Negócios Internacionais 23
Negócios Internacionais 23
Negócios Internacionais 23
2. Análise Situacional.................................................................................................................3
3. Análise e Diagnóstico...........................................................................................................23
2. Análise Situacional
https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/22375/1/Raquel_Reis_MEI_2022.pdf
Reis, R. L. (2022). Otimização do Processo de Internacionalização para os Emirados Árabes
Unidos: Um Caso de Estudo no Setor do Mobiliário (Doctoral dissertation).
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) têm uma economia diversificada e vários fatores influenciaram o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Alguns dos fatores que contribuíram foi o Setor
petrolífero na qual este país é um dos principais produtores de petróleo do mundo. O crescimento da
indústria petrolífera e os preços favoráveis do petróleo tiveram um impacto positivo no PIB em 2021.
É ainda notório uma diversificação económica que contribuíram para este elevado PIB, como o setor
turístico, comércio, finanças e serviços, têm sido promovidos como fontes de crescimento económico.
Outro fator foi o investimento direto estrangeiro pelo facto de ser um país com uma grande
atratividade de empresas estrangeiras que pretendem investir neste país, em infraestruturas modernas
e “inovadas”.
Os eventos e exposições, em 2021, fez com que os EAU tivessem sido escolhidos para diversos
eventos internacionais, como a Expo 2020 no Dubai, que foi realizada de outubro de 2021 a março de
2022. Esses eventos atraíram investimentos, turistas e impulsionaram setores como turismo,
hospitalidade, construção e comércio.
Por fim, o governo dos EAU implementou uma série de políticas e incentivos para promover o
crescimento económico, como a redução de impostos, a simplificação dos processos de licenciamento
de negócios, a facilitação do comércio e a escolha do empreendedorismo. (Câmara municipal do
comércio , s.d.)
A evolução do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) nos países da América do Sul entre 2000 e 2018
pode variar de acordo com cada país específico. Como podemos ver no gráfico anterior,
o Brasil tem sido historicamente o maior recetor de IDE na América do Sul. Durante o período de
2000 a 2018, o país atraiu um fluxo significativo de investimentos, especialmente nos setores de
energia, mineração, manufatura e serviços. No entanto, o IDE no Brasil tem sido volátil.
A Argentina também atraiu um nível significativo de IDE, mais ou menos equiparada com o Chile,
principalmente no setor de serviços, indústria automotiva, energia e agronegócio. No entanto, a
instabilidade económica e as políticas governamentais podem ter afetado a atratividade do país para o
IDE em certos períodos.
De seguida, o Chile tem um ambiente favorável para o IDE sendo considerado um dos países mais
atraentes para investimentos na América do Sul. O país recebeu investimentos substanciais nos setores
de mineração, energia, serviços financeiros e turismo, devido à estabilidade económica e políticas
favoráveis aos negócios.
Como outros países da América do Sul, referimos o Uruguai, Paraguai e Equador, também têm atraído
investimentos estrangeiros, embora em menor escala em comparação com os países mencionados
anteriormente. Esses investimentos estão concentrados em setores como agricultura, energia
renovável, turismo e serviços.
https://monografias.ufop.br/bitstream/35400000/4689/1/
MONOGRAFIA_EcologicalFootprintDiversificação.pdf
Reis Junior, E. S. D. (2022). Ecological footprint e diversificação das exportações na América do Sul.
A edição de abril de 2023 do Africa's Pulse mostra que o crescimento em toda a África
Subsaariana continua lento, arrastado pela incerteza na economia global, pelo baixo desempenho das
maiores economias do continente, alta inflação e uma desaceleração acentuada do crescimento do
investimento - e é insuficiente para reduzir a pobreza extrema.
Espera-se que o crescimento econômico diminua de 3,6% em 2022 para 3,1% em 2023.
Embora a inflação principal pareça ter atingido o pico no ano passado, a inflação deve permanecer
alta em 7,5% para 2023. Diante das perspectivas de crescimento reduzidas e do aumento dos níveis de
dívida, os governos africanos devem aprimorar seu foco na estabilidade macroeconômica,
mobilização da receita doméstica, redução da dívida e investimentos produtivos. Em um momento de
transição energética e crescente demanda por metais e minerais, os governos ricos em recursos têm a
oportunidade de alavancar melhor os recursos naturais para financiar seus programas públicos,
diversificar sua economia e expandir o acesso à energia.
Os países ricos em recursos podem aproveitar a crescente demanda por minerais e metais
ligados à transição global para uma economia de baixo carbono (como cobalto, cobre e lítio) para
aumentar os recursos fiscais, criar novas cadeias de valor regionais que produzem empregos e acelerar
o acesso à energia no continente. No entanto, transformar uma "perdição de recursos" em uma
"oportunidade de recursos" exigirá boa governança setorial, tributação apropriada para capturar uma
parcela maior de aluguéis de recursos e cooperação e investimentos regionais.
“Em 2021, houve um aumento de bens exportados da UE para a África (+€21 bilhões em
comparação com 2020), bem como um aumento de bens importados para a UE da África (+€41
bilhões em comparação com 2020). Assim, a UE registou um comércio de mercadorias excedente
com a África de €4 bilhões, que foi o mais baixo desde 2014.
Desde 2014, a UE teve um excedente de comércio de bens com a África, atingindo um pico
de € 33 bilhões em 2016. No entanto, esse superávit caiu para €8 bilhões em 2018 e 2019. Em 2020,
devido à pandemia da COVID-19, as exportações caíram €20 bilhões, enquanto as importações
caíram €35 bilhões, o que aumentou o superávit comercial para €24 bilhões.” (Eurostat, 2022)
“Os países ricos em recursos podem aproveitar a crescente demanda por minerais e metais
ligados à transição global para uma economia de baixo carbono (como cobalto, cobre e lítio) para
aumentar os recursos fiscais, criar novas cadeias de valor regionais que produzem empregos e acelerar
o acesso à energia no continente. No entanto, transformar uma "perdição de recursos" em uma
"oportunidade de recursos" exigirá boa governança setorial, tributação apropriada para capturar uma
parcela maior de aluguéis de recursos e cooperação e investimentos regionais.” (Banco Mundial, s.d.)
“A região da África Oriental e Austral possui alguns dos recursos naturais mais ricos do
mundo. A República Democrática do Congo (RDC) produz grande parte do cobalto extraído do
mundo, e Angola lidera a região na produção de petróleo bruto. Para muitos países da África Oriental,
os produtos agrícolas são as principais commodities de exportação: Etiópia e Uganda lideram a região
nas exportações de café, enquanto o Quênia é o maior exportador de chá. Para os países da África
Austral, metais preciosos e minerais são as maiores exportações, incluindo ouro e diamantes da África
do Sul e platina do Zimbábue.” (Banco Mundial, s.d.)
2.2 Análise do mercado de destino
Atualmente o mercado dos Emirados Árabes Unidos é cotado como “a segunda maior
economia árabe em relação ao PIB” (Vasconcelos, 2022), é um mercado que ainda não se encontra
totalmente e desenvolvido e que apesar de já ter havido um elevado investimento neste mercado,
existem certos setores que ainda não foram expandidos. (Vasconcelos, 2022)
Sendo esta uma das economias em crescimento devemos levar em conta também que, para
além desta economia ser promissora é também um mercado que possuí grandes laços com a
Organização Mundial do Comércio (OMC), dando a entender que é um mercado regulamento e
disposto a seguir regras de forma a facilitar a comercialização de bens.
Apesar dos países verem as Economias árabes como economias muito focadas no petróleo e
nos seus produtos derivados. Este não é o caso dos Emirados Árabes Unidos já que como é possível
ver no quadro em baixo a maioria dos produtos exportados são máquinas, veículos e só em terceiro
vêm os combustíveis.
Quanto à importação podemos notar que apesar da ideia de que as economias árabes se focam muito
nos produtos petrolíferos é falsa sendo que maior parte das importações constituem combustíveis e
minerais.
O mercado de café nos EAU é dominado por cafeterias e lojas de café de especialidade,
muitas das quais são operadas por marcas internacionais de renome. Além disso, as vendas de café em
supermercados e mercearias também estão a aumentar.
Os Emirados Árabes Unidos importam a maior parte do café que consomem, com o Brasil a
ser seu maior e principal fornecedor. Outros principais países produtores de café, como a Colômbia,
Vietnam e Etiópia, também têm uma presença significativa no mercado dos EAU.
O café torrado e moído é a forma mais popular de café nos EAU, embora o consumo de café
em grão esteja aumentando à medida que os consumidores se tornam mais experientes e exigentes em
relação à qualidade do café.
Embora o mercado de café nos EAU seja relativamente pequeno em comparação com outros
países produtores de café, o crescimento econômico da região e o crescente interesse pela cultura do
café sugerem que o mercado continuará a crescer nos próximos anos. (Miguel, J. S. (2021). Plan de
exportación para la comercialización de café especial al mercado de los Emirato Árabes Unidos.)
(Repositori, s.d.)
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) não têm uma forte cultura do café, em comparação com
outros países do Oriente Médio. A bebida mais popular no país é o chá, que é geralmente servido com
cardamomo e açúcar. No entanto, nos últimos anos, o café tem ganhado popularidade nos EAU,
especialmente nas grandes cidades como Dubai e Abu Dhabi. Muitos cafés especializados foram
abertos, com uma variedade de grãos de café de todo o mundo. Além disso, muitos cafés oferecem
cafés com leite, cappuccinos e outras bebidas de café, e alguns têm torrefações locais de café.
O ambiente de negócios nos EAU é favorável para empresas, com o país sendo considerado
um dos mais abertos e atraentes para investimentos no Oriente Médio. Algumas das características do
ambiente de negócios nos EAU incluem:
Política Económica: Os EAU têm uma política económica liberal que incentiva o
investimento estrangeiro e o empreendedorismo. O governo promove uma série de iniciativas para
facilitar a abertura e operação de empresas, como a criação de zonas livres de impostos, incentivos
fiscais e subsídios para pequenas empresas.
“Os Emirados Árabes Unidos consistem em sete emirados – Abu Dhabi, Dubai, Sharjah,
Ajman, Umm al Quwain, Fujairah e Ras-al-Khaimah. Cada um deles tem os seus próprios
procedimentos para abrir uma empresa. Embora existam leis federais gerais no país, cada emirado
possui diferentes regras e regulamentos adicionais para iniciar um negócio.”
Infraestrutura: Os EAU têm uma infraestrutura moderna e de alta qualidade, com 15 portos
com uma capacidade superior até 70 milhões de toneladas o que reflete uma grande capacidade de
armazenamento e um grande fluxo de mercadorias, com aeroportos que para além dos mesmos os
EAU têm uma companhia aérea do pais, Emirates Airlines, que operam voos cargueiros, com linhas
ferroviárias 1.200 quilómetros de extensão e rodovias de classe mundial com mais de 4000
quilómetros de extensão e que percorrem as principais cidades, fronteiras com a Arábia Saúdita e
Omã e ainda que se interliga entre os diversos aeroportos e portos, o que facilita o transporte e a
logística. As telecomunicações e tecnologia da informação são bem desenvolvidas, com redes de fibra
ótica de alta velocidade e serviços de internet móvel de alta qualidade.
Regulação e Governo: A regulação empresarial nos EAU é bem estruturada e regulamentada, com
uma variedade de agências governamentais responsáveis por diferentes áreas de negócios.
No geral, o ambiente de negócios nos EAU é altamente favorável para empresas, com
políticas governamentais amigáveis, infraestrutura de alta qualidade e uma localização estratégica que
torna o país um hub regional para comércio e investimentos.
No entanto, é importante notar que o mercado de café nos Emirados Árabes Unidos é bastante
competitivo, com muitas empresas locais e internacionais a competir por uma fatia do mercado. Além
disso, o custo de vida e de negócios nos EAU é alto, o que pode aumentar os custos de operação.
No entanto, podemos afirmar que o país oferece um ambiente empresarial favorável, com
políticas governamentais que promovem o investimento estrangeiro e um sistema legal transparente e
confiável. O governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) também tem um forte compromisso com a
sustentabilidade, o que pode ser uma vantagem para empresas que buscam se destacar no mercado por
meio de práticas de negócios socialmente responsáveis.
Os EAU também têm uma localização estratégica, com conexões fáceis para outros países do
Oriente Médio e do Sul da Ásia.
Em resumo, o mercado de café nos Emirados Árabes Unidos oferece oportunidades para
empresas que buscam expandir suas operações no Oriente Médio. No entanto, é importante estar
ciente da competição e dos custos de negócios no país. O ambiente empresarial favorável e o
compromisso com a sustentabilidade podem ser vantagens para empresas que buscam se destacar no
mercado.
A economia do Dubai cresceu 2,8% em 2017 e o PIB atingiu 389 bilhões de dollars,
impulsionado pelos setores do comércio, de transportes e de serviços financeiros que representam
cerca de 72% do PIB. (Dubai Statistics Cen ter (DSC). No quadro seguinte, verifica-se a taxas de
crescimento e a margem de contribuição para o crescimento, por atividades:
Houses of Portugal value & style (2018), Dossier de Mercados Emirados Árabes Unidos e Dubai.
Concluindo pela imagem abaixo podemos observar as principais exportações que Portugal
realiza com destino aos EAU, com isto concluímos que os EAU é um país que envolve muito
desenvolvimento no ramo da construção civil, tendo importações de vários países do continente
americano, asiático e europeu. Apesar de ser um país que vive muito à base do setor primário
( exploração de petróleo e gás), e um setor secundário bastante evidenciado pela construção, este tem
se vindo a desenvolver para se tornar mais assente na economia terciária, focando-se mais nos
serviços oferecidos
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) têm uma indústria de café em rápido crescimento,
impulsionada pelo aumento da procura do café de alta qualidade e experiências de café especializado.
(Maspul, 2021)
Os Produtores nos EAU não são conhecidos por sua produção de café, devido ao clima quente
e seco da região. No entanto, alguns produtores locais começaram a cultivar café em estufas
climatizadas e com tecnologia de irrigação para fornecer café fresco aos consumidores locais.
Os armazenadores das várias empresas de produção de café nos EAU, são empresas locais e
internacionais. Essas empresas torram café verde importado de países produtores de café, como
Brasil, Colômbia e Etiópia, para criar sabores exclusivos para atender às preferências dos
consumidores locais. Os distribuidores de café nos EAU são responsáveis por distribuir o café torrado
para as empresas retalhistas. (Maspul, 2021)
Os retalhistas da indústria de café nos EAU são denominados por grandes empresas
internacionais de café, como Starbucks, Costa Coffee e Tim Hortons, bem como algumas empresas
locais menores. Essas empresas operam em shoppings, aeroportos e locais de alta visibilidade em toda
a cidade. Além disso, há um aumento de cafeterias especializadas, que se concentram em fornecer
uma experiência única e produtos de alta qualidade para um público mais exigente. (Maspul,
Specialty Coffee in the United Arab Emirates: Challenges and Opportunities, 2022)
No geral, a indústria do café nos EAU é altamente competitiva, com uma mistura de grandes
empresas internacionais e empresas locais menores competindo por market share. A procura por café
de alta qualidade e experiências de café especializadas está a impulsionar o crescimento da indústria,
enquanto a concorrência está a levar as empresas a inovar e a diferenciarem-se para se destacarem no
mercado.
“With a high inflow of tourists and the presence of globally renowned food and beverage
brands, the United Arab Emirates (UAE) has been at the forefront of the F&B sector in the region for
years. In 2019, as Dubai retained its fourth position in the MasterCard Global Destinations City Index,
Abu Dhabi also entered the ranks among the top ten fastest growing global destinations. The UAE’s
growing importance as a tourism destination will continue to prompt global F&B chains and local
operators to seek avenues to establish and expand their presence across the emirates. 2019 demand in
the F&B sector remained strong, with 78% of consumers surveyed continuing to eat out as much or
more compared to 2018. Similarly, 83% spent the same or more on eating out versus 2018, a
consistent trend over the last few years. However, during the pandemic, consumer behavior
underwent a near-term dramatic shift and the majority of consumers reduced dining out and ordering
in during the pandemic. While over half of the respondents plan to resume pre-pandemic dining out
habits by early 2021, the vast majority expect to stay home or scale back on eating out through to the
last quarter of the year owing to health and hygiene concerns.” (kpmg, 2019-2020, s.d.)
A maioria dos consumidores nos EAU prefere café de torrefação média a escura, com notas
de chocolate, caramelo ou nozes. Além disso, muitos consumidores procuram cafés especiais, como
café orgânico, café de comércio justo e café de origem única. Os consumidores também valorizam a
conveniência, onde muitos compram café em cápsulas ou em máquinas de café automáticas.
Os cafés e lojas de café de especialidade estão a tornar-se cada vez mais populares nos EAU,
com muitos consumidores dispostos a pagar mais por uma chávena de café de alta qualidade. Essas
lojas de café especializadas muitas vezes oferecem uma ampla variedade de cafés de origem única,
torrados na hora, e muitas vezes fornecem informações sobre as fazendas e processos de produção do
café.
Além disso, a crescente preocupação com a saúde e o bem-estar tem impulsionado a procura
por cafés com ingredientes adicionais, como especiarias, ervas e suplementos alimentares, para
proporcionar benefícios à saúde. (Globalagrimar, s.d.)
O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, apenas em 2021/2022 foram
consumidas 175,6 milhões de sacos de grãos de café (International Coffee Organization, 2023), sendo
esta a bebida mais consumida do mundo (sem contar com a água), demonstrando a importância do
café tanto para a economia, como o mercado de diversos países.
Existem vários tipos de produtos derivados dos grãos de café como café solúvel, cápsulas de
café, café moído entre outros, todos estes produtos podem ter diferentes mercados de destino, mas ao
mesmo tempo estes produtos podem todos serem englobados no mercado do café generalizando todos
os tipos de produtos.
Os principais motivos para este consumo excessivo do café podem a forma a maneira que o
café é tratado como uma bebida social (Topik, 2009) por ser uma bebida de fácil acesso e barata, por
outro lado temos também o facto de que maior parte do seu consumo vêm devido ao café conter
cafeína e esta cafeina dar nos um aumento de energia para nos mantermos ativos durante o dia.
(Oliveira, 2023)
Devido a diversos estudos foi possível concluir que o café era uma substância prejudicial para
a saúde e que a longo prazo pode ser considerado a causa de diversas doenças como doenças do
coração, diabetes e doenças cerebrais (Cornelis, 2019)
Com estes fatores em conta foram desenvolvidos diversos produtos para substituir: (Oliveira, 2023)
.Yerba mate,
Yaupon tea,
Matcha tea,
Chicory cofee,
Black tea,
Green tea.
Todos estes tipos de bebidas possuem cafeina e para além disso são bebidas de fácil
acesso e com custos baixos, ou seja, a longo prazo poderão substituir o café e possivelmente
ser a bebida, mais consumida do mundo, sendo que atualmente o chá encontra se em segundo
lugar. (Oliveira, 2023)
Com o chá não sendo uma opção surgiram outros tipos de bebidas como Coca-Cola,
Ice tea, Gatorade entre outros.
3. Análise e Diagnóstico
O avô José Pinto, distribuidor e comerciante local de café, movido pela sua paixão e
determinação, criou com bastante sucesso a sua própria marca de café, produzindo e testando
vários blends, muito apreciados pelos seus clientes.
André e Raquel, homenageiam assim o avô, atribuindo o seu nome a esta marca –
Kukken, uma tradução nórdica da palavra Pinto.”
Político, que por sua vez, envolve assuntos relacionados à política e leis que podem
influenciar os negócios, tal como a leis, normas, políticas governamentais, estabilidade
política, entre outros.
Ambiental, no qual, diz respeito aos fatores ambientais que podem ter impacto numa
organização, como mudanças climáticas, sustentabilidade, políticas ambientais, entre outros.
Legal, onde se baseia nas leis e regulamentos que podem afetar os negócios, como leis
de propriedade intelectual, leis de trabalho, leis do consumidor, leis de segurança de
produtos.
Com o uso desses seis fatores, a análise PESTEL pode ajudar uma empresa a entender
melhor o ambiente em que opera e identificar possíveis ameaças e oportunidades. A análise
PESTEL pode ser frequentemente usada como um componente de uma análise mais ampla do
ambiente externo, que também pode incluir análises competitivas e SWOT (forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças).
3.2.1. Quadro de análise e comentário
Os EAU são uma monarquia constitucional Os EAU têm uma economia diversificada
com um sistema político estável e de baseada principalmente no petróleo, gás
liderança forte. O Presidente e os líderes dos natural e turismo. A economia do país é
seis Emirados tomam todas as decisões fortemente dependente da exportação de
importantes e por assim dizer, o governo é petróleo e gasolina, tornando-o suscetível
altamente centralizado. às oscilações do mercado mundial de
Forças Fraquezas
A empresa pode ter uma forte reputação de Devido à necessidade de usar materiais
produzir e fornecer café orgânico de alta orgânicos, o custo de produção é maior do
qualidade. que os de seus concorrentes não orgânicos.
O mercado de produtos orgânicos está A empresa ainda não tem um amplo alcance
crescendo e a empresa pode se beneficiar de mercado porque a procura por produtos
desse aumento da procura. orgânicos ainda é menor do que por
Pode ter acesso a matérias-primas de alta produtos convencionais e ainda por não
qualidade, como grãos de café orgânicos estar bem assente no mercado de café.
certificados. A kukken caffe ainda não tem os recursos
A Kukken caffe pode contar com uma financeiros que são necessários para
equipa altamente qualificada e experiente, enfrentar as necessidades do mercado e para
capaz de lidar com produção, marketing e enfrentar alguns dos concorrentes diretos,
dificultando assim, competir com o preço e
vendas de café orgânico.
investir em marketing e relações-públicas.
Oportunidades Ameaças
A empresa tem a possibilidade de formar pode levar por exemplo ao aumento do uso
alianças com outras empresas que tenham a de chás, bebidas energéticas ou outras
mesma filosofia e valores, como empresas bebidas alternativas, que podem reduzir a
procura por café bio.
de alimentos orgânicos.
Existe uma ameaça na disponibilidade de
material, quer isto assim dizer, que a
disponibilidade de grãos de café orgânico
pode ser limitada pode derivadas razões em
certas regiões, o que pode levar a um
aumento dos preços e na redução da
qualidade dos grãos.
I. O poder de negociação dos fornecedores é alto, pois uma marca biológica como a
Kukken caffe, deve avaliar a disponibilidade e o poder de negociação de fornecedores
de matérias-primas biológicas, como ingredientes orgânicos, extratos naturais ou
substâncias sustentáveis. Avaliando o que para trás foi dito, verifica-se que existe
muita pouca oferta por parte de fornecedores com este diverso tipo de matérias-primas
biológicas e tudo o que tenha haver com o mesmo.
II. No que toca ao poder de negociação dos clientes, este é baixo, devido a ser uma
consequência da pouca oferta de café biológica em cápsulas “amigas do ambiente”
que existe. Neste caso, os clientes podem ser incluídos como consumidores de alto
padrão e empresas que usam produtos de base biológica, mas se os clientes tiverem
muitas opções e forem sensíveis ao preço, a Kukken caffe precisará diferenciar seus
produtos e serviços para reter sua base de clientes.
III. A ameaça às entradas de novos concorrentes é bastante simples de ser caracterizada
como uma ameaça de baixo nível. A pesar da Kukken caffe ser uma marca com um
café e cápsulas biológicas e de haver uma inflação na procura em produtos biológicos,
percebe-se que o mercado do café biológico é um mercado bastante difícil de entrar,
não pelo capital que será necessário investir, mas como também as normas e leis que
serão necessárias passar para ser aprovado a produção e a venda de café biológico.
IV. Ameaça de produtos ou serviços substitutos pode dizer-se que neste caso é uma
ameaça moderada, produtos ou serviços substitutos podem incluir itens convencionais
ou sintéticos que competem com produtos biológicos, como por exemplo chás,
bebidas energéticas, mas que no final das contas não representam o mesmo que o café
biológico irá representar.
V. Rivalidade entre concorrentes existentes é bastante alta, pois apesar de não haver
nenhuma “gigante de café biológico”, haverá sempre a dificuldade de mudar o
pensamento das pessoas e estas deixarem de consumir café das “gigantes” como
Nespresso e Delta e passarem a consumir café biológico. Portanto a competição entre
as marcas será muito grande pois apesar de haver poucas marcas, como já se referiu, a
produzir café biológicas, as grandes marcas mais cedo ou mais tarde acabaram por
produzirem, também, café biológico, logo haverá ainda mais rivalidade. (Kukken
caffe, s.d.)
A escolha do mercado dos EAU como alvo é justificada por diversos fatores, como a
crescente preocupação dos consumidores em relação aos impactos ambientais dos produtos
que consomem, o que se pode traduzir numa boa oportunidade de entrada no mercado. Os
EAU têm uma economia em rápido crescimento e uma cultura sofisticada, o que cria
oportunidades para produtos premium como o café biológico.
Dessa forma, a empresa que comercializa o café biológico tem uma clara estratégia de
segmentação de mercado, baseada em um produto de alta qualidade e sustentabilidade, e com
um foco específico no mercado dos EAU. A identificação e segmentação adequadas do
mercado alvo são fundamentais para o sucesso da empresa criando assim uma estratégia com
grandes chances de gerar bons resultados para a empresa.
6.2Posicionamento a ter no mercado
Parcerias com empresas maiores seria uma ótima forma de aparecer no mercado
através da associação a uma empresa maior já presente nos EAU, que partilhe dos mesmos
valores ambientais e tenha uma base de clientes estabelecida. Essa parceria pode
proporcionar acesso a canais de distribuição mais amplos, aumentar a visibilidade da sua
marca e fortalecer a credibilidade junto dos consumidores locais.
Após a analise de mercado notamos que para nos integrarmos no mercado dos
Emirados Árabes Unidos, a estratégia recomendada seria baseada no posicionamento que
iriamos tomar. Tendo em conta que vamos tornar o nosso produto numa oferta premium,
temos várias precauções a tomar, em termos de qualidade de serviço e de apresentação do
produto, enfatizando o processo de cultivo orgânico, a seleção cuidadosa dos grãos e a
torrefação artesanal, ressaltando como esses fatores contribuem para uma experiência de café
excecional.
A distribuição do nosso produto está ao encargo do nosso agente intermediário, este vai tratar
de arranjar os nossos clientes e de distribuir os nossos produtos dentro dos EAU. O
intermediário deverá focar-se em certas empresas dos Emirados Árabes Unidos que já são
conhecidas pelas suas práticas sustentáveis e podem ser uma mais-valia para a empresa tais
como :
Organic Foods & Café, uma rede de supermercados e cafeterias com várias empresas
afiliadas nos Emirados Árabes Unidos que fornecem uma variedade de alimentos, incluindo
café, que são cultivados organicamente e produzidos de forma sustentável, seguindo
princípios de comércio justo;
Ripe Organic, uma empresa com sede em Dubai que opera mercados orgânicos e oferece uma
ampla seleção de produtos frescos e saudáveis. Eles apoiam agricultores locais e fornecem
aos consumidores opções de alimentos e bebidas orgânicas, incluindo café, cultivados de
forma sustentável;
The Sustainable City é uma comunidade residencial sustentável localizada em Dubai, que
serve como exemplo de uma abordagem integrada na sustentabilidade. A cidade utiliza
energia renovável, reciclagem de água e práticas de construção ecológicas. Nesse contexto,
cafeterias e estabelecimentos de alimentos dentro dessa comunidade têm um enfoque especial
em produtos sustentáveis e orgânicos;
The Change Initiative: É uma loja de produtos sustentáveis localizada em Dubai que oferece
uma ampla gama de produtos ecológicos, desde alimentos e bebidas até produtos de limpeza
e utensílios domésticos promovendo o estilo de vida sustentável;
Baker & Spice: É uma padaria e café que oferece produtos frescos e orgânicos. Eles têm
várias empresas afiliadas em Dubai e Abu Dhabi e são conhecidos pela sua abordagem
sustentável e compromisso com a produção e o fornecimento de alimentos de alta qualidade.
Todas estas empresas representam apenas algumas das muitas opções nos Emirados Árabes
Unidos que têm um foco na sustentabilidade e práticas verdes, todas elas poderiam ser uma
boa forma de rede de entrada no mercado através do nosso intermediário.
Outra parte da estratégia de comunicação, passa por clientes diretos (loja), pelo qual o
agente intermediário terá já um leque de clientes em que pode “passar a palavra” e assim
fazer a comunicação com os mesmos.
Ao longo do projeto que nos foi proposto pela Kukken Caffe e pelo Professor Carlos
Silva, deparamo-nos com vários elementos que indicaram o porquê do mercado dos Emirados
Árabes Unidos (EAU) não ser favorável à expansão da marca e dos produtos.
Os EAU a nível de cultura e consequente mercado são caracterizados por ter uma
cultura rica e diversificada baseada na religião islâmica daí existirem bastantes fatores que
podem ser um meio de entrada no segmento de mercado. Ao longo do desenvolvimento deste
projeto concluímos que a cultura islâmica ainda não é predominantemente consumidora de
café biológico, sendo que o café mais comum e consumido nos EAU é principalmente
exportado de países como Brasil e Colômbia.
A exportação de café biológico para os Emirados Árabes Unidos (EAU) também pode
apresentar algumas desvantagens específicas. A competição com marcas locais numa cultura
de café em crescimento e uma indústria local cada vez mais desenvolvida. Isso significa que
os produtores de café biológico estrangeiros podem enfrentar competição com marcas locais
estabelecidas. Os custos envolvidos na importação de grãos de café do Peru, Honduras e
Tanzânia para Portugal, além dos custos de torrefação, embalagem e exportação para os
EAU, podem ser consideráveis. Estes custos adicionais podem diminuir a competitividade da
empresa num mercado já competitivo.
Os consumidores podem ter preferência por cafés produzidos localmente, o que pode
dificultar a penetração no mercado para os produtores estrangeiros.
Existe uma forte consciência ambiental e uma preferência por produtos produzidos de
forma ecológica e sustentável. O café biológico, cultivado sem o uso de pesticidas e
fertilizantes químicos. Sendo assim possível de praticar preços mais elevados do que os
convencionais, devido aos custos adicionais associados à certificação, ao cultivo biológico e à
rastreabilidade. Os consumidores nórdicos costumam estar dispostos a pagar mais por
alimentos saudáveis e sustentáveis, o que pode beneficiar os produtores de café biológico em
termos de rentabilidade.
O Acesso a canais de distribuição é outro ponto que seria bastante favorável devido a
existir uma infraestrutura bem desenvolvida para a distribuição de alimentos biológicos.
Existem redes de supermercados, lojas especializadas em produtos naturais e biológicos,
feiras ecológicas e até mesmo programas governamentais de incentivo ao consumo desses
produtos. Isso oferece aos produtores de café biológico oportunidades de acesso a canais de
distribuição estabelecidos e de alcançar um público amplo.
Maspul, K. A. (2021). Emirati Gahwa Arabiya; a Review of Signature Arabic Coffee in the
United Arab Emirates. Academia Letters, 2.
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