Artigo Etarismo e Gestão para Pessoas Com Mais de 40 Anos
Artigo Etarismo e Gestão para Pessoas Com Mais de 40 Anos
Artigo Etarismo e Gestão para Pessoas Com Mais de 40 Anos
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O modelo de gestão de pessoas é a maneira pela qual uma empresa se organiza para
gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho (FISCHER, 2002). Como
ressalta este autor, a empresa se programa definindo princípios, políticas e processos para
o desenvolvimento desta gestão e por meio desses mecanismos, orienta aqueles que
trabalham na organização. Para Fischer (2002) as políticas na gestão de pessoas
estabelecem diretrizes de atuação que buscam objetivos de médio e de longo prazo para
as suas relações organizacionais. Em geral, são orientadoras e integradoras dos
processos/práticas organizacionais, que se referem às práticas e atividades propriamente
ditas.
Em uma época onde se fala com muita constância sobre a importância da
diversidade da força de trabalho, imagina-se que o tema do etarismo no Brasil esteja sendo
discutido e pautado em meio às políticas de gestão de pessoas, no entanto, como ressalta
Pereira (2019, p.1):
“Ouvimos e lemos discursos incríveis do que pode estar acontecendo dentro
de algumas empresas, mas, quando olhamos para o lado e fazemos perguntas
simples, do tipo: A sua empresa tem políticas e práticas que incentivem a
Diversidade? Uma resposta afirmativa não significa profundidade de conteúdo.
Se avançarmos para a questão da Diversidade Etária então, a coisa se complica,
pois, dificilmente a questão etária é contemplada.”
H1: Há correlações positivas entre os princípios (crenças) acerca das pessoas com mais de
40 anos com as políticas e processos de gestão de pessoas em estudo.
A amostra foi obtida por meio da acessibilidade, deste modo, os resultados obtidos neste
trabalho ocorreram por meio de dados não probabilísticos. Foram pesquisados 74
indivíduos (41 mulheres, 15 homens, e 5 destes tiveram suas respostas retiradas do
questionário por falta de informações necessárias). Estes residem nas cidades de: São
Paulo. Acerca das funções exercidas os pesquisados ocupavam cargos de: Diretor (28%),
Consultor (11%), Coordenador (25%), Gerente (16%), Analista (20%). Sobre as suas
áreas de atuação: Recursos Humanos (53%), Marketing (12%), Finanças (7%), Operações
(5%) e outros (21 %). Quanto ao perfil de tempo de casa os pesquisados apresentaram o
seguinte perfil: menos de 1 ano (5%), entre 1 e 2 anos (25%), entre 3 e 5 anos (23%), entre
5 a 10 anos (16%) e mais de 10 anos (30%). O setor e o porte das empresas dos
pesquisados: respectivamente Indústria (78%), Serviço (22%) e grande porte (43%),
médio porte (27%) e pequeno porte (30%).
Predominantemente a amostra foi composta por um perfil com as seguintes
características: mulheres (74%), profissionais líderes de empresas (coordenadoras,
gestoras e diretoras) situadas em São Paulo (81%) que ocupam cargos de liderança (53%)
na área de RH, em empresas da indústria (78%).
A coleta de dados foi realizada por meio da acessibilidade. A escala elaborada para esta
pesquisa foi submetida em uma plataforma virtual (GoogleDocs) e permitiu aos
pesquisadores a obtenção de links que foram disponíveis em redes socias (Instagram,
Whatsapp, Facebook, Linkedin) e enviados para pessoas localizadas na cidade de São
Paulo. Esta escala ficou disponível na internet por 28 dias, para que fosse possível o
cumprimento do prazo estipulado para o término da pesquisa. Após este período, foi
possível obter uma amostra de 56 profissionais que possuíam vínculos empregatícios em
empresas privadas. Estes tiveram as suas identidades preservadas.
Após o tratamento dos dados foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov e de
Shapiro-Wilks para analisar a distribuição dos dados e estes não se apresentaram dentro
de uma curva normal uma distribuição normal (Sig. = ,000). Deste modo, os testes
inferenciais não paramétricos foram os utilizados para a checagem das hipóteses. Para
realizar os procedimentos estatísticos dos dados obtidos desta pesquisa foi utilizado o
pacote estatístico SPSS 23.
A fim de atender aos objetivos estabelecidos no trabalho, foram realizadas cinco sessões
de análises dos dados onde se buscou: a) identificar os princípios (crenças) predominantes
dos profissionais pesquisados acerca das pessoas acima de 40 anos que atuam no contexto
de trabalho; b) verificar se os profissionais pesquisados apresentam diferenças de crenças
acerca da gestão de pessoas voltada para as pessoas acima de 40 anos por: sexo, função,
área de atuação, setor, tempo de casa e porte da empresa (por faturamento); c) identificar
quais as políticas voltadas para as pessoas com mais de 40 anos que são mais e menos
desenvolvidas pelas empresas dos profissionais pesquisados; d) identificar quais os
processos voltados para as pessoas com mais de 40 anos que são mais e menos
desenvolvidos pelas empresas dos profissionais pesquisados e e) verificar a correlação
entre as crenças dos profissionais pesquisados acerca das pessoas com mais de 40 anos
com as políticas e os processos desenvolvidos por suas empresas.
Para atender a este objetivo foram realizados os testes não paramétricos de Mann Whitney
e de Kruskall- Wallis com sig < 0,01, <0,05 e < 0,10. Considerando estes parâmetros foi
possível observar uma diferença significativa. Não houve diferença significativa de
respostas dos pesquisados por nenhuma das variáveis em estudo: sexo, função, área de
atuação, setor, tempo de casa, porte e setor das empresas dos pesquisados.
3ª Análise: Sobre as políticas voltadas para as pessoas com mais de 40 anos que são
mais e menos desenvolvidas pelas empresas dos profissionais pesquisados.
d) 4ª Análise: Sobre os processos voltados para as pessoas com mais de 40 anos que
são mais e menos desenvolvidos pelas empresas dos profissionais pesquisados.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo teve como objetivo geral analisar a gestão de pessoas voltada para os
indivíduos com mais de 40 anos. Este objetivo foi alcançado na medida em que os
resultados da pesquisa indicaram a existência de princípios acerca destes indivíduos que
não são condizentes com as políticas e os processos direcionados para este público. Os
dados obtidos neste trabalho dão margem para reflexões importantes sobre este assunto e
sugerem, finalmente, a necessidade de intervenções específicas por parte dos gestores e
dos líderes organizacionais, para que a exclusão destes indivíduos seja cada vez menor no
ambiente empresarial.
Quanto aos quesitos de competência, foco e responsabilidade. Não houve diferença
diferenças significativas de crenças por parte dos pesquisados quando avaliadas as
variáveis: sexo, função, área de atuação, tempo de casa, setor e porte das empresas dos
profissionais pesquisados. Deste modo, entende-se que o não alinhamento destas crenças
com as políticas e processos organizacionais não se justificam por princípios individuais
por si sós, mas também por decisões estratégicas organizacionais, talvez relacionadas ao
imediatismo ou à redução de custos. Talvez não haja por parte das empresas o
reconhecimento de que o funcionário mais maduro traga para elas vantagens competitivas.
Sendo esta uma suposição, imagina-se que estudos futuros sobre esta questão possam
contribuir para um melhor entendimento sobre o assunto.
Sobre as políticas que são mais e menos desenvolvidas pelas empresas voltadas
para as pessoas com mais de 40 anos, observa-se que praticamente não existe a política de
jornada de trabalho de meio período voltada para este público. Entende-se que esta é uma
alternativa que poderá minimizar custos e absorver mais pessoas com este perfil. Também
foi possível observar a quase inexistência de políticas que visem a integração de pessoas
com mais de 40 anos com o público de jovens. Neste trabalho não foram investigados os
motivos pelos quais isto acontece, mas entende-se que explorá-los se torna importante
para mapear as barreiras que impedem esta aproximação, que poderá ser muito rica em
possibilidades de trocas de experiências e de aprendizagens para ambos os lados. Sugere-
se que outros estudos sejam feitos com a intenção de obter um melhor entendimento sobre
o que gera este distanciamento.
Ainda sobre as políticas voltadas para as pessoas com mais de 40 anos os dados
deste trabalho chamam atenção para o fato de que são as empresas de pequeno porte são
as que mais se preocupam com o aperfeiçoamento profissional, com a carreira e
contratação dos mais velhos. Fato interessante, pois diferentemente das empresas de
grande porte, estas empresas são as que mais acolhem este público e se isto acontece, é
porque vantagens existem. Este é um dado relevante e acredita-se que ele precisa ser mais
divulgado para as empresas de recolocação. Sugere-se que sejam realizadas futuras
pesquisas a fim de descobrir quais as vantagens que este perfil de empresa tem ao contratar
pessoas com mais de 40 anos.
E finalmente, diante do objetivo de verificar se há correlação entre as crenças dos
pesquisados com as políticas e processos voltados para as pessoas com mais de 40 anos,
pode-se concluir que há correlações positivas e negativas (inversamente proporcionais)
que merecem atenção. Neste sentido, destaca-se neste trabalho as crenças que classificam
os indivíduos em estudo como menos produtivos e como profissionais que possuem
defasagem de conhecimentos, pois foi possível perceber que estas se associam ao não
desenvolvimento de políticas e processos de uma gestão de pessoas. Acredita-se que estas
crenças, como elementos culturais, poderão afetar as decisões organizacionais e a
vantagem competitiva das empresas. Sugere-se que estudos futuros possam investigar
melhor esta suposição.
Os resultados deste trabalho não podem ser generalizados, pois embora a amostra
tenha sido construída aleatoriamente em redes sociais, não se pode dizer que ela tenha o
caráter de probabilística. Os indivíduos pesquisados se limitaram à cidade de São Paulo e,
portanto, há muito o que descobrir quando o assunto for investigado em outras cidades do
Brasil.
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