ARTIGO Doenças Autoimunes (ATUALIZADO)
ARTIGO Doenças Autoimunes (ATUALIZADO)
ARTIGO Doenças Autoimunes (ATUALIZADO)
RESUMO
ABSTRACT
The immune system plays a very important role in our body, it fights invaders that can cause
infections and diseases. However, dysregulation in autoimmune responses can occur. This
deregulation means that the body is seeing its own molecules as invaders that must be
destroyed. Virtually any part of the body can be affected. Although the symptoms depend on
the condition, there are symptoms common to most autoimmune diseases, such as low fever
and fatigue. Treatment depends on the type and severity of the disease. In order to better
understand and understand the subject, the authors reviewed articles on some autoimmune
diseases such as: Rheumatoid Arthritis, Graves' Disease, Type I Diabetes Mellitus, Systemic
Lupus Erythematosus and Vasculitis. The bibliographic survey was carried out by searching
preferentially for scientific articles indexed in health sciences databases in general, such as
Medline / PubMed and Scientific Eletronic Library Online (SciELO) and similar sites.
INTRODUÇÃO
As doenças autoimunes (DAI) são patologias que ocorrem quando nosso sistema
imunológico passa a atacar células saudáveis do próprio organismo, por motivos muitas vezes
desconhecidos. O sistema imunológico tem um papel de grande importância no nosso
organismo, ele combate invasores que podem causar infecções e doenças, porém quando
desencadeamos uma resposta autoimune significa que o corpo está vendo suas próprias
moléculas como invasores que devem ser destruídos.
O processo de identificação e reação moléculas estranhas é papel do sistema
imunológico, esse processo é baseado na identificação de antígenos. O responsável por esse
minucioso trabalho, nos seres humanos, é o complexo dos Antígenos Leucocitários Humanos
(HLA – Human Leulocyte Antigen).
O polimorfismo é a principal característica do complexo HLA. Este complexo é divido
em locos, nas classes I, II e III. Cada classe possui seus respectivos genes e alelos. O
entendimento referente ao polimorfismo é essencial para o entendimento de como o HLA é
relacionado com as doenças autoimunes. Um ponto que vem confundindo bastante os
pesquisadores é o motivo de algumas variantes de HLA favorecer drasticamente o
desenvolvimento de doenças autoimunes, enquanto outras variantes fornecem uma proteção
impressionante.
Um fator relevante é que 80% dos casos reportados de doenças autoimunes são
encontrados em pessoas do sexo feminino em idade reprodutiva, desta forma podemos
associar diretamente a patologia com os hormônios. Estudos mostram que cerca de 3% a 5%
da população em geral é afetada por doenças autoimunes. Em geral são doenças indetectáveis
por longos períodos antes do desenvolvimento de sintomas detectáveis e progressivo dano
tecidual que evolui para a destruição total do (s) tecido (s) afetado (s), não existindo um teste
definitivo para as doenças autoimunes.
A gravidade de uma doença autoimune depende diretamente dos tecidos e órgãos que
são afetados. Essas patologias podem afetar componentes do sangue, articulações, tecidos
conjuntivos, pele e músculos. As doenças autoimunes também podem ser sistêmicas, como o
lúpus. Algumas das doenças autoimunes mais conhecidas são: Artrite Reumatoide, Tireoidite
de Hashimoto, Doença de Graves, Diabetes Mellitus tipo I, Lúpus Eritematoso Sistêmico e
Vasculite.
METODOLOGIA APLICADA
A proposta deste artigo é incentivar a leitura, promover o conhecimento científico e
ampliar a produção acadêmica, que irá contribuir no desempenho acadêmico do discente ao
longo da graduação e no futuro profissional.
Para o desenvolvimento do presente trabalho, realizou-se uma revisão bibliográfica,
com o objetivo de reunir informações sobre a descrição das doenças autoimunes e seu
diagnostico laboratorial, favorecendo a compreensão, promover reflexões sobre o tema, para
enriquecer e aprofundar os conhecimentos e proporcionar futuros trabalhos sobre as
patologias.
Foram realizadas buscas nas publicações em artigos científicos disponíveis na base de
dados eletrônica (SciELO e Google Acadêmico). Foram submetidos em análise os seguintes
critérios: Ser sobre as doenças autoimunes e ter relação com o diagnóstico laboratorial, ser
pesquisa de livre acesso, possuir conceitos de referência, publicados em revistas e ser de
fontes confiáveis publicados no período de 2015 a 2020.
Após a pesquisa e leitura dos trabalhos, foram selecionados aqueles que atenderam aos
critérios estabelecidos e foram utilizados os artigos científicos que discutem e relatam a
mesma temática proposta por esse trabalho. Os artigos selecionados para leitura e
desenvolvimento desse material estão disponíveis na base de dados citadas acima.
DESENVOLVIMENTO
ARTRITE REUMATÓIDE
A AR é uma doença inflamatória crônica, sistêmica, progressiva e sem cura, que causa
deformidades irreversíveis e dores intensas. Na fase inicial da AR as manifestações articulares
podem ser reversíveis, mas nos casos crônicos, a agressão do sistema imunológico à
membrana sinovial das articulações (sinovite), leva a destruição óssea, cartilaginosa, lesões
tendinosas e ligamentares. Marcados por intervalos de remissão e exacerbação, as articulações
mais acometidas são: punhos, metacarpofalangeanas, interfalangeanas proximais,
metatarsofalangeanas ombros, joelhos, cotovelo, tornozelos e coluna cervical.
O antígeno que apresenta maior indício científico na relação com a AR é o HLA
(Human leukocyte antigen), uma região do genoma humano que apresenta cerca de 37% de
contribuição para o caráter genético desta doença. Há mais de 35 anos foi descoberta e
publicada que a região do HLA, especialmente o alelo HLA-DR4, está associada a
susceptibilidade à AR, porém o mecanismo correto que define a predisposição é
desconhecido.
Já sobre o alelo HLA-DRB1, que se encontra no cromossomo 6 e codifica uma
sequência de aminoácidos que origina uma molécula conhecida como epítopo compartilhado,
em que serve de local de ligação para apresentação dos peptídeos artritogênicos para as
células T CD4 envolvidas na resposta imunoinflamatória. Ainda de acordo com estes últimos
autores, essa molécula pode estar relacionada à diferenciação das células B em plasmócitos,
levando a desenvolver anticorpos anti proteínas citrulinadas cíclicas (anti-CCP), aumentando
a suscetibilidade às formas graves e manifestações extra-articulares da AR. Assim, a
expressão do HLA-DRB1 e do epítopo compartilhado são os fatores de risco mais
consideráveis descritos para a vulnerabilidade e progressão da doença.
A AR é uma doença que abrange todos os grupos étnicos, em todos países do mundo,
sendo América do Norte como um dos mais afetados. No Brasil, de acordo com Oliveira
(2017), 0,46% a 2% da população é acometida pela AR e, apesar de afetar todas as idades, é
predominante na população com idade entre quarenta e sessenta anos.
No Brasil, o acompanhamento desta patologia é feito pelo reumatologista, que indica
qual tratamento mais adequado, o mais breve possível (na fase inicial dos sintomas) e deve
agir de forma sistêmica, já que a doença atinge diversos locais diferentes e de várias formas O
diagnóstico da AR é realizado por exames laboratoriais, clínicos e radiográficos.
Além do tratamento medicamentoso, o acompanhamento psicológico é considerado
fundamental, uma vez que a AR é uma doença debilitante. O tratamento medicamentoso da
AR é constituído em monoterapia ou em combinação, sendo administrados anti-inflamatórios
não-esteroides (AINEs), glucocorticoides (GCs) e fármacos antirreumáticos modificadores da
evolução da doença (DMARDs).
VASCULITE
CONCLUSÃO
De acordo com Abbas et al. 2008, todos os indivíduos possuem um potencial para a
autoimunidade, porque durante o desenvolvimento dos linfócitos T e B podem ocorrer erros
genéticos que os fazem reagir com antígenos próprios, e assim causar doenças autoimunes
como as citadas neste trabalho. De acordo o levantamento literário obtido nesse estudo, ainda
existe muitas dúvidas a serem esclarecidas, principalmente no campo das complexas inter-
relações entre as respostas autoimunes e as regiões afetadas, bem como na identificação de
ferramentas que permitam a detecção precoce dessas alterações. Afirmando-se assim, a
necessidade de mais estudos para se aprofundar no conhecimento sobre o mecanismo
imunológico. Porém, conceitos, classificações e técnicas diagnósticas estão em constante
evolução.
As pessoas devem conhecer o máximo possível sobre sua doença acometida, para que
possam informar imediatamente o médico sobre o surgimento de quaisquer sintomas
importantes, como também conhecer os efeitos colaterais dos medicamentos que estão sendo
usados em seu tratamento. Assim como, é importante que os profissionais da saúde conheçam
as várias apresentações e sinais clínicos das doenças, procurando reduzir a morbidade e
mortalidade através de diagnósticos precoces e tratamentos adequados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] COSTA, Anderson; JÚNIOR, Antônio; PINHIERO, Adenilson. FATORES
ASSOCIADOS À ETIOLOGIA E PATOGENESE DAS DOENÇAS AUTOIMUNES.
Arq. Catarin Med. 2019 abr-jun.