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CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
ALIMENTOS
João Pessoa – PB
2011
LUANA GOMES CORDEIRO
João Pessoa – PB
2011
C794c Cordeiro, Luana Gomes.
Caracterização e viabilidade econômica do bagaço de
malte oriundo de cervejarias para fins energéticos / Luana
Gomes Cordeiro.-- João Pessoa, 2011.
120f.
Orientador: Ânoar Abbas El-Aouar
Dissertação (Mestrado) – UFPB/CT
1. Tecnologia de Alimentos. 2. Bagaço de malte –
capacidade energética. 3. Poder calórico. 4. Subproduto
cervejeiro. 5. Biomassa. 6. Cogeração de energia.
Banca Examinadora:
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Orientador – UFPB
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Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo
Abstract
This work aimed to study the energy capacity of the cake originating from malt beer
at different moisture levels for energy, through description and analysis of economic
viability. Sample collection was made in a company located in the city of João
Pessoa-PB. Physical and chemical analysis were carried out to determine the
chemical composition, where it was found their consumption potential for both animal
feed and for human consumption. The immediate analysis showed high levels of
volatile materials and low content of fixed carbon. The samples were characterized
according to the humidity, higher calorific value and density. Moisture content were
obtained (50%, 40%, 30%, 20% and 15%) and gross calorific value ranging from
2656 to 5025 kcal.kg-1 for the highest and lowest humidity respectively. The proposed
regression model was able to express in more than 98% the relationship between
higher calorific value and moisture content, and more than 92% compared to gross
calorific value and density. With regard to economic feasibility, can be seen that all
schemes of work proposed for the new working configuration of boilers were viable
and the most profitable decreased by 49.98% in the cost of natural gas, that is, an
economy R$ 3,900,842.00 per year. You can check that the malt bagasse as an
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE NOMENCLATURA
SUMÁRIO
Dedicatória ........................................................................................................................................ v
Agradecimentos .............................................................................................................................. vi
Resumo .......................................................................................................................................... viii
Abstract ............................................................................................................................................ ix
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................17
2. OBJETIVOS ...............................................................................................................................19
2.1. OBJETIVO GERAL .............................................................................................................19
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................................19
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .....................................................................................................20
3.1. CEVADA ..............................................................................................................................20
3.1.1. Aspectos Gerais ...........................................................................................................20
3.1.2. Utilização da cevada....................................................................................................22
3.1.3. Estrutura do grão de cevada.......................................................................................24
3.1.4. Composição química do grão e função nutricional ...................................................25
3.1.4.1. Carboidratos ..............................................................................................................26
3.1.4.2. Proteínas ...................................................................................................................31
3.1.5. Malte de cevada ...........................................................................................................31
3.1.5.1. Malteação ..................................................................................................................33
3.2. APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS ..........................................37
3.2.1. Aspectos Gerais ...........................................................................................................37
3.2.2. Subprodutos agroindustriais .......................................................................................39
3.2.3. Subprodutos gerados pela indústria cervejeira .........................................................41
3.3. DEMANDA E OFERTA DE ENERGIA NO BRASIL E NO MUNDO ...............................44
3.3.1. Biomassa ......................................................................................................................46
3.3.2. Composição de biomassa ...........................................................................................49
3.3.3. Características da biomassa.......................................................................................50
3.3.4. Poder calorífico da biomassa......................................................................................53
3.3.5. Cogeração a partir da biomassa ................................................................................57
3.3.6. Fenômenos associados à combustão de biomassa: secagem, pirólise,
desvolatilização e combustão ...............................................................................................60
4. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................63
4.1. MATÉRIA-PRIMA ...............................................................................................................63
4.2. DETERMINAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA MATÉRIA-PRIMA ..........................................63
xvi
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. CEVADA
A região sul do país destaca-se por sua grande produção de cereais, entre os
quais de cevada (Hordeum vulgare L.), ocupando a quarta posição em produção de
cereais no mundo (Yalçin et. al., 2007), sendo superada somente pelo trigo, arroz e
milho. É extensamente usada na indústria cervejeira e alimentação animal. O seu
uso tem sido restrito na alimentação humana, em parte devido à ausência de uma
adequada avaliação nutricional. No entanto, devido ao seu elevado teor de β-
glucanas (Fujita & Figueroa, 2003) há um interesse crescente neste cereal para
consumo humano e usos industriais (OSCARSSON et. al.,1996; BHATTY, 1999).
Nos países da Ásia, a cevada é amplamente usada na indústria de alimentos
(BHATTY & ROSSNAGEL, 1998).
com outras fontes de proteína, devido ao baixo teor e qualidade da proteína no grão
de cevada (OCDE, 2004).
apenas na camada externa (YALÇIN et. al., 2007). Assim, quando a casca, ou a
camada externa é removida, apenas parte da fibra é perdida (XUE et. al., 1997;
OSCARSSON et. al., 1996). Desta forma, um produto processado a partir da
camada externa do grão de cevada, como o farelo, pode ser nutricionalmente
atraente com elação aos teores de fibra alimentar. O restante do grão retém ainda
em torno de 50% de seu valor de fibra (HELM & DE FRANCISCO, 2004).
3.1.4.1. Carboidratos
Amido
O amido constitui de 50% a 65% do peso dos grãos de cereais secos, e até
80% da matéria seca das raízes e dos tubérculos. Em conseqüência, desta
participação, os grãos de cereais são usados na alimentação como principal fonte
energética (MAYER, 2007).
Eerlingen & Delcour (1995), define amido resistente, com base na sua
resistência à hidrólise enzimática, como a parcela do grânulo ou de seus produtos
de degradação, que não são digeridos ou absorvidos no intestino delgado de
indivíduos saudáveis, podendo, entretanto, ser fermentado no intestino grosso.
28
De acordo com Englyst et. al. (1992), quanto à digestão, o amido pode ser
classificado, como lentamente ou rapidamente digestível no intestino delgado.
Sendo que o amido resistente é a soma do amido e dos produtos de degradação
que resiste à digestão no intestino delgado de indivíduos sadios, porém é
fermentado no intestino grosso pela microflora bacteriana (porção distal do cólon)
(Levin, 2003; Coppini, 2004), apresentando valor calórico baixo. Entretanto, por não
ser digerido, ele representa um papel importante fisiologicamente, pois se torna
disponível como substrato para fermentação pelas bactérias anaeróbicas do cólon
(JENKINS et. al., 1998). Dessa forma, se caracteriza por efeitos fisiológicos
gastrointestinais semelhantes ao das fibras alimentares, sendo freqüentemente
considerado como tal (MUIR & O’DEA, 1992). Por apresentar estas características, o
amido resistente contribui para o aumento do volume fecal, conseqüentemente,
contribui para melhora na constipação, hemorróidas, além de diluir compostos
tóxicos potenciais formadores de células cancerosas (YUE & WARNING, 1998).
Fibra alimentar
A fração insolúvel faz parte da estrutura das células vegetais, apresenta efeito
mecânico no trato gastrintestinal, sendo, em geral pouco fermentada, acelera o
tempo de transito intestinal devido à absorção de água (COPPINI, 2004). Como
conseqüência, os principais efeitos são aumentar a freqüência da evacuação,
diminuir o tempo de trânsito no cólon, proteção contra infecção bacteriana,
melhorando ou prevenindo a constipação, diminuindo o risco de hemorróidas e
diverticulite (MAFFEI, 2004).
3.1.4.2. Proteínas
De acordo com a Brasil (1977), malte cervejeiro ou cevada malteada para fins
cervejeiros é o produto resultante da germinação forçada e controlada, sob
condições especiais de umidade e temperatura, da cevada Hordeum, sp, cujas
características se enquadram nos limites constantes nas presentes especificações.
3.1.5.1. Malteação
(oxigênio) que vai servir para resfriar o tanque, mantendo umidade e temperatura na
faixa de 15 a 21ºC, servindo também para arrastar o gás carbônico produzido
através da respiração do grão. Quando a estrutura embrionária atinge dois terços do
comprimento do grão, interrompe-se a germinação no processo de secagem
(TELES, 2007).
volta para o ciclo de carbono da biosfera terrestre (HOUSTON, 1972). Como resíduo
desta combustão, é produzida a cinza de casca de arroz. Esta cinza, até então útil
somente para estabilização de solos (ainda sem comprovação técnica) e aterros
sanitários, devido ao seu elevado teor de óxido de silício, está sendo utilizado,
segundo Fonseca (1999), na fabricação de vidros, isolantes térmicos, tijolos
prensados e materiais refratários, bem como na produção de cimento portland e na
forma de agregado em argamassas e concretos (SANTOS, 1997).
Para Valle (1995), um material deixa de ser considerado resíduo pela sua
valorização como matéria prima para a produção de novos produtos. Nesse caso,
determinado resíduo passa a ser tratado como subproduto do processo produtivo.
Para que se tenha uma idéia do que isso representa em termos mássicos,
nas Figuras 6 e 7 são apresentados gráficos comparativos das quantidades de
resíduos gerados. O gráfico da Figura 7 apresenta valores que não consideram os
grãos usados (UNEP, 1996), enquanto o gráfico da Figura 8 apresenta dados de
uma cervejaria européia que produz 1 milhão de hl cerveja por ano (EC,2003).
43
Figura 7. Geração de resíduos numa cervejaria de 106 Hl cerveja por ano (EC, 2003).
As indústrias que têm maior potencial para este tipo de exploração associada
- energia térmica mais energia elétrica ou mecânica - são ligadas direta ou
indiretamente ao setor agrícola. Algumas destas agroindústrias são: cervejarias,
laticínios, beneficiadoras de grãos, fábricas de ração, curtumes, fábricas de pós
(leite, café, etc), fábrica de óleo e derivados, indústria de celulose e papel, indústria
de conservas em geral, usinas de açúcar e álcool e indústria da madeira (SPILLING,
1996).
46
3.3.1. Biomassa
Em Cortez & Lora (1997) podemos encontrar ainda exemplos das diferentes
indústrias com utilização energética de biomassa: setor sucro-alcooleiro, papel e
48
celulose, cerâmicas, padarias, etc., se estendendo por uma série de setores do meio
produtivo, distribuídas desde pequeno até grande porte.
A biomassa voltada para fins energéticos abrange a utilização de vários
resíduos para a geração de fontes alternativas de energia (CORTEZ, LORA e
AYARZA, 2008). A Figura 8 apresenta um esquema das fontes de biomassa.
Com relação à origem deste suprimento energético, como descrito por Tillman
(1987), ela pode ser:
Figura 9. Percentagem de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e azoto (N) em base seca sem
cinzas.
79
Cx1H x 2Ox 3 N x 4 S x 5 n1H 2O n2 ( 1 e )( O2
N2 )
21
n3CO2 n4 H 2O n5O2 n6 N 2 n7CO n8 NO n9 SO2
Segundo Petroff & Doat (1978), o poder calorífico superior do carvão aumenta
à medida que a porcentagem de carbono fixo aumenta.
Onde,
C = capacidade equivalente do calorímetro correspondente à quantidade de calor
necessária para elevar a temperatura medida a 1ºC.
m = a massa do combustível em gramas.
56
Figura 12. Teor de cinzas (bs) Vs poder calorífico superior de vários tipos de biomassa.
Açúcar e álcool;
Alimentos e bebidas;
Papel e celulose;
Têxtil;
Químico;
Petroquímico.
Figura 13. Fases de decomposição de uma partícula de biomassa (adaptação de Scala, 1997).
Na literatura pode ainda ser encontrada uma outra divisão para os processos
que ocorrem durante da combustão de biomassa. Por exemplo Basu (2006), refere
que a combustão se processa segundo um conjunto de quatro eventos
consecutivos: aquecimento e secagem, desvolatilização e combustão dos voláteis,
diminuição do tamanho da partícula e fragmentação primária, e ainda combustão do
carbonizado e fragmentação secundária.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. MATÉRIA-PRIMA
Determinação Metodologia
4.3.1. Calorímetro
agitação e termistor são unidos à tampa e são removidos com a tampa quando o
calorímetro é aberto. Agitação é fornecida por um pequeno motor presa à jaqueta,
mas suficientemente afastados para que ele não adicione calor ao sistema. Um par
de fios com plugues banana realizam o circuito de disparo para os terminais na
cabeça da bomba (PARR INSTRUMENT COMPANY, 1981).
A) B)
Figura 17. A) Bomba de combustão de oxigênio ou bomba calorimétrica (PARR INSTRUMENT
COMPANY, 2011) e B) Divisão da bomba de combustão de oxigênio (CORDEIRO, 2011).
A) B)
Figura 19. A) Bomba Calorimétrica imersa em água com as conexões elétricas encaixadas e B)
Mecanismo de agitação mais termômetro (CORDEIRO, 2011).
Figura 20. Cilindro de oxigênio composto por dois manômetros, válvula de alívio e acoplamento para
carregar a bomba (CORDEIRO, 2011).
4.3.2. Prensagem
A) B)
Figura 21. A) Prensa de pellet (PARR INSTRUMENT COMPANY, 2011) e B) Amostra em forma de
pellet (CORDEIRO, 2011).
A) B)
Figura 22. A) Bagaço úmido para secagem e B) Estufa de secagem utilizada na pesquisa
(CORDEIRO, 2011).
Q1 (C c)
Kbomba
T (Eq. 4.1)
Onde:
Q1: Calor relativo à queima de 1,0g do ácido benzóico = 6.318 cal.g-1;
∆C = Tamanho do fio inicial – tamanho do fio final, em cm;
c: Caloria contida em 1,0 cm do fio-fusível = 2,30 cal.cm-1;
T = Tf – Ti: Variação de temperatura (ºC).
Onde:
PCS: Calor relativo à queima do bagaço de malte (cal.g-1);
Kbomba = Capacidade calorífica da bomba (cal.g-1ºC-1).
∆C = Tamanho do fio inicial – tamanho do fio final, em cm;
c: Caloria contida em 1,0 cm do fio-fusível = 2,30 cal.cm-1;
T = Tf – Ti: Variação de temperatura (ºC).
Onde,
Onde,
CTA = Capacidade térmica anual, em kcal.ano-1;
CTM = Capacidade térmica mensal, em kcal.mês-1;
Nº de meses = será considerado 12 meses.
Onde,
CC = Consumo do combustível, em m³;
CET = Consumo de energia térmica, em kcal;
PCS = Poder calorífico superior do Gás Natural, em kcal.m-3.
74
O preço do gás natural foi obtido pela PBGÁS de acordo com a tabela de
tarifas do Estado da Paraíba com vigência a partir de 01/08/2011.
Volume diário = Consumo mensal (m³) ÷ nº de dias de cada mês (Eq. 4.6)
Volume semanal = Volume diário (m³) x 7 (Eq. 4.7)
Primeiro foi identificada a classe industrial de consumo por semana com base
no resultado da equação 4.7. Supondo que o valor encontrado ―B‖ encontre-se na
classe 4, aplicamos os seguintes cálculos.
1ª Classe:
35.000,00 m³ x 1,3745 R$.m-3 = R$ 48.107,50
2ª Classe:
(70.000,00 m³ - 35.000,00 m³) = 35.000,00 m³ x 1,3273 R$.m-3 = R$ 46.455,50
3ª Classe:
(105.000,00 m³ - 70.000,00 m³) = 35.000,00 m³ x 1,2785 R$.m-3 = R$ 44.747,50
4ª Classe:
(“B” m³ - 105.000,00 m³) = “C” m³ x 1,2302 R$.m-3 = R$ “D”
⁞
Logo, o custo do volume m³ por semana foi dado pela soma dos resultados das
classes (1, 2, 3, 4...).
Onde,
GBUD = Geração de bagaço úmido diário, em (kg.dia-1)
PFD = Produção de fabrico diário, em (fabricos por dia)
76
Onde,
Onde,
PBSM = Produção de bagaço seco mensal, em (kg.mês-1)
GBUM = Geração de bagaço úmido mensal (apenas 50%), em (kg.mês-1)
PM = Perda de massa na secagem, em (%)
*O número de dias de cada mês será de acordo com o calendário do ano de 2010.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
alto teor de umidade 86% (b.u.) que limita seu tempo útil até 30 dias para seu
consumo in natura. A elevada quantidade de água no resíduo úmido pode resultar
em outros fatores limitantes como a dificuldade no transporte a longa distância e
dificuldades no armazenamento. Muitos autores limitam a utilização deste
subproduto a determinadas distâncias das indústrias. Nas condições dos E.U.A.,
pesquisadores acreditam que o resíduo só é econômico até um raio de
aproximadamente 100 km das indústrias (EASTRIDGE, 1991; CHANDLER, 1997).
Mas se tratando das condições brasileiras, não é recomendado ultrapassar 50 km
(CHANDLER, 1990). A conservação deste material em propriedades rurais também
é considerada uma limitação. Allen (1997) cita os fungos e as leveduras como os
principais microrganismos responsáveis pela degradação do resíduo em condições
de aerobiose. A rápida biodegradação foi observada por Stern & Ziemer (1993), que
sugerem menores períodos de armazenamento; estudos em condições de aerobiose
aconselham períodos de no máximo 10 dias (JOHNSON, 1987).
química com valores de MS, PB, EE, FDN e fibra em detergente ácido (FDA) de
24,40%; 29,60%; 6,80%; 65,50% e 22,70% na MS, respectivamente. A piscicultura
também é uma alternativa produtiva dada a este subproduto, podendo ser utilizado
na alimentação de peixes, especialmente as espécies de tambaqui e curimatã. Em
um projeto ambiental, realizado no município maranhense de Vitória do Mearim-MA,
no Pesqueiro de São Raimundo, os peixes são alimentados com o bagaço de malte
sem a adição de outro complemento alimentar, exibindo uma produção anual de 600
t.ano-1 com 10 t dia deste bagaço (BORGES, 2005). Borges (2005) relata ainda que
em dietas para aves e suínos, o bagaço apresenta em pequenas proporções quanto
a sua utilização. Para as rações de engorda de leitões, o bagaço de malte entra com
um percentual de 4%, demonstrando uma eficiência em ganhos de produtividade,
apesar de sua pequena participação; nas aves esse percentual vai até 10% em
rações para frangos de corte. Experimentos realizados com aves de capoeira e
porcos foram realizados na cidade de Camarões-África, em que incorporaram 20 a
30% de bagaço de malte na alimentação de aves de capoeira e 30 a 50% nas de
porco, fazendo um complemento com milho e bagaço de algodão (MEFFJA, 2003).
O bagaço de malte tem sido comparado com vários outros subprodutos como
casca de trigo, bagaço de cana, polpa de beterraba, polpa cítrica, casca de arroz,
glúten de milho, farelo de glúten de milho, casca de soja e grãos de destilados
(WESTENDORF & WOHLT, 2002). Os teores de minerais totais da amostra
analisada resultaram em 1,29%, bem próximo dos apresentados por Carvalho et. al.
(2006) para o bagaço de cana 1,22%. Segundo Salinas (2002), os resultados da
característica mineral de uma amostra vegetal são determinados pelo solo onde
crescem. De forma geral o subproduto estudado pode ser tido como fonte importante
de carboidrato, pois apresenta valor semelhante ao de alimentos tradicionais, como
o farelo de algodão (19,21%), glúten de milho (19,98%) e casca de soja (17,65%),
valores expressos na matéria seca encontrados por Rocha Júnior et. al., (2002).
Comparando os resultados da Tabela 2 aos obtidos por Lima et. al. (2006),
observa-se que o conteúdo de minerais totais e gorduras totais do bagaço de malte
são muito superiores aos encontrados por Lima et. al. (2006), com exceção do arroz
carreteiro e do abacate.
A comparação dos dados obtidos com o Quadro 14 nos mostra que o bagaço
de malte úmido pode ser utilizado como alimento humano uma vez que apresenta
83
Tabela 3. Valores médios dos materiais voláteis (MV), cinzas (Cz) e carbono fixo
(CF).
Análise imediata
Materiais Voláteis (%) 95,95
Cinzas (%) 0,74
Carbono Fixo (%) 3,31
5.000,0
4.500,0
4.000,0
3.500,0
3.000,0
2.500,0
10% 20% 30% 40% 50%
Teor de Umidade (%)
5.000
4.500
4.000
3.500
3.000
2.500
100 120 140 160 180 200 220 240
Densidade (kg/m³)
89
De acordo com a Tabela 8 acima, podemos verificar que nos meses de baixa
produção os consumos de energia térmica foram menores quando comparado com
os de alta produção.
Tabela 10. Simulação do volume de gás natural consumido pela empresa no ano de
2009.
Consumo de
Meses
Gás Natural (m³)
Janeiro 6,33E+05
Fevereiro 6,19E+05
Março 4,33E+05
Abril 5,91E+05
Maio 4,61E+05
Junho 4,85E+05
Julho 5,28E+05
Agosto 6,62E+05
Setembro 6,31E+05
Outubro 6,53E+05
Novembro 6,41E+05
Dezembro 6,33E+05
Total 69,70 E+05
Tabela 12. Simulação do custo mensal e anual do consumo de gás natural para a
configuração atual.
Meses Custo do GN
Janeiro R$ 679,57E+03
Fevereiro R$ 730,78E+03
Março R$ 670,41E+03
Abril R$ 537,27E+03
Maio R$ 649,78E+03
Junho R$ 565,88E+03
Julho R$ 571,70E+03
Agosto R$ 603,41E+03
Setembro R$ 717,97E+03
Outubro R$ 679,40E+03
Novembro R$ 711,54E+03
Dezembro R$ 686,51E+03
Total R$ 7.804,26E+03
Uma vez implanta a caldeira de biomassa, o consumo com gás natural pode
ser reduzido ainda mais, utilizando-se um regime de trabalho adequado entre as
duas caldeiras (gás natural e biomassa).
98
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
6
25 22 25 24 25 24 25 25 24 25 24 25
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
8
22 20 22 21 22 21 22 22 21 22 21 22
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
11
19 17 19 18 19 18 19 19 18 19 18 19
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
Logo, com base nos resultados encontrados nos gráficos 7, 8, 9, 10, 11 e 12,
podemos afirmar que todos os regimes de trabalho sugeridos são viáveis e como a
proposta do trabalho é a redução do consumo de gás natural com a utilização da
biomassa bagaço de malte seco optou-se pela utilização do regime de trabalho 3,
onde teremos a utilização de 60% da caldeira de gás natural e 40% da caldeira e
biomassa.
105
A Tabela 16 mostra o custo mensal e anual com gás natural para a nova
configuração proposta.
Tabela 16. Simulação do custo mensal e anual do consumo de gás natural para a
configuração proposta.
Meses Custo GN
Janeiro R$ 365,52E+03
Fevereiro R$ 332,49E+03
Março R$ 358,42E+03
Abril R$ 261,01E+03
Maio R$ 342,46E+03
Junho R$ 277,52E+03
Julho R$ 282,03E+03
Agosto R$ 306,57E+03
Setembro R$ 322,93E+03
Outubro R$ 365,38E+03
Novembro R$ 318,15E+03
Dezembro R$ 370,89E+03
Total R$ 3.903,41E+03
De acordo com a Tabela 17 acima, podemos verificar que nos meses de abril,
junho, julho e agosto a geração de excedentes é bastante elevada quando
comparada com os demais meses. Esses excedentes são gerados pelo fato da
produção de bagaço seco ser maior que a demanda para consumo, isso acontece
porque nesse trabalho foi considerado a produção de bagaço seco igual para todos
os meses. Uma forma de reduzir esse excedente é variando a produção de bagaço
de acordo com o consumo mensal. Como a umidade desse bagaço estará
compreendida em 40% não é indicado seu armazenamento por longos períodos,
sendo assim, sugerisse a venda desse excedente para outras unidades
consumidoras de biomassa ou para ração animal.
A proposta desse trabalho é altamente sustentável, visto que, a geração de
bagaço de malte é inerente ao processo de produção de mosto que por sua vez está
vinculado ao processo de fabricação de cerveja. A empresa terá grande economia
após o retorno dos investimentos, podendo comercializar os créditos de carbono e
obter valores monetários consideráveis após implantação desta nobre reutilização
de energia. Considerando também que o grupo possui outras unidades para
fabricação de cerveja em outros estados e com salas de brassagens na mesma
configuração, este projeto poderá ser implantado em todas as unidades.
Ressaltando que algumas unidades já possuem caldeiras de biomassa, mas não
utilizam como combustível o bagaço de malte.
107
6. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS
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