Caminhos Metodologicos Um Re Pensar No Processo de Ensino Aprendizagem

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CAMINHOS METODOLÓGICOS: UM RE-PENSAR NO

PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.


Autor:
Janaina Elizabeth Schmidt Momm
Mariana Sabrina Gasperi da Silva
Professor Orientador: Ana Cecilia Demétrio
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1831) – Projeto de ensino em Educação - TG
05/11/2020

RESUMO

O ato de ensinar e aprender dentro das escolas necessita de um planejamento que defina
metodologias de ensino a partir da realidade do aluno. Ao planejar, a relação entre teoria e
prática permite que as metodologias sejam aplicadas e re-pensadas, no sentido de promover o
ensino e a aprendizagem de maneira expressiva. Assim, Para alcançar esse propósito, a
metodologia utilizada contou com a abordagem qualitativa, além disso, abarcou uma pesquisa
bibliográfica e documental. Através relato de experiência, foi possível destacar nossa área de
concentração que é a metodologias de ensino utilizadas analisamos e fundamentamos uma
metodologia condizente com a realidade do aluno. Isso potencializa o processo de ensino
aprendizagem que se torna real, concreto, satisfatório, adequado e prazeroso. Por fim, considera-
se que o aluno passa a ser o sujeito construtor do seu próprio conhecimento e o professor mediador
dessa prática.

Palavras-chave: Metodologias; re-pensar, mediar.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho surgiu do interesse em conhecer as metodologias utilizadas pelos


profissionais da educação. Nesta perspectiva, ao refletirmos sobre essa temática temos por objetivo
conhecer de que forma as metodologias utilizadas em sala de aula influenciam o processo de ensino
e aprendizagem no âmbito escolar. Para isso, partindo do desejo de contribuir de forma significativa
com a prática docente que é considerada muito importante para enriquecer as aulas dos educadores
e fazer com que os alunos se tornem sujeitos críticos - reflexivos na sociedade que estão inseridos
tentando elencar aspectos pertinentes acerca das discussões que permeiam o fazer pedagógico.
O processo de ensino e aprendizagem nas escolas necessitam de um olhar diferenciado, isso
significa dizer que a prática pedagógica carece de planejamento diário. Todavia, somente o planejar
a partir da realidade sociocultural dos alunos poderá desencadear metodologias de ensino que
estejam vinculadas a esse contexto. A práxis educativa pode nesse sentido, transformar o ensinar e
aprender real, concreto, significativo. A partir desse pressuposto, o objetivo desse trabalho foi
identificar quais metodologias podem gerar possibilidades que influenciam os alunos no que tange a
um processo de ensino aprendizagem significativo. A justificativa caminha no sentido de oferecer
aos alunos meios mais interessantes e atrativos, do que estar em uma sala de aula simplesmente
ouvindo o professor. Nota-se, desse modo, a importância do planejamento educacional para o
desempenho de aulas condizentes com o público. Essa ausência de metodologia que conduz as
práticas tradicionais e cotidianas em sala de aula identifica um cenário em que professores e alunos
se encontram distantes do processo de ensinar e aprender. Nesse sentido, a relevância desse estudo
está em apresentar possibilidades de ações que vão ao encontro da realidade, no sentido, de
proporcionar a interação entre professores/alunos e ensino/aprendizagem. Dessa forma, a
metodologia de construção abordou pesquisa bibliográfica e documental, seguida de um relato de
experiência.
Promover a excelência e a equidade na educação é garantir que todos tenham acesso a uma
educação de qualidade mediada pelo professor com metodologias de ensino que os motive, que os
tragam para sala de aula para cumprir a missão que é contribuir para o processo de ensino e
aprendizagem repensando suas metodologias.
É, portanto, nesta parceria conjunta de construção do conhecimento que se deve pautar a
escola/ensino, entendidos como eixos norteadores das ações exercidas pelo professor no contexto
escolar, no sentido de compreender a realidade de forma a extrapolar os seus ditames. Para
compreendermos as implicações da nossa temática e sistematizarmos nosso trabalho, recorremos a
Borges e Alencar (2014) Nos apresenta que as metodologias de ensino ativas colocam o aluno como
o protagonista do processo de ensino e aprendizagem; Libâneo (1994) Relaciona a vivencia e tudo o
que o aluno conhece de mundo é o que trás com a sua bagagem, cultural vivenciada no cotidiano;
Namo (1987) Ressalta que a educação constitui á construção de uma sociedade democrática,
destacamos aqui alguns dos autores que norteiam o nosso trabalho.
Pensar em ensino é refletir a prática das metodologias e estratégias efetivadas pelo professor, o
mediador do conhecimento. Diante disso, para que os conteúdos sejam ensinados de maneira
significativa é necessária à articulação de um conjunto de estratégias, metodologias e ações que
possam possibilitar o envolvimento dos alunos nas aulas. Visto que, escola enquanto espaço de
construção e difusão do conhecimento deve contemplar uma educação prazerosa.

2 METODOLOGIA DE ENSINO O PROFESSOR COMO MEDIADOR


O método de ensino é o caminho para atingir um objetivo e o nosso maior objetivo é
que o nosso aluno adquira conhecimento e aprenda, mas estes não se realizam por si mesmos, sendo
sempre necessária a nossa atuação, ou seja, a organização de uma sequencia de ações para atingir
esse objetivo principal. Os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se organizam as
atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um
conteúdo específico (LIBÂNEO, 2013, p. 167).
Um exemplo, um engenheiro em busca da finalização de uma obra, e para isso, utiliza
métodos que o levem a finalização, mão de obra, projetos, materiais. Já nossos alunos têm como
objetivo a aquisição de conhecimentos e, para isso utiliza métodos que busquem a assimilação de
conhecimentos através da metodologia de ensino.
O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino/ aprendizagem dos alunos,
utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos e métodos de ensino, o método de ensino
expressa a relação conteúdo-método, no sentido de que tem como base um conteúdo determinado, o
método vai à busca das relações internas de um objeto, de um fenômeno, de um problema, uma vez
que esse objeto de estudo fornece as pistas, caminho para conhecê-lo.
A metodologia de ensino propicia a descoberta das relações entre as coisas que
estudamos com relação a coisas que estão em constante transformação.
Podemos até arriscar falando que, os métodos de ensino são ações do professor pelas
quais se organizam as atividades de ensino dos alunos, para atingir objetivos do trabalho docente
em ralação a conteúdos específicos, lembrando que a escolha dos métodos de ensino deve
corresponder à organização do ensino.
O ato de ensinar na educação formal leva o professor a decidir questões que implicam
diretamente no aluno/cidadão atuante na sociedade. É preciso definir que metodologia de ensino
prefere seguir, para assim aplicar métodos que nortearão as técnicas de aprendizagem.
O professor precisa ser o mediador, democrático da prática pedagógica busca um
caminho/ “método” para conduzir sua metodologia de ensino e assim firmar seu objetivo, que é o de
ensinar e o aluno aprender. A metodologia e o método se concretizam a partir do pensar que,
metodologia de ensino manifesta aquilo que o professor concebe como método significativo à
realidade de seus alunos, sendo essa estrutura necessária para aplicar a técnica que complementará o
processo para alcançar o objetivo maior que é o aluno aprender.

Guiomar Namo de Mello (1987, p.22) diz que:

A escolarização básica constitui instrumento indispensável á construção da sociedade


democrática, porque tem como função a socialização daquela parcela do saber
sistematizado que constitui o indispensável á formação e ao exercício da cidadania. Ao
entender dessa forma a função social da escola, pressupõe-se que não é nem redentora dos
injustiçados e nem reprodutora das desigualdades sociais e, sim, uma das mediações pelas
quais mudanças sociais em direção a democracia podem ocorrer. (...) Uma tal concepção
sobre o papel da educação (...) estabelece como objetivo maior da política educacional e
efetiva universalização de uma escola básica unitária, de caráter nacional. Só essa escola
será democrática no sentido mais generoso da expressão, porque garantirá a todos,
independentemente da região em que vivam, da classe a que pertençam, do credo político
ou religioso que professem, uma base comum de conhecimentos e habilidades.

O trabalho docente deve ser organizado e orientado para educar a todos os alunos da
classe coletiva, o professor deve empenhar-se para que os alunos aprendam a comportasse tendo em
vista o interesse de todos, ao mesmo tempo em que presta atenção às diferenças individuais e às
particularidades de aproveitamento escolar.
Para isso, podem ser adotadas as seguintes medidas; professor explica com clareza os
objetivos da atividade; desenvolver um ritmo de trabalho de acordo com o nível máximo de
exigências que se podem fazer para aquele grupo de alunos; prevenir as particularidades
desfavoráveis ao trabalho escolar, como por exemplo: colocar nas primeiras carteiras os alunos com
problemas de visão ou audição dirigir-se com mais frequência a alunos distraídos, dar mais detalhe
de uma tarefa a alunos lentos ou de inclusão; considerar que a capacidade de assimilação da
matéria, a motivação para o estudo e os critérios de valorização dos alunos, não são iguais para
todos os alunos: tais particularidades requerem uma atenção especial do professor a fim de colocar
os alunos isolados em condições de participar do trabalho coletivo, sempre incluir todos nas
atividades; domínio dos métodos, procedimentos e formas de direção, organização e controle do
ensino; compreensão da unidade: objetivo – conteúdos – métodos, tarefas importantes de
planejamento, direção do processo de ensino e aprendizagem e avaliação.
Quanto à metodologia, propõe-se a utilização da pesquisa como princípio educativo,
visando o desenvolvimento de atitude investigativa por parte dos alunos e, assim, propiciar-lhes
melhor compreensão da realidade da educação infantil e a construção de novas formas de atuação
na educação de crianças.

Oliveira (2008, p. 174) assim se posiciona:

As ações dos professores nas salas de aulas não se desenvolvem isoladamente, não são
resultados apenas de suas características pessoais (suas crenças, valores, expectativas), mas
refletem o tipo de cultura da instituição, considerada no contexto mais amplo das políticas
de reformas e mudanças educacionais que exercem influências no cotidiano da escola e,
consequentemente, nas práticas dos professores.
E corroborando sobre práticas pedagógicas, Pletsch (2010, p. 158-159); analisaremos

mais uma contribuição:

Tomando como base as diferentes relações e ações presentes no interior da escola e a


influência que recebe das práticas externas a ela, usaremos o termo prática associado ao
currículo. Entendemos que as práticas curriculares são ações que envolvem a elaboração e a
implementação do currículo em suas diferentes dimensões (planejamento, metodologias,
estratégias de ensino, avaliação, tempo e espaço de aprendizagem).

Podemos conclui que a metodologia de ensino está aliada ao que “pode e precisa ser
feito” quanto à prática pedagógica, além disso, representa o processo de viabilização e veiculação
dos conteúdos entre o professor e o aluno, quando então manifesta a sua dimensão prática e sua
prática.
Essa veiculação dos conteúdos entre professor e aluno garante a aprendizagem, porém,
para que isso se torne prática pedagógica coerente com a realidade caberá ao professor decidir
“quais/como” as metodologias de ensino serão aplicadas. Ao revelarem significativas para o aluno,
a participação e o envolvimento com o conteúdo consequentemente serão expressivos, o que se
aproxima de uma aprendizagem com maior rendimento. Logo, essa relação professor e aluno
marcado pela execução da metodologia de ensino demonstra o quão necessário se faz o professor
planejar seu trabalho, a partir de referenciais teóricos que fundamentaram a sua prática com coesão
e coerência direcionando sua prática pedagógica ao objetivo.

2.1 PRÁTICAS EDUCATIVAS

O ofício de professor vai além do que estudamos, tem que ser algo natural e absoluto,
concreto e ao mesmo tempo maleável, pois tende a moldar conforme seus alunos, segundo
Sebastian. Está em constante atualização e mudança, pois nos tempos atuais ser professor não é
apenas estar em uma sala de aula ensinando o conteúdo, vai muito, além disso, é preciso de novas
práticas e novos olhar para ser exposto conteúdo e fazer com que o aluno consiga absorver por
completo o que o professor havia planejado.

A prática educativa é algo mais do que expressão do ofício dos professores, é algo que não
lhes pertencem por inteiro, mas um traço cultural compartilhado, assim como o médico não
possui o domínio de todas as ações para favorecer a saúde, mas as compartilha com outros
agentes, algumas vezes em relação de complementariedade e de colaboração, e, em outras,
em relação de atribuições. A prática educativa tem sua gênese em outras práticas que
interagem com o sistema escolar e, além disso, é devedora de si mesma, de seu passado.
São características que podem ajudar-nos a entender as razões das transformações que são
produzidas e não chegam a acontecer (SACRISTÁN, 1999, p. 91).
Para que se possa ter coerência e resultados no processo ensino aprendizagem é
necessário saber fazer a ponte de ligação entre estes pontos. As práticas educativas são parte
inerente a este processo e cabe ao professor com seu discernimento e competência proporcionar a
seus alunos a melhor forma de aproveitar o que lhes é ensinado.
O processo educativo em si independe do ambiente em que este esteja sendo
possibilitado, pois se o indivíduo estiver munido das práticas corretas, este processo pode se dar de
forma ampla oportunidade assim um ensino de qualidade. Os diversos aspectos que contribuem para
a criação de oportunidades de aprendizagem têm como principal meta permitir ao educador definir
estratégias e objetivos que em conjunto com a participação do educando possam melhorar a
qualidade do ensino.
As práticas educativas, ou seja, a educação como um todo é parte importante e por que
não, determinante na formação de todo o indivíduo. Não só no âmbito escolar, mas também na
sociedade como um todo, pois a educação é um fenômeno social e universal, sendo uma
necessidade a toda atividade humana. (LIBÂNEO, 1994).
Relacionando à vivência do aluno, ligado ao conhecimento de mundo que este já
carrega em sua bagagem educacional e as práticas educativas é possível tornar o ato de educar algo
atrativo e prazeroso ao educando. Atualmente pode-se dizer que tanto a prática educativa, bem
como os objetivos e conteúdos relacionados ao ensino estão intimamente ligados a fins ideológicos,
políticos e sociais, por isso mais ainda se justifica a ligação entre todas as partes.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução
CNE/CEB nº 5/2009)27, em seu Artigo 4º, definem a criança como;

Sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que
vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).

Corroborando com as DCNEI, em seu Artigo 9º, “os eixos estruturantes das práticas
pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas
quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e
interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e
socialização” (BRASIL, 2009, p. 35).
A metodologia que agrega ensino e pesquisa pode possibilitar ao professor a
reorganização do trabalho docente, por sua vez, os alunos deixam de receber os conteúdos prontos e
acabados. O aprender a aprender coloca o professor e o aluno como agentes de investigação, para
tanto, superam as perguntas com respostas prontas e sugerem a proposição de problematizações
para as quais é preciso buscar as possíveis respostas (BEHRENS, 2005).
Mas a concepção de pesquisa também precisa ser repensada, pois não se trata de copiar
folhas e folhas de conteúdos sem entender o sentido do tema. O professor e o aluno juntos buscam
as soluções possíveis para o problema; para tanto, focados no questionamento, partem para a coleta
de informações em diversas fontes, ou seja, na biblioteca, na literatura, com profissionais da área,
nos laboratórios de informática, nos recursos tecnológicos, entre outros.
De posse das informações coletadas, o docente propõe aos alunos discussões criticas
sobre os temas pesquisados e, consequentemente, selecionam os conhecimentos relevantes para a
aprendizagem significativa. Diante dessa perspectiva, faz-se necessária a reflexão sobre a
proposição de novas metodologias que possam atender às necessidades da realidade atual.
Ensinar e aprender aponta as possibilidades de oferecer aos alunos outra maneira de
aprender, a partir de problemas advindos da realidade. A produção de conhecimento, para ter
significado, precisa estabelecer relações com a vida dos alunos. A intenção é favorecer o
desenvolvimento de estratégias de indagação, interpretação e apresentação do processo, o que
requer investigar um tema por meio de um problema, que, por sua complexidade, favoreça o melhor
conhecimento dos alunos, dos docentes, de si mesmos e do mundo.

2.2 METODOLOGIAS ATIVAS E AS ESTRATÉGIAS PARA UM ENSINO EFICAZ

As Metodologias ativas, ao se apresentarem como estratégias de potencializar as ações


de ensino e aprendizagem por meio do envolvimento dos estudantes como atores do processo e não
apenas como espectadores, têm se configurado como formas de convergência de diferentes modelos
de aprendizagem, incluindo, dessa forma, as tecnologias digitais para promover as ações de ensino e
de aprendizagem, envolvendo um conjunto muito mais rico de estratégias ou dimensões de
aprendizagem.

Através de Freire (2006):

As metodologias ativas estão alicerçadas em um princípio teórico significativo: a


autonomia, algo explícito na invocação. Nesse sentido, Mitre et al. (2008) consideram que
as metodologias ativas utilizam a problematização como estratégia de ensino-
aprendizagem, com o objetivo de alcançar e motivar o discente, pois diante do problema,
ele se detém, examina, reflete, relaciona a sua história e passa a resignificar suas
descobertas. A problematização pode levá-lo ao contato com as informações e à produção
do conhecimento, principalmente, com a finalidade de solucionar os impasses e promover o
seu próprio desenvolvimento.

Ao enfatizarmos a importância da inserção de metodologias ativas nas instituições de


ensino reforçamos que a urgência desse processo é a reflexão de que não existe uma forma única de
aprender e que a aprendizagem é um processo contínuo em que todos os envolvidos no processo
devem ser considerados como peças ativas!
A utilização de metodologias ativas de forma integrada ao currículo requer uma reflexão
sobre alguns componentes fundamentais desse processo: o papel do professor e dos estudantes em
uma proposta de condução da atividade didática que se distancia do modelo considerado
tradicional; o papel formativo da avaliação e a contribuição das tecnologias digitais; a organização
do espaço, que requer uma nova configuração para o uso colaborativo e integrado das tecnologias
digitais; o papel da gestão escolar e a influência da cultura escolar nesse processo. O papel
desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino
tradicional e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e
envolvimento com as tecnologias digitais.

As metodologias de ensino vão de encontro das necessidades que surgem no decorrer


do dia a dia das pessoas que vão de encontro ao conhecimento e aprendizagem. Elas surgem em um
contexto de valorização da autonomia para uma aprendizagem eficaz.
Para atender a demanda e garantir aos alunos uma aprendizagem completa é preciso que
a escola, e os professores invistam em novos saberes e caminhos para que isso ocorra, garantindo
assim qualidade e aproveitamento dos assuntos aprendidos no contexto escolar, a fim de que os
mesmos sejam aplicados no cotidiano.

Para Borges e Alencar (2014), o uso de metodologias ativas torna o aluno o protagonista do
processo de ensino-aprendizagem, favorece a autonomia, desperta a curiosidade e a
problematização dos conteúdos. Contudo, a utilização dessas metodologias não deve ser
feita de forma brusca em sala de aula, uma vez que a maior parte das escolas brasileiras se
utiliza do método tradicional de ensino, isto significa que, tanto os alunos quanto os
profissionais educadores, estão adaptados a este modelo. Logo, qualquer mudança precisa
ser feita de maneira consciente e planejada pelo professor.

Metodologias são grandes diretrizes que orientam os processos de ensino e


aprendizagem e que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas, específicas,
diferenciadas. As metodologias ativas num mundo conectado e digital se expressam através de
modelos de ensino híbridos, blended, com muitas possíveis combinações. Alguns componentes são
fundamentais para o sucesso da aprendizagem: a criação de desafios, atividades, jogos que
realmente trazem as competências necessárias para cada etapa, que solicitam informações
pertinentes, que oferecem recompensas estimulantes, que combinam percursos pessoais com
participação significativa em grupos, que se inserem em plataformas adaptativas, que reconhecem
cada aluno e ao mesmo tempo aprende com a interação, tudo isso utilizando as tecnologias
adequadas.
Contar, criar e compartilhar histórias é muito mais fácil hoje. Podemos fazê-lo a partir
de livros, da Internet, de qualquer dispositivo móvel. Crianças e jovens gostam e conseguem
produzir vídeos e animações e postá-los imediatamente na rede. Existem aplicativos fáceis de
edição nos smartphones. As narrativas são elementos poderosos de motivação e produção de
conhecimento.
Os jogos e as aulas roteirizadas com a linguagem de jogos (gamificação) estão cada vez
estão mais presentes na escola e são estratégias importantes de encantamento e motivação para uma
aprendizagem mais rápida e próxima da vida real. Cursos gratuitos como o Duolingo
(duolingo.com) são atraentes porque utilizam todos os recursos de atratividade para quem quer
aprender: cada um escolhe o ritmo, vê o avanço dos seus colegas, ganha recompensas.
Para gerações acostumadas a jogar, a linguagem de desafios, recompensas, de
competição e cooperação é atraente e fácil de perceber. Os jogos colaborativos e individuais; de
competição e colaboração; de estratégia, com etapas e habilidades bem definidas se tornam cada
vez mais presentes nas diversas áreas de conhecimento e níveis de ensino. É importante misturar
técnicas, estratégias, recursos, aplicativos. Misturar e diversificar. Surpreender os alunos, mudar a
rotina. Deixar os processos menos previsíveis para os alunos.
A diversidade de técnicas pode ser útil, se bem equilibrada e adaptada entre o
individual e o coletivo. Cada abordagem - problemas, projetos, design, jogos, narrativas... - tem
importância, mas não pode ser superdimensionada como a única. A analogia de um cardápio
alimentar pode ser ilustrativa. Uma alimentação saudável pode ser conseguida com uma receita
básica única. Mas se todos os dias repetimos o mesmo menu, torna-se insuportável. A variedade e
combinação dos ingredientes são componentes fundamentais do sucesso de um bom projeto
alimentar assim como do educacional.
Um dos caminhos mais interessantes de aprendizagem ativa é pela investigação (ABIN -
Aprendizagem baseada na Investigação). Os estudantes, sob orientações dos professores
desenvolvem a habilidade de levantar questões e problemas e buscam - individual e grupalmente,
utilizando métodos indutivos e dedutivos - interpretações coerentes e soluções possíveis. Isso
envolve pesquisar, avaliar situações, pontos de vista diferentes, fazer escolhas, assumir alguns
riscos, aprender pela descoberta, caminhar do simples para o complexo.
Os desafios bem planejados contribuem para mobilizar as competências desejadas,
intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais. Nas etapas de formação, os alunos precisam
de acompanhamento de profissionais mais experientes para ajudá-los a tornar conscientes alguns
processos, a estabelecer conexões não percebidas, a superar etapas mais rapidamente, a confrontá-
los com novas possibilidades.

2.3 METODOLOGIAS TRADICIONAIS COMO AGREGADORA DO CONHECIMENTO

Anteriormente na metodologia ativa salientamos que o método tradicional vê os


professores como meros transmissores do conhecimento, já na metodologia ativa vem para desafiar
essa ideia, colocando o aluno como centro na aprendizagem através de recursos que despertam para
essa ação. Nesse método entra as aulas invertidas, pois a sala de aula ou os demais espaços
escolares precisam ser pensados pelo professor de maneira que eles integrem a partir das atividades
que os alunos irão realizar.
Sabemos que apesar das paredes, o espaço não é fixo e pode ser configurado e
reconfigurado para que se adapte ao processo de ensino e aprendizagem. Diferentemente do modelo
massificado de ensino no qual estamos acostumados, não é o aluno que deve se adaptar ao espaço,
mas este adaptar-se aquele. Alertamos que a escola do passado ainda insiste em existir pautado no
ensino da logica, da massificação, do eu sei e você esta aqui para aprender, o detentor da
informação, mais nossa escola mudou, nossos alunos não são mais os mesmos e nós precisamos
estar em constante aprendizado para acompanhar as mudanças que vieram e ainda estão por vir.

Zabalza, 1998, p.131 já previa que:

Se eu considero que as crianças são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, que


aprendem a partir da manipulação e da experimentação ativa da realidade e por meio das
descobertas pessoais; se, além disso, entendo que “os outros” também são fontes
importantes de conhecimento, tudo isso terá reflexos na organização de minha sala de aula:
tendo espaços para o trabalho em pequenos grupos, distribuindo o mobiliário e os materiais
para que as crianças tenham autonomia e” enchendo” o espaço de materiais que despertem
o interesse infantil para manipular descobrir.

Quantas vezes preparamos nossas aulas com maior cuidado, empolgação e


conhecimento pensando que o aluno não sabe do assunto e deparamos com ele já com a informação
sobre determinado assunto, o acesso nos dias de hoje é muito rápido é veloz, muitas vexes, esse
alunos estão sedentos por saber, por isso o ensino tem buscado se adaptar a essa ressignificação do
espaço escolar, personalizando nossas metodologias.
De acordo com Mizukami (1986):

O método persiste através do tempo e suas diferentes formas serviram como base para
diversos outros métodos que se seguiram posteriormente. Ainda segundo a autora, neste
modelo o professor está no centro do processo de ensino-aprendizagem enquanto os alunos
apenas recebem os conteúdos e executam ordens, ou seja, são receptores passivos das
informações e devem ser capazes de reproduzi-las.

2.4 EDUCAÇÃO HÍBRIDA A INOVAÇÃO PARA A SALA DE AULA

A tecnologia veio para ficar e vem com uma mescla do ensono tradicional com o
tecnológico e é algo que esta dando muitos resultados positivos, o ensino hibrido é um programa de
educação formal no qual o aluno aprende uma parte pelo ensino online, com elementos de controle
do estudante sobre tempo, modo, lugar e até mesmo seu ritmo de estudo dentro ou fora de sua
residência, sem a supervisão física.
No presente ensino hibrido, a tecnologia vem para nos auxiliar na personalização do
processo de ensino e aprendizagem do nosso aluno e transformar a educação massificada,
mecanizada em uma boa base que permita ao estudante aprender no seu ritmo e de acordo com os
seus conhecimentos previamente adquiridos, o que também possibilita que os estudantes avancem
de maneira rápida e com eficácia.
Esse método que veio para agregar cada dia mais com o ensino e aprendizagem trás
momentos de liberdade de traçar a rota a ser seguida, rota essa de conhecimento de acordo com o
tema ou conteúdo definido pelo professor, podendo ate escolher momentos de aprendizagem no
conforto de sua residência sem que se caracterize lição de casa, mais sim um complemente um
somatório daquilo que foi aprendido em aula presencial.
Logo, espera-se que com a personalização do ensino todos os alunos sejam
alcançados, aqueles que têm mais facilidade com o tecnológico tenham cada vez mais a
compreensão dos conteúdos propostos e com isso possam ir mais além da busca e pesquisa de
conhecimento. E aqueles que têm mais dificuldade de aprendizagem possam ver e rever os
conteúdos não dominados e retomar sempre que precisar, pois com as aulas hibridas é possível que
cada aluno aprenda no seu tempo, utilizando os recursos tecnológicos e consultá-los sempre que
tiver necessidade.

O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos
em partes, por meio do ensino on-line, com algum elemento de controle do estudante sobre
o tempo, lugar, modo e /ou ritmo do estudo, e pelo menos em partes em uma localidade
física supervisionada, fora de sua residência. (Chrsitensen; Horn; Staker, 2013)
Todas as escolas podem programar o ensino híbrido, misturado tanto aquelas que
possuem uma infraestrutura tecnológica sofisticada como as mais carentes, a escola pode integrar-se
aos espaços significativos de nossas cidades e do mundo pelo contato físico ou digital, centros
produtivos, comerciais e culturais, há muitos modelos interessantes agregadores para pensar e
organizar formas diferentes a “ sala de aula” a escola precisa repensar esses espaços tão quadrados
para outros mais abertos, onde lazer e estudos estejam mais integrados.

Acho que, para qualquer programa ter sucesso, as crianças precisam ser livres para arriscar
e para errar. A tecnologia tem um papel importante na abordagem e contribui muito para a
liberdade. Quando os alunos se sentem mais estimulados e inspirados, passam a entender
que o aprendizado é contínuo durante a vida, não é restrito ao ambiente escolar.
(ELIZONDO apud KALENA, 2014).

A tecnologia é uma aliada para o conhecimento e aprendizado pode acontecer a


qualquer hora e lugar, não vamos imitar e nem confinar nossos alunos e sim vamos juntos encontrar
formas facilitadoras para que ocorra e fidelize o aprendizado.

3. RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ENSINO HÍBRIDO

É incrível como uma proposta inovadora de trabalho pode mudar a realidade de um grupo.
Os estudantes envolvidos nesse projeto inovador de educação hibrida frequentam o 3° ano do
ensino fundamental em uma escola particular do município de Camboriú. É importante relatar como
o ensino híbrido pode trazer benefícios aos alunos, além de transformar o espaço de aprendizagem
em um campo ainda maior de descobertas.
Quando começamos nossas aulas híbridas em meados de abril deste mesmo ano, tudo
ainda era muito novo, a autonomia diante do que deveria ser feito, a busca maior pelo
conhecimento, a professora como agente observadora, a habilidade de trabalhar a aprendizagem
tiveram que ser desenvolvidas aos poucos, pois estamos vivendo a pandemia e tudo isso estava
sendo muito desafiador e novo para todos nós, porem pude observar que mesmo com tantos
desafios os alunos se mostravam curiosos e que mostravam contentamento com a aula diferenciada,
com web aulas.
A busca pela autonomia foi o primeiro passo para que esse projeto tivesse o verdadeiro
objetivo alcançado que era a aprendizagem através de fóruns, quiz, tudo começou a ser
personalizado e o envolvimento dos alunos ia só crescendo e com o real entendimento da proposta.
Lembrando que atualmente estamos trabalhando apenas com o remoto, estudando um
possível retorno de maneira híbrida e creio que será um verdadeiro sucesso, problemas temos, pois
a tecnologia é muito eficaz e veloz, mais há momentos que a mesma nos deixa na mão, cai conexão,
trava mais é uma ótima ferramenta de trabalho agregadora para o nosso dia a dia.
Outro dado importante nesse processo foi a possibilidade de retorno das propostas de
aprendizagem desenvolvidas, o que acontecia de forma imediata, muitos questionários e atividades
estão sendo desenvolvidas via Google meet, dando ao aluno retorno rápido possibilitam maior
preparo, disciplina e persistência por parte dos alunos para que esse desafio seja sanado com
sucesso.
O resultado deste projeto colocado em evidência é visível em cada aluno do 3° ano, que
desempenham seu papel de forma responsável. Os estudantes compreendem que são sujeitos de sua
aprendizagem e que cada aula pode modificar seu modo de pensar, de ver as coisas de maneira
diferente ao seu redor, pensar, criar ideias e conceitos a fim de construir novos saberes. Há
momentos em que é possível fazer revisão no momento da aula ao vivo com o auxílio da professora,
dos alunos envolvidos é uma troca de conhecimentos e informações.
As propostas desenvolvidas nos possibilitam uma avaliação real diante do que o aluno
sabe ou precisa saber. Embora as avaliações formais e com nota ainda persistissem na escola, as
aulas remotas, também trazem suas próprias avaliações, em uma dinâmica diferente, mas o aluno
também é avaliado.
Os estudantes apresentam entusiasmo com o tecnológico, e qualquer atividade que é
proposta a eles, diante dessas aulas, esta sendo possível observar um enorme crescimento dos
estudantes em relação a autonomia, a gestão do tempo, contribuindo para o seu crescimento
intelectual, permitindo que os mesmos tornem-se cidadãos mais críticos, participativos e
responsáveis.
Os professores, além de mero orador, passaram a assumir uma postura de facilitador do
processo de ensino e aprendizagem do aluno, uma alteração que promove o desenvolvimento da
autonomia do estudante e lhe dá a responsabilidade pelo conhecimento que deve adquirir.
Professores, alunos são capazes de vencer todo e qualquer obstáculo e usar as
tecnologias a nosso favor. Já diziam Mesquita, 2013:

Não há obstáculos. Todos os estudantes têm uma habilidade extraordinária para usar esse
tipo de ferramenta. Agora, os professores têm que conhecer tão bem quantos as crianças.
Sobretudo, isso tem que ser utilizado numa ótica de aprendizagem colaborativa. Eu acredito
que o professor precisa se capacitar, porque ele só pode ensinar aquilo que domina. Eu não
acredito na formação do professor apenas para usar as redes sociais. O professor também
tem que se esforçar. Utilizar isso para si próprio. É só uma questão de entrar nessa cultura.
E implementar o pedagógico utilizando ferramentas.
Assim, é preciso aceitar as mudanças, compreendê-las e inseri-las como
potencializadoras do cotidiano escolar.

4. MATERIAL E MÉTODOS

As motivações para este trabalho surgiram com as vivências cotidianas em relação à


temática, assim como os relatos de alunos que se dizem cansados de métodos tradicionais. Pensando
nisso, a presente pesquisa se desenvolveu a partir de um estudo acerca das metodologias de ensino,
tomando por base o aporte teórico que discute essa temática, para que assim possamos discorrer
sobre o assunto, bem como ter argumentos acerca das metodologias de ensino que podem
influenciar no cotidiano escolar do professor e do aluno, possibilitando uma aprendizagem
significativa. Dessa forma, para esta pesquisa, realizamos um estudo do tipo bibliográfico, de
caráter qualitativo.
Á proposição deste trabalho, aplica-se o processo de analise com a intenção de identificar os
elementos indutores da qualidade nas metodologias utilizadas no contexto escolar e provocar o
pensar e o re-pensar sobre as mesmas.

A reflexão sobre as metodologias se constitui como um elemento importante para a


qualificação do percurso estudantil e o contexto da educação com um todo. Nas mais distintas
áreas, se analisarmos nossas metodologias não são mais as mesmas, nossos alunos não sai mais
os mesmos que se acomodam com qualquer informação que é passada, o aluno de hoje tem
pressa, tem sede de conhecimento, de novas metodologias e o professor não pode mais ser o
mesmo, ele precisa estar em constantes formações, mediando e aprendendo cada dia mais
novos métodos a fim de alcançar os avanços cotidianos para contribuir para uma educação de
qualidade.

Sabemos que uma metodologia inovadora pedagógica torna-se significativa quando há


espaços para uma formação, para a reflexão e para a apropriação de uma metodologia que resultará
em uma prática segura em sala de aula. Cabe á equipe escolar prover meios em que a escola se situa
e os demais aspectos das relações pedagógicas e interpessoais que desenvolvem no contexto
escolar.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos no decorrer de nossa pesquisa que o ensino, em seu aspecto atual, vem sendo
caracterizado por uma gama de fatores que implicam no desenvolvimento educacional da sociedade
compreendendo que é no dia a dia, no chão de sala de aula que cada professor desenvolve a sua
maneira crítico reflexiva relacionado ao pensar, ao agir e sentir quanto ao processo ensino
aprendizagem, ou seja, implicando nas práticas de ensino.
O professor tem um papel fundamental e importantíssimo na sociedade, pois é considerado
um mediador e agente na construção do conhecimento e na formação social do aluno, pois para
chegarmos a todas as outras profissões temos como alicerce o professor.
Devemos lembrar que as metodologias utilizadas pelos professores devem ser sempre
atualizadas, procurando inovar a sua prática no contexto escolar para que consigam um desempenho
satisfatório referente ao alunado que através de suas metodologias e atividades utilizadas envolva
nos alunos o interesse para se inserirem cada vez mais no espaço escolar em busca de
conhecimentos.
É sabido salientar que antigamente o professor era o detentor do conhecimento, pois os
alunos não tinham direito de questionar ou até mesmo intervir em algo que discordassem em sala de
aula, sendo imediatamente interrompidos e não tendo direito de expor sua opinião, enquanto hoje a
sociedade tem livre arbítrio de expor suas ideias quando necessário, pois vivemos em um país
democrático onde o confronto de ideias e opiniões são válidas para a construção dos sujeitos e, por
conseguinte, construção do conhecimento.
A educação está em profunda transformação, processo necessário para a formação de uma
sociedade mais justa e digna. Através desse contexto, vivenciamos uma realidade onde tudo se
modifica simultaneamente e, por isso, o profissional da educação e quaisquer outras áreas, deve ter
acesso as tecnologias de informação e comunicação, bem como utilizá-los para tal finalidade,
porém muitos deles não sabem manuseá-lo, dificultando assim o seu trabalho.
Por isso, é de extrema importância discutir o papel do professor e suas implicações na
formação dos alunos, uma vez que essa formação faz toda diferença no seu processo educacional,
dando-lhe o direito e a oportunidade de questionar, pensar, refletir e buscar questionamentos junto
ao docente de maneira objetiva, construindo conhecimento dentro e fora da escola.
Consideramos neste trabalho que as várias formas de se pensar a metodologia de ensino
fazem toda a diferença para que o professor tenha esse suporte e aparato de ensinar e aprender junto
com seus alunos, de forma descontraída e dinâmica, pensando sempre no fazer pedagógico e
buscando melhorar a cada dia seu método de ensino, pois vimos também que o docente tem esse
poder de transformar, de mudar e de fazer o outro pensar e refletir acerca daquilo que de fato
compete ao mesmo, a aprendizagem é relevante quando nos dedicamos àquilo que fazemos,
principalmente quando tentamos dar o nosso melhor para ensinar e aprender em sala de aula, a
escola nos proporciona esses momentos importantes na construção do conhecimento dos sujeitos.
Uma prática inovadora e repensada é a porta para o sucesso de nossas aulas bem planejadas
e executadas de maneira eficaz, fazendo com que o professor seja esse elo entre a metodologia a ser
utilizada e o método de seu trabalho.
Portanto, a ação pedagógica no processo de ensino consiste, basicamente, na “prática
social”. De modo que, inicialmente cabe ao educador, mediar conhecimentos historicamente
acumulados, bem como os conhecimentos atuais, possibilitando, ao fim de todo o processo, que o
educando tenha a capacidade de reelaborar o conhecimento e de expressar uma compreensão da
prática em termos tão elaborados quanto era possível ao educador.
Percebe-se ainda, que tal prática social só pôde ser alcançada através de uma ação
pedagógica mediadora e problematizadora dos conteúdos sistematizados, das vivências dos alunos e
dos acontecimentos da sociedade atual. Assim sendo, é importante pensar as mais diversas maneiras
de ensinar e transmitir conhecimentos e ainda na relação de ensino estabelecida na sala de aula, o
professor precisa ter o entendimento de que ensinar não é simplesmente transferir conhecimento,
mas, ao contrário, é possibilitar ao aluno momentos de reelaboração do saber dividido, permitindo o
seu acesso crítico a esses saberes e contribuindo para sua atuação como ser ativo e crítico no
processo histórico cultural da sociedade. De fato, este é o verdadeiro papel do professor mediador
que almeja através da sua ação pedagógica ensinar os conhecimentos construídos, através de uma
metodologia diferenciada que influencia tanto em sua ação docente como também na vida do
educando e assim contribuir na formação de uma sociedade pensante.
Diante do pressuposto, provoca-se um re-pensar sobre as diferentes trajetórias planejadas
pelo professor para direcionar o aluno ao ensino e aprendizagem. Esse “re-pensar” induz a prática
do professor voltada para uma concepção crítica de ensino, o que transforma metodologias
consideradas meramente tradicionais, em caminhos diferentes de expor o currículo.

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