Curso 31930 Aula 08 v1
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AULA 08
Segurança e Medicina do Trabalho. Proteção
ao trabalho do menor e da mulher.
Sumário
1 - Introdução ......................................................................................... 2
2 - Segurança e medicina do trabalho ........................................................ 2
2.1. Atribuições ...................................................................................... 3
2.2. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ............................. 7
2.3. Insalubridade e periculosidade ........................................................... 9
2.3.1. Atividades insalubres...................................................................... 9
2.3.2. Atividades perigosas .................................................................... 14
3 - Proteção ao trabalho do menor ........................................................... 20
3.1. Trabalhos proibidos ao menor .......................................................... 21
3.2. Duração do trabalho do menor ......................................................... 24
3.3. Férias do menor ............................................................................. 25
3.4. Outras regras protetivas .................................................................. 26
4 – Proteção ao trabalho da mulher ......................................................... 27
4.1. Proteções contra a discriminação ...................................................... 28
4.2. Crimes relacionados à discriminação da mulher no mercado de trabalho
(Lei 9.029/95) ..................................................................................... 30
4.3. Duração do trabalho da mulher ........................................................ 30
4.4. Proteção à maternidade................................................................... 32
4.5. Outras regras protetivas .................................................................. 37
5 – Questões comentadas ....................................................................... 39
6 – Lista das Questões Comentadas ......................................................... 93
7 – Gabaritos ...................................................................................... 119
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Vamos ao trabalho!
➢ Atribuições do MTb
O Ministério do Trabalho (MTb) possui, até hoje, em sua estrutura secretarias,
departamentos, unidades centralizadas e descentralizadas.
No tocante à matéria em estudo, a CLT delimitou atribuições do órgão nacional
competente em SST e das unidades descentralizadas.
1
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 896.
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➢ Atribuições do empregador
Em relação às atribuições do empregador envolvendo SMT a Consolidação das
Leis do Trabalho estabelece que:
CLT, art. 157 - Cabe às empresas:
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do
trabalho;
É obrigação do empregador cumprir as disposições constantes na legislação e,
além disso, no uso de seu poder diretivo, determinar e exigir que seus
empregados cumpram as disposições existentes de modo a evitar a ocorrência
de acidentes e doenças do trabalho.
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais;
Cada ambiente laboral possui suas peculiaridades, e é obrigação do empregador
providenciar a análise do ambiente de trabalho para que os riscos existentes
sejam identificados e as medidas de controle cabíveis sejam adotadas.
Neste contexto, ele deverá emitir Ordens de Serviço (OS) para que, formalmente,
os empregados tomem ciência dos riscos existentes e das precauções a serem
tomadas para evitar lesões a sua integridade.
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
Se o AFT determinou a implantação de medida de proteção coletiva, fornecimento
de EPI, realização de manutenção nos vasos de pressão, etc., cabe ao
empregador adotar estas medidas, seguindo as previsões normativas cabíveis.
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
O AFT deve proceder à fiscalização sem que haja imposição de dificuldades pelo
empregador, o que, inclusive, pode caracterizar embaraço à fiscalização por parte
do empregador.
Ainda com relação a atribuições do empregador é de se destacar que ele é o
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➢ Atribuições do empregado
Os empregados também possuem atribuições previstas em lei, pois eles próprios
são os principais interessados em sua saúde e integridade:
CLT, art. 158 - Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as
instruções de que trata o item II do artigo anterior;
Não basta que o empregador planeje, providencie e forneça itens de segurança:
o empregado deve utilizá-los adequadamente para que os mesmos cumpram a
finalidade a que se destinam.
Assim, o trabalhador deve observar as normas de SMT, inclusive no que tange às
Ordens de Serviço (OS) emitidas pelo seu empregador.
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Face ao que já foi comentado, conclui-se que o empregado deve fazer a sua parte
para que as medidas de proteção sejam eficazes: colaborar com a empresa,
seguindo as OS, utilizando os EPI, operando as máquinas corretamente, etc.
A par do que foi dito, a CLT prevê casos em que restará configurado ato faltoso
do empregado que, injustificadamente, se recusar a cumprir a OS ou deixar de
usar os EPI recebidos:
CLT, art. 158, parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a
recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do
item II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela
empresa.
As consequências do ato faltoso variam de acordo com a situação. A eventual
aplicação de penalidade pelo empregador (advertência, suspensão ou demissão
por justa causa) deverá considerar a gravidade da conduta, reincidência, etc.
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2
O citado dispositivo determina que o MTb regulamentará a CIPA.
3 CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por
Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 209.
CLT, art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s)
não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que
não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso
de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer
dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a
reintegrar o empregado.
A referida estabilidade consta do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
(ADCT), da Constituição Federal de 1988:
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere
o art. 7º, I, da Constituição:
(...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano
após o final de seu mandato;
4
Atual Ministério do Trabalho (MTb).
5
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Orientações Jurisprudenciais da SBDI 1 e 2 do TST. 3 ed.
São Paulo: Atlas, 2012, p. 46.
para o qual foi concebido. Afinal, se o empregado não utiliza o EPI, ele continuará
exposto ao agente insalubre em níveis acima do tolerável.
Esta é a interpretação da Súmula 289 do TST:
SUM-289 INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO
DE PROTEÇÃO. EFEITO
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o
exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as
medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as
quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.
Finalizando os comentários sobre o artigo 191, seu parágrafo único estabelece
que, quando a fiscalização trabalhista identificar atividade insalubre, deverá
notificar o empregador para que ele adote as medidas necessárias para a sua
eliminação ou neutralização:
CLT, art. 191, parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do
Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando
prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.
Nos casos em que a insalubridade não foi eliminada ou neutralizada eficazmente,
o empregado sujeito à condição mais gravosa de trabalho fará jus ao adicional
de insalubridade.
Conforme disposto na CLT, este adicional corresponderá:
CLT, art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a
percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento),
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região,
segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
À época da CLT existiam salários mínimos regionais, mas com a CF/88 o salário
mínimo é nacionalmente unificado6.
Outra observação relevante é que o STF editou Súmula Vinculante que impede a
utilização do salário mínimo como base de cálculo de outras rubricas:
SÚMULA VINCULANTE Nº 4
Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser
usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público
ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Com isso, em setembro de 2012, a Súmula 228 do TST, que previa a base de
cálculo como sendo o salário básico, teve sua eficácia suspensa pelo próprio TST:
SUM-228 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº
4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado
sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento
coletivo. Súmula cuja eficácia está suspensa por decisão liminar do
Supremo Tribunal Federal. 10778190722
Ainda não houve consolidação de que base de cálculo deve ser utilizada para o
adicional de insalubridade, o que provavelmente será resolvido com alteração do
artigo 192 da CLT. Dessa forma, o mesmo tem sido pago, em geral, com base no
salário mínimo.
6 CF/88 ,art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
(...)
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada
sua vinculação para qualquer fim;
Para sintetizar, trazemos um quadro que lista as atividades que, em geral, são
consideradas perigosas pela CLT:
EXPOSIÇÃO À:
inflamáveis
explosivos
energia elétrica
trabalhador em motocicleta
Por fim, mencione-se que, por serem salário condição, os adicionais estudados
deixarão de ser devidos caso seja eliminada a insalubridade/periculosidade:
CLT, art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de
periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou
integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo
Ministério do Trabalho.
Por oportuno, transcreve-se súmula do TST sobre o pagamento de adicional
periculosidade:
SÚMULA Nº 453. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO
ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO.
DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão
da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1)
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade
da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao
risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a
realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna
incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.
lucros da empresa
7 Na CLT consta o salário mínimo da região; caso a banca transcreva a literalidade do artigo, a
alternativa, provavelmente, será considerada correta. Ainda não foi solucionado impasse em relação à base
de cálculo ser vinculada ao salário mínimo.
8 SUM-47 INSALUBRIDADE
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa
circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
Para concluirmos este tópico, vale a pena ressaltarmos que, quando os produtos
manipulados nos locais de trabalho forem nocivos à saúde ou perigosos, o rótulo
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Assim, temos:
9 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 627.
➢ Trabalho noturno
Os horários abrangidos pelo conceito de trabalho noturno variam de acordo com
o empregador ser urbano ou rural:
Nos casos em que o responsável do menor verificar que este esteja prestando
serviços incondizentes com a situação da menoridade, a CLT prevê a possibilidade
de que o responsável pleiteie a rescisão do contrato:
CLT, art. 408 - Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a
extinção do contrato de trabalho, desde que o serviço possa acarretar para
ele prejuízos de ordem física ou moral.
➢ Trabalho doméstico
Além disso, uma proibição, já contida na lista TIP, foi alçada ao texto da Lei do
Trabalho doméstico, de modo que é vedado contratar menor para o trabalho
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doméstico:
LC 150/2015, art. 1º, Parágrafo único. É vedada a contratação de menor
de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo
com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008.
Outra regra específica para o menor diz respeito à época de sua concessão.
Para os empregados em geral, é o empregador quem determina, a seu livre
critério, quando o trabalhador irá gozar férias:
CLT, art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte
os interesses do empregador.
No caso do menor estudando, entretanto, existe previsão do direito de
coincidência:
CLT, art. 136, § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos,
terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
➢ Carregamento de peso
O legislador denotou preocupação com o bem estar físico dos menores, cujos
organismos, por ainda estarem em formação, seriam prejudicados ao realizar
tarefas excessivamente cansativas.
Para impor limite ao carregamento de peso, definiu-se que estes não podem
manipular peso acima dos seguintes limites:
CLT, art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço
que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos
para o trabalho contínuo, ou 25 vinte (e cinco) quilos para o trabalho
ocasional.
Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a
remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre
trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos.
➢ Prescrição
A prescrição trabalhista está sujeita a fatores impeditivos, interruptivos e
suspensivos.
No caso dos menores, consta da CLT que contra estes não corre prescrição, ou
seja, a menoridade é um fator impeditivo da prescrição na esfera trabalhista:
CLT, art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum
prazo de prescrição.
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10 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 37 ed. São Paulo: LTr, 2012, p.
198.
11
Idem, p 199-200.
(...)
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias;
(...)
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
(...)
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até
5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
(...)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Sobre as regras protetivas ao trabalho da mulher que estudaremos nesta aula, a
CLT frisa que são consideradas de ordem pública:
CLT, art. 377 - A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres
é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a
redução de salário.
Antes de adentrarmos nos incisos do art. 373-A, mencione-se que seu caput veda
a adoção das práticas enumeradas nos incisos, mas ressalva as situações
legalmente admitidas e as “especificidades estabelecidas nos acordos
trabalhistas”.
Quanto a esta última, Sérgio Pinto Martins12 entende que
“Indaga-se aqui qual o sentido da expressão “acordos trabalhistas”. É
acordo individual ou coletivo? Parece que a expressão “acordos
trabalhistas” não quer dizer acordos individuais. Está empregada no plural
e num sentido genérico, compreendendo as convenções e acordos
coletivos, que poderão estabelecer certas especificidades”.
12
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 623.
13
CLT, art. 71, § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato
do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social,
se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos
refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas
suplementares.
CLT, art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma
escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical.
Aqui também não há consenso, então é importante manter-se atento à
literalidade do dispositivo.
Outra disposição de proteção ao trabalho da mulher referente a duração do
trabalho consta do artigo 396 da CLT, que asseguram intervalos para
amamentação:
CLT, art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6
(seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho,
a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis)
meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente.
➢ Licença-maternidade
Licença-maternidade é o período em que a empregada deixa de prestar
serviços a seu empregador em virtude de nascimento de filho. Durante a licença-
maternidade a empregada faz jus ao salário-maternidade.
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Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será de cento e oitenta dias no
caso das mães de crianças acometidas por sequelas neurológicas decorrentes de doenças transmitidas pelo
Aedes aegypti, assegurado, nesse período, o recebimento de salário-maternidade previsto no art. 71 da Lei no
8.213, de 24 de julho de 1991.
➢ Renúncia à estabilidade
Surge dúvida quanto à possibilidade da empregada grávida renunciar ao seu
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Garantia de emprego
Licença-maternidade
da gestante
➢ Carregamento de peso
Da mesma maneira como ocorre em relação aos menores de idade, existe para
o labor feminino limitação de esforço físico nos seguintes termos:
17 CTL, art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato
deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
(...)
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
➢ Creche
A CLT obriga os empregadores, em cujos estabelecimentos laborem 30 ou mais
empregadas, a manter creche, nos seguintes termos:
CLT, art. 389, § 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos
30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local
apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e
assistência os seus filhos no período da amamentação.
CLT, art. 389, § 2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de
creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com
outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime
comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades
sindicais.
5 – Questões comentadas
5.1. Segurança e medicina do trabalho
1. FCC/TRT20 – Técnico Judiciário – Área Administrativa –
2016
Medusa foi contratada como caixa do posto de combustíveis Abasteça S/A.
O caixa fica localizado ao lado das bombas de abastecimento dos veículos,
razão pela qual ela atua em atividade que implica risco acentuado por
exposição permanente da trabalhadora a produtos inflamáveis e explosivos.
Medusa ajuizou ação trabalhista postulando o pagamento de adicional, sendo
verificadas as condições de risco por perícia judicial. Assim, conforme
legislação aplicável, Medusa fará jus ao adicional de
(A) penosidade, no valor de 10%, 20% ou 40% do salário mínimo regional,
conforme classificação de risco mínimo, médio e máximo.
(B) periculosidade, no valor de 25% sobre o valor da hora normal para cada
hora trabalhada com exposição ao risco.
(C) insalubridade, no importe de 30% sobre toda a sua remuneração,
incluindo prêmios e gratificações.
(D) periculosidade, no valor de 30% sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.
(E) insalubridade, no importe de 10%, 20% ou 40% do salário mínimo
nacional, conforme classificação de risco mínimo, médio e máximo.
Comentários
Gabarito (D).
Como combustível é uma substância inflamável, Medusa terá direito ao adicional
de periculosidade, o qual deve ser, em regra, de 30% do salário básico do
empregado (sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros):
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2016
No que se refere a segurança e medicina do trabalho, atividades perigosas
ou insalubres, assinale a opção correta.
(A) A função de motociclista não é considerada atividade perigosa, por falta
de previsão legal.
(B) Matérias relativas à insalubridade e à periculosidade não podem ser
objeto de ação trabalhista.
(C) Recebida a classificação pelo órgão competente, é vedada a realização
de atos que visem eliminar ou neutralizar a insalubridade do ambiente de
trabalho.
18 CF, art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
nocivos à saúde.
A alternativa D está incorreta, pois podem participar da eleição os empregados
sindicalizados ou não:
CLT, art. 164, § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e
suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem,
independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados
interessados.
(B) não tem direito de receber qualquer adicional de remuneração, pois não
trabalha com inflamáveis ou explosivos, as únicas situações que
caracterizam condição perigosa de trabalho para fins de percepção do
adicional respectivo.
(C) tem direito de receber adicional de insalubridade, pois o trabalho com
moto é prejudicial para sua saúde.
(D) tem direito de receber adicional de insalubridade, mas somente em
grau mínimo, mais adicional de periculosidade, calculado em razão do
tempo em que se utiliza da moto na execução do trabalho.
(E) tem direito de receber adicional de periculosidade, por expressa
previsão legal.
Comentários
Gabarito (E), com fundamento no art. 193 da CLT (alterado em junho de 2014):
CLT, art. 193, § 4º - São também consideradas perigosas as
atividades de trabalhador em motocicleta.
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Na CLT consta o salário mínimo da região; caso a banca transcreva a literalidade do artigo, a
alternativa, provavelmente, será considerada correta.
gratificações, prêmios ou
participações nos lucros
da empresa.
efeitos.
II. A eliminação ou neutralização da insalubridade ocorrerá com a adoção
de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de
tolerância e com a utilização pelo trabalhador de EPI's que diminuam a
intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
III. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, com os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.
IV. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade
far-se-ão através de perícias, ficando a primeira a cargo de Médico do
20
Em provas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) o(a) candidato(a) deve ficar atento(a) às
conceituações previstas na NR 9 (PPRA), que aprofunda e detalha de modo mais técnico as condições e
medidas – inclusive com hierarquia – para a estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de controle;
aqui a Banca apenas reproduziu o texto constante da CLT.
Comentários
Gabarito (B), de acordo com o artigo abaixo da CLT:
CLT, art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco
acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado
um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos
À época da CLT existiam salários mínimos regionais, mas com a CF/88 o salário
mínimo é nacionalmente unificado21.
As alternativas (D) e (E) inverteram as conceituações de atividades insalubres
e perigosas.
aviso prévio).
21 CF/88 ,art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
(...)
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada
sua vinculação para qualquer fim;
empresa.
(C) insalubridade de 10%, 20% ou 40% calculado sobre o salário base,
conforme se classifiquem nos graus de riscos, mínimo, médio ou máximo.
(D) periculosidade de 25% calculado sobre o salário global, incluindo os
acréscimos resultantes de gratificações e prêmios.
(E) periculosidade de 30% calculado sobre o salário, sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.
Comentários
Gabarito (E). De acordo com o art. 193, I, da CLT, a exposição à energia elétrica
também enseja o pagamento ao adicional de periculosidade, à razão de 30%, o
que já é suficiente para ‘matar’ a questão. Entretanto, quanto à base de cálculo
do adicional pago especificamente aos eletricitários, trago à lume dois itens da
Súmula 191 (inseridos em dezembro/2016):
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob
a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das
parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a
qual se determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico.
III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do
eletricitário promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato
de trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso,
o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme
determina o § 1º do art. 193 da CLT.
Gabarito (E).
Salário condição representa as parcelas que dependem de condições específicas
para ser pago e, no caso de cessadas tais condições, deixa de ser devido ao
empregado.
São exemplos de salário condição os adicionais de hora noturna, hora
extraordinária, insalubridade e periculosidade.
As Súmulas 80 e 248 do TST facilitam o entendimento de que o pagamento do
adicional de insalubridade só será devido enquanto a condição insalubre estiver
presente:
SUM-80 INSALUBRIDADE
Por fim, as incorreções das alternativas (D) e (E) se verificam com a leitura da
Súmula 364, transcrita acima.
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Na alternativa (E), também incorreta, sugeriu-se que não haveria a opção pelo
adicional, quando na verdade a legislação expressamente prevê essa
possibilidade:
CLT, art. 193, § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido.
22 CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por
Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 209.
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CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por
Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 209.
mandato.
(B) A estabilidade do membro da direção da CIPA abrange apenas os
titulares, não havendo que se falar em estabilidade para os suplentes.
(C) O mandato dos membros eleitos da CIPA terá duração de um ano,
permitida uma reeleição.
(D) Os empregados elegem anualmente o Presidente da CIPA e o
empregador designa o Vice-presidente.
(E) Como órgão de proteção à integridade física e à saúde dos
trabalhadores, a CIPA deve ser instituída em todas as empresas e é
composta de representantes dos empregados, pelos mesmos eleitos.
Comentários
24 ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
(...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde
o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
seja pago o acréscimo salarial sobre a hora normal e desde que o trabalho
do menor seja imprescindível ao funcionamento da empresa.
III. Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo
menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou à sua
moralidade, ela deverá notificar os pais ou responsáveis para que os
mesmos o obriguem a abandonar o serviço, sob pena de responsabilização.
IV. Contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição.
V. Quando o menor de 18 anos for empregado em mais de um
estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas.
Está correto o que consta APENAS em
(A) III e V.
(B) I, IV e V.
(C) II e III.
(D) I, II, IV e V.
(E) II e V.
Comentários
Gabarito (B), pois estão corretas I, IV e V, que na verdade são transcrições
de dispositivos da CLT.
A assertiva I está correta, pois o menor pode receber salário, mas, quando se
tratar de quitação das verbas rescisórias, ele deve ser assistido pelo
responsável legal:
CLT, art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários.
Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao
menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis
legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe
for devida.
A assertiva II está incorreta por uma sutileza. Notem que a questão fala que o
trabalho do menor deve ser “imprescindível ao funcionamento da empresa”, ao
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passo que o texto da CLT é mais restritivo. Ele afirma que o trabalho deve ser
“imprescindível ao funcionamento do estabelecimento” e, sabendo que uma
empresa é formada por um ou mais estabelecimentos, concluímos que a assertiva
realmente está incorreta:
CLT, art. 413, II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o
máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial (...) desde que o
trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do
estabelecimento.
A assertiva III está incorreta, pois a própria autoridade competente poderá
obrigar o menor, sem intervenção dos pais:
CLT, art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho
executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento
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A alternativa E está incorreta, uma vez que o limite, como regra geral, é o 28º
dia, podendo ser aumentado de duas semanas, excepcionalmente. O início do
afastamento varia de acordo com os seguintes limites:
CLT, art. 392, § 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar
o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que
poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e
ocorrência deste.
Em casos excepcionais (comprovados por atestado médico), será possível dilatar
o prazo da licença:
CLT, art. 392, § 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto,
poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado
médico.
Pela atual redação da CLT, no caso de aborto não criminoso, a empregada faz jus
a interrupção contratual de 2 semanas:
CLT, art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado
médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas)
semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que
ocupava antes de seu afastamento.
2013
Helena é empregada da empresa “ZZZ Ltda” e, na última segunda-feira,
descobriu que está grávida. Para ter conhecimento de seus direitos,
procurou sua amiga Natália, advogada recém-formada.
Natália lhe informou que, dentre outros, de acordo com a Consolidação das
Leis do Trabalho, Helena terá direito
(A) a licença-maternidade de cento e oitenta dias corridos.
(B) a dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a
realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames
complementares.
Comentários
O gabarito é (D). A licença-maternidade à adotante é prevista no artigo 392-A,
que remete ao artigo 392:
CLT, art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para
fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos
do art. 392, observado o disposto no seu § 5º25.
§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do
termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.
CLT, art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade
de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) I e IV.
(D) II, III e IV.
(E) III e IV.
Comentários
Gabarito (B).
A proposição I, correta, reproduziu o artigo 377 da CLT:
25
O citado §5º foi vetado.
26
O citado §5º foi vetado.
(C) para amamentar o próprio filho, em regra, até que este complete seis
meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a um
descanso especial, de noventa minutos.
(D) os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período
da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, duas saletas
de amamentação e duas instalações sanitárias.
(E) em caso de parto antecipado, a mulher terá direito a licença
maternidade reduzida e proporcional ao tempo de antecipação comparado
com a gestação a termo.
Comentários
O gabarito é (A), que trouxe a possibilidade da dilação do prazo da licença-
maternidade quando atestado médico assim recomendar:
CLT, art. 392, § 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto,
poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado
médico.
A alternativa (B) está incorreta porque a interrupção contratual no caso de
aborto não criminoso é de 2 (duas) semanas.
A alternativa (C) está incorreta porque os intervalos para intervalos para
amamentação são 2, de meia hora cada um:
CLT, art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6
(seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho,
a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis)
meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente.
Quanto aos locais destinados à guarda dos filhos das operárias, estes deverão
ser compostos de:
CLT, art. 400 - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias
durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um
berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma
instalação sanitária.
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Por fim, a alternativa (E) está incorreta porque, mesmo no parto antecipado,
a licença será de 120 dias:
CLT, art. 392, § 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos
120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo.
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O citado §5º foi vetado.
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(B) não tem direito de receber qualquer adicional de remuneração, pois não
trabalha com inflamáveis ou explosivos, as únicas situações que
caracterizam condição perigosa de trabalho para fins de percepção do
adicional respectivo.
(C) tem direito de receber adicional de insalubridade, pois o trabalho com
moto é prejudicial para sua saúde.
(D) tem direito de receber adicional de insalubridade, mas somente em
grau mínimo, mais adicional de periculosidade, calculado em razão do
tempo em que se utiliza da moto na execução do trabalho.
(E) tem direito de receber adicional de periculosidade, por expressa
previsão legal.
(A) trinta e cinco por cento sobre o salário recebido pelo empregado, e
comporá a remuneração para base de cálculo apenas das férias, décimo
terceiro salário e aviso prévio indenizado.
(B) vinte e cinco por cento sobre o salário recebido pelo empregado, e
comporá a remuneração para base de cálculo do FGTS, férias, décimo
terceiro salário e aviso prévio indenizado.
(C) trinta por cento sobre o salário recebido pelo empregado, e comporá a
remuneração para base de cálcu lo apenas do aviso prévio indenizado.
(D) vinte e cinco por cento sobre o salário recebido pelo empregado, e
comporá a remuneração para base de cálculo apenas do aviso prévio
indenizado.
(E) trinta por cento sobre o salário recebido pelo empregado, e comporá a
remuneração para base de cálculo do FGTS, férias, décimo terceiro salário
e aviso prévio indenizado.
mínimo.
(E) periculosidade correspondente a 30% sobre o seu salário base.
Vice-Presidente.
(E) poderá participar da eleição, que se realiza através de escrutínio secreto,
mas não poderá ocupar o cargo de Presidente em razão da ausência de
filiação.
(C) os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período
de amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de
amamentamento, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária.
(D) as horas de trabalho em cada estabelecimento serão totalizadas,
quando o menor de 18 anos for empregado em mais de um
estabelecimento.
(E) é permitido ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários, mas
em caso de rescisão contratual é vedado ao menor de 18 anos dar quitação
ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida, sem a
assistência dos seus responsáveis legais.
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7 – Gabaritos
1. D 19. C 37. A
2. E 20. E 38. A
3. B 21. E 39. A
4. E 22. A 40. E
5. B 23. E 41. A
6. C 24. E 42. C
7. B 25. B 43. D
8. E 26. A 44. B
9. B 27. A 45. C
B 52. A
18. E 36. E
8 – Resumo da aula
SMT:
Atribuições:
MTb Empregador Empregado
• Estabelecer • cumprir e • observar as
normas sobre SST fazer cumprir as normas de SST,
• Fiscalizar o normas de SST inclusive as
cumprimento das • instruir os instruções ordens de
normas, inclusive a empregados, através serviço do
CANPAT de ordens de empregador
• impor serviço, para evitar • colaborar com a
penalidades cabíveis acidentes do trabalho empresa na aplicação
por descumprimento • adotar as das regras sobre SST
das normas medidas • usar os EPIs
• adotar medidas determinadas pelo
que se tornem MTb
exigíveis, inclusive • facilitar o
obras e reparos que exercício da
se façam necessárias fiscalização
Cipa:
Representantes dos empregados Representantes do empregador
São eleitos São designados
Entre eles é eleito o Vice- Entre eles é eleito o Presidente da
Presidente da CIPA 10778190722
CIPA
Possuem estabilidade provisória no Não possuem estabilidade provisória no
emprego emprego
Perigosas:
EXPOSIÇÃO À:
inflamáveis
explosivos
energia elétrica
segurança pessoal ou patrimonial
trabalhador em motocicleta
Radiação ionizante /substância radioativa (TST)
»»
18 anos perigoso ou insalubre
28 Na CLT consta o salário mínimo da região; caso a banca transcreva a literalidade do artigo, a
alternativa, provavelmente, será considerada correta. Ainda não foi solucionado impasse em relação à base
de cálculo ser vinculada ao salário mínimo.
Garantia de emprego
Licença-maternidade
da gestante
Desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após Duração de 120 (cento e vinte) dias, sem
o parto. prejuízo do emprego e do salário.
A empregada deve, mediante atestado
médico, notificar o seu empregador da data
do início do afastamento do emprego, que
poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo)
dia antes do parto e ocorrência deste.
Mãe adotante não tem direito.
9 – Conclusão
Bom pessoal,
Esta aula foi um pouco mais light que as anteriores, e o nível de dificuldade das
questões não é muito alto, motivo pelo qual devemos estar “afiados” para acertá-
las.
É importante ficar atento à alteração do artigo 193 da CLT, sobre atividades
perigosas, e também quanto às proteções à maternidade.
Espero que tenham gostado da aula, e se surgir alguma dúvida quanto ao assunto
apresentado, estamos à disposição para auxiliá-los(as).
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CLT
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os
interesses do empregador.
(...)
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a
fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não
poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se
fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso
de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer
dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a
reintegrar o empregado.
Art. 168, Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas
condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho (...).
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(...)
§ 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário
à prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da
atividade.
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Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de
revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical.
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Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho
da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em
estado de gravidez.
Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer
natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito
da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez.
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de
adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art.
392, observado o disposto no seu § 5º.
§ 5º A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-
maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou
empregada.
Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis)
meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2
(dois) descansos especiais, de meia hora cada um.
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis)
meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente.
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Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários.
Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao
menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis
legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe
for devida.
Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo
de prescrição.
Legislação específica
TST
SUM-47 INSALUBRIDADE
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente,
não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo
adicional.
INTERMITENTE
O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma
intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de
periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985,
não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu
pagamento.
realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna
incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.
STF
SÚMULA VINCULANTE Nº 4
Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser
usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público
ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
SÚMULA Nº 460
Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação
trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as
insalubres, que é ato da competência do Ministro do Trabalho e Previdência
Social.
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