Dona Lucilia Introducao Do Livro
Dona Lucilia Introducao Do Livro
Dona Lucilia Introducao Do Livro
Dona Lucilia
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Mons. João Scognamiglio Clá Dias, ep
Dona Lucilia
Na Europa:
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Índice
Prefácio .................................................................................... 16
Antonio Royo Marín, OP, Mestre de Vida Espiritual,
brilhante Orador e Escritor famoso .................................... 25
Introdução ................................................................................ 33
Capítulo I
“Mamãe me ensinou a amar a Nosso Senhor Jesus Cristo” ....... 36
Quando tudo parecia acabar, tudo começava...
O último sinal-da-cruz ................................................................. 37
Morte suave .......................................................................................... 38
“Ela era verdadeiramente uma senhora católica...
Ninguém pode imaginar o bem que ela me fez” ....................... 39
A cena mais emocionante... ................................................................ 40
Últimas homenagens ........................................................................... 41
A paz e a serenidade que Dr. Plinio sentiu após a morte de
Dona Lucilia ................................................................................. 43
Nas portas da eternidade, a preparação exemplar:
a Extrema-Unção de Dona Lucilia ............................................. 43
O derradeiro dia de uma longa existência ......................................... 44
Missa de sétimo dia — raio de luz sobre as orquídeas ..................... 45
Capítulo II
Nascimento e primeira infância; adolescência no então
longínquo interior ............................................................... 48
Nossa Senhora foi sua Madrinha ....................................................... 49
Morte prematura da mãe de Dr. Antônio ......................................... 51
Pirassununga abriga uma família da aristocracia paulista ............... 52
Sossego e monotonia da vida do interior ........................................... 54
A retidão admirativa de uma alma justa ............................................ 56
5
Infância iluminada especialmente pela figura do pai ....................... 57
A última moeda a um mendigo .......................................................... 59
Visita do Imperador ............................................................................ 60
A insipidez do dia-a-dia interrompida pelas idas à Capital ............. 62
Tenra menina temida pelo demônio .................................................. 63
Santo Antônio das Palmeiras .............................................................. 64
O Barão de Araraquara administra a fazenda de Dr. Antônio ....... 65
Na solidão da mata brasileira, o canto da Salve Regina .................... 66
A morte do cordeirinho ...................................................................... 66
A capa do cigano-chefe ....................................................................... 67
Dr. Antônio ampara um adversário político ..................................... 68
Salvando a vida de um inimigo ........................................................... 69
O testamento de uma mulher de má vida .......................................... 70
Rejeição de um negócio desonesto .................................................... 70
A festa em casa de Dona Veridiana ................................................... 71
“Viva a República” rompe uma amizade........................................... 73
A família se muda para São Paulo...................................................... 74
Capítulo III
A juventude de Dona Lucilia na “São Paulinho” do café......... 76
A São Paulo aristocrática .................................................................... 77
Entardecer nos Campos Elíseos ......................................................... 79
Saudades de umas boas galopadas ..................................................... 81
Visitas à cidade imperial ..................................................................... 82
Os predicados de Lucilia eram coroados pelo ouro da virtude ....... 84
Uma bondade que nada podia abalar ................................................ 85
A jovem defunta vestida de noiva... ................................................... 86
Respeito pela infelicidade de quem não percebia o próprio ridículo ...87
Jovem e já muito sofrida ..................................................................... 88
Oásis de paz e de oração ..................................................................... 89
O oratório da Imaculada Conceição .................................................. 90
“Protege-me com tua inesgotável bondade” ..................................... 91
O Sagrado Coração de Jesus, devoção de toda uma vida ................ 92
Capítulo IV
Fundação do lar ....................................................................... 94
Nas mãos de Deus, a escolha da vocação .......................................... 95
Pompa nupcial...................................................................................... 97
O ansiado encontro com Nosso Senhor Sacramentado ................... 98
Descendente de Senhores de Engenho ........................................... 100
Recordações de Pernambuco ........................................................... 101
Afabilidade e temperança numa dadivosa natureza....................... 102
6
Com o matrimônio, a religiosidade de Dona Lucilia
se acresce ainda mais ................................................................. 103
“Ensinai-me a honrar meu marido, como Vós honrastes a São José”...104
“Esta não é uma pergunta que se faça a uma mãe”........................ 105
Talvez a fotografia na qual ela apareça mais contente ................... 107
“Onde está Jesus?” ............................................................................ 108
Uma febre se vai com um simples toque de mão ............................ 109
“Partir c’est mourir un peu. Mourir...” ................................................ 109
Ocasião para maior progresso espiritual ......................................... 111
Desvelos nas insônias e doenças do filhinho ................................... 112
“Um agrado dele, eu não coíbo” ...................................................... 114
A paciência em tratar um sobrinho surdo-mudo ............................ 115
Carinho e bondade incomparáveis, salvaguardados os princípios ......116
Trato ordenativo e compaixão .......................................................... 118
Nas descidas a Santos, Dona Lucilia se extasiava com o panorama....120
Capítulo V
Viagem à Europa.................................................................... 122
Viagem determinada não pelo sonho, mas pela dor ...................... 123
Uma penosa viagem .......................................................................... 124
Singrando os mares, rumo ao Velho Continente ............................ 125
“Fique tranqüilo, meu filho...” ......................................................... 127
No hospital da universidade do Kaiser ............................................ 127
Operação bem-sucedida.................................................................... 129
Perdão para os que a trataram mal .................................................. 130
Prova de amor ao Brasil .................................................................... 131
Jamais desfalecida ou abatida .......................................................... 133
As termas de Wiesbaden ................................................................... 134
Um casal de condes poloneses ......................................................... 136
Pelo Reno, até Colônia...................................................................... 138
Paris..................................................................................................... 141
Teatro de marionetes no Rond Point ................................................ 142
O “roubo” do bolo ao retornar da Marquise de Sévigné ................. 143
O menino que desejou comprar o castelo do Rei Sol..................... 144
Soirées inesquecíveis no Théâtre de l’Opéra ..................................... 147
Uma escrivaninha francesa ............................................................... 147
Os cotillons para os filhos .................................................................. 148
Destreza, calma e capacidade para se desvencilhar de
situações complicadas ................................................................ 149
O encontro com a Princesa Isabel .................................................... 150
A doença “incurável” de uma princesa russa .................................. 151
Médico e servo de um magnata russo .............................................. 153
7
O quadro de Dona Gabriela ............................................................. 154
Fotografias em traje de gala.............................................................. 156
Sentada num banco de jardim .......................................................... 159
De pé, numa escada ........................................................................... 160
Uma governante para os filhos ......................................................... 160
Paciência que jamais esmoreceu! ..................................................... 162
Chorando por deixar a França... ....................................................... 163
Capítulo VI
Educação dos filhos ................................................................ 166
Chegada a São Paulo ......................................................................... 167
Os lustres de bronze .......................................................................... 168
Olhar sereno, voz aveludada, sorriso luminoso .............................. 169
Visita a um grande estadista do Império ......................................... 171
Educando para a vida social ............................................................. 172
Muito meticulosa nos trajes .............................................................. 173
Na alimentação, mil delicadezas maternas...................................... 174
Estimulando nos filhos o senso do maravilhoso ............................. 175
Preparando os filhos para trilharem o caminho do dever .............. 177
Uma governante alemã ..................................................................... 178
Como Dona Lucilia tratava Fräulein Mathilde ............................... 178
“Tenho saudades dos pitos de mamãe”............................................ 179
Os “bolos” com a escova de prata .................................................... 181
Nas doenças, tempero de dor e de alegria ....................................... 182
Plinio à beira da morte ...................................................................... 184
Querer bem, até o fim! ...................................................................... 186
“Eu também rezo tanto por ti...” ...................................................... 187
Um convívio que conduziu ao amor à Santa Igreja Católica
Apostólica Romana.................................................................... 189
“Prestando atenção na Salve Regina, entendi mamãe por inteiro” .....190
Suavidade, intransigência, admiração .............................................. 191
Nunca permitir comparações, nem elogiar os seus......................... 193
“Vejam como Ele está chorando por vocês” ................................... 193
Domingo de Páscoa no Parque Antárctica ...................................... 195
A inocência natalina .......................................................................... 197
“Lembrem-se de que ao voltarem podem não mais encontrar
viva sua mãe” .............................................................................. 198
“Plinio bleibt bei Mutter” .................................................................... 199
O pequeno Plinio, dormindo num... parapeito ............................... 200
“Queremos histórias de tia Lucilia...” .............................................. 201
Os maravilhosos contos de fada ....................................................... 202
8
O Gato de Botas, o Marquês de Carabás e Cinderela ................... 202
O nobre manco .................................................................................. 204
Os Três Mosqueteiros ........................................................................ 205
No Carnaval, dois pequenos marqueses .......................................... 208
O marajá e a princesa persa, na imaginação de Dona Lucilia ....... 210
Um mago que nada tinha de demoníaco ......................................... 212
Passeios ............................................................................................... 212
Em Águas da Prata, Bécassine ......................................................... 214
“Meu filho, mais doçura em suas palavras” .................................... 216
Dona Lucilia não gostava que se caçoasse dos outros.................... 217
Preparando os filhos para a Primeira Comunhão........................... 218
“Quero que não estejam pensando em festa...” .............................. 219
Capítulo VII
Formação dos filhos num mundo em profunda crise ............... 222
Anos de grandes transformações ..................................................... 223
Revolução nas mentalidades............................................................. 224
Uma nova mentalidade, chamada “moderna” ................................ 226
Dona Lucilia recusa a nova moda .................................................... 227
A pretexto dos bondes, as saias encurtaram.................................... 228
O “estouro da boiada”....................................................................... 228
Despretensão, placidez e esmero ..................................................... 230
Fidelidade, mesmo ao preço do isolamento .................................... 231
Preferia vê-lo morto a vê-lo extraviado ........................................... 232
Um senhorio de afeto ........................................................................ 232
Falando quase só do bem, incutia aversão ao mal .......................... 233
Um marido roubado .......................................................................... 234
Mais uma lição a respeito do mal ..................................................... 234
As primeiras cartas ............................................................................ 236
Preocupação com a sorte de Dr. Bier .............................................. 239
Doença interminável ......................................................................... 240
Marcas de um agrado ........................................................................ 241
Aulas fracassadas ............................................................................... 242
Rosée no Conservatório Municipal ................................................. 243
Plinio no Colégio São Luís ................................................................ 244
Apreensão materna ........................................................................... 246
Uma injusta nota de comportamento .............................................. 249
“Ele fez justiça a si mesmo!”............................................................. 251
Irredutibilidade e doçura .................................................................. 253
Deliciosos sanduíches ........................................................................ 253
O Menino Jesus entre os doutores do Templo ................................ 254
9
“Por que você há de ser tão ruinzinho assim?” ............................... 254
Respaldo à autoridade da Fräulein .................................................. 255
Relíquias do passado ......................................................................... 256
“Só três medalhas, meu filho?” ........................................................ 257
Cuidados de Dona Lucilia dão azo a que Plinio se adentre
na cultura francesa ..................................................................... 258
Um Brasil de tranqüilidade .............................................................. 259
Através dos olhos de Dona Lucilia, aprendendo a julgar os fatos .......259
Um personagem histórico ................................................................. 260
Última fantasia................................................................................... 261
“Parece-me ouvir-te e ver-te o dia inteiro” ..................................... 263
Nos conselhos, afeto e sabedoria ..................................................... 265
Guiando os filhos que vão freqüentar a sociedade ......................... 265
Em plena era hollywoodiana, a manutenção do trato cerimonioso ....268
“Você e Rosée são confiados a Deus antes de nascer”................... 268
“Deves ter fé no Sagrado Coração de Jesus, que certamente
não nos abandonará” ................................................................. 273
Capítulo VIII
Transpondo o umbral dos 50 anos .......................................... 276
Alegrias, dores e apreensões ............................................................ 277
O casamento da filha ......................................................................... 278
No oratório, uma carta ...................................................................... 279
“Devo aproveitar o tempo que me resta a te guiar e aconselhar” .......280
A bênção e as cruzinhas na testa ...................................................... 285
Uma Via-Sacra controvertida ........................................................... 286
Conselho singular .............................................................................. 288
Da tentação, “é tratar de fugir e às léguas, agarrando-se
a um Crucifixo” .......................................................................... 289
O Sagrado Coração de Jesus “será teu salvaguarda e protector” .... 293
“Insisto sobre a tua vinda quanto antes” ......................................... 295
Dever de gratidão .............................................................................. 298
Uma revolução convulsiona o Brasil................................................ 302
“Se fosse uma Cruzada, eu seria a primeira a mandar o Plinio
para a batalha” ........................................................................... 303
“Daqueles a quem Deus dá Fé, Elle proprio exige Esperança” .... 303
“Não cesso de pedir por ti, e só me sinto tranquilla quando
o faço e muito!” .......................................................................... 307
Um sinal do Sagrado Coração de Jesus? ......................................... 307
Causa involuntária de aflição ........................................................... 308
“Uma das maiores provações de minha vida” ................................. 310
Firmeza na defesa da Fé ................................................................... 315
10
As “prosinhas da meia-noite” ........................................................... 316
A passagem de ano de Dona Lucilia ................................................ 317
Um desígnio da Providência que Dona Lucilia intuía .................... 318
Polêmicas de Dr. Plinio em favor da Causa Católica ..................... 320
“Nada de muita futricação à energica” ............................................ 322
“É por muito te amar que te quero aperfeiçoar” ............................ 324
Capítulo IX
Perda do patrimônio ............................................................... 330
As profundas transformações dos anos 30 ...................................... 331
A convocação da Constituinte e a fundação da LEC ..................... 332
Tratativas no Rio de Janeiro ............................................................. 334
A eleição de Dr. Plinio ...................................................................... 338
Em artigo de jornal, Dona Lucilia discerne ameaça
às Congregações Marianas ........................................................ 340
No Rio, para a inauguração da Constituinte ................................... 341
Pouco numerosa mas expressiva correspondência ......................... 344
O passamento de Dona Gabriela ..................................................... 344
Amargo cálice sorvido com resignação............................................ 346
Aproxima-se o fim da solidão de Dona Lucilia............................... 347
Mais uma prova de confiança ........................................................... 350
“Não me esquecerei dos seus telefonemas para mamãe...” ........... 352
As alegrias do regresso ...................................................................... 352
Generosa entrega à Causa Católica ................................................. 354
Nova mudança: a casa da Rua Itacolomy ........................................ 356
Os desvelos de Dona Lucilia pelo “filhão” doente ......................... 358
Dois outros exemplos de discernimento materno .......................... 360
Novamente em Águas da Prata ........................................................ 362
Consolar o próximo: dever de caridade ........................................... 365
Visita do Almirante Yamamoto........................................................ 369
Afetuoso engano ................................................................................ 372
“Coitada, não faça isso!...” ................................................................ 373
Suaves repreensões ............................................................................ 374
Autoridade e senso de justiça ao despedir uma empregada .......... 376
Recordações de um sobrinho ........................................................... 377
Dias de descanso... mas de ausência ................................................ 380
Capítulo X
Fidelidade inquebrantável em meio às tormentas ................... 384
A Segunda Guerra Mundial: fim de uma era .................................. 385
A derrota da França e a tomada de Paris ........................................ 387
11
Intransigência na defesa dos princípios ........................................... 389
Demora preocupante ........................................................................ 389
Homenagem póstuma ....................................................................... 392
Magnanimidades de outrora............................................................. 394
A presença repousante de Dona Lucilia ......................................... 394
Nova mudança ................................................................................... 396
Evocativas recordações ..................................................................... 397
Nos cuidados da própria saúde, preocupação com os filhos.......... 400
O primeiro livro de Dr. Plinio .......................................................... 402
“O que terá acontecido a mamãe?” ................................................. 403
Ardentes orações pela batalha de seu filho ..................................... 404
Dona Lucilia nota mudança de situação do filho ........................... 407
“Não há o que quebre o Plinio” ....................................................... 407
Serenidade a toda prova.................................................................... 409
Cristal de Baccarat ............................................................................. 410
No pórtico da ancianidade ................................................................ 412
Insigne piedade .................................................................................. 413
Dádiva de um generoso amigo ......................................................... 415
“O seu relógio é o Plinio!” ................................................................ 418
Expectativa ansiosa............................................................................ 419
No alto de uma janela, um halo prateado... .................................... 420
“Meu filho, por que à noite não vem conversar comigo?”............. 422
“De tanto pensar em Itaicy, tenho a impressão de conhecêl-o!” ..... 423
Capítulo XI
Longa e penosa separação....................................................... 428
Planos para um adeus menos dolorido ............................................ 429
A despedida........................................................................................ 430
“Meu coração procura o de Plinio...” .............................................. 431
Aniversário marcado por grande ausência ...................................... 437
Notícias de Espanha .......................................................................... 441
“Quantas saudades... meu Deus!!...” ............................................... 443
“Tanto peço a Deus que venhas já, quanto para que possas te
demorar um pouco” ................................................................... 452
“Como me parece longo, longo, este mez de Maio!” ..................... 458
Notícias de Roma............................................................................... 462
Audiência com o Santo Padre........................................................... 465
“Filhão, graças a Deus, você é o mesmo!”....................................... 468
“Viver é estar juntos, olhar-se e querer-se bem” ............................ 469
O filme da coroação da Rainha Elizabeth ....................................... 472
Cenário ideal do derradeiro período de vida .................................. 474
12
Capítulo XII
Novo lar, nova separação ....................................................... 476
Uma visita ao apartamento de Dona Lucilia .................................. 477
Recolhimento, distinção e harmonia ............................................... 479
No ambiente ideal, a dona-de-casa perfeita .................................... 482
Mais uma vez a Europa ..................................................................... 483
Cartas “de São Lourenço” ................................................................ 484
“O Divino Espírito Santo estará sempre em ti” .............................. 487
Precauções maternas de Dona Lucilia ............................................. 489
“A Paris falta só uma coisa...” ........................................................... 492
Para apaziguar as saudades, “prosinhas” por escrito ..................... 496
“Onde vai meu coração, vai você dentro...” .................................... 503
“As palavras de Cristo não passam” ................................................. 507
O “sanguinho” dos Rodrigues Camargo e dos Ortiz ...................... 510
“Egoisticamente estremeci de alegria” ............................................ 515
Na expectativa do regresso, os últimos pedidos .............................. 518
Capítulo XIII
Sereno peregrinar nas sendas da ancianidade ......................... 524
As mais suaves irisações da bondade luciliana ................................ 525
Carinhos de mãe ................................................................................ 526
Muito apreciada por suas artes culinárias ....................................... 527
“Esta senhora é muito espanhola!...”............................................... 528
O vaso de cristal ................................................................................. 528
Visita inesperada ............................................................................... 529
“Se a senhora perdesse a Fé, seria para mim como se
tivesse morrido” ......................................................................... 530
A dama de cabeleira branca ............................................................. 531
De uma mesma ogiva, dois arcos que se completam ...................... 533
Observatório do alto do qual se podem ver as estrelas .................. 535
Episódios do dia-a-dia ....................................................................... 535
Nada abalava seu equilíbrio interior ................................................ 537
Dona Lucilia completa 80 anos: três fotografias,
três aspectos de alma ................................................................. 538
Presença doce e suave ....................................................................... 543
Sono profundo e reparador .............................................................. 544
“Minha casa eram os olhos dela” ..................................................... 544
“Minha mãe é muito melhor que a sua!”......................................... 545
Distraindo-se com um orador português ......................................... 546
“Ih, Plinio... mistura explosiva!” ....................................................... 547
13
O encanto de um hidalgo espanhol .................................................. 547
Olhos contemplativos nos quais há um firmamento....................... 548
Uma lamparina aos pés do Sagrado Coração de Jesus .................. 550
Em colóquio com o Divino Redentor .............................................. 552
Adoração a Jesus Sacramentado e ao Santo Lenho ....................... 553
Reflexos da devoção a Nossa Senhora na alma de Dona Lucilia ..... 555
Um trato para a eternidade .............................................................. 556
“Filhão, mamãe comprou isto para você” ....................................... 557
“Como é que o Plinio gostará mais?” .............................................. 558
Falecimento de Dr. João Paulo ........................................................ 560
Os nobres deveres da viuvez ............................................................. 560
A lenta marcha para o anoitecer ...................................................... 561
“Filhão, só tenho a você” .................................................................. 561
Capítulo XIV
Uma alma conforme ao Coração de Jesus ............................... 562
Em pleno século XX, uma dama do século XIX ............................ 563
A resignação de Dona Lucilia ante a morte .................................... 564
As despedidas no elevador................................................................ 567
As perspectivas de um completo isolamento .................................. 570
“Que belo olhar!” .............................................................................. 571
Perfeito domínio sobre as próprias emoções .................................. 572
“Não, meu filho, eu não queria incomodar ninguém...” ................ 573
Equilíbrio entre justiça e misericórdia ............................................. 573
Virtude da vigilância .......................................................................... 574
Um sonho premonitório.................................................................... 575
1962: nova separação... ...................................................................... 576
“Se soubesses como fica triste a vida quando viajas para
tão longe!!!” ................................................................................ 582
Escassa correspondência ................................................................... 584
Cartas laboriosamente confeccionadas ........................................... 587
“Se fôr da vontade de Deus... que se faça!” .................................... 590
Um salto sobre o oceano ................................................................... 594
Um período conturbado e cheio de incertezas ............................... 595
“Ah! A minha árvore!?” .................................................................... 596
O porta-jóias de maroquin vermelho ............................................... 596
A visita de um “jornalista” ................................................................ 597
A última carta..................................................................................... 599
A rejeição de Dona Lucilia ao horrendo ......................................... 601
“Como ela é boazinha!” .................................................................... 602
A última caixa de gravatas oferecida a seu filho ............................. 603
O casamento da Olga ........................................................................ 604
14
Os últimos passeios a pé pela Rua Alagoas ..................................... 605
Derradeira visita à “sua” Igreja do Sagrado Coração de Jesus ..... 606
Ela vivia na atmosfera do Sagrado Coração.................................... 608
“Coitadinha, ela não tem o de que se acusar”................................. 610
“Se eu fosse tratada assim, gostaria de viver mais 400 anos”......... 610
Os funerais das recordações ............................................................. 611
Para que seu filho não sentisse tanto sua morte ............................. 611
“Qual o desígnio da Providência a respeito de nós dois?” ............. 612
Dir-se-ia que ela era feita para ter milhares de filhos .................... 613
Capítulo XV
Inesquecíveis meses de inefável convívio ................................ 616
Na extrema ancianidade, as últimas provações ............................... 617
1967: sobre Dr. Plinio sopra um vendaval ....................................... 617
“Devo recomendar que, se eu morrer, não o digam a mamãe?” ..... 619
Angustiante tranqüilidade ................................................................ 621
“Para todos foi uma surpresa e um encanto de alma”.................... 621
Trato ameno e todo feito de bondade .............................................. 623
Novos hábitos rompem a antiga rotina da casa de Dona Lucilia ..... 626
Um inolvidável convite, a que se seguiram outros .......................... 628
Parecia que os biscoitos provinham do Paraíso............................... 630
Voz flexível e ondulada...................................................................... 632
Vista através de um brise-bise a desfiar o rosário ............................ 634
“Que bênção existe nesta casa!” ....................................................... 635
Contemplando uma rosa ................................................................... 635
Um comentário perfeito ................................................................... 637
Apesar de indisposta, um trato impregnado de bondade .............. 639
Em seu sorriso, as luzes do crepúsculo e da aurora ........................ 643
Em seus pequenos gestos, reflexos de uma alta virtude ................. 643
“Coitada dessa moça...” .................................................................... 644
Outros entretenimentos .................................................................... 645
A hora de conversar com o “filhão” ................................................. 646
Uma ancianidade toda preocupada em fazer o bem! ..................... 648
As últimas fotografias ........................................................................ 649
O último dia de vida, passado na calma e na tranqüilidade ........... 652
Pedidos de um filho estremecido ..................................................... 652
Até na hora extrema, sustentada pela confiança em Deus... ......... 653
Glória, luz e alegria ........................................................................... 654
Post-scriptum ......................................................................... 667
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prefáCIo1
17
Prefácio
18
Prefácio
ção de São Pio X; porém isso lhe foi impossível e teve que regressar ao
Brasil, de Gênova.
6. Educação dos filhos. — Rosenda e Plinio aprenderam de sua
mãe o difícil equilíbrio de juntar a mais refinada simplicidade e do-
çura com o sadio apreço de sua elevada posição social, que os dis-
tanciava, aparentemente pelo menos, do trato igualitário com a gente
vulgar. Educados para a vida social, meticulosa no que se refere aos
trajes, jóias, cerimônias, etc., Dona Lucilia neles inculcava, ao mes-
mo tempo, a mais profunda cortesia cristã e a compaixão e ajuda aos
necessitados. Tratando-se do cumprimento do dever, sua atitude era
inflexível, cheia entretanto de suavidade e doçura. Insistia, sobretudo,
em sua formação religiosa, centrada principalmente na caridade e no
amor entranhado ao Sagrado Coração de Jesus, à Virgem Imaculada e
à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.
7. Formação dos filhos em um mundo em profunda crise. — A
terrível Primeira Guerra Mundial submergiu o mundo em profunda
crise moral, na qual foram postos em cheque os mais sagrados valores
da tradição cristã. Com espanto do mundo inteiro, erguia-se triunfan-
te na Rússia o fantasma do comunismo, disposto a destruir completa-
mente a Civilização Cristã. Uma nova mentalidade denominada “mo-
derna” burlava e escarnecia de tudo que fosse autenticamente tradi-
cional. Dona Lucilia reagiu energicamente contra essas tendências
aberrantes e suportou heroicamente o isolamento social a que se viu
submetida por parte de muitos maus cristãos que aceitavam incons-
cientes as novas tendências suicidas. Enquanto isso, seu filho Plinio,
aluno destacado do Colégio São Luís, preparava-se com intensa vida
de piedade para a grande missão apostólica para a qual a Providência
o havia predestinado.
8. Ultrapassando o umbral dos 50 anos. — Quando, em 1926,
cumpriu Dona Lucilia seus 50 anos de idade, estava muito longe de
imaginar que teria que sobreviver outros longos 42 anos até atingir 92.
Escrevia ela a seu filho Plinio: “Devo aproveitar o tempo que me resta
em te guiar e aconselhar”. Começava para ele sua afanosa vida pública
em defesa da Igreja e da Tradição cristã. Dentro das Congregações
Marianas, bem depressa, Dr. Plinio chegaria a ser líder católico in-
questionável e deputado pela Liga Eleitoral Católica. Todo este ca-
pítulo está cheio de interessantíssimas notícias sobre as atividades de
Dr. Plinio. Dona Rosenda havia contraído matrimônio e ofereceu a
Dona Lucilia sua querida netinha Maria Alice. É impossível registrar
aqui tanta riqueza documental.
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como veremos em seguida. Boa prova disso é que nada menos do que
a Santa das Santas, a Imaculada Virgem Maria, não realizou nenhum
milagre durante a vida mortal. É certo que Jesus realizou, a pedido de
sua Mãe, seu primeiro grande milagre nas bodas de Caná, converten-
do a água em finíssimo vinho, mas o milagre realizou-o Ele, não Ela,
que se limitou unicamente a pedi-lo, sem realizá-lo de sua parte.
O que, isto sim, é necessário é que se produza algum milagre,
absolutamente claro e manifesto, por intercessão do candidato cano-
nizável, depois de sua morte santa. Por que depois e não antes? Não
antes, porque não é necessário para a santidade, como acabamos de
dizer; mas sim depois, para que a Igreja tenha uma prova irrefutável
de que a vontade de Deus é que se proceda à beatificação do servo
de Deus (ou à sua canonização, se se produz um segundo milagre) do
qual conste haver praticado em grau heróico as virtudes cristãs, o que
é o básico e fundamental. O milagre posterior à morte é como que o
selo divino que garante o acerto da Igreja ao proceder à beatificação
ou canonização.
A última palavra pertence à Santa Igreja Católica, Apostólica e
Romana, que é a mestra infalível da verdade. Mas a nós nos incumbe
o doce dever e o sagrado direito de pedir humildemente à Divina Pro-
vidência que leve a feliz termo nossa entranhada petição, para a glória
de Deus e grande proveito das almas.
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O Revmo. Pe.
Antonio Royo Marín,
em frente à porta
prinicipal da Real
Basílica de Nossa
Senhora de Atocha,
em Madri
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1) O nome completo desta medalha é Pro Ecclesia et Pontifice Egregia Opera Studioque
Conspicuis Præcipue Constitutum, ou seja, “especialmente concedida em razão do
excelente trabalho e estudo em prol da Igreja e do Pontífice”.
2) Por palavras e escritos.
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