Introdução
Introdução
Introdução
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1
OBJECTIVO GERAL:...................................................................................... 3
JUSTIFICATIVA: ............................................................................................. 4
1
A anemia associada à malária é comum. As mulheres grávidas expostas à
malária têm uma prevalência relativamente elevada de anemia, abortos
espontâneos, nados mortos, baixo peso a nascença e parto prematuro.
(MACIEL et al., 2012;).
A cada ano, aproximadamente 50 milhões de mulheres que moram em áreas
endêmicas para malária se tornam grávidas, metade delas na África
Subsahariana, onde o Plasmodium falciparum é a espécie prevalente. Nessa
região, classificada como de alta transmissão ou estável, as mulheres
adquiriram uma significante imunidade protetora, sendo suscetíveis a infecções
assintomáticas que podem resultar em anemia materna e baixo peso ao
nascer.
Em áreas de baixa transmissão, como muitas partes da Ásia, América Latina e
Africa, as mulheres apresentam pouca ou nenhuma imunidade à malária
causada por P. falciparum no momento em que se tornam grávidas e então,
estão suscetíveis a episódios de malária grave, podendo resultar em aborto,
nados-morto ou em morte materna.
As mulheres grávidas são particularmente vulneráveis à malária. Um estudo
realizado em Coari, Amazonas, viu que a probabilidade de se adquirir malária é
cerca de cinco vezes maior em gestantes comparado com mulheres da mesma
idade não gestantes. Além disso apresentam risco elevado de infecção por
Plasmodium falciparum quando comparadas com mulheres em idade fértil não
gestantes como mostrou o estudo realizado na Fundação de Medicina Tropical
(Heitor Vieira, 1998).
Em relação às características da gestante com malária, em áreas de alta
transmissão, as primigestas apresentam maior risco de infecção, ao contrário
de áreas de baixa transmissão. Ser adolescente também é um fator de risco
independente para a malária na gravidez, ou seja, adolescentes primigestas ou
multigestas apresentam maior risco de adquirir malária e de seus efeitos
adversos quando comparadas com primigestas ou multíparas adultas. Estas
observações sugerem que a imunidade associada à idade materna e à
paridade desempenham papel importante na dinâmica da infecção malárica na
gestação em áreas de transmissão estável.
2
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO:
Quais são as consequências da malária em mulheres grávidas no
hospital maternidade do Cuando Cubango?
SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
Estudos que avaliam o conhecimento das pacientes com problemas de malária
em mulheres grávidas e suas consequência na grávidez, diversas reações à
perda da uma gravidez podem ser influenciadas pelo grau de investimento na
gravidez e pela ligação (vinculação) que a mãe sente pelo feto. Ao contrário do
que se possa pensar, as reações à perda não são necessariamente
influenciadas pelo tempo de gestação estes autores diferenciam à vinculação e
investimento. Sendo que, a vinculação está relacionada com os sentimentos
desenvolvidos pelo bebê, enquanto o investimento na gravidez está associado
a um processo mais ativo de envolvimento com o feto.
Falta de seguimento adequado, além da ausência de sistema integrado de
informações nos diferentes serviços de atendimento à saúde do paciente;
OBJECTIVOS ESPECIFICOS:
Identificar as consequências da malária em mulheres grávidas do
hospital maternidade do Cuando Cubango;
Adaptar as medidas de prevenção em mulheres grávidas para ajudar na
evolução da sua saúde no hospital maternidade do Cuando Cubango;
Avaliar os níveis de prevenção da malária em mulheres grávidas no
hospital maternidade do Cuando Cubango;
Seleccionar as características das mulheres grávidas com infecção da
malária no hospital maternidade do Cuando Cubango;
Descrever os números de casos registados em cada exame realizado
nas mulheres grávidas do hospital maternidade do Cuando Cubango;
3
Estabelecer possíveis associações entre factores ligados à mãe (como a
idade materna, a paridade e a duração da gestação, número de
consultas pré-natais, escolaridade materna) e ao recém-nascido (má
formação congênita e sexo) com a presença de baixo peso ao nascer
nos recém-nascidos.
JUSTIFICATIVA:
Actuando na área de enfermagem como estudantes e estágiarios, três meses à frente
do serviço de maternidade, deparamo-nos, algumas vezes, com problemas
relacionados à malária na gravidez, Observamos dificuldades dos técnicos em
explicar problemas inerentes as consequências da malária na gravidez. A
mortalidade pela malária tem sido bastante prejudicial para a saúde, estes
casos tem ocorrido através da falta do saneamento básico e da higienização,
devemos ajudar a melhorar as medidas que visam prevenir as consequências
da malária em mulheres grávidas para obter maior qualidade de vida, já que
segundo Hipócrates diz que a melhor medicina não é curativa mais sim
preventiva, O factor que nos levou a escolher este tema é para melhorar as
medidas de prevenção, no hospital maternidade do Cuando Cubango.
4
1.11. METODOLOGIA
5
Capítulo nºI -
Fundamentação
Teórica
6
1.1. CONSEQUÊNCIAS DA MALARIA EM MULHERES
GRAVIDAS, ESTUDO REALIZADO NO PERÍODO DE
quatro MESES.
Quarenta por cento da população mundial está sob algum risco de contrair
malária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a malária o maior
problema de saúde pública em muitos países, principalmente naqueles em
desenvolvimento. Estima-se que cerca de 300 a 500 milhões de pessoas sejam
infectadas a cada ano, sendo os países da África responsáveis por 90%
dessas pessoas. A mortalidade é bastante expressiva e chega a ocorrer mais
de um milhão de óbitos, principalmente em crianças menores de 5 anos e
gestantes. (OMS, 2015)
7
A malária na gravidez é um importante problema de saúde pública visto que
está associada a eventos adversos à gestante, ao feto e ao neonato. Os
eventos adversos descritos incluem desde anemia materna, aborto, parto
prematuro, nadomorto, baixo peso ao nascer, até morte materna. Silva F. N. et
al., (2012, p. 1169),
8
Ser adolescente também é um fator de risco independente para a malária na
gravidez, ou seja, adolescentes primigestas ou multigestats apresentam maior
risco de adquirir malária e de seus efeitos adversos quando comparadas com
primigestas ou multíparas adultas. Estas observações sugerem que a
imunidade associada à idade materna e à paridade desempenham papel
importante na dinâmica da infecção malárica na gestação em áreas de
transmissão estável.
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efeito adverso da malária na gravidez
O principal efeito adverso da malária na gravidez é a anemia. Em áreas
endêmicas, malária e anemia atuam juntas na redução do peso ao nascimento.
Seus efeitos independentes são difíceis de distinguir. Em um estudo conduzido
em uma área altamente malarígena na Papua Nova Guiné, a anemia materna
grave foi associada com baixo peso ao nascer nas primigestas, mas não houve
associação consistente entre parasitemia positiva e baixo peso ao nascimento.
Porém, um estudo mais recente, conduzido no mesmo país, que tentou
quantificar os efeitos separados da anemia e da malária atribuíveis ao baixo
peso ao nascer, concluiu que, em áreas malarígenas, a malária foi o fator de
risco mais importante para o baixo peso ao nascer comparado com a anemia.
(COUTINHO, et al, 2012, p. 589).
10
Outro estudo realizado na mesma região africana, onde foram realizadas
avaliações histopatológicas placentárias de 357 mulheres encontrou vários
fatores de risco para BPN descritos em áreas endêmicas de malária, como
baixa renda econômica, frequência da assistência pré-natal, sintomas febris
recentes, concentração da hemoglobina materna, infecção malárica materna ou
placentária, e uso de antimaláricos. O peso ao nascimento e os níveis de
hemoglobina foram mais baixos nas mulheres que apresentaram monócitos
pigmentados na placenta. Mulheres com monócitos pigmentados na placenta
apresentaram maior taxa de BPN e anemia do que mulheres sem. (SANTOS,
2010)
A Malária em Angola
A caracterização epidemiológica da malária na gravidez em Angola indica
tratar-se de uma doença infecciosa de transmissão perene com picos sazonais
e com diferentes níveis de endemicidade, que variam de acordo com as
regiões. As províncias do sul do país (Huila, Cunene, Cuando Cubango e
Namibe), devido às suas características geomorfológicas e climáticas são
consideradas de risco epidémico, assim como a província de Luanda (devido a
elevada densidade demográfica periurbana e deficiente saneamento básico do
meio). As províncias do Norte são consideradas hiperendêmicas e as do
Centro são chamadas de mesoendêmicas estáveis. (NERY, et al., 2011, p. 36).
11
Presume-se que todas as mulheres grávidas em Angola, podem ter parasitas
da malária no seu sangue ou placenta, quer apresentem ou não sintomas, por
isso estão em risco de contrair a doença e devem prevenir-se.
13
Pacote Essencial de Cuidados e Serviços de Saúde
A partir da aprovação da Política Nacional de Saúde em 2010, o Ministério de
Saúde (MINSA) iniciou o processo de Revitalização do Sistema Municipal de
Saúde para promover a prestação de serviços.
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Epidemiologia da infecção malárica na gestação
Plasmodium vivax é a espécie mais prevalente de malária na região das
Américas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, do total de casos de
malária por P. vivax notificados no mundo, a América é responsável por 17%
dos casos.
16
Estratégias para o controle da malária na gestação
As ferramentas para o controle de malária incluem mosquiteiros impregnados
com inseticida de longa duração, terapia combinada baseada em artemisina,
tratamento preventivo intermitente na gravidez.
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infantil é três vezes maior nas crianças com BPN do que nas de peso
adequado ao nascer. Os efeitos na mortalidade neonatal foram mais
marcantes, um RNBP teve nove vezes mais chance de vir a falecer no primeiro
mês de vida do que o RN de peso adequado ao nascer.
18
Componentes para o Controlo da Malária na Gravidez
Para o controlo da malária na gravidez, as unidades sanitárias deverão estar
preparadas e equipadas para oferecer à grávida, na consulta pré-natal (CPN),
o pacote essencial de cuidados de saúde destacando-se o seguinte:
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Promoção de Saúde sobre a Malária na Mulher Grávida
A gravidez é um acontecimento de muito valor na vida da mulher, parceiro e
familiares. É caracterizada por um período de mudanças físicas e emocionais;
determina o acompanhamento pré-natal, que oferece respostas e apoio aos
sentimentos de medo, dúvidas, angústias, fantasias, ou simplesmente a
curiosidade de saber o que acontece com o seu corpo.
20
Capitulo nº II - RESULTADO DA
DISCUSSÃO
21
2.1. RESULTADO DOS INQUÉRITOS
Resultado dos inquéritos aplicados para recolha de informação no campo de
estudo. Com o propósito de conhecer a situação que se investiga, foram
aplicados inquéritos para obter informações viáveis para a presente
investigação. O mesmo foi dirigido a onze (11) funcionários da Maternidade
Provincial do Cuando Cubango. (ver gráficos a seguir #1,2,3). Os gráficos
ilustrados é para elucidar o sucedido durante a investigação.
2.2. Dados estátisticos de individuos com Malária de Novembro a
Fevereiro no hospital Maternidade do Cuando Cubango.
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Série1 Série2
63,6%
36,4%
7
sim Não
Série1 Série2
90,90%
10
9,1%
1
Sim Não
Os resultados indicam que 90,90% dos técnicos inquiridos dizem que são os
(sinais e sintomas) na pessoa que foi picada. Enquanto que 9,1% dos mesmos
inquiridos dizem que não.
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2.5. Gráfico da 3ª pergunta: As mulheres grávidas com malária podem
não apresentar sintomas?
Série1 Série2
36,4%
27,2%
4 18,2% 18,2%
3
2 2
Os resultados mostram que 36,4% dos inquiridos dizem que sabem e deram
respostas correctas, enquanto 18,2% dos mesmos dizem que não sabem, e um
total de, 27,2% dos tais inquiridos dizem que talvez sabem, mais não sabem
explicar e, 18,2% dos técnicos inquiridos dizem que nunca ouviram falar.
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2.6. Propostas
1. Propomos a Direcção provincial de Saúde que realize formação de
quadros e actualização trimestrais para responder com as
necessidades das populações;
2. Para os estudantes do ITS em parceria com saúde pública, seria bom
que realiza-se palestras, seminários de capacitação trimestralmente
com objectivo Identificar e caracterizar as causas da malária em
mulheres gravidas e suas consequências;
3. Para as unidades sanitárias propõe-se que se compreenda os
mecanismos de combate a infecções por malária e a eliminação de
patógenos.
25
2.7. Conclusões
26
2.8. Recomendações
1. Dar a conhecer aos corpos directivos das unidades sanitárias onde
realizamos o estágio a considerarem os resultados obtidos nesta
investigação;
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2.9. Referências Bibligraficas
1. Van-Dúnem (2010 – p.26), Discurso de Sua Excelência Senhor Ministro
da Saúde Dr. José Vieira no Fórum sobre o reforço do SNS a nível;
2. Maciel et al, (2012, p. 589), DIAS, A. C. G. Fatores que Tornam
Adolescentes Vulneráveis à Ocorrência de Gestação. Adolescência e
Saúde;
3. Ministério da Saúde, DNSP, Programa Nacional de Saúde Reprodutiva,
PNCM. (2014). Normas técnicas para o controlo da malária na gravidez.
Luanda;
4. Heitor et al, (1998, p. 54-64), Cunningham FG, Gant NF, Alexander JM,
Bloom SL, Casey BM, et al. Manual de Obstetrícia de Williams. 21ª ed.
Porto Alegre: Artmed; Abortamento;
5. PNCM - Ministério da Saúde. (2015). Bases da Política Nacional de
Tratamento da Malária em Angola. Luanda;
6. Organização Mundial da Saúde (OMS). (2013); Abortamento seguro:
orientação técnica e de politicas para sistemas de saúde. 2a ed.
Ginebra: OMS;
7. Demo. (2003). Manual de procedimentos e protocolo de tratamento,
prevenção e controlo da malária durante a gravidez. Luanda;
8. Silva, et al, (2012, p. 1169), Aspectos emocionais do abortamento
espontâneo habitual [dissertação]. São Paulo: Pontífice Universitária;
9. Souza, et al, (2012, p. 38-49), A. Atualizando os dados sobre a
interrupção voluntária da gravidez no Brasil. [S.l.]: Estudos Feministas;
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