Introdução A Referências
Introdução A Referências
Introdução A Referências
1 INTRODUÇÃO
tóxicas do sangue, realizando a função renal prejudicada pela injúria. No entanto, a hemodiálise
é um tratamento invasivo e caro, que realizam a regulação que os rins não conseguem fazer
durante o período de crise renal.
A permanência da IRA e seu agravamento pode gerar consequências como mortalidade
excessiva, aumento da permanência hospitalar e diante da sobrevivência pode ocorrer a
dependência da diálise, trazendo altos custos e mudanças drásticas na rotina do paciente para
manutenção da vida, conforme explica Johnson, Feehally e Floege (2016).
Pela manifestação insidiosa da IRA e pela mesma ter a capacidade de gerar resultados
que podem levar a dependência de cuidado até o final da vida ou ao óbito, torna-se importante
identificar as principais causas e fatores de risco associados à IRA para atuar num contexto
preventivo diante das condições mais passíveis da condição.
Diante do exposto, a presente pesquisa visa identificar a principal classificação
diagnóstica relacionada aos casos de Injúria Renal Aguda em uma unidade de nefrologia no
município de Santana, visando compreender de que forma a IRA é classificada, entender quais
condições levam a pessoa com injúria renal aguda a necessitar de terapia hemodialítica e qual
a principal prevalência da classificação fisiopatológica identificada.
Para o desenvolvimento da pesquisa foi selecionado a metodologia descritiva,
retrospectiva, documental, de natureza quantitativa, visando avaliar as motivações que levaram
os pacientes diagnosticados injúria renal aguda a necessitarem realizar tratamento
hemodialítico em uma clínica de nefrologia no estado do Amapá.
A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma condição clínica complexa que muitas vezes
apresenta um desenvolvimento silencioso, sendo detectada somente quando ocorre a crise renal.
Esse fato evidencia a importância de estudar e compreender os fatores de risco e as condições
que podem levar ao surgimento da IRA. Diversos fatores, como desidratação, hipovolemia, uso
de medicamentos nefrotóxicos, doenças renais pré-existentes e eventos como sepse, podem
contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
Nesse contexto, é essencial buscar formas de prevenir as condições que podem levar à
IRA. A identificação precoce e o gerenciamento adequado dos fatores de risco podem
desempenhar um papel crucial na redução da incidência e da gravidade da IRA. Além disso, a
conscientização sobre os fatores de risco pode permitir intervenções oportunas para evitar o
surgimento da crise renal.
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1.2 HIPOTESE
A Injúria Renal Aguda é uma doença que pode ser causada por diversas condições
classificadas em pré-renais, renais e pós-renais.
H1: A prevalência de paciente encaminhados para hemodiálise são decorrentes de condições
pré-renais, que são causadas por alterações no fluxo sanguíneo para os rins devido a fatores
como hipovolemia, hipotensão arterial, insuficiência cardíaca ou choque.
H2: A principal causa de realização de hemodiálise em paciente com IRA está relacionada a
patologias classificadas como renais, causada por danos diretos aos rins devido a condições
como glomerulonefrite, pielonefrite, necrose tubular aguda ou nefropatia intersticial.
H3: A prevalência de sessões de terapia hemodialítica de paciente com IRA relacionado à
condições fisiopatológicas pós-renais, geradas pela obstruções no fluxo de urina devido a
condições como cálculos renais, tumores ou doenças prostáticas.
1.5 JUSTIFICATIVA
A Injuria Renal Aguda é uma condição clínica de grande impacto na saúde pública,
porém sua abordagem na literatura científica visa condições específicas associada ao
desenvolvimento da IRA, sendo vaga a abordagem de estudos que avaliem as condições causas
da condição em uma população. Diante da relevância científica desse tema, a presente pesquisa
busca preencher essa lacuna, fornecendo dados sobre a prevalência das diferentes classificações
diagnósticas relacionadas aos casos de IRA em uma Clínica de Nefrologia no Município de
Santana-AP.
Além da relevância científica, a pesquisa também apresenta relevância acadêmica, uma
vez que possibilita a compreensão do processo de pesquisa e da construção de novos saberes,
bem como para o fortalecimento da produção científica local. Assim como contribui para a
formação dos acadêmicos envolvidos na pesquisa, permitindo compreender o perfil da condição
na população local, fortalecendo a importância de desenvolver uma assistência de enfermagem
preventiva ao atuar profissionalmente.
A relevância profissional do estudo também é significativa, pois permite a identificação
dos fatores de risco associados à IRA e, assim, contribui para a prevenção e tratamento da
doença. Com a compreensão desses fatores, os profissionais da saúde poderão atuar de forma
mais efetiva na prevenção e tratamento da IRA, evitando a recorrência da condição e seu
agravamento que leva ao aumento da necessidade de cuidados relacionados a atenção terciária
e reduzindo os custos com tratamentos.
Por fim, a pesquisa também apresenta relevância social, uma vez que possibilita a
compreensão do comportamento da sociedade local em relação à IRA e, portanto, permite o
desenvolvimento de cuidados específicos para essa população.
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DA INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA)
A IRA é caracterizada como uma “redução abrupta da função renal, que se mantém por
períodos variáveis, resultando na inabilidade dos rins para exercer suas funções de excreção e
manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo” (SANTOS et al, 2015, p. 1).
Por ser uma condição que apresenta muitas e variadas etiologias, a classificação da IRA
envolve a condição causal do problema em relação ao rim, ou seja, se a problemática é externa
ao rim mas interfere na sua funcionalidade (pré-renal), se a fonte do problema é intrínseca ao
órgão (renal) ou é ocasionada pelas estruturas adjacentes ao rim (pós-renal). Todas são passíveis
de correção que afetem a função renal quando a causa é rapidamente identificada e corrigida.
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Os autores também relacionam que a perda de volume extracelular está associada como
causa secundária da IRA pré-renal, ocorrendo por desordens relacionadas ao trato
gastrintestinal (diarreia, vômito), perdas renais (diuréticos), perdas pela pele (queimaduras,
sudorese abundante). Esses fatores provocam a diminuição da volemia, caracterizando-se pela
redução da excreção urinária de sódio e água e elevação da osmolaridade urinária, entretanto,
no momento que os fatores condicionantes são corrigidos a condição é revertida.
As causas classificadas como renal estão relacionadas a problema diretamente ligado
aos rins, podendo ser classificado mais especificamente de acordo com a estrutura renal afetada,
como os glomérulos, túbulos, interstício e vasos renais, destas, a lesão tubular ser a condição
que mais apresenta problemas recorrentes, sendo afetada por problemas isquêmicos
(complicações obstétricas e síndrome hemolítico-urêmico) ou agentes tóxicos (antibióticos
aminoglicosídios, contrastes radiológicos e quimioterápicos, assim como pigmentos
[mioglobina] e venenos ofídicos) (SANTOS, MATSUI e SCHOR, 2018).
Titan (2013) ressalta a etiologia pós-renal é caracterizada pela obstrução do fluxo
urinário, sendo divididas em intratubular e extratubular, prejudicando a eliminação de urina dos
rins. Essa obstrução pode ser causada por cálculos renais, tumores, estenose uretral ou obstrução
do trato urinário superior. A retenção de urina leva ao aumento da pressão intraluminal,
causando lesões nos tecidos renais e comprometendo a função renal, o tempo de duração da
obstrução determinará o grau da lesão.
Cardoso (2019) enfatiza que compreender a etiologia e fisiopatologia da injúria renal
aguda é fundamental para o diagnóstico precoce, tratamento adequado e prevenção de
complicações. O conhecimento desses mecanismos patológicos nos permite identificar
potenciais alvos terapêuticos e estratégias de intervenção. Além disso, uma melhor
compreensão dos processos fisiopatológicos subjacentes pode contribuir para o
desenvolvimento de abordagens preventivas e terapêuticas mais eficazes no manejo da IRA.
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3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Trata-se de um estudo descritivo, com análise retrospectiva, documental com abordagem
quantitativa, com vista a uma abordagem mais focalizada, pontual e estruturada.
Segundo Gil (2017) a abordagem quantitativa é aplicada para quantificar e mensurar as
informações coletadas, utilizando métodos estatísticos e análises numéricas. Essa metodologia
permite uma análise objetiva dos dados, possibilitando a identificação de padrões
estatisticamente significativos e a obtenção de resultados mais precisos. A análise quantitativa
também facilita a comparação de dados e a elaboração de conclusões baseadas em evidências
concretas.
ano do período estudado, principal condição patológica que geou a desordem do organismo,
assim como a classificação da IRA prevalente no período de estudo.
4 CRONOGRAMA
Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
ATIVIDADE
2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023
Elaboração do
Projeto de X X X X X
Pesquisa
Revisão de X X X X X X X X X X X
literatura
Pré- X
qualificação
Qualificação X
do Projeto
Submissão ao X
CEP
Coleta de X X X X X
Dados
Análise de X X X X X
dados
Entrega do X
artigo à Banca
Defesa do X
Artigo
Fonte: Dados das Autoras
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REFERÊNCIAS
ANDRADE, Bianca Ribeiro Porto de et al. Atuação do enfermeiro intensivista no modelo
colaborativo de hemodiálise contínua: nexos com a segurança do paciente. Revista da Escola
de Enfermagem da USP, São Paulo, ed. 53, ano 2018, n. 03475, p. 1-8, 26 nov. 2018.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/znqxbR6wpsHgRrWQhRCcrsf/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 25 mai. 2023.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas,
2017.
MALKINA, Anna. Manual MSD. San Francisco: University of California, 2022. Disponível
em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-
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SANTOS, Oscar Fernando Pavão dos; MATSUI, Thais Nemoto; SCHOR, Nestor. Patogenia
das nefropatias: Lesão Renal Aguda. In: RIELLA, Miguel Carlos. (Aut.). Princípios de
15
SANTOS, Reginaldo Passoni dos et al. Complicações intradialíticas em pacientes com injúria
renal aguda. Acta Paulista de Enfermagem, v. 35, 2022.
TITAN, Silvia. Princípios Básicos de Nefrologia. 1. ed. Porto Alegre. Artmed, 2013. 293 p.