Aula 08 - Ciclo Das Pentoses Fosfato

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30/03/2019

UNIFACISA - FCM
CURSO: MEDICINA
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA MÉDICA
PROFª: DRª RAFAELA S. SOARES MACIEL

ROTA DAS PENTOSES FOSFATO

CICLO DAS PENTOSES FOSFATO

Glicose 6P
 As células dos tecidos animais degradam a
glicose 6-fosfato na via glicolítica (glicólise)
até piruvato. Grande parte deste piruvato é
oxidada a acetil-CoA, que por sua vez será
oxidado no ciclo de Krebs formando ATP
(principalmente, por fosforilação oxidativa);

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CICLO DAS PENTOSES FOSFATO

 Porém, existem outros destinos catabólicos


para a glicose 6-fosfato, entre eles: o ciclo
das pentoses fosfato, também, denominado
via do 6-fosfogliconato;
 Ocorre no citosol, sem produção de ATP, mas
com geração de NADPH e pentoses fosfato.

CICLO DAS PENTOSES FOSFATO

 O ciclo das pentoses fosfato é uma rota alternativa para a oxidação da


glicose-6P, no citosol, sem gerar ATP.

 Esta rota corresponde a um processo multicíclico onde:

Glicose6P + 2NADP+ + H2O → CO2 + Ribulose6P + 2NADPH+2H+

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CICLO DAS PENTOSES FOSFATO

Glicose Glicose 6P Frutose 6P GLICÓLISE

6 fosfogliconolactona

VIA DAS PENTOSES


FOSFATO

Participam das síntese de ác.


Graxos, combatem efeitos Participam das síntese de ác.
prejudiciais das EROS e radicais Nucleicos e outros compostos
livres

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LOCALIZAÇÃO

 O NADPH produzido pela via das pentoses fosfato é utilizado pelas células
dos tecidos em que ocorre a síntese de grande quantidade de ácidos graxos;

 Os eritrócitos possuem alta atividade da via das pentoses fosfato. Isto, para
minimizar os efeitos deletérios das espécies reativas do oxigênio, pois estão
diretamente expostos a ele. A manutenção do ambiente redutor (relação alta
da concentração de NADPH para NADP+) previne ou recupera o dano
oxidativo sobre lipídios, proteínas e outras moléculas sensíveis;

 As células que se dividem rapidamente, como as da medula óssea, da pele,


da mucosa intestinal, também, apresentam alta atividade da via das pentoses
fosfato;

FUNÇÕES

 O NADPH é usado em diferentes biossínteses redutoras como a dos ácidos


graxos, compostos esteroides e no combate a efeitos prejudiciais das
espécies reativas de oxigênio (EROS);

 Produção de ribose 5-fosfato:


 Parte das estruturas químicas de RNA, DNA, ATP
 E coenzimas como NAD+/NADH, NADP+/NADPH, FAD/FADH2 e coenzima Q

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FASES DO CICLO DAS PENTOSES FOSFATO


 Composta por duas fases: Oxidativa e Não Oxidativa.
 Na fase oxidativa ocorre:
 Oxidação glicoses-6P com formação de NADPH;
 Oxidação 6P-gliconato com formação de mais NADPH e liberação de CO2;
 Formação de ribuloses-5P, que se transformam em ribose-5P.
 Na fase não oxidativa:
 Parte das ribuloses-5P continua a se isomerisar a ribose-5P e parte se epimerisa
a xilulose-5P;
 Estas 2 pentoses-P regeneram moléculas glicoses 6P, permitindo a formação
contínua de NADPH.

FASES DO CICLO DAS PENTOSES FOSFATO

Desidrogenação
Permitem que enzimática da G6P
as reações gerando NADPH e
oxidativas sejam ribose 5P
contínuas

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FASE OXIDATIVA

 A glicose-6P é oxidada a 6-fosfogliconato com redução


NADP+ (1). O NADPH tem como função combater efeitos
prejudiciais das espécies reativas de oxigênio e radicais
livres (4), participar da síntese de ácidos graxos e
compostos esteroides (5)
 A oxidação de 6-fosfogliconato com liberação CO2 e
formação de ribulose-5P e NADPH é a etapa seguinte (2)
 Posteriormente, a Ribulose-5-fosfato se transforma em
ribose-5P (3) que são precursoras de nucleotídeos,
coenzimas e ácidos nucleicos (6)

FASE OXIDATIVA
1ª Reação

Glicose 6-P
desidrogenase

Glicose 6-P 6-Fosfoglicono-lactona

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FASE OXIDATIVA
2ª Reação

Lactonase

6-Fosfoglicono-lactona 6-Fosfogliconato

FASE OXIDATIVA
3ª Reação

6-Fosfogliconato
desidrogenase

6-Fosfogliconato Ribulose 5-fosfato

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FASE OXIDATIVA
4ª Reação

Fosfopentose isomerase
(FPI)

Ribulose 5-fosfato Ribose 5-fosfato

FASE OXIDATIVA

 Em alguns tecidos a via das pentoses fosfato termina nesta etapa


configurando o resultado de formação de NADPH, agente redutor, e
principalmente riboses–fosfato, precursoras para a síntese de nucleotídeos.

 Necessidade de NADPH > ribose 5-P → via não oxidativa → glicose 6-P

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FASE NÃO OXIDATIVA

 Esta fase ocorre em tecidos que requerem,


fundamentalmente, NADPH.
 Portanto, as ribuloses-5-fosfato, produzidas na
fase oxidativa, são transformadas em ribose-5-
fosfato por uma isomerase (1) ou em xilulose-
5-fosfato por uma epimerase (2).
 Estas pentoses-5-fosfato são recicladas
mediante a atividade de transcetolases (3) e
transaldolases (4), regenerando glicoses 6-
fosfato, que podem seguir novamente a fase
oxidativa, permitindo a formação contínua de
NADPH.

FASE NÃO OXIDATIVA


1ª Reação

Fosfopentose
isomerase

Ribulose 5-fosfato Ribose 5-fosfato

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FASE NÃO OXIDATIVA


2ª Reação

Fosfopentose
epimerase

Ribulose 5-fosfato Xilulose 5-fosfato

FASE NÃO OXIDATIVA


3ª Reação

Transcetolase

Xilulose Ribose Gliceraldeído Sedoeptulose


5-fosfato 5-fosfato 3P 7P

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FASE NÃO OXIDATIVA


4ª Reação

Transaldolase

Sedoeptulose Gliceraldeído Eritrose Frutose


7P 3P 4-fosfato 6P

FASE NÃO OXIDATIVA


5ª Reação

Transcetolase

Xilulose Eritrose Gliceraldeído Frutose


5-fosfato 4-fosfato 3P 6P

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DIAGRAMA DAS REAÇÕES DA FASE NÃO OXIDATIVA

Via oxidativa das Pentoses-P


Glicose

Gliconeogêse

Via não oxidativa das Pentoses-P

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INTERAÇÃO ENTRE VIAS

REGULAÇÃO

 O destino da Glicose 6-P é determinado


pelas necessidades (concentrações) de
NADPH/NADP+
 Célula usando NADPH em reduções
biossintéticas
NADP+↑ NADPH↓ → estímulo alósterico da G6PD
(aumentando o fluxo de G6P para a via das pentoses-
fosfato)
 Uso menor NADPH
NADP+↓ NADPH↑ → inibição alósterica da G6PD
(G6P é usada para alimentar a glicólise)

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USO DO NADPH

NADPH – coenzima com alto potencial redutor


Glutationa – tripeptídeo linear, formado pelos aminoácidos glutamato, cisteína e glicina,
considerado um antioxidante vital em nosso organismo, especialmente devido à presença do
grupamento -SH, que faz com que a glutationa exista tanto nas formas reduzida (GSH) quanto
oxidada (GSSG).

GSSG
(oxidada)

GSH
(reduzida)

EROS – ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO

Estresse Oxidativo

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REDUÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO

DEFICIÊNCIA NA GLICOSE 6P DESIDROGENASE (G6PD)

Deficiência na G6PD – diminuição da proteção da células


humanas contra formas reativas de oxigênio

 NADPH reduz a glutationa que impede a formação e


atuação dos radicais livres de oxigênio pela
transformação da peróxido de hidrogênio em água;
 Deficiência da G6PD existe em muitas pessoas de
forma assintomática, mas que pode se manifestar sob
certas condições (aumento formação peróxidos) –
intoxicação por herbicidas;
 As manifestações clínicas variam muito de indivíduo
para indivíduo portador da deficiência de G6PD, mas a
a principal é a anemia hemolítica.

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