Avivamento 9
Avivamento 9
Avivamento 9
UM ENCONTRO
DE GLÓRIA
“Uma sexta-feira à noite, no último outono, enquanto orava ao lado de minha cama, antes de
dormir, fui elevado a uma grande expansão, fora do tempo ou espaço. Estava em comunhão com
Deus! Antes disso, eu conhecera um Deus distante. Tremia tanto que a cama chegava a balançar e
meu irmão que estava acordado me segurava, pensando que eu estava enfermo. O avivamento no
País de Gales não vem dos homens, é de Deus. Ele está muito próximo de nós; não há problemas de
crenças ou dogmas neste movimento. Não estamos ensinando nenhuma doutrina sectária, só a
maravilha e a beleza do amor de Cristo. Perguntaram-me sobre meus métodos, mas eu não os tenho.
Nunca preparo o que vou dizer, mas deixo tudo para Ele. Eu não sou a fonte deste avivamento, mas
apenas um agente entre tantos outros que estão se transformando numa multidão. Não espero que as
pessoas me sigam, mas quero o mundo para Cristo. Eu creio que o mundo está às portas de um
grande avivamento espiritual e oro todos os dias para que eu possa ajudar na sua realização. Coisas
maravilhosas têm acontecido em Gales nestas últimas semanas, mas elas são apenas o princípio. O
mundo será varrido pelo Espírito Santo, como por um vento forte e poderoso.” Relato feito por
Evan Roberts.
O Fogo se alastra
Martyn Lloyd-Jones explica que: “Primeiro houve um avivamento nos Estados Unidos da
América, depois na Irlanda do Norte, no País de Gales, em partes da Escócia, e até mesmo em certas
partes da Inglaterra”. Os avivamentos através da História demonstram claramente que: “Deus
muitas vezes age de forma extremamente incomum, e produz avivamento, e o promove e o mantém
não necessariamente através de ministros, mas através de pessoas que talvez tenham se considerado
a si mesmas como membros humildes e sem importância da Igreja Cristã”. M. Lloyd-Jones diz que
se: “A necessidade de um avivamento é de importância vital para a Igreja Cristã, os pensamentos e
as orações de cristãos ao redor do mundo deveriam se concentrar na questão dessa urgente
necessidade”.
Tommy Barnett relata em seu livro Multiplicação, que Evan Roberts começou orando e
jejuando. Ele buscou a Deus e teve uma visão, em 1904, de que o avivamento produziria 100 mil
pessoas salvas em Gales e literalmente correria em volta do mundo. Tudo começou em 29 de
setembro de 1904, quando Evan, com mais 19 amigos, reuniram-se numa manhã para ouvir o
evangelista Seth Joshua. Em sua mensagem, Joshua afirmou: “A igreja galesa precisa, acima de
tudo, ser dobrada, quebrantada como argila mole nas mãos de Deus”. Aquelas palavras tocaram o
coração de Evans, que prostrou-se em lágrimas clamando: “Senhor, dobra-me!” E, como escreveu
alguém: “Dentro de pouco tempo, a igreja galesa estava acertando seus corações com Deus. Os
líderes estavam clamando a Deus. E, de repente, Deus chegou! ”. O Céu tocou a terra. As orações
alcançaram o trono de Deus e retiraram dele fogo (Ap 8.3-5), que foi lançado como um rio de
avivamento sobre a terra, atraindo multidões para servirem ao Senhor.
A maioria dos líderes e ministros deste Avivamento era composta por pessoas comuns: “Evan
Roberts tinha 26 anos de idade quando irrompeu o avivamento. Sua irmã, Mary, que foi uma parte
tão importante da obra, tinha 16 anos. Seu irmão Dan e o futuro marido de Mary, Sydney Evans,
estavam ambos com cerca de 20 anos. As Irmãs Cantoras, que foram usadas grandemente, estavam
entre as idades de 18 e 22 anos. Milhares de jovens se converteram e eram imediatamente enviados
por toda a terra testificando da glória de Deus. Criancinhas tinham suas próprias reuniões de oração
e testemunhavam ousadamente aos pecadores mais endurecidos. As capelas ficavam superlotadas de
jovens. Novos convertidos lideravam grandes reuniões de oração e estudos Bíblicos”, diz Rick
Joyner. Evan Roberts insistia continuamente: “Obedeçam ao Espírito”, e o Espírito mantinha a
reunião pacífica e ordeira. Ele dedicava horas de oração a sós com o Senhor. Quando ocorre um
movimento de oração nos bastidores, no lugar secreto que fica no sobsolo dos acontecimentos,
ondas de salvação jorram pelas vias públicas da História.
As Brasas se multiplicam
Evan Roberts “riscou o fósforo, mas muitos transportaram as tochas”. As brasas foram
espalhadas e o fogo propagado. Foi algo realmente espantoso o que aconteceu em Gales. As
fagulhas saltaram para o outro lado do Atlântico e atingiram corações que se associaram a William
Seymour. Os eventos que ocorreram na Rua Azusa estavam inseridos dentro de um grande contexto
de avivamento mundial, promovido pelo Espírito Santo para preparar a História para o Grande
Avivamento que ainda está para chegar, para a última colheita. O Grande Avivamento em Gales,
que já estava ocorrendo desde 1904, foi um dos fatores responsáveis por alimentar a chama em Los
Angeles. Frank Bartleman, que trocava correspondências com Evan Roberts, jovem que foi usado
por Deus no País de Gales, espalhava as notícias dos acontecimentos do avivamento galês e
incentivava a fé entre aqueles que estavam sedentos por um avivamento na América.
Em seu livro O Mundo em Chamas, Rick Joyner diz que em Gales: “Quando a reunião
noturna, que começava às 19h e terminava às 3h da manhã seguinte, outras multidões já estavam se
preparando para entrar na capela, para a reunião de oração da madrugada! Em muitas cidades, todo
o trabalho cessava quando vinham os evangelistas. As fábricas e lojas às vezes fechavam durante
dias de uma vez para que as pessoas participassem das reuniões”. Joyner lembra que um repórter
famoso do famoso London Daily visitou as reuniões dirigidas por Evan Roberts a fim de descrever
para o povo de Londres as cenas surpreendentes de que ouvira falar. Ele escreveu: “Encontrei a
chama do entusiasmo espiritual galês tão sem fumaça quanto seu carvão. Não há anúncios, nada de
bandas com metais, nem cartazes. Toda a parafernália para ‘despertar’ (reuniões típicas) é notável
pela sua ausência. Não existe música instrumental. Os órgãos permanecem sem uso. Não existe
necessidade de instrumentos, porque dentro, em volta e por baixo, predominando sobre tudo,
agitam-se o tremor e a pulsação de uma multidão que ora, e que canta enquanto ora”.
As Reuniões de oração
Se a oração acende o fogo do avivamento, a reunião de oração é o braseiro. Em toda a
História, a reunião de oração tem sido o útero onde os avivamentos são gestados. Lloyd-Jones disse:
“A oração, sem sombra de dúvida, é a atividade mais sublime da alma humana. O ser humano
alcança seu melhor e o patamar mais alto quando, de joelhos, fica face a face com Deus.” Ele
confirma que: “A oração é sempre um grande elemento de cada avivamento, grandes reuniões de
oração, intercessão por horas e horas. Oram por outras pessoas por nome, e imploram, e não deixam
Deus em paz, por assim dizer. Concentram-se nisso com uma estranha urgência”.
Joyner comenta que: “As reuniões de oração, que tinham sido um trabalho penoso antes,
tornaram-se as principais atrações até em cidades inteiras”. Elas cresciam até a superlotação, tanto
de pessoas quanto de unção. Um profundo senso de oração tomou conta do país. “Reuniões que se
esperava que fossem cultos regulares, rapidamente se tornaram reuniões de oração, pois orar se
tornou a primeira disposição de todos. Grupos andando para o trabalho começavam a orar e logo se
juntavam a eles uma multidão crescente, atraída pela unção. As reuniões de oração espontâneas
começaram em lojas, lares e houve até casos de fábricas que fechavam para que os operários
pudessem orar”. No pico do avivamento surgiram diversas estratégias de conquistas de cidades para
Cristo. Joyner diz: “Toda a população das cidades estava se reunindo para marchar ao redor das
vizinhanças e reivindicá-las para Cristo. Em várias ocasiões, pelo menos, a população de uma
cidade marchava em direção à cidade vizinha para orar por ela, e o avivamento inevitavelmente
acendia lá. Esse avivamento foi um testemunho de que poucas coisas podem energizar tanto os
crentes quanto a sua descoberta do poder da oração”.
O Jejum e a oração
A consagração de Evan Roberts, expressa na prática regular do jejum e oração, foi
determinante para a expansão do avivamento. Enquanto jejuava e orava, ele colocava ainda mais
lenha na fogueira. Oração e jejum são combustíveis preciosos dos avivamentos. Wesley L. Duewel
declara em seu livro Toque o Mundo Através da Oração, que: “John Wesley jejuava duas vezes
por semana até a hora do chá, a exemplo da primeira Igreja. Ele estimulou todos os seus seguidores
a fazerem o mesmo. Ele disse que preferia amaldiçoar e jurar do que não jejuar, pois ‘o homem que
nunca jejua está tão distante do Céu quanto o que nunca ora’. ” Duewel também relata que: “Charles
G. Finney, poderosamente usado por Deus no avivamento de 1800, jejuava regularmente toda
semana. Sempre que notava uma redução da Presença do Espírito em suas reuniões, ele passava três
dias e três noites em oração e jejum. Finney contou que depois disso o Espírito Santo operava
invariavelmente de novo e o reavivamento prosseguia”.
Daniel era mui amado no Céu por causa da sua intimidade com Deus em oração e jejum (Dn
10.11), e, por isso, ele se tornou um grande ganhador de almas (Dn 2.46-48). Faça o propósito de
ser conhecido no Céu através da oração e jejum e ganhe vidas para o Senhor. Jentezen Franklin diz
em seu livro Jejum, Abrindo a Porta para as Promessas de Deus, que: “O jejum possui uma força
multiplicadora”. Em Atos, a Igreja está sempre reunida em oração e jejum (At 1.15; 2.42-47; 4, 5,
10, 11, 13, entre outros). O jejum é uma arma poderosa para vencer os demônios e o inferno, traz
rompimentos entre os homens na terra, e o torna conhecido diante de Deus no Céu. Enquanto
estudavam na Universidade de Oxford John, Carlos Wesley e outro jovem chamado George
Whitefield se uniram, em maio de 1738, e formaram uma reunião de oração e estudo bíblico diário
chamada Clube Santo. Eles jejuavam todas as quartas e sextas-feiras e visitavam os doentes e
encarcerados. Quando as brasas se juntam, o céu se abre e o fogo cai. Todas as manhãs e todas as
noites cada um passava uma hora orando a sós com Deus. Estas reuniões deram origem ao grande
avivamento do século XVIII que tocou toda a Inglaterra, trazendo uma colheita de vidas salvas, sem
precedência na História. John Wesley e George Whitefield levaram milhares de vidas ao Senhor
através da pregação de poder.
2
LABAREDAS DIVINAS
Hernandes Dias Lopes declara em seu livro Pentecoste, o Fogo que não se Apaga, que ao
longo da História, Deus visitou o Seu povo, irrompendo com grande poder e trazendo à Igreja
tempos de refrigério, através do derramamento do Seu Espírito. Foi assim entre os valdenses, na
França, no século doze. Foi assim na Reforma do século XVI, quando o Espírito de Deus soprou
com grande poder na Europa, usando homens como Lutero, Zwinglio, Knox e Calvino. Deus voltou
a visitar a Igreja com grande poder no século XVII levantando, sobretudo na Inglaterra, os
puritanos, uma das gerações mais santas e cultas da História da Igreja. No século XVIII, as janelas
dos Céus se abriram em copioso derramamento do Espírito na Inglaterra, no País de Gales e na
Nova Inglaterra. No século XIX, Deus enviou a chuva torrencial do seu Espírito em grandes
avivamentos nos EUA, na Escócia, na Inglaterra e na Irlanda do Norte. No século XX, Deus tem
feito maravilhas, desde o grande avivamento do País de Gales, em 1904, com Evan Roberts; as
labaredas do grande avivamento atingiram as Ilhas Novas Hébridas, em 1946, com Duncan
Campbell; o avivamento entre os zulus, na África do Sul, em 1966, com Erlo Stegen; e o grande
despertamento na Coréia do Sul, desde 1907, quando o vento do Espírito começou a soprar com
grande poder, levando aquela igreja a um colossal crescimento até os dias de hoje.
Contam os historiadores que: “As transações de jogo e álcool perderam a sua atividade e os
teatros foram obrigados a fechar as portas por falta de espectadores. (...) Adolescentes, cansados de
seus pais alcoólatras batendo nas mães, oravam para que os bares se fechassem. A polícia pranteava
e se juntou aos cânticos – e a criminalidade quase cessou”. Em pouco tempo, todas as igrejas
ficaram lotadas, de tal forma que multidões ficavam sem poder entrar. As reuniões eram das 10h da
manhã até à meia-noite, com três cultos bem definidos, realizados todos os dias. “Os infiéis se
convertiam, beberrões, gatunos e jogadores profissionais eram salvos; e milhares voltavam a ser
cidadãos respeitáveis. Confissões de pecados horrendos se faziam ouvir por toda parte. Dívidas
antigas eram saldadas”. E tudo começou com a oração e o ensino bíblico sobre conversão e
avivamento.
Grandes evangelistas como T. L. Osborn, F. F. Bosworth, Charles & Francis Hunter, D. L.
Moody, Charles Finney, Reinhard Bonnke, entre outros, relatam que o batismo de fogo foi o
responsável pela capacitação para o evangelismo de poder, que é a chave para o crescimento
explosivo da Igreja. O batismo de fogo prepara a Igreja para o crescimento através do evangelismo
de poder realizado através de curas e milagres, e profundo arrependimento. A Igreja primitiva é,
atualmente, o modelo de Igreja para seguirmos. O Livro de Atos registra como ela cresceu
extraordinariamente por causa do evangelismo de poder regado pela oração.
Primeiro momento
O Livro de Atos 2 revela que o crescimento da Igreja explodiu depois que ela foi visitada pelo
fogo de Deus. Antes do batismo de fogo, a Igreja contava com apenas 120 pessoas (At 1.15). O
crescimento explosivo se deu após a manifestação do poder do Espírito Santo prometido pelo Pai:
“Cumprindo se o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do
céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E viram
línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. Todos foram cheios
do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia
que falassem. Os que de bom grado receberam a sua palavra foram batizados, e naquele dia
agregaram-se quase três mil almas” (At 2.1-4, 41).
Segundo momento
Atos 2 revela que o batismo de fogo capacitou a Igreja para operar sinais, milagres, prodígios e
maravilhas. Após o batismo de fogo, a Igreja foi equipada para o evangelismo de fogo, isto é, para
pregar com sinais e prodígios. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos
pelos apóstolos (At 2.43). Veja qual era a oração da Igreja, de acordo com Atos 4.29-31: “Agora, ó
Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua
palavra. Tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos. E todos foram cheios do
Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus”.
Terceiro momento
Atos (capítulos 1, 2, 4 e 6) revela que o poder de Deus gera uma Igreja que muda o rumo da
História do seu tempo. A Igreja que é moldada sob o fogo de Deus cresce poderosamente em
direção aos perdidos. Vejamos como se dá esse crescimento:
At 1.15 - são apenas 120 irmãos;
At 2.41 - o número sobe para cerca de 3 mil;
At 4.4 - somam-se 5 mil homens;
At 6.10 - diz que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o
número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
O que o fogo de Deus provoca em nossas vidas? O fogo de Deus consome todas as impurezas
da nossa vida e nos santifica. “A Luz de Israel virá a ser como fogo e o Seu Santo como labareda,
que abrasa e consome os seus espinheiros e as suas sarças num só dia” (Is 10.17). “Incendeu-se
dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava se acendeu um fogo, então falei com a minha
língua” (Sl 39.3).
As Chamas do Avivamento
Entre 1904 e 1905, chegaram a Los Angeles notícias do avivamento ligado a Evan Roberts no
País de Gales, Grã-Bretanha. Os folhetos escritos por Frank Bartleman, que mantinha
correspondência com Roberts, e o livro escrito por S. B. Shaw, chamado The Great Revival in
Wales, foram amplamente lidos em Los Angeles, entre 1905 e 1906. Isso encorajou o início das
reuniões de oração em chalés, verdadeiros braseiros que acabaram acendendo o fogo de Deus. O
avivamento foi tão notório que, em 1904, o famoso jornalista William Stead (1849-1912), editor de
um dos principais jornais britânicos da época, o Pall Mall Gazette, publicou uma série de matérias
de destaque sobre o acontecimento. Porém, até 1909, o avivamento ainda seria notícia em jornais
britânicos. Foi nesse ano que um jornalista de Londres resolveu visitar Gales para ver se, cinco anos
depois, o avivamento ainda estava vivo. Ao chegar em Gales, o jornalista marcou uma entrevista
com alguns pastores. No encontro, um deles afirmou que, dois anos antes do avivamento, o número
de crentes fiéis na cidade era quase nenhum, ao ponto de as igrejas estarem prestes a fechar. Quando
o jornalista perguntou se o avivamento já estava em declínio, eles responderam: “Sim, está. É que
não existe mais ninguém aqui querendo ser salvo. Todos os habitantes da nossa cidade aceitaram
Jesus durante o avivamento”. Tommy Barnett conta que o avivamento se deslocou como um furacão
para a Inglaterra e Irlanda. A Igreja adicionou mais de um milhão de pessoas ao seu rol de
membros. O reavivamento correu pela Europa Central, Noruega e Escandinávia, se espalhou na
África e na Índia, pela China e até Coreia. Curas, visões, sinais e maravilhas tais, descritas no livro
de Atos, foram testemunhadas em todo o reavivamento.
Relatos de um Avivamento
Os relatos seguintes, do Avivamento de Gales, eram ouvidos pelos contemporâneos de
Seymour, gerando fome pelo fogo de Deus. Eles foram compilados por James E. Stewart de um
jornal intitulado Doings of the Churches (Atos das Igrejas) e publicados no seu livro Invasion of
Wales by The Spirit (Invasão de Gales pelo Espírito), in: Revival Literature.
“BLAENAVON. Na noite de sábado, uma banda de moças entre as idades de 14 e 16 anos
organizou reuniões de oração em diferentes lugares nas ruas principais.
TREMADOC. O avivamento tem continuado a ter um efeito marcante aqui. As capelas têm
estado superlotadas até 2h ou 3h da manhã.
CARDIGAN. Uma reunião onde o Rev. Seth Joshua estava conduzindo uma missão,
prolongou-se até depois da meia-noite. Foi uma reunião maravilhosa e será lembrada por muito
tempo por causa do derramamento do Espírito Santo. A maioria das 1.200 pessoas presentes estava
de joelhos simultaneamente e permaneceu nesta atitude por quase duas horas.
HOLYHEAD. Nesta cidade importante, bêbado é coisa do passado e a polícia está tendo um
tempo de calma. Houve relato de 500 convertidos.
BLAENAVON. Todas as igrejas da cidade tiveram recentemente uma procissão combinada
pelas ruas e agora foi arranjada uma segunda marcha.
BERTILLERY. Como resultado da semana especial de reuniões, houve 1.500 convertidos.
BRITHOIR. Uma reunião próxima da estação ferroviária -- continuação de uma reunião de
oração anterior -- foi frequentada por muitas pessoas de clubes e bares, e continuou até quase meia-
noite. Então, foram à Capela vizinha e a reunião terminou às 2h da manhã.
ABERTILLERY (novamente). A obra prossegue. Grandes coisas têm acontecido no Salão do
Exército da Salvação, mas os cultos são organizados à noite em praticamente todas as capelas da
vizinhança. Agora há 2.500 convertidos.
ANGLESEY. A Ilha de Anglesey tem sido agitada de ponta a ponta pelo avivamento. Nas 55
Capelas Metodistas há 1.116 convertidos, 276 nas 15 Capelas Independentes, 366 nos 24 locais de
adoração dos Batistas e 116 nas 8 Igrejas Wesleyanas, perfazendo um total de 1.874 convertidos nas
102 capelas.
3
O PODER DA ORAÇÃO
DE UM JUSTO
Perguntaram uma vez à rainha Elizabeth o que ela mais temia e ela respondeu que: “A um
homem de joelhos mais que a um exército”. John Hyde é conhecido como: o homem que orava.
John Hyde nasceu em 1865, em Illinois, EUA. Ele era filho de um pastor presbiteriano. Em
outra casa de seus pais, disse: “Era uma casa onde Jesus era um hóspede permanente, e onde os
habitantes respiravam uma atmosfera de oração. ” Seu pai, muitas vezes, orou fervorosamente
pedindo trabalhadores para a colheita, e o Senhor respondeu à sua oração: dois de seus filhos foram
chamados para o ministério.
John Hyde foi chamado para a Índia. Como ele era parcialmente surdo, ele se esforçou para
aprender as línguas nativas. Devida à couraça de trevas que existe naquele país, ele foi levado para
uma vida mais profunda de oração. Desconectado do mundo exterior, muitas vezes lutou com Deus,
o dia todo até meia-noite, às portas fechadas. Muitas vezes, antes do amanhecer, Hyde estava de
joelhos orando por uma visitação maior da graça divina sobre o povo da Índia. As batalhas travadas
no lugar secreto definem a vitória na guerra pública. Ole Hallesby escreveu que: “A oração secreta
no quarto é um sangrento campo de batalha. Ali são travadas violentas e proféticas batalhas”. Karl
Barth diz: “Unir as mãos em oração é o começo de um motim contra a desordem do mundo”.
Quando você entra no lugar secreto, Deus começa a projetar e definir toda a sua vida.
Inicialmente, então, ao chegar, você passa por um processo, você tem que vencer alguns obstáculos,
você está na dimensão natural e luta com suas angústias, abatimentos e tristezas. Muitos, por causa
deste embate, começam e não permanecem na Prática da Presença. Ainda mais porque o inimigo
também entra em cena. João Clímaco declarou: “Reconhecemos o valor da oração devido aos
esforços que os espíritos malignos fazem para nos perturbar quando estamos orando”. A única coisa
que pode lhe ajudar é você se envolver incondicionalmente com o Senhor quando entrar na Sua
Presença. Leonard Ravenhill conclui: “Se fracassarmos na oração, fracassaremos em todas as
frentes de batalha”. Você está diante da coisa mais gloriosa, mas também da mais desafiadora que
existe. Então, você diz para Deus que O ama, que quer mais Dele, que quer se envolver com Ele,
ora em Espírito, para somente então ser transposto para um lugar em Deus, onde todas as vitórias
estão garantidas Nele. Em uma carta para a universidade, Hyde escreveu: “Eu tenho sido levado a
orar pelos outros neste inverno, mais do que nunca. Na faculdade ou nas férias em casa, eu mantive
as horas para mim, e eu não posso fazer as duas coisas para Deus e pelas almas? ”.
George Jeffreys e seu irmão Stephen se converteram no auge do Grande Avivamento de Gales,
em 1904. Em 1915, os irmãos Jeffreys iniciaram suas Cruzadas evangelísticas de milagres em
tendas montadas, onde começaram a acontecer milagres surpreendentes, que culminaram com
grandes multidões afluindo para o Reino Unido. George passou dez anos ininterruptos em atividade
evangelística sustentado com notável sucesso. Durante esse tempo, seu ministério teve uma unção
fresca causando uma meteórica ascensão à fama em toda a terra. Suas campanhas evangelísticas de
cura divina logo encheram os maiores locais públicos no país. Havia milhares de convertidos,
dezenas de curas e outras dezenas de igrejas plantadas. Em Birmingham foram registrados 10 mil
convertidos. Na Europa continental ele também foi um grande sucesso, tendo um espantoso número
de 14 mil convertidos na Suíça, entre os anos de 1934-1936. Ele visitou a Suécia várias vezes e era
o pregador principal na Conferência Europeia Pentecostal em Estocolmo, em junho de 1939.
A Multiplicação do óleo
Dessas campanhas nasceu o ministério das Igrejas Elim, que conta hoje com cerca de 550
congregações no Reino Unido e Turquia e chega a 9 mil igrejas em todo o mundo. Curas criativas
aconteciam com frequência, quando os Jeffreys oravam pelos enfermos. Mãos, braços, vinham à
existência sobrenaturalmente quando George Jeffreys, este grande homem de Deus ministrava cura
divina. Já, em idade avançada, George orou por Reinhard Bonnke, transferindo-lhe a unção.
Bonnke conta em sua biografia Vivendo uma Vida de Fogo, como se deu o seu encontro com
Jeffreys. “O que aconteceu em seguida foi extraordinário. De repente, George Jeffreys pegou-me
pelos ombros e caiu de joelhos, puxando-me ao chão com ele. Colocou-me as mãos sobre a minha
cabeça e começou a abençoar-me como um pai abençoa um filho, como Abraão abençoou Isaque, o
qual abençoou Jacó, e assim por diante. A sala parecia estar iluminada com a glória de Deus,
enquanto derramava a sua oração sobre mim. Fiquei deslumbrado com essa glória. Não me lembro
das palavras com as quais me abençoou, lembro-me, sim, do seu efeito. Senti o meu corpo
eletrificado, fervilhando com energia divina. Saí aos tropeços da sua casa e voltei cambaleando
como um homem embriagado”. Houve o que chamamos de impartição de unção. Bonnke tem visto
curas e milagres semelhantes aos que ocorriam no ministério dos Jeffreys. Os cegos veem, os
paralíticos andam, surdos ouvem e mortos são ressuscitados. A África tem sido alcançada através da
pregação de Reinhard Bonnke.
Reinhard Bonnke tem alcançado mais vidas para o Senhor do que qualquer outro na história do
Cristianismo. Mais de 70 milhões de pessoas já se converteram em suas Cruzadas Evangelísticas de
cura. Quando Bonnke ainda estava começando, ele teve uma experiência que marcou o seu
ministério para sempre.