Regulamento Municipal (RMUE)
Regulamento Municipal (RMUE)
Regulamento Municipal (RMUE)
24 — Os candidatos excluídos serão notificados para a realização procedimentos prévios de comunicação prévia ou licença, unicamente,
da audiência dos interessados nos termos do Código do Procedimento consoante a localização e a natureza das obras.
Administrativo, por uma das formas previstas no n.º 3 do artigo 30.º da A agilização e a simplificação procedimental, vem também impor o
Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, na sua actual redacção. recurso a meios electrónicos, através de um sistema informático inerente
25 — No âmbito do exercício do direito de participação dos inte- aos novos procedimentos administrativos, que pretende revolucionar
ressados, os candidatos devem obrigatoriamente utilizar o modelo de todo o procedimento administrativo promovido entre os munícipes e o
formulário aprovado pelo Despacho n.º 11321/2009, de 29 de Abril, do Município de Alcoutim.
Ministro de Estado e das Finanças, publicado no Diário da República, Considerando que o Município de Alcoutim carece de regulamentação
2.ª série, n.º 89, de 8 de Maio, disponível na página electrónica do Mu- neste âmbito, urge a necessidade de dotar o mesmo de um normativo
nicípio, cujo endereço consta no ponto 9 do presente aviso. que se pretende ágil e flexível, sem prejuízo da segurança jurídica, que
26 — Os candidatos admitidos serão convocados, através de notifica- discipline a urbanização e a edificação em todo o concelho à luz da
ção do dia, hora e local para realização dos métodos de selecção, por uma legislação em vigor, estabelecendo princípios de procedimento interno
das formas previstas no n.º 3 do artigo 30.º da Portaria n.º 83-A/2009, e definindo a relação entre os limites da lei habilitante e os direitos dos
de 22 de Janeiro, na sua actual redacção. que pretendem intervir neste âmbito.
27 — A publicitação dos resultados obtidos em cada método de se- Assim, nos termos do disposto nos artigos 112.º, n.º 8, e 241.º da
lecção é efectuada através de lista, ordenada alfabeticamente, afixada Constituição da República Portuguesa, do preceituado no Decreto-Lei
no átrio do edifício dos Paços do Concelho e disponibilizada na página n.º 555/99, de 16 de Dezembro na sua redacção actual, do consignado
electrónica do Município de Alcobaça, cujo endereço consta no referido nos artigos 53.º e 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro na sua re-
ponto 9 do presente aviso dacção actual, bem como com o objectivo de ser submetido a discussão
28 — A lista unitária de ordenação final, após homologação, será pública após publicação nos termos do artigo 118.º do CPA, propõe-se
afixada no átrio do edifício dos Paços do Concelho e disponibilizada na à Câmara Municipal a aprovação do presente Projecto de Regulamento
página electrónica do Município de Alcobaça identificada nos pontos 9, de Urbanização e Edificação no Concelho de Alcoutim.
26 e 28 do presente aviso), sendo, ainda, publicado aviso na 2.ª série do
Diário da República com informação sobre a sua publicitação.
28 de Setembro de 2011. — O Presidente da Câmara Municipal, CAPÍTULO I
Dr. Paulo Jorge Marques Inácio.
305229047 Disposições Preliminares
SECÇÃO I
MUNICÍPIO DE ALCOUTIM Âmbito e Definições
Regulamento n.º 564/2011 Artigo 1.º
Âmbito, objecto e lei habilitante
Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação
no Concelho de Alcoutim 1 — O presente Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação,
estabelece os princípios aplicáveis à urbanização e edificação no Muni-
Dr. Francisco Augusto Caimoto Amaral, Presidente da Câmara Mu- cípio de Alcoutim, sem prejuízo do estabelecido na lei geral, planos de
nicipal de Alcoutim: ordenamento do território e regulamentos especificamente aplicáveis à
Torna público, para os efeitos previstos no n.º 3 do Decreto-Lei matéria em questão.
n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pela Lei n.º 60/2007, de 04 2 — Constituem leis habilitantes deste Regulamento, genericamente, o
de Setembro, que por deliberação da Câmara Municipal tomada em artigo 241.º da CRP, e o Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com
reunião ordinária de 30 de Março de 2011, e posterior deliberação da as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 177/2001,
Assembleia Municipal tomada em reunião ordinária de 15 de Abril de 4 de Junho, pela Lei n.º 60/2007 de 4 de Setembro e pelo Decreto-Lei
de 2011 foi submetido a discussão pública, pelo período de 30 dias o n.º 26/2010 de 30 de Março, de ora em diante designado apenas por
projecto de Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação no RJUE (Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação).
Concelho de Alcoutim.
Após a discussão pública e havendo uma anotação, foi o referido Artigo 2.º
projecto de Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação no
Concelho de Alcoutim corrigido e reformulado no seu artigo 43.º, tendo Definições por ordem alfabética
sido subsequentemente aprovado por deliberação de Câmara Munici- No sentido de serem aplicadas na apreciação de processos para toda
pal tomada em reunião ordinária de 27 de Julho de 2011, e posterior a área do concelho, entende-se por:
deliberação da Assembleia Municipal tomada em reunião ordinária de 1) Água-furtada ou sótão — o pavimento resultante do aproveitamento
30 de Setembro de 2011, ficando refundido em versão final que aqui do vão do telhado;
se dá por transcrito. 2) Alinhamento — linhas e planos, definidos por planos de ordena-
O Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação no Concelho mento, por regulamentos ou pela Câmara, que determinam a implantação
de Alcoutim entra em vigor no prazo estipulado no seu artigo 102.º das obras e também o limite de uma parcela ou de um lote nos lanços
Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente confinantes com a via pública;
edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos Paços do Muni- 3) Altura total — dimensão vertical da construção, contada a partir
cípio e demais lugares de estilo, bem como no sítio da Internet www. do ponto de cota média do terreno no alinhamento da fachada até ao
cm-alcoutim.pt. ponto mais alto da construção;
17 de Outubro de 2011. — O Presidente da Câmara Municipal, 4) Andar — piso (no caso de não introdução de sobreloja) imediata-
Dr. Francisco Augusto Caimoto Amaral. mente acima do rés-do-chão ou o que ficar com o pavimento mais de
2 m acima da cota de soleira;
5) Anexo — a edificação ou parte desta e a ela adjacente referenciada a
Projecto de Regulamento Municipal da Urbanização um edifício principal, com uma função complementar e com uma entrada
e Edificação no Concelho de Alcoutim autónoma pelo logradouro ou pelo espaço público, que não possui título
autónomo de propriedade nem constitui uma unidade funcional;
Preâmbulo 6) Área bruta de construção — a soma das superfícies de todos os
pisos situados acima e abaixo do solo, incluindo alpendres e anexos e
O Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redacção confe- excluindo sótãos e caves sem pé-direito regulamentar para fins habi-
rida pelo Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho foi substancialmente tacionais, terraços não utilizáveis, galerias exteriores públicas e áreas
alterado pela Lei n.º 60/2007 de 4 de Setembro e pelo Decreto-Lei descobertas destinadas a estacionamento, fora do perímetro base de
n.º 26/2010 de 30 de Março, cuja republicação apresenta reorganizações construção;
profundas no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE). 7) Área de cedência ao domínio público — área destinada à circulação
O Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, considera agora uma pedonal e de veículos, à instalação de infra-estruturas, a espaços verdes
maior agilização, responsabilização, e uma simplificação procedimental e de lazer, a equipamentos de utilização colectiva e a estacionamento;
generalizada, eliminando assim, a figura de autorização administrativa 8) Área de equipamentos — área destinada a equipamentos urbanos
das operações urbanísticas do Regime Jurídico da Urbanização e Edi- de utilização colectiva (inclui equipamentos desportivos, culturais, de
ficação, passando o controlo prévio destas a ser realizado por meio de comércio, de serviços, etc.);
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9) Área de impermeabilização — valor resultante do somatório da área banho, despensas, vestíbulos, espaços destinados exclusivamente a fins
de implantação das construções de qualquer tipo e das áreas de solos profissionais, bem com a cozinha;
pavimentados com materiais impermeáveis ou que propiciem o mesmo 30) Domínio público — conjunto de coisas que, pertencendo a uma
efeito, designadamente em arruamentos, estacionamentos, equipamentos pessoa colectiva de direito público, são submetidas por lei, dado o fim
desportivos, logradouros e outros; de utilidade pública a que se encontram afectas, a um regime jurídico
10) Área de implantação — valor do somatório das áreas resultantes especial caracterizado, fundamentalmente, pela sua indisponibilidade
da projecção no plano horizontal de todos os edifícios (residenciais e à prática ou sujeição a actos de comércio, em ordem a preservar a exis-
não residenciais), incluindo anexos, mas excluindo varandas e plati- tência dessa utilidade pública;
bandas; 31) Edificação — a actividade ou o resultado da construção, recons-
11) Área de infra-estruturas — áreas vinculadas à instalação de infra- trução, ampliação, alteração ou conservação de um imóvel destinado a
-estruturas previstas (águas, electricidade, gás, telefones, saneamento, utilização humana, bem como qualquer outra construção que se incorpore
drenagens, etc.), importando especialmente às vias onde essas infra- no solo com carácter de permanência;
-estruturas estão instaladas; 32) Edifício de apartamentos — edifício de habitação familiar, em que
12) Área de lote — área de terreno de uma unidade cadastral mínima, a maior parte da sua área útil é ocupada por apartamentos;
para utilização urbana, resultante de operação de loteamento; 33) Edifício de habitação colectiva — construção independente, co-
13) Área habitável — valor correspondente à soma de todas as divi- berta, limitada por paredes exteriores ou paredes meias que vão das
sões ou compartimentos do alojamento (incluem-se todos os comparti- fundações à cobertura, em que a maior parte da sua área útil se destina
mentos excepto vestíbulos, circulações interiores, instalações sanitárias, a servir de habitação colectiva (com uma ou mais convivências);
arrumos e outros compartimentos de função similar, incluindo armários 34) Edifício de habitação familiar — construção independente, co-
nas paredes). A área habitável mede-se pelo intradorso da paredes que berta, limitada por paredes exteriores ou paredes meias que vão das
limitam o fogo, descontando encalços até 30 cm, paredes interiores, fundações à cobertura, em que a maior parte da sua área útil se destina
divisórias e condutas; a servir de habitação familiar (com um ou mais fogos);
14) Área total de construção — também designada por área de pa- 35) Edifício habitacional — construção independente, coberta, limi-
vimentos ou área de lajes — valor resultante do somatório das áreas tada por paredes exteriores ou paredes meias que vão das fundações à
limites de todos os pavimentos, acima e abaixo do solo, medidas pelo cobertura, em que a maior parte da sua área útil se destina a servir de
extradorso das paredes exteriores, incluindo varandas e terraços utilizá- habitação (com um ou mais alojamentos);
veis (quer sejam cobertos ou descobertos), com a exclusão das seguintes 36) Edifício moradia — edifício de habitação familiar, em que a
áreas — sótãos não habitáveis, áreas destinadas a estacionamento, áreas maior parte da sua área útil é ocupada com um ou mais fogos, todos
técnicas (PT, central térmica, compartimentos de recolha de lixo, etc.), com entrada principal a dar, geralmente, para uma rua ou para um
arruamentos, galerias exteriores públicas e outros espaços livres de uso terreno circundante ao edifício (moradia independente ou edifício de
público coberto, quando não encerrados; apartamentos-moradia);
15) Área total de demolição — a soma das áreas limites de todos os 37) Edifício principalmente não residencial — edifício em que a maior
pavimentos a demolir, medida pelo extradorso das paredes exteriores, parte da sua área útil se destina a fins não residenciais;
acima e abaixo do solo; 38) Edifício — construção independente, coberta, limitada por pa-
16) Área urbana de génese ilegal — área correspondente aos pré- redes exteriores ou paredes meias que vão das fundações à cobertura,
dios ou conjuntos de prédios contíguos que, sem a competente licença destinada a servir de habitação (com um ou mais fogos) ou outros fins
de loteamento, quando legalmente exigida, tenham sido objecto de e que integra, no mínimo, uma unidade de utilização;
operações físicas de parcelamento destinadas à construção até à data 39) Entidade investidora ou promotora — entidade (privada ou pú-
de entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 400/84, de 31 de Dezembro, e blica) por conta de quem as obras são efectuadas;
que, nos respectivos planos municipais de ordenamento do território 40) Entidade isenta — entidade promotora de operações urbanísticas
estejam classificadas como espaço urbano ou urbanizável. São ainda que em geral estão sujeitas à emissão de alvará de licença ou autorização
incluídas neste conceito as áreas dos prédios ou conjuntos de prédios mas que, nos termos da lei, está isenta desse procedimento;
parcelados anteriormente à entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 46 673, 41) Espaços de utilização colectiva — espaços exteriores, não enqua-
de 29 de Novembro de 1965, quando predominantemente ocupados por drados na estrutura verde urbana, que se prestam a uma estada descon-
construções não licenciadas; traída por parte da população utente (inclui equipamentos desportivos a
17) Áreas de protecção — correspondem a áreas centrais de aglome- céu aberto, praças, anfiteatros e outros de natureza semelhante);
rados que se consideram imprescindíveis preservar. Englobam-se nestas 42) Espaços verdes — espaços exteriores, enquadrados na estrutura
áreas de protecção, obviamente, as áreas e zonas de protecção definidas verde urbana, que se prestam a uma estada descontraída por parte da
na lei e regulamentos em vigor; população utente (inclui jardins, parques florestais e afins);
18) Áreas não urbanas — são as restantes áreas não incluídas nas 43) Fogo (ou alojamento familiar clássico) — local distinto e inde-
anteriores; pendente, constituído por uma divisão ou conjunto das divisões e seus
19) Áreas urbanas — correspondem a todas as áreas urbanas e urba- anexos, num edifício de carácter permanente, ou numa parte distinta do
nizáveis tal como são definidas na lei e regulamentos em vigor; edifício (do ponto de vista estrutural), que pelo modo como foi constru-
20) Armazenagem — locais destinados a depósito de mercadorias e ído, reconstruído, ampliado ou transformado, se destina à habitação de
ou venda por grosso; uma única família não estando, no momento de referência, a ser utilizado
21) Beirado — parte do telhado saliente até 0,40 m da edificação; totalmente para outros fins;
22) Cave — o piso imediatamente abaixo do rés-do-chão. No caso 44) Índice volumétrico — é igual ao quociente do volume de cons-
de no mesmo edifício haver mais de uma cave, designar-se-á cada uma trução pela área da parcela ou lote;
delas por 1.ª, 2.ª cave e assim sucessivamente, a contar do rés-do-chão 45) Indústria compatível — indústria que é compatível com o uso
para baixo; habitacional, de acordo com a definição em vigor;
23) Cérceas — dimensão vertical da construção, medida a partir do 46) Infra-estruturas de ligação — as que estabelecem a ligação entre as
ponto de cota média do terreno marginal ao alinhamento da fachada até infra-estruturas locais e as gerais, decorrendo as mesmas de um adequado
à linha superior do beirado, platibanda ou guarda do terraço, incluindo funcionamento da operação urbanística, com eventual salvaguarda de
andares recuados e caixas de escadas mas, excluindo acessórios (chami- níveis superiores de serviço, em função de novas operações urbanísticas,
nés, casa de máquinas de ascensores, depósitos de água, telhados, etc.); nelas directamente apoiadas;
24) Comércio — locais abertos ao público de venda e armazenagem 47) Infra-estruturas especiais — as que não se inserindo nas cate-
a retalho, prestações de serviços, restauração e a fins; gorias anteriores, eventualmente previstas em PMOT, devam, pela sua
25) Corpo saliente — avanço de um corpo volumétrico ou uma parte especificidade, implicar a prévia determinação de custos imputáveis à
volumétrica, em balanço, relativamente ao plano de qualquer fachada, operação urbanística em si, sendo o respectivo montante considerado
constituído por uma parte inferior (desde o solo até ao corpo) e por uma como decorrente da execução de infra-estruturas locais;
parte superior (localizada desde a parte inferior para cima); 48) Infra-estruturas gerais — as que tendo um carácter estruturante,
26) Cota de soleira — demarcação altimétrica do nível do pavimento ou previstas em PMOT, servem ou visam servir mais que uma operação
da entrada principal do edifício, referida ao arruamento de acesso; urbanística;
27) Densidade média — número médio de fogos fixado para cada 49) Infra-estruturas locais — as que se inserem dentro da área objecto
hectare de um prédio; da operação urbanística e decorrem directamente desta e ainda as de
28) Destino da obra — função atribuída à actividade que utiliza a ligação às infra-estruturas gerais, da responsabilidade, parcial ou total
maior parte da área de construção; do promotor;
29) Divisão — espaço num fogo/alojamento familiar clássico, de- 50) Início da obra — início dos trabalhos de construção civil, nomea-
limitado por paredes, tendo pelo menos 4 m2 de área e 2 m de altura damente: demolições, movimentos de terra, alteração do perfil inicial do
na sua maior parte. Embora possam satisfazer estas condições, não terreno, escavações, abertura de caboucos para a instalação de sapatas
são considerados como tal: corredores, varandas, marquises, casas de ou lintéis de fundação;
41980 Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011
51) Largura da via pública — distância medida no terreno do domínio ou subsequente, à edificação urbana e que resulte da divisão de um ou
público entre fachadas ou entre muros de vedação, ou entre os limites vários prédios ou do seu reparcelamento;
dos terrenos que bordejam a via e que é a soma das larguras da faixa 72) Operações urbanísticas — as operações materiais de urbanização,
(ou faixas) de rodagem, dos passeios, das zonas de estacionamento, das de edificação, utilização dos edifícios ou do solo desde que, neste úl-
áreas ajardinadas das bermas e valetas (consoante os casos); timo caso, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais,
52) Linha marginal — linha que limita uma parcela ou lote do arru- mineiros, ou de abastecimento público de água;
amento público; 73) Parcela para construção urbana — terreno legalmente constituído,
53) Logradouro — área de terreno livre de um lote ou parcela, adja- confinante com a via pública, destinado a construção, descrito por um
cente à construção nele implantada e que, funcionalmente, se encontra título de propriedade e estando obrigatoriamente incluído numa zona
conexa com ele, servindo de jardim, quintal ou pátio; urbana ou urbanizável;
54) Lote — unidade cadastral mínima resultante de uma operação de 74) Pavimento do edifício (ou piso) — cada um dos planos habitá-
loteamento e destinada à utilização urbana; veis ou utilizáveis de um edifício, qualquer que seja a sua relação com
55) Lugar — aglomerado populacional com 10 ou mais alojamen- o nível do terreno. As caves, subcaves e águas furtadas, habitáveis ou
tos destinados à habitação de pessoas e com uma designação própria, utilizáveis, são consideradas pavimentos;
independentemente de pertencer a uma ou mais freguesias. Os seus 75) Pérgula — cobertura em forma de ramada decorativa; estrutura
limites, em caso de dificuldade na sua identificação, estabelecem-se de ensombramento aligeirada de reduzido impacte visual;
tendo em atenção a continuidade de construção, ou seja, os edifícios 76) Perímetro urbano — demarcação do conjunto das áreas urbanas
que não distem entre si mais de 200 m. Para este efeito, não se considera e de expansão urbana no espaço físico dos aglomerados. O perímetro
a descontinuidade de construção motivada por interposição de vias de urbano compreende: os solos urbanizados, os solos cuja urbanização seja
comunicação, campos de futebol, logradouros, jardins etc.; possível programar e os solos afectos à estrutura ecológica necessários
56) Medidas preventivas — medidas aplicadas em áreas para as quais ao equilíbrio do sistema urbano;
tenha sido decidida a elaboração, alteração, revisão ou suspensão de 77) Pisos — pavimentos utilizáveis (caves, rés-do-chão, sobreloja e
um plano municipal de ordenamento do território, com vista a evitar andares), com excepção do sótão ou vão do telhado, se tal pavimento
a alteração das circunstâncias e das condições de facto existentes que corresponder a um mero aproveitamento para instalações de apoio
possa limitar a liberdade de planeamento ou comprometer ou tornar (espaço técnico, casas de máquinas, reservatórios, etc.) sem pé direito
mais onerosa a execução do plano; habitacional em 80 % da área, caixa de escadas com pé-direito máximo
57) Moradia unifamiliar — alojamento familiar clássico inserido num de 2,20 m e caves devidamente enterradas destinadas exclusivamente
edifício de construção permanente, com um só fogo (isolada, geminada a estacionamento automóvel a afectar aos fogos, cuja laje de cobertura
ou em fila) cuja entrada principal dá, geralmente, para a rua ou para um não se eleve a mais de 0,90 m acima do arruamento de acesso;
terreno circundante ao edifício; 78) Plano Director Municipal — plano municipal de ordenamento
58) Obra concluída — obra que reúne condições físicas para ser do território que estabelece o modelo de estrutura espacial do território
habitada ou utilizada, independentemente de ter sido ou não concedida municipal, constituindo uma síntese da estratégia de desenvolvimento e
a licença de utilização; ordenamento local prosseguida, integrando as opções de âmbito nacio-
59) Obra — todo o trabalho de construção, reconstrução, ampliação, nal e regional com incidência na respectiva área de intervenção e que
alteração, reparação, conservação, limpeza, restauro e demolição de assenta na classificação do solo e definição dos parâmetros de ocupação
bens imóveis; e desenvolve-se através da qualificação do mesmo;
60) Obras de alteração — as obras de que resulte a modificação 79) Plano municipal de ordenamento do território — instrumento
das características físicas de uma edificação existente ou sua fracção, de planeamento territorial, de natureza regulamentar, aprovado pelo
município, que estabelece o regime de uso do solo, definindo modelos
designadamente a respectiva estrutura resistente, o número de fogos ou
de evolução da ocupação humana e da organização de redes e sistemas
divisões interiores ou a natureza e cor dos materiais de revestimento
urbanos e, na escala adequada, parâmetros de aproveitamento do solo.
exterior, sem aumento da área de pavimento ou de implantação ou de
Os planos municipais de ordenamento do território compreendem os
cércea;
planos directores municipais, os planos de urbanização e os planos de
61) Obras de ampliação — as obras de que resulte o aumento da área pormenor;
de pavimento ou implantação (ampliação horizontal), da cércea ou do 80) Prédio rústico — todo o terreno não incluído na definição de lote
número de pavimentos (ampliação vertical) de um edifício existente; urbano ou o terreno sobrante de um prédio a que é retirada a parcela
62) Obras de construção nova — as obras de construção de edifício para construção urbana;
inteiramente novo. Inclui as edificações erguidas em terrenos onde 81) Prédio — fracção do território, abrangendo as águas, plantações,
existia uma construção que teve que ser demolida para permitir essa edifícios, e construções de qualquer natureza nele incorporados ou as-
nova edificação; sentes com carácter de permanência, desde que faça parte do património
63) Obras de construção — as obras de criação de novas edifica- de uma pessoa singular ou colectiva e, em circunstâncias normais, tenha
ções; valor económico;
64) Obras de conservação — as obras destinadas a manter um edi- 82) Profundidade das edificações — distância entre os planos verticais
fício nas condições existentes à data da sua construção, reconstrução, definidos pelos pontos mais avançados das fachadas anterior e posterior,
ampliação ou alteração, designadamente as obras de restauro, reparação sem contar palas de cobertura nem varandas salientes;
ou limpeza; 83) Rés-do-chão — o piso cujo pavimento fica a uma cota próxima
65) Obras de demolição — as obras de destruição, total ou parcial, e normalmente superior ao do passeio, berma adjacente ou do terreno
de uma edificação existente; natural. Quando o edifício for recuado, este piso poderá ficar até 1 m
66) Obras de edificação — actividade de construção nova, recons- acima ou abaixo das citadas cotas de referência;
trução, ampliação, alteração ou conservação de um imóvel destinado 84) Sobreloja — o piso imediatamente acima do rés-do-chão nor-
à utilização humana, bem como de qualquer outra construção que se malmente destinado a apoio da actividade comercial do rés-do-chão ou
incorpore no solo com carácter de permanência; a serviços. Para todos os efeitos (para leitura da cércea, para contagem
67) Obras de escassa relevância urbanística — as obras de edificação dos pisos, definição da altura, etc.) conta como um piso;
ou demolição que, pela sua natureza, dimensão ou localização, tenham 85) Solo urbano — solo para o qual é reconhecida vocação para o
escasso impacte urbanístico; processo de urbanização e de edificação, nele se compreendendo os
68) Obras de reconstrução com preservação de fachadas — as obras terrenos urbanizados ou cuja urbanização seja programada, constituindo
de construção subsequentes à demolição de parte de uma edificação exis- o seu todo o perímetro urbano;
tente, preservando as fachadas principais com todos os seus elementos 86) Superfície de impermeabilização — soma da superfície do terreno
não dissonantes e das quais não resulte edificação com cércea superior ocupada por edifícios, vias, passeios, estacionamentos, piscinas e demais
à das edificações confinantes mais elevadas; obras que impermeabilizam o terreno;
69) Obras de reconstrução sem preservação das fachadas — as obras 87) Superfície de implantação — área correspondente à projecção
de construção subsequentes à demolição total ou parcial de uma edifica- horizontal da edificação, delimitada ao nível do piso imediatamente
ção existente, das quais resulte a reconstituição da estrutura das fachadas, contíguo ao solo, incluindo escadas, alpendres, anexos e pátios e ex-
da cércea e do número de pisos; cluindo varandas, platibandas em balanço e beirais;
70) Obras de urbanização — as obras de criação e remodelação de 88) Superfície de pavimento — somatório das áreas de construção
infra-estruturas destinadas a servir directamente os espaços urbanos ou bruta de todos os pisos acima e abaixo do solo, incluindo comunicações
as edificações, designadamente arruamentos viários e pedonais, redes verticais e garagens, com exclusão de zonas de sótão cujo pé direito
de esgotos e de abastecimento de água, electricidade, gás e telecomuni- livre seja inferior ao mínimo regulamentar para habitação, varandas
cações e ainda espaços verdes e outros espaços de utilização colectiva; balançadas e terraços;
71) Operação de loteamento — as acções que tenham por objecto 89) Terreno — a totalidade da propriedade fundiária legalmente
ou por efeito a constituição de um ou mais lotes destinados, imediata constituída;
Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011 41981
90) Tipologia dos fogos (T0, T1, T2, T3, T4, T5+) — corresponde percentagem de impermeabilização do solo, bem como à alteração do
à classificação do fogo segundo o número de quartos de dormir. Tx coberto vegetal, desde que tal se destine a garantir uma correcta integra-
significa fogo com x quartos de dormir; ção na envolvência e a promover o reforço dos valores arquitectónicos,
91) Trabalhos de remodelação dos terrenos — as operações urbanísti- paisagísticos e ambientais dessa área.
cas não compreendidas nas alíneas anteriores que impliquem a destruição 2 — A Câmara Municipal pode impedir, por razões estéticas e ou
do revestimento vegetal, a alteração do relevo natural e das camadas de patrimoniais, a demolição total ou parcial de qualquer edificação com
solo arável ou o derrube de árvores de alto porte ou em maciço para fins a devida justificação.
não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais ou mineiros; 3 — As cores e materiais a usar nas fachadas e coberturas devem ser
92) Unidade funcional ou de utilização — cada um dos espaços autó- escolhidas de modo a proporcionar a integração do edifício no local, do
nomos de um edifício associados a uma determinada utilização; ponto de vista arquitectónico, paisagístico e cultural.
93) Uso habitacional — habitação unifamiliar ou plurifamiliar, resi-
dências especiais (albergues, lares, pensões, residências de estudantes, Artigo 5.º
etc.) e instalações hoteleiras;
94) Uso industrial — indústria, armazéns e actividades complemen- Compatibilidades de usos e actividades
tares; 1 — Tanto nos edifícios novos como na remodelação dos existentes, só
95) Uso terciário — serviços públicos e privados, comércio tradicional podem ser utilizados destinos de usos compatíveis com o uso dominante
e outros equipamentos correntes; e estatuto de utilização estabelecidos no presente Regulamento para a
96) Utilização, uso ou destino — funções ou actividades específicas categoria de espaço em que se localizem, sendo a observância desta
e autónomas que se desenvolvem num edifício; disposição sempre cumulativa com as constantes do número seguinte.
97) Varanda — avanço de um corpo não volumétrico, em balanço, 2 — São razões suficientes de incompatibilidade com o uso dominante
relativamente ao plano de uma fachada; referido, fundamentando a recusa de licenciamento, aprovação ou auto-
98) Volume de construção — espaço contido pelos planos que não rização, as utilizações, ocupações ou actividades a instalar que:
podem ser interceptados pela construção e que são definidos em estudo
volumétrico; a) Dêem lugar à produção de ruídos, fumos, cheiros ou resíduos que
99) Zona Urbana Consolidada — a zona caracterizada por uma den- afectem as condições de salubridade ou dificultem a sua melhoria;
sidade de ocupação que permite identificar uma malha ou estrutura b) Perturbem gravemente as condições de trânsito e estacionamento
urbana já definida, onde existem as infra-estruturas essenciais e onde ou provoquem movimentos de cargas e descargas que prejudiquem as
se encontram definidos os alinhamentos dos planos marginais por edi- condições de utilização da via pública e o ambiente local;
ficações em continuidade. c) Acarretem agravados riscos de incêndio ou explosão;
d) Prejudiquem a salvaguarda e valorização do património classifi-
cado, em vias de classificação ou de reconhecido valor cultural, arqui-
tectónico, paisagístico ou ambiental;
CAPÍTULO II e) Correspondam a outras situações de incompatibilidade que a lei
geral considere como tal, por exemplo, as constantes do Regulamento
Condicionantes urbano-arquitectónicas de Exercício da Actividade Industrial e do Regulamento Geral do Ruído.
Artigo 3.º
Artigo 6.º
Condições gerais da edificabilidade
Ocupação e afastamentos das construções
1 — É condição necessária para que um terreno seja considerado apto
à edificação, seja qual for o tipo ou utilização do edifício, que satisfaça, 1 — A área não ocupada com construção a nível do pavimento do
cumulativamente, as seguintes especificações: rés-do-chão e na frente confinante com a via pública é obrigatoriamente
afecta ao uso colectivo dos utentes do edifício, devendo o seu acesso
a) As regras definidas em PDM; estar perfeitamente assegurado.
b) A sua dimensão, configuração e circunstância topográfica seja 2 — No caso de os edifícios encostarem a empenas existentes, o
adaptada ao aproveitamento previsto, em boas condições de funciona- prédio a construir, deve manter a continuidade da fachada do edifício
lidade e economia; adjacente numa extensão mínima de 3 m.
c) Seja servido por arruamento com a largura mínima prevista em 3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, na ausência de ali-
PDM, excepto nas soluções urbanas consolidadas e consideradas pela nhamentos predefinidos, devem ser respeitados os demais afastamentos
Câmara Municipal de manter e, no que respeita a infra-estruturas de previstos em normas legais e regulamentares sobre a matéria.
abastecimento de água, de saneamento e de electricidade, individuais 4 — Nos afastamentos laterais e posterior das fachadas, relativamente
ou colectivas, quer de iniciativa pública quer privada, garanta ou venha aos limites das parcelas ou lotes, observar-se-ão as disposições legais e
a garantir que as mesmas possam existir. regulamentares em vigor, nomeadamente o artigo 73.º do RGEU quando
existam vãos de compartimentos de habitação, e o artigo 1360.º do
2 — No licenciamento de construções em parcelas constituídas, des- Código Civil, quando existam vãos de compartimentos não habitáveis.
taques de parcelas ou loteamentos que não impliquem a criação de 5 — Os edifícios devem ser implantados de forma a assegurar em
novos arruamentos, devem ser asseguradas as adequadas condições de igualdade o direito de construção nos terrenos adjacentes, tendo em conta a
acessibilidade de veículos e de peões, prevendo-se, quando necessário, observância das disposições regulamentares referidas no número anterior.
a beneficiação dos arruamentos existentes, nomeadamente no que se 6 — Pode edificar-se ao limite do lote desde que as empenas sejam
refere ao respectivo traçado, à melhoria da faixa de rodagem e à criação cegas e não se ponha em causa a ventilação ou salubridade das cons-
de passeios, baías de estacionamento e espaços verdes. truções adjacentes (confinantes).
3 — A Câmara Municipal define, de acordo com a lei, as áreas a 7 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, caso se proceda à
integrar no espaço público necessárias à rectificação de arruamentos, abertura de frestas, óculos ou seteiras de luz e ar, devem ser cumpridas
tanto para a melhoria da faixa de rodagem como de passeios, jardins as disposições contidas no artigo 1363.º do Código Civil.
ou outros espaços que, directa ou indirectamente, também beneficiem
a construção e o espaço público.
4 — A qualquer construção é sempre exigida a realização de infra- Artigo 7.º
-estruturas próprias e, no caso dos loteamentos e edifícios contíguos Espaços Verdes Dimensionamento de espaços
e funcionalmente ligados entre si e edifícios de impacte semelhante a verdes nas urbanizações
operações de loteamento é exigida a construção da totalidade das infra-
1 — Da superfície dos lotes ou parcelas de terreno não ocupada com
-estruturas colectivas caso sejam inexistentes.
construções, só uma pequena área da totalidade deverá ser impermea-
5 — Os projectos de todos os edifícios devem ser estudados e deline-
ados por forma a dar cumprimento à lei das acessibilidades. bilizada, devendo as mesmas serem áreas verdes ajardinadas.
6 — Todas as infra-estruturas a construir pelos requerentes ficam 2 — As áreas globais destinadas a espaços verdes de cedência, distin-
preparadas para a ligação às redes públicas instaladas ou que vierem a tos do referido no n.º 1, são as especificadas no Decreto-Lei n.º 555/99,
ser instaladas na zona. de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei
n.º 177/2001, de 4 de Junho, e na Portaria n.º 1136/ 2001, de 25 de Se-
Artigo 4.º tembro, devendo, no entanto, sempre que possível, ser concentradas em
detrimento de muitos espaços verdes dispersos e de reduzida dimensão.
Condicionantes estéticos e ambientais 3 — Deve existir um pólo estruturante, constituindo um jardim de
1 — O município pode impor condicionalismo de ordem arquitectó- bairro ou de tipologia idêntica, devidamente equipado pelo promotor.
nica, construtiva, estética ou ambiental ao alinhamento e implantação 4 — Os canteiros individuais e as caldeiras devem apresentar formas
das edificações, à sua volumetria ou ao seu aspecto exterior e ainda à adequadas à sua conveniente manutenção.
41982 Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011
5 — As áreas de pracetas, locais de estadia e equipamentos como 2 — As áreas de recreio e lazer devem apresentar uma memória des-
parques infantis são considerados para o somatório da área verde global, critiva e um plano geral, desenvolvido à escala 1/200, específico dessa
desde que integrados nas áreas ajardinadas. área, para fazer parte integrante do livro de manutenção. A memória
descritiva deve referir a listagem completa e detalhada dos equipamentos,
Artigo 8.º dos seus fornecedores e dos responsáveis pela manutenção.
Material vegetal
Artigo 12.º
1 — Devem ser utilizadas preferencialmente as espécies da flora Parques infantis /Geriátricos
regional bem adaptadas às condições edafo-climáticas do local, sendo
no entanto aceitáveis espécies exóticas em situações urbanas, sujeitas 1 — Os projectos dos parques infantis/geriátricos devem ser de-
a prévio parecer dos serviços técnicos da Câmara. senvolvidos à escala 1/200 ou mais detalhada, se assim se justificar,
2 — As espécies a utilizar devem respeitar o Decreto-Lei n.º 565/99, e indicar a delimitação da área de segurança e a descrição de todo o
de 21 de Dezembro, dentro de sítios classificados na Rede Natura 2000. equipamento proposto.
3 — Sempre que as dimensões dos passeios e a implantação dos edifí- 2 — Os espaços de jogo e recreio têm de cumprir a legislação em
cios e fachadas o permitam, devem ser plantadas árvores de arruamento vigor, salientando-se os seguintes pontos essenciais e ressalvando a
ao longo dos passeios e nos locais de estacionamento, com espécies segurança das crianças/idosos:
próprias para este fim, espécies de raiz fasciculada, em caldeiras com a) O espaço do parque infantil/geriátrico deve estar protegido de modo
amplitude mínima de 1 m. a evitar a entrada de animais, sendo que esta segurança é conseguida
4 — As espécies a plantar devem respeitar o conjunto de especifica- pela colocação de uma vedação;
ções que a seguir se apresentam: b) Os espaços de jogo, recreio e manutenção devem sempre que pos-
a) Árvores caducifólias — devem ser plantas sãs, bem formadas sível estar equipados com bebedouros e telefone de uso público ou, em
com flecha e bom sistema radicular, com abundante cabelame. A altura alternativa, devem possuir estes equipamentos nas suas imediações a uma
mínima deve ser de 3 m; distância adequada e de rápido e fácil acesso para os seus utentes;
b) Árvores perenifólias — devem ser plantas sãs, bem formadas com c) Tem que ser previsto em desenho a colocação de um painel no
flecha e providas de torrão. A altura mínima deve ser de 2,50 m; parque infantil/geriátrico, bem visível e legível contendo a legenda
c) Arbustos caducifólios — devem ser plantas sãs, bem formadas «Informações úteis»;
desde baixo e com sistema radicular abundante; d) O parque infantil/geriátrico deve ser desenvolvido a uma escala
d) Arbustos perenifólios — devem ser plantas sãs, bem formadas, de maior detalhe contendo a pormenorização necessária para que possa
ramificadas desde baixo e com torrão. A altura mínima deve ser de vir a ser implantado em obra.
0,50 m;
e) Herbáceas — devem ser plantas sãs, formar tufos suficientemente Artigo 13.º
fortes e convenientemente enraizados. Estacionamentos
Artigo 9.º 1 — Qualquer nova construção, reconstrução, ampliação ou alteração,
não incluída em loteamento urbano, fica sujeita ao cumprimento dos
Vias de acesso, passeios e pavimentos presentes condicionalismos, devendo responder às necessidades de
1 — O dimensionamento do perfil transversal dos passeios deverá estacionamento estabelecidas nos PMOT’s em vigor, sem prejuízo do
ter em conta o estipulado na Portaria n.º 216-B/2008, de 3 de Março, que vier a ser deliberado pela Câmara Municipal.
acrescida da sobrecarga necessária ao cumprimento do Decreto-Lei 2 — Nos casos em que os mesmos não se encontrem estabelecidos,
n.º 163/2006, de 8 de Agosto. deve ficar garantido um lugar e meio por fogo no interior ou no exterior
2 — Os passeios e vias de acesso devem ter uma largura mínima livre da edificação.
de 1,50 m, no caso de existência de sistema de sinalização vertical, raque- 3 — A dotação de estacionamento em edifícios, dimensionada de
tas publicitárias, cabinas telefónicas, mobiliário urbano ou qualquer outro acordo com o estabelecido nos números anteriores, deve ser satisfeita
tipo de elemento que constitua um obstáculo à circulação pedonal. no interior do prédio ou prédios objecto da intervenção, à superfície
3 — A pavimentação dos espaços públicos pedonais deve ser feita, pre- ou em cave.
ferencialmente, com calçada de vidraço, branca com 0,07 × 0,07 × 0,07 m, 4 — Os estacionamentos previstos no número anterior, em edifícios
consociada com outras pedras calcárias de diferentes cores: branco, cinza, a integrar no regime de propriedade horizontal, não poderão constituir
fracções autónomas comercializáveis separadamente das restantes frac-
cinza escuro e negro.
ções, às quais ficarão adstritos individualmente ou em condomínio, não
4 — A calçada de cubos de calcário vidraço, grada ou miúda branca,
podendo, em caso algum, ser alvo de alteração ao uso para outros fins.
referida no n.º 3, pode estar consociada com outros pavimentos, sujeita
5 — Admite-se excepcionalmente a criação de espaços de estacio-
a prévio parecer dos serviços técnicos da Câmara.
namento automóvel autónomos em cave, apenas nas zonas turísticas,
em que poderão constituir fracções autónomas, desde que devidamente
Artigo 10.º aprovado pela Câmara Municipal.
Rega 6 — As áreas de solo e de edificação afectas à satisfação da dotação
de estacionamento, só podem ser dadas a utilização diversa ou ser alvo
1 — Por forma a garantir a qualidade da estrutura verde proposta é de alteração do uso para outros fins, desde que continue a ser garan-
fundamental projectar um sistema de rega. A automatização de todo o tido o cumprimento dos parâmetros mínimos estabelecidos nos n.os 1
equipamento traduz-se numa redução e facilidade de manutenção dos e 2 (não aplicável às caves licenciadas para estacionamento e espaços
espaços verdes. técnicos).
2 — Deverão ser previstos sistemas de rega do seguinte tipo: nas 7 — As exigências do estacionamento previstas em PMOT ou no
árvores em caldeira gotejadores ou brotadores; para as zonas de planta- presente Regulamento, podem ser dispensadas nos casos de reconstrução,
ção de herbáceas e arbustos a opção por gota-a-gota; para situações de ampliação ou alteração de edifícios existentes, desde que devidamente
espaços com maiores dimensões, recorrer a aspersores ou pulverizadores justificado.
conforme a área em questão. 8 — Para cada lugar de estacionamento deve prever-se, em média,
3 — O programador da rega a empregar deverá ser alimentado a uma área com pelo menos 2,50 m de largura por 5 m de comprimento,
pilhas, facilitando a sua instalação e futura manutenção. independentemente da forma de organização do conjunto de lugares
4 — Deverá ser prevista a distribuição de bocas de rega pelos ar- seja em linha, oblíquo ou perpendicular às faixas de circulação e acesso.
ruamentos, por forma a assegurar a irrigação dos espaços verdes, em 9 — As dimensões mínimas em planta que devem ficar garantidas
eventuais casos de avarias no sistema de rega, limpezas de pavimentos, para os diferentes tipos de estacionamento são:
entre outros.
5 — Deverá ser previsto um contador no inicio de cada ligação à rede Estacionamentos de veículos ligeiros — 2,50 m × 5 m;
pública de abastecimento de água. Estacionamentos de veículos para pessoas com mobilidade condicio-
nada — 3,50 m × 5,5 m (inclui uma faixa de acesso lateral com uma
Artigo 11.º largura útil não inferior a 1m)
Mobiliário urbano e equipamentos 10 — A largura dos corredores de circulação interior não deve ser
1 — O mobiliário urbano ou equipamentos a utilizar nos espaços inferior a:
verdes e de utilização colectiva e nos arruamentos, deve merecer a a) 3,50 m, no caso de estacionamento organizado longitudinalmente;
necessária aprovação por parte dos serviços da autarquia. b) 4,50 m nos restantes casos.
Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011 41983
11 — Nos loteamentos urbanos, a dotação para estacionamento 2 — Exceptuam-se ainda, os corpos balançados encerrados com sa-
público deverá cumprir as disposições do PMOT e ficar garantido à liência máxima de 0,40 m, desde que não descaracterizem os alinha-
superfície. mentos das frentes edificadas marginais às vias, e não interfiram com
Os restantes estacionamentos em cave ou no interior dos lotes, deverão alinhamentos pré-existentes ou com quaisquer elementos existentes na
cumprir as dimensões mínimas estabelecidos nos n.º 9 e 10. via pública, árvores, postes de iluminação pública, etc.
12 — As caves de edifícios inseridos ou não em loteamentos, destina- 3 — Os corpos balançados encerrados previstos no n.º 2 são conta-
das a estacionamento automóvel ou espaço técnico individualizado por bilizados para efeitos do cálculo dos índices de construção permitidos.
lugares pintados no pavimento, devem ficar obrigatoriamente afectas 4 — A colocação de palas, toldos ou anúncios publicitários confi-
às fracções autónomas dos mesmos. nantes com arruamentos deve obedecer ao disposto no Regulamento da
13 — Para poder possibilitar o aparcamento de veículos de condu- Actividade Publicitária do Município de Alcoutim. O caso das palas é
tores com mobilidade condicionada, devem ser previstos, no piso mais decidido por interpretação analógica dos mesmos preceitos.
acessível à via pública, lugares, junto aos acessos de peões e das caixas 5 — Em caso de inexistência de passeio confinante com via pública,
de escadas e ascensores de comunicação vertical. não é permitida a construção ou colocação de qualquer saliência nas
edificações (varandas, palas, toldos, etc.).
Artigo 14.º 6 — As varandas devem ser afastadas das linhas divisórias dos edi-
Da utilização das caves fícios contíguos de uma distância igual ou superior ao dobro do ba-
lanço.
1 — As caves devidamente enterradas, não são contabilizadas como 7 — As varandas abertas em balanço serão autorizadas apenas em
piso, nem, como área de construção, desde que destinadas única e exclu- ruas que tenham largura igual ou superior a 5 m e onde existam passeios.
sivamente a estacionamento automóvel ou espaço técnico devidamente 8 — As varandas, quando confinantes com via pública, não podem
justificado. exceder o balanço máximo sobre os passeios e para além do alinhamento
2 — A área de implantação das caves não pode exceder a área de da fachada, de 0,40 m ou 0,60 m, conforme se trate de edifícios inseridos
implantação do piso térreo, exceptuam-se as situações devidamente dentro ou fora da zona de protecção de imóveis classificados e ou de
justificadas pelo requerente e aceites pela Câmara Municipal. interesse municipal, não devendo, em caso algum, localizar-se na zona
3 — A área de construção em cave para quaisquer fins, distintos do inferior do imóvel.
previsto no n.º 1, é contabilizada para efeitos de aplicação dos índices Admitem-se balanços superiores em locais não visíveis da via pública
de construção e do número de pisos permitidos. ou encaixados no próprio edifício.
4 — Nos terrenos planos, as caves destinadas a estacionamento não 9 — As varandas salientes não podem ser encerradas com qualquer
podem ter pé-direito livre superior a 2,20 m e não podem elevar-se acima tipo de material ou envidraçadas, excepto se se verificarem cumulati-
de 1 m, relativamente ao arruamento de acesso.
vamente as seguintes condições:
5 — Nos terrenos inclinados, as caves destinadas a estacionamento
não podem ter pé-direito superior a 2,20 m e a cota de entrada do esta- O estudo global do alçado merecer parecer estético favorável por
cionamento deve obrigatoriamente situar-se a cota inferior à do arru- parte dos serviços;
amento de acesso. Existir autorização do condomínio;
6 — Desde que devidamente justificado e aceite pela Câmara Mu- Todas as fracções envolvidas nessa reformulação apresentem com-
nicipal, podem excepcionalmente admitir-se caves que não cumpram promisso quanto à execução da mesma;
o previsto nos n.os 4 e 5. Não sejam ultrapassados os índices de edificabilidade admitidos
para o prédio.
Artigo 15.º
Artigo 18.º
Depósitos de resíduos sólidos
Saliências em construções afastadas de arruamentos públicos
Em todos os edifícios de habitação colectiva e loteamentos de que
resulte um número de habitantes > (maior) ou = (igual) a 50, deve 1 — Nas fachadas das construções ou conjunto de construções iso-
prever-se o sistema de contentorização a utilizar, bem como a sua ca- ladas, desde que localizadas em terrenos próprios e afastadas de vias
pacidade, que deverá permitir, com uma margem de segurança de 20 %, públicas e dos terrenos limítrofes ou adjacentes, são de admitir, em
a contentorização de todos os resíduos produzidos no local, de acordo regra, saliências, tais como corpos balançados, varandas, palas, beirais,
com os seguintes parâmetros: cornijas, toldos e anúncios publicitários, sem prejuízo do disposto no
a) Produção média diária de resíduos — 1,5 kg/habitante; Regulamento de Actividade Publicitária do Município de Alcoutim.
b) Recolha diária; 2 — Os corpos balançados encerrados, são contabilizados para efeitos
c) Densidade de resíduos em contentor — 0,2 kg/l. do cálculo do índice de construção máxima, considerada nos termos do
disposto no PMOT em vigor.
Artigo 16.º 3 — As varandas salientes para além do alinhamento das fachadas
não confinantes com via pública, não podem exceder, em caso algum,
Destino final das águas residuais domésticas o balanço de 1,50 m.
1 — São preferencialmente adoptadas, por ordem sequencial, as se- 4 — O encerramento das varandas só é permitido desde que cumpri-
guintes soluções para tratamento de águas residuais: dos os índices mencionados no n.º 2 e sem descaracterizar o conjunto
edificado.
a) Ligação à rede pública de esgotos, a não ser em casos em que os 5 — É obrigatória a autorização do condomínio e o compromisso de
custos se tornem incomportáveis para o requerente, situação que será obedecer às regras que forem inicialmente aprovadas.
analisada caso a caso;
b) Sistema autónomo de tratamento e descarga no solo, sujeito a
licenciamento da entidade competente; Artigo 19.º
c) Fossa séptica estanque que é sempre considerada como um sistema Empenas confinantes
constituído por um depósito de decantação de sólidos, sucedido de um
tanque final, estanque para os líquidos. As empenas voltadas aos confinantes e na parte excedente ao volume
dos prédios existentes devem dar continuidade aos revestimentos dos
2 — As fossas estanques só são viabilizadas pela Câmara Municipal, materiais utilizados nas fachadas, dando-lhe deste modo o aspecto de
desde que se verifique a inexistência de área disponível para a implemen- obra acabada.
tação de órgãos complementares de tratamento, ou desde que sejam uma
exigência da DRAOT, sendo obrigatório a apresentação de documento Artigo 20.º
do responsável pela limpeza da fossa. Estendais
Artigo 17.º 1 — Os projectos de habitação deverão prever na organização dos
fogos, um espaço para estendal.
Saliências de construções confinantes 2 — A colocação de estendais, qualquer que seja a fachada do edifí-
com via pública (varandas e outras) cio, não será permitida no seu exterior, admitindo-se no entanto que se
1 — Não é permitido qualquer corpo saliente ou balançado sobre ar- localize no interior das varandas e terraços.
ruamentos ou passeios relativamente ao plano da fachada, com excepção 3 — Quando localizados em terraço comum, poderá o espaço ser
de cornijas, beirados, tubos de descarga pluviais, varandas, palas, toldos subdividido com muretes à altura da platibanda, mas nunca cobertos
ou anúncios publicitários. e ou encerrados.
41984 Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011
2 — As condutas de ventilação e os componentes mecânicos, assim 5 — No licenciamento por fases, a que se referem os artigos 56.º e 59.º
como as condutas de evacuação (de fumos e gases) das chaminés de do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro (na redacção em vigor),
cozinha dos restaurantes, devem ser instalados no interior do edifício, haverá lugar à emissão de alvará relativamente à primeira fase sendo,
não deixando aparecer à saída no telhado mais do que uma simples relativamente às fases subsequentes, feito um aditamento ao alvará.
chaminé que se elevará à altura regulamentar, sem prejuízo de situações
excepcionais que serão analisadas casuisticamente. Artigo 35.º
3 — É proibida a instalação de componentes exteriores de ar condi-
cionado nas fachadas dos edifícios, podendo aceitar-se a sua colocação Publicitação do alvará
em varandas, quando encobertos por muro ou outro elemento contínuo 1 — A emissão do alvará de licença de loteamento deve ser publicitada
da guarda da varanda. pela Câmara Municipal, no prazo de 10 dias, através de publicação de
4 — Na generalidade dos casos, os citados componentes devem ser aviso num jornal de âmbito local, quando o número de lotes seja infe-
colocados ao nível da cobertura, em varandins escamoteados no plano rior a 20, ou num jornal de distribuição nacional, quando o número de
do telhado ou embutidos na própria construção, protegidos por uma lotes for igual ou superior a 20 e ainda publicação do aviso no Boletim
grade de cor idêntica à da fachada, devendo o sistema de condutas ser Municipal ou através de edital a afixar nos Paços do Concelho e nas
embutido na construção de forma a não ser visível. sedes das juntas de freguesia.
5 — As condensações provenientes do funcionamento dos aparelhos, 2 — O interessado deve afixar no prédio objecto de qualquer operação
são obrigatoriamente recolhidas na rede de esgotos do edifício. urbanística, um aviso, bem visível do exterior, o qual deve ser ali mantido
6 — Qualquer instalação deve ser objecto de comunicação prévia/ até à conclusão das obras, desde a data de emissão do alvará.
autorização municipal. 3 — As despesas emergentes da publicidade a que se referem os n.os 1
7 — Todos os projectos de arquitectura das edificações devem apre- e 2, são suportadas pelo interessado na operação de loteamento.
sentar solução sobre a colocação dos equipamentos a que alude este 4 — A publicitação de actos de licenciamento de obras de edificação
artigo. é feita através da sua publicação no Boletim Municipal, ou através de
edital a afixar nos locais do costume e na sede da junta de freguesia do
local das obras.
CAPÍTULO III 5 — O disposto nos números anteriores aplica-se, com as necessárias
adaptações, às situações objecto de comunicação prévia.
Da licença administrativa, da informação prévia
e da comunicação prévia Artigo 36.º
Cassação de alvará ou a admissão da comunicação prévia
SECÇÃO I 1 — O alvará ou a admissão da comunicação prévia é cassado pelo
presidente da Câmara Municipal, quando caduque a licença ou a admis-
Disposições gerais são da comunicação prévia ou quando estas sejam revogadas, anuladas
ou declaradas nulas.
Artigo 31.º 2 — A cassação do alvará ou da admissão de comunicação prévia
de loteamento é comunicada pelo presidente da câmara municipal à
Objecto da licença administrativa conservatória do registo predial competente, para efeitos de anotação
Estão sujeitas a licença administrativa: à descrição e de cancelamento do registo do alvará e comunicação
prévia.
a) As operações urbanísticas referidas no n.º 2 do artigo 4.º do RJUE. 3 — Com a comunicação referida no número anterior, o presidente da
câmara municipal dá igualmente conhecimento à conservatória dos lotes
Artigo 32.º que se encontrem na situação referida no n.º 7 do artigo 71.º, requerendo
Objecto da Comunicação Prévia a esta o cancelamento parcial do alvará ou da admissão de comunicação
prévia nos termos da alínea f) do n.º 2 do artigo 101.º do Código do
1 — Fica sujeito ao regime de comunicação prévia o previsto nos Registo Predial e indicando as descrições a manter. Artigo 49.º
artigos 34.º a 36.º do RJUE e todas as obras que pela sua natureza estão 4 — O alvará cassado é apreendido pela câmara municipal, na se-
isentas de licença ou autorização incluindo as obras de escassa relevância quência de notificação ao respectivo titular.
urbanística previstas no presente Regulamento. 5 — A admissão da comunicação prévia é cassada através do aver-
2 — A comunicação prévia das situações a que alude o número anterior bamento da cassação à informação prevista no n.º 1 do artigo 36.º -A
deve ser instruída de acordo com o disposto na Portaria n.º 232/2008, do RJUE.
de 11 de Março, e ainda com os elementos que os serviços técnicos
entendam necessários a uma correcta avaliação da situação. Artigo 37.º
Indeferimento
Artigo 33.º
Sempre que se verifique o indeferimento de qualquer pretensão, para
Do pedido de informação prévia que seja feita a reapreciação do acto, são devidas as taxas de entrada
O pedido de informação prévia a que aludem os artigos 14.º e seguin- do processo.
tes do RJUE deve ser preciso e inteligível e é instruído de acordo com
o disposto na Portaria n.º 232/2008, de 11 de Março, e ainda com os
elementos que os serviços técnicos entendam necessários a uma correcta SECÇÃO II
avaliação da situação.
Casos especiais
Artigo 34.º
Artigo 38.º
Alvará
Isenção de licença
1 — A licença é titulada por alvará, o qual deve ser emitido no prazo
de 30 dias a contar da data da apresentação do requerimento, num prazo 1 — Sem prejuízo do disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 4.º,
máximo de um ano a contar da notificação, da respectiva deliberação ou estão isentas de licença:
decisão, e conter as especificações constantes do artigo 77.º do Decreto- a) As obras de conservação;
-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro (na redacção em vigor). b) As obras de alteração no interior de edifícios ou suas fracções, à
2 — Quando se trate de loteamento ou obra de edificação, de ini- excepção dos imóveis classificados ou em vias de classificação, que
ciativa e propriedade municipal, o alvará é substituído por certidão de não impliquem modificações na estrutura de estabilidade, das cérceas,
teor da deliberação que os tenha aprovado, a qual é título bastante para da forma das fachadas e da forma dos telhados;
o seu registo na conservatória do registo predial e inscrição no serviço c) As obras de reconstrução com preservação das fachadas;
de finanças. d) As obras de urbanização e os trabalhos de remodelação de terrenos
3 — A prorrogação do prazo da licença ou autorização não dá lugar à em área abrangida por operação de loteamento;
emissão de novo alvará, devendo ser averbada no alvará em vigor. e) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em área abran-
4 — À licença parcial, a que se refere o n.º 6 do artigo 23.º do Decreto- gida por operação de loteamento ou plano de pormenor que contenha
-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro (na redacção em vigor), corresponde os elementos referidos nas alíneas c), d) e f) do n.º 1 do artigo 91.º do
a emissão do respectivo alvará. Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro;
41986 Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011
planos especiais de ordenamento do território vigentes, fornecidas e Planta de implantação desenhada sobre levantamento topográfico,
carimbadas pela Secção de Obras Particulares e Loteamentos Urbanos; ligado à rede geodésica nacional (RGN), cotas de implantação da pro-
b) Planta de implantação desenhada sobre levantamento topográfico, posta de intervenção urbanística;
ligado à rede geodésica nacional (RGN), cotas de implantação da pro- Planta síntese do loteamento;
posta de intervenção urbanística e cota de soleira; Termo de responsabilidade;
c) Extracto da planta síntese do loteamento, com demarcação rigorosa Declaração da APAP ou comprovativo da licenciatura em arquitectura
da pretensão, nas situações abrangidas por alvarás de loteamento; paisagista para projectos com área superior a 50 m2;
d) Levantamento fotográfico da área de intervenção, incluindo prédios Fotocópia do bilhete de identidade e ou Cartão do Cidadão;
e arruamentos confinantes;
e) Perfil do terreno existente e perfil do terreno proposto, com base Os requerimentos devem ser apresentados através do sistema infor-
na RGN; mático previsto no artigo 8.º-A do RJUE, devendo as peças desenhadas
f) Quadro de resumo; serem apresentadas em formato DWF e as peças escritas em formato
g) Folha de estatística; PDF.
h) Ficha Técnica de Obras. Excepcionalmente, enquanto o sistema informático a que se refere o
artigo 8.º-A do RJUE não se encontrar em pleno funcionamento, podem
3 — Devem ainda ser juntos ao pedido os elementos complementares
que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em função, os interessados proceder à apresentação dos requerimentos e respectivos
nomeadamente, de natureza e localização da operação urbanística pre- projectos técnicos em formato papel, acompanhados dos elementos
tendida, aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto no instrutórios previstos em portaria.
n.º 3 do artigo 11.º do RJUE. O pedido e respectivos elementos instrutórios são apresentados em
4 — Para efeitos de análise de enquadramento nas excepções pre- triplicado, constando de um original e duas cópias.
vistas no n.º 5 do artigo 16.º do PDM, devem ser juntos ao pedido os Uma das cópias deve ser apresentada em suporte informático (CD
seguintes elementos: ou formato mais actual), salvo quando for dispensada pelos serviços
técnicos.
a) Fotografias a cores do prédio objecto do pedido e da área envol- Sempre que se mostre devido ou se entenda pedir pareceres a entidades
vente; externas à câmara, são as cópias necessárias a este fim fornecidas pelos
b) Fotomontagem da operação urbanística pretendida, com iden- requerentes, sendo para o efeito solicitadas pelos serviços.
tificação de volumetria e cércea proposta em relação às construções
2 — Os projectos dos espaços exteriores devem integrar as seguintes
envolventes;
peças escritas e desenhadas:
c) Estimativa de infra-estruturas da operação urbanística e declaração
em como a operação urbanística não constitui uma sobrecarga incom- a) Pedidos de licenciamento de obras de urbanização:
portável para as infra-estruturas existentes;
d) Planta com identificação do índice proposto para a operação ur- 1.1 — Peças escritas:
banística e com identificação dos índices das construções envolventes. 1.1.1 — Memória descritiva e justificativa (*);
1.1.2 — Medidas e orçamento;
5 — Os requerimentos devem ser apresentados através do sistema 1.1.3 — Condições técnicas e caderno de encargos.
informático previsto no artigo 8.º-A do RJUE, devendo as peças de- 1.2 — Peças desenhadas:
senhadas serem apresentadas em formato DWF e as peças escritas em 1.2.1 — Planta de localização;
formato PDF. 1.2.2 — Plano geral;
6 — Excepcionalmente, enquanto o sistema informático a que se 1.2.3 — Planta de modelação do terreno (existente e proposto);
refere o artigo 8.º-A do RJUE não se encontrar em pleno funcionamento, 1.2.4 — Planta de pavimentos;
podem os interessados proceder à apresentação dos requerimentos e 1.2.5 — Plano de plantação e sementeira (árvores, arbustos e her-
respectivos projectos técnicos em formato papel, acompanhados dos báceas) (*);
elementos instrutórios previstos em portaria. 1.2.6 — Plano de rega (*);
7 — O pedido e respectivos elementos instrutórios são apresentados 1.2.7 — Plano de drenagem;
em triplicado, constando de um original e duas cópias. 1.2.8 — Plano de mobiliário urbano;
8 — Uma das cópias deve ser apresentada em suporte informático 1.2.9 — Pormenores.
(CD ou formato mais actual), salvo quando for dispensada pelos ser-
viços técnicos. b) Pedidos de licenciamento de obras de edificação:
9 — Sempre que se mostre devido ou se entenda pedir pareceres a en-
tidades externas à câmara, são as cópias necessárias a este fim fornecidas 1.1 — Memória descritiva e justificativa, a qual deve conter referência
pelos requerentes, sendo para o efeito solicitadas pelos serviços. aos materiais a utilizar e áreas a remodelar:
Peças desenhadas:
Artigo 47.º
1.1.1 — Plano geral;
Casos em que é de solicitar a apresentação 1.1.2 — Planta de remodelação do terreno;
de projectos de espaços exteriores 1.1.3 — Plano de plantação.
1 — Operações de loteamento:
3 — As peças acima mencionadas poderão estar integradas em peças
a) Espaços verdes de utilização colectiva; gerais, constituindo capítulos ou temas individualizados, sendo as peças
b) Condomínios fechados; indicadas com o símbolo (*) de apresentação individual e obrigatória.
c) Espaços exteriores dos equipamentos de cedência; 4 — Plano de plantação (árvores, arbustos e herbáceas).
d) Espaços de jogos e recreio. Quando da recepção definitiva dos espaços verdes é efectuada uma
vistoria e, caso os mesmos não se encontrem em boas condições não
2 — Áreas sujeitas a Plano de Pormenor, Plano de Urbanização e
são recebidas pelo município até que tal se verifique.
Núcleos de Desenvolvimento Turístico.
3 — Espaços exteriores de empreendimentos turísticos.
4 — Plano Ambiental de Recuperação Paisagística das pedreiras. Artigo 49.º
5 — Áreas sujeitas a estudos variados com impacte urbanístico e Do requerimento
paisagístico relevantes para o concelho.
6 — Em todos os casos previstos por lei. Do pedido deve constar um requerimento dirigido ao presidente da
Câmara o qual deve especificar:
Artigo 48.º a) A identificação do requerente;
Instrução do pedido de licenciamento referente b) A qualidade em que requer a pretensão;
aos projectos dos espaços exteriores c) O número do bilhete de identidade ou cartão do cidadão, o arquivo
e a data de emissão. (Tratando-se de pessoa colectiva este elemento deve
1 — O pedido deve ser instruído de acordo com os seguintes ele- ser fornecido por quem tem poderes legais de a obrigar);
mentos: d) O número fiscal de contribuinte;
Planta de localização à escala 1/25 000 e escala 1/1000 ou superior, e) O telefone de contacto;
fornecida e carimbada pela Secção de Obras Particulares e Loteamentos f) Definição do tipo de procedimento em causa nos termos do RJUE
Urbanos; e do presente Regulamento.
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3 — Pode ainda ser concedida prorrogação, a requerimento funda- mediante o pagamento da taxa estabelecida no Regulamento e Tabela de
mentado do interessado, quando a obra estiver em fase de acabamentos, Taxas, Tarifas, Preços e Licenças e que lhes sejam aplicáveis.
mediante o pagamento do adicional à taxa, por prazo reduzido. 5 — O prazo estabelecido nos n.os 2 a 4, pode ainda ser prorrogado
4 — O prazo estabelecido na alínea a) do artigo anterior pode ser em consequência da alteração da licença.
ampliado em consequência de alteração da licença. 6 — Para além das prorrogações atrás mencionadas pode ser conce-
5 — As taxas a liquidar são as referentes ao tempo de prorrogação. dida, excepcionalmente, mais uma prorrogação quando sejam necessários
trabalhos de correcção ou complementares, derivados de alterações
Artigo 71.º detectadas pela comissão de vistoria para efeitos de obtenção da licença
de utilização, e necessários à concessão desta, a realizar no prazo fixado
Licenciamento por fases
na respectiva notificação.
A pedido do interessado, pode ser licenciada a execução das obras de 7 — À excepção do disposto no n.º 4, pelas prorrogações são devidas
urbanização por fases, de acordo com o artigo 56.º do RJUE, desde que taxas somente em função do tempo, previstas no Regulamento e Tabela
cada fase tenha coerência interna e corresponda a uma zona a lotear ou de Taxas, Tarifas, Preços e Licenças.
a urbanizar que possa funcionar autonomamente.
Artigo 77.º
Artigo 72.º
Licenciamento por fases
Caducidade
A pedido do interessado, pode ser licenciada a execução das obras de
1 — As licenças ou a admissão da comunicação prévia a que se edificação por fases de acordo com o artigo 59.º do RJUE, desde que
referem a presente secção caducam decorridos os prazos referidos no cada fase corresponda a uma parte da edificação passível de utilização
n.º 1 do artigo 71.º do RJUE, sem prejuízo das prorrogações previstas autónoma.
no artigo 53.º do mesmo diploma.
Artigo 78.º
2 — As licenças ou a admissão da comunicação prévia a que referem
o n.º 1 caducam ainda nas situações previstas no n.º 3 do artigo 71.º Caducidade
do RJUE.
As licenças e a admissão da comunicação prévia a que se refere a
presente secção caducam decorridos os prazos referidos nos n.os 2 e 3
SECÇÃO IV do artigo 71.º do RJUE, sem prejuízo das prorrogações previstas no
artigo 53.º do mesmo diploma.
Fiscalização, manutenção e reforço das infra-estruturas
urbanísticas
Artigo 73.º SECÇÃO VI
Âmbito Utilização das edificações
Ficam sujeitos à taxa de infra-estruturas urbanísticas todos os licencia-
mentos para obras de edificação, operações de loteamento e edificações Artigo 79.º
com impacte semelhante à operação de loteamento, a qual se destina Licença e autorização de utilização ou alteração ao uso previsto
a compensar o município pelos encargos de obras por si realizadas ou
a realizar. 1 — Nos casos referidos no artigo 4.º do RJUE, a emissão do alvará
está sujeita ao pagamento da taxa constante no Regulamento e Tabela
Artigo 74.º de Taxas, Tarifas, Preços e Licenças fixada em função do número de
Incidência fogos e de unidades de ocupação.
2 — Ao montante referido no número anterior é acrescido o valor
1 — A taxa de infra-estruturas urbanísticas é devida: determinado em função do número de metros quadrados dos fogos e de
a) Pelo loteador, no caso de licenciamento de operações de loteamento unidades de ocupação cuja utilização ou sua alteração seja requerida.
urbano, de edifícios contíguos e funcionalmente ligados entre si e edifi- 3 — Os valores referidos nos números anteriores são os fixados no
cações de impacte semelhante a operação de loteamento; Regulamento e Tabela de Taxas, Tarifas, Preços e Licenças.
b) Pelo interessado na construção de qualquer nova edificação ou
reconstrução, neste caso desde que se verifique aumento de fogos ou de Artigo 80.º
unidades de ocupação e ainda relativamente a ampliações, considerando-
-se para efeitos de determinação da taxa, somente a área ampliada. Autorização de utilização ou suas alterações
previstas em legislação específica
2 — Não se aplica a taxa prevista no presente artigo às edificações a A emissão de autorização de utilização ou suas alterações relativa,
realizar em loteamentos urbanos aprovados, desde que o loteador tenha nomeadamente, a estabelecimentos de restauração e de bebidas, esta-
realizado as respectivas obras de infra-estruturas. belecimentos alimentares e não alimentares e serviços, bem como os
estabelecimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento
turístico está sujeita ao pagamento das taxas fixadas no Regulamento
SECÇÃO V e Tabela de Taxas, Tarifas, Preços e Licenças, variando esta em função
do número de estabelecimentos e da sua área.
Obras de edificação
Artigo 75.º
SECÇÃO VII
Licença
O acto de deferimento do pedido consubstancia a licença para a
Situações especiais
realização das obras.
Artigo 81.º
Artigo 76.º
Emissão de alvarás de licença parcial
Prorrogações
1 — Relativamente a obras de construção, de ampliação ou de al-
1 — Nas situações referidas no n.º 5 do artigo 58.º do RJUE, a con- teração em área não abrangida por operação de loteamento nem por
cessão de nova prorrogação está sujeita ao pagamento da taxa fixada plano de pormenor, a obras de reconstrução, ampliação, alteração ou
de acordo com o seu prazo, estabelecida no Regulamento e Tabela de demolição de edifícios classificados ou em vias de classificação e a
Taxas, Tarifas, Preços e Licenças. obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração ou demolição
2 — As licenças ou autorizações de construção, reconstrução, amplia- de edifícios situados em zona de protecção de imóvel classificado ou em
ção ou alteração de edificações, podem ser prorrogadas, por uma única vias de classificação ou em áreas sujeitas a servidão administrativa ou
vez, a requerimento fundamentado do interessado, apresentado com uma restrição de utilidade pública, a Câmara Municipal pode, a requerimento
antecedência mínima de sete dias, relativamente à data do seu termo. do interessado, aprovar uma licença parcial para construção da estrutura
3 — A prorrogação referida no ponto anterior não pode ter duração
nas seguintes condições:
superior a metade do prazo inicial.
4 — Pode ser concedida mais uma prorrogação, a requerimento funda- a) Desde que esteja aprovado o projecto de arquitectura;
mentado do interessado, quando a obra estiver em fase de acabamentos b) Desde que tenham sido entregues os projectos das especialidades;
Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011 41991
c) Desde que tenha sido prestada caução para demolição da estrutura c) Se desconheça o paradeiro do titular da respectiva licença ou au-
até ao piso de menor cota em caso de indeferimento. torização, sem que este haja indicado à Câmara Municipal procurador
bastante que o represente.
2 — O deferimento do pedido de licença parcial dá lugar à emissão de
alvará, a qual está sujeita ao pagamento da taxa prevista no Regulamento Artigo 87.º
e Tabela de Taxas, Tarifas, Preços e Licenças.
3 — A taxa paga será deduzida ao montante devido pela emissão do Execução por fases
alvará definitivo. 1 — Em caso de deferimento do pedido de execução por fases, nas
situações referidas nos artigos 56.º e 59.º do RJUE, a cada fase corres-
Artigo 82.º ponderá um aditamento ao alvará, sendo devidas as taxas previstas no
Licença especial relativa a obras inacabadas presente artigo.
2 — Na fixação das taxas tem-se em consideração a obra ou obras a
Nas situações referidas no artigo 88.º do RJUE, a concessão de licença que se refere a fase ou aditamento.
especial para conclusão da obra está sujeita ao pagamento de uma taxa, 3 — Na determinação do montante das taxas é aplicável o Regula-
fixada de acordo com o respectivo prazo, estabelecido no Regulamento mento e Tabela de Taxas, Tarifas, Preços e Licenças, consoante a obra
e Tabela de Taxas, Tarifas, Preços e Licenças. a realizar.
Artigo 88.º
Artigo 83.º
Legalizações
Obras inacabadas
1 — Sempre que sejam licenciadas legalizações de edificações cons-
Consideram-se obras inacabadas, todas aquelas cuja construção se truídas ilegalmente, as taxas relativas ao prazo são sempre liquidadas,
encontre em estado avançado de execução, cuja licença haja caducado sem prejuízo de prova em contrário, com base nos seguintes prazos:
por motivo de falência ou insolvência do requerente inicial ou, que por
razões de interesse público ou outro não se justifique a sua demolição. a) Moradias até 150 m2 — 10 meses;
b) Moradias com mais de 150 m2 — 18 meses;
Artigo 84.º c) Outras construções:
Deferimento tácito Até 100 m2 — 4 meses;
Até 300 m2 — 8 meses;
1 — A emissão do alvará de licença nos casos de deferimento tácito Até 1000 m2 — 1 ano;
do pedido de operações urbanísticas está sujeita ao pagamento da taxa
que seria devida pela prática do respectivo acto expresso. d) Muros de vedação e vedações em rede com lintéis salientes, em
2 — Nos serviços competentes da Câmara Municipal haverá uma metros lineares:
cópia do presente Regulamento e Tabela de Taxas, Tarifas, Preços e
Licenças à disposição do público para as situações em que se verifique Até 50 m — 3 meses;
a formação de deferimento tácito e os interessados queiram proceder à Até 100 m — 5 meses;
liquidação da taxa, se a Câmara não o fizer em tempo oportuno. Por cada 50 m ou fracção a mais — 2 meses, por cada.
3 — Em locais bem visíveis, especialmente na tesouraria, é indicada
a conta bancária onde podem ser depositadas as quantias liquidadas e Artigo 89.º
referentes às taxas que sejam devidas pela edificação ou loteamento Trabalhos no subsolo
incluídos no número anterior.
1 — A execução de trabalhos no subsolo, quando em espaço público,
Artigo 85.º por particulares ou entidades concessionárias das explorações de redes
de telecomunicações, de electricidade, de gás, televisão por cabo ou
Renovação outras, está sujeita a licenciamento junto do município, dando lugar ao
Nos casos referidos no artigo 72.º do RJUE, a emissão do alvará pagamento das correspondentes taxas.
resultante de renovação da licença, dá origem à emissão de novo alvará, 2 — Para o efeito, as entidades referidas devem apresentar requeri-
sujeito ao pagamento da taxa prevista no Regulamento e Tabela de Taxas, mento acompanhado do projecto das infra-estruturas a executar, em papel
Tarifas, Preços e Licenças. e em formato digital (peças desenhadas em formato DWF e escritas em
formato PDF), indicando o prazo provável da sua execução.
Artigo 86.º 3 — Após a conclusão dos trabalhos o interessado deve entregar à
Câmara Municipal as respectivas telas finais em formato digital, inter-
Caducidade ligados à rede geodésica nacional.
1 — As licenças caducam no termo do seu prazo, salvo se este for
prorrogado, situação em que ocorrerá a caducidade na data do termo
da prorrogação. CAPÍTULO VIII
2 — Caducam ainda:
a) Se, no prazo de um ano, a contar da notificação do acto de licen- Cauções
ciamento, não for requerida a emissão do respectivo alvará;
b) Se as obras não forem iniciadas no prazo de doze meses, a contar Artigo 90.º
da data da emissão do alvará ou, nos casos de deferimento tácito e obser- Cauções
vadas as condições constantes do artigo 113.º do RJUE, da data do paga-
mento das taxas do seu depósito ou da garantia do seu pagamento; Os titulares dos alvarás de licença ou da admissão de comunicação
c) Se as obras estiverem suspensas por período superior a seis me- prévia são obrigados a prestar caução a favor do Município, por um
ses, salvo se a suspensão decorrer de facto não imputável ao titular da dos meios legalmente previstos no artigo 54,º do RJUE, para garantir a
licença ou autorização; regular execução das operações urbanísticas nos casos seguintes:
d) Se as obras estiverem abandonadas por período superior a seis a) No caso de emissão de alvará de licença parcial, o dono da obra
meses; presta caução nos termos do n.º 6, do artigo 23.º do RJUE, calculada em
e) Se as obras não forem concluídas no prazo fixado na licença ou na função dos valores referidos na estimativa orçamental para reposição
autorização ou suas prorrogações, contado a partir da data de emissão do prédio em caso de indeferimento dos projectos de especialidades,
do alvará; apresentada aquando do pedido, acrescidos 5 % para encargos adminis-
f) Se o titular da licença ou autorização for declarado falido ou in- trativos e IVA à taxa legal em vigor.
solvente. b) No caso previsto no n.º 3, do artigo 25.º do RJUE o dono da obra
presta caução calculada em função do valor das obras de infra-estruturas
2 — Para efeitos da alínea d) do número anterior, presumem-se aban- a executar, acrescido de 5 % para encargos administrativos, mais IVA
donadas as obras ou trabalhos sempre que: à taxa em vigor.
a) Se encontrarem suspensos sem motivo justificativo registado no c) Nos casos previstos nos artigos n.os 53.º, n.º 1, al. b), 54.º e 57.º,
respectivo livro de obra; n.º 4 do RJUE, o dono da obra deve prestar caução, com garante da boa
b) Decorram na ausência do técnico responsável pela respectiva e regular execução das obras de urbanização ou edificação, calculada
execução; em função do somatório dos valores orçamentados para cada projecto
41992 Diário da República, 2.ª série — N.º 203 — 21 de Outubro de 2011
Artigo 101.º
Dúvidas ou omissões MUNICÍPIO DO BARREIRO
Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na interpretação e aplicação
do presente Regulamento, que não possam ser resolvidos pelo recurso Aviso n.º 20988/2011
aos critérios gerais de interpretação e integração de lacunas, serão sub- Para os devidos, torna-se público a alteração ao Mapa de Pessoal
metidos para decisão dos órgãos competentes, nos termos do disposto da Câmara Municipal do Barreiro, aprovado em reunião ordinária da
na Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na sua redacção actual. Assembleia Municipal em 23/09/2011, sob proposta da Câmara.
Chefe Divisão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30