EIV-Colégio Vitória

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Colégio Vitória

Projeto de Reforma e Ampliação do Prédio da Escola

Avaliação do Impacto de Vizinhança e


Estudo de Interferências no Trânsito das Vias de Acesso

Eng. Civil Roberto Feres


CREA-AC 2401/85

Rio Branco
Janeiro – 2004
Colégio Vitória – Projeto de Reforma e Ampliação do
Prédio da Escola: Avaliação do Impacto de Vizinhança e
Estudo de Interferências no Trânsito das Vias de Acesso.

1. Considerações Iniciais

a. Sobre a escola

O Colégio Vitória foi inaugurado no dia 2 de março de 1992, quando, com


a denominação de Centro Educacional Caminho Suave, contava com seus
primeiros 15 alunos e 4 professores. Na mesma época obteve sua autorização
de funcionamento junto à Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Acre
(Portaria/GAB/SEC/0411/92, em anexo).

Desde então a escola vem atuando frente às demandas do ensino


fundamental, preservando sua localização no Conjunto Guiomard Santos I,
nesta Capital.

Em 1996 a escola tornou-se parceira da Rede Pitágoras–Educare, na


constante busca pela qualidade da educação, alterando sua denominação para
Colégio Vitória. Vários investimentos em laboratórios, equipamentos e na
qualificação do pessoal acompanharam aquele período, quando os primeiros
alunos alcançavam a 5ª série escolar.

O reconhecimento do Colégio Vitória e de todo o esforço demandado em


seu período inicial de estruturação foi então consubstanciado na aprovação de
sua proposta pedagógica, pelo Conselho Estadual de Educação, no ano de
1999 (Resolução/CEE/03/99, em anexo).

Assim, a escola, cujo presente trabalho analisa o Impacto de Vizinhança


proporcionado, chega hoje ao seu 13º ano de atividade.

b. Sobre o projeto e o a demanda por um estudo de impactos

O projeto de reforma e ampliação do prédio, de autoria da Arquiteta Soad


Farias, em resumo reestrutura o sistema de acessos e pátios internos, cria
novas salas para laboratórios e incorpora novos 500m 2 de terreno a serem
utilizados para estacionamento de veículos e quadra esportiva.
Em análise técnica para o licenciamento da obra junto à Secretaria de
Cidades do Município de Rio Branco, foi solicitado, em parecer da
Superintendência Municipal de Transpores e Trânsito – RBTrans, um estudo
que equacionasse os impactos de trânsito decorrentes da chegada e saída de
estudantes, oferecendo como suporte legal o Código de Trânsito Brasileiro (Lei
9.503/1.997) e O Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2.001).

Este trabalho se propõe então a identificar as interferências


proporcionadas pela escola Colégio Vitória, em sua localização no Conjunto
Guiomard Santos I e propor medidas mitigadoras para os impactos
considerados negativos à vizinhança.

2. A localização

O Conjunto Guiomard Santos I é o mais antigo dos empreendimentos


habitacionais produzidos pela Companhia de Habitação do Acre – COHAB/AC
e sua inauguração data de 1971. Composto de 320 casas, remonta de um
período quando o planejador não previa o forte crescimento da frota local de
veículos automotores. Seu sistema viário tem uma hierarquia bastante
evidente, com ruas locais muito estreitas que dificultam inclusive as manobras
de garagem dos muitos veículos hoje existentes, não permitindo espaços para
estacionamento e tornando exíguos os passeios para pedestres.

Entretanto, ao contrário de outros bairros da cidade, o Conjunto Guiomard


Santos I é relativamente bem dotado de áreas verdes e praças, assim como
conseguiu, ao longo de seus 33 anos de ocupação, estabelecer forte
organicidade com a distribuição de comércio e serviços de toda sorte em seu
interior.

A proximidade com a região central, os serviços urbanos fartos, comércio


variado e as boas relações de vizinhança tornam aquele bairro de classe média
um local tranqüilo e admirado por seus habitantes, como se pode verificar em
pesquisa de opinião cujos resultados são expostos adiante.

O Colégio Vitória se insere nesse ambiente juntamente com outras duas


escolas públicas: a estadual Samuel Barreiro e a municipal Dom Giocondo
Maria Grotti, ambas de ensino fundamental, como mostram os mapas de
localização desenhados abaixo.

BOSQUE
GS I

GS I

CENTRO

ÁREA MILITAR
ÁREA MILITAR

DETALHE

COLÉGIO
Praça VITÓRIA
Escola
Samuel Barreiro
Praça
Praça
Praça Escola
Don Giocondo

Figura 1 - Croquis mostrando a localização no bairro e em Rio Branco


Como ilustração da organicidade do bairro, são mostradas abaixo
algumas fotografias dos equipamentos e da ocupação existente.

Foto 1 -. Armazém de comércio atacadista

Foto 2 - Comércio local diversificado


Foto 3 - Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Giocondo Maria Grotti

Foto 4 - Escola Estadual de Ensino Fundamental Samuel Barreira


Foto 5 - Praça na entrada principal do bairro

Foto 6 - Praça maior - arborização e quiosques comerciais


Foto 7 - Praça Amélia Araripe - recanto interior com equipamentos de lazer

Foto 8 - Praça e parada de taxi. Concentração de estabelecimentos comerciais

3. Percepção da comunidade
Para avaliar os impactos do empreendimento sobre o bairro, foi
importante, neste trabalho, verificar como a população local entende suas
relações de vizinhança e quais as demandas existentes que podem estar
sendo ocasionadas (e que seriam potencializadas) pela unidade educacional.

A pesquisa de campo foi realizada buscando satisfazer uma margem de


confiança de 95% e uma margem de erro de 10 pontos percentuais (para mais
ou para menos), tendo sido feitas entrevistas em aproximadamente 10% dos
domicílios distribuídos entre a escola e uma distância de 200m.

Figura 2 - Distribuição percentual das amostras conforme distância à escola

Na caracterização preliminar do universo, foi verificado que a quantidade


média de moradores por habitação, no bairro é de 3,9 pessoas, com moda
igual a 4.

A grande maioria dos moradores (82%) reside no Conjunto Guiomard


Santos I a mais de 10 anos e 100% da população classifica as condições de
vizinhança do bairro como ótimas (39%) ou boas (61%), sendo os principais
motivos de satisfação os seguintes (respostas múltiplas e espontâneas):

 Tranqüilidade / bairro calmo / local ordeiro (71%)


 Bairro bem localizado / próximo ao centro (50%)
 Local seguro (29%)
 Bom relacionamento com vizinhos (25%)
 Comércio próximo / variado (21%)
 Facilidade / disponibilidade de transporte (21%)
 Proximidade de serviços médicos e hospitalares (19%)
 Limpeza pública e saneamento (11%)
 Proximidade de escolas (7%)

Os principais motivos de insatisfação em relação ao bairro são os


seguintes, também relatados em respostas múltiplas e espontâneas:

 Falta sistemática de água no sistema público de distribuição (43%)


 Falta de manutenção de praças e equipamentos públicos (36%)
 Problemas com redes de esgoto e drenagem / saneamento (32%)
 Transporte público ineficiente: freqüência e itinerários (21%)
 Falta de manutenção de pavimentos e passeios (21%)
 Problemas com a limpeza urbana / coleta de lixo (18%)
 Falta de comércio (quantidade/variedade) (18%)
 Segurança pública (14%)
 Ruas estreitas (14%)
 Falta de lazer (11%)
 Trânsito e congestionamentos (7%).
 Outros (serviços de saúde, eletricidade e escola de 2º grau) (18%).

Numa segunda fase da entrevista, três questões com resposta estimulada


foram feitas, buscando entender qual a percepção/reação em relação a
intervenções urbanísticas.

Na primeira delas foram estimuladas algumas alterações paisagísticas,


perguntando aos entrevistados se melhorariam ou piorariam a qualidade de
vida no bairro. As respostas foram as seguintes:
 Plantio de árvores 39% (melhor) 61% (pior / ñ sabe)
 Construção de mercado público 82% (melhor) 18% (pior / ñ sabe)
 Ruas de mão única 36% (melhor) 18% pior 46% ñ sabe
 Construção Ginásio de Esportes 68% (melhor) 32% (pior / ñ sabe)
 Construção de Posto de Saúde 86% (melhor) 14% (pior / ñ sabe)
 Coleta Seletiva de Lixo 50% (melhor) 50% (pior / ñ sabe)
 Implantação de Ciclovia 54% (melhor) 46% (pior / ñ sabe)

Na segunda foram feitas algumas afirmações sobre impactos positivos e


negativos de escolas no bairro, buscando a concordância ou discordância do
interlocutor.

O percentual de concordância de cada resposta é mostrado abaixo:

 As escolas valorizam o bairro 89% concordam


 As escolas deixam o bairro mais seguro 54% concordam
 As escolas aumentam o trânsito de veículos 96% concordam
 Todas as 3 escolas* são boas para o bairro 89% concordam
(*) foram citadas as escolas Samuel Barreiro, Dom Giocondo Grotti e Vitória

A terceira questão foi formulada com o seguinte enunciado: “Este é um


bairro de vias estreitas e o trânsito de veículos provoca congestionamentos em
alguns momentos. Você acredita que uma programação de mão única para as
vias pode melhorar o trânsito local?”. A quantidade de respostas afirmativas foi
de 82%, mostrando pouca resistência da população a mudanças com restrição
de fluxo no sistema viário local.

No conjunto das respostas, principalmente considerando as de inspiração


espontânea dos entrevistados, fica evidenciado que não há rejeição às escolas,
pela comunidade. Os problemas de trânsito e transporte que podem ter relação
ao fluxo de estudantes implica em apenas 7 pontos percentuais.

Há uma forte concordância de que as escolas são boas e valorizam o


bairro, mesmo aumentando o trânsito de automóveis.

4. Quantificação do fluxo de veículos


Uma característica da demanda de veículos atraída por atividade escolar
é sua grande concentração próxima aos momentos de início e término dos
turnos de aula.

Para quantificar o fluxo atual específico do Colégio Vitória, dado que este
trabalho foi realizado em época de férias escolares, portanto, sem a
possibilidade de se efetuarem medidas diretas, foi realizado um levantamento,
aluno a aluno, com o auxílio de funcionários de secretaria da escola, tomando
como base seu endereço e o conhecimento que a equipe tem sobre o modo
utilizado por cada um para chegar à escola.

O resultado é mostrado nas tabelas abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

vespertino
TURMA 1a 1b 2a 2b 3a 3b 4a 4b 5a 5b 6a 6b 7a 8a

matutino

Total
TURNO m v m v m v m v m v m v m m
HORA DE ENTRADA 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 13:00 13:00
HORA DE SAIDA 11:45 17:30 11:45 17:30 11:45 17:30 11:45 17:30 12:45 17:30 12:45 17:30 17:30 17:30
ALUNOS TOTAL 26 10 19 11 22 14 25 6 28 12 29 11 37 26 212 64 276
DISTANCIA CASA
ESCOLA
ATÉ 500 M 2 1 4 2 1 1 2 5 4 19 3 22
500 A 1500M 7 4 6 6 8 5 2 1 9 3 9 2 10 8 59 21 80
1500 A 5000M 6 4 6 3 4 3 7 3 4 4 14 4 6 1 48 21 69
MAIS QUE 5000M 11 2 6 2 10 6 12 2 13 4 5 3 16 13 86 19 105
TOTAL 26 10 19 11 22 14 25 6 28 12 29 11 37 26 212 64 276
Quadro 1 - Distância que os alunos residem em relação à escola

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 vespertino
1a 1b 2a 2b 3a 3b 4a 4b 5a 5b 6a 6b 7a 8a
matutino

TURMA
TURNO m v m v m v m v m v m v m m Total
HORA DE ENTRADA 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 13:00 7:00 7:00
HORA DE SAIDA 11:45 17:30 11:45 17:30 11:45 17:30 11:45 17:30 12:35 17:30 12:35 17:30 12:35 12:35
ALUNOS TOTAL 26 10 19 11 22 14 25 6 28 12 29 11 37 26 212 64 276
MODO DE
TRANSPORTE
A PÉ 7 3 4 5 7 4 4 1 9 4 4 5 14 11 60 22 82
ÔNIBUS 1 1 1 1 2
AUTO PARTICULAR 19 7 15 6 15 10 20 5 19 7 25 6 23 14 150 41 191
AUTO FRETADO 1 1 0 1
OUTROS 0 0 0
TOTAL 26 10 19 11 22 14 25 6 28 12 29 11 37 26 212 64 276
Quadro 2 - Modo de transporte utilizado para acesso à escola

A quantidade de alunos que cursam o período matutino é bastante maior


que a demanda vespertina, numa relação aproximada de 3, pela manhã, para
1, à tarde. Tal relação se mantém para a quantidade de estudantes que se
deslocam em auto particular ou em fretamentos.

Considerando um aproveitamento usual de 1,5 passageiros por veículo,


podemos estimar que, nas condições atuais, chegam ao Colégio Vitória a
seguintes quantidades de automóveis:

 7:00h............100 veículos
 11:45h..........46 veículos
 12:35h .........54 veículos
 13:00h .........27 veículos
 17:30h .........27 veículos.

É visível o acúmulo maior que deve ser verificado na entrada do turno da


manhã, quando concentram-se as turmas de 1ª a 8ª séries.

Para os cálculos deste estudo, será considerado um incremento anual de


4% na quantidade de alunos da escola nos próximos 10 anos, provocando uma
quantidade de estudantes 48% maior no final do período analisado, com o que
se supõe haver esgotado a capacidade instalada da escola.

Com essa projeção, haverá então os totais de alunos por série escolar e
de veículos correspondentes, mantidas as proporções atuais:

Turmas Alunos Veículos


1ª e 2ª séries - manhã 66 44
3ª e 4ª séries - manhã 69 46
5ª e 6ª séries - manhã 87 58
7ª e 8ª séries - manhã 93 62
1ª e 2ª séries - tarde 31 21
3ª e 4ª séries - tarde 30 20
5ª e 6ª séries - tarde 34 23
7ª e 8ª séries - tarde 34* 23*
(*) valor estimado – não existem turmas dessas séries atualmente
Quadro 3 - Estimativa de alunos e viagens em autos particulares

5. Capacidade do sistema viário


Como já foi citado anteriormente, o sistema viário do Conjunto Guimard
Santos I é composto de ruas estreitas, principalmente aquelas de uso
estritamente local, que chegam a ter leito com 4,5m de largura.

Isso pode ser visto na fotografia abaixo, que mostra a rua lateral ao
Colégio Vitória (Rua José Brandão).

Colégio Vitória

6,5 m
4,5 m

Foto 9 - Via lateral ao Colégio Vitória: largura muito reduzida

É a via mostrada na Foto 9 que serve atualmente de escape para todo o


fluxo de veículos atraídos pela escola, além da demanda local. Por ela que
passa o volume estimado de 100 veículos nos momentos próximos à entrada
do turno da manhã (7:00h). Distribuídos num intervalo estimado de 20 minutos,
há uma densidade total de 300 veíc/h, isto é, de metade da capacidade
estimada para uma faixa de tráfego em regime de fluxo interrompido (600
veic/h).

Entretanto a via tem forte atrito lateral decorrente da falta de locais para
cruzamento de veículos que estejam em sentidos contrários ou para
ultrapassagem de outro estacionado. Importante notar que o veículo visível na
foto está estacionado sobre o passeio.
Com a alteração proposta no Projeto Arquitetônico em análise e abaixo
esquematizada, onde o fluxo de entrada e saída da escola passa a acontecer
pela atual via lateral, a fila de veículos não deverá se concentrar mais na atual
frente da escola (rua Vitória) e sim a partir do novo ponte de entrada.

Estacionamento

Acesso Quadra
proposto

Ampliação
Fila max
40m

Escola
existente

Acesso Fila max


atual 40m

Figura 3 - Croquis com situação do Colégio: entradas atual e proposta

O espaço disponível permite uma fila de aproximadamente 8 veículos. As


condições atuais da via, que não permite o cruzamento de dois carros, podem
impor perda, em relação a situação atual onde a via de entrada tem largura
maior, conforme mostra a fotografia abaixo.

Foto 10 - Via de acesso ao Colégio Vitória: entrada atual


A solução encontrada para ampliação da largura do leito viário, no trecho
onde será formada a fila de acesso, foi a retirada do muro lateral, que forma
atualmente um corredor de serviço ao longo da via e incorporá-lo à
rua/passeio, possibilitando um alargamento de aproximadamente 1m e a
possibilidade de uma faixa exclusiva para a parada dos veículos, conforme
esquematizado sobre a fotografia abaixo.

Foto 11 - Esquema do alargamento proposto para a via lateral e novo acesso

O detalhamento dessa solução encontra-se em anexo: Proposta de


alterações no sistema viário e sinalização.

6. Redução dos picos de tráfego

Foi verificado que já há uma quantidade grande de veículos


desembarcando alunos na chegada do turno da manhã. A estimativa é que
atualmente este número chegue a 100 veículos, acumulados em torno das
7:00h. Ocorrendo a estimativa assumida para o tempo deste estudo, a
demanda chegaria a 148 veículos no mesmo período.
Isso impõe um re-dimensionamento dos horários de entrada e saída dos
alunos, escalonando-se as turmas, de tal maneira que haja um intervalo maior
para suportar as filas de acesso, amortecendo os picos de demanda.

Entrada Saída Turmas Alunos Veículos


7:30 12:15 1ª e 2ª séries - manhã 66 44
7:20 12:05 3ª e 4ª séries - manhã 69 46
7:10 12:45 5ª e 6ª séries - manhã 87 58
7:00 12:35 7ª e 8ª séries - manhã 93 62
13:10 17:40 1ª e 2ª séries - tarde 31 21
13:10 17:40 3ª e 4ª séries - tarde 30 20
13:00 17:30 5ª e 6ª séries - tarde 34 23
13:00 17:30 7ª e 8ª séries - tarde 34* 23*
(*) valor estimado – não existem turmas dessas séries atualmente
Quadro 4 – Proposta para novos horários de entrada e saída das turmas

Na situação proposta há um novo ordenamento da demanda, abatendo os


picos para valores muito inferiores aos estimados para a situação atual.

As maiores filas deverão acontecer entre 6:50 e 7:30h, com um acúmulo


total de aproximadamente 210 veículos num intervalo de 40 minutos, ou sejam,
média de 5 autos por minuto, para o que uma fila de 8 vagas deve se mostrar
suficiente (1,5 minutos por veículo para a carga ou descarga), havendo espaço
para mais 8 vagas na face da quadra que serve atualmente a entrada.

O gráfico abaixo mostra o abatimento que o esquema proposto


proporcionará no pico matinal de tráfego, que é o maior do dia.

160
Pico muito Proposto (10 anos)
140
evidenciado
120 Excesso de
veículos Atual
100
80 Demanda Atual (projetado
distribuída para 10 anos)
60
40
20
0
07:00

07:20

07:40
06:50

07:10

07:30

Figura 4 - Gráfico comparativo da distribuição do fluxo de entrada da manhã


7. Considerações finais

O Colégio Vitória é uma escola de médio porte que atende turmas do


Ensino Fundamental no bairro Conjunto Guiomard Santos há mais de uma
década sem que os impactos negativos provocados pelo fluxo de entrada e
saída de estudantes interferissem significativamente nas relações com a
vizinhança, a despeito das precárias condições viárias do seu entorno.

Assim como as demais escolas existentes no bairro, o Vitória é mais


percebido pela população por interferências positivas (valorização, segurança,
serviço) que as negativas (trânsito, congestionamentos).

Entretanto algumas ações propostas neste estudo permitem melhorar as


atuais condições do trânsito, como a construção de uma faixa própria de
parada e a mudança do portão de entrada para a atual via lateral à escola e a
adoção de uma programação horária mais elástica para início e final de aulas,
desconcentrando os picos de tráfego de chegada.

As vagas de estacionamento exigidas pela legislação urbana e projetadas


para a reforma da escola também contribuirão para a liberação de espaços do
sistema viário e, principalmente, das calçadas utilizadas atualmente para o
repouso de veículos.

Conclusões importantes podem ser tiradas da pesquisa de opinião feita


com os moradores do bairro, que demonstram elevada auto-estima e gosto
pela vizinhança construída, sobretudo decorrente da grande diversidade de
atividades existente no local (serviços, comercio, transportes etc).

Para a extrapolação da demanda de alunos da escola, foram estimados


valores bastante altos de crescimento, imaginando que o Colégio Vitória
abrigará 48% mais alunos daqui há 10 anos. Embora não haja previsão de
espaço para novas turmas, no projeto de reforma, a adoção de um padrão para
o ganho de eficiência da escola pareceu oportuno, quando foi verificada a
ligeira ociosidade de algumas turmas existentes no ano de 2003, tomado como
referência.

Um anexo traz a proposta técnica para sinalização e adequação do


sistema viário de entorno da escola.
ANEXO I
Portaria SEC / 0411/92
ANEXO II
RESOLUÇÃO CEE 03/99
ANEXO III

Projeto de alterações no sistema viário e sinalização

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