Direito Processual Civil - RECURSOS
Direito Processual Civil - RECURSOS
Direito Processual Civil - RECURSOS
- Reejulgamento de uma determinada causa, com uma pretensão diferente. A parte manifesta uma pretensão
autônoma. - Araquins de Asis
- Barbosa Moreira- O recurso é um remédio voluntário, com a finalidade de retornar, esclarecer ou integrar uma
decisão judicial.
1. Normas Gerais
a) Duplo Grau de Jurisdição - Garante a revisão Judicial por um órgão judiciário de natureza superior.
b) Taxatividade - Recursos são previstos em leis federais (CPC ART 994)
- Pedidos de Reconsideração (Petição em que a parte pede a reconsideração da decisão tomada pelo juiz,
com novos argumentos) não possui natureza recursal, por não está previsto em lei essa modalidade.
c) Unirrecorribilidade - A cada decisão cabe um tipo de recurso específico, em regra. A exceção está
prevista no Art. 1029 CPC, que admite a possibilidade de recurso especial (STJ) e recurso extraordinário
(STF) na mesma decisão. As matérias desses recursos são diferentes. No recurso Especial discute-se
questões acerca da legislação infraconstitucional federal. Recurso extraordinário discute questões
constitucionais.
d) Fungibilidade - Receber recurso que foi interposto de forma errônea (Não pode ser erro grosseiro e nem
má-fé do recorrente)
e) Primazia do julgamento do Mérito (Art. 4, CPC) - Sanar vícios do recurso que pode ser corrigido para
que haja o julgamento do mérito.
f) Dialeticidade - (contraditório) Diálogo entre as partes envolvidas. DIÁLOGO ENTRE DECISÃO E O
RECURSO.
g) Proibição da reformacio in pejus - Regra Geral - Discutido pela Doutrina, exceção sucumbência
recursal (Art. 85 CPC) honorários de sucumbência pago pela parte que recorreu e perdeu no recurso.
2. Efeitos recursais
a) Efeito Devolutivo (Art. 1013, CPC - A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada) -
O poder Judiciário devolveu a coisa julgada ás partes, mas esta inconformada devolve a lide novamente ao
poder judiciário, pedindo para rever o julgamento de mérito feito anteriormente.
b) Efeito Suspensivo (legal ou por concessão judicial) Em regra não tem salvo quando a lei exigir- O recurso
suspende a eficácia da decisão judicial. Enquanto haver recurso a decisão judicial, a sentença não terá eficácia.
Em regra, esse efeito está presente nos RECURSOS DE APELAÇÃO. Ha recursos que não tem efeitos
suspensivo, como os recursos de agravo de instrumento, a não ser que o relator conceda efeito suspensivo
(Art. 995 §único) desde que a manutenção dos efeitos apresente: a) risco de dano grave ou de difícil reparação;
b) a parte que recorre comprova a probabilidade de provimento (mesmos requisitos da tutela provisória de
urgência). (probabilidade de provimento do recurso (evidência), ou, sendo relevante a fundamentação, houver
risco de dano grave ou de difícil reparação (urgência).
c) Efeito Substitutivo (Art. 1008, CPC) - Só ocorre nos recursos recebidos ou reconhecidos julgados pelos
méritos. Consiste na substituição da sentença antiga pela nova.
OBS: Recurso conhecido ou recebido é aquele que é aprovado na análise dos requisitos formais, é um juízo de
admissibilidade dos recursos.
d) Efeito Obstativo - Efeito obsta a preclusão (perda do direito de praticar determinado ato processual) e a
coisa julgada. Enquanto tiver recurso sobre determinado julgamento, não há que se falar em coisa julgada de tal
decisão.
e) Efeito Regressivo (Retratação) - Não ocorre em todos os recursos. È quando o recurso é direcionado à
própria pessoa que proferiu a decisão. O juiz que proferiu a decisão pode retratar-se diante da interposição do
RECURSO DE APELAÇÃO. Isso somente nas hipóteses dos Arts 331, 485 §7, 332 §3 do CPC.
f) Efeito Expansivo - O efeito do recurso torna-se maior, do que o esperado pela parte que o interpôs, ou seja,
se expande e afeta outras pessoas ou outros atos. Esse efeito pode ser interno ou externo. Entendo ser interno, o
efeito expansivo que se dá dentro da própria decisão que foi objeto de recurso, e externo quando a decisão afeta
outros atos do processo.
g) Efeito Translativo (Art. 1013, §§ 1 e 2, CPC) - O tribunal leva em consideração não só o que foi pedido pela
parte, mas sim uma relação entre argumentos e provas levantados na petição inicial e os argumentos e provas
atuais que a parte está alegando, desde que todos estejam dentro do mesmo capítulo que a parte impugnou. Ou
seja, tudo que se relaciona com o capítulo impugnado é reapreciado pelo tribunal
A) Juízo de Admissibilidade Recursal - Leva em conta elementos formais que a lei estipula, análise prévia de
todos os requisitos necessários para o prosseguimento do recurso. (Recurso não conhecido ou não recebido).
A.a.) Competência para fazer o Juízo de Admissibilidade - Juízo AD QUEM, em regra. Exceção (Art. 1030,
CPC), duplo grau do juízo de admissibilidade nos recursos especiais (STJ) e nos recursos extraordinários
(STF), primeiramente pelos juízos a quo e depois pelos juízos ad quem.
A.b) Requisitos
1- Cabimento- O recurso Cabível é este que foi impetrado, é o que a lei estabelece diante de X decisão?
2- Legitimidade da parte recorrente (Art. 996, CPC) terceiro prejudicado, partes e Ministério Publico
quando for parte ou fiscal da ordem Jurídica.
3- Legitimidade do Advogado- Honorários de Sucumbência equivocado fixado pelo juiz, o advogado
pode interpor recurso.
4- Amicus Curiae (Art. 138, CPC) - legitimidade para recorrer contra decisão que julgar o incidente de
resolução de demandas repetitivas e opor embargos de declaração.
5- Interesse Recursal (Art. 996, CPC) - deve haver sucumbência, ou seja, a parte vencida que pode
interpor.
6- Tempestividade- Prazo de 15 dias, em regra. Exceção (Art. 1003, §5) Embargos de declaração o prazo é
de 5 dias.
7- Preparo recursal - Pagamento de custas recursais (estão dispensados os órgãos públicos e beneficiários
da Justiça Gratuita). Recurso Deserto é aquele no qual não houve pagamento das custas.
B) Análise do Mérito Recursal - Invalida uma decisão judicial, reforma a decisão judicial ou integra a decisão
nos embargos de declaração nas sentenças omissas, obscuras ou contraditórias. (recurso provido é quando o
mérito é analisado, e o tribunal concordou com as alegações da parte recorrente).
4- Normas gerais
A) Desistência (Art. 998, CPC). ATENÇÃO- A desistência pela parte do recurso extraordinário e especiais
que tem repercussão geral (Afeta outras relações jurídicas além daquele caso concreto) não impede o
prosseguimento do recurso.
B) Renuncia ao direito de recorrer - Prévia a interposição do recurso. Na desistência é posterior.
C) Aquiescência - Expressa ou tácita, é quando aceita a decisão, não poderá mais recorrer.
D) Remessa necessária (não é recurso) - É uma condição, estabelecida pela lei, de eficácia de determinada
sentença, a decisão só terá efeitos após esta remessa necessária.
E) Recurso Adesivo (Art. 997, CPC § 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles
poderá aderir o outro) o recurso do autor é anexado ao do réu, se ambas as partes perderam. Ministério Público
não poderá fazer recurso adesivo, haja vista que não sofre sucumbência. Somente cabe nos recursos de
apelação, recursos especiais e recursos extraordinários. Recurso adesivo é subordinado ao recurso principal, se
o principal não for admitido o adesivo também não será.
TERMINOLOGIA
1) juízo a de quem - É aquele que julgará o recurso
2) Juízo a quo - é aquele que proferiu a sentença que está sendo questionada
A apelação é o recurso cabível para atacar (impugnar) qualquer tipo de sentença, tenha ou não apreciado o
mérito, proferida em qualquer espécie de procedimento ou processo. Contudo, a decisão judicial deve se
enquadrar no conceito de sentença para desafiar a interposição de apelação, o qual restou reformulado pelo § 1º
do art. 203 do novo CPC. Sentença é o pronunciamento judicial que, resolvendo ou não o mérito, põe fim à
fase cognitiva do procedimento comum e à execução.
Ou seja, cabe recurso de apelação da sentença e das decisões interlocutórias proferidas antes da
sentença se esta não comportar agravo de instrumento (art. 1.015)
Comentário: Decisão Interlocutória - Indicaque um juiz ou uma juíza decidiu alguma questão no processo.
Ainda não é, entretanto, a sentença, a decisão final.
decisão interlocutória simples é o pronunciamento do juiz que encerra uma controvérsia entre as partes, sem
encerrar o processo ou alguma etapa dele. Alguns exemplos dessa decisão são o deferimento ou não do pedido
de justiça gratuita ou de penhora de bens. Já a decisão interlocutória mista é aquela que não resolve somente
uma controvérsia entre as partes, como também encerra uma etapa do processo, mas sem julgar seu mérito
integral.
Em exceção, o juiz de primeira instância pode retratar-se após a impetração do recurso de apelação, nos casos
definidos em lei: a) Juiz proferiu sentença terminativa, ou seja, sem análise do mérito (Art. 485, §7) b)
indeferimento da inicial (Art. 331) c) Improcedência liminar do pedido (Art. 332, §3). Devendo o juiz
observar se o recurso foi interposto dentro do prazo, já que se for fora do prazo haverá a preclusão, e o juiz não
poderá retratar-se.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - Tutelas provisórias; (Tutela de evidência e urgência arts 294-300-311))
II - Mérito do processo; (análise do mérito de forma parcial, já que ainda não é a sentença art. 356, cpc)
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; (Juiz rejeita a alegação de convenção de arbitragem)
IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; Art. 101, CPC
VI - Exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; (exceção- intervenção do amicus curiae)
X - Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. (Rol taxativo mitigado)
a) Formalidades
1. Dirigido ao tribunal ad quem e protocolizado no tribunal ad quem (único recurso que é dessa forma)
2. Art. 1.116, CPC
3. Prazo 15 dias
4. Formação do instrumento (Art. 1.017 CPC)
5. Necessário recolhimento de preparo
b) Efeitos:
1. Suspensivo: Em regra não tem, salvo por concessão Judicial.
Recurso de Agravo Interno (Art. 1.021, CPC)
(Ataca toda e qualquer decisão monocrática dos relatores dos tribunais)
No Agravo Interno serve para colegiar as decisões monocráticas dos relatores, isto é, as decisões proferidas de
forma monocrática passam a ser revista e decidida de forma colegiada.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; (Redação das decisões não são clara e/ou é contraditória)
II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material. (“Erro de cálculo” por falha, como digitação, esquecimento, que pode ser corrigida)
OBS: E a decisão monocrática que for omissa, suporta agravo interno ou embargo de declaração? Segundo
a Doutrina seria Embargo de Declaração
a) Formalidades
1. Prazo p/ interposição: 5 dias úteis (Art. 1.023, CPC)
2. Petição escrita dirigida ao juiz (Juízo a quo), com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e
não se sujeitam a preparo. (Art. 1.023, CPC)
3. Em regra, não precisa de contrarrazões, porém quando provocar efeito infringente a outra parte deve ser
provocada para declarar as contrarrazões.
b) Efeitos
1. Infringente ou modificativo - Excepcionalmente os embargos de declaração alteram a decisão. Acontece de
forma secundária, como uma consequência do embargo de declaração.
2. Efeito Suspensivo (Art. 1.026 CPC) - Em regra não possuem efeito suspensivo.
Exceção: Efeito suspensivo por Concessão Judicial (A) demonstrada a probabilidade de provimento do recurso
B) ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.)
3. Interrupção de prazo para a interposição de outros recursos - Prazo volta a ser contado do zero
Só haverá Interrupção com o conhecimento (Sem vícios) pelo magistrado do embargo
Válido para qualquer recurso, salvo embargos de declaração p/ outra parte sobre a mesma decisão
Somente vale p/ outros recursos
a) Finalidade - Garantir o duplo Grau de Jurisdição nos casos envolvendo decisão denegatória de
ações constitucionais originárias.
Ações Constitucionais ORIGINÁRIA, ou seja, ajuizada diretamente no Tribunal
Decisão Denegatória, ou seja, julgou improcedente a ação; e ações extintas sem análise de Mérito
Somete é cabível contra decisões colegiadas;
b) Julgamento
1. STF - Ações constitucionais decididas em única instância por TRIBUNAIS SUPERIORES (Art. 102, II, CF
- MS, HC, HD, MI) – Decisão denegatória
2. STJ- Ações Constitucionais decididas em única instância por Tribunais Regionais Federais ou pelos
Tribunais de Justiça. (Art. 105, II, CF- MS, HC) – Decisão Denegatória
obs.: Hipótese Especial de Recurso Ordinário (Art. 105, II, ‘C’, CF) - Hipótese em que a Decisão não é
originária dos Tribunais, mas sim do 1 grau da justiça Federal, porém mesmo assim o recurso deverá ser
julgado pelo STJ
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro,
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
D)Efeitos
1. Devolutivo
2. Suspensivo: Em regra não tem. Mas pode ser dá por Concessão Judicial
Recurso Especial e Recurso Extraordinário ( Arts. 102, III e 105, III, CF; 1.029 – 1.035,
CPC)
a) Introdução
Regulamentação - CF Art. 102, III e Art. 105, III
CPC - Artigo 1.029 e §§
Regimentos Internos dos Tribunais
Doutrina- Recursos de stricto direitos ou recursos Excepcionais, JÁ que a finalidade e o cabimento são diferentes
dos demais recursos.
1. Somente utilizados quando não caber outros recursos;
2. Somente discussão matéria de Direito;
1. Cabimento- Ataca Acórdãos proferidos por tribunais, esgotados os recursos nos tribunais de origem
Não cabe contra decisões colegiadas proferidas pelos colégios recursais no âmbito dos
juizados especiais. Não Cabe contra decisões monocráticas
Compete ao STJ
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal;
2. Finalidade: Unificar a aplicação do Direito Federal, ou seja, tornar em uma unidade a aplicação do Direito
evitando a regionalização do Direito Federal (Normas Infraconstitucionais)
3. Só analisa matéria de Direito, não se discute matéria fática
4. Permita-se a Discussão de Matéria de Mérito e Processual
5. Utilizado quando houver violação de Direito Material e processual
6. Somente Julgado No STJ
7. Requisitos de Admissibilidade- Além dos demais já estudados, tem também o chamado pé questionamento
da matéria
O Pré questionamento é a necessidade de enfrentamento da Matéria pelo tribunal a quo, ou seja, o tribunal a
quo deve ter decidido o mérito.
8. Custas - admite
9. Resp. Fundado em Dissidio Jurisprudencial (Art. 1.029 §1, CPC) Julgado divergentes entre outros
tribunais
1. Cabimento: Não se exige que a decisão seja oriunda de tribunais, por consequência cabe recurso
extraordinária contra acórdão do colégio recursal (JEC). Precisam ESTÁ EGOTADAS OS RECURSOS
NOS TRIBUNAIS DE ORIGEM
Compete ao STF:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão
recorrida:
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) Repercussão Geral (Art. 1.035 CPC) – SOMENTE NOS RECURSOS EXTRAÓRDINARIOS COMO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
Ou seja, atinge mais pessoas, além daquelas que estão envolvidas na demanda.
1. Apreciação exclusiva do STF
2. Recusa De admissibilidade da repercussão geral: Quórum de 2/3
3. O recorrente que deve comprovar a necessidade de repercussão geral
4. Repercussão Geral Presumida ou é vi legis (§3 Art. 1.035) - Nas hipóteses de Súmula ou jurisprudência
dominante do STF e Inconstitucionalidade de lei por tribunal c/ base na cláusula de reserva de plenário (Art.
97 CF)
5. Oitiva de “Amicus Curiae” §4 Art. 1.035 – Manifestação de Terceiros já que a matéria pode atingir
terceiros.
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo
Tribunal Federal.
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição
Federal .
1. Busca a vinculação da decisão proferida pelo tribunal superior a todos casos que envolvem a mesma
questão jurídica que estejam em tramite no judiciário brasileiro.
2. Paralisação (sobrestar outros recursos) dos julgamentos dos recursos que possuem a mesma questão
jurídica, para que o STF/STJ firmem a tese, para que essa tese possa a ser aplicada por todos os
magistrados do país nos casos semelhantes;
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto
do caput do art. 1.036 , proferirá decisão de afetação, na qual: (O procedimento de afetação dará a devida publicidade
à questão jurídica a ser decidida pelo STJ e acarretará a suspensão de todos os processos que possuírem a
mesma questão jurídica no país)
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais
federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia.
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão
remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para
apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
1. Primeiramente julga o recurso especial pelo STJ, depois da conclusão do julgamento do recurso
especial, os autos serão remitidos ao STF para julgamento de recurso extraordinário;
2. O relator do STJ pode remeter, anteriormente, o julgamento do recurso para o STF se assim achar
necessário, quando achar que a questão constitucional pode ser prejudicada se for julgado o recurso
especial primeiramente.
3. Posteriormente, se o relator do STF achar que a decisão tomada pelo relator do STJ for equivocada,
poderá remeter novamente o julgamento do recurso para o STJ, em uma decisão irrecorrível.
4. Art. 1.032 – Se o STJ entender que a matéria do recurso não ofende lei federal, e sim constitucional,
devolverá o recurso para o requerente devolvendo seu prazo de 15 dias para direcionar seu recurso para
o STF, com a tese de repercussão geral que é um dos requisitos de admissibilidade do recurso
extraordinário. (Transformação de recurso especial em extraordinário)
5. Art. 1.033 – Ocorre o inverso da decisão acima. (Transformação de recurso extraordinário em especial),
nesse caso não necessita de formulação, pelo requerente, de tese de repercussão geral
Dicionário
1. Recurso Tempestivo = Recurso interposto dentro do prazo
2. Recurso Intempestivo = Recurso Interposto fora do prazo