Platão e Aristoteles - Plano de Aula
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FILOSOFIA
IDENTIFICAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO
INSTITUIÇÃO: Colégio Estadual Vereador Francisco Galdino de Lima
PROFESSORA REGENTE: Cristiane Regina Cemin
PROFESSOR ORIENTADOR: Jadir Antunes
DISCIPLINA: Filosofia MODALIDADE: Regular
TURMA: 2º ano do ensino médio TURNO: noturno
HORAS A SEREM APLICADAS: 3 horas/aulas
DOCENTE/ESTAGIÁRIO: Rafael Felipe da Silva Alves
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Ética
TEMÁTICA/CONTEÚDO
Platão; Aristóteles
OBJETIVOS
- Compreender a concepção platônica de Justiça.
- Relacionar Política e Ética no pensamento platônico.
- Compreender a felicidade como Eudaimonia, em Aristóteles.
- Compreender a ética aristotélica.
- Conceituar virtude.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Platão:
A filosofia grega adquire novo caráter a partir das reflexões de Sócrates, substituindo os
antigos dilemas do macrocosmo, o mundo natural, pelos novos dilemas do microcosmo, o
mundo humano. Com Sócrates e Platão, a filosofia desenvolve profundas reflexões políticas,
sociais e éticas, que seriam aperfeiçoadas pela tradição posterior, desde o discípulo de Platão,
Aristóteles, até os pensadores contemporâneos.
Dentre o vasto legado platônico, destacam-se suas reflexões a respeito das verdades, do bem e
da vida ética/política. Platão distingue o mundo em duas esferas: a esfera das aparências,
representada pela nossa realidade sensível e a esfera das coisas em si, representada pelas ideias
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e verdades das coisas. Quando o filósofo busca compreender o conceito de justiça, não está
procurando exemplos de ações justas, exemplos práticos da justiça no mundo sensível, mas
busca o significado do conceito de justiça em si mesmo. Dessa forma, a partir de vários
diálogos, no qual quase sempre apresentava a figura de Sócrates como personagem principal,
Platão desenvolve o significado dos conceitos considerados por ele fundamentais para a
compreensão e contribuição da vida social.
O conceito de justiça em Platão é absoluto e está intrinsecamente vinculado ao conceito de
bem, sendo que este último está vinculado com a própria vida social. A vida em sociedade
seria justa, segundo o filósofo, quando o bem fosse atingido através da justa e racional
organização social, no qual a alma do cidadão se vincula com a atividade que lhe cabe em sua
comunidade. A justiça, assim, é a harmonia social consequente da distribuição racional das
atividades dentro de uma comunidade. A divisão é realizada de acordo com o tipo de alma de
cada indivíduo: Aqueles cujo a alma predomina a virtude da temperança, a capacidade de
moderação, autocontrole e auto restrição, seriam responsáveis pela subsistência da
comunidade; aqueles cujo a alma predomina a virtude da coragem, habilidade de enfrentar o
medo sem covardia, seriam responsáveis pela proteção e defesa da comunidade e, finalmente,
as almas cujo a virtude predominante é a sabedoria, a prudência, capacidade de tomar decisões
sensatas, de reconhecer, diferenciar e escolher entre o certo e o errado, seriam responsáveis
pelo governo da comunidade. Somente os filósofos seriam verdadeiramente bons governantes,
justamente por se elevarem as reflexões da filosofia, superarem as opiniões (doxa) e atingirem
o conhecimento verdadeiro das coisas, seriam os únicos capazes de alcançar em suas ações a
plena justiça da comunidade.
Assim sendo, para Platão a justiça é o bem fundamental e necessário à existência da
comunidade, sendo estritamente vinculada com a política e a ética, o filósofo propõe uma
organização social no qual os governantes são filósofos ou os filósofos se tornam governantes,
governam com racionalidade, sempre em consonância com o sumo bem da justiça.
Aristóteles:
Aristóteles foi um dos maiores pensadores da história da filosofia, sendo considerado
uma autoridade inquestionável durante séculos no mundo ocidental. Discípulo de Platão,
desenvolveu um pensamento próprio e discordou de muitas ideias de seu mestre. Dentre suas
maiores contribuições estão tratados a respeito de física, biologia, lógica, metafísica, política e
ética.
A ética grega se desenvolveu a partir da ideia de liberdade existente na esfera política, na
medida em que os cidadãos eram considerados iguais e realizavam decisões
democraticamente. Entretanto, a esfera política se limitava a pólis e aos considerados
cidadãos, pois a esfera familiar era rigidamente hierarquizada, sendo as mulheres e os escravos
submetidos as vontades e ao domínio do chefe da família. As virtudes do mundo grego antigo
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relacionadas a aristocracia guerreira dos tempos homéricos foi cedendo espaço aos valores da
cidadania e do mundo político. Nesse contexto, Aristóteles refletiu a respeito da possibilidade
da vida feliz.
Em sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles aprofunda as questões éticas, buscando
identificar o que seria o fim último de todas as ações humanas, a finalidade de nossas ações.
Em sua investigação, ele nos diz que toda a ação humana buscar alcançar um fim, tem um
objetivo; seja ele riqueza, prazer, honra ou fama, mas não buscamos esse bem por si mesmo.
Esse fim é sempre um meio para se alcançar outro bem, a felicidade; ou seja, para Aristóteles,
todas as nossas ações têm por fim último o alcance da felicidade, o bem supremo que só pode
ser alcançada a partir de uma vida virtuosa.
A Virtude é a disposição do indivíduo em praticar o bem, desenvolvida com o hábito e
a prática, e só pode ser atingida a partir do domínio racional das paixões e a mediania das
ações, isto é, o agir com prudência visando o bem. Assim sendo, a tarefa da ética é educar o
nosso apetite ou desejo para que evitemos o vício (a desmedida) e alcancemos a virtude
(equilíbrio), conquistada pelo exercício da prudência.
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2º Momento: Será aberto espaço para eventual esclarecimento dúvidas, tal como
apontamentos e reflexões acerca do conteúdo estudado, incentivando os alunos a responderem
oralmente algumas questões.
3º Momento: Será aplicado uma atividade avaliativa para os alunos, que terão a sua
disposição seu material didático e suas próprias anotações pessoais.
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AVALIAÇÃO:
A avaliação será composta por cinco questões referentes ao conteúdo estudado em sala
de aulas, sendo três questões objetivas e duas questões dissertativas.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia – 4. Ed. – São Paulo:
Moderna, 2009.
GALLO, Sílvio. Filosofia: Experiência do Pensamento: volume único – 1. Ed. – São Paulo:
Scipione, 2013.
MARÇAL, Jairo. Antologia de Textos Filosóficos – Curitiba: SEED – PR., 2009.
ANEXOS e APÊNDICES
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