Manzano JC DR Rcla
Manzano JC DR Rcla
Manzano JC DR Rcla
Rio Claro - SP
2013
Jefferson Cassu Manzano
Comissão Examinadora
Resultado: Aprovado
RESUMO
Geological and structural frame of the Rio Apa Massif, southeastern of the
Amazonian Craton (MS), Brasil Rio Apa Massif crops out in the Mato Grosso do
Sul state and corresponds to the southeastern portion of the Amazonian Craton
dominantly Paleoproterozoic in age. Rio Apa Complex is oldest and it is composed
mainly by migmatitic orthogneisses, beyond amphybolites, tonalities and
granodiorite. Alto Tererê Group is composed by schists, biotite-muscovite
gneisses and micaceous quartzites generally rich in garnets, beyond metabasic
rocks of low amphibolite facies. The Amonguijá Group is constituted by Alumiador
Intrusive Suite, which is represented by a sieno to monzogranitic batholith and
Serra da Bocaina Volcanic Suite composed of volcanoclastic rocks of alkali riolites
to monzoriolites compositions and pyroclastic products. Overlaying towards East
and South occurs Neoproterozoic metasedimentary rocks from the Paraguai
Folded Belt (Cuiabá, Corumbá and Jacadigo Groups-Urucum Formation).
Structural-metamorphic framewok is identified by five deformational phases but
the actual tectonic and metamorphic structure shows the superposed tectonic
array of the Paraguai Folded Belt. Rocks from Rio Apa Complex, Alto Tererê
Group and Amonguijá Group record an older structural evolution defined by (Dn-1
and Dn). The deformational phases (Dn+1 and Dn+2) are visible mainly in rocks of
Paraguai Folded Belt beyond the last deformation (Dn+3) that imprints all
sequences.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 Apresentação..................................................................................................... 11
1.2 Justificativas e objetivos .................................................................................. 13
1.3 Estruturação da tese ......................................................................................... 13
1.4 Localização e vias de acesso ........................................................................... 15
1.5 Aspectos geomorfológicos .............................................................................. 17
1.6 Clima e vegetação ............................................................................................. 20
1.7 Materiais e métodos de pesquisa .................................................................... 21
1.7.1 Etapa preliminar ............................................................................................. 21
1.7.2 Etapa de aquisição de dados ........................................................................ 22
1.7.2.1 Campo .......................................................................................................... 22
1.7.2.2 Laboratório e Gabinete ............................................................................... 25
1.7.3 Etapa de análise e integração ....................................................................... 26
1.7.4 Etapa final ....................................................................................................... 26
2 GEOLOGIA REGIONAL ........................................................................................ 27
2.1 Contexto geotectônico...................................................................................... 27
2.2 Geologia regional do bloco Rio Apa ................................................................ 30
2.2.1 Complexo Rio Apa ......................................................................................... 30
2.2.2 Grupo alto Tererê ........................................................................................... 32
2.2.3 Grupo Amonguijá ........................................................................................... 34
2.2.3.1 Suíte Plutônica Alumiador .......................................................................... 34
2.2.3.2 Suíte Plutônica Serra da Alegria ................................................................ 36
2.2.3.3 Suíte Vulcânica Serra da Bocaina .............................................................. 37
2.3 Geologia regional da Faixa de Dobramentos Paraguai.................................. 38
3 GEOLOGIA LOCAL ............................................................................................... 43
3.1 Contexto geológico do Maciço Rio Apa .......................................................... 43
3.1.1 Complexo Rio Apa ......................................................................................... 43
3.1.2 Grupo Alto Tererê ........................................................................................... 46
3.1.3 Grupo Amonguijá ........................................................................................... 48
3.1.3.1 Suíte plutônica Alumiador .......................................................................... 48
3.1.3.2 Suíte magmática Serra da Alegria.............................................................. 60
3.1.3.3 Suíte vulcânica Serra da Bocaina .............................................................. 69
3.2 Faixa de Dobramentos Paraguai ...................................................................... 80
3.2.1 Grupo Cuiabá .................................................................................................. 80
3.2.2 Grupo Corumbá .............................................................................................. 81
3.2.3 Grupo Jacadigo - Formação Urucum ........................................................... 81
4 GEOLOGIA ESTRUTURAL ................................................................................... 83
4.1 Domínio do Bloco Rio Apa ............................................................................... 83
4.2 Domínio da Faixa Paraguai............................................................................... 86
5 LITOGEOQUÍMICA ................................................................................................ 92
5.1 Suíte Plutônica Alumiador ................................................................................ 92
5.2 Suíte Intrusiva Serra da Alegria ..................................................................... 104
5.3 Suíte Vulcânica Serra da Bocaina .................................................................. 118
6 EVOLUÇÃO GEOLÓGICA .................................................................................. 126
7 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 137
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 140
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
Esta tese está elaborada em 7 capítulos, sendo que nos três primeiros serão
apresentados os elementos que a irão posicionar no contexto da pesquisa, as
premissas para a condução dos estudos e o contexto geológico regional em que se
14
insere o Maciço Rio Apa e sua evolução, necessário para o entendimento dos
capítulos posteriores.
Os capítulos seguintes tratam do desenvolvimento da pesquisa propriamente
dita, dedicando-se extensivamente à descrição e caracterização das unidades
magmáticas e contextualizando as unidades metamórficas constituintes do Maciço
Rio Apa. Este capítulo encontra-se organizado e condizente aos dados geológicos
dispostos principalmente no artigo:
• CONTEXTO GEOLÓGICO E ESTRUTURAL DO MACIÇO RIO APA, SUL DO
CRÁTON AMAZÔNICO - MS. GODOY, A.M., MANZANO, J.C., ARAÚJO, L.M.B.,
Silva, J.A. da. Geociências, v.28, n.4, p. 485-499, 2009.ISSN-0101-9082.
O capítulo de litogeoquímica será apresentado ordenado e discutido segundo
três artigos científicos elaborados durante a pesquisa
• MAGMATISMO DO GRUPO AMONGUIJÁ, SUÍTE INTRUSIVA ALUMIADOR,
MACIÇO RIO APA, SUL DO CRÁTON AMAZÔNICO - MS. MANZANO, J.C.;
GODOY, A.M.; ARAÚJO, L.M.B. de; SILVA, J.A. da.; GODOY, L.P. Geociências, v.
31, n. 3, 351-370, 2012. ISSN-0101-9082.
• MAGMATISMO DA SERRA DA ALEGRIA, GRUPO AMONGUIJÁ, MACIÇO
RIO APA SUDOESTE DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. GODOY, A.M.,
MANZANO, J.C., ARAÚJO, L.M.B. de, GODOY, L.P. Geociências. (submetido).
• SUÍTE VULCÂNICA SERRA DA BOCAINA, GRUPO AMONGUIJÁ, MACIÇO
RIO APA - MS. GODOY, A.M., MANZANO, J.C., ARAÚJO, L.M.B. de, Silva, J.A. da.
Geociências, v.29, n.4, p.519-535, 2010. ISSN-0101-9082.
As discussões relacionadas à Faixa Móvel Paraguai, bem os aspectos
litológicos, estruturais e tectônicos, definindo a sua história deformacional e evolutiva
e que culminaram com a arquitetura atual da faixa, resultam principalmente dos
artigos científicos já elaborados do decorrer da dissertação de mestrado, objetivo
inicial do projeto de pesquisa citado e que foram publicados anteriormente:
• CONTEXTO TECTÔNICO DOS GRANITÓIDES NEOPROTEROZOICOS DA
FAIXA DE DOBRAMENTOS PARAGUAI, MS E MT. - MANZANO, J.C., GODOY,
A.M., ARAÚJO, L.M.B. de, Silva, J.A. da. Geociências, v.27, n.4, p. 493-507, 2008.
ISSN-0101-9082.
• ESTUDOS ISOTÓPICOS DAS ROCHAS GRANITÓIDES
NEOPROTEROZOICAS DA FAIXA DE DOBRAMENTO PARAGUAI. GODOY, A.M.;
15
PINHO, F.E.C.; MANZANO, J.C.; ARAÚJO, L.M.B. de; SILVA, J.A. FIGUEIREDO, M.
Revista Brasileira de Geociências, v. 40, n. 3, p. 380 –391, 2010. ISSN-0375-
7536.
O capítulo evolução geológica trata da consolidação dos dados adquiridos, de
acordo com as interpretações apresentadas, propondo um modelo de evolução para
o Maciço Rio Apa e as fontes bibliográficas que foram consultadas e serviram como
embasamento para o desenvolvimento da tese.
Figura 2 - Mapa com os principais troncos rodoviários que permitem acesso à área
de estudo no bloco Rio Apa.
Esta etapa pode ser dividida em duas fases, classificadas como aquisição
direta e aquisição indireta. A aquisição direta de dados corresponde as etapas de
campo, onde as informações pertinentes foram adquiridas diretamente, sem
necessidade de processos posteriores. Já a aquisição indireta corresponde as
análises laboratoriais e dados oriundos de interpretações em escritório, a partir de
informações diretas.
1.7.2.1 Campo
2 GEOLOGIA REGIONAL
O Cráton Amazônico ocupa uma área de aproximadamente 430 mil km2 o que
o coloca entre uma das maiores áreas cratônicas do mundo e nas últimas décadas
duas linhas de pensamento contrastantes procuraram descrever os cenários
evolutivos do Cráton Amazônico.
De um lado os autores sustentados nos conceitos e premissas da escola
geossinclinal defendem a recorrência de sucessivas reativações proterozóicas em
uma extensa plataforma Arqueana (Almeida 1978, Amaral 1974, 1984, Lima, 1984,
Hasui et al. 1984).
Por outro lado, outros autores se embasam na Teoria da Tectônica Global ou
de Placas, defendem um processo de evolução crustal assinalado por sucessivas
acresções de crosta juvenil, com retrabalhamento proporcionalmente reduzido
(CORDANi et al., 1979; TEIXEIRA & TASSINARI, 1984; TASSINARI, 1996;
TASSINARI & MACAMBIRA, 1999; CORDANI et al., 2000; TASSINARI et al., 2000;
RUIZ et al., 2005).
Além das divergências em torno dos modelos evolutivos, outra controvérsia
existente refere-se à área de abrangência do Cráton Amazônico. Os primeiros
esboços do cráton (ALMEIDA, 1964, 1978, 1985; HASUI & ALMEIDA, 1970, 1985;
AMARAL, 1974) apresentam o Maciço Rio Apa como parte integrante dessa
entidade geotectônica, entretanto, a partir das compartimentações tectônicas-
geocronológicas apresentadas por Cordani et al. (1979), Litherland & Bloomfield
(1981) e Litherland et al. (1986), o Maciço Rio Apa passou a ser considerado como
um segmento crustal alóctone ao Cráton Amazônico, acrescido à margem cratônica
na consolidação da Faixa Tucavaca gerada pela colisão do Cráton Amazônico com
o Bloco Rio Apa e, portanto, assumindo esta faixa o status de cinturão marginal ou
seja, o limite meridional do Cráton Amazônico.
Litherland et al. (1986), no relatório final do Proyecto Precambrico, difundem o
esboço do Cráton Amazônico limitado a sul pela Faixa Neoproterozóica Tucavaca
que inflete para Bolívia e a leste pelas faixas neoproterozóicas Paraguai e Araguaia.
Esta reconstrução sugere que os terrenos situados no Maciço Rio Apa constituem
um bloco crustal menor, acrescido à margem cratônica na consolidação da Faixa
28
Tucavaca.
A partir do modelo evolutivo proposto inicialmente por Almeida (1964, 1985),
Brito Neves et al. (1985) interpretou a evolução das unidades da Faixa de
Dobramento Paraguai em conjunto com unidades expostas na Bolívia e definam
este segmento, a Faixa Tucavaca, como um rift abortado de uma junção tríplice, em
função do arranjo das bacias a sul de Corumbá.
Nesta linha, Alvarenga & Trompette (1993), Trompette (1994), Trompette &
Alvarenga (1998), Boggiani & Alvarenga (2004) e Ruiz et al. (2005, 2007)
interpretam a Faixa Tucavaca como um rift abortado de uma junção tríplice, o
Aulacógeno Tucavaca-Chiquitos e não a um cinturão marginal, gerado pela colisão
do Cráton Amazônico com o Bloco Rio Apa.
Assim sendo, o Maciço Rio Apa corresponderia a um fragmento crustal
menor, acrescido à margem cratônica ao longo de um cinturão móvel
Neoproterozoico o Aulacógeno Tucavaca.
Nesta mesma visão, Godoy et al. (2007 a, 2009) interpretam o Maciço Rio
Apa como o extremo meridional do Cráton Amazônico, apresentando um processo
de evolução crustal marcada por acresções de crosta juvenil que se anexaram a um
núcleo antigo. Recentemente, Cordani (2005) e Cordani et al. (2005, 2010) sugerem
a correlação do Terreno Rio Apa com o Cráton Amazônico e admitem que ambos
foram unidos antes da instalação do Aulacógeno Tucavaca.
Ruiz et al. (2005, 2007) propõem a extensão do Cráton Amazônico até a
região do Maciço Rio Apa (Figura 7), exigindo uma nova abordagem na formulação
de modelos de reconstrução paleogeográfica. Esta abordagem requer a correlação
lito-tectônica, com respaldo geocronológico, das unidades geológicas que
constituem Maciço do Rio Apa com as do SW do Cráton Amazônico, principalmente
do sudoeste de Mato Grosso, leste de Rondônia e oriente boliviano.
O Maciço Rio Apa ou Bloco Rio Apa ocorre na porção extremo sul do Cráton
Amazônico no sudoeste do estado de Mato Grosso Sul e as suas rochas
apresentam um registro geocronológico paleoproterozóico, mas sua atual
estruturação tectônico-metamórfica passa pelo arranjo tectônico neoproterozóico
superimposto da Faixa de Dobramentos Paraguai (GODOY et al., 2007 a).
O Maciço e/ou Bloco Rio Apa, no sentido de província geocronológica
empregada por Ruiz et al. (2005, 2007) e Lacerda Filho et al. (2006), é definido
29
como Província Rio Apa. Lacerda Filho et al. (2006), subdividem esta área em três
compartimentos geotectônicos-geocronológicos distintos: Remanescente de Crosta
Oceânica (2,2-1,95 Ga), Arco Magmático Rio Apa (1,95-1,87 Ga) e Arco Magmático
Amonguijá (1,87-1,75 Ga), além das Intrusivas Básicas (1,78 Ga).
Nessa região cratônica a unidade mais antiga exposta é o Complexo Rio Apa,
constituído por rochas ortoderivadas graníticas e gnáissicas que foram incluídas no
Complexo Cristalino Brasileiro por Almeida (1965).
Corrêa et al. (1976), subdividiram este complexo em duas unidades, uma
constituída por rochas ortoderivadas em fácies anfibolito em que dominam as
ocorrências de hornblenda-biotita gnaisses do Complexo Basal, pertencentes ao
Pré-Cambriano Inferior a Médio, de posição estratigráfica e idade equivalente ao
atual Complexo Rio Apa e, uma unidade mais jovem, de rochas supracrustais
metamorfisada em fácies xisto verde, denominada de Associação Metamórfica Alto
Tererê.
O termo Complexo Rio Apa foi utilizado inicialmente para agrupar estas duas
unidades por Araújo & Montalvão (1980). O Complexo Rio Apa, definido por Araújo
et al. (1982), é constituído essencialmente por granitos foliados e maciços, gnaisses,
migmatitos e anfibolitos, além de intercalações locais de rochas paraderivadas
constituídas por gnaisses, xistos e quartzitos, interpretadas como "remanescentes
de um cinturão metamórfico” formado sobre a crosta siálica pré-existente.
31
De acordo com Godoi et al. (2001), esta unidade é a mais antiga, sendo
constituída principalmente por rochas ortoderivadas caracterizadas por biotita
gnaisses, muscovita-biotita gnaisses, hornblenda-biotita gnaisses e gnaisses
graníticos e, em menor proporção, anfibolitos e metagranitóides de composições
trondhjemíticas, tonalíticas e granodioríticas.
Segundo Lacerda Filho et al. (2006) e Silva et al. (2006 a), as rochas do
Complexo Rio Apa são correspondentes ao Arco Magmático Rio Apa, e encontram-
se representadas por biotita granitos, álcali-granitos, monzonitos, muscovita-biotita
gnaisses, hornblenda-biotita gnaisses e trondhjemitos, tonalitos e granodioritos, mas
não a definem como a unidade litológica mais antiga da área.
Segundo Godoy et al. (2006 a, b, 2007 a), o Complexo Rio Apa é a unidade
individualizada mais antiga em fácies anfibolito superior exposta do maciço,
composta dominantemente por gnaisses e migmatitos ortoderivados de composição
ácida a tonalítica, além de raros anfibolitos, que se constituem nos principais litotipos
do Arco Magmático Rio Apa. Com ocorrência restrita também foram identificadas
intercalações tectônicas de rochas paraderivadas (migmatitos, gnaisses, xistos e
quartzitos), já descritas por Araújo et al. (1982) e que, da mesma forma, foram
interpretadas pelos autores como remanescentes de um cinturão metamórfico mais
antigo e/ou contemporâneo, denominado de “Cinturão Metamórfico Rio Apa”,
associado possivelmente a um ambiente de bacia marginal (Godoy et al., 2007 b).
Araújo et al. (1982) apresentam para estas rochas datação Rb/Sr com idade
de 1.680±30 Ma e com razão inicial Sr87\Sr86 de 0,706±0,001, interpretada como
indicativa da época dos eventos metassomáticos superimpostos. Del’Arco et al.
(1982) obtiveram datações Rb-Sr de 1.726±38 Ma, com razão inicial de 0,705±0,001,
a qual foi considerada como a idade mínima desta unidade.
A partir dos novos resultados geocronológicos, apresentados por Lacerda
Filho et al. (2006) possivelmente estas idades marcam os eventos metassomáticos
tardios associados ao emplacement do Grupo Amonguijá.
As rochas do Arco Magmático Rio Apa, segundo Lacerda Filho et al. (2006) e
Silva et al. (2007 a), exibem uma assinatura geoquímica cálcio-alcalina de afinidade
adakítica, indicativa de ambiente de arco vulcânico. Datações em zircões (U-Pb
SHRIMP) forneceram idade paleoproterozóica de 1,94 Ga. Os dados Sm-Nd
apresentam uma idade modelo TDM de 2,57 Ga, com valor negativo de εNd(t) -6,
32
Lacerda Filho et al. (2006) e Silva et al. (2006 b), a partir de feições de lavas
almofadadas e das características litogeoquímicas das rochas metabásicas, as
caracterizam como rochas subalcalinas, de quimismo toleítico de fundo oceânico
(tipo MORB), com anomalias negativas de Nb, sugestivas do envolvimento de uma
bacia marginal em um ambiente extensional oceânico.
Quanto aos dados geocronológicos sobre as rochas desta associação,
reportam-se inicialmente a Comte & Hasui (1970) que efetuaram datação
radiométrica pelo método K/Ar (rocha total) em anfibolitos associados a quartzitos e
quartzo xisto e obtiveram idade de 1.056±55 Ma. Para as intrusões graníticas e
diques aplíticos e pegmatíticos que cortam as rochas desta associação, foi obtida
pelo mesmo método, em rocha total, a idade de 1.250±65 Ma.
Araújo et al. (1982) reportam os resultados obtidos em muscovitas de um
muscovita-quartzo xisto, com idade Rb/Sr de 1.265±14 Ma e em anfibólio de um
anfibolito, com idade Rb/Sr de 853±58 Ma.
Araújo et al. (1982) e Godoi et al. (2001), posicionam as rochas deste grupo
no paleoproterozóico considerando que esta associação supracrustal é intrudida
pelas rochas da Suíte Intrusiva Alumiador cuja idade de cristalização obtida pelo
método Rb/Sr é de 1.600±40 Ma. No entanto, como assinalam Godoi et al. (2001),
tais resultados representam idades mínimas, provavelmente reflexo de um evento
metamórfico-tectônico meso-neoproterozóico.
Análises isotópicas Sm-Nd de metabasitos associados ao Grupo Alto Tererê,
obtidas por Lacerda Filho et al. (2006) e Silva et al. (2006 b), apresentaram idade
modelo TDM de 2,26 e 2,28 Ga consideradas, em razão da natureza vulcânica do
protólito, como uma idade de formação próxima os valores obtidos nas idades
modelo. Lacerda Filho et al. (2006) e Silva et al. (2006 b) incluem a sequência
metavulcano-sedimentar no compartimento geotectônico “Remanescente de Crosta
Oceânica”, e a posicionam como basal, por considerar a idade modelo TDM de 2,26 e
2,28 Ga como próxima à idade de cristalização e por estarem intrudidas por
granitóides do Complexo Rio Apa e da Suíte Amonguijá.
Quanto ao posicionamento estratigráfico, Lacerda Filho et al. (2006) o
posicionam como unidade basal do Maciço Rio Apa, em razão da idade Sm-Nd
obtida para metabásicas como sendo “próximas” da idade de cristalização. Esta
idade é interpretada por Godoy et al. (2007a) como a idade do protólito básico.
34
modelo TDM 2,17 Ga e εNd(t) negativo (-0.68), que apontam para um arco juvenil de
margem continental com pouca participação de material crustal. Cordani et al. (2010)
indicam idade U-Pb de 1,84 Ga, idade modelo TDM de 2,50 Ga e εNd(t) negativos de -
2,86 a -5,91 indicando forte participação de material crustal.
Godoy et al. (2006 a, 2007 b) definem para estas rochas a afinidade cálcio-
alcalina de alto potássio a shoshonítica, caráter dominantemente peraluminoso a
metaluminoso e as posicionam como granitos sin-colisionais de arco magmático a
pós-colisionais de ambiente intraplaca.
Cuiabá, como unidade basal ao longo de toda borda leste da faixa, são argumentos
que reforçam a hipótese de Ruiz et al. (2005).
A Faixa de Dobramento Paraguai apresenta uma linearidade e zonalidade
tectônica e litológica dispostas em longas e estreitas faixas paralelas à borda do
cráton, distintas em três estágios estruturais propostos por Almeida (1968),
separados por discordâncias e mudanças contrastantes de litologias, associados a
uma zonalidade tectônica e dispostos em longas e estreitas faixas paralelas à borda
do cráton. As figuras 8 e 9 apresentam uma visão abrangente, destacando as
relações apresentadas da faixa de Dobramento Paraguai e o Maciço Rio Apa.
O estágio supostamente mais antigo (Grupo Cuiabá) é formado por rochas
metamórficas na fácies xisto verde, intensamente dobradas, compostas por
metapelitos, tendo na base quartzitos e metacalcários subordinados.
O estágio intermediário foi definido pelas rochas diamictíticas do Grupo
Jangada (Formação Puga), recoberto pelas sucessões carbonáticas do Grupo
Corumbá. O estágio superior é representado pelo Grupo Alto Paraguai, com
sedimentação continental em sua parte superior.
Alvarenga (1988) também apresentou estruturação da faixa de dobramentos,
com base nas características tectono-metamórficas, magmáticas e estratigráficas,
subdividindo-a em zona externa (ocidental, menos deformada) e zona interna
(oriental, mais deformada), cujos limites foram posteriormente modificados por
Alvarenga & Trompette (1993), retomando os limites das zonas estruturais definidas
por Almeida (1968).
Estes domínios foram denominados mais recentemente por Ruiz et al. (1999)
como Domínio Tectônico das Coberturas de Antepaís constituído por rochas
metassedimentares fortemente deformadas das formações Bauxi, Puga, Araras,
Raizama e Diamantino que recobrem em discordância angular, largos trechos do
embasamento pré-brasiliano.
Estas unidades metassedimentares constituem extensas áreas de estratos
sub-horizontais a levemente ondulados, estando apenas afetados por
basculamentos provocados por falhamentos normais.
O Domínio Tectônico Externo é constituído pelas rochas metassedimentares
das Formações Bauxi, Puga, Araras, Raizama e Diamantino, fortemente afetado
pela orogênese Brasiliana, provocando intenso dobramento linear e holomórfico,
40
3 GEOLOGIA LOCAL
Figura 16. Mapa geológico com destaque às unidades da Suíte Intrusiva Alumiador,
mostrando a disposição de suas fácies.
mais grossa. Também é a biotita o principal mineral que permite que a foliação seja
vista em alguns tipos, pois encontra-se bastante orientada.
A coloração desta fácies varia de acordo com a granulação. Nos tipos de
granulação mais grossa, predomina coloração acinzentada, dada principalmente
pela maior presença de biotita dispersa entre os feldspatos e o quartzo, enquanto
que nos tipos de granulação mais fina, a coloração avermelhada é predominante
pela escassez de máficos e maior presença de feldspato potássico róseo.
Também é característica desta fácies a presença de quartzo anedral de
formato arredondado e equidimensionais, caracterizando a textura equigranular. No
entanto é comum a presença de cristais irregulares de contatos serrilhados, dando
um aspecto cataclástico à rocha, sendo esta feição marcante no tipo em que a
biotita marca a tênue foliação. Nesta rocha, ao microscópio, observa-se a presença
de cristais de feldspato e até mesmo quartzo milonitizado, orientados segundo uma
direção preferencial.
No tipo mais fino desta fácies foi encontrada pequena quantidade de granada;
também sendo comum, em todas as rochas desta fácies, a presença de moscovita,
provavelmente derivada da biotita, já que por vezes ocorre associada e alguns
cristais de moscovita mostram bordas de biotita alterada.
Figura 22 - Mapa geológico mostrando a Suíte Intrusiva Serra da Alegria com seus
conjuntos de rochas.
Nas porções dos sopés das escarpas da serra, principalmente na parte oeste
e sul ocorrem extensos afloramentos na forma de paredões e grandes matacões de
rochas da sequência básica, além de blocos rolados menores de rochas graníticas
microporfiríticas a faneríticas finas das partes mais íngremes da serra. Estas
intrusões afloram entre o contato das rochas encaixantes do Complexo Rio Apa e do
Grupo Alto Tererê e o conjunto ácido dominante do batólito.
A sequência gabro-anortosítica da Serra da Alegria constitui um corpo
cumulático de caráter estratiforme, gerado inicialmente por diferenciação magmática
durante a ascensão de magmas do manto superior.
O magma de composição gabróide é alojado em uma câmera magmática em
níveis crustais mais rasos e é seguido por processos de cristalização fracionada por
segregação gravítica, resultando da flutuação dos plagioclásios e segregação de
cumulatos ferromagnesianos, permitindo assim a geração de grande variedade de
litotipos distintos.
A parte inferior exposta da intrusão é constituída por mela gabros a raros
piroxenitos, que gradam por fracionamento de plagioclásios para transições
composicionais de leuco gabros, quartzo-gabros e gabros e para anortositos no topo
da escarpa.
Associada às rochas gabróides menos diferenciadas da base é frequente a
ocorrência de bolsões de mela pegmatitos básicos, enquanto para o topo mais
diferenciado são mais frequentes leuco pegmatitos básicos.
Veios residuais centimétricos enriquecidos principalmente em plagioclásio e
segregações dos minerais máficos são comuns, além de ocorrer localmente veios
aplíticos de composição quartzo-feldspática, resultando em diferenciados finais a
partir do enriquecimento residual em quartzo e feldspatos. Os contatos das rochas
ocorrem de forma abrupta ou contínua por transições composicionais.
As rochas são inequigranulares grossas e isotrópicas constituídas por gabros
(Figura 23A) que gradam em direção ao topo para variedades leucocráticas de
gabros e quartzo gabros (Figura 23B), ou gradam na base para rochas
melanocráticas de granulação grossa a pegmatóides (Figuras 23C e D).
Variedades de rochas gabróides, apresentando-se enriquecidas em magnetita
e são comuns na parte basal da sequência gabróide, e podem ocorrer sob a forma
disseminada (Figuras 23E e F) ou constituindo feições de acamamento e/ou
63
Figura 24 - Fotografias de seção polida (luz refletida) de gabros com magnetita. Pl.
plagioclásio; Mag. magnetita; Pn. Pentlandita.
das rochas plutônicas (Figura 27): o seguimento norte, denominado de Serra de São
Francisco, e o segmento central, de maior expressão é denominado de Serra da
Bocaina e, que se estende para o segmento sul, também com a mesma designação,
aproximando-se das ocorrências da suíte plutônica na Serra da Esperança nas
proximidades do Rio Apa, na fronteira com o Paraguai. Ocorrências menos
expressivas e localizadas também são observadas pelo relevo destacado em
relação aos sedimentos da Bacia Sedimentar do Pantanal.
As rochas encontram-se principalmente assentadas discordantemente sobre
as rochas do Complexo Rio Apa e estas exposições apresentam-se circundadas
pelos sedimentos da Bacia Sedimentar do Pantanal, visto nas ocorrências que
afloram no segmento central.
Localmente, no extremo sul, observam-se contatos tectônicos nas
proximidades da Serra da Esperança com rochas metassedimentares associadas ao
Grupo Jacadigo ou Grupo Amolar.
No segmento norte são frequentes os contatos com as rochas do Grupo Alto
Tererê e localmente exposições de expressivos riólitos no sopé das ocorrências das
rochas metabásicas do Morro do Triunfo.
A Suíte Vulcânica Serra da Bocaina é constituída por uma diversidade
composicional e textural de rochas subvulcânicas (riólitos e microgranitos),
vulcânicas (riólitos porfiríticos e fluxos de lava), e vulcanoclásticas ácidas que
constituem os termos mais representativos.
Essa sequência magmática é composta por termos de composição álcali-
riólitos a riólitos, incluindo em menores proporções riodacitos, andesitos e dacitos.
As rochas subvulcânicas são observadas em menores proporções e,
principalmente, na forma de diques intrusivos nas demais sequências desta suíte e
são representadas por riólitos a microgranitos granofíricos e microporfiríticos, com
feições texturais e composicionais semelhantes às vulcânicas.
As rochas vulcânicas encontram-se dispostas em camadas e suas rochas
apresentam texturas afaníticas e porfiríticas, microporfiríticas e vitrofírica e estruturas
maciças, mas podendo ocorrer frequentemente estruturas primárias como
evidências de fluxo e acamamento magmático e bombas vulcânicas imersas em
matriz afanítica orientada.
71
(<2mm) (Figura 29A), lapilli (2 a 64 mm) (Ffigura 29C), bomba (> 64 mm e formas
arredondadas) (Figuras 29B, C, D, E e H) e bloco (> 64 mm e formas angulosas)
com ocorrência pouco expressiva. Os depósitos piroclásticos podem ser
classificados como do tipo polimítico constituídos por mais de um tipo de rocha e do
tipo polimodal composto pela combinação de vários tamanhos granulométricos. São
representados em menores proporções por brechas piroclásticas com domínio dos
blocos angulosos a semi angulosos (Figura 29G), mas predominando os
aglomerados caracterizados pelo predomínio de bombas arredondadas (Figura 29B
e H). As feições estruturais mais comuns são de fluxo magmático (Figura 29H) e as
deformacionais restringem-se a uma deformação dúctil regional e por pequenas
zonas em que se expressa uma foliação milonítica (Figura 28H) de direção principal
NW-SE, além de um forte diaclasamento.
Tufos e lapilitos ou mesmo conjugados com diversos tamanhos
granulométricos constituindo tufos de cinza e de lapilli são comuns, e localmente
ignimbritos definidos pela orientação de clastos ou de púmices, compactadas e
definindo uma superfície planar e/ou sinuosa, os fiammes, representando a direção
da deformação. Estes depósitos contêm geralmente vitroclastos, litoclastos e
cristaloclastos que constituem o termo dominante, além de púmice (Figura 29F),
fiammes, fragmentos vítreos altamente compactados desenvolvendo texturas
eutaxíticas (planares) (Figuras 29A, F e G), shards constituindo lascas de vidro
vulcânico e esferulitos e diversificadas estruturas ligadas à desgaseificação.
A Suíte Vulcânica Serra da Bocaina é constituída por rochas subvulcânicas,
vulcânicas e vulcanoclásticas ácidas, sendo que os termos composicionais de maior
expressão encontram-se representados álcali-riólitos a riólitos.
Em menores proporções ocorrem riodacitos, dacitos e andesitos,
dominantemente microporfiríticos a porfiríticos e identificados por apresentarem
colorações róseas claras a cinza e pelo incremento na porcentagem de plagioclásio
em relação ao feldspato potássio e de máficos (hornblenda e biotitas cloritizadas).
Os minerais acessórios como a titanita, apatita, titanita, zircão e minerais opacos,
além de minerais de alteração como epidoto, calcita, clorita e sericita, são comuns.
74
4 GEOLOGIA ESTRUTURAL
Dn.
Esta é a fase principal no rearranjo tectônico paleoproterozoico, sendo
responsável pelo desenho dos dobramentos inversos ou recumbentes regionais,
associados às zonas de falhas de empurrão, responsável pelo cavalgamento, e
inversão tectônica das unidades com transporte tectônico para WNW em direção a
calha do Rio Paraguai.
A deformação de idade meso/neoproterozoica nesta região apresenta-se
preservada basicamente por três fases principais, sendo que as fases Dn+1 e Dn+2
são encontradas com maior facilidade nas rochas da Faixa de Dobramento
Paraguai, mas com certeza, pela sua similaridade direcional, se confundem com as
deformações paleoproterozoicas.
A fase Dn+1 apresenta-se com a formação de dobras invertidas a recumbentes
marcadas por uma clivagem ardosiana ou xistosidade plano-axial Sn+1, nos flancos
dos dobramentos, dominantemente paralela à subparalela a S0, e perpendicular a
diagonal a S0 nos ápices das dobras, com atitude média de N200/20 (Figura 34G).
A fase Dn+2 é definida por uma clivagem ardosiana ou de crenulação Sn+2,
com atitude média de N100/25 (Figura 34H), geralmente paralela ao bandamento
composicional tectônico e presente em todas as unidades do bloco Rio Apa. Está a
fase é a mais importante neste segmento, sendo responsável pelo desenho dos
dobramentos regionais. O transporte tectônico da fase Dn+2 também é para WNW,
portanto o registro Dn e Dn+2 nas rochas mais antigas é de difícil distinção.
Na parte sul do Maciço Rio Apa, envolvendo localmente um imbricamento
tectônico de rochas neoproterozoicas do Grupo Jacadigo (Formação Urucum) com
as rochas mais antigas do Complexo Rio Apa do Batólito Alumiador, são observados
registros bem preservados desta fase Dn+2 no Maciço Rio Apa.
A fase Dn+3 apresenta registro em todas as sequências, caracteriza-se por um
evento transcorrente/transpressivo com formação de dobras abertas do bandamento
composicional tectônico (Dn e Dn+2), e marcada por uma fraca clivagem de
crenulação, preservando as foliações anteriores, vista na figura 34C em
ortognaisses do Complexo Rio Apa e na figura 34F em micaxistos do Grupo Alto
Tererê, a uma forte crenulação de eixo sub-vertical, que se superpõe as demais e
traço axial que evolui gradativamente e regionalmente para falhas direcionais. A
feição Sn+3 gerada pela tectônica dúctil define uma foliação milonítica vertical intensa
85
às zonas de cavalgamento.
O transporte tectônico da fase Dn+2 é para sudeste ou sul, em direção oposta
ao Cráton Amazônico. Localmente ocorrem as duas foliações (Sn+1 e Sn+2), no
entanto, quando paralelizadas, apenas a foliação Sn+2 é preservada (Figura 37).
5 LITOGEOQUÍMICA
Outro fator que torna essa fácies destacada das demais é a assimetria dos
ETR pesados, onde a relação [Gd/Yb]N=3,39, valor este cerca de três vezes superior
as demais fácies, onde os valores situam-se próximos a 1.
O braço de ETR leves possui enriquecimento semelhante às demais fácies,
com [Ce/Sm]N= 5,48. O valor médio da relação [Eu/Eu*]N é 1,01, o que mostra que
não houve fracionamento deste elemento durante a cristalização, isso pode ser
devido ao fato de este magma, já passado por fracionamento nas outras fácies,
possuir empobrecimento dos demais ETR, principalmente Sm e Gd; ou ainda ter
ocorrido contaminação crustal, daí o motivo da existência de moscovita. A
distribuição apresenta maior grau de fracionamento dos elementos terras raras leves
e pesadas sugerindo uma evolução magmática distinta das demais fácies.
APA- APA- REG- APA- APA- REG- APA- APA- APA- REG- APA- APA-
356 418 1 419A 515D 3 416A 508 514 4 515A1 509
SiO2 45,51 46,93 47,83 49,77 51,54 53,24 53,34 45,28 45,39 47,44 48,52 48,92
TiO2 2,83 1,28 1,08 1,69 1,27 0,11 0,08 2,71 2,58 2,49 1,84 3,32
Al2O3 15,53 16,22 24,02 12,01 16,29 27,98 27,77 15,76 15,39 13,12 22,28 12,77
Fe2O3 15,4 13,18 7,52 14,11 11,93 1,33 1,24 15,87 15,67 18,31 7,33 14,93
MnO 0,24 0,21 0,1 0,23 0,2 0,02 0,02 0,2 0,24 0,2 0,12 0,21
MgO 6,56 7,79 1,88 6,64 4,61 0,49 0,32 5,13 5,05 4,93 2,81 5,08
CaO 9,43 9,53 12,57 11,04 7,97 12,19 12,51 8,61 8,55 8,98 10,12 6,21
Na2O 2,27 2,39 2,46 2,5 3,19 3,74 3,78 3,02 1,96 2,55 2,41 2,79
K2O 1,03 0,71 0,26 0,87 0,3 0,23 0,35 0,4 1,3 0,79 1,71 2,01
P2O5 0,36 0,22 0,08 0,17 0,34 0,02 0,02 0,47 0,46 0,35 0,2 1,61
LOI 0,82 1,57 2,21 0,97 2,37 0,65 0,59 2,55 3,38 0,86 2,65 2,18
Total 100 100,02 100,00 100,01 100 99,99 100,01 100 99,99 100 100 100
Cr 138 175 174 167 134 153 111 79 83 187 132 58
Cu 45 103 106 113 22 13 16 46 70 236 60 8
Ni 54 116 25 53 62 15 7 39 53 62 36 17
Zn 89 104 59 80 94 14 10 96 97 100 63 114
Ba 520 358 147 319 305 91 106 486 593 574 710 898
Rb 37 27 17 30 17 11 16 22 45 27 52 56
Sr 312 371 534 314 376 742 701 351 307 358 486 168
Zr 149 116 85 107 138 55 52 186 185 129 103 343
Y 28 27 15 27 29 2 1 34 38 30 20 68
Nb 14 7 6 6 7 1 1 12 13 8 6 14
La 18,52 8,69 5,51 10,31 20,22 1,57 1,78 25,24 27,86 16,95 10,61 45,95
Ce 36,88 18,99 11,64 22,86 40,18 2,72 2,29 52,62 50,5 36,31 22,27 107,7
Nd 24,32 13 6,68 15,81 23,96 1,51 1,5 34,08 36,07 22,8 13,48 65,18
Sm 5,43 3,38 1,49 3,97 5,24 0,2 0,14 7,89 8,55 5,13 2,95 15,69
Eu 2,24 1,36 0,94 1,58 2,07 0,59 0,61 2,63 2,65 1,83 1,34 4,9
Gd 5,44 3,75 1,29 4,25 5,24 0,29 0,23 7,6 8,42 5,13 3,04 16,56
Dy 4,86 4,13 0,92 4,41 5,01 0,25 0,17 7,24 8,32 4,74 2,99 16,77
Er 2,47 2,42 0,38 2,52 2,81 0,15 0,09 3,72 4,31 2,65 1,61 9,06
Yb 2,18 1,87 0,25 2,25 2,66 0,14 0,09 3,21 3,63 2,4 1,57 8,11
Lu 0,32 0,25 0,03 0,34 0,38 0,02 0,01 0,45 0,48 0,35 0,23 1,24
[La/Yb]N 5,73 3,13 14,86 3,09 5,12 7,56 13,33 5,30 5,17 4,76 4,556 3,82
Eu* 24,43 15,91 6,31 18,38 23,55 1,07 0,80 34,90 38,18 23,06 13,43 72,2
Eu/Eu* 1,25 1,16 2,03 1,17 1,20 7,48 10,34 1,03 0,94 1,08 1,36 0,92
[Ce/Sm]N 1,64 1,36 1,89 1,39 1,85 3,28 3,95 1,61 1,43 1,71 1,822 1,66
[Gd/Yb]N 2,01 1,62 4,16 1,52 1,59 1,67 2,06 1,91 1,87 1,72 1,563 1,65
106
SiO2 73,79 74,96 66,11 69,74 71,5 73 74,03 74,54 77,16 77,6
TiO2 0,33 0,37 0,55 0,29 0,53 0,53 0,34 0,33 0,14 0,13
Al2O3 12,27 11,72 15,38 15,76 12,66 12,3 12,64 12,33 12,35 12,1
Fe2O3 3,35 3,44 4,23 2,43 5,04 3,81 3,15 3,21 0,83 0,96
MnO 0,08 0,07 0,13 0,06 0,16 0,11 0,07 0,09 0,02 0,04
MgO 0,15 0,18 1,29 0,85 0,3 0,45 0,19 0,11 0,11 0,07
CaO 1,03 0,77 2,91 2,7 1,34 1,08 0,78 0,8 0,45 0,52
Na2O 3,47 3,51 3,26 3,75 3,79 3,52 3,26 3,29 3,19 3,35
K2O 4,72 4,92 4,31 3,31 4,25 4,65 4,91 4,7 5,29 5,06
P2O5 0,03 0,04 0,19 0,11 0,06 0,08 0,03 0,03 0,01 0,01
LOI 0,78 0,02 1,64 1,01 0,38 0,48 0,62 0,58 0,46 0,16
Total 100,02 99,99 100 100,01 100,01 100 100,01 100 100 100
Cr 167 236 89 181 102 130 148 144 167 176
Cu 6 9 34 377 10 8 7 9 5 2
Ni 5 4 8 8 4 3 5 6 5 4
Zn 88 82 62 52 106 83 83 91 8 15
Ba 1286 1384 1808 1022 1563 1256 1227 1372 135 130
Rb 134 156 117 137 106 143 161 149 303 295
Sr 55 77 471 533 162 151 61 71 9 6
Zr 402 408 187 128 287 303 410 389 76 83
Y 55 57 24 6 49 53 56 68 27 31
Nb 17 17 7 4 12 14 16 16 10 9
La 63,58 60,26 35,29 28,51 58,26 56,87 62,26 73,53 31,05 31,43
Ce 125,15 125,86 68,87 44,29 117,18 118,4 126,47 143,25 58,81 58,62
Nd 60,11 58,31 30,15 18,7 58,76 57,05 59,11 67,44 17,23 17,3
Sm 11,89 11,79 5,66 2,57 11,81 11,34 11,34 13,52 2,71 2,82
Eu 2,24 2,05 1,6 0,94 3,71 2,35 2,07 2,5 0,53 0,52
Gd 10,28 10,08 4,52 1,59 10,51 9,6 10,01 11,71 2,22 2,41
Dy 9,93 9,97 3,91 0,94 9,55 9,36 9,77 11,4 2,85 3,05
Er 5,67 5,68 2,18 0,49 5,23 5,58 5,57 6,48 2,34 2,56
Yb 5,57 5,72 2,13 0,51 5,11 5,4 5,55 5,81 3,45 3,49
Lu 0,84 0,91 0,31 0,09 0,83 0,78 0,84 0,86 0,54 0,55
[La/Yb]N 7,70 7,10 11,17 37,69 7,69 7,10 7,56 8,53 6,07 6,07
Eu* 50,33 49,69 23,24 9,66 50,57 47,61 48,40 57,27 11,23 11,88
Eu/Eu* 0,61 0,56 0,94 1,32 1,00 0,67 0,58 0,59 0,64 0,60
[Ce/Sm]N 2,54 2,58 2,94 4,16 2,39 2,52 2,69 2,56 5,24 5,02
[Gd/Yb]N 1,49 1,42 1,71 2,52 1,66 1,43 1,46 1,63 0,52 0,56
SiO2. Os valores elevados de Na2O e K2O (Figuras 52G e H) são condizentes com
as rochas altamente diferenciadas desta sequência.
segundo os valores de Weaver & Tarney (1984) para crosta inferior (Figura 55B) e
segundo os valores de Taylor & McLennan (1981) para crosta superior (Figura 55C).
6 EVOLUÇÃO GEOLÓGICA
das zonas de empurrões (Godoi et al., 2001) das rochas do embasamento sobre as
rochas mais jovens do Grupo Amonguijá.
O Domínio da Faixa de Dobramento Paraguai constitui uma entidade
geotectônica evoluída às margens SSE do Cráton Amazônico durante a orogênese
brasiliana com idade estendendo-se do Neoproterozoico ao Cambriano.
Este cinturão orogênico apresenta um formato convexo em direção ao ante
país e foi individualizado em três domínios tectônicos dispostos lateralmente ao ante
país (Alvarenga & Trompette, 1993 e Trompette & Alvarenga, 1998) e denominados
por Ruiz et al. (1999) de Domínio Tectônico das Coberturas de Ante país, Domínio
Tectônico Externo e Domínio Tectônico Interno.
O Domínio Tectônico das Coberturas de Ante país é composto por extensas
áreas de estratos sub-horizontais a levemente ondulados, afetados apenas por
basculamentos das unidades sedimentares (Formações Bauxi, Puga, Araras,
Raizama e Diamantino) cobrindo, em discordância angular, largos trechos do
embasamento pré-Cambriano.
O Domínio Tectônico Externo é fortemente afetado pela orogênese brasiliana
e é constituído pelas rochas sedimentares (Formações Bauxi, Puga, Araras,
Raizama e Diamantino), provocando intenso dobramento linear e holomórfico, com
vergência em direção ao antepaís cratônico com o desenvolvimento de megafalhas
reversas ou de empurrão, associadas aos dobramentos regionais, e aos sistemas de
falhas transcorrentes.
O Domínio Tectônico Interno é constituído pelos Grupos Cuiabá e Nova
Xavantina e pelas vulcânicas e corpos graníticos, que serão abordadas mais
intensamente a seguir: Observa-se uma sequência supracrustal em bacia tipo rift
com a deposição do Grupo Cuiabá e o processo acrescionário, com construção do
Cinturão Metamórfico Paraguai e associado à zona de expansão com a construção
do aqui denominado Arco Magmático Paraguai formado pelos granitos sin a tardi-
tectônicos da Província Granitóide Brasiliana, associada a uma tectônica dúctil-rúptil
com formação de zonas de cisalhamento transcorrentes de direção principal N-S.
Esta fase apresenta transporte de massa de NE para SW.
O magmatismo neoproterozóico da Faixa de Dobramento Paraguai é gerado
a partir do retrabalhamento de fontes paleoproterozóicas e as intrusões são
colocadas lado a lado pelo controle de emplacement impondo formas alongadas e
134
Figura 56 - Modelo evolutivo do Bloco Rio Apa e sua correlação com a Faixa de
dobramentos Paraguai.
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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