injetáveis e mais as seguintes:

I - compartimento adequadamente situado e destinado à esterilização de


vasilhames e materiais de envasamento, com o equipamento e
características exigidos no inciso I do artigo anterior;
II - compartimento para preparação e envasamento, com instalação de ar
condicionado, filtrado e esterilizado, com pressão positiva, e todos os
demais equipamentos e características exigidas no Inciso I do artigo
anterior;
III - conjunto vestiário composto de:
a) compartimento para trocar roupa, com chuveiro e lavatório;
b) compartimento estéril, com pressão positiva, equipado com lâmpadas
esterilizantes, ou instalação equivalente a critério da autoridade sanitária,
para vestir roupagem apropriada e esterilizada, comunicando-se
diretamente com a antecâmara determinada no inciso II deste artigo.

§ 1º - Os locais indicados nas alíneas “a” e “b” do


inciso III terão área mínima de 6,00m² cada.

§ 2º - Os pisos, tetos e superfícies das paredes


atenderão às condições estabelecidas no inciso I do artigo 215.

§ 3º - Nos locais mencionados nos incisos I, II e


alínea “b” do inciso III, é vedada a existência de saída para esgotos, salvo quando
providos de dispositivos especiais aprovados pela autoridade sanitária.

§ 4º - As exigências mínimas referentes às


antecâmaras, estabelecidas neste artigo, poderão ser modificadas em função das
características do processo industrial a ser utilizado, e a critério da autoridade
sanitária.

Art. 217 – Os estabelecimentos que fabriquem


produtos liofilizados deverão, além de satisfazer as condições gerais para o
preparo de injetáveis, possuir:

I - locais destinados à preparação dos produtos a serem liofilizados, atendendo às


exigências dos locais destinados ao fabrico de produtos farmacêuticos;

120
* PLANO DIRETOR

II - local de liofilização, com área mínima de 12,00m² satisfazendo as


características do inciso II do artigo 216

Parágrafo Único – Nos locais mencionados neste


artigo é vedada a existência de saída para esgotos, salvo quando provida de
dispositivos especiais, aprovados pela autoridade sanitária.
Art. 218 – Os estabelecimentos que fabriquem pós,
granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas, líquidos, cremes, pomadas e
produtos voláteis, deverão possuir, em função do processo industrial utilizado,
compartimentos adequados ao preparo e fabricação dessas formas farmacêuticas,
com as características seguintes: área mínima de 12,00 m², piso de material liso,
resistente e impermeável, paredes e teto de cor clara, revestida de material liso,
resistente e impermeável, cantos arredondados.

§ 1º - Os compartimentos devem ser dotados de ar


filtrado e de condições que impeçam a contaminação de um produto com
componentes de outros, e equipados com exaustores de ejeção filtrante do ar para
o exterior.

§ 2º - Os compartimentos onde se fabriquem produtos


com emprego de substâncias voláteis deverão possuir equipamento adequado
para a exaustão rápida de seus vapores.

§ 3º - Os produtos destinados à aplicação na pele ou


mucosas devem ser preparados em ambiente de ar filtrado, e de modo a evitar
toda e qualquer contaminação do material manipulado.

Art. 219 – Os estabelecimentos que fabriquem


produtos biológicos, além das exigências constantes do artigo anterior deverão
possuir:

I - biotério para animais inoculados;


II - sala destinada à montagem de material e ao preparo do meio de
cultura;
III - sala de esterilização e assepsia;
IV - forno crematório;
V - outras dependências que a tecnologia e controle venham a exigir.

Art. 220 – Quando forem realizadas as operações


próprias aos estabelecimentos a que se referem os artigos 214 a 219, em
estabelecimentos hospitalares e congêneres deverão estes cumprir as exigências
previstas neste ítem, segundo a natureza dos produtos fabricados e a critério da
autoridade sanitária.

Art. 221 – Os estabelecimentos a que se refere este

121
* PLANO DIRETOR

ítem deverão ter entradas independentes, não podendo suas dependências ser
utilizadas para outros fins, nem servir de passagem para outro local.

Art. 222 – Os estabelecimentos e compartimentos


industriais, que trabalhem com microorganismos patogênicos, deverão possuir
instalações para o tratamento de água e esgotos, devidamente aprovadas pelo
órgão competente estadual.

Art. 223 – Os estabelecimentos de que trata esta


Seção deverão possuir equipamentos especiais para evitar a poluição ambiental,
devidamente aprovadas pelo órgão estadual competente.

Art. 224 – As plantas e memórias dos


estabelecimentos de que trata esta Seção deverão receber visto prévio da
autoridade sanitária competente, antes de serem aprovados pelo órgão de
engenharia da Secretaria de Estado da Saúde ou da Prefeitura Municipal.

Subseção XXVII

Indústrias de Saneantes Domissanitários – Inseticidas, Raticidas,


Desinfetantes e Detergentes para Uso Doméstico

Art. 225 – As indústrias de saneantes domissanitários


– inseticidas, raticidas, desinfetantes e detergentes para uso doméstico – além de
atender as condições referentes às habitações e estabelecimentos de trabalho em
geral, deverão ter:
I - compartimento para fabricação;
II - compartimentos independentes para depósito de matéria-prima e de produto
acabado;
III - compartimento destinado à lavagem de vidros e de vasilhames;
IV - compartimento para laboratório de controle.

Parágrafo Único – Os compartimentos a que se


refere este artigo deverão ser independentes de residências e obedecerão ao
disposto no § 1º do artigo 228, podendo ser reduzida para 6,00m², no mínimo, a
área do compartimento destinado ao laboratório de controle, a critério da
autoridade sanitária.

Subseção XXVIII

Distribuidores, Representantes, Importadores e Exportadores de Drogas,


Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e seus Correlatos, Cosméticos,

122
* PLANO DIRETOR

Produtos de Higiene, Perfumes e outros, Dietéticos, Produtos Biológicos e


Estabelecimentos Congêneres

Art. 226 - O local para instalação dos distribuidores,


representantes, importadores e exportadores de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e seus correlatos, cosméticos, produtos de higiene, perfumes e
outros, dietéticos, produtos biológicos e estabelecimentos congêneres, que
interessem à medicina e à saúde pública, deve satisfazer, além disposições
concernentes às habitações e aos estabelecimentos de trabalho em geral, mais as
seguintes exigências:

I - área mínima de 12,00m²;


II - piso de material liso, resistente e impermeável e paredes pintadas de
cor clara, com barra de 2,00 metros, no mínimo, também de material liso,
resistente e impermeável a critério da autoridade sanitária;
III - forros pintados de cor clara.

Art. 227 – Se houver retalhamento, os


estabelecimentos de que trata esta Seção, deverão dispor também de:

I - compartimentos separados para o retalhamento de formas sólidas,


líquidas e gasosas;
II - compartimento para laboratório de controle;
III - compartimento para embalagem.

Parágrafo Único – Os compartimentos a que se


refere este artigo deverão satisfazer todas as exigências do artigo 226 podendo ser
reduzida para 6,00m², no mínimo, a área destinada ao laboratório de controle, a
critério da autoridade sanitária.

Art. 228 – Os estabelecimentos a que se refere esta


Seção deverão ter entrada independente, não podendo suas dependências ser
utilizadas para outros fins, nem servir de passagem para outro local do edifício.

Subseção XXIX

Farmácias, Drogarias, Ervanarias, Postos de Medicamentos, Unidades


Volantes e Dispensários de Medicamentos

Art. 229 – O local para a instalação de farmácia deve


satisfazer, além das disposições referentes à habitação e aos estabelecimentos de
trabalho em geral, mais as seguintes exigências:

123
* PLANO DIRETOR

I - piso de material liso, resistente e impermeável e paredes pintadas de cor


clara, com barra de 2,00 metros, no mínimo, também de material liso,
resistente e impermeável, a critério da autoridade sanitária;
II - forros pintados de cor clara;
III - compartimentos separados até o teto por divisões ininterruptas, de cor
clara, com as mesmas características previstas nos incisos I e II, e
destinados a:
a) mostruários e vendas de medicamentos, com área mínima de 20,00m²;
b) laboratório com área mínima de 10m²;
c) local para aplicação de injeções, quando houver, com área mínima de
3m².

Art. 230 – O local para instalação de drogaria, além


de satisfazer as exigências referentes às habitações e aos estabelecimentos de
trabalho em geral, deverá possuir no mínimo 20m² de área, e:

I - ter piso de material liso, resistente e impermeável e as paredes pintadas


de cor clara, com barra de 2,00m, no mínimo, também de material liso,
resistente e impermeável a critério da autoridade sanitária;
II - forro pintado de cor clara.

Parágrafo Único – Quando houver local para


aplicação de injeções, este deverá atender as exigências do inciso III e alínea “c”
do artigo anterior.

Art. 231 – O local para instalação de ervanarias


deverá obedecer no disposto no artigo 244, ficando vedada a existência de local
para aplicação de injeções.
Art. 232 – O local para instalação de postos de
medicamentos deverá obedecer, no que couber, ao disposto no artigo 230, a
critério da autoridade sanitária, e ter área mínima de 12m²

Art. 233 – O local para instalação de dispensários de


medicamentos deverá obedecer, no que couber, ao disposto no artigo 230, a
critério da autoridade sanitária, e ter área mínima de 12m².

Art. 234 – De acordo com as necessidades e


peculiaridades das regiões suburbanas e rurais menos favorecidas
economicamente, as exigências sobre as instalações e os equipamentos para o
licenciamento de estabelecimentos destinados à assistência farmacêutica, a que
se refere este ítem, poderão ser reduzidas a critério da autoridade sanitária,
resguardados os interesses da saúde pública.

Parágrafo Único - Em razão do interesse público,

124
* PLANO DIRETOR

quando devidamente justificado, o disposto neste artigo poderá ser aplicado nas
zonas urbanas dos municípios cujas condições sócio-econômicas não permitam a
integral satisfação das exigências nele mencionadas.

Art. 235 – Os veículos destinados às unidades


volantes deverão ser licenciados para transporte de carga, com a carroçaria
fechada e dispor de meios eficazes, a critério da autoridade sanitária, para
conservação dos produtos transportados.

Parágrafo Único – Quando se tratar de embarcações


ou aeronaves, estas deverão possuir compartimentos fechados e dispor de meios
eficazes a critério da autoridade sanitária, para conservação dos produtos
transportados

Art. 236 – Os estabelecimentos a que se refere esta


Seção deverão ter entrada independente, não podendo suas dependências ser
utilizadas para quaisquer outros fins, nem servir de passagem para qualquer outro
local do edifício.

Subseção XXX

Laboratório de Análises Clinicas, de Patologia Clínica, de Hematologia


Clínica, de Anatomia Patológica, de Citologia, de Líquido Céfalo-Raquidiano,
de Radioisotopologia “in vitro” e “in vivo” e Congêneres

Art. 237 – O local para instalação dos laboratórios de


análises clínicas, de patologia clínica, de hematologia clínica, de anatomia
patológica, de citologia, de líquido céfalo-raquidiano, de radioisotopologia “in vitro”
e “in vivo” e congêneres, além das disposições referentes às habitações e
estabelecimentos de trabalho em geral, deverão satisfazer mais as seguintes
exigências:

I - piso de material liso, resistente e impermeável, paredes pintadas de cor


clara, com barra lisa e impermeável até 2 metros de altura, no mínimo, e de
material adequado aprovado pela autoridade sanitária ou de azulejos de
cor clara;
II - forros pintados de cor clara;
III - compartimentos separados até o forro por paredes ou divisões
ininterruptas, de cor clara, destinados a:
a) recepção e colheita, com área mínima de 10m²
b) secretaria e arquivo, com área mínima de 10m²
c) laboratório, com área mínima de 20m².

125
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único – Os compartimentos destinados à


colheita de material e ao laboratório terão as mesmas características previstas nos
incisos I e II e serão providos de sanitários masculino e feminino, separados, e de
um box para colheita de material, com mesa ginecológica.

Art. 238 – Os estabelecimentos de que trata esta


seção deverão ter entrada independente, não podendo suas dependências ser
utilizada para outros fins nem servir de passagem para outro local.

Subseção XXXI

Órgãos Executivos de Atividade Hemoterápica

Art. 239 - Os locais destinados à instalação dos


órgãos executivos de atividade hemoterápica, além das exigências referentes a
habilitação e estabelecimentos de trabalho em geral, deverão satisfazer mais as
seguintes:

I - os órgãos executivos de caráter não industrial devem dispor de locais de


trabalho que permitam o correto desempenho de suas finalidades, pelas
condições ambientais no que refere, entre outras, a planta física,
revestimento, iluminação, aeração, conforto térmico e manutenção de
ambiente asséptico para execução de determinadas operações, além de
adequada infra-estrutura quanto a serviços de água, esgoto, energia
elétrica e sanitários para uso do pessoal e dos doadores;
II - os locais de trabalho devem ser isolados uns dos outros, a fim de
disciplinar as operações que se processem em cada um deles;
III - os pisos e as paredes dos locais destinados à coleta, controle,
armazenamento, seleção e transfusão de sangue, preparo de derivados e
de material técnico, devem ter revestimento liso e impermeável, facilmente
lavável;
IV - os órgãos de coleta devem estabelecer locais de atendimento ao
público, de forma a facilitar o acesso e a circulação dos doadores.

Art. 240 - A área total ocupada pelos órgãos


executivos de coleta e/ou aplicação não deverá ser inferior a:

I - 200m², no mínimo, para o serviço de hemoterapia, salvo quando


incorporado a ambiente hospitalar, quando poderá ter 60m² para uso
exclusivo de seleção de doadores e coleta de sangue. No ambiente
hospitalar poderão ser utilizados os serviços comuns referentes à sala de

126
* PLANO DIRETOR

espera, de doadores, secretaria, laboratório e salas de aplicação de


sangue;

II - 140m² para o Banco de Sangue;


III - 60m² para o Posto Fixo de Coleta;
IV - 30m² para a Agência Transfusional.
Subseção XXXI

Estabelecimentos de Assistência Odontológica

Art. 241 - Os locais destinados à assistência


odontológica, tais como clínicas dentárias (oficiais ou particulares), clínicas
dentárias especializadas e policlínicas dentárias populares, prontos-socorros
odontológicos, institutos odontológicos e congêneres, além das exigências
referentes à habitação e aos estabelecimentos de trabalho em geral, deverão
satisfazer mais as seguintes:

I - piso de material liso, resistente e impermeável, e paredes pintadas de


cor clara, com barra lisa e impermeável, até 2m de altura, no mínimo, de
material adequado, a critério da autoridade sanitária;
II - forros pintados de cor clara;
III - compartimentos, providos de portas, separados até o forro por paredes
ou divisões ininterruptas com área de 10m²;
a) recepção com área mínima de 10m²;
b) consultórios dentários com área mínima de 6m² cada;
c) água corrente e esgotos próprios, em cada consultório.

Art. 242 - Os estabelecimentos de que trata esta


seção devem ter entrada independente, não podendo suas dependências ser
utilizada para outros fins nem servir de passagem para outro local.

Subseção XXXII

Laboratório e Oficina de Prótese Odontológica

Art. 243 - O laboratório e a oficina de prótese


odontológica, além das exigências referentes à habitação e aos estabelecimentos
de trabalho em geral, deverão satisfazer mais as seguintes:

I - área mínima de 10m²;


II - piso de material liso, resistente e impermeável, paredes pintadas de cor

127
* PLANO DIRETOR

clara, com barra de material liso, resistente e impermeável até 2m de


altura, no mínimo, a critério da autoridade sanitária;
III - forro de cor clara;
IV - pia com água corrente.

§ 1º - As fontes de calor deverão ter isolamento


térmico adequado.
§ 2º - Quando forem utilizados combustíveis em
tubos ou botijões, os mesmos serão mantidos isolados e distantes da fonte de
calor.
§ 3º - Os gases, vapores, fumaças e poeiras deverão
ser removidos por meios adequados.

Art. 244 - Os estabelecimentos de que trata esta


seção deverão ter entrada independente, não podendo suas dependências ser
utilizada para outros fins nem servir de passagem para outro local.

Parágrafo Único - O laboratório de prótese


odontológica que não for utilizado exclusivamente pelo cirurgião-dentista não
poderá ter porta comunicante com o consultório dentário.

Subseção XXXIII

Institutos ou Clínicas de Fisioterapia e Congêneres

Art. 245 - Os Institutos ou Clínicas de Fisioterapia e


Congêneres além das disposições referentes à habitação e estabelecimentos de
trabalho em geral, e das condições específicas para locais dessa natureza terão
no mínimo:

I - sala para administração com área mínima de 10m²;


II - sala para exame médico, quando sujeitos à responsabilidade médica,
com área mínima de 10m²;
III - sanitários independentes para cada seção, separados do ambiente
comum;
IV - vestiários e sanitários para empregados, separados por sexo.

Art. 246 - A área, a ventilação e as especificações


dos pisos, forros e paredes dos locais para fisioterapia propriamente dita ficarão a
critério da autoridade sanitária.

Art. 247 - As salas de sauna e banho turco deverão

128
* PLANO DIRETOR

receber, durante todo o período do seu funcionamento, oxigênio em quantidade


adequada, através de dispositivos apropriados, a critério da autoridade sanitária.

Art. 248 - Os estabelecimentos de que trata esta


seção terão entrada independente, não podendo suas dependências ser utilizada
para outros fins, nem servir de passagem para outro local.
Subseção XXXIV

Institutos e Clínicas de Beleza sob responsabilidade Médica

Art. 249 - O local para instalação dos institutos e


clínicas de beleza sob responsabilidade médica, além das disposições referentes à
habitação e estabelecimentos de trabalho em geral, deverão satisfazer mais as
seguintes exigências:

I - piso de material liso, resistente e impermeável, paredes de cor clara com


barra lisa, resistente e impermeável, até 2m de altura, no mínimo, de
material aprovado pela autoridade sanitária;
II - forros de cor clara;
III - compartimentos separados até o forro por paredes ou divisões
ininterruptas de cor clara e destinados a:
a) recepção, com área mínima de 10m²;
b) consultas, com área mínima de 10m²;
c) aplicações, com área mínima de 10m².

Art. 250 - Os estabelecimentos de que trata esta


seção terão entrada independente, não podendo suas dependências ser utilizadas
para outros fins, nem servir de passagem para outro local.

Subseção XXXV

Casas de Artigos Cirúrgicos, Ortopédicos, Fisioterápicos e Odontológicos

Art. 251 - As casas de artigos cirúrgicos, ortopédicos,


fisioterápicos e odontológicos, além das disposições referentes à habitação e
estabelecimentos de trabalho em geral, deverão satisfazer mais as seguintes
exigências:

I - piso de material liso, resistente e impermeável, paredes de cor clara,


com barra lisa e impermeável até 2m de altura, no mínimo, de material

129
* PLANO DIRETOR

aprovado pela autoridade sanitária;


II - forros de cor clara;
III - compartimentos separados até o forro por paredes ou divisões
ininterruptas, com as características previstas no inciso I e destinados a:
a) loja ou recepção e mostruário, com área mínima de 10m²;
b) depósito ou oficina, quando houver, com área mínima de 10m².
Parágrafo Único - Nas casas de artigos ortopédicos
e fisioterápicos será permitido local com área mínima de 6m², para adaptação ou
demonstração desses artigos, por profissional legalmente habilitado e
especializado, vedada a instalação de qualquer aparelho de uso médico exclusivo.

Art. 252 - Os estabelecimentos de que trata esta


seção terão entrada independente, não podendo suas dependências ser utilizada
para outros fins nem servir de passagem para outro local.

Subseção XXXVI

Banco de Olhos Humanos

Art. 253 - O banco de olhos humanos, além das


disposições referentes à habitação e estabelecimentos de trabalho em geral,
deverá satisfazer mais as seguintes:

I - piso de material liso, resistente e impermeável, paredes e divisões de


cor clara, com barra até 2m de altura, no mínimo, de material liso e
impermeável, a critério da autoridade sanitária;
II - forros de cor clara;
III - salas ou compartimentos, separados até o forro por paredes ou
divisões ininterruptas, com área mínima de 10m², cada um, e destinados a:
a) unidade administrativa com recepção, secretaria e arquivo;
b) laboratório.
Parágrafo Único - O laboratório a que se refere o
item III deste artigo, com características de área estéril, será dotado de antecâmara
com área mínima de 3m², cantos arredondados, piso, paredes e forro de cor clara
revestidos de material liso, impermeável e resistente aos produtos aplicados para
assepsia; será equipado com lâmpadas bactericidas e sistema de ar filtrado com
pressão positiva, sendo vedada a existência de saída para esgoto, salvo quando
provida de dispositivo especial, aprovado pela autoridade sanitária.

Art. 254 - O banco de olhos humanos deverá ter


entrada independente, não podendo suas dependências ser utilizadas para outros
fins nem servir de passagem para outro local.

130
* PLANO DIRETOR

Subseção XXXVII

Banco de leite Humano

Art. 255 - O banco de leite humano, além dos


dispositivos referentes e aos estabelecimentos de trabalho em geral, deverá
satisfazer mais o seguinte:

I - piso de material liso, resistente e impermeável; paredes de cor clara com


barra até 2,00m de altura, no mínimo, lisa, resistente e impermeável, de
material adequado a critério da autoridade sanitária;
II - forro de cor clara;
III - compartimentos separados até o forro por paredes ou divisões
ininterruptas, de cor clara, e destinados a:
a) recepção e triagem, com área mínima de 10m²;
b) laboratório, com área mínima de 10m²;
c) coleta, com área mínima de 10m²;
d) esterilização, com área mínima de 6m².

Subseção XXXVIII

Estabelecimentos que Industrializem ou Comerciem Lentes Oftálmicas

Art. 256 - Os estabelecimentos que industrializem ou


comerciem lentes oftálmicas, além das disposições referentes a habitação e
estabelecimentos de trabalho em geral, deverão satisfazer mais o seguinte:

I - piso de material liso, resistente e impermeável; paredes de cor clara com


barra de 2m de altura, no mínimo, lisa, resistente e impermeável, de
material adequado a critério da autoridade sanitária;
II - forro de cor clara;
III - compartimentos separados por paredes ou divisões ininterruptas até o
forro, de cor clara e destinados a:
a) mostruário e venda, com área mínima de 10m²;
b) laboratório, com área mínima de 10m² e as características referidas nos
itens I e II.

Subseção XXXIX

131
* PLANO DIRETOR

Estabelecimentos Veterinários e Congêneres e Parques Zoológicos

Art. 257 – Os hospitais, clínicas e consultórios


veterinários, bem como os estabelecimentos de pensão e adestramento,
destinados ao atendimento de animais domésticos de pequeno corte, serão
permitidos dentro do perímetro urbano, em local autorizado pela autoridade
municipal, e desde que satisfeitas as exigências desta lei complementar e de
Normas Técnicas Especiais.

Art. 258 – Os canis dos hospitais e clínicas deverão


ser individuais, localizados em recinto fechado, providos de dispositivos destinados
a evitar a exalação de odores e a propagação de ruídos incômodos, construídos de
alvenaria com revestimento impermeável, podendo as gaiolas ser de ferro pintado
ou material inoxidável, com piso removível.

Art. 259 – Nos estabelecimentos de pensão e


adestramento, os canis poderão ser do tipo solário individual, devendo, neste caso,
ser totalmente cercados e cobertos por tela de arame e providos de abrigo.

Art. 260 – Os canis devem ser providos de esgotos


com destino adequado, dispor de água corrente e sistema apropriado de
ventilação.
Art. 261 – Os jardins ou parques zoológicos,
mantidos por entidades públicas ou privadas, poderão localizar-se no perímetro
urbano municipal e deverão satisfazer aos seguintes requisitos:

I - localização aprovada pelo Poder Público Municipal;


II - jaulas, cercados, fossos e demais instalações destinadas à
permanência de aves ou animais, distanciados 40m no mínimo, das divisas
dos terrenos vizinhos e dos logradouros públicos;
III - área restante, entre instalações e divisas, somente utilizável para uso
humano;
IV - manutenção em perfeitas condições de higiene.

Art. 262 – Os jardins ou parques zoológicos


existentes no perímetro urbano, na data da publicação desta lei complementar, que
não atendam aos requisitos do artigo anterior, serão fechados ou removidos no
prazo de um ano, a critério da autoridade sanitária, que levará em conta as
condições locais e os eventuais prejuízos à saúde pública.

Parágrafo Único – Para fins decorrentes da


deterioração do meio ambiente é obrigatória a licença de instalação do órgão
encarregado da proteção ambiental.

132
* PLANO DIRETOR

Subseção XL

Estabelecimentos Comerciais e Industriais de Gêneros Alimentícios

Art. 263 – Os estabelecimentos comercias e


indústrias de gêneros alimentícios, além das disposições relativas às habitações e
estabelecimentos de trabalho em geral, deverão ainda, naquilo que lhes for
aplicável, obedecer às exigências e possuir as dependências de que tratam os
primeiros dois ítens da presente seção.

Subseção XLI

Exigências

Art. 264 – Haverá, sempre que a autoridade sanitária


julgar necessário, torneiras e ralos dispostos de modo a facilitar a lavagem da
parte industrial e comercial do estabelecimento.
§ 1º - Todos os estabelecimentos terão,
obrigatoriamente, reservatório de água com capacidade mínima correspondente ao
consumo diário, respeitado o mínimo absoluto de 1.000 litros.

§ 2º - As caixas d’água, quando subterrâneas,


deverão ser devidamente protegidas contra infiltração de qualquer natureza.

Art. 265 – As paredes acima das barras e os forros


serão lisos e pintados com tinta impermeável de cor clara, lavável.

Art. 266 - As seções industriais e residenciais, e de


instalação sanitária, deverão formar conjuntos distintos na construção do edifício e
não poderão comunicar-se diretamente entre si a não ser por antecâmaras
dotadas de aberturas para o exterior.

Art. 267 – A critério da autoridade sanitária, os


estabelecimentos cuja natureza acarrete longa permanência do público, deverão
ter instalações sanitárias adequadas, à disposição de seus freqüentadores.

Art. 268 – As instalações sanitárias deverão ter piso


de material cerâmico, paredes revestidas até 2,00m no mínimo, com material
cerâmico vidrado, portas com molas e aberturas teladas.

Art. 269 – Os vestiários não poderão comunicar-se


diretamente com os locais de trabalho, devendo existir entre eles antecâmaras

133
* PLANO DIRETOR

com abertura para o exterior, podendo utilizar-se da mesma antecâmara do


sanitário do sexo correspondente e ter com ele comunicação por meio de porta,
devendo, ainda, possuir:

I - um armário, de preferência impermeabilizado, para cada empregado;


II - paredes revestidas até 1,5m, no mínimo, com material liso e
impermeável;
III - piso de material liso, resistente e impermeável;
IV - portas com mola;
V - aberturas teladas;

Artigo 270 – Os depósitos de matéria-prima, adegas


e despensas terão:

I - paredes revestidas de material cerâmico vidrado até a altura de 2,0m,


no mínimo;
II - piso revestidos de material cerâmico ou equivalente;
III - aberturas teladas;
IV - portas com mola e com proteção, na parede inferior, à entrada de
roedores.

Art. 271 – As cozinhas terão:

I - área mínima de 10m², não podendo a menor dimensão ser inferior a 2,5m;
II - piso revestido de material cerâmico;
III - paredes revestidas até a altura mínima de 2.0m, com material cerâmico
vidrado e daí para cima pintadas a cores claras com tinta lavável;
IV - aberturas teladas;
V - portas com mola;
VI - dispositivos para retenção de gorduras em suspensão;
VII - mesas de manipulação constituídas somente de pés e tampo, devendo este
ser feito ou revestido de material liso, resistente e impermeável;
VIII - água corrente fervente, ou outro processo comprovadamente eficiente para
higienização das louças, talheres e demais utensílios de uso;
IX - pias, cujos despejos passarão obrigatoriamente por uma caixa de gordura.

Art. 272 – As copas obedecerão às mesmas


exigências referentes às cozinhas, com exceção da área, a qual deverá ser
condizente com as necessidades do estabelecimento, a critério da autoridade
sanitária.
Art. 273 – As copas-quentes obedecerão às mesmas
exigências relativas às cozinhas, com exceção da área, que terá, no mínimo,
4,00m².

Art. 274 – Os fornos dos estabelecimentos industriais

134
* PLANO DIRETOR

que usem como combustível lenha ou carvão, terão a boca de alimentação abrindo
para a área externa sendo vedado efetuar sobre eles depósito de qualquer
natureza, permitida apenas a adaptação de estufas. Estes fornos deverão ter
aprovação do órgão encarregado do controle do meio ambiente.

Art. 275 – Os depósitos de combustível, destinados a


carvão e lenha, não terão acesso através do local de manipulação.

Art. 276 – As salas de manipulação, de preparo e de


embalagem terão:

I - piso revestido de material cerâmico ou equivalente;


II - paredes revestidas de material cerâmico vidrado até a altura de 2,0m, no
mínimo e, daí para cima, pintadas a cores claras com tinta lavável;
III - forros exigíveis a critério da autoridade sanitária, em função das condições de
fabrico, vedados os de madeira;
IV - área não inferior a 20,00m², com dimensão mínima de 4,0m, admitidas
reduções nas pequenas indústrias, a critério da autoridade sanitária;
V - mesas de manipulação constituídas somente de pés e tampo, devendo este ser
feito ou revestido de material liso, resistente e impermeável;
VI - portas com mola;
VII - aberturas teladas.
Art. 277 – As salas de secagem obedecerão as
mesmas exigências prescritas para as salas de manipulação, dispensada a de
ventilação quando houver necessidade de manutenção, no ambiente, de
características físicas constantes; neste caso os vitrôs poderão ser fixos,
dispensadas as telas.

Art. 278 – As salas de acondicionamento terão as


paredes, até 2,0m de altura, no mínimo, e os pisos revestidos de material liso,
resistente e impermeável.

Art. 279 – As seções de expedição e as seções de


venda terão:

I - área não inferior a 10,00m² com dimensão mínima de 2,5m;


II - piso revestido de material liso, resistente e impermeável;
III - paredes revestidas de material liso, resistente impermeável até a altura mínima
de 2,0m.

Art. 280 – As seções de venda com consumação


terão:

I - área não inferior a 10,00m², com dimensão mínima de 2,5m;


II - piso revestido com material cerâmico ou equivalente;

135
* PLANO DIRETOR

III - paredes revestidas com material cerâmico vidrado até a altura mínima de
2,0m.
Parágrafo Único – As exigências referentes ao
revestimento do piso e paredes poderão ser modificadas, a juízo da autoridade
sanitária, que terá em vista a finalidade e categoria do estabelecimento.

Art. 281 – As estufas terão condições técnicas


condizentes com sua destinação específica, a critério da autoridade sanitária,
obedecido, no que couber, o disposto nesta seção.

Art. 282 – Os entrepostos de gêneros alimentícios


terão as paredes até a altura utilizável, obedecido o mínimo de 2,0m, e os pisos,
revestidos de material liso, resistente e impermeável.

Art. 283 – Os mercados, cujos locais de venda


deverão obedecer às disposições desta lei complementar, segundo o gênero de
comércio, no que lhes forem aplicáveis, terão:

I - piso de uso comum resistente, impermeável e com declividade para facilitar o


escoamento de águas;
II - portas e janelas em número suficiente, para permitir franca ventilação e
devidamente gradeadas de forma a impedir a entrada de roedores;
III - abastecimento de águas e rede interna para escoamento de águas residuais e
de lavagem.

Art. 284 – Os açougues, entrepostos de carnes, casa


de aves abatidas, peixarias e entrepostos de pescado terão:

I - porta abrindo diretamente para logradouro público assegurando ampla


ventilação;
II - área mínima de 20,00m², com dimensão mínima de 4,0m com exceção dos
entrepostos, que terão área mínima de 40,00m²;
III - piso de material cerâmico;
IV - paredes revestidas até a altura mínima de 2,0m com material cerâmico vidrado
branco;
V - pia com água corrente;
VI - instalação frigorífica;
VII - iluminação artificial, quando necessário, de natureza tal que não altere as
características organolépticas visuais do produto.
VIII - pintura, revestimento de paredes e forros de natureza tal que não alterem as
características organolépticas visuais do produto.

Art. 285 – Os estabelecimentos industriais de


moagem de café serão instalados em locais próprios e exclusivos, nos quais não
se permitirá a exploração de qualquer outro ramo de comércio ou indústria de

136
* PLANO DIRETOR

produtos alimentícios. Estes estabelecimentos deverão ter aprovação do órgão


encarregado do controle do meio ambiente.

Art. 286 – Os armazéns frigoríficos terão piso


impermeável e antiderrapante sobre base adequada e as paredes, até a altura da
ocupação, impermeabilizadas com material liso e resistente.
Art. 287 – Os currais de matança terão:

I - área proporcional à capacidade máxima de matança diária do estabelecimento,


a qual é obtida multiplicando-se a capacidade máxima de matança diária por
2,50m²;
II - piso pavimentado, resistente e antiderrapante;
III - cercas de 2,0m de altura, de madeira ou outro material resistente, sem cantos
vivos ou proeminências.
Art. 288 – Os currais de observação obedecerão às
mesmas exigências do artigo anterior, com exceção da área que deverá ser igual a
5% da área dos currais de matança.

Art. 289 – Os currais de chegada e seleção


obedecerão às mesmas exigências referentes aos currais de matança

Art. 290 – O departamento de necropsia será


constituído de sala de necrópsia e forno crematório.

Parágrafo Único – A sala de necrópsia terá:

I - piso de cerâmica ou equivalente;


II - paredes revestidas até o teto com azulejos ou equivalente;
III - aberturas teladas;
IV - portas com mola;
V - cantos, entre paredes e destas com o piso, arredondados.

Art. 291 – A sala de matança terá:

I - área total calculada à razão de 8,00m² por boi/hora;


II - pé direito de 4,0m, no mínimo;
III - piso de cerâmica ou outro material impermeável e resistente aos choques, ao
atrito e ao ataque dos ácidos;
IV -cantos, entre paredes e destas com o piso, arredondados;
V - paredes revestidas com azulejos brancos ou em cores claras, ou similar, até a
altura de 2,0m no mínimo; ou de 3,0m, no mínimo, quando o estabelecimento
realizar comércio internacional;
VI - aberturas teladas;
VII - portas com mola;
VIII - as paredes acima da barra de azulejos e os forros serão lisos e pintados com

137
* PLANO DIRETOR

tinta impermeável de cor clara, lavável.

Parágrafo Único – Nos matadouros avícolas a sala


de matança terá área mínima de 20,00m².

Art. 292 – Os laboratórios terão:


I - área mínima de 10,00m², não podendo a menor dimensão ser inferior a 2,5m;
II - piso de cerâmica;
III - paredes, revestidas até a altura de 2,0m, no mínimo, com azulejos;
IV - aberturas teladas;
V - portas com mola.

Art. 293 – As salas de recebimento de matéria-prima


terão:
I - área mínima de 10,00m², não podendo a menor dimensão ser inferior a 2,5m;
II - paredes até a altura de 2,0m, no mínimo, e pisos revestidos de material liso,
resistente e impermeável.

Subseção XLII

Dependências

Art. 294 - As quitandas e casas de frutas, as casas


de venda de aves e ovos, os empórios, mercearias, armazéns, depósitos de frutas,
depósitos de gêneros alimentícios e estabelecimentos congêneres, serão
constituídos, no mínimo, por seção de venda.

Art. 295 – Os cafés, bares e botequins serão


constituídos, no mínimo, por seção de venda com consumação.

Parágrafo Único – Os estabelecimentos de que trata


este artigo, que mantenham serviços de lanches, deverão possuir também copa-
quente.
Art. 296 – Os restaurantes terão cozinha, copa, se
necessário, depósito de gêneros alimentícios e seção de venda com consumação.

Parágrafo Único – Nos restaurantes que receberem


alimentos preparados em cozinhas industriais licenciadas poderá ser dispensa a
existência de cozinha, a critério da autoridade sanitária.

Art. 297 – As pastelarias e estabelecimentos


congêneres terão cozinha, depósito de matéria-prima e seção de venda com
consumação.

138
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único – Se no mesmo estabelecimento


houver venda de caldo de cana, deverá haver local apropriado para depósito e
limpeza da cana, com características idênticas às do depósito de matéria-prima
bem como local apropriado para depósito do bagaço.

Art. 298 - Os estabelecimentos industriais de


torrefação e moagem de café terão:

I - dependências destinadas à torrefação, moagem e embalagem, independentes


ou não, a critério da autoridade sanitária, que levará em conta o equipamento
industrial utilizado;
II - depósito de matéria-prima;
III - seção de venda e/ou expedição.

Art. 299 – As doçarias, “buffets” e estabelecimentos


congêneres terão:
I - sala de manipulação;
II - depósito de matéria-prima;
III - seção de venda com consumação e /ou seção de expedição.

Art. 300 – As padarias, fábricas de massas e


estabelecimentos congêneres terão:

I - depósito de matéria-prima;
II - sala de manipulação;
III - sala de secagem;
IV - sala de embalagem;
V - seção de expedição e/ou de venda;
VI - depósito de combustível;
VII - cozinha.

Parágrafo Único – As salas de embalagem,


secagem, depósito de combustível e cozinha serão exigidas, a critério da
autoridade sanitária, levando em conta a natureza do estabelecimento e o
processamento das operações industriais.

Art. 301 – As fábricas de doces, de conservas


vegetais e estabelecimentos congêneres terão:

I - depósito de matéria-prima;
II - sala de manipulação;
III - sala de embalagem;
IV - sala de expedição e/ou de venda;
V - cozinha;
VI - estufa;

139
* PLANO DIRETOR

VII - local para caldeiras;


VIII - depósito de combustível.

Parágrafo Único – A sala de embalagem, a cozinha,


a estufa e o depósito de combustível serão exigidos conforme a natureza do
estabelecimento e o processamento das operações industriais.
Art. 302 – As fábricas de bebidas e estabelecimentos
congêneres terão:

I - local para lavagem e limpeza dos vasilhames;


II - depósito de matéria-prima;
III - sala de manipulação;
IV - sala de envasamento e rotulagem;
V - sala de acondicionamento;
VI - sala de expedição

Parágrafo Único – Conforme a natureza do


estabelecimento e equipamento industrial utilizado, poderão constituir uma única
peça as salas de manipulação, envasamento e rotulagem, bem como as salas de
acondicionamento e expedição.

Art. 303 – As usinas e refinarias de açúcar e as


refinarias de sal, conforme a natureza do estabelecimento e em função do
equipamento industrial utilizado terão:

I - seção de manipulação para realização das diversas fases do processamento;


II - seção de ensacamento;
III - seção de embalagem;
IV - depósito de matéria-prima;
V - seção de expedição;

Art. 304 – As fábricas e refinarias de óleo, conforme a


natureza de estabelecimento e em função do equipamento industrial utilizado
terão:

I - seção de manipulação para realização das diversas fases do processamento;


II - seção de envasamento;
III - depósito de matéria-prima;
IV - sala de acondicionamento;
V - seção de expedição;
VI - local para caldeiras;
VII - depósito de combustível.

Art. 305 – As fábricas de gelo para usos alimentar


terão:

140
* PLANO DIRETOR

I - sala de manipulação;
II - seção de venda e/ou de expedição

Art. 306 – Os matadouros-frigoríficos, matadouros,


triparias, charqueadas, fábricas de conservas de carnes, gorduras e produtos
derivados, fábricas de conservas de pescados e estabelecimentos congêneres, de
acordo com a sua natureza, as atividades desenvolvidas, o processamento das
operações industriais e o equipamento industrial utilizado, terão, a critério da
autoridade sanitária, e observada a legislação federal pertinente:

I - currais;
II - departamento de necrópsia;
III - sala de matança;
IV - câmaras frigoríficas;
V - depósito de matéria-prima;
VI - laboratório;
VII - sala de manipulação;
VIII - sala de embalagem, envasamento ou enlatamento;
IX - sala de acondicionamento;
X - sala de expedição.

Parágrafo Único – As dependências utilizadas para


preparo e fabrico de produtos destinados à alimentação humana deverão estar
completamente isoladas das demais.

Art. 307 – As granjas, usinas de beneficiamento de


leite, postos de refrigeração, postos de recebimento, fábricas de laticínios e
estabelecimentos congêneres, de acordo com a sua natureza, as atividades
desenvolvidas, o processamento das operações industriais e o equipamento
industrial utilizado, terão, a critério da autoridade sanitária, e observada a
legislação federal pertinente:

I - sala de recebimento de matéria-prima;


II - laboratório;
III - depósito de matéria-prima;
IV - câmaras frigoríficas;
V - sala de manipulação;
VI - sala de embalagem, envasamento ou enlatamento;
VII - sala de acondicionamento;
VIII - local de expedição.

Seção III

Tapumes e Andaimes

141
* PLANO DIRETOR

Art. 308 - Em atendimento a segurança dos


transeuntes e da própria obra, as construções deverão dispor de tapumes, que
ficarão sobre a linha de muro ou nos recuos, sendo proibida a ocupação do
passeio público, devendo:
I. Possuir altura mínima de 2,00 m (dois metros) e acabamento de boa
qualidade;
II. Ser executados à prumo, em perfeitas condições, garantindo a
segurança dos pedestres;
III. Não prejudicar a arborização, a iluminação pública, a visibilidade das
placas de nomenclatura, sinalização ou numeração e outros
equipamentos de interesse público;
IV. Garantir a visibilidade dos veículos, quando for construído em esquinas
de logradouros;
V. Observar as distâncias mínimas em relação à rede de energia elétrica,
de acordo com as normas da ABNT e especificações da concessionária
local.

Art. 309 - As edificações no fundo dos lotes e nos


denominados "lotes de fundo", excetuadas as edículas, serão regulamentadas por
Norma Técnica Especial.

Seção III

Rampas para Acesso de Veículos

Art. 310 - As rampas destinadas exclusivamente ao


tráfego de veículos, deverão obedecer as seguintes condições:

I. Ter o piso revestido com material antiderrapante;


II. No caso de rampas para veículos leves, ter largura mínima de 2,50m
(dois metros e cinqüenta centímetros), quando construída em linha reta;
quando em curva, o raio externo não poderá ser menor que 6,00 m (seis
metros) e a superlargura de 3,00m (três metros);
III. No caso de rampas para veículos leves, ter inclinação máxima de 20 %
(vinte por cento);
IV. Para veículos pesados, ter inclinação máxima de 15 % (quinze por
cento) ressalvado o caso de acesso a apenas um pavimento, com
desnível máximo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), quando
será tolerada a inclinação de até 20% (vinte por cento)

142
* PLANO DIRETOR

Seção IV

Elevadores

Art. 311 - Qualquer edificação com mais de 4 (quatro)


pavimentos deverá ser provida de elevadores.
Parágrafo Único – Para os efeitos deste artigo, o
pavimento aberto em pilotis, as sobrelojas e os pavimentos–garagem abaixo do
nível do logradouro, serão considerados como pavimentos, com o mínimo de
elevadores obedecendo ao disposto na ABNT.

Seção V

Varandas, Sacadas e Passeios

Art. 312 - Não é permitida a utilização dos espaços


de recuos obrigatórios para edificação de varandas ou sacadas, salvo para toldos
e jardineiras que poderão ser avançadas no máximo em 20% dos recuos.

Art. 313 - Todo terreno, edificado ou não, localizado


em ruas pavimentadas ou com meio–fio, deverá ter passeio em toda a extensão da
testada, cuja construção, reforma e manutenção dos passeios é de
responsabilidade do proprietário do imóvel, respeitando as normas e critérios
estabelecidos pelo município e de:

I. Serem executados com material antiderrapante e devidamente


conservado;
II. Ter declividade transversal máxima de 3% (três por cento);
III. Ter declividade longitudinal acompanhando o perfil da pista de
rolamento, não podendo possuir degraus;
III - Ter assegurado o livre trânsito de pedestres e deficientes físicos,
sendo vedada a colocação de qualquer equipamento fixo ou
obstáculo que o impeça.(alterado pela Lei Complementar n°15 - 26/08/09)

§ 1º - Os passeios construídos em desconformidade


com a legislação, especialmente quanto à inclinação, altura do meio fio e material
empregado deverão ser demolidos e reconstruídos de acordo com as normas para
expedição do habite-se.
§ 2º - Será fornecido, após requerimento protocolado,
o alinhamento de muro e edificação, bem como o nivelamento do passeio público
na linha de muro e da edificação, mediante expedição de documento específico.

Seção VII

143
* PLANO DIRETOR

Instalações Prediais Coletivas

Art. 314 - A instalação nas edificações dos


equipamentos de abastecimento de água, distribuição elétrica, distribuição
hidráulica, coleta de esgotos sanitários, águas pluviais, lixo, correios e de proteção
e segurança contra incêndios serão projetadas e executadas por profissionais
habilitados pelo CREA, de acordo com as normas da ABNT e os regulamentos das
empresas concessionárias ou licenciadoras locais.

Seção VIII

Reservatório de Água

Art. 315 - Os reservatórios de água deverão ser


dimensionados pela estimativa de consumo mínimo, conforme a utilização da
edificação, de acordo com as normas da ABNT e as exigências do Corpo de
Bombeiros e do órgão municipal de abastecimento de água.

Parágrafo Único – Quando não existir rede pública


de abastecimento de água, o órgão competente indicará as medidas a serem
tomadas.

Art. 316 - Será adotado reservatório inferior quando


as condições piezométricas da rede distribuidora forem insuficientes para que a
água atinja o reservatório superior, e ainda em todas as edificações com mais de 9
(nove) metros de altura

Art. 317 - Nas edificações existentes, construídas nas


divisas e/ou alinhamento dos lotes, as águas pluviais serão captadas por calhas e
condutores até o nível do solo e quando encaminhadas à rede pública ou sarjeta,
canalizadas sob o passeio.

Parágrafo único – Além das exigências contidas no


“caput”, nas novas edificações deverá ser previsto no projeto o sistema de
reservação de águas, com capacidade mínima de 250 (duzentos e cincoenta) litros
a ser utilizada em limpeza e no paisagismo.(incluido pela Lei Complementar n°15 -
26/08/09)

Parágrafo único – Além das exigências contidas


no “caput”, nas novas edificações deverá ser previsto no projeto o sistema
de reservação de águas, com capacidade mínima de 250 (duzentos e

144
* PLANO DIRETOR

cincoenta) litros a ser utilizada em limpeza e no paisagismo; exceto moradias


até 80,00 m² de área construída. (alterado pela Lei Complementar n°022 - 12/11/09)

Parágrafo Único. Além das exigências contidas no


"caput", nas novas edificações, deverá ser previsto no projeto o sistema de
reservaçã o de águas, com capacidade mínima de 250 (duzentos e cinquenta)
litros a ser utilizada mpeza e no paisagismo, apenas para as edificações em
que a área da cobertura ati a ou trapasse a taxa de ocupação permitida.
(alterada pela Lei nº 096 - 21/05/2015)

Art. 318 - Toda edificação que não seja servida pela


rede pública de esgotos sanitários deverá possuir sistema de tratamento de
efluentes domésticos e/ou industriais, individuais ou coletivos, projetados e
construídos de acordo com as normas da ABNT

Parágrafo Único – Nenhum prédio situado em via


pública dotada de rede de esgoto poderá ser habitado sem que esteja ligado à
referida rede.

Art. 319 - Toda edificação multifamiliar, pública ou


coletiva deverá ter depósito coletor de lixo, situado no pavimento de acesso.

Parágrafo Único – Não será permitida a construção


de dutos para captação de lixo em edifícios de qualquer natureza.

Art. 320 - Os depósitos de lixo deverão ser cobertos,


com ventilação permanente, impedindo a emanação de odores, terem piso e
paredes com revestimento liso, lavável e impermeável, serem protegidos contra a
penetração de animais e possuírem fácil acesso para a retirada do lixo e um ponto
de água para limpeza.

Art. 321 - As edificações já existentes, construídas no


alinhamento, deverão prever uma distância mínima de 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros), acima do nível do passeio, para a instalação dos aparelhos
de ar condicionado, devendo ser prevista tubulação para recolhimento das águas
condensadas.
Art. 322 - As instalações e equipamentos de proteção
contra incêndio obedecerão as normas da ABNT e do Corpo de Bombeiros.

Art. 323 - A instalação de equipamentos para


distribuição de gás liquefeito de petróleo, obedecerá as normas da ABNT e as
exigências do Corpo de Bombeiros.

Art. 324 - Os valores máximos dos níveis de som


admissíveis e as técnicas de isolamento e condicionamento acústico são aqueles

145
* PLANO DIRETOR

previstos pela ABNT.

Art. 325 - As instalações sanitárias das edificações


serão calculadas em função da área das mesmas e do número de usuários,
conforme as normas da ABNT.

Art. 326 - Todas as edificações deverão possuir


caixas receptoras de correspondência de acordo com as normas da ECT (Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos).

Seção IX

Acessibilidade aos Portadores de Necessidades Especiais

Art. 327 - Em qualquer edificação de uso público ou


coletivo deverá ser garantido o acesso adequado às pessoas portadoras de
necessidades especiais, nos termos das normas técnicas brasileiras sobre o
assunto.
Parágrafo Único - Para os prédios edificados em
data anterior a da vigência da Lei Complementar n°008 de 21 de agosto de
2009 e que não disponham de soluções técnicas e físicas para se adequarem
às disposições, poderá o Secretário Municipal de Obras, com base em laudo
técnico elaborado por profissional habilitado que ateste a impossibilidade
técnica de adequação, dispensar o imóvel de atender as exigências desta Lei.
(incluído pela Lei Complementar 080 - 14/05/2014)

Art. 328 - Quando existir desnível entre o piso do


pavimento térreo e o passeio, ou quando houver desníveis internos, será
obrigatória a utilização de rampas, com inclinação máxima e largura mínima
conforme a norma NBR 9050 para acesso e locomoção às pessoas portadoras de
necessidades especiais.
Parágrafo Único – Quando não houver rampas, o
acesso das pessoas portadoras de necessidades especiais a outros pavimentos
deverá ser feito através de elevador conforme a norma NBR.

Art. 329 - Nas edificações de uso público ou coletivo


deverá ser garantida pelo menos uma instalação sanitária individualizada por sexo
para as pessoas portadoras de necessidades especiais, a qual deverá possuir
dimensionamento que possibilite seu uso com cadeira de rodas.

Art. 329 - Conforme inciso IV, artigo 11 da lei

146
* PLANO DIRETOR

10.098, de 19 de dezembro de 2000, as edificações deverão ter pelo menos 01


(hum) sanitário acessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios
de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência
ou com mobilidade reduzida, respeitando-se tudo o que couber no disposto
no Decreto 12.342/78 de 27 de setembro de 1978 e suas alterações, e na Lei
complementar nº 008, de 21 de agosto de 2009 e suas alterações. (alterado
pela Lei Complementar n°055 - 28/12/11)

Art. 330 - Nos cinemas, auditórios, templos, teatros,


estádios, ginásios esportivos e congêneres deverão existir espaços para
espectadores em cadeiras de rodas ao longo dos corredores, na proporção de 1%
(um por cento) da lotação do estabelecimento.

Art. 331 - Os meios– fios e calçadas serão


rebaixados na seguinte forma:

I. Nas esquinas, rebaixamento em rampa com largura mínima de 1,20 m


(um metro e vinte centímetros) e inclinação máxima de 8% (oito por
cento), feito na direção das faixas de pedestre;
II. Nos canteiros centrais, rebaixamento total do meio–fio e piso na largura
das faixas de pedestres, formando refúgio de proteção com largura
mínima de 1,00 m (um metro).

Art. 332 - Deverão ser reservadas vagas de


estacionamento para às pessoas portadoras de necessidades especiais próximas
da entrada das edificações de uso público, com largura mínima de 3,50 metros
(três metros e cinqüenta centímetros), na seguinte proporção de vagas/vagas para
deficientes físicos:

I. até 25 vagas: 01 vaga;


II. de 26 a 50 vagas: 02 vagas;
III. de 51 a 100 vagas: 04 vagas;
IV. acima de 100 vagas: 04 vagas + 01 para cada 100 vagas excedentes.

Seção X

Edificações Coletivas

Art. 333 - As edificações residenciais multifamiliares e


de uso coletivo e público, como escolas, hospitais, indústrias, comércios e serviços
atenderão aos dispositivos deste Código, e conforme sua utilização deverão
possuir:
I. Instalação preventiva contra incêndio dentro das Normas do Corpo de

147
* PLANO DIRETOR

Bombeiros;
II. Instalações sanitárias para o público separadas por sexo e sistema de
tratamento de esgotos dentro das Normas preconizadas pela ABNT;
III. Estacionamento para veículos nas proporções exigidas pela lei
complementar de zoneamento;
IV. Área de recreação proporcional ao número de habitantes na razão de
oito m2/hab, sendo em uma única área sem fracionamentos nas
edificações multifamiliares;
V. Locais para coleta e depósito do lixo;
VI. Acessibilidade garantida nos termos da legislação vigente para os
portadores de necessidades especiais;
VII. Ter entrada para veículos destinados à carga e descarga de
mercadorias, em pátio ou compartimento interno, independente do
acesso ao público.

Art. 334 - Edificações construídas sobre uma mesma


matrícula de registro somente poderão vir a ter matrículas autônomas por
desmembramento se cada unidade resultante obedecer a área e testada mínimas
estabelecidas por lote na lei complementar de Parcelamento do Solo e aos demais
índices urbanísticos e limites de ocupação definidos na lei complementar de
Zoneamento.
Seção XI

Edificações que Comercializam Produtos Perigosos

Art. 335 - As edificações ou instalações destinadas a


comércio ou depósito de produtos perigosos deverão observar as normas da ABNT
e as normas especiais emanadas das autoridades competentes, como o Ministério
do Exército, a Agência Nacional de Petróleo e o Corpo de Bombeiros.

Parágrafo Único – Os estabelecimentos


mencionados neste artigo deverão ter afastamento mínimo de 300,00 m (trezentos
metros) de escolas, hospitais e outros locais onde se reúnam grande número de
pessoas, medido a partir das extremidades do terreno.

Art. 336 - Os ferros–velhos, depósitos de materiais


recicláveis e congêneres, além das disposições deste Código que lhes forem
aplicáveis, deverão:

I. Ter os muros de alvenaria com 2,50 m (dois metros e cinqüenta


centímetros) de altura no alinhamento do logradouro;
II. Possuir licenciamento ambiental de operação e equipamentos para
tratamento e eliminação dos impactos ambientais;
III. Possuir impermeabilização do solo.

148
* PLANO DIRETOR

Art. 337 - As edificações destinadas a postos de


abastecimento de combustíveis deverão possuir:

I. Instalações preventivas contra incêndios;


II. Um raio mínimo de 300,00 m (trezentos metros) de distância de
hospitais e escolas, medido a partir das extremas dos terrenos;
III. Os tanques e as bombas de combustíveis deverão possuir
afastamentos mínimos frontais e de divisas de 5,00m (cinco metros);
IV. Licenciamento Ambiental de Operação para funcionamento;
V. Construção de instalação sanitária com chuveiros para uso dos
empregados e, em separado, construção de instalações sanitárias
franqueadas ao público, separado para ambos os sexos;
VI. Muros divisórios com altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros);

Parágrafo Único – A construção de cobertura leve


para proteção de bombas de combustíveis nos postos de serviço não serão
computadas no Coeficiente de Aproveitamento e na Taxa de Ocupação devendo
ser respeitados os recuos obrigatórios na Zona em que estiver inserido.

Art. 338 - A limpeza, lavagem e lubrificação de


veículos devem ser feitas em boxes isolados, de modo que a poeira e as águas
superficiais sejam conduzidas para caixas separadas, antes de serem lançadas na
rede municipal de coleta.
§ 1º - Os boxes para lavagem deverão estar
recuados, no mínimo, 10,00 m (dez metros) do alinhamento predial do logradouro
para o qual estejam abertos.
§ 2º - A abertura, quando perpendicular à via pública,
deverá ser isolada da rua pelo prolongamento da parede lateral do box, com o
mesmo pé-direito, até uma extensão mínima de 3,00m (três metros), obedecendo
sempre ao recuo mínimo frontal.

Seção XII

Edificações para Indústrias

Art. 339 - As edificações industriais obedecerão aos


padrões exigidos pela legislação federal, estadual e municipal vigente, e para
liberação de seu Alvará de Funcionamento deverão possuir a Licença Ambiental de
Operação e do Corpo de Bombeiros.

149
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único – O lançamento de efluentes nas


novas indústrias e nas já instaladas deverá ser feito a montante da captação
d'água da própria indústria, quando o mesmo se der em cursos d'água.

Seção XIII

Das Áreas para Estacionamento

Art. 340 - Todas as edificações deverão possuir locais


para estacionamento de veículos, cobertos ou descobertos, em proporção a ser
fixada para cada uso pela lei complementar de Zoneamento, garantidos o fluxo
contínuo de entrada e saída de veículos.

Art. 341 - A composição das áreas para


estacionamento obedecerá as seguintes dimensões mínimas:

I. AUTOMÓVEIS: C = 5,00m; Larg. = 2,40m


a) Largura das circulações de acesso em metros:
1. paralelo até 30º: 2.75m;
2. paralelo de 30º a 45º: 3,00m;
3. 90º: 5,00m.

II. VEÍCULOS DE CARGA: C = 11,00m; L = 3,50m


a) Largura das circulações de acesso em metros:
1. paralelo até 30º: 4,50m;
2. paralelo de 30º a 45º: 5,50m;
3. 90º: 11,50m.

III. ÔNIBUS: C = 13,00m; L = 5,00


a) Largura das circulações de acesso em metros:
1. paralelo até 30º: 5,50m;
2. paralelo de 30º a 45º: 8,20m;
3. 90º: 14,50m.

§ 1º - Serão proibidas vagas de estacionamento em


parcelas do terreno que apresentarem desnível superior a 10% (dez por cento) e
de difícil acesso.
§ 2º - Os estacionamentos descobertos serão
arborizados na proporção de uma árvore para cada três vagas.

§ 3º - As vagas de estacionamento deverão ser


locadas em planta e numeradas sequencialmente.

150
* PLANO DIRETOR

§ 4º - Para as unidades comerciais, deverá haver


acesso independente para todas as vagas, mesmo com manobristas.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 342 - As edificações com uso misto serão


tratadas em cada uma de suas partes, conforme o uso específico das mesmas.

Art. 343 - As multas e penalidades por infrações aos


dispositivos desta lei complementar terão valores fixados em lei complementar
específica sem prejuízo da aplicação de penalidades e multas por parte das
esferas estadual e federal.

Art. 344 - Esta lei complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

151
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 009, DE 21 DE AGOSTO DE 2009.

INSTITUI O CÓDIGO DE POSTURAS E DE


ATIVIDADES URBANAS DO MUNICÍPIO DA
ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBITINGA.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei
Orgânica do Município, e nos termos da Resolução nº 3.404/09, da Câmara
Municipal, promulga a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - Esta lei complementar define e estabelece as


normas de posturas e implantação de atividades urbanas para o Município da
Estância Turística de Ibitinga, objetivando a organização do meio urbano e a
preservação de sua identidade como fatores essenciais para o bem estar da
população, buscando alcançar condições mínimas de segurança, conforto, higiene
e organização do uso dos bens e exercício de atividades.

§ 1º - Entende-se por posturas municipais, todo o uso


de bem, público ou privado, ou o exercício de qualquer atividade que ocorra no
meio urbano e que afete o interesse coletivo.

§ 2º - Considera-se meio urbano o logradouro público


ou qualquer local, público ou privado, de livre acesso, ainda que não gratuito ou
que seja visível do logradouro público.

Art. 2º - Constituem normas de posturas do Município


de Ibitinga, para efeitos desta lei complementar, aquelas que disciplinam:

I - o uso e ocupação dos logradouros públicos;


II - as condições higiênico-sanitárias;
III - o conforto e segurança;
IV - as atividades de comércio, indústria e prestação de serviços, naquilo que
esteja relacionado com posturas e nos limites da competência municipal;
V - a limpeza pública e o meio ambiente;
VI – a divulgação de mensagens em locais visíveis ao transeunte.

151
* PLANO DIRETOR

Art. 3º - O código de posturas deverá ser aplicado no


Município da Estância Turística de Ibitinga em conformidade com outras leis
municipais que disciplinam matérias correlatas.

Art. 4º - Todas as pessoas físicas, residentes,


domiciliadas ou em trânsito pelo Território Municipal e as pessoas jurídicas de
direito público e privado instaladas no município, estão sujeitas às prescrições e ao
cumprimento desta lei complementar.

Parágrafo Único - Faz parte integrante desta lei


complementar o Anexo glossário para fins de utilização dos conceitos nele
veiculados.

CAPÍTULO II

DO LICENCIAMENTO

Seção I

Disposições Preliminares

Art. 5º - O exercício de atividade ou uso de bens


depende de prévio licenciamento, ressalvadas as exceções previstas
expressamente na presente lei complementar.

Art. 6º - A obtenção do licenciamento depende de


requerimento do interessado, instruído com os documentos previstos nesta lei
complementar e em sua regulamentação.

Art. 7º - O licenciamento dar-se-á por meio de:


I – alvará de autorização de uso;
II - alvará de permissão de uso;
III – alvará de licença e funcionamento;
IV - concessão de uso.

Art. 8º - Todos os responsáveis pelos


estabelecimentos privados de atividades não eventuais, bem como órgãos
públicos, autarquias e fundações, cujas atividades estejam sujeitas a licenciamento
deverão obrigatoriamente exibir a fiscalização, em local visível e de acesso ao
público ou quando solicitados, o respectivo alvará.

§ 1º - A certidão de vistoria do Corpo de Bombeiros

152
* PLANO DIRETOR

deverá obrigatoriamente permanecer em exibição juntamente com o respectivo


alvará nos estabelecimentos que estejam sujeitos a este tipo de vistoria.

§ 2º - Quando se tratar de atividade eventual ou


temporária o alvará será apresentado ao fiscal sempre que solicitado.

§ 3º - Quando o mobiliário urbano que possa ser


ocupado por particulares estiver fechado, o alvará deverá ser colocado em local
visível com a indicação dos motivos do fechamento.

Art. 9º - O alvará especificará no mínimo o nome do


responsável pelo exercício da atividade ou pelo uso do bem, a indicação do tipo de
atividade ou uso a que se refere, o local, a área de abrangência respectiva e o seu
prazo de vigência, se for o caso, além de outras condições específicas previstas
neste código.
Parágrafo Único - Deverão constar do alvará as
condições especiais que motivaram a sua expedição, que devem ser atendidas
pelo interessado no exercício da atividade ou do uso do bem.

§ 1º - Deverão constar do alvará as condições


especiais que motivaram a sua expedição, que devem ser atendidas pelo
interessado no exercício da atividade ou do uso do bem.

§ 2º. Em conformidade com o disposto artigo 114


desta Lei Complementar, nos Alvarás de Localização e Funcionamento
concedidos aos estabelecimentos que comercializem bebidas alcoólicas,
cigarros e demais produtos derivados do tabaco, deverá constar a seguinte
inscrição: TERMINANTEMENTE PROIBIDA A VENDA DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS, DE CIGARROS E DOS DEMAIS PRODUTOS DERIVADOS DO
TABACO, AOS MENORES DE 18 (DEZOITO) ANOS, SOB PENA DE
CASSAÇÃO DO ALVARÁ E DENÚNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO.

§ 3º. Ao lado do Alvará de Localização e


Funcionamento os proprietários dos estabelecimentos comerciais de que
trata o parágrafo anterior deverão afixar uma placa visível medindo 30 cm
(trinta centímetros) X 40 cm (quarenta centímetros), com a seguinte
inscrição: TERMINANTEMENTE PROIBIDA A VENDA DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS, DE CIGARROS E DOS DEMAIS PRODUTOS DERIVADOS DO
TABACO, AOS MENORES DE 18 (DEZOITO) ANOS, SOB PENA DE
CASSAÇÃO DO ALVARÁ E DENÚNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO.

§ 4º. Os estabelecimentos comerciais previstos


de que trata o parágrafo segundo deste artigo, só poderão iniciar as suas
atividades após o cumprimento da exigência contida no parágrafo terceiro.”
(alterado pela Lei Complementar n° 039 - 24/11/10)

153
* PLANO DIRETOR

Art. 10 - Atendidas as exigências contidas nesta lei


complementar e de sua regulamentação, será a licença concedida ou renovada.

§ 1º - O prazo de vigência das licenças ou alvarás


será definido por meio de decreto regulamentador.

§ 2º - A Administração poderá, mediante ato


motivado, com as garantias inerentes, exigir a observância de outras condições,
que guardem relação com a atividade, e que lhe sejam peculiares, de modo a
resguardar os princípios que norteiam a presente lei complementar.

Seção II

Alvará de Autorização de Uso

Art. 11 - O alvará de autorização de uso é ato


unilateral, discricionário e de caráter precário devendo ser utilizado pela
Administração Pública para atividades eventuais e de menor relevância e de
interesse exclusivo de particulares.

§ 1º - O alvará de autorização de uso poderá ser


revogado, unilateralmente e a qualquer tempo sem ônus para a Administração.

§ 2º - A expedição de alvará de autorização de uso


supre a necessidade da emissão de alvará de localização e de funcionamento e é
implícito para atividades e serviços decorrentes de obras públicas contratadas pela
Administração Pública.

Art. 12 - O alvará de autorização de uso poderá ser


renovado por períodos sucessivos, podendo ser cobrada taxas, na forma que
dispuser a regulamentação.

Art. 13 - Dependem obrigatoriamente do alvará de


autorização de uso as seguintes atividades:

I – atividade de comércio ambulante ou eventual e similares;


II – demais atividades eventuais de interesse de particulares que não prejudiquem
a comunidade e nem embaracem o serviço público.

154
* PLANO DIRETOR

Seção III

Alvará de Permissão de Uso

Art. 14 - O alvará de permissão de uso é


discricionário e expedido em caráter precário devendo ser utilizado para atividades
que também sejam de interesse da coletividade.

§ 1º - O alvará de permissão de uso poderá ser


revogado a qualquer tempo sem ônus para a Administração, mediante processo
administrativo apensado ao pedido que originou o alvará, devendo ser
fundamentado o interesse coletivo a ser protegido.

§ 2º - A expedição do alvará de permissão de uso


supre a necessidade do alvará de localização e de funcionamento e é implícito
para atividades e serviços decorrentes de obras públicas contratadas pela
Administração Pública.

Art. 15 - O alvará de permissão de uso poderá ser


renovado por períodos sucessivos, mediante pagamento de taxas, na forma que
dispuser a regulamentação.

Art. 16 - Dependem obrigatoriamente do alvará de


permissão de uso as seguintes atividades:

I – instalação de mobiliário urbano para uso por particulares;


II – utilização de áreas públicas e calçadas para eventos;
III – feiras livres, comunitárias e similares;
IV – colocação de defensas provisórias de proteção;
V – demais atividades eventuais de interesse coletivo que não prejudiquem a
comunidade e nem embaracem o serviço público;

Parágrafo Único - Fica dispensada de


licenciamento a instalação de mobiliário urbano executado e utilizado pela por
órgãos públicos de qualquer esfera de governo.

Seção IV

Alvará de Localização e Funcionamento

Art. 17 - Todo estabelecimento de atividade


comercial, industrial ou de prestação de serviços, localizado em áreas particulares
ou públicas somente poderá funcionar com o respectivo alvará de localização e de
funcionamento expedido pela Administração Municipal, concedido previamente a

155
* PLANO DIRETOR

requerimento dos interessados.

§ 1º - Incluem-se nas disposições do caput deste


artigo os órgãos públicos federais, estaduais e municipais, bem como as
respectivas autarquias e fundações.

§ 2º - Os eventos de interesse particular também


estão obrigados ao licenciamento por meio de alvará de localização e
funcionamento, nos termos desta lei complementar e sua regulamentação.

§ 3º - Entende-se por localização o estabelecimento


da atividade no endereço oficial emitido pela administração.

Art. 18 - O alvará de localização e funcionamento


deverá ser renovado por períodos regulares, mediante vistoria prévia e pagamento
de taxas, na forma que dispuser a regulamentação.

Art. 19 - Para concessão do alvará de localização e


funcionamento, os estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de
serviços atenderão as seguintes exigências, além de outras previstas nesta lei
complementar:

I. as normas do Plano Diretor relativas ao uso e ocupação do solo;


II. as normas pertinentes à legislação ambiental, de interesse da saúde
pública, de trânsito e de divulgação de mensagens e de segurança das
pessoas e seus bens contra Incêndio e Pânico;
III. as determinações do Código de Edificações do Município da Estância
Turística de Ibitinga bem como Certificado de Conclusão da edificação;
IV. inscrição no cadastro mobiliário do município;
V. as determinações legais previstas em legislação federal e estadual
referentes a determinados tipos de atividades.

Art. 20 - Os estabelecimentos comerciais, industriais


ou de prestação de serviços deverão apresentar prova de inscrição nos órgãos
federais, estaduais e do registro na Junta Comercial do Estado quando a lei
complementar o exigir.
Parágrafo Único - Quando se tratar de
estabelecimento de direito público será exigida a apresentação de documento
comprobatório de sua constituição jurídica.

Art. 21 - O estabelecimento ou atividade está


obrigado a novo licenciamento, mediante alvará de localização e funcionamento,
quando ocorrerem as seguintes situações:

I. mudança de localização;

156
* PLANO DIRETOR

II. quando a atividade ou o uso forem modificados em quaisquer dos seus


elementos;
III. quando forem alteradas as condições da atividade ou do uso após a
emissão do alvará de localização e funcionamento;
IV. quando a atividade ou uso se mostrarem incompatíveis com as novas
técnicas e normas originadas de desenvolvimento tecnológico, com o
objetivo de proteger o interesse coletivo ou provocarem impacto de
vizinhança.

Art. 22 - Para concessão do alvará de localização e


Funcionamento é obrigatória a apresentação da certidão de vistoria do Corpo de
Bombeiros, nos casos exigidos pela legislação estadual ou municipal.

Art. 23 - Fica proibido o fornecimento de alvará de


localização e funcionamento para estabelecimentos que foram construídos
irregularmente nas seguintes situações:

I – que estejam em logradouros públicos;


II – que estejam em áreas de preservação ambiental;
III – que estejam em áreas de risco assim definidas pela administração municipal.

Art. 24 - Para o fornecimento de alvará de localização


e funcionamento para boates, restaurantes, igrejas, teatros, circos, parques de
diversão, casas de espetáculos, centro de convenções, casa de festas (buffet) e
outras atividades que provoquem grande afluxo de pessoas deverá ser
determinada a lotação máxima permitida ao estabelecimento.

Art. 25 - Para o fornecimento de alvará de localização


e funcionamento para parques de diversões e circos, e demais atividades que
possuam arquibancadas, palcos ou outras estruturas desmontáveis o interessado
deverá adotar, além das disposições desta lei complementar e sua
regulamentação, as seguintes providências:

I. obter a autorização do proprietário ou possuidor da propriedade onde


deverá se instalar;
II. obter a certidão do Corpo de Bombeiros atestando as condições de
segurança contra incêndio e pânico das instalações;
III. apresentar laudo técnico, por profissional habilitado, que ateste as boas
condições de estabilidade e de segurança das instalações mecânicas e
elétricas, equipamentos, brinquedos, arquibancadas, palcos, mastros,
lonas e outras, indicando estar em perfeitas condições para utilização.
IV. apresentar projeto ou croquis, que será submetido à análise da
administração, indicando a localização, tamanho e quantidade de
sanitários destinados ao público em geral, separados por sexo, ilustrando,
inclusive, como será feito o tratamento dos efluentes gerados.

157
* PLANO DIRETOR

Seção V

Concessão de Uso

Art. 26 - A concessão de uso é obrigatória para


atribuição exclusiva de um bem do domínio público ao particular, para que o
explore segundo destinação específica.

Art. 27 - A concessão de uso possui as seguintes


características:

I - possui caráter estável na outorga do uso do bem público ao particular, para que
o utilize com exclusividade e nas condições previamente convencionadas;
II - deverá ser precedido de autorização legislativa, licitação pública e de contrato
administrativo;
III – será alvo das penalidades descritas nesta lei complementar caso o
concessionário não cumpra as cláusulas firmadas no contrato administrativo e as
demais condições previstas nesta lei complementar;
V – será obrigatório o licenciamento prévio das atividades comerciais, industriais e
prestadoras de serviço exercidas em locais sob o regime de concessão na forma
desta lei complementar.

Art. 28 - As concessionárias deverão requerer licença


prévia para as construções, instalação de mobiliário urbano e divulgação de
mensagens em locais visíveis ao transeunte e que sejam necessárias ou
acessórias para o cumprimento do contrato administrativo firmado com a
administração.

Art. 29 - É vedada a concessão de uso de qualquer


fração de parques, jardins, praças ou largos públicos, salvo de pequenos espaços
destinados a venda de jornais e revistas.

Parágrafo Único - Fica garantido aos atuais


ocupantes de terrenos ou edificações de propriedade ou administrados pelo
Município de Ibitinga o direito de utilizá-los até o final do contrato administrativo
existente na data da vigência desta lei complementar, exceto os casos tratados em
leis específicas.

158
* PLANO DIRETOR

Seção VI

Perda de Validade dos Alvarás

Art. 30 - O alvará poderá, obedecidas às cautelas


legais, a qualquer tempo, mediante ato da autoridade competente, ser:
I – revogado, em caso de relevante interesse público;
II – cassado, em decorrência de descumprimento das normas reguladoras da
atividade ou uso indicadas neste código;
III – anulado, em caso de comprovação da ilegalidade em sua expedição.

CAPÍTULO III

DOS BENS PÚBLICOS

Art. 31 - Para efeito de aplicação desta lei


complementar, constituem bens públicos municipais:

I - os bens de uso comum do povo, tais como: vias e logradouros públicos,


equipamentos e mobiliário urbano público;
II - os bens de uso especial, tais como: edificações destinadas as repartições,
terrenos aplicados aos serviços públicos, cemitérios e áreas remanescentes de
propriedade pública municipal;
III - os bens dominiais do município que são os bens patrimoniais da
Municipalidade e disponíveis;

§ 1º - É de livre utilização a utilização os bens de uso


comum do povo, respeitados os costumes, a tranqüilidade, a higiene e as normas
legais vigentes.

§ 2º - É permitido o acesso aos bens de uso especial,


nas horas de expediente ou de visitação pública, respeitados os regulamentos
administrativos e a conveniência da administração.

§ 3º - A administração poderá utilizar livremente os


bens de uso comum do povo, respeitadas as restrições específicas de cada local,
implantando obras e equipamentos ou prestando serviços que atendam suas
obrigações e interesse institucional, objetivando a preservação do interesse
público.

Art. 32 - É dever de todo cidadão zelar pelos bens


públicos municipais.

159
* PLANO DIRETOR

Art. 33 - A pessoa física ou jurídica que causar danos


ao bem público está sujeito:

I – a recuperar o dano em prazo razoável e sob suas expensas, devolvendo-o ao


estado em que se encontrava;
II - a multa pecuniária no valor de 30% (trinta por cento) do valor dos serviços;
III - a indenizar, o Município, na hipótese de impossibilidade de recuperação do
dano;
IV – a aplicação das demais sanções civis, penais e as penalidades administrativas
gerais.

Seção I

Das Disposições Preliminares

Art. 34 - Fica garantido o livre acesso e trânsito da


população nos logradouros públicos, exceto nos casos de interdição pela
administração ou por ela autorizada, quando da realização de intervenções e
eventos de interesse público ou privado.

Parágrafo Único - É proibida a utilização dos


logradouros públicos para atividades diversas daquelas admitidas em lei, e sem o
prévio licenciamento.
Art. 35 - A administração estabelecerá e
implementará, através do órgão municipal competente, a sinalização urbana para
disciplinar a circulação de pedestres, o trânsito e o estacionamento de veículos,
bem como horário e locais permitidos para carga e descarga de mercadorias e
valores em logradouros públicos.
Art. 36 - A instalação de mobiliário e de equipamentos
para realização de eventos e reuniões públicas, bem como a execução de
intervenções públicas ou particulares nos logradouros públicos, depende de prévio
licenciamento da administração.

Art. 37 - Nos logradouros públicos destinados


exclusivamente a pedestres, somente será tolerado o livre acesso aos veículos,
desde que realizado em caráter eventual e com as seguintes finalidades:

I - para manutenção de bens e mobiliário urbano;


II- para realização e restauração de serviços essenciais;
III - para atender aos casos de segurança pública e emergência;
IV – casos especiais a critério da administração desde que observadas as
peculiaridades locais visando alcançar aos objetivos desta lei complementar.

160
* PLANO DIRETOR

Seção II

Da Nomenclatura e Numeração

Art. 38 - O município adotará sistemas padronizados


de denominação dos bens públicos municipais e de identificação dos imóveis
urbanos.

§ 1º - Todo bem público, exceto mobiliário urbano,


deverá ter denominação própria de acordo com o disposto nesta lei complementar.

§ 2º - Considera-se denominação oficial, a


denominação outorgada por meio de lei complementar.

Art. 39 - As proposições de lei municipais que tratam


da denominação dos bens públicos municipais deverão conter indicação precisa do
bem público a ser denominado por meio de croquis elaborado segundo a base
cartográfica do Município.

Art. 40 - A denominação oficial de logradouros


públicos deve garantir, quando possível, a preservação de eventual denominação
consagrada popularmente, cuja substituição deverá ser realizada nas hipóteses de:

I – duplicidade com outros bens anteriormente denominados;


II – nomes de difícil pronúncia, de eufonia duvidosa, de significação imprópria ou
que prestem a confusão com outro nome anteriormente outorgado.

Art. 41 - Na escolha dos nomes de bens públicos


municipais deverão ser observados os seguintes critérios:

I. no caso do nome de pessoas, este recairá sobre aquelas falecidas e que tenham
se distinguido:
a) em virtude de relevantes serviços prestados a sociedade;
b) por sua cultura e projeto em qualquer ramo do saber;
c) pela prática de atos heróicos e/ou edificantes;
II – nomes de fácil pronúncia extraídos da história, geografia, fauna, flora e folclore
do Brasil ou de outros países ou retirados do calendário, de eventos religiosos e da
mitologia clássica;
III – datas de significado especial para a história do Município de Ibitinga, do
Estado do São Paulo e do Brasil;
IV – nomes de personalidades estrangeiras com nítida e indiscutível projeção.

§ 1º - Os nomes de logradouros públicos deverão


conter o máximo de 38 (trinta e oito) caracteres, exceto nomes próprios de

161
* PLANO DIRETOR

personalidades.
§ 2º - Na aplicação das denominações, os nomes de
um mesmo gênero ou região deverão ser, sempre que possível, agrupados em
ruas próximas.

Art. 42 - Poderão ser desdobrados em dois ou mais


logradouros públicos, aqueles divididos por obstáculos de difícil ou impossível
transposição, quando suas características forem diversas segundo os trechos.

Parágrafo Único - Poderão ser unificadas as


denominações de logradouros públicos que apresentem desnecessariamente
diversos nomes em trechos contínuos e com as mesmas características.

Art. 43 - É vedado denominar em caráter definitivo os


bens públicos com letras, isoladas ou em conjuntos, que não formem palavras com
conteúdo lógico ou com números não formadores de datas.

Parágrafo Único - A administração permitirá o uso de


nomes provisórios para os logradouros públicos, usando letras ou números,
quando da aprovação do loteamento onde se localizem ou quando o nome
definitivo não tiver sido designado por lei.

Art. 44 - Não será admitida a duplicidade de


denominação, que se entende por outorgar, quais sejam:
I - o mesmo nome a mais de um logradouro público;
II - mais de um nome ao mesmo bem público;

Parágrafo Único - Constitui duplicidade qualquer


denominação que se refira a mesma pessoa, data ou fato, ainda que utilizem
palavras ou expressões distintas.

Art. 45 - Não será considerada duplicidade:

I – a outorga no nome de edificações, de vias de rolamento e de pedestres


localizados no interior de unidades de preservação ambiental e de praças;
II – a denominação de logradouros públicos de tipos diferentes, desde que o seu
acesso se dê pelo logradouro principal que tenha recebido igual denominação.

Art. 46 - A alteração da denominação oficial de bens


públicos será permitida nas seguintes condições:

I - na ocorrência de duplicidade;
II – em substituição a nomes provisórios;
III – quando solicitada por abaixo-assinado firmado por, pelo menos, 60%
(sessenta por cento) dos moradores do logradouro público a ser denominado,

162
* PLANO DIRETOR

acompanhado de cópia da guia de IPTU ou outro comprovante de residência dos


subscritores, sendo considerada apenas 01 (uma) assinatura por unidade
habitacional, com manifestação do Poder Executivo, no prazo de 15 (quinze) dias,
de que o número de assinaturas corresponde ao percentual exigido.

Art. 47 - A administração estabelecerá regulamento


indicando os procedimentos para instalação e manutenção das placas de
nomenclatura de logradouros públicos.

§ 1º - O serviço de emplacamento de bens públicos é


privativo da administração.

§ 2º - A administração fica autorizada a outorgar a


pessoas jurídicas, sediadas no território do Município de Ibitinga e selecionadas
por meio de licitação, permissão para a confecção, instalação e manutenção de
placas de nomenclatura, contendo as informações sobre os logradouros públicos e
a respectiva mensagem publicitária.

Art. 48 - É obrigatória a colocação da numeração


oficial, definida pela administração, nos imóveis públicos e privados a expensas do
proprietário, salvo no caso de instalação de placas com a indicação do nome de
vias públicas e logradouros em imóveis situados em cruzamentos, casos em que a
Administração Pública fornecerá as placas correspondentes.

Parágrafo Único - A administração regulamentará os


procedimentos para a padronização e instalação da numeração oficial.

Seção III

Da Delimitação Física Dos Terrenos

Art. 49 - A administração poderá regulamentar os


materiais e o padrão arquitetônico dos elementos físicos delimitadores de forma a
melhor atingir o efeito estético e de segurança de uma determinada região,
devendo ser respeitados os seguintes preceitos mínimos:

I - quando obrigatórios, deverão ser construídos com altura mínima de 1,00m (um
metro), conforme critérios definidos pelo Código de Obras;
II - fica proibida a utilização de qualquer elemento que potencialmente seja
causador de risco, de danos ou de ferimentos à população.

Art. 50 - Os proprietários ou possuidores dos terrenos


são os responsáveis pela conservação e manutenção dos elementos físicos

163
* PLANO DIRETOR

delimitadores, estando os mesmos obrigados a executar os melhoramentos


exigidos pelos órgãos competentes da administração, no prazo determinado, sob
pena de incidirem nas sanções previstas nesta lei complementar.

Parágrafo Único - O Município da Estância Turística


de Ibitinga, por intermédio do órgão técnico competente, intimará o proprietário ou
possuidor a promover a manutenção ou substituição do elemento delimitador caso
ofereça risco a segurança dos pedestres, ou apresente deficiências na sua
estrutura ou revestimento ou que esteja de forma diversa da prevista nesta lei
complementar ou da padronização adotada, podendo fazer este serviço, na recusa
do responsável em fazê-lo.

Art. 51 - Fica permitida a utilização de elementos


físicos delimitadores constituídos de cercas vivas nas seguintes condições:

I. não será permitido o emprego de plantas que contenham espinhos;


II. As mesmas deverão ser convenientemente conservadas às custas do
proprietário ou possuidor do terreno.

Art. 52 - É obrigatória a instalação de tela protetora


em todos os elementos físicos delimitadores vazados localizados entre a calçada e
as edificações onde existam cães ou outros animais que ofereçam riscos à
integridade física dos pedestres.

Art. 53 - A tela protetora deve atender aos seguintes


preceitos mínimos:

I - ser em aço galvanizado ou material similar com resistência mecânica e


dimensões da malha que não permita que os referidos animais invadam o
logradouro público;
II – deve ser construída de forma que ofereça segurança ao pedestre sem risco de
agressão física, mesmo na hipótese de encostar qualquer parte do corpo na
mesma;
III – deverá ter altura suficiente para proteger o pedestre, de acordo com o tipo de
elemento divisório, o porte do animal e seus costumes, atendendo sempre ao
quesito segurança;
IV – deve ser instalada:
a) nas grades de perfis metálicos;
b) em elementos delimitadores construídos com espaços vazios intercalados;
c) em outros tipos de elementos delimitadores que se fizer necessário.

164
* PLANO DIRETOR

Seção IV
Das Calçadas

Art. 54 - A construção, reconstrução, manutenção e a


conservação das calçadas dos logradouros públicos que possuam meio-fio em
toda a extensão das testadas dos terrenos, edificados ou não, são obrigatórias e
competem aos proprietários ou possuidores dos mesmos.

§ 1º - A construção ou reconstrução de calçadas


deverá ser licenciada pelo órgão técnico municipal competente, nos termos do
Código de obras do Município da Estância Turística de Ibitinga.

§ 2º - A padronização e as regras específicas para


construção, reconstrução e manutenção a serem cumpridas estão indicadas no
Código de Obras do Município da Estância Turística de Ibitinga e na
regulamentação a ser providenciada pela administração, devendo ser garantido o
conceito de acessibilidade universal.

§ 3º - A construção e reconstrução das calçadas


poderão ser realizadas pela administração, quando existir projeto de melhoramento
ou urbanização aprovado com a respectiva previsão orçamentária.

§ 4º - Quando o proprietário for notificado, o mesmo


terá um prazo de 30 (trinta) dias, para a regularização da situação, caso não seja
regularizado dentro do prazo determinado, será cobrado uma multa. A
administração poderá construir ou recuperar calçadas que estejam em condição
irregular de uso, e que tenham sido objeto de prévia intimação, devendo os custos
ser cobrados de quem detiver a propriedade ou a posse do imóvel lindeiro
beneficiado.
§ 4º - Quando o proprietário for notificado, o
mesmo terá um prazo de 30 (trinta) dias, para a regularização da situação,
caso não seja regularizado dentro do prazo determinado, será cobrada uma
multa. A administração poderá construir ou recuperar calçadas que estejam
em condição irregular de uso e que tenham sido objeto de prévia intimação,
devendo os gastos feitos serem cobrados de quem detiver a propriedade ou
posse do imóvel beneficiado. (alterado pela Lei Complementar n°16 - 26/08/09)

§ 5º - Em áreas definidas como de interesse especial,


que pela sua confrontação social, urbanística ou turística requeiram tratamento
diferenciado, a administração poderá arcar no todo ou em parte com os custos da
recuperação ou construção das calçadas.

Art. 55 - Depende de prévio licenciamento do órgão

165
* PLANO DIRETOR

municipal competente a realização de intervenção pública ou privada que acarretar


interferência no uso da calçada, exceto os serviços de manutenção, conservação,
limpeza e ligações aos imóveis lindeiros realizados por concessionárias de
serviços públicos.

Art. 56 - O responsável por danos à calçada fica


obrigado a restaurá-la, com o mesmo material existente, garantindo a regularidade,
o nivelamento e a compactação adequada, além da qualidade e estética do
pavimento.

Art. 57 - Os estabelecimentos comerciais com


atividade de bares, restaurantes, lanchonetes e similares não poderão utilizar as
calçadas.
Parágrafo Único - A administração poderá tolerar a
ocupação parcial e temporária da calçada para colocação de mesas e cadeiras em
alguns locais específicos, na forma que dispuser a regulamentação, devendo ser
assegurado o percurso livre mínimo para o pedestre de acordo com a lei
complementar do Sistema Viário.

Art. 58 - Fica proibido nas calçadas e sarjetas:

I – criar qualquer tipo de obstáculo a livre circulação dos pedestres;


II – depositar mesas, cadeiras, caixas, bancas comerciais, produtos comerciais,
cavaletes e outros materiais similares;
III - a instalação de engenhos destinados a divulgação de mensagens de caráter
particular, que não tenha interesse público;
IV - a colocação de objetos ou dispositivos delimitadores de estacionamento e
garagens que não sejam os permitidos pelo órgão competente;
V - a exposição de mercadorias e utilização de equipamentos eletromecânicos
industriais;
VI – a colocação de cunha de terra, concreto, madeira ou qualquer outro objeto na
sarjeta e no alinhamento para facilitar o acesso de veículos;
VII - rebaixamento de meio fio, sem a prévia autorização da administração;
VIII - criação de estacionamento para veículos automotores;
IX - desrespeitar as prescrições descritas no Código de Obras do Município da
Estância Turística de Ibitinga e sua regulamentação;
X - fazer argamassa, concreto ou similares destinados à construção;
XI - construção de fossas e filtros destinados ao tratamento individual de esgotos e
efluentes, salvo na impossibilidade técnica de ser posicionada dentro do terreno,
após análise e aprovação pelo setor competente da administração;
XII - construção de caixa de passagem de caráter particular, que não tenha
interesse público;
XIII - o lançamento de água pluvial ou águas servidas ou o gotejamento do ar
condicionado sobre o piso da calçada ou da pista de rolamento;
XIV - a construção de jardineiras, floreiras ou vasos que não componham o padrão

166
* PLANO DIRETOR

definido pela administração;


XV - a colocação de caixa coletora de água pluvial, grade ou boca de lobo na
sarjeta, em frente à faixa de travessia de pedestres.

Art. 59 - Será permitida a construção de passeio


verde em calçadas com largura igual ou superior a 3,00m (três metros),
respeitando a área de percurso livre de no mínimo 1,20m (um metro e vinte
centímetros), cabendo ao proprietário ou possuidor do terreno fronteiriço a
manutenção da mesma.

Seção V

Dos Eventos em Geral

Art. 60 - A instalação provisória de palanques, palcos,


arquibancadas e outras estruturas para a realização de eventos em locais públicos
ou privados, por pessoas físicas e jurídicas, para qualquer finalidade, dependerão
de prévio licenciamento da administração e obedecerão às normas:

I – de segurança contra incêndio e pânico;


II – de vigilância sanitária;
III – de meio ambiente;
IV – de circulação de veículos e pedestres;
V – de higiene e limpeza pública;
VI – de ordem tributária;
VII – de divulgação de mensagens em locais visíveis ao transeunte.

Art. 61 - O licenciamento será fornecido pela


administração em caráter temporário após o atendimento às exigências contidas
nesta lei complementar e na sua regulamentação.

§ 1º - Fica dispensado o licenciamento temporário no


caso de realização de evento em estabelecimento que possuir esta atividade
principal através de alvará de localização e funcionamento.

§ 2º - A administração exigirá o licenciamento


específico para eventos, na forma da regulamentação, de forma a promover ações
específicas que venha assegurar a segurança, salubridade, fluidez do trânsito e o
interesse público.

Art. 62 - Os promotores de eventos em geral, quando


da divulgação dos respectivos espetáculos para sua realização no Município da
Estância Turística de Ibitinga, ficam obrigados a informar e cumprir o horário de

167
* PLANO DIRETOR

início e, no caso de realização em logradouro público, do término dos mesmos.

Parágrafo Único - Os estádios, ginásios, ou casas de


espetáculos com capacidade de público acima de 2000 (duas mil) pessoas e que
não tenham lugares numerados, deverão abrir suas portas para o público no
mínimo 2 (duas) horas antes do horário divulgado para o início do espetáculo.

Art. 63 - Os responsáveis pelos eventos abertos ao


público, que tenham à disposição do público acima de 1000 (um mil) ingressos,
deverão divulgar durante o evento, a localização de extintores de incêndio, as rotas
de fuga para caso de incêndio e pânico e as saídas de emergência.

Seção VI

Do Mobiliário Urbano

Sub-Seção I

Das Disposições Preliminares

Art. 64 - Quando instalado em logradouro público,


considera-se como mobiliário urbano:

I. abrigo para passageiros e funcionários do transporte público;


II. armário e comando de controle semafórico, telefonia, e de
concessionárias de serviço público;
III. banca de jornais e revistas ou flores;
IV. bancos de jardins e praças;
V. sanitários públicos;
VI. cabine de telefone e telefone público;
VII. caixa de correio;
VIII. coletor de lixo urbano leve;
IX. coretos;
X. defensa e gradil;
XI. equipamento de sinalização;
XII. equipamento para jogo, esporte e brinquedo;
XIII. estátuas, esculturas e monumentos e fontes;
XIV. estrutura de apoio ao serviço de transporte de passageiros;
XV. jardineiras e canteiros;
XVI. módulos de orientação;
XVII. mesas e cadeiras;
XVIII. painel de informação;

168
* PLANO DIRETOR

XIX. poste;
XX. posto policial;
XXI. relógios e termômetros;
XXII. stand de vendas de produtos não
manuseáveis / industrializados;
XXIII. toldos;
XXIV. arborização urbana.

§ 1º - O mobiliário urbano, quando permitido, será


mantido em perfeitas condições de funcionamento e conservação, pelo respectivo
responsável, sob pena de aplicação das penalidades descritas nesta lei
complementar.

§ 2º - As mesas e cadeiras localizadas em área


particular devidamente delimitada não são consideradas mobiliário urbano.

Art. 65 - O mobiliário urbano, especialmente aquele


enquadrado como bem público será padronizado pela administração mediante
regulamentação excetuando-se estátuas, esculturas, monumentos e outros de
caráter artístico, cultural, religioso ou paisagístico.

Parágrafo Único - A administração poderá adotar


diferentes padrões para cada tipo de mobiliário urbano, podendo acoplar dois ou
mais tipos.

Art. 66 - A instalação de mobiliário urbano deverá


atender aos seguintes preceitos mínimos:

I – deve se situar em local que não prejudique a segurança e circulação de


veículos e pedestres.
II - não poderá prejudicar a intervisibilidade entre pedestres e condutores de
veículos;
III - deverá ser compatibilizado com a arborização e/ou ajardinamento existente ou
projetado, sem que ocorram danos aos mesmos;
IV – deverá atender as demais disposições desta lei complementar e sua
regulamentação.
Parágrafo Único - Compete à administração
municipal definir a prioridade de instalação ou permanência do mobiliário urbano,
bem como determinar a remoção ou transferência dos conflitantes, cabendo ao
responsável pelo uso, instalação ou pelos benefícios deste uso o ônus
correspondente.

Art. 67 - A instalação de termômetros e relógios


públicos, painéis de informação e outros que contenham mensagem publicitária
acoplada observarão as disposições legais pertinentes divulgação de mensagens

169
* PLANO DIRETOR

em locais visíveis ao transeunte, ao paisagismo, à segurança e às condições de


acessibilidade universal.

Art. 68 - A disposição do mobiliário urbano na calçada


atenderá aos critérios a serem indicados na regulamentação, devendo ser
considerado:

I - a instalação de mobiliário urbano de grande porte tal como banca de jornais e


revistas ou flores e abrigo de ponto de parada de transporte coletivo e de táxi, terá
um distanciamento da confluência dos alinhamentos a ser definido pela
administração;
II – todos os postes ou elementos de sustentação, desde que considerados
imprescindíveis, deverão sempre que possível ser instalados próximos à guia da
calçada, assegurando uma distância mínima de 0,30m (trinta centímetros) entre a
face externa do meio-fio e a projeção horizontal das bordas laterais do elemento,
independente da largura da calçada;
III - os postes de indicação dos nomes dos logradouros poderão ser instalados nas
esquinas próximo aos meios-fios desde que:

a) possuam diâmetro inferior a 63mm (sessenta e três milímetros);


b) respeitem o afastamento mínimo ao meio-fio;
c) não interfiram na circulação dos pedestres.

IV - os postes de transmissão poderão ser instalados nas calçadas desde que:

a) estejam situados na direção da divisa dos terrenos, exceto na


hipótese dos mesmos possuírem uma testada com formato ou
comprimento que tecnicamente impossibilite esta providência;
b) estejam afastados das esquinas;
c) respeitem o afastamento mínimo ao meio-fio;
d) estejam compatibilizados com os demais mobiliários existentes ou
projetados tais como arborização pública, ajardinamento, abrigos de
pontos de parada de coletivos e de taxis, etc.;
e) os aspectos técnicos de sua instalação, manutenção e conservação
sejam analisados previamente pela administração;
f) atenda aos critérios a serem descritos na regulamentação própria ou
na regulamentação do uso e construção de calçadas.

Parágrafo Único - Poderão ser adotadas


características diferentes das estabelecidas neste artigo, em caráter excepcional,
desde que analisadas previamente e aprovadas pela administração, com vistas a
compatibilizar o interesse público com as peculiaridades locais.

Art. 69 - A administração poderá retirar os mobiliários


urbanos em desuso, quebrados ou abandonados pelo responsável pelo seu uso,

170
* PLANO DIRETOR

após um período máximo de 30 (trinta) dias a contar da intimação, cabendo aos


mesmos o ressarcimento ao Município de Ibitinga dos custos deste serviço.

Sub-Seção II

Das Bancas de Jornais e Revistas ou Flores

Art. 70 - A instalação de bancas de jornais e revistas


ou flores dependerá de licenciamento prévio e será permitida:

I - em área particular;
II - nos logradouros públicos.

§ 1º - O licenciamento em logradouros públicos se


fará em regime de permissão de uso, não gerando direitos ou privilégios ao
permissionário, podendo sua revogação ocorrer a qualquer tempo, a exclusivo
critério da administração, desde que o interesse público assim o exija, sem que
àquele assista direito a qualquer espécie de indenização, compensação ou
retenção de benfeitorias.

§ 2º - Incumbe ao permissionário zelar pela


conservação do espaço público ora cedido, respondendo pelos danos que causar
a terceiros, direta ou indiretamente.

Art. 71 - O licenciamento para instalação de bancas


em logradouros públicos deverá atender aos seguintes critérios mínimos:

I - devem ser previamente avaliadas pelo setor técnico competente da


administração quanto às interferências com a circulação de veículos ou pedestres,
observando-se os parâmetros desta lei complementar, das normas técnicas e da
legislação vigente, podendo ser:
a) realocadas;
b) retiradas na impossibilidade técnica da realocação.

II – outros, a serem definidos na regulamentação, com vistas a alcançar os


objetivos desta lei complementar.

§ 1º - A realocação ou a retirada para os locais


indicados deverá ser feita pelo responsável pela banca no prazo máximo de
30(trinta) dias, após o recebimento do respectivo auto de intimação, podendo a
administração recolhê-la ao depósito municipal sem prejuízo das penas previstas
nesta lei complementar.
§ 2º - A prioridade na realocação deverá levar em

171
* PLANO DIRETOR

consideração os seguintes aspectos:

I. o permissionário não poderá ter ou administrar outra banca no


Município de Ibitinga;
II. a proximidade com o novo local;
III. ter dimensões compatíveis com o espaço existente;
IV. o histórico de infrações do permissionário;
V. a espontaneidade do permissionário na realocação da banca.

Art. 72 - A realocação das bancas em logradouros


públicos, além das disposições contidas nesta lei complementar, atenderá aos
seguintes critérios:

I – deverá ficar afastada das esquinas, das travessias sinalizadas de pedestres, de


edificação tombada ou destinada a órgão de segurança, das árvores situadas nos
espaços públicos;
II – 0,30m (trinta centímetros) da face externa do meio-fio a partir da projeção da
cobertura;
III – permitir uma largura livre de calçada de no mínimo 1,20m (um metro e vinte
centímetros) para permitir o percurso seguro de pedestres;
IV – 3,00m (três metros) das entradas de garagem.

Parágrafo Único - Será permitida a mudança de uso


da banca de jornais e revistas existente para banca de flores somente após a
realocação e autorização prévia da administração.

Art. 73 - A licença de bancas em logradouros públicos


será automaticamente revogada, sem direito a indenização, nas seguintes
situações:

I – por morte do permissionário;


II – por não atendimento as disposições desta lei complementar e sua
regulamentação;
III – no caso de relevante interesse público devidamente fundamentado.

Art. 74 - O órgão municipal competente definirá o


padrão para as bancas em função da interação com o mobiliário urbano existente,
da interferência com o fluxo de pedestres e veículos, da compatibilização com a
arborização e ajardinamento públicos existentes e demais características da área.

Art. 75 - A área ocupada, o modelo, a localização e


os produtos comercializados atenderão a regulamento emitido pela administração.

§ 1º - A comercialização de produtos tais como


jornais, revistas, livros, publicações em fascículos, guias, almanaques, plantas da

172
* PLANO DIRETOR

cidade, álbuns de figurinhas e outros de natureza cultural, artística ou científica


deverá ocupar no mínimo 2/3 (dois terços) da área da bancas de jornais ou
revistas.
§ 2º - A comercialização de produtos tais como flores
e assemelhados deverá ocupar no mínimo 2/3 (dois terços) da área da banca de
flores.
Art. 76 - É proibido, sob pena de aplicação das
penalidades descritas nesta lei complementar e retirada da banca:

I - alterar ou modificar o padrão da banca com instalações móveis ou fixas, bem


como aumentar ou fazer uso de qualquer equipamento que caracterize o aumento
da área permitida;
II - veicular propaganda político-partidária, por qualquer meio;
III - colocar publicidade não licenciada pelo município;
IV - mudar a localização da banca de jornais e revistas ou flores sem prévia
autorização;
V - comercializar qualquer mercadoria que contenha em sua composição material
explosivo, tóxico ou corrosivo, ou proibido pela legislação própria;
VI – expor produtos fora dos limites da projeção da cobertura da banca.

Art. 77 - Verificado pela administração que a banca


se encontra fechada, o permissionário será intimado para que promova a sua
reabertura no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de cassação do alvará e retirada
da banca.
Parágrafo Único - Excetuam-se do caput deste artigo
os casos de execução de atividades de restauração de serviços públicos
essenciais e os de doença do titular quando será permitido o fechamento pelos
seguintes prazos, após comunicação prévia a administração:

I. por até 30 (trinta) dias a contar do término das obras de interesse


público;
II. por até 60 (sessenta) dias no caso de doença do titular.

Art. 78 - A divulgação de mensagens visíveis ao


transeunte em bancas de jornais e revistas ou flores obedecerá as condições
estabelecidas na legislação própria.

Art. 79 - A administração poderá autorizar a


instalação de bancas móveis, para o atendimento a eventos, em veículos utilitários,
sem localização fixa, nas seguintes condições:

I - deverão atuar a mais de 100 (cem) metros das bancas fixas existentes;
II – deverão fixar-se em determinado local pelo período máximo da duração do
evento, não podendo extrapolar o prazo de 20 (vinte) dias;
III – deverão respeitar todas as condições previstas nesta lei complementar e

173
* PLANO DIRETOR

legislação correlata;
IV – somente poderão comercializar jornais, revistas, livros, publicação em
fascículos, almanaques, opúsculos de lei complementar, álbuns de figurinhas,
ingressos para espetáculos e publicações periódicas de natureza cultural, artística
ou científica.

Sub-Seção III

Dos Dispositivos Coletores de Lixo

Art. 80 - As regras para a correta disposição dos


resíduos sólidos, bem como seu acondicionamento e armazenamento serão
regulamentados pela administração e seguirão os preceitos estabelecidos pela
legislação municipal que disciplina a limpeza pública.

Art. 81 - Nas áreas de difícil acesso aos veículos,


funcionários ou equipamentos responsáveis pela limpeza pública será permitido a
colocação exclusiva de contentores municipais de apoio à coleta de resíduos
sólidos.

Art. 82 - Os contentores privados de


acondicionamento de resíduos sólidos deverão ser dispostos nas calçadas em
frente a cada imóvel, no máximo 01 (uma) hora antes do horário específico para
coleta regular de cada bairro.

§ 1º - Haverá tolerância máxima de 01 (uma) hora


após a coleta regular do bairro para que os contentores privados sejam recolhidos
da calçada para dentro dos limites do imóvel.

§ 2º - Nos bairros onde a coleta de resíduos sólidos é


noturna é admissível que os contentores sejam recolhidos até às 7:00h (sete
horas) da manhã seguinte à coleta.

§ 3º - Os contentores deverão ser expostos livres e


desimpedidos para a coleta regular, e não será tolerada sua fixação por correntes
e outros dispositivos que dificultem a ação dos funcionários designados para a
limpeza pública.

Art. 83 - Os critérios para o uso de caixas


estacionárias para recolhimento de resíduos sólidos, entulhos e materiais diversos
será tratada pela legislação municipal que disciplina a limpeza pública.

Parágrafo Único - A instalação de caixas

174
* PLANO DIRETOR

estacionárias em logradouros públicos somente será permitida em locais com


estacionamento regulamentado, sem prejuízo à circulação, e após análise da
equipe técnica do setor competente da administração municipal.

Art. 84 - As empresas, locadoras de caixa


estacionária ou prestadoras de serviço de remoção de entulho, que operem no
Município da Estância Turística de Ibitinga deverão cumprir a legislação municipal
que disciplina a limpeza pública, devendo atender as seguintes exigências:
I - ser cadastrada no setor técnico competente da municipalidade;
II - possuir licença do Município da Estância Turística de Ibitinga para locação de
suas caixas ou para remoção de entulho;
III - deverão fornecer mensalmente ao órgão competente da administração
municipal, um Plano de Gerenciamento dos Resíduos a serem coletados no
Município da Estância Turística de Ibitinga;
IV - obedecer as demais exigências específicas a serem regulamentadas pela
administração.
Parágrafo Único - O não cumprimento das
exigências contidas neste artigo implicará na aplicação das penalidades descritas
nesta lei complementar, podendo o Município da Estância Turística de Ibitinga
recolher a(s) caixa(s) estacionária(s) ao depósito municipal.

Art. 85 - Esta lei complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Sub-Seção IV

Da Arborização

Art. 86 - Cabe exclusivamente ao órgão competente


da administração, o plantio, poda radicular e outros tipos de manejo de espécies
vegetais situadas nos logradouros públicos, salvo o que está estabelecido na Lei
do Parcelamento do Solo.
Parágrafo Único - A administração poderá firmar
convênios com instituições públicas ou particulares, com pessoas físicas ou
jurídicas com o intuito de garantir a conservação ordenada e criteriosa de
determinadas espécies vegetais em áreas situadas no Município da Estância
Turística de Ibitinga.
Art. 87 - É expressamente proibido o corte ou
danificação de espécies vegetais situadas nos logradouros públicos, jardins e
parques públicos por pessoas não autorizadas pela administração.

Art. 88 - O espaçamento entre as espécies vegetais


situadas nos logradouros públicos será exigido conforme o porte das mesmas,

175
* PLANO DIRETOR

atendendo critérios a serem definidos na regulamentação da Secretaria do Meio


Ambiente.

Art. 89 - A instalação de mobiliário urbano deverá ser


compatibilizada com a arborização existente ou projetada sem que ocorram danos
às mesmas.
Parágrafo Único - A distância mínima das espécies
vegetais em relação ao mobiliário urbano deverá obedecer aos critérios a serem
definidos na regulamentação da Secretaria do Meio Ambiente.

Sub-Seção V

Das Defensas de Proteção

Art. 90 - A implantação nas calçadas de defensas ou


qualquer elemento de proteção contra veículos depende de licenciamento prévio
após análise e aprovação do setor técnico competente da administração municipal.

Parágrafo Único - Não será permitida a utilização de


barreiras no entorno de postes, salvo exceções licenciadas previamente pelo setor
técnico competente da administração municipal.

Sub-Seção VI

Dos Toldos

Art. 91 - A instalação de toldos dependerá de prévio


licenciamento pela administração devendo ser obedecido os parâmetros indicados
no C.O. do Município de Ibitinga e na legislação que regula a divulgação de
mensagens.
Parágrafo Único - As características, materiais e
condições para instalação dos toldos serão regulamentadas pela Administração
Municipal.

Art. 92 - Aplicam-se a qualquer tipo de toldo as


seguintes exigências:

I. devem estar em perfeito estado de conservação;


II. não podem prejudicar arborização e iluminação pública;
III. não podem ocultar a sinalização turística ou de trânsito, a

176
* PLANO DIRETOR

nomenclatura do logradouro e a numeração da edificação;


IV. fica facultado a administração exigir um responsável técnico
pela instalação;
V. não pode prejudicar a circulação de pedestres e veículos.

Seção VII

Do Trânsito Público

Art. 93 - É proibido dificultar ou impedir, por qualquer


meio, o livre trânsito de pedestres ou de veículos nas ruas, praças, passeios e
calçadas, exceto para efeito de intervenções públicas e eventos ou quando as
exigências de segurança, emergência ou o interesse público assim determinarem.

§ 1º - Em caso de necessidade, a administração


poderá autorizar a interdição total ou parcial da rua.

§ 2º - Sempre que houver necessidade de se


interromper o trânsito, deverá ser colocada sinalização claramente visível de dia e
luminosa à noite.

Art. 94 - Fica proibido nas vias e logradouros


públicos:
I. conduzir veículos de tração animal e propulsão humana nas vias de
trânsito rápido e arterial, sendo tolerado apenas em vias coletoras e
locais, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro;
II. transportar arrastando qualquer material ou equipamento;
III. danificar, encobrir, adulterar, reproduzir ou retirar a sinalização oficial;
IV. transitar com qualquer veículo ou meio de transporte que possa
ocasionar danos;
V. efetuar quaisquer construções que venha impedir, dificultar, desviar o
livre trânsito de pedestres ou veículos em logradouros públicos, com
exceção das efetuadas pela administração ou por ela autorizada.

Art. 95 - Ficam proibidos os estacionamentos de uso


privativo localizados em vias públicas.

§ 1º - Excetua-se do caput deste artigo os


estacionamentos próximos aos órgãos públicos ou particulares, que prestam
relevantes serviços à comunidade.

§ 2º - Os órgãos públicos ou particulares que prestam

177
* PLANO DIRETOR

serviços relevantes a comunidade são os seguintes:

I. corpo de bombeiros militar;


II. delegacias de polícia civil ou federal;
III. postos policiais militares;
IV. hospitais;
V. pronto-socorros;
VI. clínicas médicas que possuam serviço de urgência ou emergência;
VII. promotorias de justiça;
VIII. veículos oficiais descaracterizados da Secretaria Estadual de
Segurança Pública em casos excepcionais e temporários.

§ 3º - Os estacionamentos privativos previstos no


parágrafo anterior serão objeto de licenciamento mediante alvará de autorização.

Art. 96 - Qualquer manifestação pública que impeça o


livre trânsito de veículos nas vias arteriais definidas pelo Plano Diretor Urbano será
condicionada à comunicação prévia ao órgão municipal competente responsável
pelo controle do trânsito, com antecedência mínima de 05 (cinco) dias.

Art. 97 - Com o objetivo de não permitir que o livre


trânsito de pedestres seja dificultado ou molestado, fica proibido:

I. conduzir veículos pelas calçadas;


II. colocar qualquer objeto /equipamento nas entradas de garagem e nas
soleiras das portas dos imóveis construídos no alinhamento dos
logradouros;
III. usar varais com roupas nas fachadas das edificações;
IV. lançar nas calçadas e escadarias água proveniente de aparelho de ar
condicionado e águas pluviais;
V. colocar quaisquer materiais nos peitoris de janelas e varandas como
jarros de plantas, tapetes, roupas, etc.;
VI. depositar dejetos que comprometam a higiene das calçadas;
VII. abrir portões de garagens e outros com projeção sobre as calçadas.

Art. 98 - É obrigatória a instalação de alarme sonoro


e visual na saída das edificações com garagens de uso coletivo.

Parágrafo Único - A administração exigirá, a


qualquer tempo, a instalação de alarme sonoro e visual na saída de garagens não
previstas no caput deste artigo, quando houver significativa interferência entre a
rotatividade de veículos e o trânsito de pedestres.

178
* PLANO DIRETOR

Seção VIII

Dos Cemitérios

Art. 99 - Caberá a Administração Municipal legislar


sobre a polícia mortuária dos cemitérios públicos municipais ou privados bem
como as construções internas, temporárias ou não, na forma estabelecida na
regulamentação.
Art. 100 - O licenciamento de cemitérios privados
deverá ser feito por meio de alvará de construção e de localização e
funcionamento, devendo estar estabelecidas as condicionantes sanitárias mínimas
para o seu funcionamento, sendo indispensável o licenciamento de natureza
ambiental.
Art. 101 - Compete à administração zelar pela ordem
interna dos cemitérios públicos municipais, policiando as cerimônias nos
sepultamentos ou homenagens póstumas, não permitindo atos que contrariem os
sentimentos religiosos e o respeito devido.

Art. 102 - Não são permitidas reuniões tumultuosas


nos recintos do cemitério.

Art. 103 - É proibida a venda de alimentos, bem


como qualquer objeto, inclusive os atinentes às cerimônias funerárias, fora dos
locais designados pela administração do cemitério.

Art. 104 - As empresas prestadoras de serviços


funerários tem que estar devidamente licenciadas perante a Administração
Municipal.
Parágrafo Único - Qualquer irregularidade,
encontrada nas empresas prestadoras de serviços funerários e devidamente
comprovadas pela fiscalização municipal, ocasionará a cassação do alvará de
localização e funcionamento e a consequente suspensão imediata das atividades
da empresa, observado o devido processo legal.

Art. 105 - Os cemitérios instituídos por iniciativa


privada e de ordens religiosas ficam submetidos à polícia mortuária da
administração municipal no que se referir as questões sanitárias e ambientais, à
escrituração e registros de seus livros, ordem pública, inumação, exumação e
demais fatos relacionados com a atividade.

Art. 106 - O cemitério instituído pela iniciativa privada


deverá ter os seguintes requisitos mínimos:

I. domínio ou posse definitiva da área;

179
* PLANO DIRETOR

II. título de aforamento;


III. organização legal da sociedade;
IV. estatuto próprio, no qual terá, obrigatoriamente, no mínimo,
os seguintes dispositivos:

a) autorizar a venda de carneiras ou jazigos por tempo limitado (cinco ou


mais anos);
b) autorizar a venda definitiva de carneiros ou jazigos;
c) permitir transferência, pelo proprietário, antes de estar em uso;
d) criar taxa de manutenção e de transferências a terceiros, que deverá
obrigatoriamente ser submetida a aprovação da administração
municipal antes da sua aplicação, mediante comprovação dos custos;
e) determinar que a compra e venda de carneiras e jazigos será por
contrato público ou particular, no qual o adquirente se obriga a aceitar,
por si e seus sucessores, as cláusulas obrigatórias do Estatuto;
f) determinar que em caso de abandono, falência, dissolução da
sociedade ou não atendimento da legislação sanitária própria todo o
acervo e propriedade da área e/ou sua posse definitiva será
transferido ao Município da Estância Turística de Ibitinga, sem ônus.

Art. 107 - Os cemitérios públicos terão seus horários


de abertura ao público e serviços de segurança interna determinados pela
administração.

Art. 108 - Os cemitérios públicos ou privados deverão


obrigatoriamente manter, além de outros registros ou livros que se fizerem
necessários, os seguintes documentos:

I. livro geral para registro de sepultamento, contendo:


a) número de ordem;
b) nome, idade, sexo, estado civil, filiação e naturalidade do falecido;
c) data e lugar do óbito;
d) número de seu registro de óbito, página, livro, nome do cartório e do
lugar onde está situado;
e) número da sepultura e da quadra ou da urna receptiva das cinzas
(para o caso do falecido ter sido cremado);
f) espécie da sepultura, podendo ser temporária ou perpétua;
g) sua categoria, podendo ser sepultura rasa, carneira ou jazigo;
h)em caso de exumação, a data e o motivo;
i) o pagamento de taxas e emolumentos;
j) outras observações relevantes ou exigidas pela administração.
II. livro para registro de carneiras ou jazigos perpétuos;
III. livro para registro de cadáveres submetidos a cremação;
IV. livro para registro e aforamento de nicho, destinado ao depósito de
ossos;

180
* PLANO DIRETOR

V. livro para registro de depósito de ossos no ossuário.

Parágrafo Único - A administração regulamentará as


informações mínimas que deverão constar nos livros, bem como o modelo dos
impressos.

Art. 109 - As construções funerárias serão objeto de


regulamentação pela administração.

Art. 110 - Os critérios e condições para as sepulturas,


carneiras, jazigos, mausoléus, inumações, exumações serão estabelecidos pela
regulamentação a ser feita pela administração.

CAPÍTULO IV

DO COMÉRCIO, INDÚSTRIA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Art. 111 - Todas as pessoas portadoras de deficiência


física ou dificuldades de mobilidade, mulheres em estado de gravidez, pessoas
com crianças no colo, doentes graves e os idosos com mais de 65 (sessenta e
cinco) anos de idade deverão ter atendimento prioritário em todos os
estabelecimentos públicos ou particulares em que possa ocorrer a formação de
filas.
Parágrafo Único - É obrigatória a colocação de
placas informativas, pelo estabelecimento, sobre a preferência a ser dada às
pessoas citadas no caput deste artigo.

Art. 112 - As vagas de estacionamento e de carga e


descarga de mercadorias exigidas pelo Plano Diretor, e as adicionais que constem
de projeto aprovado, deverão ser mantidas livres e desimpedidas devendo ser
obrigatoriamente sinalizadas e disponibilizadas para os usuários da edificação.

Art. 113 - As vagas de estacionamento destinadas a


pessoas portadoras de deficiências ou dificuldades de mobilidade deverão ser
demarcadas pelos respectivos estabelecimentos, a quem caberá a fiscalização.

Parágrafo Único - A administração poderá emitir um


adesivo identificando os veículos destinados ao transporte de pessoas que
possuam dificuldades de mobilidade, facilitando a identificação.

Art. 114 - Fica proibida a venda de produtos

181
* PLANO DIRETOR

derivados do tabaco, bebidas alcoólicas e produtos solventes tipo “cola de


sapateiro” e similares a menores de 18 (dezoito) anos.

§ 1º - Caberá ao comerciante efetuar a venda


somente após se certificar da idade do comprador, mediante documentação oficial.

§ 2º - O comerciante deverá afixar aviso no interior do


seu estabelecimento contendo a determinação constante deste artigo, em modelo
padronizado pela administração.

Art. 115 - Fica proibido o uso de cigarros, charutos,


cachimbos e outros derivados do fumo no interior de bares, restaurantes,
bibliotecas, cinemas, teatros, casas de espetáculos ou outros que possuam
ambientes fechados.

Art. 116 - Fica proibido fumar no interior de


estabelecimentos comerciais públicos fechados e em veículos de transporte
coletivo do Município de Ibitinga.

Parágrafo Único - O concessionário de


estabelecimento comercial público fechado e de transporte coletivo deverá afixar
aviso no interior do seu estabelecimento ou veículo contendo a inscrição “proibido
fumar” e a transcrição do número desta lei complementar.

Art. 117 - O estabelecimento que atenda a no mínimo


200 (duzentas) pessoas/dia prestando serviços ou comércio ao público em geral
deverá dispor de dispositivo que forneça água filtrada e gelada com livre acesso
durante o período de seu funcionamento.

Art. 118 - Os estabelecimentos destinados a


supermercados, bares, restaurantes, lanchonetes ou outros que sirvam bebidas
para o consumidor final deverão ter instalações sanitárias separadas por sexo, nas
condições previstas no Código de Edificações e também em atendimento a
legislação de necessidades especiais.

Art. 119 - Fica assegurado aos estudantes


regularmente matriculados em estabelecimentos de ensino oficiais ou
reconhecidos oficialmente o percentual de 50% (cinqüenta por cento) de
abatimento em sessões de cinemas, teatros, casas de espetáculos musicais ou
circenses bem como praças esportivas e similares nas áreas de esportes, cultura e
lazer todos patrocinados pelo Município.

§ 1º - Para efeitos desta lei complementar considera-


se estudante aquele regularmente matriculado em qualquer grau, em
estabelecimento de ensino particular ou público.

182
* PLANO DIRETOR

§ 2º - A condição de estudante, exigida para o


cumprimento desta lei complementar, será comprovada mediante apresentação da
carteira de identidade estudantil, a ser expedida conforme o grau do aluno, pelas
próprias escolas, pela União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Ibitinga
através da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, pelo Diretório Central
dos Estudantes das respectivas faculdades ou universidades ou através da União
Nacional dos Estudantes.

§ 3º - Aplica-se ao disposto neste artigo às pessoas


com idade acima de 65 (sessenta e cinco) anos, desde que comprovado mediante
documento oficial de identidade.

§ 4º - A apresentação do comprovante estudantil ou


de idade somente deverá ser exigida no momento do ingresso no estabelecimento,
ficando proibido exigir documentação ou a presença do estudante ou do idoso
quando da aquisição do ingresso.

Art. 120 - É obrigatória, nas agências e postos de


serviços bancários, a instalação de porta eletrônica de segurança individualizada,
em todos os acessos destinados ao público, observando as seguintes
características técnicas:

I. deverá dispor de detector de metais;


II. deverá dispor de travamento e retorno automático;
III. abertura ou janela para entrega ao vigilante do metal detectado;
IV. deverá possuir vidros laminados e resistentes ao impacto de projéteis
oriundos de arma de fogo até calibre 45.

Art. 121 - Ficam as empresas revendedoras de


botijão de gás, obrigadas a manter nos postos de vendas fixos ou móveis,
balanças aferidas pelo órgão competente, para permitir aos compradores conferir o
peso do botijão.
Art. 122 - Os estabelecimentos residenciais e
comerciais que possuam instalação de gás liquefeito de petróleo ficam obrigados a
instalar detector de fuga de gás.

Parágrafo Único - A administração poderá


regulamentar as condições mínimas para a instalação destes detectores.

Art. 123 - Os postos de abastecimento de


combustíveis, que possuam acesso direto por logradouro público, deverão definir
as suas entradas e saídas e os locais de rebaixamento de meio-fio, com o objetivo
de proteger o pedestre, nas condições a serem previstas na regulamentação.

Parágrafo Único - Deverão ser observadas as

183
* PLANO DIRETOR

prescrições do Código de Obras e das normas estaduais e federais que regem


este assunto.

Art. 124 - Fica proibida a instalação e a operação de


bombas do tipo auto-serviço, com abastecimento feito pelo próprio consumidor, em
todos os postos de abastecimento de combustíveis localizados no Município da
Estância Turística de Ibitinga.

Parágrafo Único - A proibição acima visa garantir a


segurança durante o procedimento de abastecimento.

Art. 125 - A administração definirá os critérios


específicos para concessão de alvará de localização e funcionamento para casas
de diversões eletrônicas tipo “fliperamas” localizadas próximo a escola de 1º e 2º
graus de ensino regular, devendo ser obedecidas as restrições estabelecidas pelos
órgãos públicos competentes e autoridades competentes.

Art. 126 - Fica proibido extrapolar a lotação máxima


de estabelecimentos tais como boates, circos, teatros, casas de espetáculos,
bares, parques de diversões, restaurantes, eventos e outros que possuam ou
possam possuir grande concentração de pessoas.

§ 1º - Caberá a administração bem como ao Corpo de


Bombeiros dimensionar a ocupação máxima, de acordo com as condições de
segurança contra incêndio e pânico, bem como garantir as condições mínimas de
higiene e conforto dos usuários.

§ 2º - Caberá ao responsável pelo estabelecimento o


controle e a fiscalização da lotação, mantendo esta informação constantemente
atualizada, com o objetivo de informar aos usuários e a fiscalização a qualquer
momento, desde que solicitado.

§ 3º - O estabelecimento está obrigado a colocar uma


placa, na porta principal de entrada, indicando a lotação máxima permitida, o artigo
desta lei complementar que determina esta obrigação, a penalidade que o
estabelecimento está sujeito no descumprimento deste artigo, bem como o
telefone da administração municipal e do Corpo de Bombeiros Militar para
eventuais reclamações.

Art. 127 - Os estabelecimentos destinados a


espetáculos programados deverão demonstrar, por meio de representação ao vivo
ou audiovisual, a localização dos equipamentos de segurança exigidos pelo Corpo
de Bombeiros, as rotas de fuga e a maneira de utilização dos mesmos em caso de
sinistro ou pânico, nos moldes dos procedimentos adotados em aeronaves.

184
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único - Quando as edificações forem


destinadas a hospedagens tais como hotéis, pousadas e similares, deverá ser
afixado na parte interna da porta de acesso ao apartamento, quarto ou chalé,
quadro explicativo contendo rota de fuga, acessos a saída de emergência e
demais orientações necessárias ao hóspede em situações emergenciais.

Seção I
Da Higiene dos Estabelecimentos

Art. 128 - O proprietário do imóvel ou o responsável


pelo uso são responsáveis por manter as condições mínimas de higiene
necessárias para o exercício de sua atividade.
Parágrafo Único - Cabe ao proprietário do imóvel ou
o responsável pelo uso o ressarcimento e as responsabilidades civis e penais
pelos danos que a falta de higiene provocar nos respectivos usuários, além das
penalidades previstas nesta lei complementar e legislação correlata.

Art. 129 - Deverão ser respeitadas as condicionantes


e as determinações emanadas pela autoridade sanitária para a emissão ou
vigência do respectivo alvará.

Art. 130 - Os estabelecimentos de interesse da


saúde, definidos conforme o código sanitário do Município de Ibitinga, somente
receberão a licença necessária para o exercício de sua atividade após a emissão
do alvará sanitário pelo órgão competente.

Parágrafo Único - Os estabelecimentos referidos


neste artigo ficam obrigados a manter em local visível ao público as instruções com
os números de telefones do órgão municipal encarregado da fiscalização da
higiene.

Art. 131 - A administração deverá regulamentar as


condições sanitárias, de higiene e salubridade dos estabelecimentos, que já não
estejam definidas em legislação específica, observando a peculiaridade de cada
atividade, de forma a proteger a saúde e o bem estar dos seus respectivos
usuários.
Parágrafo Único - A fiscalização poderá exigir
medidas ou providências adicionais, além daquelas diretamente relacionadas na
legislação, desde que seja justificado tecnicamente de forma a alcançar a proteção
do interesse coletivo.

Art. 132 - Ficam os estabelecimentos dotados de


sanitários para o uso público obrigados a mantê-los limpos, abastecidos com papel
higiênico, papel toalha e com um produto para assepsia das mãos.

185
* PLANO DIRETOR

Seção II

Do Comércio Ambulante ou Eventual

Art. 133 - O exercício do comércio ambulante ou


eventual dependerá de licenciamento concedido pelo órgão municipal competente.

§ 1º - Considera-se vendedor ambulante, ou


expressões sinônimas, a pessoa física que exerce, individualmente, atividade de
venda a varejo de mercadorias, de forma itinerante, por conta própria, realizada em
vias e logradouros públicos, desde que em mobiliário ou equipamento removível.

§ 2º - Considera-se comércio eventual o que é


exercido em determinadas épocas do ano, especialmente por ocasião de festejos
ou comemorações, em local fixo e autorizado pela administração, desde que em
mobiliário ou equipamento removível.

Art. 134 - A indicação dos espaços para localização


do comércio ambulante ou eventual tem caráter de licença precária, podendo ser
alterados a qualquer tempo, a critério da administração.

Art. 135 - Os parâmetros para localização dos


espaços destinados ao comércio ambulante ou eventual e as condições para o seu
funcionamento atenderão as seguintes exigências mínimas:

I. a existência de espaços adequados para instalação do mobiliário ou


equipamento de venda;
II. não obstruir a circulação de pedestres e/ou veículos;
III. não prejudicar a visualização e o acesso aos monumentos históricos e
culturais;
IV. não situar-se em terminais destinados ao embarque e desembarque
de passageiros do sistema de transporte coletivo;
V. atender às exigências da legislação sanitária, de limpeza pública e de
meio ambiente;
VI. atender às normas urbanísticas da cidade;
VII. não interferir no mobiliário urbano, arborização e jardins públicos;

Art. 136 - Fica proibida a pessoa que exerce o


comércio ambulante ou eventual:

I. ceder a terceiros, a qualquer título, e ainda que temporariamente, o uso


total ou parcial de sua licença;
II. adulterar ou rasurar documentação oficial;
III. praticar atos simulados ou prestar falsa declaração perante a

186
* PLANO DIRETOR

administração, para burlar as leis e regulamentos;


IV. proceder com turbulência ou indisciplina ou exercer sua atividade em
estado de embriaguez;
V. desacatar servidores municipais no exercício da função de fiscalização,
ou em função dela;
VI. resistir a execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
servidor competente para executá-lo;
VII. não obedecer às exigências de padronização do mobiliário ou
equipamento;
VIII. desatender as exigências de ordem sanitárias e higiênicas para o
seu comércio;
IX. não manter a higiene pessoal ou dos seus equipamentos;
X. sem estar devidamente identificado conforme definido pela
administração;
XI. deixar de renovar o respectivo alvará, pagando as taxas devidas, no
prazo estabelecido.

Art. 137 - A administração regulamentará as


condições para o exercício da atividade de comércio ambulante ou eventual, os
horários, locais, o prazo para utilização dos espaços indicados, a documentação
necessária, a infraestrutura, o mobiliário e/ou equipamentos, as atividades
permitidas e as proibidas, as taxas e demais elementos importantes para a
preservação do interesse coletivo.

Art. 138 - Diariamente, após o horário de


funcionamento da atividade, o ambulante retirará do espaço autorizado o seu
mobiliário e fará a limpeza as suas expensas, depositando os resíduos sólidos
devidamente acondicionados.

Art. 139 - O exercício de comércio ambulante em


veículos adaptados que comercializem comestíveis deverão ser licenciados pelo
Município de Ibitinga através do respectivo alvará, mediante o pagamento de
taxas, observando às seguintes condições mínimas:

I. deverá ser feito o licenciamento junto ao serviço de vigilância sanitária


do Município de Ibitinga;
II. obedecerem as lei complementares de trânsito quanto ao
estacionamento de veículos bem como suas características originais;
III. distarem no mínimo 100m (cem metros) de estabelecimentos
regularizados que comercializem produtos similares;
IV. manter em perfeito estado de limpeza e higiene o local em
que estiverem estacionados;
V. disponibilizar um depósito de lixo, com saco descartável;
VI. atender aos demais preceitos desta lei complementar e de
sua regulamentação.

187
* PLANO DIRETOR

Seção III

Das Feiras Livres e Comunitárias

Art. 140 - As feiras livres serão localizadas em áreas


abertas em logradouros públicos ou áreas particulares, especialmente destinadas
a esta atividade pela administração.
Parágrafo Único - As feiras livres serão permitidas
em caráter precário, com mobiliário removível e com duração máxima de um dia
por semana no mesmo local.

Art. 141 - As feiras comunitárias regionais,


funcionarão nas praças públicas dos bairros, para a exposição e comercialização
de produtos manufaturados, produtos caseiros e artesanais não industrializados,
exploração de brinquedos tais como cama elástica, pula-pula, piscina de bolas,
castelo inflável e outros do gênero; objetivando fomentar o lazer local, a integração
da comunidade e o comércio ordenado, respeitados os limites legais para a sua
instalação e funcionamento.
Parágrafo Único - As feiras comunitárias serão
geridas pelos Conselhos Locais, sob coordenação da Administração Regional
competente, seguindo critérios específicos, na forma que dispuser a
regulamentação.
Art. 142 - A administração definirá através de
regulamentação os dias e os horários para realização das feiras livres, os produtos
e as condições que os mesmos poderão ser comercializados, a padronização dos
mobiliários e equipamentos, as condições mínimas de higiene, a padronização na
identificação dos feirantes, as condições de armazenamento dos resíduos sólidos,
os limites de ruído e os demais cuidados necessários para garantir o sossego, a
saúde e a higiene pública.

Art. 143 - São denominados feirantes as pessoas


físicas capazes, cooperativas, associações de produtores ou artesãos e
instituições assistenciais situadas no Município de Ibitinga, que estejam
regularmente licenciados e que venham a exercer o comércio nas feiras livres.

Art. 144 - Todo feirante deverá obter a respectiva


licença para o exercício de sua atividade, desde que atenda as condições definidas
pela administração, após o pagamento das taxas devidas.

Parágrafo Único - Poderá ser exigido pela


administração o respectivo alvará sanitário, sendo obrigatório que o mesmo atenda
a todas as determinações sanitárias e de meio ambiente.

Art. 145 - Fica proibido ao feirante, sob pena de


aplicação das penalidades:

188
* PLANO DIRETOR

I. ceder a terceiros, a qualquer título, e ainda que temporariamente, o uso


total ou parcial de sua licença durante a realização da feira livre;
II. faltar a mesma feira livre 03 (três) vezes consecutivas ou 06 (seis)
vezes alternadamente, durante o ano civil, sem apresentação de
justificativa imediata e relevante, a juízo da administração;
III. adulterar ou rasurar documentação oficial;
IV. praticar atos simulados ou prestar falsa declaração perante a
administração, para burlar as leis e regulamentos;
V. proceder com turbulência ou indisciplina ou exercer sua atividade em
estado de embriaguez;
VI. desacatar servidores municipais no exercício da função de
fiscalização, ou em função dela;
VII. resistir a execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
servidor competente para executá-lo;
VIII. não obedecer as exigências de padronização do mobiliário e
equipamento;
IX. não observar as exigências de ordem sanitárias e higiênicas para o
seu comércio;
X. não manter a higiene pessoal ou dos seus equipamentos;
XI. deixar de estar devidamente identificado conforme definido pela
administração;
XII. deixar de renovar o respectivo alvará, pagando as taxas devidas, no
prazo estabelecido.

Art. 146 - Fica assegurado ao feirante o afastamento


da feira livre para trato de assuntos particulares, por período de no máximo 30
(trinta) dias a cada ano civil, desde que sejam atendidas as seguintes condições:

I. deverá ser comunicado a administração com pelo menos 30 (trinta) dias


de antecedência, com a indicação do seu possível substituto para
avaliação;
II. ter pelo menos 12 (doze) meses de pleno exercício de suas
atividades;
III. deverá aguardar em exercício a liberação pela
administração.

Art. 147 - Diariamente, após o horário de


funcionamento da atividade, o feirante retirará do espaço autorizado o seu
mobiliário e equipamento e fará a limpeza as suas expensas, depositando os
resíduos sólidos acondicionados nos locais indicados pela administração.

189
* PLANO DIRETOR

Seção IV

Dos Mercados Públicos

Art. 148 - Os mercados públicos municipais terão os


seus horários e condições de funcionamento regulamentadas pela administração.

Seção V

Do Horário de Funcionamento

Art. 149 - O Município determinará o horário de


funcionamento dos serviços, respeitadas as demais disposições legais.

Parágrafo Único - A administração poderá


determinar o horário de funcionamento, em caráter temporário ou definitivo, de
forma a garantir melhor condição ao sossego público, fluidez no trânsito de
veículos ou pessoas, interferências com obras públicas ou de interesse público
bem como o cumprimento das normas estaduais ou federais relativas a atividade
do estabelecimento.
Art. 150 - A administração fixará escala de plantão de
farmácia e drogaria, visando a garantia de atendimento de emergência à
população.
Parágrafo Único - Nos bairros e/ou regiões onde
houver estabelecimento comercial de produtos farmacêuticos funcionando em
regime de 24h (vinte e quatro horas), a critério da administração, poderá ser
dispensado da escala as demais farmácias.

Art. 151 - Todo posto de abastecimento de


combustíveis, supermercado, farmácia, drogaria, hospital, clínica, boate e outros a
critério da administração, deverá colocar em local visível ao público o respectivo
horário de funcionamento.
Parágrafo Único - O estabelecimento não poderá se
negar a atender ao público dentro do horário de funcionamento indicado no aviso,
sendo permitido extrapolar o horário desde que não infrinja outras normas a que
esteja sujeito.

Seção VI

Da Ocupação da Fachada e do Afastamento Frontal

190
* PLANO DIRETOR

Art. 152 - A área de afastamento frontal poderá ser


utilizada para as atividades de comércio e prestação de serviços por edificações ou
equipamentos transitórios não incorporados a edificação principal, devendo
atender às seguintes disposições:

I. somente será permitido se não houver proibição no Plano Diretor


Participativo do Município da Estância Turística de Ibitinga;
II. deverão ser respeitadas as normas do Código de Edificações,
principalmente quanto a iluminação e ventilação bem como a circulação
de pedestres e veículos;
III. não avançar em nenhuma hipótese sobre o passeio público;
IV. observar as normas sanitárias, de segurança pública e de meio
ambiente;
V. ficar afastado no mínimo 1,00m (um metro) do alinhamento, com
exceção das mesas e cadeiras.

Art. 153 - Será permitida a instalação de vitrines nas


fachadas dos estabelecimentos comerciais, desde que não prejudiquem o livre
trânsito de pedestres, mediante prévia licença do município e de acordo com a
legislação vigente.
§ 1º - deverá ser padronizada para estabelecimentos
situados no mesmo prédio.
§ 2º - Não será permitida a utilização de vitrines como
atividade econômica independente ou que exponha produtos que não se
correlacionem com o estabelecimento.

CAPÍTULO V

PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO

Seção I

Disposições Preliminares

Art. 154 - Constitui infração toda ação ou omissão


contrária às disposições desta lei complementar ou de outras leis, Decretos,
Resoluções ou atos baixados pela administração, no uso de seu poder de polícia
administrativa.
Parágrafo Único - No exercício da ação
fiscalizadora, serão assegurados aos agentes fiscais credenciados o livre acesso,
em qualquer dia e hora, e a permanência pelo período que se fizer necessária,
mediante as formalidades legais, a todos os lugares, a fim de fazer observar as
disposições desta lei complementar, podendo, quando se fizer necessário, solicitar

191
* PLANO DIRETOR

o apoio de autoridades policiais, civis e militares.

Art. 155 - Considera-se infrator para efeitos desta lei


complementar o proprietário, o possuidor, o responsável pelo uso de um bem
público ou particular, bem como o responsável técnico pelas obras ou instalações,
sendo caracterizado na pessoa que praticar a infração administrativa ou ainda
quem ordenar, constranger, auxiliar ou concorrer para sua prática, de qualquer
modo.
Parágrafo Único - Não sendo possível identificar ou
localizar a pessoa que praticou a infração administrativa, será considerado infrator
a pessoa que se beneficiou da infração, direta ou indiretamente.

Art. 156 - As autoridades administrativas e seus


agentes competentes para tal que, tendo conhecimento da prática de infração
administrativa, abstiverem-se de promover a ação fiscal devida ou retardarem o ato
de praticá-la, incorrem nas sanções administrativas previstas no estatuto dos
funcionários públicos do Município de Ibitinga, sem prejuízo de outras em que
tiverem incorrido.

Art. 157 - O cidadão que embaraçar, desacatar ou


desobedecer ordem legal do funcionário público na função de fiscalização e
vistoria, será autuado para efeito de aplicação da penalidade que em cada caso
couber, sem prejuízo das demais sanções penais e civis cabíveis.

Art. 158 - Na contagem dos prazos estabelecidos


nesta lei complementar, considerar-se-á em dias corridos, contados a partir do
primeiro dia útil após o evento de origem até o seu dia final, inclusive, e quando
não houver expediente neste dia, prorroga-se automaticamente o seu término para
o dia útil imediatamente posterior.

Parágrafo Único - Excetuam-se do disposto no caput


deste artigo as ações fiscais para cumprimento de determinação legal prevista em
horas.

Seção II

Notificação

Art. 159 - A administração dará ciência de suas


decisões ou exigências por meio de notificação feita ao interessado.

Art. 160 - A notificação poderá ser feita:


I. mediante ciência do interessado no respectivo processo administrativo,

192
* PLANO DIRETOR

ofício ou formulário próprio;


II. por correspondência, com aviso de recebimento, postada para o
endereço fornecido;
III. por edital.

Art. 161 - Ultrapassado o prazo de 30 (trinta) dias


após a notificação, e não sendo satisfeitas as exigências contidas em processo
administrativo, será o pedido indeferido e arquivado.

Seção III

Auto de Intimação

Art. 162 - Constatado o desatendimento de quaisquer


das disposições desta lei complementar e da sua regulamentação, o infrator, se
conhecido for, receberá o respectivo auto de intimação, para que satisfaça o fiel
cumprimento da legislação em vigor em prazo compatível com a irregularidade
verificada.
Parágrafo Único - O auto de intimação objetiva
compelir o infrator, em prazo determinado, a praticar ou cessar ato que esteja em
desacordo com os preceitos legais.

Art. 163 - O auto de intimação não será aplicado


mais de uma vez quando o contribuinte incorrer ou reincidir na mesma infração,
sendo aplicada a medida administrativa cabível.

Art. 164 - Nos casos que a ação fiscal deva ser


imediata, não caberá auto de intimação prévio e sim a aplicação da penalidade
cabível.

Art. 165 - É considerada de ação imediata, para


efeitos desta lei complementar, os seguintes casos:
I. quando colocar em risco a saúde e a segurança pública;
II. quando colocar em risco a integridade física do cidadão ou de seu
patrimônio;
III. quando embaraçar ou impedir o trânsito de pessoas ou veículos;
IV. quando se tratar de atividade não licenciada exercida por comércio
ambulante ou eventual.

Art. 166 - O auto de intimação será lavrado em


formulário oficial da administração municipal e conterá obrigatoriamente a
descrição da irregularidade contendo o dispositivo legal infringido, a identificação

193
* PLANO DIRETOR

do agente infrator, a assinatura do agente fiscal, ciência do infrator, prazo para as


correções dependendo do caso, bem como todas as indicações e especificações
devidamente preenchidas.

§ 1º - No caso de recusa de conhecimento e


recebimento do auto de intimação, o seu portador, agente fiscal, deverá certificar
esta ocorrência no verso do documento, com assinatura e apoio de duas
testemunhas devidamente qualificadas deixando o auto a vista do infrator ou
encaminhando-o via correios, ou por meios próprios, com aviso de recebimento.

§ 2º - No caso de não localização do infrator, o


mesmo será intimado por meio de edital.

Seção IV

Auto de Apreensão

Art. 167 – No momento da apreensão de coisas a


fiscalização lavrará o respectivo auto de apreensão caso o infrator esteja presente,
indicando obrigatoriamente o nome do infrator, o local da infração, a irregularidade
constatada e as coisas apreendidas indicando seus tipos e quantidades caso seja
tecnicamente possível.

§ 1º - Na ausência física do infrator, o auto de


apreensão deverá ser entregue no seu endereço pessoalmente ou por via postal
com aviso de recebimento, caso seja conhecido.

§ 2º - Não sendo conhecido o infrator ou o seu


endereço, será publicado edital dando conta da apreensão e o auto de apreensão
ficará disponível no depósito da municipalidade junto com os materiais
apreendidos, pelo prazo de até 15(quinze) dias a contar da apreensão.

Seção V

Auto de Infração

Art. 168 - O auto de infração é o instrumento pelo


qual a autoridade municipal competente apura a violação das disposições desta lei
complementar e de outras leis, Decretos e Regulamentos do município no qual o
infrator esteja sujeito.
Art. 169 - O auto de infração será lavrado após
decorrido o prazo constante do auto de intimação, desde que o infrator não tenha

194
* PLANO DIRETOR

sanado as irregularidades anteriormente indicadas.

§ 1º - Poderá ser dispensada a intimação prévia nos


casos previstos nesta lei complementar.
§ 2º - No momento da lavratura do auto de infração
será aplicada a penalidade cabível.

Art. 170 - O auto de infração será lavrado em


formulário oficial do município, com precisão e clareza, sem emendas e rasuras, e
conterá, obrigatoriamente:

I. a descrição do fato que constitua a infração administrativa, com todas


as suas circunstâncias;
II. dia, mês, hora e local em que foi lavrado;
III. o nome do infrator, pessoa física ou jurídica com o endereço
conhecido;
IV. dispositivo legal ou regulamento infringido;
V. indicação do dispositivo legal ou regulamentar que comina na
penalidade a que fica sujeito o infrator;
VI. número do auto de intimação, caso tenha sido lavrado previamente;
VII. intimação ao infrator para pagar os tributos e multas devidas ou
apresentar defesa e provas, nos prazos previstos;
VIII. o órgão emissor e endereço;
IX. assinatura do fiscal e respectiva identificação funcional;
X. assinatura do autuado ou, na ausência, de seu representante legal ou
preposto ou, em caso de recusa, a certificação deste fato pelo fiscal.

§ 1º - No caso de recusa de conhecimento e


recebimento do auto de infração, o seu portador, agente público, deverá certificar
esta ocorrência no verso do documento, com assinatura e apoio de duas
testemunhas devidamente qualificadas deixando o auto a vista do infrator ou
encaminhando-o via correios, ou por meios próprios, com aviso de recebimento.

§ 2º - A recusa do recebimento do auto de infração


pelo infrator ou preposto não invalida o mesmo, caracterizando ainda embaraço à
fiscalização.
§ 3º - No caso de devolução de correspondência por
recusa de recebimento ou não localização do infrator, o mesmo será notificado do
auto de infração aplicado, por meio de edital.

Art. 171 - Quando o infrator praticar


simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas individualmente,
quando cabíveis, através dos respectivos autos de infração, as penalidades
pertinentes a cada infração.
Art. 172 - O auto de infração poderá ser lavrado

195
* PLANO DIRETOR

cumulativamente com novo auto de intimação, auto de apreensão, auto de


interdição, auto de embargo devendo ser indicadas as penalidades cabíveis.

Seção VI

Auto de Interdição

Art. 173 - O auto de interdição é o instrumento pelo


qual a autoridade municipal competente determina a interdição temporária ou
definitiva, parcial ou total, da atividade, estabelecimento ou equipamento.

Art. 174 - O auto de interdição será lavrado após


decorrido o prazo constante do auto de intimação, desde que o infrator não tenha
sanado as irregularidades anteriormente indicadas.

Parágrafo Único - Poderá ser dispensada a


intimação prévia nos casos previstos nesta lei complementar.

Art. 175 - O auto de interdição será lavrado em


formulário oficial do município, com precisão e clareza, sem emendas e rasuras, e
conterá, obrigatoriamente:

I. a descrição do fato que constitua a infração administrativa, com todas


as suas circunstâncias;
II. dia, mês, hora e local em que foi lavrado;
III. o nome do infrator, pessoa física ou jurídica com o endereço
conhecido;
IV. dispositivo legal ou regulamento infringido;
V. indicação do dispositivo legal ou regulamentar que comina na
penalidade a que fica sujeito o infrator;
VI. número do auto de intimação, caso tenha sido lavrado previamente;
VII. intimação ao infrator para paralisar a atividade e/ou equipamento e/ou
desocupar o estabelecimento no prazo fornecido;
VIII. o órgão emissor e endereço;
IX. assinatura do fiscal e respectiva identificação funcional;
X. assinatura do autuado ou, na ausência, de seu representante legal ou
preposto ou, em caso de recusa, a certificação deste fato pelo fiscal.

§ 1º - No caso de recusa de conhecimento e


recebimento do auto de interdição, o seu portador, agente público, deverá certificar
esta ocorrência no verso do documento, com assinatura e apoio de duas
testemunhas devidamente qualificadas deixando o auto a vista do infrator ou

196
* PLANO DIRETOR

encaminhando-o via correios, ou por meios próprios, com aviso de recebimento.

§ 2º - A recusa do recebimento do auto de interdição


pelo infrator ou preposto não invalida o mesmo, caracterizando ainda embaraço à
fiscalização.
§ 3º - No caso de devolução de correspondência por
recusa de recebimento ou não localização do infrator, o mesmo será notificado do
auto de interdição aplicado, por meio de edital.

Seção VII

Penalidades

Art. 176 - As sanções previstas nesta lei


complementar efetivar-se-ão por meio de:

I. multa pecuniária;
II. suspensão da licença/alvará de licença para localização e
funcionamento;
III. cassação da licença/alvará de licença para localização e
funcionamento;
IV. interdição do estabelecimento, atividade ou equipamento;
V. apreensão de bens.

§ 1º - São competentes para aplicação das sanções


previstas neste artigo os servidores ocupantes de cargos com função e atribuições
de fiscalização.
§ 2º - A aplicação de uma das penalidades previstas
nesta lei complementar não exonera o infrator da aplicação das demais
penalidades que sejam apropriadas para cada caso, além das cominações cíveis e
penais cabíveis.
Art. 177 - A aplicação da penalidade não elimina a
obrigação de fazer ou deixar de fazer nem isenta o infrator da obrigação de reparar
o dano praticado.
Art. 178 - A suspensão ou cassação da licença,
interdição total ou parcial de atividade, estabelecimento ou equipamento e a
demolição, deverá ser determinado pelo Diretor do Departamento responsável ou à
Chefia designada, em regular processo administrativo com as garantias inerentes.

§ 1º - Constatada a resistência pelo infrator, cumpre à


administração requisitar força policial para a ação coerciva do poder de polícia,
solicitar a lavratura de auto de flagrante policial e requerer a abertura do respectivo

197
* PLANO DIRETOR

inquérito para apuração de responsabilidade do infrator pelo crime de


desobediência previsto no Código Penal, sem prejuízo das medidas
administrativas e judiciais cabíveis.

§ 2º - Para efeito desta lei complementar considera-


se resistência, a continuidade da atividade pelo infrator após a aplicação da
penalidade de suspensão, cassação ou interdição.

Subseção I

Multa Pecuniária

Art. 179 - A penalidade através de multa pecuniária


deverá ser paga pelo infrator, dentro do prazo de 30 (trinta) dias a partir da ciência.

§ 1º - Ultrapassado o prazo previsto, sem o


pagamento da multa ou interposição de recurso administrativo, o valor da multa
deverá ser inscrito em dívida ativa, podendo ser e executada de forma judicial ou
extrajudicial.
§ 2º - As multas a serem aplicadas poderão ser
diárias, nos termos da regulamentação.

§ 3º - Conformando-se o infrator com auto de infração


e desde que efetua-se o pagamento das importâncias exigidas, dentro do prazo de
30 (trinta) dias, constados da respectiva lavratura, o valor da multa salvo a
moratória, será reduzido pela metade.

Art. 180 - Nas reincidências, as multas serão


aplicadas em dobro.
Parágrafo Único - Considera-se reincidência, para
duplicação da multa, outra infração da mesma natureza feita pelo mesmo infrator
no período de 01 (um) ano.

Subseção II

Suspensão da Licença

Art. 181 - A suspensão deve ser aplicada de forma a


permitir que o infrator se ajuste a fim de evitar a possível cassação da licença, com
prazo determinado a ser fixado pela administração.

198
* PLANO DIRETOR

§ 1º - A suspensão faz parte da ação discricionária da


administração com o objetivo de preservar o interesse coletivo, e deverá ser
comunicada previamente ao infrator, por meio de auto de intimação.

§ 2º - Durante o período da suspensão o


estabelecimento deverá ser temporariamente fechado e/ou a atividade ou o uso
deverá ser paralisado.

Art. 182 - São motivos para a suspensão da licença,


sem prejuízo das demais penalidades cabíveis:

I. exercer atividade diferente da licenciada;


II. violar normas de interesse da saúde, meio ambiente, trânsito e de
segurança das pessoas e seus bens contra incêndio e pânico;
III. transgredir qualquer legislação pertencente ao Município de Ibitinga;
IV. comercializar armas de brinquedo que não possuam cores e formatos
diferentes das armas verdadeiras;
V. não reservar no mínimo 2% (dois por cento) dos assentos para
pessoas obesas, quando se tratar de casas de espetáculos e similares;
VI. extrapolar a lotação máxima do estabelecimento;
VII. modificar as características da edificação ou da atividade após o
fornecimento do alvará de localização e funcionamento, violando o
Código de Edificações ou Plano Diretor Participativo do Município da
Estância Turística de Ibitinga;
VIII. não disponibilizar as vagas de estacionamento ou de carga e
descarga de mercadorias para os usuários da edificação;
IX. não demarcar as vagas reservadas para deficientes físicos ou permitir
sua ocupação por veículos não autorizados;
X. modificar ou não cumprir as condições especiais que motivaram a
expedição do alvará;
XI. por decisão judicial.

Subseção III

Cassação da Licença

Art. 183 - A cassação da licença ocorrerá, sem


prejuízo das demais sanções cabíveis, após a penalidade de suspensão da
licença, caso o infrator seja reincidente.

§ 1º - Considera-se reincidência, para efeito de


cassação da licença, outra infração da mesma natureza feita pelo mesmo infrator
no período de 01 (um) ano.

199
* PLANO DIRETOR

§ 2º - Caso o estabelecimento atividade ou


equipamento continue funcionando após a cassação da licença a fiscalização
municipal deverá fazer a sua interdição além da aplicação da multa pecuniária e
apreensão dos equipamentos.

Subseção IV

Interdição do Estabelecimento, Atividade ou Equipamento

Art. 184 - Considera-se interdição a suspensão


temporária ou definitiva, parcial ou total da atividade, estabelecimento ou
equipamento, aplicada nos seguintes casos:

I. quando a atividade, estabelecimento ou equipamento, por constatação


de órgão público, constituir perigo à saúde, higiene, segurança e ao
meio ambiente, ou risco à integridade física da pessoa ou de seu
patrimônio;
II. quando a atividade, estabelecimento ou equipamento estiver
funcionando sem a respectiva licença, autorização, atestado ou
certificado de funcionamento e de garantia;
III. quando o assentamento do equipamento estiver de forma irregular,
com o emprego de materiais inadequados ou, por qualquer outra forma,
ocasionando prejuízo à segurança e boa fé pública;
IV. quando a atividade, estabelecimento ou equipamento estiver
funcionando em desacordo com o estabelecido nesta lei complementar,
na licença, autorização, atestado ou certificado de funcionamento e de
garantia;
V. por determinação judicial.

Parágrafo Único - A interdição de imóvel que


apresente ameaça de ruína ou de salubridade deverá ser precedida de laudo
técnico feito pela comissão permanente de vistorias prevista no Código de
Edificações.

Art. 185 - A interdição, total ou parcial, será aplicada


pelo órgão competente e consistirá na lavratura do respectivo auto de interdição.

Parágrafo Único - Esta penalidade será suspensa


depois de atendidas as exigências não cumpridas pelo infrator que a
determinaram.

Art. 186 - Durante o período da interdição a atividade

200
* PLANO DIRETOR

e/ou equipamento deverá ficar paralisado e o estabelecimento fechado, nas


condições previstas no auto de interdição.

Parágrafo Único - Para a perfeita garantia de


cumprimento desta penalidade a fiscalização municipal deverá lacrar o
estabelecimento e/ou equipamento.

Art. 187 - Em casos excepcionais, que pela urgência


e gravidade demande ação imediata da administração, poderá o Diretor do
Departamento responsável determinar a imediata interdição da atividade,
equipamento ou estabelecimento desde que fique configurado, mediante
motivação, que o atraso demandará perigo eminente a segurança, saúde e fluidez
do trânsito de pessoas ou veículos.

Subseção V

Apreensão de Bens

Art. 188 - A apreensão de coisas consiste na tomada


dos objetos que constituírem prova material de infração aos dispositivos
estabelecidos nesta lei complementar.

Art. 189 - A fiscalização poderá fazer a apreensão de


coisas, objetos ou bens, que façam parte ou que concorram para a infração,
lavrando o respectivo auto de apreensão, desde que comprovado que o infrator
está infringindo dispositivos desta lei complementar ou sua regulamentação.

Art. 190 - Os bens apreendidos poderão ser retirados


e guardados no depósito do município, nas seguintes condições:

I. os bens não perecíveis e/ou não decomponíveis ficarão guardados por


um prazo máximo de 15 (quinze) dias;
II. ultrapassado o prazo anteriormente previsto, os mesmos serão doados
para instituições assistenciais ou destruídos, conforme dispuser a
regulamentação própria;
III. a retirada destes materiais somente se dará após sanadas as
irregularidades e através de requerimento do sujeito passivo do ato,
onde ser-lhe-ão devolvidas as coisas objeto de apreensão mediante
lavratura de documento de devolução, desde que comprove sua
propriedade, satisfaça os tributos e multas a que esteja sujeito e
indenize a municipalidade de todas as despesas decorrentes da
retirada, transporte e armazenagem com acréscimo de 30% (trinta por

201
* PLANO DIRETOR

cento);
IV. os bens perecíveis ou decomponíveis, deverão ser doados logo após
a sua apreensão a instituições assistenciais, mediante recibo.

Parágrafo Único - A administração poderá nomear o


próprio infrator ou qualquer outro cidadão como fiel depositário, na forma da
legislação vigente.

Seção VIII

Recursos Administrativos

Art. 191 - O julgamento do recurso administrativo


com relação a auto de infração em primeira instância compete à Junta de
Julgamento de Recursos Administrativos, e em segunda e última instância, ao
Secretário Municipal competente.

§ 1º - O servidor municipal responsável pela autuação


é obrigado a emitir parecer no processo de defesa, justificando a ação fiscal
punitiva e, no seu impedimento, a chefia imediata avocará o poder decisório
instruindo o processo e aplicando em seguida a penalidade que couber.

§ 2º - Julgada procedente a defesa, tornar-se-á in-


subsistente a ação fiscal, e o servidor municipal responsável pela autuação terá
vista do processo, podendo recorrer da decisão à última instância no prazo de 10
(dez) dias.
§ 3º - Consumada a anulação da ação fiscal, será a
decisão final, sobre a defesa apresentada, comunicada ao suposto infrator.

§ 4º - Sendo julgado improcedente o recurso


administrativo, será aplicada a multa correspondente, notificando-se o infrator para
que proceda o recolhimento da quantia relativa à multa, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 5º - Do despacho decisório que julgar improcedente


a defesa em primeira instância, caberá um único recurso administrativo, com efeito
suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias contados da notificação.

Art. 192 - A Junta de Julgamento de Recursos


Administrativos será constituída pelo Diretor do Departamento que aplicou a
penalidade e, no mínimo, dois componentes, sem atuação no setor de fiscalização.

Parágrafo Único - Os membros da Junta farão jus a

202
* PLANO DIRETOR

uma gratificação mensal fixa e por processo analisado e julgado, na forma que
dispuser a sua regulamentação.

Art. 193 - Enquanto o auto de infração não transitar


em julgado na esfera da administração a exigência do pagamento da multa ficará
suspensa.
Art. 194 - Caberá pedido de reconsideração e de
recurso administrativo dos demais autos nas seguintes condições:

I – o pedido de reconsideração será feito em instrumento protocolado endereçado


ao servidor municipal que o lavrou ou ao órgão responsável pela ação fiscal, com
as provas ou documentos que o infrator julgar conveniente, para avaliação e
decisão no prazo máximo de 10 (dez) dias.
II – o recurso administrativo será feito em instrumento protocolado endereçado ao
Diretor do Departamento responsável pela ação fiscal, ou ao Secretário Municipal
responsável caso esta autoridade tenha sido o responsável direto pela ação fiscal,
com as provas ou documentos que o infrator julgar conveniente, para avaliação e
decisão no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

§ 1º - O pedido de reconsideração ou recurso


administrativo feito na forma do caput deste artigo não possui efeito suspensivo.

§ 2º - Somente será permitido 1 (um) pedido de


reconsideração e 1 (um) pedido de recurso administrativo para cada ação fiscal
referente ao mesmo objeto.
Art. 195 - A administração regulamentará a forma de
funcionamento e os procedimentos administrativos da Junta de Julgamento de
Recursos Administrativos.
Art. 196 - É vedado reunir em uma só petição
recursos administrativos contra autos de infração distintos.

Seção IX

Da Aplicação das Penalidades e das Taxas

Art. 197 - Caberá a administração aplicar as


penalidades cabíveis a cada caso, respeitadas as determinações constantes desta
lei complementar ou regulamentação, de forma que melhor venha garantir o
interesse público a ser protegido pelo poder de polícia administrativa.

Art. 198 - Os valores das taxas pelo exercício do


poder de polícia administrativa variarão conforme regulamentação.

203
* PLANO DIRETOR

Parágrafo Único - Estão isentas do pagamento das


taxas descritas no caput deste artigo o licenciamento de atividades prestadas por
instituições públicas municipais, estaduais ou federais da administração direta,
autárquica ou fundacional, bem como o licenciamento de atividades sem fins
econômicos declarados de utilidade pública, as igrejas e os templos de qualquer
culto.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 199 - A aplicação das normas e imposições desta


lei complementar será exercida por órgãos e servidores do município cuja
competência, para tanto, estiver definida em lei, Decreto, Regimento ou Portaria.
Art. 200 - Esta lei complementar entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

MARCO ANTÔNIO DA FONSECA


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 21 de agosto de 2009.

PAULO GUILHERME BIANDOLA ALBERTINI


Deptº de Protocolo e Arquivo
ANEXO

CONCEITOS

1 - ADMINISTRAÇÃO: administração pública municipal exercida pelo Poder Executivo.


2 - ALAMEDA: via destinada ao trânsito de pedestres ou para passagem de elementos de
infra estrutura urbana.
3 - ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO: documento que autoriza, a
localização e funcionamento de atividades industriais, comerciais e de serviços sujeitas à
fiscalização pelo Município de Ibitinga.
4 - AVENIDA: via de rolamento de veículos que tem pelo menos duas faixas por direção
de tráfego.

204
* PLANO DIRETOR

5- ATIVIDADE EVENTUAL: atividade transitória de caráter não permanente, passível de


montagem, desmontagem e transporte.
6 - LICENÇA: alvará emitido pelo município, de forma unilateral ou vinculado, que faculta
o exercício precário, temporário ou não de atividades ou estabelecimentos, sujeitos à
fiscalização pelo município.
7 - BANCA DE JORNAIS E REVISTAS OU FLORES: mobiliário urbano designado a
venda de jornais, revistas ou flores e outros objetos licenciados.
8 - BARRACA: construção ligeira móvel, de remoção fácil, destinada a comércio de
mercadorias ou serviços.
9 – BARREIRAS: sistemas de proteção contínuos, moldados em concreto armado ou
similar.
10 - BECO: via de pedestre originada de ocupação irregular.
11 - CABINE: pequeno compartimento de fácil remoção com finalidade de proteger o
aparelho telefônico, sanitário, posto de informações ou outros serviços de natureza
similar.
12 – CALÇADA: parte do logradouro público destinado ao trânsito de pedestres.
13– CALÇADA VERDE: parte do passeio público, situada na faixa de serviço, coberta por
vegetação de caráter paisagístico.
14 – DEFENSAS: sistemas de proteção contínua, feitos de aço ou outro material maleável
ou flexível.
15 – CARNEIRAS: ossuário pequeno, na parede dos cemitérios.
16 – CERCA: elemento vazado, de mourões de concreto, madeira ou similar, com o uso
de telas ou alambrados, objetivando isolar ou separar propriedades.
17 - COLETOR DE LIXO URBANO: caixa coletora de lixo para uso dos transeuntes,
instalada em passeios, praças e parques.
18 - CONDIÇOES SANITÁRIAS: condições de saúde, higiene e bem estar.
19 - CROQUI DE SITUAÇÃO: esboço, em breves traços, em desenho, indicando a
localização de um lote, edificação, equipamento, instalação ou mobiliário no logradouro
publico.
20 - DIVISA: linha que separa o lote da propriedade privada vizinha.
21 - EDIFICAÇÃO: construção destinada a abrigar qualquer atividade humana.
22 - EMBARAÇAR: impedir, estorvar, confundir.
23 - EQUIPAMENTO PÚBLICO: equipamento urbano destinado ao serviço de
abastecimento de água, serviço de esgoto, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede
telefônica, rede cabeada de televisão e internet, gás canalizado e similares.
24 - EQUIPAMENTO URBANO: elemento urbanístico compreendendo toda obra ou
serviço, público ou de utilidade pública, bem como privados, que permitam a plena
realização da vida de uma comunidade tais como: redes de água, telefone, esgoto,
edifícios em geral, etc.
25 - EQUIPAMENTO SINALIZADOR: equipamento composto de sinais que indicam
informações úteis aos deslocamentos de pedestres e veículos.
26 - ESCADARIA: via de pedestre em forma de degraus que dá acesso a áreas elevadas
(morros).
27 - ESPÉCIES VEGETAIS ARBUSTIVAS: espécies lenhosas que possuem ramificações
desde a base ou colo da planta com altura máxima de 4m(quatro);
28 - ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS DE PEQUENO PORTE: espécies lenhosas de
fuste único e bem definido com altura máxima de 5,00m (cinco metros);
29 - ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS DE MÉDIO PORTE: espécies lenhosas de fuste
único e bem definido com altura máxima variando de 5,00m (cinco) a

205
* PLANO DIRETOR

10,00m (dez metros);


30 - ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS DE GRANDE PORTE: espécies lenhosas de
fuste único e bem definido com altura máxima superior a 10,00m (dez metros).
31 - EXPLOSIVOS: corpos de composição química definida, ou misturas de compostos
químicos que, sob a ação do calor, atrito, choque, percussão, faísca elétrica ou qualquer
outra causa, produzam reações exotérmicas instantâneas dando em resultado formação
de gases superaquecidos cuja pressão seja suficiente para destruir ou danificar as
pessoas ou as coisas.
32 - EXUMAÇÃO: ato de retirada de restos mortais da sepultura.
33 - FACHADA: qualquer das faces externas da edificação.
34 - FACHADA PRINCIPAL: fachada voltada para o logradouro público que permite o
acesso principal a edificação.
35 - GAMBIARRA: lâmpadas ligadas por fio, em série, com finalidade decorativa e/ou de
iluminação.
36 - GRADIL: elemento colocado sobre o alinhamento de terrenos ou nas suas divisas
com a finalidade decorativa, segurança ou de vedação.
37 - GREIDE: série de cotas que caracterizam o perfil de um logradouro, e dão as
altitudes de seus diversos trechos.
38 - INUMAÇÂO: enterramento, sepultamento.
39 - JAZIGO: sepultura dupla, com gavetas laterais e acesso central.
40 - LOGRADOURO PÚBLICO: denominação genérica de locais de uso comum
destinado ao trânsito ou permanência de pedestres ou veículos, do tipo: rua, avenida,
praça, parque, viaduto, beco, calçada, travessa, ponte, escadaria, alameda, passarela e
áreas verdes de propriedade pública municipal.
41 - LOTE: porção de terreno com frente para via de circulação pública, destinada a
receber edificação, resultante de processo regular de parcelamento do solo.
42 - MAUSOLÉU: é a obra de arte, na superfície, construída sobre o jazigo.
43 - MEIO-FIO: bloco de cantaria ou concreto que separa o passeio da faixa de rodagem.
44 - MOBILIÁRIO URBANO: elemento visível presente no espaço urbano, para utilidade
ou conforto público, tais como jardineiras e canteiros, postes, cabine, barraca, banca,
telefone público, caixa de correio, abrigo para passageiros de transporte coletivo, banco
de jardim, toldo, painel de informação, equipamento sinalizador e outros de natureza
similar indicados nesta lei complementar.
45 - MONUMENTO: toda obra de arte ou construção erigida por iniciativa pública
ou particular e que se destine a transmitir à posteridade a perpetuação de fato artístico,
histórico, cultural ou em honra à memória de uma pessoa notável.
46 - MURO: elemento construtivo, vazado ou fechado, que serve de vedação de terrenos.
47 – NICHO: cavidade numa parede ou num muro, destinado ao depósito de ossos.
48 - NOME: palavra com que se designa pessoa, animal ou coisa, que precede o de
família.
49 – OPÚSCULOS: folhetos, livros pequenos.
50 - PAINEL DE INFORMAÇÃO: dispositivo para fixação e proteção de quadros contendo
informações cartográficas, horário de ônibus e outras informações que sejam necessárias
levar ao conhecimento da população, principalmente o usuário de transporte coletivo.
51 - PARQUE: espaço livre de uso público destinado a reservas ambientais e demais
unidades de conservação ou lazer, administrados pelo poder executivo.
52 - PASSARELA: via construída de forma suspensa e perpendicular à via principal com o
objetivo de travessia de pedestre.
53 - PASSEIO: parte do logradouro público reservado ao trânsito de pedestres.

206
* PLANO DIRETOR

54 - PORTA-CARTAZ: dispositivo para fixação e proteção de cartazes contendo


informações de eventos ou de utilidade pública.
55 - PRAÇA: espaço livre de uso público destinado ao lazer e convívio social entre
pessoas de uma comunidade.
56 - PROJEÇÃO HORIZONTAL OU VERTICAL: representação plana de um objeto, obtida
mediante projeção de retas em um plano horizontal ou vertical.
57 - RAMPA: plano inclinado destinado ao trânsito de pedestres ou veículos.
58 - RUA: logradouro público destinado a via de rolamento de veículos com uma faixa por
direção de tráfego.
59 - SARJETA: escoadouro, situado junto ao meio-fio, nas ruas e praças públicas, para
captação de águas pluviais.
60 – SEPULTURA: cova ou lugar onde se sepultam os cadáveres e que tenha sido feito
obra de contenção.
61 – SEPULTURA RASA: cova ou lugar onde se sepultam os cadáveres sem
nenhum tipo de contenção ou obra.
62 - TAPUME: vedação provisória de um terreno feita com madeira ou similar.
63 - TESTADA OU FRENTE DE LOTE: extensão do limite do lote que coincide com o
alinhamento.
64 - TÍTULO: denominação honorífica, nome, designação.
65 - TOLDO: trata-se de mobiliário urbano ou não fixado às fachadas das edificações,
projetado sobre os afastamentos existentes ou sobre a calçada, confeccionado em
material rígido ou tecido natural ou sintético, de utilização transitória, sem característica
de edificação.
66 - TRAVESSA: via de pedestre que serve de ligação entre duas vias de rolamento.

207
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 010, DE 21 DE AGOSTO DE 2009

Dispõe sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança


– EIV nos termos do Plano Diretor.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA


DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Orgânica do
Município, e nos termos da Resolução nº 3.405/09, da Câmara Municipal,
promulga a seguinte Lei:

Art. 1º - Para efeito desta Lei Complementar,


entende-se por Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV o documento técnico que
o interessado deve apresentar à Secretaria de Obras quando do pedido de
aprovação de Projeto ou atividade enquadrado como empreendimento de impacto
com exigência de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, conforme a Lei Nº 2.908
– Plano Diretor Participativo do Município da Estância Turística de Ibitinga, assim
como as demais atividades enumeradas nesta Lei Complementar.

§ 1º – O Relatório de que trata esta Lei Complementar deve ser elaborado por
profissionais devidamente habilitados na área específica, atendendo,
ainda, ao Termo de Referência a ser fornecido pela Secretaria de Obras.

§ 2º – O Relatório deve conter, obrigatoriamente, informações sobre:


I. a demanda de serviços de infra-estrutura urbana;
II. a sobrecarga na rede viária e de tráfego;
III. nível de ruídos;
IV. os movimentos de terra e produção de entulhos;
V. a absorção e destinação das águas pluviais;
VI. capacidade de infra-estrutura de saneamento;
VII. as alterações ambientais e os padrões funcionais e urbanísticos da
vizinhança;
VIII. deterioração das condições de qualidade de vida da população
vizinha;
IX. adensamento populacional.

Art. 2º - Para efeito desta Lei Complementar,


considera-se vizinhança a área contida numa distância máxima de 300,00 m,
tomada dos limites do imóvel onde será implantado o empreendimento.

Art. 2º. Para efeito desta Lei Complementar,


considera-se vizinhança as áreas contidas nos imóveis lindeiros onde for
implantado o empreendimento. (alterado pela Lei Complementar n°17 - 26/08/09)

208
* PLANO DIRETOR

Art. 3º - Além dos empreendimentos de impacto


classificados no Plano Diretor, estão sujeitos ao Estudo de Impacto de Vizinhança
– EIV:

I. o parcelamento do solo, por qualquer de suas formas, em área de até


10.000,00m², que acarrete mudança ou sobrecarga no sistema viário e de
tráfego existente;
II. o parcelamento do solo, por qualquer de suas formas, em áreas acima
de 10.000m²;
III. os empreendimentos que possuam câmaras frigoríficas;
IV. qualquer tipo de comércio que produza resíduos considerados potencial
ou efetivamente poluidores;
V. os empreendimentos que comercializarem produtos perecíveis;
VI. os empreendimentos com serviços hospitalares;
VII. os estabelecimentos de ensino com mais de 200 (duzentos) alunos por
turno;
VIII. estabelecimentos que desenvolvam atividades esportivas em geral;
IX. as demais atividades conflitantes com o uso residencial, tais como –
padarias, sucatas, serrarias, lavanderias, instalação de som, revenda de
automóvel, oficina mecânica, casa de música, bares e similares,
indústrias em geral, comércio atacadista, restaurante, limpadora de
fossas, estacionamento rotativo, supermercados, locadora de veículos,
clínicas em geral, lojas de materiais explosivos, postos de lavagem e
postos de abastecimento de combustíveis.
X. Instalação de rádio base de telefonia celular.

Parágrafo Único – Fica a critério dos órgãos de


licenciamento e controle da legislação urbanística e ambiental, decidirem sobre a
necessidade da apresentação de EIV para os casos omissos em que seja
comprovado o conflito do uso pretendido com a vizinhança.

Art. 4º - O interessado, mediante requerimento


formalmente instruído, dará entrada no pedido de licença de construção do
empreendimento, obedecendo ao seguinte procedimento:
I. apresentação do Relatório de Impacto de Vizinhança, incluindo todos os
projetos executivos assinados pelos responsáveis técnicos e
registrados nos órgãos competentes.

Art. 5º - A Secretaria de Obras ao analisar o projeto,


deverá encaminhá-lo ao grupo de Análise de Projetos, com especialidades, tais
como – sistema viário, infra-estrutura, meio ambiente natural, saúde pública.

§ 1º - A Secretaria de Obras, emitirá parecer técnico conclusivo, nos termos no


prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data da formalização do
pedido, contendo no mínimo:

209
* PLANO DIRETOR

I. caracterização do empreendimento, atividade e da respectiva área;


II. legislação aplicável;
III. análise dos impactos ambientais previstos;
IV. análise das medidas mitigadoras e compensatórias propostas;
V. análise dos programas de monitoramento dos impactos e das medidas
mitigadoras;
VI. conclusão sobre a aprovação, proibição ou determinação de exigências,
se necessário, para concessão da licença ou autorização do
empreendimento ou da atividade em questão.

§ 2º – o prazo a que se refere este artigo poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta)
dias, mediante comunicação oficial justificada.

§ 3º – a equipe técnica da Secretaria de Obras responsável pela análise e


aprovação do EIV/RIV expedirá instrução técnica com definição dos
requisitos necessários à elaboração dos mesmos de acordo com a
natureza do empreendimento no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

Art. 6º - Dar-se-á publicidade dos seguintes


procedimentos da análise técnica, através de publicação no Semanário Oficial da
Estância Turística de Ibitinga:

I. aceitação do EIV/RIV e endereço, local e horários para sua consulta


pública;
II. prazo de análise estipulado pelo órgão competente;
III. convocação de audiências públicas, quando for o caso;
IV. aviso de disponibilidade do parecer técnico conclusivo.

Art. 7º - Ficam passíveis das exigências desta Lei


Complementar, as edificações que, ao mudar de uso, configurem-se como
empreendimentos enquadrados no disposto neste Regulamento.

Art. 8º - O proprietário do Projeto classificado como


empreendimento de impacto, pela Secretaria de Obras, será intimado a apresentar
requerimento instruído nos termos desta Lei Complementar ficando obrigado a
efetuar as medidas mitigadoras, no sentido de atenuar, compensar ou neutralizar o
impacto existente, em prazo nunca superior a 180 (cento e oitenta) dias, sob pena
da aplicação das sanções previstas na legislação pertinente.

Art. 9º - O empreendedor, público ou privado, arcará


com as despesas relativas à:

I. elaboração do EIV/RIV e fornecimento do número de exemplares


solicitados na Instrução Técnica (IT);

210
* PLANO DIRETOR

II. cumprimento das exigências, quando necessário, de esclarecimentos e


complementação de informações durante a análise técnica do EIV/RIV;

III. acesso público aos documentos integrantes do EIV/RIV e dos


procedimentos de sua análise;

IV. realização de audiências públicas, quando for o caso;

V. implementação das medidas mitigadoras e compensatórias e dos


respectivos programas de monitoramento;

VI. cumprimento das exigências, quando necessário, para concessão da


licença ou autorização.

Art. 10 - Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

MARCO ANTÔNIO DA FONSECA


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 21 agosto de 2009.

PAULO GUILHERME BIANDOLA ALBERTINI


Dept.º de Protocolo e Arquivo

211
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 011, DE 21 DE AGOSTO DE 2009

Altera a Lei Municipal nº 2.908/06 que institui no


Município de Ibitinga o Plano Diretor
Participativo.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA


DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Orgânica do
Município, e nos termos da Resolução nº 3.406/09, da Câmara Municipal,
promulga a seguinte Lei:

Art. 1º - O art. 76, inciso III da Lei nº 2.908/06 fica


acrescido da letra “n” com a seguinte redação:
n) outorga onerosa;

Art. 2º - Ficam acrescidas as seções IX e X ao


Capítulo V da Lei nº 2.908/06 com as seguintes redações, respectivamente:

Seção IX

Da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 87A - O Poder Público Municipal poderá exercer a faculdade de


outorgar onerosamente o direito de construir, mediante
contrapartida financeira, a ser prestada pelo beneficiário, conforme
disposições dos Artigos 28, 29, 30 e 31 da Lei Federal n° 10.257,
de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade e de acordo com os
critérios e procedimentos definidos nesta Lei Complementar.

§ 1º - As áreas passíveis de receber a outorga onerosa são aquelas


localizadas nas Zonas ZCC–1 / ZCC–2 / ZCC–3 / ZCC-4 cujo
coeficiente de aproveitamento previsto na Lei Complementar de
Zoneamento será considerado como básico para efeito de outorga.

§ 2º - O coeficiente de aproveitamento máximo (CA) permitido é de 5


(cinco) na zona de incidência desse instrumento.

212
* PLANO DIRETOR

§ 3º - Lei específica estabelecerá as condições a serem observadas para a


outorga do direito de construir determinando:

I. a fórmula de cálculo para a cobrança;


II. os casos passíveis de isenção do pagamento da
outorga;
III. a contrapartida do beneficiário.

Seção X

Da Alteração de Uso

Art. 87B – O Poder Público Municipal poderá autorizar a alteração de uso,


mediante contrapartida financeira, a ser prestada pelo beneficiário,
conforme disposições do Artigo 29 da Lei Federal n° 10.257, de 10
de julho de 2001 – Estatuto da Cidade, desde que os usos
desejados sejam compatíveis para a zona de incidência.

§ 1º - As áreas passíveis de alteração de uso dos imóveis são as inseridas


nas Zonas ZCC–1 / ZCC–2 / ZCC–3 / ZCC-4

§ 2º - Lei específica estabelecerá as condições a serem observadas para a


alteração de uso, determinando:
 a fórmula de cálculo para a cobrança;
 os casos passíveis de isenção do pagamento da
alteração de uso;
 a contrapartida do beneficiário.

Art. 3º - Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

MARCO ANTÔNIO DA FONSECA


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de Administração da P. M., em 21 de agosto


de 2009.

PAULO GUILHERME BIANDOLA ALBERTINI


Dept.º de Protocolo e Arquivo

213
* PLANO DIRETOR

LEI COMPLEMENTAR Nº 054, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011

Dispõe sobre a concessão do Alvará de Licença


de Funcionamento Preliminar, Alvará de
Funcionamento, e dá outras providências.

Marco Antônio da Fonseca, Prefeito Municipal da


Estância Turística de Ibitinga no uso de suas atribuições legais,

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu


sanciono e promulgo a seguinte lei complementar:

Art. 1.º Fica autorizada a Prefeitura Municipal da


Estância Turística de Ibitinga, por intermédio da Secretaria Municipal de Finanças e
Divisão de Rendas Mobiliárias, a emitir Licença de Funcionamento Preliminar, a
título de autorização, condicionada ao funcionamento e à instalação de atividade
econômica, para posterior regularização definitiva.

Parágrafo Único - A Licença de Funcionamento


Preliminar terá validade de 12 (doze) meses, contados a partir de sua expedição,
podendo ser prorrogada por igual período.

Art. 2.º Para a expedição da Licença de


Funcionamento Preliminar serão exigidos os seguintes documentos:

§1.º No caso de Pessoa Jurídica:

I – requerimento;
II – cópia do contrato social e alterações, ou equivalente, devidamente registrado;
III – comprovante de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica-CNPJ;
IV – comprovante da Inscrição Estadual (quando for o caso);
V – cópia do CPF e RG dos sócios, ou responsáveis;
VI – cópia dos dados cadastrais do imóvel constante no carnê do IPTU;
VII – cópia do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros;
VIII – comprovante de recolhimento das taxas de localização para funcionamento e
de protocolo;
IX – cópia do projeto aprovado e habite-se.

IX – cópia do Projeto aprovado e alvará de utilização ou laudo técnico de


profissional habilitado na área de Engenharia ou Arquitetura, comprovando a
regularidade do imóvel. (alterado pela Lei Complementar nº 67 - 22/05/2013)

§ 2.º No caso de Pessoa Física

214
* PLANO DIRETOR

I – requerimento;
II– cópia do CPF e RG;
III – copia dos dados cadastrais do imóvel constante no carnê do IPTU.
IV – cópia do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (quando for o caso);
V - cópia do Certificado de Registro no órgão de classe, no caso de inscrição de
Autônomo;
VI – comprovante de recolhimento das taxas de localização para funcionamento e
de protocolo;
VII – cópia do projeto aprovado e habite-se.

VII - cópia do Projeto aprovado e alvará de utilização ou laudo técnico de


profissional habilitado na área de Engenharia ou Arquitetura, comprovando a
regularidade do imóvel. (alterado pela Lei Complementar nº 67 - 22/05/2013)

Art. 3.º Os interessados na obtenção do alvará de


funcionamento e que não atendam os requisitos da Lei Complementar 009/2009,
poderão obter a Licença de Funcionamento Preliminar que terá validade de 12
(doze) meses prorrogáveis por igual período.

Art. 4.º O detentor da Licença de Funcionamento


Preliminar deverá firmar Termo de Compromisso, se obrigando a apresentar os
documentos faltantes dentro do prazo de validade da Licença de Funcionamento
Preliminar sob pena de interdição do estabelecimento.

Art. 5.º A Licença de Funcionamento Preliminar não


se aplica:

I – locais de reunião de pessoas, cujo cálculo de lotação, na forma do


Código de Obras e Edificações, ultrapasse 100 (cem) pessoas (aglomeração de
pessoas);
II – sirvam como depósitos e manipulem produtos perigosos,
inflamáveis, explosivos ou tóxicos; etc.
III – às empresas que exerçam atividades poluentes;

Art. 6.º A concessão da Licença de Funcionamento


Preliminar considerará a compatibilidade da atividade com a legislação urbanística,
ambiental, sanitária e tributária.

Art. 7.º Para obtenção do alvará de funcionamento, o


interessado deverá apresentar ao órgão competente os documentos que
comprovem a regularização do imóvel conforme Termo de compromisso assumido
por ocasião da emissão da Licença de Funcionamento Preliminar no prazo de 30
(trinta) dias antes do vencimento desta.

215
* PLANO DIRETOR

Art. 8.º A Licença de Funcionamento Preliminar


poderá ser cassada se:

I – no estabelecimento for exercida atividade diversa daquela


cadastrada;
II – forem infringidas quaisquer disposições referentes aos controles
de poluição, se o funcionamento do estabelecimento causar danos, prejuízos,
incômodos, ou puser em risco de qualquer forma a segurança, o sossego, a saúde
e a integridade física da vizinhança ou da coletividade e;
III – ocorrer reincidência de infrações à legislação urbanística,
ambiental, sanitária ou tributária.

Art.9.º O Município poderá restringir a Licença de


Funcionamento Preliminar a qualquer momento, visando resguardar o interesse
público.

Art. 10 A concessão da Licença de Funcionamento


Preliminar não implica a dispensa do recolhimento dos tributos municipais
incidentes.
Art. 11. A presente Lei Complementar não exime o
contribuinte, ora beneficiado, de promover a regularização perante os demais
órgãos competentes.

Art. 12. Será pessoalmente responsável pelos danos


causados à empresa, ao Município e/ou a terceiros, os que dolosamente prestarem
informações falsas ou sem observância das Legislações Federal, Estadual ou
Municipal pertinente, sobretudo as que definem os crimes contra a ordem
tributária.

Art. 13. Poderão ser dispensados da apresentação


de projeto de reforma e adequação, para atendimento da acessibilidade, os casos
que não impliquem em grandes alterações do imóvel, a critério do Secretario de
Obras Públicas.

Art. 14. Para obtenção do Alvará de Funcionamento,


observados os parâmetros de incomodidade estabelecidos pela lei de uso e
ocupação do solo, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos VIII
e IX do parágrafo 1º e incisos VI e VII do parágrafo 2º do artigo 2º desta lei
complementar os seguintes casos:

I - exercício da profissão pelos moradores em suas residências, em qualquer zona


de uso, desde que com o emprego de, no máximo, 1 (um) auxiliar ou funcionário;

II - exercício de atividades não residenciais desempenhadas por Micro


empreendedor Individual - MEI, nos termos da legislação federal e municipal

216
* PLANO DIRETOR

específicas,
Art. 15. Ficam também dispensados da obtenção de
Alvará de Funcionamento, os eventos públicos e temporários realizados em
edificações já licenciadas com Alvará de Funcionamento em vigor, desde que:

I - o público utilize exclusivamente as áreas destinadas à concentração


de pessoas e já licenciadas;

II - haja controle da lotação máxima permitida para o local, indicada na


licença concedida;

III - não tenham ocorrido alterações de ordem física no local, em


relação ao regularmente licenciado;

IV - não tenham sido implantados equipamentos transitórios ou


edificações, ainda não licenciados.

Art. 16. Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação.

MARCO ANTÔNIO DA FONSECA


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 28 de dezembro de 2011.

PAULO GUILHERME BIANDOLA ALBERTINI


Dept. de Protocolo e Arquivo

217
* PLANO DIRETOR

218
LEI COMPLEMENTAR Nº 074, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2013.

Dispõe sobre desdobramento e fracionamento de


lotes, permitindo o fracionamento conforme as
Leis Federais 6.766/79 e 9.785/99, respeitadas as
restrições de cada loteamento.

O PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA


DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Orgânica do Mu-
nicípio, e nos termos da Resolução nº 4.087/2013, da Câmara Municipal, promulga
a seguinte lei:

Art. 1º. Nos loteamentos aprovados até a entrada em


vigor das Leis Complementares 002/09 e 003/09, que regulamentaram a Lei
2.908/06 que instituiu o Plano Diretor Participativo, ficam permitidos os fraciona-
mentos dos lotes com área mínima estabelecida pela Lei Federal 6.766/79 e a Lei
Federal 9.785/99, respeitadas as restrições convencionais ou urbanísticas próprias
de cada loteamento e suas alterações.

Parágrafo Único. O fracionamento poderá ser em


forma de desdobro ou desmembramento.
I – Desdobro é o fracionamento do lote, em 2 (duas) ou mais partes, de for-
ma que nenhuma das partes desdobradas resulte em metragem inferior a
125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados);
II – Desmembramento é a subdivisão de gleba em lotes destinados a edifi-
cação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não im-
plique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolonga-
mento, modificação ou ampliação dos já existentes, em mais de 2 (duas)
partes, com as áreas mínimas estabelecidas no inciso I.

Art. 2º. Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação.

FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 20 de dezembro de 2013.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração

219
LEI COMPLEMENTAR Nº 082, DE 18 DE JULHO DE 2014.

Estabelece Normas para construção e


funcionamento de Postos Revendedores de
derivados de petróleo e álcool para fins
automotivos no território do Município.

(Projeto de Lei Complementar n.º 009/2014, de autoria do Vereador Jean Ferreira


da Silva).

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.211/2014, da Câmara Munici-
pal, promulga a seguinte lei:

Art. 1º. Esta Lei Complementar estabelece normas


gerais para a instalação e o funcionamento de Postos Revendedores de derivados
de petróleo e álcool para fins automotivos, no âmbito do Município da Estância
Turística de Ibitinga.

Art. 2º. Para os efeitos desta Lei Complementar,


considera-se:
I – Posto Revendedor: Instalação onde se exerça a atividade de revenda varejista
de combustíveis líquidos derivados de petróleo ou não, tais como gasolina, etanol,
gás natural veicular, biocombustíveis, entre outros, dispondo de equipamentos e
sistemas para seu armazenamento e equipamentos medidores;
II – Posto de Abastecimento: Instalação que possua equipamentos e sistemas para
o armazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume
apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores
terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas, e cujos produtos sejam
destinados exclusivamente ao uso do detentor das instalações ou de grupos
fechados de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas
em forma de empresas, cooperativas, condomínios, clubes ou assemelhados;
III – Combustíveis: Produtos líquidos ou gasosos, derivados ou não do petróleo,
destinados ao funcionamento de motores ciclo Otto ou Diesel;
IV – Locais de concentração de grande público:
a) Hospitais, unidades básicas de saúde, prontos atendimentos e centros de
saúde;
b) Instituições de ensino fundamental, médio e superior, públicas ou privadas,
como escolas, faculdades e universidades;
c) Instituições de ensino infantil, como creches e pré-escola;
d) Igrejas, templos e locais de culto de qualquer religião;
e) Estádios, ginásios, campos ou quadras voltadas à prática de esporte;
f) Auditórios, teatros e cinemas.
V – Perímetro urbano: Área do Município, contínua ou não, ou de expansão
urbana, assim definidas pelo Plano Diretor ou por legislação municipal específica.
220
Art. 3º. Poderão ser exercidas outras atividades
comerciais e de prestação de serviços junto ao Posto Revendedor, desde que
observadas as normas aplicáveis a cada uma delas.

Art. 4º. A atividade de Posto Revendedor é


considerada de impacto ambiental, cabendo ao órgão competente o licenciamento
ambiental.

Art. 5º. Os Postos Revendedores, para a construção,


ampliação, reforma ou modificação de suas instalações, deverão, antes do inicio
das obras, obter o prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem
prejuízo de outras licenças ou autorizações legalmente exigidas pelos demais
órgãos federais, estaduais e municipais.

§1º. Todos os projetos de construção, ampliação, reforma ou modificação dos


Postos Revendedores deverão, obrigatoriamente, seguir as normas expedidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, pela ANP – Agência Nacional
do Petróleo, pelo Corpo de Bombeiros, e pelos órgãos ambientais competentes.

§ 2º. A concessão de autorização e instalação e funcionamento dos Postos


Revendedores dependerá da observância e conformidade às normas
estabelecidas pela ANP, Órgãos Ambientais, Corpo de Bombeiros e demais órgãos
públicos federais, estaduais e municipais, além do respeito ao disposto no Código
de Obras do Município, Lei de Zoneamento e na presente Lei Complementar.

Art. 6º. Os Postos Revendedores situados no


perímetro urbano ou rural sujeitar-se-ao as seguintes licenças e autorizações de
natureza ambiental e urbanística:
I – Licenças ambientais:
II – Licenças urbanísticas e de edificaçao:
a) Aprovaçao da localizaçao e viabilidade;
b) Aprovação do projeto construtivo e respectiva licença;
III – Alvará de localizaçao e funcionamento.

Parágrafo Único. Para a concessão de licenças e autorizações, serão observadas


as seguintes etapas:
I – Aprovaçao da localizaçao e viabilidade do empreendimento;
II – Emissão da Licença prévia e Licenças Ambientais;
III – Aprovação do projeto construtivo;
IV – Emissão de Licença para construir e respectiva licença;
V – Emissao do Alvará de localizaçao e funcionamento;

Art. 7º. São obrigações do Posto Revendedor:


I – Utilizar tanques, conexões, tubulações e demais dispositivos para a
armazenagem de combustíveis, certificados quanto à qualidade pelo INMETRO –
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, ou instituição acreditada
221
por este, sem prejuízo de outras normas técnicas e ambientais vigentes;
II – Instalar e manter dispositivos para combate a incêndios, de acordo com as
exigências do Corpo de Bombeiros;
III – Armazenar os combustíveis em tanques subterrâneos, que deverão manter
distância mínima de 3,00m (três metros) das divisas e alinhamentos, com recuo de
1,00m (um metro) entre os tanques, proibida a instalação de tubulação de respiros
nas divisas do terreno, que deverão ser instalados com recuo mínimo de 5,00m
(cinco metros), devendo a tubulação ultrapassar em 2,00m (dois metros) o ponto
mais alto da cobertura das bombas;
IV – Manter distância mínima de 5,00m (cinco metros) entre os tanques e as
bombas de combustíveis;
V – Proceder à revisão periódica dos tanques e bombas medidoras por profissional
habilitado, mediante laudo comprobatório sujeito à fiscalizaçao;
VI – Fornecer aos trabalhadores que tenham contato com equipamentos de
armazenamento e distribuição de combustíveis os equipamentos de proteção
individual, conforme legislação específica;
VII – Manter distância mínima de 5,00m (cinco metros) dos aparelhos e
equipamentos, tais como as bombas de combustíveis, do alinhamento das vias
públicas;
VIII – Dispor de pista de abastecimento e lavagem automotiva com piso
impermeável, cobertura leve e sistemas de separação de água e óleo, pelos quais
deverão passar os resíduos líquidos antes de serem lançados na rede pública;
IX – Possuir local próprio ou conveniado para a troca de óleo, caso comercialize
óleos e lubrificantes;
X – Destinar óleos, graxas, embalagens e demais resíduos contaminantes gerados
no estabelecimento de forma adequada, segundo a legislação específica;
XI – Monitorar periodicamente o subsolo, para fins de identificar eventual
contaminação;
XII – Verificar a estanqueidade dos tanques e tubulações, segundo orientações
constantes nas Licenças Ambientais;
XIII – Manter instalação sanitária com chuveiros para uso dos empregados e, em
separado, construção de instalações sanitárias franqueadas ao público, separadas
por sexo;
XIV – Construir na área não edificada, pavimento em concreto ou material similar,
com drenagem das águas de maneira a impedir o escoamento diretamente para a
via pública;
XV – Na edificação, construir muros divisórios com altura mínima de 2,50m (dois
metro e cinquenta centímetros), e aberturas de acesso de veículos com largura
mínima de 5,00m (cinco metros), distantes entre si em 3,00m (três metros), com o
rebaixamento das guias somente nestes pontos de acesso, sinalizando-se
adequadamente, com a inserção de faixa de pedestres no passeio, de forma a
indicar aos transeuntes tratar-se de local de entrada e saída de veículos;
XVI – Caso mantenham serviço de lavagem automotiva, construir os boxes para
lavagem com recuo mínimo de 10,00m (dez metros) do alinhamento predial do
logradouro para o qual estejam abertos, sendo a abertura, quando perpendicular à
via pública, ser isolada da via pelo prolongamento da parede lateral do box, com o
mesmo pé-direito, até uma extensão mínima de 3,00m (três metros), obedecendo-
222
se sempre ao recuo mínimo frontal.

§1º. Aplicam-se aos Postos de Abastecimento o disposto nos incisos I, II, IV, V, VI,
VII, VIII, X e XIV.

§2º. Nos Postos de Abastecimento, será ́ permitido o armazenamento de


combustível em tanques aéreos ou subterrâneos, observadas as normas
específicas aplicáveis, sem prejuízo do licenciamento ambiental, independente da
capacidade total de armazenagem.

Art. 8º. Os terrenos destinados a construção e


instalação de Postos Revendedores no perímetro urbano deverão ter área mínima
de 1.000,00m2 (um mil metros quadrados), com 30m (trinta metros) de testada
principal de frente para o logradouro público.

"§ 1° Os Postos Revendedores construídos dentro do


perímetro urbano poderão ser edificados em terreno com área mínima de
800,00m2 (oitocentos metros quadrados), desde que confronte com duas ou
mais vias públicas, com 30m (trinta metros) de testada principal de frente
para o logradouro público.”(alterado pela Lei Complementar n° 128 - 18/04/16)

§ 2° Os Postos Revendedores construídos e instalados em


área fora do perímetro urbano deverão ter área mínima de 10.000m 2 (dez mil
metros quadrados) e 100m (cem metros) de testada para o logradouro público.

Art. 9º. É vedada a construçao, instalaçao ou


existência de Postos Revendedores, a uma distância menor ou igual a 100 (cem)
metros de:
a) Locais de concentração de grande público;
b) Túneis e viadutos;
c) Substações de energia elétrica, instalações militares, presídios e depósitos de
explosivos e munições;
d) Entre um Posto Revendedor e outro congênere, se dentro do perímetro urbano;
e) Unidades de conservação ambiental e espaços ambientalmente protegidos, seja
a que título for.

Parágrafo Único. A distância será medida a partir das extremidades do terreno


destinado à instalação do Posto Revendedor.

Art. 10. Excetuam-se ao cumprimento do disposto no


artigo 7º, incisos III e IV, e artigos 8º e 9º, os Postos Revendedores e de
Abastecimento que já se encontram instalados e em funcionamento, na data de
publicação desta Lei Complementar.

Art. 11. O artigo 337, inciso II, da Lei Complementar


n.º 008, de 21 de Agosto de 2009, passa a ter a seguinte redação:
“Art. 337. ...
224
(...).
II. Um raio mínimo de 100,00m (cem metros) de
distância de hospitais e escolas, medido a partir das extremas dos terrenos;”.

Art. 12. Aplica-se, supletivamente e nos casos


omissos, o Código de Obras Municipal.

Art. 13. Revoga-se a Lei Municipal n.º 2.284, de 11


de fevereiro de 1998.

Art. 14. Esta Lei Complementar entra em vigor na


data de sua publicação.
.

FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 18 de julho de 2014.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração
225
LEI COMPLEMENTAR Nº 091, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2015.

Autoriza o comércio de pequeno porte em âmbito


local, nos loteamentos intalados nas Zonas de
Interesse Social – ZIS.

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.321/2015, da Câmara Muni-
cipal, promulga a seguinte lei:

Art. 1º. Fica autorizada a implantação de comercio


de pequeno porte de âmbito local, nos loteamentos instalados nas Zonas de
Interesse Social – ZIS, onde haja restrições urbanísticas implantadas pelo
empreendedor em relação à implantação de estabelecimentos comerciais.

Art. 2º. As restrições urbanísticas e convencionais


impostas pelos Empreendedores ficam suspensas, valendo a autorização para o
comércio determinada no Plano Diretor, conforme Lei Complementar nº 002 de 21
de agosto de 2009.

Art. 3º. A implantação de estabelecimentos


comerciais nos lotes de áreas residenciais unifamiliares fixados na ZIS, fica
permitida desde que siga as seguintes regras:

I. Nos loteamentos criados através do Programa Minha Casa Minha Vida, do


Governo Federal, os estabelecimentos não poderão retirar do imóvel sua condição
de residência.

II. Os estabelecimentos devem ser destinados ao complemento da renda familiar.

III. Além da utilização para comércios de pequeno porte, fica permitida a


instalação de empresas de serviços não ruidosos, todos destinados ao âmbito
local.

Art. 4º. Esta lei entrará em vigor na data de sua


publicação.
FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO
Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 19 de fevereiro de 2015.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração
226

LEI COMPLEMENTAR Nº 093, DE 15 DE ABRIL DE 2015.

Cria o programa de regularização fundiária no


município e dá outras providências.

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.356/2015, da Câmara Muni-
cipal, promulga a seguinte lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1°. Fica criado o "Programa de Regularização


Fundiária" no Município de Ibitinga, que tem como objetivo estabelecer as
diretrizes e os critérios para viabilizar o regular parcelamento do solo urbano
ocupado em áreas de interesse social ou específico, atribuindo título de direitos
reais aos seus ocupantes, visando à eficácia do princípio constitucional das
funções sociais da propriedade associadas ao equilíbrio ambiental e ao projeto
urbanístico municipal.

Art. 2°. Na conformidade da Lei Federal no.


11.977/09 e para os efeitos de regularização fundiária de assentamentos urbanos,
consideram-se:

I — área urbana: parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro


urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica, inclusive as Áreas de
Especial Interesse - AEI;
II — são Áreas de Especial Interesse – AEI aquelas definidas no parágrafo 5°,
artigo 12 da Lei Complementar n° 002, de 21 de agosto de 2009, assim descritas:
São zonas que apresentam glebas com atividades inadequadas ao meio rural e em
que são exigidas medidas de preservação ambiental por serem lindeiras com a
Represa Ibitinga, o Rio Tietê e o Rio Jacaré Guaçú. São zonas que exigem um
gerenciamento especial devido a sua fragilidade ambiental e sua criticidade para
receber assentamentos humanos por serem lindeiras com — a Represa Ibitinga, o
Rio Tietê e o Rio Jacaré Guaçú. Devem ser observadas as restrições ambientais.
III — demarcação urbanística: procedimento administrativo pelo qual o poder
público, no âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca imóvel
de domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização e
confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a
natureza e o tempo das respectivas posses;
IV — legitimação de posse: ato do poder público destinado a conferir título de
reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a
identificação do ocupante e do tempo e natureza da posse;
V — Zona de Interesse Social - ZIS: parcela de área urbana instituída pelo Plano
Diretor e definida pela Lei Complementar n° 002/2009, destinada
227
predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita a regras

específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo;


VI — assentamentos irregulares: ocupações inseridas em parcelamentos informais
ou irregulares, localizadas em áreas urbanas públicas ou privadas, utilizadas
predominantemente para fins de moradia;
VII— regularização fundiária de interesse social: regularização fundiária de
assentamentos irregulares ocupados, predominantemente, por população de baixa
renda, nos casos:
a) em que tenham sido preenchidos os requisitos para usucapião ou concessão de
uso especial para fins de moradia;
b) de imóveis situados em ZIS; ou
c) de áreas da União, do Estado e do Município declaradas de interesse para
implantação de projetos de regularização fundiária de interesse social;
VIII — regularização fundiária de interesse específico: regularização fundiária
quando não caracterizado o interesse social nos termos do inciso VII.

Art. 3°. São diretrizes da política de regularização


fundiária sustentável:

I — priorizar a permanência da população no local assentado, viabilizando a


melhoria das condições;
II — observar as diretrizes do Plano Diretor e da lei de diretrizes gerais de
ocupação do território;
III — promover a titulação das áreas ocupadas por pessoas de baixa renda, sem
remoção dos moradores, salvo quando as condições físicas das áreas imponham
risco à vida dos seus habitantes;
IV — estimular parcerias entre os setores público e privado para o
desenvolvimento socioeconômico e a geração de emprego e renda;
V — articular os setores de habitação, saneamento ambiental e mobilidade
urbana, nos diferentes níveis de governo;
VI — garantir a fiscalização para evitar novas ocupações ilegais nas áreas a serem
regularizadas.
§1°. Consideram-se áreas que impõem risco à vida ou à saúde dos moradores,
para os efeitos do inciso III deste artigo, os aterros e os locais sujeitos a
inundações.
§2°. As condições físicas das áreas citadas no inciso III deste artigo deverão ser
constatadas por laudo técnico emitido por engenheiros da Prefeitura ou
contratados.

Art. 4°. Poderá ser objeto de regularização fundiária,


nos termos desta Lei, inclusive parte de terreno contido em área ou imóvel maior.

Parágrafo Único. Para a aprovação de empreendimento de parcelamento do solo


futuro na área remanescente, aplicam-se os requisitos urbanísticos e ambientais
fixados na Lei que dispõe sobre o zoneamento, o uso e ocupação do solo urbano.
228
Art. 5°. Caberá ao Poder Executivo Municipal
analisar e aprovar o projeto de regularização fundiária, o qual deverá definir, ao

menos, as áreas ou lotes enquadrados, as vias de circulação, as medidas para


promoção de sustentabilidade urbanística, social e ambiental, segurança da
população em situação de risco e adequação da infraestrutura urbana.

§1°. Dentro de suas competências, o Poder Público realizará levantamento da


situação da área ou lote para fins de regularização fundiária de interesse social,
podendo lavrar auto de demarcação urbanística, que será instruído com planta e
memorial descritivo, planta de sobreposição do imóvel demarcado e certidão do
Registro de Imóvel.
§2°. Para fins de regularização fundiária de interesse específico, são
imprescindíveis a análise e a aprovação do projeto de que trata o caput deste
artigo pela autoridade licenciadora a ser indicada pelo Poder Executivo, bem como
a emissão das respectivas licenças urbanística e ambiental.
§ 3°. O Auto de Demarcação Urbanística será realizado com base no levantamento
da situação da área a ser regularizada e na caracterização da ocupação, de
acordo com o que estabelece a Lei Federal n° 11.977, de 2009.

CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS


Seção I
Da Regularização Fundiária de Interesse Social

Art. 6°. Terão direito à legitimação da posse de


interesse social, os moradores cadastrados pelo Poder Público, salvo quando já
forem concessionários, foreiros ou proprietários de outro imóvel urbano ou rural, ou
já tiverem sido contemplados com este direito anteriormente.

§1°. Com a legitimação da posse devidamente registrada, garante-se o exercício


pleno do direito de posse direta sobre imóveis, respeitada a legislação vigente.
§2°. Após o prazo de cinco anos, contado a partir do registro, o legitimado poderá
requerer a conversão do título de legitimação da posse em registro de propriedade,
por usucapião, observados os requisitos da Lei Federal 11.977/09.

Art. 7°. Na regularização fundiária de interesse social


cabe ao Poder Público, quando empreendedor, ou a seus concessionários ou
permissionários a implantação:

I - do sistema viário, com pavimentação e trafegabilidade adequadas, integrando-a


à malha viária local existente ou projetada;
II — da infra-estrutura básica, contemplando ao menos:
a) drenagem de águas pluviais urbanas;
b) esgotamento sanitário;
c) abastecimento de água potável;
d) distribuição de energia elétrica;
e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos;
229
III — dos equipamentos comunitários e áreas verdes, se definidos no plano.

Parágrafo Único. Os encargos previstos neste artigo podem ser compartilhados


com os beneficiários, a critério do Poder Executivo Municipal desde que
respeitados os investimentos em infraestrutura e equipamentos comunitários já
realizados pelos moradores e o poder aquisitivo da população a ser beneficiada.

Art. 8°. Observadas às normas previstas nesta Lei,


naquela que dispõe sobre o zoneamento, o uso e ocupação do solo urbano e
demais normas municipais pertinentes, o projeto de regularização fundiária de
interesse social pode definir parâmetros urbanísticos e ambientais específicos,
inclusive no tocante às faixas de Área de Preservação Permanente (APP) que
deverão ser respeitadas.

Art. 9°. Sendo o responsável pela irregularidade


identificável, o Poder Executivo Municipal deve exigir dele a implantação das obras
previstas no projeto de regularização fundiária.

Art. 10. O Poder Executivo deverá exigir


contrapartida e compensações urbanísticas e ambientais que integrarão termo de
compromisso, firmado perante as autoridades licenciadoras, ao qual se garantirá
força de título executivo extrajudicial.

Seção II
Da regularização fundiária de interesse específico

Art. 11. A regularização fundiária de interesse


específico depende da análise e da aprovação do projeto pelo Grupo de Análise de
Empreendimento e pelas Secretarias de Habitação e Urbanismo, e Secretaria de
Obras Públicas.

Art. 12. Sendo o responsável pela irregularidade


identificável, o Poder Executivo Municipal deve exigir dele a implantação das obras
previstas no projeto de regularização fundiária.

Art. 13. A autoridade licenciadora deverá exigir


contrapartida e compensações urbanísticas e ambientais que integrarão termo de
compromisso, firmado perante as autoridades licenciadoras, ao qual se garantirá
força de título executivo extrajudicial.

Art. 14. O projeto de regularização fundiária para fins


de interesse específico deverá observar as restrições à ocupação de Áreas de
Preservação Permanentes, bem como, das áreas públicas previstas na legislação
municipal.
230
CAPÍTULO III
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS E AMBIENTAIS

Art. 15. O projeto regularização fundiária deve


atender aos seguintes requisitos urbanísticos:

I - estabilidade dos lotes, das vias de circulação, das áreas dos sistemas de lazer e
verdes, áreas institucionais e dos terrenos limítrofes;
II - drenagem das águas pluviais;
III - trafegabilidade das vias, com definição da pavimentação adequada e garantia
de acesso dos prestadores de serviços públicos de infraestrutura urbana básica e
emergencial;
IV - integração do sistema viário com a malha local existente ou projetada,
harmonização com a topografia local e garantia de acesso público às praias e aos
corpos d'água e demais áreas de uso comum do povo;
V - implantação de sistema de abastecimento de água potável em conformidade
com as diretrizes vigentes;
VI - implantação de sistema de esgotamento sanitário, disposição e tratamento dos
resíduos em conformidade com as diretrizes vigentes;
VII - recuperação ambiental de áreas degradadas ou compensação conforme
previsão legal;
VIII - implantação de rede de energia elétrica domiciliar e iluminação pública;
IX - recuo mínimo dos cursos d'água canalizados ou não, de modo a garantir
acesso para manutenção e limpeza, em obediência à legislação ambiental;
X - acesso aos lotes por via de circulação de pedestres ou de veículos;
XI - largura mínima das vias sanitárias para drenagem e proteção das tubulações
no subsolo, para instalação de rede de água e esgoto e sua manutenção; e
XII - utilização preferencial de recursos urbanísticos que garantam a maior
permeabilidade do solo urbano e permitam o plantio de árvores.
§ 1°. Os terrenos livres localizados nos parcelamentos a serem regularizados
devem ser destinados, preferencialmente, para áreas de uso comunitário ou áreas
verdes e/ou institucionais de uso público.
§ 2°. Na regularização de sua iniciativa, o Poder Executivo Municipal poderá
estabelecer, a seu critério, os espaços de uso público, verdes e/ou institucionais,
dentro da área do parcelamento ou, alternativamente, no seu entorno, de acordo
com a conclusão da análise dominial da área.
§ 3°. Na hipótese do § 2°, caso não haja espaços disponíveis dentro da área
regularizada, o Poder Executivo Municipal poderá promover a desapropriação de
imóveis para fins de regularização fundiária ou, alternativamente, poderá gravar
outros que já tenham sido desapropriados para implantação de equipamentos
públicos, mesmo que estes estejam fora do perímetro do parcelamento a ser
regularizado.
§ 4°. Na regularização de interesse específico, o Poder Executivo Municipal
definirá com o interessado os espaços de uso público, verdes e/ou institucionais,
dentro da área do parcelamento ou, alternativamente, através de aceite de área no
entorno para fins de compensação.
231
§ 5°. Comprovada a impossibilidade de destinação de espaços públicos no
percentual previsto na área regularizada, a área faltante poderá ser adquirida pelo
parcelador em outro local, para posterior compensação, por meio de doação ao
Município, observados os seguintes critérios:
a) o imóvel a ser doado deve estar situado dentro dos limites do Município; e
b) a dimensão, o valor e as características da área faltante e do imóvel a ser
adquirido devem ser equivalentes;

§ 6°. A doação referida no parágrafo anterior deve ser submetida à análise do


Grupo de Análise de Empreendimento — GAE.
§ 7°. A regularização fundiária pode ser implementada em etapas, hipótese na qual
o projeto de que trata este artigo deve definir a parcela do assentamento informal a
ser regularizada em cada etapa respectiva.

CAPÍTULO IV
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Art. 16. Além do Poder Executivo Municipal, podem


elaborar projeto de regularização fundiária:

I - o responsável pela implantação da ocupação irregular;


II - o setor privado, no âmbito das estratégias definidas pela legislação urbanística
municipal; e
III - as cooperativas habitacionais, associações de moradores ou outras
associações civis.

Art. 17. A regularização fundiária depende da análise


dominial da área a ser regularizada, comprovada por certidão emitida pelo Registro
de Imóveis e de projeto elaborado pelo titular da iniciativa.
§ 1°. Identificado o titular dominial da área irregularmente ocupada, o Poder
Executivo Municipal deverá notificá-lo para que proceda a sua regularização.
§ 2°. Na omissão do titular do domínio da área e/ou do titular da iniciativa, o projeto
de regularização e as obras poderão ser executados, supletivamente, pelo Poder
Executivo Municipal, com posterior ressarcimento dos gastos via cobrança judicial
do parcelador.
§ 3°. Esgotadas as diligências para a identificação e localização do parcelador e/ou
do titular do domínio da área, o Poder Executivo Municipal poderá intervir no
parcelamento do solo para adequá-lo.

Art. 18. O projeto de regularização fundiária deve


conter ao menos:

I - diagnóstico do parcelamento que contemple, em especial, os seguintes


aspectos: localização e área da ocupação, histórico da ocupação da gleba, o uso e
a ocupação do solo nos terrenos existentes, acessibilidade por via oficial de
circulação, situação física e social, caracterização da infraestrutura urbana e
comunitária e caracterização ambiental.
232
II - proposta técnica e urbanística para o parcelamento, que defina, ao menos:
a) as áreas passíveis de consolidação e as parcelas a serem regularizadas ou,
quando houver necessidade, remanejadas;
b) as vias de circulação existentes ou projetadas e sua integração com o sistema
viário adjacente, bem como as áreas destinadas ao uso público, quando possível;
c) a solução para relocação da população, caso necessária;
d) as medidas para garantir a sustentabilidade urbanística, social e ambiental da
área ocupada, incluindo as formas de compensação, quando for o caso;
e) a necessidade de adequação da infraestrutura básica, caso necessária;
f) a enumeração das obras e serviços previstos, quando necessário;
III - plantas com a indicação:
a) da localização da área a ser regularizada, suas medidas, área total,
coordenadas, preferencialmente georreferenciadas, dos vértices definidores de
seus limites e confrontantes;
b) das áreas passíveis de consolidação e as parcelas a serem regularizadas ou,
quando houver necessidade, remanejadas;
c) das vias de circulação existentes ou projetadas e sua integração com o sistema
viário adjacente, bem como as áreas destinadas ao uso público, com indicação de
sua área, medidas e confrontantes; e
IV - memorial descritivo com a indicação dos elementos considerados relevantes
para a implantação do projeto, conforme descrito no inciso anterior.
§ 1°. O projeto de regularização de parcelamento deve ser assinado por
profissional habilitado, e pelo titular da iniciativa de regularização.
§ 2°. Nas hipóteses de regularização fundiária de Interesse Social, o Poder
Executivo Municipal poderá elaborar, sem custos aos beneficiários, os documentos
referidos neste artigo, segundo critérios estabelecidos pela Secretaria Municipal de
Habitação e Urbanismo e Secretaria Municipal de Obras Públicas.
§ 3°. Para que a gleba a ser regularizada seja incluída nos benefícios do § 2°,
deverá ser precedida de Diagnóstico Social elaborado pela Secretaria de
Desenvolvimento Social do Município.

Art. 19. Os procedimentos de análise e aprovação do


projeto de regularização fundiária serão regulamentados mediante decreto.

Art. 20. A regularização de ocupações irregulares não


implica no reconhecimento e responsabilização do Poder Público Municipal das
obrigações assumidas pelo parcelador junto aos adquirentes das unidades
imobiliárias.

Art. 21. As despesas com a execução desta Lei


correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se
necessário.

Art. 22. Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente a
Lei Complementar 007, de 21 de agosto de 2009.
233

FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 15 de abril de 2015.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração
234
LEI COMPLEMENTAR Nº 106, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2015.

Dispõe sobre aprovação de edificações nos


bairros que possuem restrições convencionais e
dá outras providências.

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.472/2015, da Câmara Muni-
cipal, promulga a seguinte lei:

Art. 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a aprovar


projetos de edificações de entidades religiosas, que estejam regularmente
estabelecidas no município, nos bairros que possuem restrições convencionais
registradas no Cartório de Registro Imobiliário, desde que não contrariem o
estabelecido na lei de zoneamento.

Art. 2º. A aprovação dos projetos deverá atender as


demais legislações pertinentes.

Art. 3º. Aplicam-se estas disposições, aos prédios e


edificações concluídas ou em construção, e aos projetos ou diretrizes protocoladas
na Prefeitura Municipal, até a data de entrada em vigor da presente Lei
Complementar.

Art. 4º. Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação.

FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 11 de novembro de 2015.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração

234
LEI COMPLEMENTAR Nº 107, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2015.

Institui no município da estância turística de


ibitinga o projeto simplificado.

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.473/2015, da Câmara Muni-
cipal, promulga a seguinte lei:

CAPÍTULO I
Da Especificação

Art. 1º. Fica instituído o Projeto Simplificado para os


casos de aprovação de obras novas, reformas ou ampliações e regularizações
relativas à aprovação de edificações residenciais de iniciativa de pessoa física ou
jurídica.

§ 1º. O Projeto Simplificado substitui o Projeto Arquitetônico completo e deverá ser


submetido à análise dos órgãos técnicos da Prefeitura Municipal para efeito de
licenciamento de obra nova e regularização de edificação existente.
§ 2º. O requerimento e as solicitações de Projeto Simplificado para construção de
obras novas, reformas ou ampliações e regularizações deverão obedecer aos
modelos estabelecidos nos anexos A ou B da presente Lei Complementar.

CAPÍTULO II
Da Apresentação

Art. 2º. O Projeto Simplificado deverá conter os


documentos, as informações e os elementos gráficos necessários para análise
pelos órgãos técnicos da Prefeitura Municipal.

Art. 3º. O interessado deverá apresentar


requerimento instruído com a seguinte documentação:

I – Projeto Simplificado em 3 (três) vias ou mais, conforme anexo I e II;


II – Memorial Descritivo que especifique as obras e serviços que serão realizados,
complementando as demais informações requisitadas e apresentadas no Projeto
Simplificado;
III – Título de propriedade, contrato de compra e venda ou outro documento que
comprove a aquisição do terreno;
IV – Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou Registro de
Responsabilidade Técnica – RRT do Autor do Projeto e/ou Responsável Técnico;
V – “Termo de Responsabilidade - Projeto Simplificado” constando assinaturas do
proprietário, do autor do projeto e do responsável técnico, atestando conhecimento
de que a mesma deverá estar de acordo com o disposto no Decreto Estadual nº
12.342/78, com a legislação vigente, conforme anexo C;
236
Parágrafo Único. A Guia de Recolhimento, quitada, será apresentada na retirada
dos projetos aprovados.

Art. 4º. Os elementos gráficos a serem apresentados


por meio do Projeto Simplificado deverão conter:

I – Implantação da edificação no lote, com todas as dimensões de recuos e de


todas as faces do perímetro, com medidas necessárias às amarrações da
edificação no terreno, em escala de 1:200 ou compatível à perfeita análise;
II – Planta de cobertura especificando o posicionamento de calhas, platibandas,
beirais, na escala de 1:200 ou compatível à perfeita análise;
III – Tabela especificando áreas do terreno, da edificação, livres e taxa de
ocupação;
IV – Nos projetos de reforma ou de regularização de edificações deverão ser
demonstradas, com clareza, nas cores convencionais, as partes a permanecer, a
construir, a regularizar e a demolir.

Parágrafo Único. Os beirais e marquises não serão computados como área


construída.

Art. 5º. O critério de análise de Projetos Simplificados


ou não, pela Secretaria de Obras, deve estar restrito aos seguintes requisitos:

 - Zoneamento em conformidade com o Plano


Diretor;
 - Recuos obrigatórios constantes no Plano Di-
retor;
 - Área da edificação;
 - Taxa de ocupação;
 - Cotas externas para conferência da área edi-
ficada;
 - Nome do proprietário ou compromissário;
 - Endereço da obra, número da quadra, núme-
ro do lote e bairro.

Art. 6º. Fica facultada aos interessados a


apresentação de Projeto Arquitetônico completo, além do exigido nesta Lei
Complementar.

CAPÍTULO III
Da Autorização para Utilização

Art. 7º. A expedição da autorização para utilização


ficará condicionada à vistoria do setor de fiscalização da Prefeitura Municipal, ao
pagamento das taxas correspondentes e à verificação da documentação
necessária prevista na legislação vigente.

237
Parágrafo Único. O critério da avaliação da vistoria deve estar restrito nos termos
do artigo 5º, alíneas “b”, “c” e “e”.

Art. 8º. Os profissionais autores de projetos e


responsáveis técnicos serão responsáveis pela observância e cumprimento das
demais disposições relativas à edificação estabelecida pela legislação vigente.

Art. 9º. Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação.

Art. 10. Fica revogada a Lei Municipal nº 2.256, de


08 de outubro de 1997, e as alíneas “D-“, “E-“, “F-“, “G-“, “H-“ do Parágrafo 3º do
Artigo 12. e Artigo 13 da Lei Municipal nº 1.741, de 13 de novembro de 1990.

FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 11 de novembro de 2015.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração

238
ANEXO A

Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município da Estância Turística de

Ibitinga;

____________________________________________, infra-assinado,

residente à Rua ____________________________________________, nº

________________, Bairro ________________, neste município de Ibitinga, vem

requerer da Secretaria competente a APROVAÇÃO DE PROJETO

SIMPLIFICADO, de imóvel residencial, localizado à Rua

____________________________________________, lote ________________,

Quadra ________________, Loteamento / Bairro ________________, conforme

demais elementos técnicos em anexo.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Ibitinga, __________ de ___________________ de 2015.

____________________________________________

PROPRIETÁRIO

239
ANEXO B

Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município da Estância Turística de

Ibitinga;

____________________________________________, infra-assinado,

residente à Rua ____________________________________________, nº

________________, Bairro ________________, neste município de Ibitinga, vem

requerer da Secretaria competente a REGULARIZAÇÃO DE PROJETO

SIMPLIFICADO e expedição de autorização para utilização de imóvel residencial,

localizado à Rua ______________________, lote ________________, Quadra

________________, Loteamento / Bairro ________________, conforme demais

elementos técnicos em anexo.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Ibitinga, __________ de ___________________ de 2015.

____________________________________________

PROPRIETÁRIO

240
TERMO DE RESPONSABILIDADE

ANEXO C

OBJETO:
__________________________________________________________________
_________
LOCAL:
__________________________________________________________________
_________
__________________________________________________________________
_________

PROPRIETÁRIO:
__________________________________________________________________
_________

O responsável Técnico, o autor do Projeto e o Proprietário da Obra ou Edificação,


acima discriminadas, por meio deste TERMO DE RESPONSABILIDADE, assumem
o compromisso pelo cumprimento das legislações urbanísticas e construtivas
vigentes no município, em especial ao disposto no Decreto Estadual nº 12.342/78 –
Código Sanitário Estadual e o Plano Diretor Participativo, bem como toda a
legislação esparsa pertinente.

Declaram, também, o fiel cumprimento dos usos, das características, das


especificações construtivas e das demais informações apresentadas neste
processo de aprovação (ou de regularização), por meio de Projeto Simplificado,
estando cientes que o não cumprimento destas disposições poderá sofrer as
sanções cabíveis.

Ibitinga, __________ de ___________________ de 2015.

241
____________________________________________
PROPRIETÁRIO
_______________________

___________________________

Autor do Projeto Responsável Técnico


CREA/CAU CREA/CAU

242
LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016.

Dispõe sobre a permissão de instalação e


emissão de alvará de funcionamento de empresas
que especifica e dá outras providências.

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.530/2016, da Câmara Muni-
cipal, promulga a seguinte lei:

Art. 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a permitir


a instalação e emissão de alvará de funcionamento, de empresas com atividades
comerciais e industriais, nos loteamentos que possuem lotes com a destinação
comercial, em prédios concluídos, com projetos aprovados ou protocolados na
Prefeitura Municipal, antes da entrada em vigor da presente lei.

Parágrafo único. Serão admitidas indústrias de pequeno porte que não cause
danos ao meio ambiente e à vizinhança.

Art. 2º. É de responsabilidade da Prefeitura Municipal


notificar todos os estabelecimentos localizados nos bairros tratados no artigo
anterior, que estão estabelecidos em desacordo com a presente lei.

Art. 3º. Esta Lei Complementar entrará em vigor na


data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.

FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 17 de fevereiro de 2016.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração

243
LEI COMPLEMENTAR Nº 125, DE 06 DE ABRIL DE 2016.

Institui o Plano de Mobilidade Urbana da Estância


Turística de Ibitinga e estabelece as diretrizes
para o acompanhamento e o monitoramento de
sua implementação, avaliação e revisão periódica.

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.562/2016, da Câmara Muni-
cipal, promulga a seguinte lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Esta Lei institui o Plano de Mobilidade Urbana


da Estância Turística de Ibitinga e estabelece as diretrizes para o
acompanhamento e o monitoramento de sua implementação, avaliação e revisão
periódica, com o objetivo de efetivar a Política Municipal de Mobilidade Urbana
instituída pela Lei nº 2908/2006, de 06 de outubro de 2006 – Plano Diretor do
Município da Estância Turística de lbitinga.

Parágrafo único. O Plano de Mobilidade Urbana da Estância Turística de Ibitinga


tem por finalidade orientar as ações do Município no que se refere aos modos, aos
serviços e à infraestrutura viária e de transporte que garantem os deslocamentos
de pessoas e cargas em seu território, atendendo às necessidades atuais e
futuras.

Art. 2º. O Plano de Mobilidade Urbana da Estância


Turística de Ibitinga guarda compatibilidade com a Lei nº 2908/2006, de 06 de
outubro de 2006, e as normas de acessibilidade do Decreto Federal nº 5.296, de
02 de dezembro de 2004.
Art. 3º. São atribuições do Município:
I - planejar, executar e avaliar a política de mobilidade
urbana, bem como promover a regulamentação dos serviços de transporte urbano;
II - prestar, direta, indiretamente ou por gestão
associada, os serviços de transporte público coletivo urbano, que têm caráter
essencial;
III - capacitar pessoas e desenvolver as instituições
vinculadas à política de mobilidade urbana do Município.

Art. 4º. O exercício das atribuições previstas neste


Capítulo subordinar-se-á às normas fixadas pelas respectivas leis de diretrizes
orçamentárias, às efetivas disponibilidades asseguradas pelas suas leis
orçamentárias anuais e aos imperativos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio
de 2000.
244
Art. 5º. A presente lei
destina-se ainda a hierarquizar, dimensionar e disciplinar a implantação do Sistema
Viário Básico do Município da Estância Turística de Ibitinga, atendendo às
diretrizes estabelecidas na lei 2.908/2006 que instituiu o Plano Diretor do
Município.

Seção I
Dos Conceitos e Definições

Art. 6º. Para os efeitos desta Lei, ficam estabelecidos


os seguintes conceitos e definições:

I – ACESSIBILIDADE UNIVERSAL: condição para utilização, com segurança e


autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos,
das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de
comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida, respeitando-se a legislação em vigor;

II – BICICLETÁRIO: local destinado ao estacionamento de bicicletas por períodos


de longa duração, com controle de acesso e grande número de vagas, podendo
ser público ou privado;

III – CALÇADA: espaço da via pública urbana destinada exclusivamente à


circulação de pedestres, podendo estar no nível da via ou em nível mais elevado;

IV– CICLOFAIXA: espaço destinado à circulação de bicicletas, contíguo à pista de


rolamento de veículos, sendo dela separado por pintura e/ou dispositivos
delimitadores;

V – CICLOVIA: espaço destinado à circulação exclusiva de bicicletas, segregado


da via pública de tráfego motorizado e da área destinada a pedestres;

VI – CICLO-ELÉTRICO: todo veículo de duas ou três rodas, provido de motor de


propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW, dotado ou não de pedais
acionados pelo condutor, cujo peso máximo, incluindo o condutor, não exceda 140
kg e cuja velocidade máxima declarada pelo fabricante não ultrapasse 50 km/h
(cinquenta quilômetros por hora);

VII – CICLORROTA: via local compartilhada com veículos automotores, que


complementa a rede de ciclovias e ciclofaixas, sem segregação física;

VIII – CICLOMOTOR: veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de


combustão interna, cuja cilindrada não exceda 50 cm³ (cinquenta centímetros
cúbicos) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda 50 km/h (cinquenta
246
quilômetros por hora);

IX - LOGRADOURO PÚBLICO: espaço livre, inalienável, destinado à circulação


pública de veículos e de pedestres, reconhecido pela municipalidade, tendo como
elementos básicos o passeio público e a pista de rolamento;

X – MALHA VIÁRIA: o conjunto de vias urbanas do município;

XI – MOBILIDADE URBANA: conjunto de deslocamentos de pessoas e bens, com


base nos desejos e nas necessidades de acesso ao espaço urbano, mediante a
utilização dos vários meios de transporte;

XII – MODOS DE TRANSPORTE MOTORIZADOS: modalidades que utilizam


veículos automotores;

XIII – MODOS DE TRANSPORTE NÃO MOTORIZADOS: modalidades que


utilizam esforço humano ou tração animal;

XIV – PARACICLO: local destinado ao estacionamento de bicicletas por períodos


curtos ou médios, de pequeno porte, sem controle de acesso, equipado com
dispositivos capazes de manter os veículos de forma ordenada, com possibilidade
de amarração para garantir mínima segurança contra furto;

XV – PASSEIO PÚBLICO: espaço contido entre o alinhamento e o meio-fio, que


compõe os usos de calçadas, passagens, acessos, serviços e mobiliários;

XVI – PISTA DE ROLAMENTO: é a parte da caixa de rua destinada à circulação


dos veículos;

XVII – PISTA EXCLUSIVA: faixa(s) exclusiva(s) destinada(s) à circulação dos


veículos de transporte coletivo de forma segregada, dispondo de delimitação física
que a(s) separa do tráfego geral, com sinalização de regulamentação específica;

XVIII – POLÍTICA TARIFÁRIA: política pública que envolve critérios de definição de


tarifas dos serviços públicos, precificação dos serviços de transporte coletivo,
individual e não motorizado, assim como da infraestrutura de apoio, especialmente
estacionamentos;

XIX – TRANSPORTE PRIVADO COLETIVO: serviço de transporte de passageiros


não abertos ao público em geral, para a realização de viagens com características
operacionais específicas;

XX – TRANSPORTE PRIVADO INDIVIDUAL: meio de transporte utilizado para a


realização de viagens individualizadas;

XXI – TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO: serviço público de transporte de


247
passageiros aberto a toda a população, mediante pagamento individualizado, com
itinerários e preços fixados pelo Poder Público;

XXII – TRANSPORTE URBANO DE CARGAS: serviço de transporte de bens,


animais ou mercadorias;

XXIII – VAGA: espaço destinado à parada ou ao estacionamento de veículos;

XXIV– VIA: superfície por onde transitam veículos e pessoas;

XXV – VIA DE CONTORNO RODOVIARIO: destina-se a desviar o trafego da


malha urbana consolidada, proporcionando maior segurança e fluidez ao sistema
viário e usuários;

XXVI – VIAS ESTRUTURAIS: destinam-se a transportar grandes volumes de


trafego e formam a ossatura básica da estrutura proposta, interligando os vários
setores da cidade. Correspondem as vias onde poderá haver maior concentração
de usos não residenciais, conforme diretrizes estabelecidas na Lei Complementar
de Zoneamento;
XXVII – VIAS COLETORAS: destinam-se tanto ao serviço de trafego de veículos
como ao acesso as propriedades servem para coletar o fluxo de veículos originado
nas vias locais e distribuí-lo para as estruturais. Formam o sistema de vias que
interliga a malha viária e são também usadas pelo transporte coletivo;

XXVIII – VIAS PRINCIPAIS: vias com condições de continuidade para fora da


gleba loteada, com largura mínima de 15,00 metros (quinze metros);

XXIX – VIAS LOCAIS: tem como função básica permitir o acesso às propriedades
privadas, ou áreas e atividades especificas, implicando pequeno volume de
trafego, com largura mínima de 14,00 metros (quatorze metros);

XXX – VIAS DE PEDESTRE: vias especiais destinadas prioritariamente circulação


de pedestres, com pavimentação e tratamento paisagístico diferenciado;

XXXI – TRILHAS: caminhos que proporcionam a prática de turismo, servindo


também como instrumento de controle ambiental de áreas preservadas ou
protegidas em lei.

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA

Seção I
Dos Princípios, Diretrizes e Objetivos Gerais
248
Art. 7º. O Plano de Mobilidade Urbana da Estância
Turística de Ibitinga obedece aos seguintes princípios:

I – reconhecimento do espaço público como bem comum, titularizado pelo


município e oportunidade de se promover a inclusão social;

II – universalidade do direito de se deslocar e de usufruir da cidade, promovendo a


democratização do espaço público;

III – acessibilidade à pessoa portadora de deficiência física ou com mobilidade


reduzida, promovendo a equiparação de oportunidades;

IV– desenvolvimento sustentável da cidade, nas dimensões socioeconômica e


ambiental;

V – gestão democrática, planejamento, avaliação e integração entre o uso do


espaço público e a circulação urbana;

VI – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes


modos de transporte e dos serviços;

VII – equidade no uso do espaço público de circulação, das vias e dos logradouros
materializando o “Direito à cidade”;

VIII – segurança nos deslocamentos, para promoção da saúde, melhoria da


qualidade do ar, projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa;

IX – eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana e na prestação do


serviço de transporte urbano;

X – consolidação da vocação turística do Município;

XI – articulação com os Sistemas Estadual e Federal de Mobilidade.

Art. 8º. O Plano de Mobilidade Urbana da Estância


249

Turística de Ibitinga orienta-se pelas seguintes


diretrizes:

I – priorização dos pedestres e dos modos de transporte não motorizados sobre os


motorizados, bem como dos serviços de transporte público coletivo sobre o
transporte individual motorizado;

II – integração com a política municipal de desenvolvimento urbano e respectivas


políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso
do solo, no âmbito do Município;

III – mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de


pessoas e cargas no Município;

IV – priorização dos projetos de transporte público coletivo estruturadores do


território e indutores do desenvolvimento urbano integrado;

V – desenvolvimento do sistema de transporte coletivo, do ponto de vista


quantitativo e qualitativo;

VI – planejamento da mobilidade urbana orientado pelo gerenciamento de


demanda;

VII – estímulo ao uso de combustíveis renováveis e menos poluentes;

VIII – fomento a pesquisas relativas à sustentabilidade ambiental e à acessibilidade


no trânsito e no transporte;

IX – busca por alternativas de financiamento para as ações necessárias à


implementação do Plano de Mobilidade Urbana da Estância Turística de Ibitinga;

X – priorização do investimento público destinado à melhoria e à expansão do


sistema viário;

XI – formulação de projetos para criação de uma malha ciclo viária, vias de


circulação de pedestres e trilhas para o ecoturismo.

Art. 9º. O Plano de Mobilidade Urbana da Estância


Turística de Ibitinga possui como objetivos gerais:

I – proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, aos serviços


básicos e aos equipamentos sociais, priorizando os meios de transporte coletivos e
não motorizados, de forma inclusiva e sustentável;

II – contribuir para a redução das desigualdades e para a promoção da inclusão


250

social;

III – proporcionar melhoria das condições urbanas no que se refere à


acessibilidade e à mobilidade;

IV – promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos


ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas no
Município;

V – consolidar a gestão democrática e participativa como instrumento de garantia


da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana.

CAPÍTULO III
DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA

Seção I
Do conteúdo do Plano de Mobilidade Urbana da Estância Turística de Ibitinga

Art. 10. O Plano de Mobilidade Urbana da Estância


Turística de Ibitinga contempla:

I – os objetivos estratégicos coerentes com os princípios e as diretrizes da Política


Municipal de Mobilidade Urbana;

II – as metas de curto, médio e longo prazo;

III – os indicadores de desempenho e de monitoramento do sistema de mobilidade


urbana de transporte público;

IV – ações e medidas para alcançar as diretrizes estabelecidas pela política


nacional de mobilidade urbana;

V – as recomendações de estudos e projetos específicos para as infraestruturas


destinadas aos modos de transporte não motorizados, que deverão conter:

a) a identificação das vias prioritárias para circulação de pedestres no acesso


ao transporte coletivo, com vistas à sua melhoria por meio da ampliação e
manutenção dos passeios;

b) a elaboração de um plano de implantação de sistema cicloviário indicando


a infraestrutura necessária para a circulação de bicicletas, contemplando
ciclofaixas e eventuais ciclovias e ciclorrotas; localização de paraciclos e
bicicletários, bem como sinalização adequada, além de ações de estímulo ao
uso da bicicleta;

c) a elaboração de um plano de estímulo à circulação a pé, contemplando a


iluminação de travessias e de calçadas, a sinalização indicativa para o

251
pedestre, a redução de velocidades, a adoção de medidas de melhor fluição
de tráfego, dentre outras;

VI – os serviços de transporte coletivo em suas diversas escalas, inclusive os


ônibus turísticos:

VII – o sistema viário em conformidade com o mapa de hierarquização previsto na


legislação urbanística municipal:

VIII – a garantia de acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de


mobilidade;

XIX – a garantia da equidade social, por meio da modicidade tarifária, com vistas a
ampliar a mobilidade da população de baixa renda, especialmente no que se refere
aos modos de transporte coletivo;

X – a operação e o ordenamento do transporte de carga na infraestrutura viária, a


partir do conceito de logística urbana, de forma a compatibilizar a movimentação
de passageiros com a distribuição das cargas, respeitando e garantindo o seu
espaço de circulação de forma eficiente e eficaz no espaço urbano;

XI – estabelecimento e demarcação de vagas de estacionamento especiais, locais


de descarga, locais de para rápida e vagas para motocicletas, integrada às
diretrizes do planejamento urbano municipal;

XII – a identificação dos meios institucionais que assegurem a implantação e a


execução do planejamento da mobilidade urbana.

CAPÍTULO IV
DO SISTEMA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA

Art. 11. O Sistema de Mobilidade Urbana de Ibitinga


leva em conta o conjunto organizado e coordenado de meios, serviços e
infraestruturas, que garante o deslocamento de pessoas e bens na cidade e
considera a sazonalidade da demanda devido às características de funcionamento
das atividades turísticas.

§ 1º. São meios de transporte urbano os veículos motorizados e veículos não


motorizados, que podem ser utilizados como serviços de transporte urbano de
passageiros e de cargas, podendo exercer suas atividades de forma coletiva ou
individual.

§ 2º. Os serviços de transporte urbano podem ser tanto de natureza pública quanto
privada.

Art. 12. Compõem a infraestrutura de Mobilidade


Urbana do Município:

252
I - as vias e demais logradouros públicos, inclusive ciclovias, ciclofaixas e trilhas;

II - estacionamentos, incluindo os paraciclos e bicicletários;

III – terminais rodoviários;

IV – pontos para embarque e desembarque de passageiros e cargas;

V – o Aeroporto Municipal;

VI – o sistema de sinalização viária e de trânsito;

VII – equipamentos e instalações;

VIII – instrumentos de controle e fiscalização.

Art. 13. Caberá ao Poder Executivo Municipal o disci-


plinamento do uso das vias de circulação, por regulamento próprio, no que concer-
ne:

I – ao estabelecimento de locais e horários adequados e exclusivos para carga e


descarga e estacionamento de veículos;

II – ao estabelecimento de rotas especiais para veículos de carga, descarga, de


produtos perigosos ou não e para os veículos de turismo e de fretamento;

III – a criação de terminal para veículos que fazem o transporte coletivo e táxis;

IV – a construção de vias de circulação exclusiva para pedestres na área da sede


do Município e em outras localidades que se mostrarem adequadas;

V – a criação de áreas de estacionamento ao longo das vias.

Seção I
Da infraestrutura do Sistema de Transportes Urbanos

Art. 14. São diretrizes para o aprimoramento da


infraestrutura do Sistema de Transportes Urbanos no Município:

I – criação de um Sistema Viário Estrutural, definindo as vias principais para o


tráfego cotidiano, incluindo a implantação de uma via alternativa, aumentando a
área de cobertura do sistema de transporte público coletivo;

II – criação de um Circuito de Trilhas, com os objetivos de:


253
 equipar o Município para utilização do produto turístico ecoturismo ou
turismo de aventura;

 garantir a possibilidade de acesso público às áreas de grande beleza


natural;

 utilizar o circuito de trilhas como instrumento de controle ambiental das


áreas de preservação do Município;

III – elaboração de um projeto de implantação Cicloviária;

Art. 15. As diretrizes para o aprimoramento da


infraestrutura do Sistema de Transportes Urbanos no Município serão
implementadas por meio das seguintes ações:

I – revisão da rota dos ônibus circulares, quando da nova licitação de concessão


de transporte coletivo urbano;

II – sinalização de trânsito;

III – notificação dos proprietários para a construção de calçadas em terrenos


baldios promovendo a melhoria da circulação de pedestres e ciclistas, incluindo o
tratamento paisagístico adequado;

IV – implantação de estacionamento rotativo nos pontos de grande concentração


de público, com sinalização e definição de horários de uso exclusivo;
V – projeção de malha cicloviária, possibilitando a circulação das bicicletas com
segurança;

VI – fomento à arborização urbana, para maior conforto dos pedestres;

VII – implantação de rampas de acessibilidade visando adaptar as calçados aos


portadores de necessidades especiais e às pessoas com mobilidade reduzida;

VIII – elaboração de projeto, em parceria com o curso de Turismo da Faculdade de


Ibitinga - FAIBI, de criação de um circuito de trilhas com as seguintes característi-
cas:

prever o desenvolvimento e a manutenção de um Programa de Trilhas para o


Ecoturismo ou Turismo de Aventura, dando ao caminhante ou excursionista
uma visão geral do Município;

utilizar o circuito de trilhas como instrumento de fiscalização das Áreas de


Proteção Ambiental para a preservação do patrimônio natural e paisagístico

254
de Ibitinga;

XIX – implantação de placas denominativas das ruas nos locais inexistentes;

X – implantação de projeto de sinalização e indicações de circulação em


logradouros, ciclovias e trilhas;

XI – criação de um sistema de paraciclo, para a correta disposição de bicicletas.

Seção II
Do Transporte de Cargas

Art. 16. São diretrizes para a regulamentação e


fiscalização dos transportes de carga que atendam às necessidades do comércio
em geral e que não comprometam a integridade das infraestruturas viárias e a
fluidez do tráfego:

I – restrição de acesso de caminhões de grande porte na área central,


especialmente nos finais de semana;

II – demarcação de vagas específicas para carga e descarga nas lojas e


estabelecimentos comerciais da cidade, com sinalização e definição de horários de
uso exclusivo;

III – implantação de estacionamento rotativo nos pontos de grande concentração


de público, com sinalização e definição de horários de uso exclusivo;

Seção III
Do Transporte Público Coletivo e Individual

Art. 17. O transporte público coletivo é a modalidade


preferencial de deslocamento motorizado no Município, devendo ser organizado,
planejado, implementado e gerenciado pela Prefeitura Municipal, respeitando o
disposto na legislação em vigor.

§ 1º. As previsões de ampliação da malha viária municipal deverão considerar


alternativas para o transporte público coletivo.

§ 2º. O sistema de transporte público deverá atender às necessidades das áreas


comerciais, de serviço, industriais, turísticas ou de lazer.

Art. 18. São direitos dos usuários do transporte


público coletivo no Sistema de Mobilidade Urbana de Ibitinga :
255

I – receber o serviço adequado, nos termos do Art. 6º da Lei Federal nº 8.897, de


13 de fevereiro de 1995;

II – ser informado, de forma gratuita e acessível, sobre itinerários, horários, tarifas e


demais informações pertinentes;

III – participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de


Mobilidade Urbana.

Art. 19. Para a melhoria contínua dos serviços, dos


equipamentos e das instalações, o Poder Executivo executará:

I – a constante fiscalização dos serviços de transporte, tornando-os mais eficazes;

II – o monitoramento sistemático do grau de satisfação da população em relação à


qualidade dos serviços.
Art. 20. A contratação dos
serviços de transporte público coletivo será precedida de licitação e deverá
observar as seguintes diretrizes:
I - fixação de metas de qualidade e desempenho a
serem atingidas e seus instrumentos de controle e avaliação;

II - estabelecimento das condições e meios para a


prestação de informações operacionais, contábeis e financeiras ao poder
concedente; e

III - identificação de memória de cálculo da tarifa,


demonstrando sua modicidade.

§ 1º. O poder público poderá, em caráter


excepcional e desde que observado o interesse público, proceder à revisão
extraordinária das tarifas, mediante provocação da empresa, caso em que esta
deverá demonstrar sua cabal necessidade, instruindo o requerimento com todos os
elementos indispensáveis e suficientes para subsidiar a decisão, dando
publicidade ao ato.

§ 2º. Todos os elementos da operação do


transporte público coletivo deverão estar definidos em contrato, com base em
critérios transparentes e objetivos de produtividade e eficiência.

Art. 21. Os serviços de utilidade pública de transporte

256
individual de passageiros deverão ser organizados, disciplinados e fiscalizados
pelo poder público municipal, com base nos requisitos mínimos de segurança, de
conforto, de higiene, de qualidade dos serviços.

Art. 22. O direito à exploração de serviços de táxi


poderá ser outorgado a qualquer interessado que satisfaça os requisitos exigidos
pelo poder público local.

§ 1o. É permitida a transferência da outorga a terceiros que atendam aos requisitos


exigidos em legislação municipal, nos termos da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de
2013.

§ 2o. Em caso de doença que inviabilize seu trabalho ou de falecimento do outorga-


do, o direito à exploração do serviço será transferido aos seus sucessores legíti-
mos, nos termos dos arts. 1.829 e seguintes do Título II do Livro V da Parte Espe-
cial da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), conforme estabelece
a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013.

§ 3o. As transferências de que tratam os §§ 1o e 2o dar-se-ão pelo prazo da outorga


e são condicionadas à prévia anuência do poder público municipal e ao atendimen-
to dos requisitos fixados para a outorga.
Seção IV
Do Transporte Não Motorizado

Art. 23. Caracteriza-se como transporte não


motorizado aquele que utiliza propulsão humana para realizar determinado
deslocamento, como a utilização de bicicletas e a circulação a pé.

Art. 24. O transporte por bicicletas será incentivado


pelo Poder Público Municipal por meio da elaboração do projeto para futura
implantação de Sistema Cicloviário.

Art. 25. Ao longo da malha cicloviária, deverão ser


dispostos paraciclos ou bicicletários em pontos próximos ao comércio, aos
equipamentos públicos, aos bancos, às escolas, aos postos de saúde, às praças e
aos parques.

Parágrafo único. Em parques urbanos e equipamentos de interesse turístico, o


Poder Público poderá explorar ou conceder exploração para o serviço de locação
de bicicletas, interconectado pela malha cicloviária.

Art. 26. O sistema cicloviário deverá garantir:

I – a afirmação da bicicleta como um meio de transporte urbano;

257

II – a previsão de construção e incorporação de ciclovias e ciclofaixas.

Art. 27. Para fins desta Lei, pedestre é todo aquele


que utiliza vias urbanas, passeios e travessias a pé ou em cadeira de rodas,
ficando o ciclista, desmontado e empurrando a bicicleta, equiparado ao pedestre
em direitos e deveres.

Art. 28. É obrigação dos condutores de veículos,


motorizados ou não, dos proprietários de estabelecimentos ou moradores do
município, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar ao pedestre a
circulação segura e o acesso à cidade.

Art. 29. São assegurados ao pedestre os seguintes


direitos:

I – ir e vir a pé ou em cadeira de rodas nas vias públicas, calçadas e travessias,


livremente e com segurança, sem obstáculos e constrangimentos de qualquer
natureza;
II – calçadas limpas, conservadas, com faixa de circulação livre e desimpedida de
quaisquer obstáculos, públicos ou particulares, fixos ou móveis, com piso
antiderrapante, não trepidante para a circulação em cadeira de rodas, em
inclinação e largura adequada à circulação e mobilidade;

III – faixas de travessia nas vias públicas, com sinalização horizontal e vertical;

IV – iluminação pública nas calçadas, praças, passeios públicos, faixas de


pedestres, e demais locais públicos;

V – equipamentos e mobiliário urbano que facilitem a mobilidade e acessibilidade


universal.

Parágrafo único. É assegurada à pessoa portadora de deficiência e à pessoa com


mobilidade reduzida à acessibilidade nas calçadas e travessias, com eliminação de
barreiras arquitetônicas que restrinjam ou impeçam a circulação com autonomia e
espontaneidade.

Art. 30. São deveres dos pedestres:

I – andar somente nas calçadas, preferencialmente pelo lado direito;

II – atravessar as vias nas faixas a eles destinadas;

258

III – quando não existir faixa de pedestre em uma distância de até 50 metros,
atravessar em trajetória perpendicular ao eixo da via, tomando as precauções de
segurança quanto à visibilidade, distância e velocidade dos veículos;

IV – quando a faixa de pedestre for semaforizada, observar a sinalização e


aguardar o fechamento para o fluxo de veículos;

V – ajudar crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiências nas travessias;

VI – não jogar lixo nas vias, calçadas, praças e passeios públicos;

VII – caminhar pelo acostamento ou, quando não houver, pela lateral da pista nas
vias sem calçada;
VIII – obedecer à sinalização de trânsito.

CAPÍTULO V
DO SISTEMA VIÁRIO DO MUNICÍPIO

Art. 31. Relativamente ao sistema viário, são diretri-


zes desta lei:

I - garantir a continuidade da malha viária, inclusive nas áreas de expansão urbana


de modo a, entre outros fins, ordenar o seu parcelamento;

II - atender às demandas de uso e ocupação do solo urbano;

III - estabelecer um sistema hierárquico das vias de circulação para a adequada


circulação do tráfego e segura locomoção do usuário;

IV - definir as características geométricas e operacionais das vias compatibilizando


com a legislação de uso do solo e itinerário das linhas do transporte coletivo.

Art. 32. É obrigatória a adoção das disposições da


presente lei, em todos os empreendimentos imobiliários e parcelamentos do solo
que vierem a ser executados no Município de Ibitinga.

Art. 33. É proibido:

I - reduzir a pista de rolamento na alteração de categoria da via rural para urbana;

259

II - embargar, sob qualquer pretexto, o trânsito nas vias;

III - fechar, estreitar, mudar e de qualquer maneira dificultar a servidão publica das
vias;

IV - obstruir valetas de escoamento de água, colocar portões, porteiras, correntes


ou qualquer outro meio de obstáculo ao acesso nas vias públicas.

Seção I
Da Hierarquização das Vias Urbanas

Art. 34. Para efeitos desta lei complementar, e consi-


derando-se o disposto no Código de Trânsito Brasileiro, as vias, existentes ou pro-
jetadas, no Município de Ibitinga classificam-se de acordo com a seguinte hierar-
quia por ordem decrescente de importância:

I - via de contorno rodoviário;


II - vias estruturais;
III - vias coletoras;
IV - vias principais;
V - vias locais;
VI - ciclovias;
VII - vias de pedestres.

Seção II
Das Funções das Vias Urbanas

Art. 35. As vias do Município de Ibitinga, de acordo


com sua classificação, inclusive hierárquica, apresentam as seguintes funções:

I – via de contorno rodoviário – destina-se a desviar o tráfego da malha urbana


consolidada, proporcionando maior segurança e fluidez ao sistema viário e usuá-
rios, sendo classificada como via de trânsito rápido para as determinações da le-
gislação nacional de trânsito;

II – vias estruturais – destinam-se a transportar grandes volumes de tráfego e for-


mam a ossatura básica da estrutura proposta, interligando os vários setores da ci-
dade. Correspondem às vias onde poderá haver maior concentração de usos não
residenciais, conforme diretrizes estabelecidas na lei complementar de Zoneamen-
to, sendo classificada como via arterial para as determinações da legislação nacio-
nal de trânsito;

III – vias coletoras – destinam-se tanto ao serviço de tráfego de veículos como ao


acesso às propriedades. O serviço de tráfego é prestado no sentido de coletar o
fluxo de veículos originado nas vias locais e distribuí-lo para as estruturais. For-
mam um sistema de vias que interliga a malha viária e são também usadas pelo

260
transporte coletivo, sendo classificada como via coletora para as determinações da
legislação nacional de trânsito;

IV – vias principais – vias com condições de continuidade para fora da gleba lotea-
da, com largura mínima de 15,00 metros (quinze metros);

V – vias locais – têm como função básica permitir o acesso às propriedades priva-
das, ou áreas e atividades específicas, implicando pequeno volume de tráfego,
sendo classificada como via local para as determinações da legislação nacional de
trânsito, com largura mínima de 14,00 metros (quatorze metros), com exceção de
loteamentos de interesse social onde poderão ter largura mínima de 12,00 metros
(doze metros);

VI – ciclovias – vias especiais destinadas à circulação de bicicletas;

VII – vias de pedestres – vias especiais destinadas prioritariamente à circulação de


pedestres, permitindo tráfego lento de veículos e transporte coletivo, com pavimen-
tação e tratamento paisagístico diferenciado, sendo classificada como via local
para as determinações da legislação nacional de trânsito.
Parágrafo Único. Novas vias poderão ser definidas e classificadas de acordo com
o caput deste artigo, sempre com a finalidade de acompanhar a expansão e a ur-
banização da cidade.

Seção III
Das Dimensões das Vias Urbanas

Art. 36. Objetivando o perfeito funcionamento das


vias, são considerados os seguintes elementos:

I - caixa da via - distância definida em projeto entre os dois alinhamentos prediais


em oposição;
II - pista de rolamento - espaço dentro da caixa da via onde são implantadas as fai-
xas de circulação e o estacionamento de veículos;
III - calçada - espaço destinado à circulação de pedestres, situado entre o alinha-
mento predial e o início da pista de rolamento.

Art. 37. Os padrões de urbanização para o Sistema


Viário obedecerão aos requisitos estabelecidos pelo Poder Executivo Municipal
quanto:

I - à largura dos passeios e faixas de rolamento;


II - ao tratamento paisagístico;
III - à declividade máxima definida por esta lei complementar.

§ 1º. As vias locais sem saída, com bolsão de retorno ou em cul-de-sac com diâ

261
metro mínimo de 15m (quinze metros), terão extensão máxima de 300m (trezentos
metros) medida da via de acesso mais próxima, e largura mínima de 15m (quinze
metros).

§ 2º. As vias públicas locais terão no mínimo 14,00 m (quatorze metros) de largura
de caixa e 8,00m (oito metros) de pista de rolamento.

§ 3º. A declividade máxima aceita será de 20% (vinte por cento) para as vias.

Art. 38. Todas as vias abertas à circulação de veícu-


los e com o pavimento definitivo implantado permanecerão com as dimensões
existentes, exceto quando definido em projeto específico de urbanização uma nova
configuração geométrica para a mesma. As demais vias a serem implantadas ou
pavimentadas deverão obedecer às seguintes dimensões mínimas:

I – via de contorno rodoviário: deverá ser elaborado projeto específico, definindo


suas dimensões de acordo com as projeções de tráfego para a via, observando os
padrões técnicos estaduais e federais;
II - vias estruturais:
a) Caixa da Via - 28,00m (vinte e oito metros);
b) Pista de Rolamento - 9,00m (nove metros) para cada sentido;
c) Canteiro Central - 2,00m (dois metros);
d) Calçada - 3,00m (três metros);
e) Ciclovia - 2,00m (dois metros);

III - vias coletoras:


a) Caixa da Via - 16,00m (dezesseis metros);
b) Pista de Rolamento - 10,00m (dez metros);
c) Calçada - 3,00m (três metros).

IV – vias principais:
a) Caixa da Via - 15,00m (quinze metros);
b) Pista de Rolamento – 9,00m (nove metros),
c) Calçada - 3,00m (três metros).

V - via local:
a) Caixa da Via - 14,00m (quatorze metros),
b) Pista de Rolamento - 8,00m (oito metros),
c) Calçada - 3,00m (três metros);
d) Caixa da via em loteamentos de interesse social – 12,00m (doze metros);
e) Pista de rolamento em loteamentos de interesse social – 8,00m (oito metros);
f)Calçada em loteamentos de interesse social – 2,00m (dois metros).

VI – ciclovias com caixa de circulação de 2,00m (dois metros).

262
VII - vias de pedestres:
a) Calçada - 2,00m (dois metros).

Seção IV
Das Vias Rurais

Art. 39. As vias rurais do Município de Ibitinga, de


acordo com sua classificação, apresentam as seguintes funções:

I – via regionais – são rodovias sob jurisdição estadual;

II – estradas principais ou troncos – destinam-se a conexão da área urbana do mu-


nicípio às comunidades rurais e municípios vizinhos, permitindo o transporte de
grandes volumes de tráfego, centralizando o escoamento de produtos agrícolas
das estradas secundárias e vicinais, além de facilitar o acesso às vias regionais;

III – estradas secundárias ou de ligação – destinam-se a:


a) interligar os setores do município entre si, com as áreas urbanas e com as vias
regionais;
b) desviar os fluxos de veículos das áreas urbanas;
c) garantir o escoamento da produção e o abastecimento das áreas urbanas e ru-
rais.

IV – estradas vicinais ou caminhos – dar acesso aos locais de produção e moradia


na área rural, interligando-os com as estradas secundárias e de ligação.

V – trilhas – caminho ou estrada de passeio terrestre usado para caminhada ao ar


livre, o pedestrianismo, ciclismo ou outras atividades de locomoção.

Art. 40. As estradas municipais deverão possuir lar-


gura mínima de 12 (doze) metros, sendo 06 (seis) metros para cada lado, conside-
rado o eixo da estrada já existente.

Parágrafo Único. As estradas rurais já existentes, com largura inferior ao disposto


no caput deste Artigo, permanecerão com seus traçados e larguras originais, tendo
como base as cercas de divisas das propriedades confrontantes com as estradas
municipais, desde que seja comprovada sua existência anterior à Lei Municipal n.º
2.258, de 21 de outubro de 1.997, ficando reservada à discricionariedade do Muni-
cípio, a qualquer tempo, a execução de obras de melhorias, até mesmo em sua lar-
gura, concordando inclusive com eventuais retificações de áreas nestas condições.

Seção V
Da intervenção no Sistema Viário

Art. 41. Ficam definidas como diretrizes para inter-


venção no Sistema Viário:

263
I - elaborar projeto específico para a via de contorno rodoviário;

II - redefinir as caixas de rolamento das vias em função da hierarquia viária e em


especial para o atendimento do Sistema de Transporte Coletivo;

III - desenvolver Plano de Circulação Viária para a sede de Ibitinga;

IV - regulamentar a circulação de veículos pesados e carroceiros no centro da cida-


de;

V - melhorar as condições físicas de acesso ao Distrito de Cambaratiba;

VI - implantar e manter sistema de sinalização horizontal e vertical para o Municí-


pio;

VII - projetar um sistema de ciclovias e ou ciclofaixas, como alternativa de locomo-


ção;

VIII - estabelecer um regulamento que discipline o modelo padrão de calçada para


a cidade;
IX - estabelecer diretrizes de arruamento que contemplem áreas ainda não parce-
ladas.

Art. 42. A implantação de todas as vias em novos


parcelamentos, inclusive as do Sistema Viário principal, são de inteira responsabili-
dade do loteador, sem custos para o Município.

§ 1º. O loteador deverá solicitar antecipadamente as diretrizes de parcelamento


onde constará a orientação para o traçado das vias de acordo com esta lei comple-
mentar e com a lei complementar de Parcelamento do Solo.

§ 2º. A implantação do arruamento e demais obras de infraestrutura em todo o par-


celamento é condição imprescindível para a liberação do Loteamento ou Desmem-
bramento.

CAPÍTULO VI
MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E REVISÃO PERIÓDICAS DO PLANO DE
MOBILIDADE URBANA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IBITINGA

Seção I
Do Monitoramento e da Avaliação do Plano de Mobilidade Urbana da Estância
Turística de Ibitinga

Art. 43. Fica instituído o Conselho Gestor da


Mobilidade Urbana de Ibitinga, com base em indicadores de desempenho

264
estabelecidos e com o objetivo de realizar o monitoramento da implementação do
Plano de Mobilidade Urbana da Estância Turística de Ibitinga, no que tange à
operacionalização das estratégias nele previstas e aos seus resultados em relação
às metas estabelecidas.

Parágrafo único. O Conselho Gestor de que trata esta lei, será formado pelos
membros do Conselho da Cidade.

Seção II
Da Revisão do Plano de Mobilidade Urbana da Estância Turística de Ibitinga

Art. 44. O Plano de Mobilidade Urbana da Estância


Turística de Ibitinga, instituído por esta Lei Complementar, deverá ser revisto pela
Câmara Municipal, por proposta de iniciativa do Poder Executivo, no prazo máximo
de 10 anos, contados da data de sua publicação.

Art. 45. As revisões da Política Municipal de


Mobilidade Urbana deverão ser realizadas incluindo ampla e democrática
participação da sociedade, nos termos desta Lei Complementar.
Art. 46. As revisões periódicas da Política Municipal
de Mobilidade Urbana de Ibitinga serão precedidas da realização de diagnóstico e
do prognóstico do sistema de mobilidade urbana do Município, e deverá
contemplar, minimamente, a análise da situação do sistema municipal de
mobilidade urbana em relação aos modos, aos serviços e à infraestrutura de
transporte no território do Município, à luz dos objetivos estratégicos estabelecidos,
incluindo a avaliação do progresso dos indicadores de desempenho.

I – a análise da situação do sistema municipal de mobilidade urbana em relação


aos modos, aos serviços e à infraestrutura de transporte no território do Município,
à luz dos objetivos estratégicos estabelecidos, incluindo a avaliação do progresso
dos indicadores de desempenho.

CAPÍTULO VII
DOS INSTRUMENTOS DE APOIO À MOBILIDADE URBANA

Art. 47. O Poder Executivo, segundo suas possibili-


dades orçamentárias e financeiras e observados os princípios e diretrizes desta Lei
Complementar, fará constar dos respectivos projetos de planos plurianuais e de
leis de diretrizes orçamentárias as ações programáticas e instrumentos de apoio
que serão utilizados, em cada período, para o aprimoramento do sistema de mobi-
lidade urbana e melhoria da qualidade dos serviços.

Parágrafo único. A indicação das ações e dos instrumentos de apoio a que se re-
fere o caput será acompanhada, sempre que possível, da fixação de critérios e
condições para o acesso aos recursos financeiros de outras esferas de governo e

265
às outras formas de benefícios que sejam estabelecidos.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 48. São parte integrante desta Lei Complementar


os seguintes anexos:

I - mapa da Hierarquia Viária do Município de Ibitinga;


II - perfis viários.

Art. 49. Esta Lei Complementar entra em vigor na


data de sua publicação.

Art. 50. Revogam-se a Lei Complementar n.º 04, de


21 de agosto de 2009, Lei Complementar n.º 14, de 26 de agosto de 2009, e a Lei
Complementar n.º 26, de 5 de janeiro de 2010.
FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO
Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 06 de abril de 2016.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração

266
LEI COMPLEMENTAR Nº 127, DE 06 DE ABRIL DE 2016.

Institui as normas gerais e critérios básicos para


a promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida.

O SENHOR PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA


TURÍSTICA DE IBITINGA, Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei Or-
gânica do Município, e nos termos da Resolução nº 4.564/2016, da Câmara Muni-
cipal, promulga a seguinte lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Esta Lei estabelece normas gerais e critérios


básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida, nos termos das Leis Federais n.s 10.048 e 10.098 de 2000,
regulamentadas pelo Decreto Federal nº 5.296 de 2004, que aprova o texto da
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo
Facultativo.

Art. 2º. Ficam sujeitos ao cumprimento das


disposições desta Lei, sempre que houver interação com a matéria nela
normatizada:

I – a aprovação de projeto de natureza arquitetônica e urbanística, de comunicação


e informação, de transporte coletivo, bem como a execução de qualquer tipo de
obra, quando tenham destinação pública ou coletiva; e

II – a outorga de concessão, permissão, autorização ou habilitação de qualquer


natureza.

Art. 3º. O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa


com Deficiência e as organizações representativas de pessoas com deficiência
terão legitimidade para acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento dos
requisitos estabelecidos nesta Lei.

Art. 4º. Para os fins de acessibilidade, considera-se:

I – acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou


assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos
serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e
informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;

II – acessível: espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que

267
possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa;

III – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a


liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as
pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso


público;

b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das edificações de


uso público e coletivo e no entorno e nas áreas internas de uso comum nas
edificações de uso privado multifamiliar;

c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes;

d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo que


dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por
intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de
massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação;
e

e) barreiras atitudinais.

IV - elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização,


tais como os referentes à pavimentação, ao saneamento, à distribuição de energia
elétrica, à iluminação pública, ao abastecimento e à distribuição de água, ao
paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico;

V - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços


públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da
edificação, de forma que sua modificação ou traslado não provoque alterações
substanciais nestes elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e
similares, telefones e cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos,
marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;

VI - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia


adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal,
total ou assistida;

VII - edificações de uso público: aquelas administradas por entidades da


administração pública, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de serviços
públicos e destinadas ao público em geral;

VIII - edificações de uso coletivo: aquelas destinadas às atividades de natureza


comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social,
religiosa, educacional, industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação
268
de serviços de atividades da mesma natureza;

IX - edificações de uso privado: aquelas destinadas à habitação, que podem ser


classificadas como unifamiliar ou multifamiliar;

X - desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam


atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características
antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável,
constituindo-se nos elementos ou nas soluções que compõem a acessibilidade; e

XI - normas técnicas: toda normatização desenvolvida e consolidada pela ABNT.

Art. 5º. A formulação, implementação e manutenção


das ações de acessibilidade terão como premissa básica o planejamento, de forma
continuada e articulada, entre os setores envolvidos.

CAPÍTULO II
DA IMPLEMENTAÇÃO DA ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA E
URBANÍSTICA

SEÇÃO I
DAS CONDIÇÕES GERAIS

Art. 6º. A concepção e a implantação dos projetos


arquitetônicos e urbanísticos no Município devem atender aos princípios do
desenho universal, tendo como referências básicas as normas técnicas de
acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas nesta Lei.

Art. 7º. A construção, reforma ou ampliação de


edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes
tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem
acessíveis à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 1º. Para concessão de alvará de funcionamento ou sua renovação para qualquer


atividade, devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade
previstas nesta Lei, nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT e nos
princípios do desenho universal.

§ 2º. Para emissão do habite-se, devem ser observadas e certificadas as regras de


acessibilidade previstas nesta Lei, nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT
e os princípios do desenho universal.

SEÇÃO II
DAS CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Art. 8º. Na promoção da acessibilidade serão


observadas as regras gerais previstas nesta Lei, complementadas pelas normas
269
técnicas de acessibilidade da ABNT, pelos princípios do desenho universal e pelas
disposições contidas na legislação federal, estadual e municipal em vigor.

Parágrafo único. A implantação de rampas em estabelecimentos comerciais


dependerá de prévia autorização junto à Secretaria de Obras, que adotará como
critério de aprovação a inexistência do benefício nas proximidades do
estabelecimento e a interferência mínima nas vagas de estacionamento,
especialmente na área central da cidade.

Art. 9º. Também é considerada infraestrutura básica


dos parcelamentos de solo a implantação de calçadas com rampas para
cadeirantes nos espaços livres e nas áreas reservadas para equipamento urbano e
comunitário (praças, áreas verdes, áreas institucionais, parques, áreas de lazer…),
sendo esta uma das exigências a ser destacada nas diretrizes do loteamento.

§ 1º. Incluem-se na condição estabelecida no caput:

I – o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para


travessia de pedestre em nível;

II – a instalação de piso tátil direcional e de alerta cromo diferenciado; e

III – a colocação de faixas de travessia;

§ 2º. Permanece a exigência de que os terrenos de esquina tenham como


obrigação a implantação de rampas nos dois lados da calçada, para fins de
promoção de acessibilidade.

Art. 10. Nos parcelamentos de solo urbano deverão


ser cumpridas as exigências dispostas nas normas técnicas de acessibilidade da
ABNT e princípios do desenho universal.

Art. 11. A construção de edificações de uso privado


multifamiliar e a construção, ampliação ou reforma de edificações de uso coletivo
devem atender aos preceitos da acessibilidade na interligação de todas as partes
de uso comum ou abertas ao público, conforme os padrões das normas técnicas
de acessibilidade da ABNT e dos princípios do desenho universal.

Parágrafo único. Também estão sujeitos ao disposto no caput os acessos,


piscinas, andares de recreação, salão de festas e reuniões, saunas e banheiros,
quadras esportivas, portarias, estacionamentos e garagens, entre outras partes
das áreas internas ou externas de uso comum das edificações de uso privado
multifamiliar e das de uso coletivo.

Art. 12. A construção, ampliação ou reforma de


edificações de uso público deve garantir, pelo menos, um dos acessos principais
ao seu interior, com comunicação com todas as suas dependências e serviços,
270
livre de barreiras e de obstáculos que impeçam ou dificultem a sua acessibilidade.

Parágrafo único. Sempre que houver viabilidade arquitetônica, o Poder Público


buscará garantir dotação orçamentária para ampliar o número de acessos nas
edificações de uso público a serem construídas, ampliadas ou reformadas.

SEÇÃO III
DA ACESSIBILIDADE NA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Art. 13. Na habitação de interesse social deverão ser


promovidas as seguintes ações para assegurar as condições de acessibilidade dos
empreendimentos:

I - definição de projetos e adoção de tipologias construtivas livres de barreiras


arquitetônicas e urbanísticas;

II – destinação de unidades habitacionais acessíveis no piso térreo, ou adaptáveis


quando nos demais pisos, no caso de edificação multifamiliar;

III - execução das partes de uso comum, quando se tratar de edificação


multifamiliar, conforme as normas técnicas de acessibilidade da ABNT;

SEÇÃO IV
DA ACESSIBILIDADE AOS BENS CULTURAIS IMÓVEIS

Art. 14. As soluções destinadas à eliminação,


redução ou superação de barreiras na promoção da acessibilidade a todos os bens
culturais imóveis devem estar de acordo com o que estabelece a Instrução
Normativa nº 01, de 25 de novembro de 2003, do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN).

CAPÍTULO III
DAS AJUDAS TÉCNICAS

Art. 15. Para os fins desta Lei, consideram-se ajudas


técnicas os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou
especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou
assistida.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, os cães-guia de acompanhamento são


considerados ajudas técnicas.

CAPÍTULO IV
DO PROGRAMA MUNICIPAL DE ACESSIBILIDADE

271
Art. 16. O Programa Municipal de Acessibilidade será
regulamentado por Decreto do Poder Executivo e integrará os planos plurianuais,
as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, devendo desenvolver as
seguintes ações:

I - apoio e promoção de capacitação e especialização de recursos humanos em


acessibilidade e ajudas técnicas;

II - acompanhamento e aperfeiçoamento da legislação sobre acessibilidade;

III - edição, publicação e distribuição de títulos referentes à temática da


acessibilidade;

IV - cooperação com a União e o Estado para a elaboração de estudos e


diagnósticos sobre a situação da acessibilidade arquitetônica, urbanística, de
transporte, comunicação e informação;

V - apoio e realização de campanhas informativas e educativas sobre


acessibilidade;
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 17. A execução do planejamento urbano, os


projetos de revitalização, recuperação ou reabilitação urbana incluirão ações
destinadas à eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, nos transportes
e na comunicação e informação devidamente adequada às exigências desta Lei.

Parágrafo único. O planejamento e a urbanização das vias, praças, dos


logradouros, parques e demais espaços de uso público, deverão privilegiar os
pedestres em relação aos veículos automotores.

Art. 18. Esta Lei Complementar entra em vigor na


data da sua publicação.

FLORISVALDO ANTÔNIO FIORENTINO


Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria de


Administração da P. M., em 06 de abril de 2016.

PEDRO WAGNER RAMOS


Secretário de Administração

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